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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ESTADO DA ARTE DO MÉTODO DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO POR BOMBEIO DE CAVIDADES PROGRESSIVAS GENIVAL TAVARES DE OLIVEIRA NETO Orientador: Prof. Dr. Rutácio de Oliveira Costa NATAL Novembro de 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ESTADO DA ARTE DO MÉTODO DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO POR BOMBEIO

DE CAVIDADES PROGRESSIVAS

GENIVAL TAVARES DE OLIVEIRA NETO

Orientador: Prof. Dr. Rutácio de Oliveira Costa

NATAL

Novembro de 2016

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Agradecimentos

Agradeço a Deus por tudo quanto ele tem feito em minha vida, e por esse

sonho sendo concretizado.

A minha família, em especial aos meus pais Francisco Lima da Silveira e

Joana Darc de Oliveira da Silveira, que sempre me deram carinho, educação e me

conduziram para o caminho certo. Obrigado por sempre acreditarem em mim

durante toda minha vida acadêmica e por estarem sempre dispostos a me auxiliar,

vocês são os melhores.

A minha namorada Francisca Islênia de Souza Lima. Agradeço a Deus por

sua vida e companhia, pela sua dedicação e atenção, por me suportar e

compreender nos diversos momentos da minha vida.

A todos os meus amigos (as) que torcem e acreditam em nós, assim como a

todos que contribuem para o nosso sucesso diretamente e indiretamente.

Ao meu orientador prof. Dr. Rutácio de Oliveira Costa, pela atenção, apoio,

orientação e sugestões, estando sempre disponível para tirar dúvidas e ajudar no

desenvolvimento deste trabalho.

Aos professores do Departamento de Engenharia de Petróleo e aos

professores da Escola de Ciências e Tecnologia, por todo o conhecimento passado.

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Resumo

Este trabalho trata de uma pesquisa bibliográfica sobre o método de elevação

artificial por bombeio de cavidades progressivas (BCP). Mostra as suas novidades e

tendências tecnológicas, como por exemplo, o BCP com BCS inovador e hastes

ocas. O trabalho é importante devido o BCP ser o método de elevação artificial mais

recente quando comparado com os métodos como: elevação a gás, bombeio

mecânico com hastes e com o bombeio centrífugo submerso. O BCP tem mostrado

um grande potencial de superar suas próprias limitações devido a perspectivas de

avanço tecnológico. A pesquisa empreendida consiste em levantamentos

bibliográficos descrevendo as novidades do BCP. São apresentados os principais

avanços tecnológicos dos últimos 14 anos, entre eles, o desenvolvimento de hastes

ocas, aplicação de poliuretano sobre o rotor e aplicação de um material composto

duro sobre o estator, BCP metálica, monitoramento da BCP em 500ºF com

aplicações na produção de óleo em poços pela influência do vapor, melhorias na

confiabilidade, desenvolvimento de um sistema BCP com BCS inovador e aplicações

de BCP insertável com nova âncora estendida. O emprego da haste oca ampliou o

horizonte de aplicação do método para poços mais profundos e para maiores

vazões. O poliuretano possui uma melhor resistência à abrasão e propriedades

mecânicas superiores aos elastômeros de borracha nitrílica. A bomba metálica pode

ser usada em aplicações de alta temperatura e possui uma boa compatibilidade

química com o fluido bombeado. O sistema BCP com BCS inovador possui uma

nova configuração que utiliza a tecnologia de motor de imã permanente no fundo do

poço e um conversor de torque, além de que busca unir as vantagens do BCP e do

BCS, e a ausência da haste pode dar maior confiabilidade. O BCP insertável com

um novo sistema de ancoragem que pode ser assentado em uma coluna de

produção mesmo que na falta de niple de assentamento.

Palavras-Chave: Elevação artificial, haste oca e tendências tecnológicas.

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Abstract

This study is bibliographical research about the method of artificial lift, progressing

cavity pump (PCP). Wich demonstrates it’s news and technological trends, such as

the innovative ES-PCP and hollow rod. This study is important because PCP is the

most recent artificial lift method when compared to methods such as: gas lift, rod

sucker pump and electrical submersible pump (ESP). The PCP technology has

shown a large potential, capable to overcome it’s own limitations due to

advancement technological prospects on development. The research undertaken

consists of bibliographic research, describing the news of PCP method. Presenting

the main advances of the last 14 years, among them, the development of hollow

rods, application of polyurethane on the rotor, application of a hard composite

material on the stator, metallic PCP, monitoring of the PCP at 500ºF applied to

production of oil in hot wells by the influence of steam, improvements in reliability,

development of an innovative ES-PCP system and insertable PCP applications with

a new extended anchor. The use of the hollow rod, expanded the application of this

method to deeper wells and higher flow rates. The use of polyurethane has improved

the abrasion resistance and better mechanical properties to elastomers made of

nitrile rubber. The metal pump can be used in high temperature applications and it

has a successful chemical compatibility with the pumped fluids. The innovative ES-

PCP system has a new configuration that uses the technology of a permanent

magnet motor at the downhole and a torque converter, and pursue to unite the

advantages of PCP and ESP, and because of absence of rod it can develop a

greater reliability. The insertable PCP with a new anchor system can be assembled

in a production column even with the fault of the seating nipple.

Keywords: Artificial lift, hollow rod and technological trends.

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Lista de Figuras

Figura 1. Princípio do BCP.........................................................................................13

Figura 2. Esquema do sistema de um poço produzindo com elevação por BCP......14

Figura 3. Conexões da haste oca..............................................................................18

Figura 4. Princípio de hidroformagem........................................................................22

Figura 5. Princípio da BCP metálica...........................................................................23

Figura 6. (a) Sistema BCP convencional com elastômeros e (b) BCP metálica........24

Figura 7. Esquema da rosca cônica: (a) junção, e (b) luva........................................30

Figura 8. Relação entre o torque de desconexão e o torque de aperto.....................31

Figura 9. Esquema do sistema BCP modificado: (a) âncora rotativa, (b) estado operacional, e (c) estado inativo................................................................................33

Figura 10. Arquitetura de um sistema de produção de óleo pesado inovador...........37

Figura 11. Sistema de fundo de poço concluído........................................................39

Figura 12. Cabeça do poço após uma implantação bem-sucedida...........................40

Figura 13. Âncora Flexisert está posicionada na parte inferior da BCP insertável....42

Figura 14. Âncora Flexisert para BCP insertável em um poço no México.................44

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Lista de Símbolos e Abreviaturas

BCP Bombeio por cavidades progressivas

BCS Bombeio centrífugo submerso

CAPEX Despesas de capital ou investimento em bens de capital

OPEX Despesas operacionais

PMM Motor de ímã permanente

PU Poliuretano

RGO Razão gás-óleo

RPM Rotações por minuto

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 10

1.1. Objetivo geral ...................................................................................................................... 11

1.1.1. Objetivo específico ..................................................................................................... 11

2. HISTÓRICO DO BCP ................................................................................................................ 11

3. DESCRIÇÃO DO MÉTODO ..................................................................................................... 13

4. CARACTERÍSTICAS, APLICAÇÕES, VANTAGENS E DESVANTAGENS DO

SISTEMA BCP ................................................................................................................................... 15

5. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 15

6. DESENVOLVIMENTO DE HASTES OCAS DE BOMBEIO ............................................... 16

6.1. Hastes de bombeio convencionais .................................................................................. 16

6.2. Definições, vantagens e características de hastes ocas ............................................. 17

6.3. Experiência de campo ....................................................................................................... 18

7. REVESTIMENTO DO ROTOR E MELHORIA NO MATERIAL DO ESTATOR ............... 19

7.1. Aplicação de elastômero com poliuretano sobre o rotor e utilização de um material

composto duro na composição do estator .................................................................................. 19

7.2. Elastômeros com poliuretano ........................................................................................... 20

7.3. Facilidade de manutenção ................................................................................................ 21

8. ESTADO DE DESENVOLVIMENTO DE UMA BCP METÁLICA ...................................... 21

8.1. Princípio de hidroformagem .......................................................................................... 21

8.2. Tecnologia de metal na BCP ............................................................................................ 22

8.3. Comparação entre a BCP metálica e a BCP convencional com elastômero ........... 23

8.4. Vantagens da BCP metálica ............................................................................................. 25

8.5. Fase de teste da BCP metálica ........................................................................................ 25

9. MONITORAMENTO DA BCP EM 500ºF COM APLICAÇÕES NA PRODUÇÃO DE

ÓLEO EM POÇOS PELA INFLUÊNCIA DO VAPOR ................................................................. 26

9.1. Aplicação em ambientes de elevada temperatura ........................................................ 26

9.2. Os desafios .......................................................................................................................... 26

9.3. Limitações dos medidores eletrônicos ............................................................................ 27

9.4. Solução ................................................................................................................................ 27

9.5. Aplicação ............................................................................................................................. 28

10. MELHORIAS NA CONFIABILIDADE DA BCP ................................................................ 28

10.1. Âncora de torque ............................................................................................................ 28

10.2. Haste especial para BCP .............................................................................................. 29

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10.3. Metodologia ..................................................................................................................... 30

10.3.1. Aplicação de rosca cônica .................................................................................... 30

10.3.2. Configuração na entrada da bomba .................................................................... 31

10.4. Melhorias na ancoragem da BCP ................................................................................ 32

10.5. Instalação do conversor de frequência ....................................................................... 34

11. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA BCP COM BCS INOVADOR ...................... 34

11.1. Princípio de funcionamento dos sistemas BCP com BCS convencional e BCP

com BCS inovador ......................................................................................................................... 34

11.2. Vantagens do sistema ................................................................................................... 35

11.3. Tecnologia para a integração de motores de ímã permanentes (PMM) ao BCP . 35

11.4. Avanços e vantagens utilizando o motor de ímã permanente (PMM) no fundo do

poço ...........................................................................................................................................36

11.5. Equipamentos para o sistema BCP com BCS inovador .......................................... 39

12. APLICAÇÕES DE BCP INSERTÁVEL COM NOVA ÂNCORA ESTENDIDA ............ 41

12.1. Funcionamento e suas vantagens ............................................................................... 41

12.2. Aplicações........................................................................................................................ 42

13. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................ 45

14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 47

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1. INTRODUÇÃO

A elevação de petróleo é o transporte de fluidos do fundo do poço até a superfície.

De acordo com Thomas:

Quando a pressão do reservatório é suficientemente elevada, os fluidos nele contidos alcançam livremente a superfície, dizendo-se que são produzidos por elevação natural. Quando a pressão do reservatório é relativamente baixa, os fluidos não alcançam a superfície sem que sejam utilizados meios artificiais para elevá-los. O mesmo ocorre no final da vida produtiva por surgência ou quando a vazão do poço está muito abaixo do que poderia produzir, necessitando de uma suplementação da energia natural através de elevação artificial (2004,p.235).

Os métodos de elevação artificial mais comuns na indústria do

petróleo são: gas lift, o bombeio centrífugo submerso, o bombeio mecânico e o

bombeio por cavidades progressivas (THOMAS, 2004).

O bombeio por cavidades progressivas (BCP) é o mais recente

destes sistemas e, portanto, o de menor acúmulo de experiência e domínio

tecnológico (Mathews et al., 2002).

“Os métodos tradicionais de elevação de petróleo têm, todos eles,

limitações que tornam seu uso contraindicado em determinadas situações”.

(ASMANN, 2008, p.1)

O BCP é o método que tem mostrado maior capacidade de superar

suas próprias limitações diante das enormes perspectivas de evolução tecnológica

que apresenta. Um dos assuntos ainda pouco explorados são a modelagem

dinâmica, o controle e supervisão automática, especialmente em face da segurança

operacional, já que o fenômeno denominado reversão da coluna de hastes tem

provocado acidentes graves (Mathews et al, 2002).

No mundo todo, o BCP é o quarto método em número de poços

(6%), atrás do bombeio mecânico (71%), do bombeio centrifugo submerso (10%) e

elevação a gás (10%) (ASSMANN, 2008).

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(Mathews et al., 2002) e (MOINEAU, 1930) citado por (ASSMANN, 2008, p.2)

afirmaram que:

O BCP, por conta de sua versatilidade, tem sido o método de maior expansão no

uso em todo o mundo. Daí sua importância para a indústria do petróleo. A ação de

bombeio é promovida por uma bomba de cavidade progressiva instalada no fundo

do poço.

1.1. Objetivo geral

O trabalho de conclusão de curso a ser realizado tem como objetivo

realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o método de elevação artificial por BCP

entre os anos de 2001 até 2015. Será abordado o que há de novo no método de

elevação artificial por BCP, mostrando as tendências tecnológicas nessa área da

indústria petrolífera.

1.1.1. Objetivo específico

Sintetizar as principais melhorias na bomba de cavidades

progressivas e na coluna de hastes para acionamento de BCP, apresentadas em

dez artigos selecionados da literatura.

2. HISTÓRICO DO BCP

A ideia para utilização da BCP tem origem em uma bomba para

elevação de água chamada de hélice de Arquimedes. A bomba foi originalmente

usada para a irrigação do delta do Nilo e para bombear água para fora de

embarcações. Bombas de cavidades progressivas (BCPs) são baseadas em um

mecanismo de engrenagem inventado por René Joseph Louis Moineau (1887-1948)

(BECKWITH, 2014).

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(MOINEAU, 1930) e (CHOLET, 1986) citado por (ASSMANN, 2008, p.35) afirmaram

que:

Em 1920, Moineau inventou um tipo de bomba constituída por um rotor no formato

de uma hélice simples externa que, quando gira dentro de um estator moldado no

formato de uma hélice dupla interna, produz uma ação de bombeio. A invenção foi

patenteada em 1930 e criada a Pompes Compresseurs Mécanique em 1932 para a

fabricação deste tipo de bomba. Foram ainda licenciadas a Mono Pumps na

Inglaterra e Robins e Myers nos EUA para produção destas bombas. A primeira

bomba foi fabricada em 1933 e a primeira venda se deu em 1935.

A borracha natural é obtida por coagulação do látex. Os graus de

qualidade mais elevados são obtidos através da coagulação por acidificação, sob

condições fabris cuidadosamente controladas. Já a borracha sintética é aquela que

pode ser feita da polimerização de uma variedade dos monômeros (BECKWITH,

2014).

A borracha natural foi substituída pela sintética, também denominada

de elastômero tornou-se aplicável a condições mais severas de temperatura e

diferencial de pressão. Com o desenvolvimento simultâneo de elastômeros sintéticos

e adesivos, a BCP foi introduzida em 1936 para ser utilizada na indústria do

petróleo. A segunda patente de Moineau, emitida em 1937, refere-se a "um

mecanismo de engrenagem adaptado para usar-se como uma bomba, compressor,

motor, ou dispositivo de transmissão simples, e ainda, simultaneamente, a várias

essas utilizações”. A indústria do petróleo usa o mecanismo Moineau tanto em

poços de elevação artificial como em perfuração de fundo com motores que acionam

a broca (BECKWITH, 2014).

(Mathews et al., 2002) citado por (ASSMANN, 2008, p.35) afirmou que:

Inicialmente, a bomba de cavidades progressivas foi usada para transferência de

fluidos variados, mas só foi usada para elevação de petróleo no final da década de

70. Na verdade, a primeira experiência na elevação de petróleo foi na década de 60.

Com o tempo, a tecnologia evoluiu no sentido de atender profundidades e vazões

cada vez maiores.

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No Brasil, a sua utilização começou em 1982 no campo de Fazenda Belém, no Ceará. A Irmãos Geremia foi fornecedora exclusiva da Petrobras durante muitos anos e se tornou uma importante fornecedora mundial. Hoje, a empresa faz parte da multinacional Weatherford e ainda há outro fornecedor local, a Netzsch pertencente a um grupo alemão. Este sistema de elevação é utilizado na bacia potiguar, em terra e no mar, Sergipe e Alagoas, Bahia e Espírito Santo. Também é usado em testes de poços da Bacia de Campos, no litoral do estado do Rio de Janeiro. (ASSMANN, 2008, p.35)

Devido à simplicidade do método e à eficiência na produção de

fluidos viscosos, o número de instalações com esse tipo de equipamento tem-se

difundido rapidamente. (THOMAS, 2004).

3. DESCRIÇÃO DO MÉTODO

O método de elevação artificial por bombeio de cavidades

progressivas consiste em um sistema composto por uma bomba de subsuperfície

com deslocamento positivo que possui um rotor de aço helicoidal conectado à parte

inferior da coluna de haste e um estator fixo na parte inferior da coluna de produção.

Quando a unidade de superfície acionada por motor do sistema gira a coluna de

hastes dentro da coluna de produção, o rotor gira no interior do estator fixo

promovendo a elevação dos fluidos. Esse bombeamento é feito pelo deslocamento

de cavidades isoladas formadas pelo rotor e estator (ver Figura 1) (BECKWITH,

2014).

Figura 1. Princípio do BCP

Fonte: ZHANG et al. 2009

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O sistema de superfície é constituído por um sistema de transmissão de movimento rotativo, que transforma a energia mecânica rotativa de um motor de indução em rotação apropriada na haste polida, primeiro elemento da coluna de hastes. O ajuste de rotação deve ser feito de forma que a bomba libere uma vazão e diferencial de pressão entre recalque e sucção projetados para o poço. (ASSMANN, 2008, p.2-3)

Os equipamentos de subsuperfície incluem a bomba no fundo do

poço, haste de bombeio e coluna de produção. Os equipamentos de superfície

incluem uma caixa de vedação, uma unidade de cabeça de poço, um motor primário

e a linha de fluxo. O método de BCP também pode ser conduzido por um motor

elétrico submersível ou motor hidráulico no fundo do poço (BECKWITH, 2014).

A Figura 2 mostra um esquema do sistema de um poço produzindo

com elevação por BCP. Ela mostra uma bomba de cavidades progressivas instalada

na extremidade de uma coluna de produção. O cabeçote de acionamento transmite

a rotação gerada pelo motor para a coluna de hastes, a coluna de hastes transmite a

rotação do cabeçote até o rotor. O fluido do reservatório é alimentado no poço

através dos canhoneados. A vazão da bomba é função da velocidade de rotação do

seu rotor (ASSMANN, 2008).

Figura 2. Esquema do sistema de um poço produzindo com elevação por BCP

Fonte: MAITELLI, C. 2015, p.328

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4. CARACTERÍSTICAS, APLICAÇÕES, VANTAGENS E DESVANTAGENS DO

SISTEMA BCP

O método é indicado para produção de óleos pesados e óleos leves

desde que não tenham aromáticos, ou portadores de grandes teores de areia ou,

ainda, em áreas que exigem baixo impacto visual. Por questões de limitação no

desenvolvimento do elastômero ou do adesivo apropriado para sustentar o

elastômero ao tubo estator, sua aplicação é limitada a temperaturas de até 100°C.

Outra limitação deste método é a vazão de bombeio (< 250m³/dia) e a capacidade

de suportar elevados diferenciais de pressão (< 250kgf/cm²) (Mathews et al., 2002).

Suas vantagens são a ausência de válvulas que estão sempre sujeitas

a acelerado desgaste, uma boa resistência à abrasão, alta eficiência energética, um

baixo ruído e dimensões reduzidas dos equipamentos de superfície reduzindo seu

impacto visual (Mathews et al., 2002).

As desvantagens são a baixa eficiência com elevada RGO (razão

gás-óleo), excesso de desgaste e fadiga em poços desviados, e a pequena

experiência acumulada (Mathews et al., 2002).

5. METODOLOGIA

Pesquisa bibliográfica exploratória, descritiva e explicativa, sobre os

avanços tecnológicos do método de elevação artificial por BCP.

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6. DESENVOLVIMENTO DE HASTES OCAS DE BOMBEIO

6.1. Hastes de bombeio convencionais

Até hoje se utiliza as hastes de bombeio convencionais para acionar

os sistemas BCP. Essas hastes estão sujeitas tanto a esforços de tração como a

esforços de torção. Os esforços de tração são necessários devido ao peso da haste

e peso do fluido, e os esforços de torção são utilizados para girar a haste e o motor.

A coluna de haste de bombeio trabalha por efeito de torção, tração e flexão (no caso

de poços ligeiramente desviados). As hastes de bombeio convencionais são barras

sólidas de aço com as extremidades reforçadas tipo pino-pino, padronizadas

conforme a norma API 11B, o qual define o produto a trabalhar apenas com cargas

de tração (OLMOS et al., 2001).

O uso destas hastes para conduzir o sistema BCP tem várias

limitações e problemas, especialmente para poços profundos e vazões elevadas.

Estes problemas podem ser de haste partida e haste desenroscada. Estas

limitações resultam em altos custos operacionais para sistemas de elevação

artificial. Além disso, em muitos casos, as bombas comuns de alta capacidade

usadas desde 2001 não podem ser conduzidas como hastes convencionais, por

causa dos seus elevados requisitos de torque (OLMOS et al., 2001).

Com o progresso e avanço tecnológico das bombas incrementaram as

profundidades e os volumes possíveis de ser extraído, o que se traduziu em maiores

exigências para as hastes. Esse aumento das exigências operacionais implicou em

aumentos nas fraturas prematuras das hastes e fraturas na coluna de produção,

geram maiores custos operacionais do sistema ou limita o campo de aplicação. Por

exemplo, a evolução destas bombas permitiu novos desenvolvimentos como

equipamentos monolobe e multilobe para grandes volumes (entre 250 a 500 m³/dia,

volumes normalmente servidos por bombas centrífugas submersas, BCS). Em

muitos casos, não é possível instalar essas novas bombas de BCP por falta de um

dispositivo de condução para confiança, que poderia transmitir o torque requerido

(entre 1500 a 2500 lb-pé) (OLMOS et al., 2001).

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Dois fatores principais que aumentam os custos de bombeamento

em BCP: falhas prematuras em luvas ou sobrecarga, ou falhas no corpo das hastes

por tensão de torção-flexão combinadas; e desgaste por atrito em hastes de

bombeio e coluna de produção. Essa luva pode falhar por sobrecarga, essa

sobrecarga pode ser o torque. As falhas no corpo das hastes por tensão de torção-

flexão combinados podem ser por fadiga. A haste de bombeio quando chega na luva

que tem um diâmetro maior, ela entra em contato com o tubo que vai desgastar o

tubo e a própria haste, ou seja, que é justamente o contato da luva com o tubo. A

falha dos desgastes dos tubos nas hastes gera importantes custos de substituição

principalmente na coluna de produção, pois vai furar o tubo. Então tem que substituir

os tubos e também as hastes, o custo do tubo é maior quando comparado com a

haste (OLMOS et al., 2001).

6.2. Definições, vantagens e características de hastes ocas

A haste oca de bombeio possui uma geometria similar a um tubo, o

seu emprego é uma solução sob medida para sistemas de bombeamento por BCP

que reduz os custos operacionais, pois elimina as falhas prematuras por fratura de

pinos de hastes e apresenta um menor desgaste da coluna. Uma das alternativas

apresentadas pela haste oca é a injeção no seu interior de um diluente para o

bombeio de óleos pesados e extrapesado. Isso melhora a eficiência da injeção e

reduz bastante à complexidade das instalações, graças à eliminação de tubulação e

capilares de injeção (OLMOS et al., 2001).

As vantagens desta nova tecnologia são: menor desgaste da coluna,

aumento da vazão de bombeamento, menor custo inicial de equipamento em

bombas de alto deslocamento comparado com o BCS, elimina as falhas prematuras

por fratura de pinos de hastes causadas por sobretorque durante a operação do

poço, permite operar bombas de alto volume de maneira confiável a grandes

profundidades, reduz o atrito entre hastes e coluna de produção (já que é eliminada

a mudança brusca de geometria nas juntas das hastes, o que permite uma melhor

distribuição das cargas de atrito), e reduz os problemas de manuseio (não requer

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ferramentas especiais de montagem e pode ser instalada rapidamente) (OLMOS et

al., 2001).

Suas características são: a luva reduz consideravelmente o atrito

entre a coluna de produção e a coluna de haste e, consequentemente, gera

economia graças à redução de falhas e a diminuição do consumo de coluna de

produção e hastes; e dar maior confiabilidade para sistemas BCP (OLMOS et al.,

2001).

A Figura 3 abaixo mostra um sistema com haste oca que tem dois

tubos na parte interna, encaixa um tubo no outro. Apresenta uma rosca interna que

fica na extremidade da haste oca, chamada de haste oca entre o tubo; e tem o

acoplamento que também tem rosca. Esta peça gera reduções para o tubo e vai ter

uma redução do diâmetro (OLMOS et al., 2001).

Figura 3. Conexões da haste oca

Fonte: OLMOS et al., 2001

6.3. Experiência de campo

A experiência de campo com hastes ocas começou em outubro de

1999 em Diadema, um campo de petróleo operado pela CAPSA S. A. Devido a

excelentes resultados obtidos, CAPSA S. A. decidiu estender a instalação de hastes

ocas a 70 poços neste campo petrolífero. A partir de 2001 foi iniciada uma terceira

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etapa, com a instalação em outros 90 poços. Os testes de campo em poços de

bombeamento extrapesado de petróleo na bacia do Orinoco, na Venezuela, foram

analisados desde 2001(OLMOS et al., 2001).

7. REVESTIMENTO DO ROTOR E MELHORIA NO MATERIAL DO ESTATOR

7.1. Aplicação de elastômero com poliuretano sobre o rotor e utilização de um

material composto duro na composição do estator

Até o ano de 2002, a BCP de fundo do poço consistia de um estator

feito de um elastômero à base de borracha nitrílica dentro de um tubo de aço, e um

rotor, usinado a partir de aço e revestido com uma camada relativamente espessa

de cromo. Tanto o estator como o rotor são helicoidais. Nesta configuração, o rotor é

o elemento que mais desgasta (KLEIN, 2002).

Há tempo a indústria vem buscando uma abordagem de custo eficaz

para este problema inerente à concepção. Outro problema inerente à concepção é

que o estator está localizado na extremidade inferior da coluna de produção e o rotor

está localizado na extremidade inferior da coluna de hastes de bombeio. A

necessidade de puxar a coluna de produção para cada vez que a bomba precisa de

assistência técnica ou para recuperar o estator desgastado ou que falhou é uma

grande desvantagem em usar BCP convencional na maioria das aplicações (KLEIN,

2002).

Nesta nova configuração, o estator é feito de um material composto

duro ligado ao interior de um tubo de aço. O material composto oferece

características de desgaste semelhantes ou melhores do que o metal e faz com que

o estator seja o elemento de maior duração. O rotor é feito de aço ou composto e

revestido com uma espessura uniforme de poliuretano macio e durável. O

poliuretano aumenta a resistência ao desgaste e propriedades mecânicas ao longo

da borracha nitrílica dos elastômeros convencionais nas mesmas aplicações. O

requisito de puxar tubo cada vez que a bomba requer serviço é eliminado com a

colocação do elastômero com poliuretano sobre o rotor (KLEIN, 2002).

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7.2. Elastômeros com poliuretano

Na década de 40 foi desenvolvido Poliuretano (PU) ou uretano que são

termos usados para categorizar um grupo de elastômeros ou borrachas artificiais.

Elastômeros com poliuretano combinam as vantagens dos metais, plásticos rígidos e

materiais cerâmicos, com a flexibilidade e elasticidade da borracha. As ligas de PU

podem produzir uma combinação das seguintes propriedades físicas: resistência à

abrasão excelente, resistência extra e durabilidade, resistência aos cortes,

resistência à fadiga flexível, muito boa resistência ao impacto, capacidade de

suportar carga muito alta, resistência aos fungos, propriedades mecânicas de atrito e

boas propriedades elétricas (KLEIN, 2002).

“O poliuretano pode ser formulado para ter uma combinação de muitas destas

propriedades listadas em um material. Muitas destas combinações de propriedades

não podem ser conseguidas em qualquer outro produto de engenharia”. (KLEIN,

2002, p.2).

A resistência e durabilidade de PU são observadas nas suas propriedades de tensão ou deformação, que podem incluir um módulo elevado, elevada resistência à tração e elevado alongamento. Esta combinação não é encontrada na maioria das borrachas. As borrachas normalmente têm alto alongamento, mas de baixo módulo e resistência à tração. Os poliuretanos tem capacidade de suporte de carga muito mais elevada do que os elastômeros convencionais de dureza semelhante. Esta alta capacidade de suporte de carga, combinado com a abrasão e resistência superior é uma vantagem importante na dinâmica de uma BCP. (KLEIN, 2002, p.2)

A composição é a chave para criar um específico PU para a sua

aplicação. Os PU são adequados para mais aplicações do que os elastômeros de

borracha nitrílica, pois são utilizados exclusivamente no BCP de fundo de poço

desde o ano de 2002, sem sacrificar a integridade mecânica (KLEIN, 2002).

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7.3. Facilidade de manutenção

Normalmente, o sistema BCP convencional quando retira só a coluna

de haste vem o rotor metálico mais o que se estraga, ai tem que manobrar a coluna

de produção devido o estator de borracha. No novo procedimento o estator pode ser

mantido e tem que manobrar só a coluna de haste com o rotor revestido com o

poliuretano. Esse procedimento vai reduzir custos de manutenção, pois pode trocar

aquele componente com falha ou desgaste somente pela manobra da coluna de

haste (KLEIN, 2002).

8. ESTADO DE DESENVOLVIMENTO DE UMA BCP METÁLICA

8.1. Princípio de hidroformagem

A hidroformagem é um processo de fabricação interessante quando

há necessidade de moldar superfícies complexas com espessura uniforme. Em

relação à bomba BCP, esta é uma nova tecnologia que se encaixa para a fabricação

do estator metálico. Este processo consiste em colocar um tubo de aço numa matriz

e assim injetar água sob alta pressão para que o tubo preencha as cavidades da

matriz até chegar à forma final da mesma. No caso de um estator metálico, a matriz

interna é submetida à pressão externa, uma vez que a área em contato com o rotor

quando em funcionamento é a superfície interna do estator. Sendo assim, esta

superfície deve ser moldada o mais próximo possível da matriz para ter uma boa

precisão final na dimensão do estator. O processo começa com a pré-moldagem do

tubo para que esse entre e se encaixe grosseiramente na matriz (ver Figura 4).

Depois disso, lubrificantes especiais são usados para minimizar o atrito entre a peça

e as matrizes de hidroformagem (BEAUQUIN et al., 2005).

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Fonte: BEAUQUIN et al. 2005

Este processo necessita do uso de aços selecionados e com

propriedades de tensão plástica elevada. Após este processo, o estator pode ser

revestido para aumentar a dureza, resistência à abrasão e, consequentemente,

aumentar sua vida útil (BEAUQUIN et al., 2005).

8.2. Tecnologia de metal na BCP

O projeto da BCP metálica consiste em:

- um rotor metálico (revestido), quando comparado ao rotor da bomba com

elastômero;

- a superfície hidroformada ativa do estator;

- um envelope externo que permita a conexão dos elementos tão como moldar a

extremidade da BCP de acordo com conexões API das colunas de produção; (ver

Figura 5) (BEAUQUIN et al., 2005).

Figura 4. Princípio de hidroformagem

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Figura 5. Princípio da BCP metálica

Fonte: BEAUQUIN et al. 2005.

8.3. Comparação entre a BCP metálica e a BCP convencional com elastômero

A BCP metálica tem uma ampla aplicação quando comparada com a

BCP convencional com elastômero em termo de compatibilidade química com os

fluidos bombeados, ou seja, na maioria dos casos os aços, exceto na presença de

uma elevada quantidade de H2S, que implicaria o uso de aços duplex ou

equivalentes (BEAUQUIN et al., 2005).

A BCP convencional tem o estator com o perfil helicoidal feito de

elastômero e fixado a um tubo metálico externo (ver Figura 6a). A BCP metálica tem

o estator totalmente metálico e, portanto, capaz de ser submetido a temperaturas

muito elevadas (Ver Figura 6b). A BCP convencional e a BCP metálica são

revestidas especialmente para altas temperaturas e resistência ao desgaste, mas o

rotor serve como um elemento sacrifício. Embora a BCP metálica não tenha o

mesmo ajuste de interferência entre o rotor e o estator como a BCP convencional, a

eficiência ainda é adequada, pois o ajuste pode ser realizado com mais precisão

usando o processo de hidroformagem. É também possível notar que a ausência de

qualquer material de elastômero pode proporcionar a BCP metálica uma vantagem

operacional e de vida útil em aplicações em que o ambiente do fundo do poço possa

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causar inchaço grave ou degradação dos vários elastômeros da

bomba (ARYSTANBAY, 2011).

A Figura 6 mostra essa diferença de temperatura utilizando a BCP

convencional com elastômero e a BCP metálica. Pode observar que a BCP metálica

pode ser submetida a 350°C, dessa forma amplia o seu campo de aplicação. Já a

BCP convencional pode ser submetida a temperaturas menores que 120°C.

Figura 6. (a) Sistema BCP convencional com elastômeros e (b) BCP metálica

Fonte: ARYSTANBAY, 2011

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8.4. Vantagens da BCP metálica

As vantagens da BCP metálica incluem: fácil controle da vazão

(proporcional ao rpm), fácil de instalar (semelhante ao BCP convencional), alta

temperatura de operação, aplicável para viscosidades altas ou baixas, e produção

com baixa pressão no fundo do poço (ARYSTANBAY, 2011).

8.5. Fase de teste da BCP metálica

A tecnologia de bomba metálica força a barreira dos limites para a

extração de óleo pesado, em campos maduros e com fluidos abrasivos, nos quais a

bomba BCP convencional não pode operar. A investigação inovadora levou ao

desenvolvimento do processo de fabricação de uma bomba metálica completa,

evitando assim a fraqueza dos elastômeros. O uso da BCP metálica desde 2005

está em uma fase de testes avançada, realizaram testes com óleo pesado com

temperaturas de até 200°C, pressão de até 75 bar e vazão de 260 m³ / dia a 350

RPM. Através desses testes pode atingir uma vazão com valores de 1000 m³/ dia

com novos modelos desenvolvidos ate o final do ano de 2005. O programa de

validação inclui testes de desempenho para avaliar o seu comportamento quando

submetido à abrasão e produção de gás (BEAUQUIN et al., 2005).

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9. MONITORAMENTO DA BCP EM 500ºF COM APLICAÇÕES NA PRODUÇÃO

DE ÓLEO EM POÇOS PELA INFLUÊNCIA DO VAPOR

9.1. Aplicação em ambientes de elevada temperatura

A tecnologia da BCP progrediu para permitir sua aplicação em

ambientes de alta temperatura. Geralmente os elastômeros da BCP são limitados a

uma temperatura operacional menor que 120°C (ARYSTANBAY, 2011). Desde 2010

com a introdução de bombas de selagem metal/metal removeu este limite. As

operações acima de 120°C também resultam em desafios para os sensores no

fundo do poço usados para monitorar o desempenho da bomba e do poço. Esses

sensores utilizados para o monitoramento da BCP também foram limitados a

operações em temperaturas de 120°C (CUDMORE, 2010).

9.2. Os desafios

O movimento da BCP e da coluna é o principal desafio de instalar

qualquer medidor permanente em uma BCP. A excentricidade da BCP pode produzir

um grau de movimento elevado na coluna, o que pode danificar permanentemente

os cabos. O torque elevado aplicado da superfície para a BCP no fundo do poço

pode resultar em uma rotação na coluna. O equipamento ou cabo devem ser

capazes de resistir a elevados graus de tensão mecânica, pois a BCP pode produzir

vibrações indesejadas (CUDMORE, 2010).

Na aplicação da produção de óleo em poços pela influência do vapor,

um sensor deve ser capaz de operar em temperaturas acima de 204,4°C. Devido à

natureza da injeção de vapor, as temperaturas também são instáveis, o que para os

sensores é um problema difícil de superar. Os sensores não são confiáveis quando

operam com grandes variações de temperatura, visto que a temperatura

rapidamente enfraquece os circuitos eletrônicos (CUDMORE, 2010).

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9.3. Limitações dos medidores eletrônicos

As instalações de sensores a temperaturas maiores que 175°C ainda

têm uma expectativa de vida de meses. É estimado que uma ferramenta pudesse

operar durante 10 anos a uma temperatura de 150°C, porém só funciona durante 3

meses a uma temperatura de 175°C. Os componentes eletrônicos, incluindo os

fornecedores de energia e os processadores estão contidos na superfície, e apenas

um transdutor de pressão e temperatura é implantado no fundo do poço via um cabo

especialmente projetado para o tipo de ambiente (CUDMORE, 2010).

A indústria precisa de ferramentas que resistam, e elas devem ser

livres de partes eletrônicas para assim poder superar a barreira de 200°C. Precisa

analisar também o cabo, as conexões elétricas e as vedações de pressão para obter

um sistema completo de altas temperaturas (CUDMORE, 2010).

9.4. Solução

O medidor permanente de alta temperatura de fundo de poço

implantado nos poços de injeção a vapor é livre de qualquer componente eletrônico,

o que remove os problemas de confiabilidade associados a medidores permanentes

convencionais quando aplicado em altas temperaturas (CUDMORE, 2010).

A solução usando um medidor de alta temperatura depende de

comunicação contínua e confiável entre processador de superfície e o medidor de

fundo de poço, por meio de um instrumento de transmissão de linha resistente à alta

temperatura. A linha do instrumento atua como um canal e possibilita a leitura dos

dados do transdutor localizado no fundo do poço (CUDMORE, 2010).

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9.5. Aplicação

Os poços com injeção de vapor foram equipados com cabo de BCPs

com vedação de metal/metal capaz de resistir a temperaturas esperadas nos poços

de produção. O medidor de alta temperatura é montado em um mandril de medição

acima do estator do BCP e mede a pressão e a temperatura do anular na entrada

(CUDMORE, 2010).

A linha do instrumento é conectada à cabeça do cabo de medição fixado

na coluna de produção, saindo da cabeça do poço e passando através de uma

alimentação de alta temperatura e pressão. Esa linha é conectada em uma caixa de

junção de cabeça de poço. O cabo de superfície é conectado a unidade de aquisição

de dados de superfície que vai processar os dados de pressão e temperatura dos

transdutores de fundo de poço e fornecer dados de superfície. Os dados de

superfície estão disponíveis em uma tela como também nas conexões SCADA de

operação (CUDMORE, 2010).

10. MELHORIAS NA CONFIABILIDADE DA BCP

10.1. Âncora de torque

A BCP no fundo do poço ganhou sua popularidade em bombear com

óleo pesado junto com areia em um reservatório relativamente raso, minimizando o

efeito da areia e gás livre. Em um reservatório de arenito não consolidado que

contém óleo pesado, o sistema BCP permite a produção contínua do óleo junto com

uma produção massiva de areia, resultando em um melhoramento da

permeabilidade da formação próximo a parede do poço assim como aumento na

produtividade (WANG, 2010).

É de importância fundamental melhorar a confiabilidade e o

desempenho do sistema BCP convencional em um reservatório profundo produzindo

o óleo pesado juntamente com areia em uma formação não consolidada, pois resulta

em um maior torque e uma carga maior, na qual tanto a profundidade de ajuste da

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bomba como as forças impostas na coluna de haste são aumentados

consideravelmente (WANG, 2010).

O aumento na excentricidade do rotor pode melhorar a vedação entre o

rotor e estator, levantar a cabeça do suspensor da bomba de estágio único, reduzir o

atrito entre o rotor e o estator. Quando se aumenta o suspensor de cabeça, a haste

sofre um aumento considerável no torque e na carga. O giro de separação pode ser

resultado do movimento excêntrico do rotor e da vibração transversal da haste.

Também é necessária uma âncora na coluna para um sistema BCP para evitar que

a coluna seja desenroscada. Os tipos de âncora incluem a âncora hidráulica, âncora

de tração, âncora de compressão, âncora rotação por placa e âncora rotativa

(WANG, 2010).

Desde o ano de 2010, a âncora amplamente utilizada nos sistemas

convencionais de BCP é a âncora de compressão, que exige uma carga de 4000 a

8000 kg a qual é imposta pela própria coluna para fixar a âncora. Com uma carga

de trabalho tão elevada pode resultar na flambagem de uma porção da coluna em

certo ponto e consequentemente no desgaste excêntrico na coluna (WANG, 2010).

10.2. Haste especial para BCP

Inicialmente a haste de bombeio utilizada para o sistema BCP era a

mesma do sistema de bombeio convencional, embora a mesma seja capaz de

suportar mais tensão, porém menos torque. De modo a permitir a produção de

fluidos a partir de formações profundas, utiliza a haste de bombeio com rosca cônica

para modificar a haste do sistema BCP convencional. Em comparação com o

sistema BCP convencional, a haste de bombeio com rosca cônica mostra bom

desempenho de vedação, e também suportar uma maior carga axial e torque

(WANG, 2010).

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10.3. Metodologia

10.3.1. Aplicação de rosca cônica

Um esquema da rosca cônica é representado na Figura 7. A sua

espessura de parede na entrada é similar a da convencional, enquanto a espessura

da parede na base é aumentada para acrescentar significativamente a sua

resistência a torção. A Figura 7b mostra uma luva que normalmente permanece

conectada a um tubo. Além disso, o torque de desconexão é aumentado de acordo

com o aumento no torque de aperto e a relação entre o torque de desconexão e o

torque de aperto é de aproximadamente 0.8 (ver Figura 8). Esse torque de

desconexão é necessário para começar a deslizar uma rosca em relação a outra. Já

o torque de aperto é necessário para começar a travar a conexão de uma rosca em

relação a outra, o que também garante a vedação. Desta forma, esse elevado torque

implica que a coluna de haste não irá ser facilmente desenroscada enquanto está a

ser girada inversamente (WANG, 2010).

Figura 7. Esquema da rosca cônica: (a) junção, e (b) luva.

Fonte: WANG, 2010

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Figura 8. Relação entre o torque de desconexão e o torque de aperto

Fonte: WANG, 2010

10.3.2. Configuração na entrada da bomba

É necessário ajustar corretamente a entrada da bomba para o

bombeamento de fluidos para fora de uma formação profunda com sistemas BCP.

Em geral, a entrada da bomba é ajustada pelo menos a 1 metro abaixo do fundo da

zona canhoneada para permitir a produção rápida da corrente de óleo

transportadora em conjunto com a areia. Caso contrário, a areia depositada e

acumulada na bolsa vai reter o fluxo de óleo e areia, e podem eventualmente matar

o poço (WANG, 2010).

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10.4. Melhorias na ancoragem da BCP

A âncora rotativa é a melhor escolha para os sistemas de BCP para

formações profundas. Esta âncora está instalada na parte inferior do sistema BCP.

Ela é composta por um corpo de ancoragem, placa rotativa deslizante e um

centralizador. Um esquema do sistema BCP modificado é representado na Figura

9a.

Quando o rotor gira no sentido horário, ele rotaciona a bomba e a

âncora. As lâminas rotativas também rotacionam, e assim deslizam para fora da

âncora até o revestimento, devido ao atrito entre a placa rotativa e o revestimento

(ver Figura 9b). Quando a coluna é retirada e rotacionada no sentido anti-horário

durante a operação de workover, as lâminas rotativas deslizantes são recolhidas e

assim a âncora é liberada (ver Figura 9c). Uma vez que as lâminas deslizantes estão

localizadas dentro da âncora, essas lâminas podem ser recolhidas suavemente para

reduzir o risco de não conseguir retirar a coluna tendo em vista que a âncora da

coluna esta coberta por areia. Além de não ser necessária nenhuma força vertical

para o ajustamento da âncora, e assim a flambagem da coluna pode ser prevenida

até certo ponto (WANG, 2010).

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Figura 9. Esquema do sistema BCP modificado: (a) âncora rotativa, (b) estado operacional, e (c) estado inativo.

Fonte: WANG, 2010

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10.5. Instalação do conversor de frequência

A principal finalidade de utilizar um conversor de frequência é controlar

a frequência da fonte de alimentação do motor elétrico, fazendo com que o motor

ligue suavemente o sistema de BCP, e previna que as hastes de bombeio de serem

quebradas ou danificadas inesperadamente por excesso de torque. O conversor de

frequência pode ser usado para ajustar a velocidade de forma contínua e, assim,

manter a produção estável (WANG, 2010).

Assim que o sistema de BCP é iniciado, a coluna de hastes sofre um

grande torque no início e em seguida permanece praticamente constante, depois a

velocidade de rotação se torna estável, enquanto o torque aumenta pouco com a

velocidade de rotação. Desta forma, o torque de saída do motor assíncrono deve

permanecer constante durante todo o tempo, apesar da sua velocidade de rotação

ser alterada (WANG, 2010).

11. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA BCP COM BCS INOVADOR

11.1. Princípio de funcionamento dos sistemas BCP com BCS convencional e BCP

com BCS inovador

O Bombeio por Cavidades Progressivas (BCP) é acionado por uma

coluna de haste, e o Bombeio Centrífugo Submerso (BCS) é acionado por um motor

de fundo. O sistema BCP com BCS convencional busca unir as vantagens do BCP e

do BCS, pois na ausência da haste pode dar maior confiabilidade. O BCP com BCS

convencional é um sistema híbrido que é acionado por um motor elétrico de fundo, e

para transmitir a energia da superfície para o fundo esse sistema utiliza um cabo

elétrico. É preciso fazer o acoplamento do motor com a bomba do BCP, o motor

roda a 3600 RPM e a bomba roda em baixas velocidades, em torno de 400 RPM,

então precisa ter uma redução dessa rotação (BAO, 2010).

Novas pesquisas foram realizadas para melhorar o sistema BCP com

BCS convencional. Em seguida, foi desenvolvido um sistema BCP com BCS

inovador com uma nova configuração que utiliza a tecnologia de motor de ímã

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permanente no fundo do poço e um conversor de torque, resultando em eficiências

operacionais elevadas e redução de custo. Esse motor de ímã permanente é um

motor elétrico especial diferente dos outros (RUSHBY, 2013).

Com esse novo sistema a BCP está no fundo do poço, permitindo que

este sistema de pequeno diâmetro possa ser instalado em qualquer profundidade e

na horizontal. Este sistema é combinado com a capacidade de executar a

velocidade variável e gira em qualquer direção. Falhas relacionadas à areia e

workovers são reduzidas. Este novo sistema entrou em testes de campo em agosto

de 2013 em San Joaquin Valley, na Califórnia, para uma aplicação de produção de

óleo pesado, e Austrália Ocidental para deliquefação de um poço de gás (RUSHBY,

2013).

11.2. Vantagens do sistema

O sistema permite menos equipamentos, e é compatível com a coluna

encaixada convencional. Ele aborda fundamentalmente muitos dos problemas

associados com poços horizontais e manejo de areia, e fornece uma solução

altamente eficiente para aplicações de deliquefação de um poço de gás, injeção

cíclica de vapor, e a produção de óleo pesado com areia (RUSHBY, 2013).

Esse sistema reduz drasticamente as necessidades totais de energia e

do uso de instalações elétricas de superfície de alto custo quando comparado com o

BCS. Esta nova configuração reduz o impacto ambiental do poço, reduz os

requisitos de desenvolvimento e workover, resultando em operações menores e

mais seguras (RUSHBY, 2013).

11.3. Tecnologia para a integração de motores de ímã permanentes (PMM) ao BCP

O conversor de torque realiza a tarefa de transferir e ampliar o torque

do motor. É possível fazer a transição do torque através do acoplamento magnético

que vai conectar ao PMM que permite operar em baixas rotações, e proporciona

simultaneamente uma baixa rotação entre 100 e 500 RPM para o BCP. Esse

processo permite um maior rendimento (RUSHBY, 2013).

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11.4. Avanços e vantagens utilizando o motor de ímã permanente (PMM) no fundo

do poço

Utiliza a PMM no fundo do poço com um conversor de torque para ser

projetado e implementado num tamanho de diâmetro delgado adequado. Este motor

possibilita a geração eficiente de torque no fundo do poço enquanto minimiza as

perdas de transmissão da superfície realizadas através de um cabo de alimentação

trifásico. Além disso, devido à remoção do sistema de superfície, o vazamento

associado ao sistema de vedação dinâmico utilizado nos sistemas acionados via

hastes convencionais é então eliminado (RUSHBY, 2013).

O conversor de torque permite o motor a operar com alta eficiência em

uma grande gama de velocidade, enquanto fornece o torque máximo possível para a

bomba. Como o conversor de torque é magnético e sem contato, o que reduz as

perdas e elimina um dos modos de falha primários presente em sistemas de

transmissão convencionais, a obstrução e o desgaste de engrenagens (RUSHBY,

2013).

Foram realizadas pesquisas sobre o conversor de torque magnético,

mas o princípio de funcionamento e os detalhes construtivos não são apresentados

na referência. O conversor de torque magnético é uma peça que vai existir entre o

motor e a bomba (ver Figura 10) (RUSHBY, 2013).

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Figura 10. Arquitetura de um sistema de produção de óleo pesado inovador

Fonte: RUSHBY, 2013

A Figura 10 acima mostra um sistema de acionamento magnético,

tem acoplado a ele um equalizador para armazenar diversas variações de

temperatura e pressão durante a operação. Ele utiliza um projeto de multi-

compartimento para manter efetiva a separação do fluido de produção do óleo

dielétrico do sistema de transmissão de força através de todos os caminhos até

chegar à horizontal. O equalizador é acoplado ao BCP que fornece pressões

constantes a quaisquer vazões, e é comprovado que a BCP facilita a produção de

areia. Um tubo flexível integrado entre o equalizador e a BCP absorve as vibrações

criadas pelos movimentos excêntricos do rotor da BCP (RUSHBY, 2013).

Nos sistemas de BCS e BCP com BCS convencionais onde o motor

fica na extremidade inferior e a bomba no topo do conjunto. No novo sistema

proposto a bomba está localizada na extremidade inferior do conjunto, eliminando

assim a necessidade para o cabo de alimentação de contornar a bomba a ser

encerrado no interior do motor e permitindo ainda economia de espaço dentro dos

limites com fronteira do diâmetro do poço. À medida que a descarga de BCP é

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abaixo do motor, os fluidos bombeados mantém um fluxo constante após o motor

proporcionar resfriamento forçado no sistema (RUSHBY, 2013).

Este arranjo auxiliar de transporte de areia, eliminando a necessidade

de pressão do reservatório para empurrar o fluido após o motor para a entrada da

bomba. Isto reduz o risco da deposição de sólidos conduzindo a falhas de

sobreaquecimento, e o risco de enterrar areia do motor que conduz a dificuldades na

recuperação do sistema. A bomba pode trabalhar em sentido inverso, permitindo

uma ação de lavagem de areia que tem o potencial de eliminar um bloqueio na

entrada (RUSHBY, 2013).

Para uma aplicação com coluna convencional uma proteção de fluxo

deve ser instalada para permitir que o fluido de produção seja transportado em torno

do sistema de acionamento através do anular, antes de ser desviado para dentro da

coluna para transporte até a superfície. Esta configuração combinada com as

técnicas de implantação alternativas facilita a instalação do bocal de entrada da

bomba na profundidade de produção que foi determinada previamente, mesmo em

liners de pequenos diâmetros (RUSHBY, 2013).

A tecnologia é projetada para ser inerentemente adaptável. Os

múltiplos motores e conversores de torque podem ser instalados em série,

multiplicando assim efetivamente o torque total que pode ser entregue diretamente

ao BCP, enquanto outras evoluções de projeto permitem a possibilidade de

máquinas com maiores e menores diâmetros, para maiores aplicações de elevação

artificial (RUSHBY, 2013).

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11.5. Equipamentos para o sistema BCP com BCS inovador

A Figura 11 mostra o sistema de fundo de poço completo pronto para

desenvolvimento.

Figura 11. Sistema de fundo de poço concluído

Fonte: RUSHBY, M J; DENHOLM, A, 2013

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A Figura 12 mostra a cabeça do poço após a implantação, localizado a cerca de 100

pés de distância.

Figura 12. Cabeça do poço após uma implantação bem-sucedida

Fonte: RUSHBY, 2013

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12. APLICAÇÕES DE BCP INSERTÁVEL COM NOVA ÂNCORA ESTENDIDA

12.1. Funcionamento e suas vantagens

As aplicações através de uma nova âncora para BCP insertável

estendem-se para um maior conjunto de poços pretendentes. A âncora é juntamente

o que vai prender a BCP para utilizar dentro do tubo. A âncora da BCP insertável

permite a ser executada, sendo operada e removida a partir de uma coluna de

produção na ausência de uma instalação previamente do niple de assentamento da

bomba, tipicamente necessário para a instalação, ou seja, em qualquer nível da

coluna de produção pode instalar essa BCP insertável. Por exemplo, se tiver um

bombeio mecânico, tira o pistão da coluna de haste e deixa a bomba lá em baixo, e

desce uma BCP por dentro da coluna (DONNELLY, 2014).

Em uma BCP insertável a bomba é instalada pela coluna de hastes e

entra no interior da coluna de produção. Sendo assim, permite a bomba ser puxada

e executada novamente pela coluna de haste. A vantagem principal deste sistema é

a eliminação do alto custo e consumo de tempo para puxar coluna com intenção de

mudar o desgaste (ou bombas danificadas, ou para mudar diferentes bombas com

tamanhos e configurações no fundo do poço) de forma que mude os requisitos de

bombeamento (DONNELLY, 2014).

As BCPs insertáveis convencionais são instaladas em niples de

assentamento na coluna de produção e uma correspondente configuração de anéis

que ficam na bomba. Enquanto este método proporciona ser confiável, ele também

requer que o niple de assentamento da bomba seja originalmente instalado e que

limita o posicionamento da bomba (DONNELLY, 2014).

Uma aplicação dessa tecnologia é utilizada pela empresa da

Weatherford que utiliza a âncora flexisert para BCP insertável cujo método de

instalação não requer um niple de assentamento da bomba para ficar na coluna. A

Figura 13 mostra a âncora Flexisert que está posicionada na parte inferior da BCP

insertável (DONNELLY, 2014).

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Figura 13. Âncora Flexisert está posicionada na parte inferior da BCP insertável

Fonte: DONNELLY, 2014

Em geral, a aplicação de BCP insertável com âncora permite ser

executada em poços que não estão equipados com um niple de assentamento da

bomba (ou onde o niple de assentamento da bomba está no local errado, ou tem

especificações que são desconhecidas). O sistema de ancoragem também fornece

uma elevação artificial com opção para reativar poços antigos, sem puxar a coluna.

A âncora reduz a inatividade e os custos para a substituição de diferentes formas de

elevação artificial, incluindo a eliminação da necessidade para puxar e executar

novamente a coluna de produção se um niple de assentamento ainda não está no

lugar (DONNELLY, 2014).

12.2. Aplicações

As aplicações possíveis são de elevação artificial em poços onde uma

BCP insertável convencional não pode ser instalado devido a uma falta de um niple

de assentamento da bomba, onde outra forma de elevação artificial falhou, e/ou

quando mudanças na profundidade de fixação da bomba, volume da bomba, e

elevação são necessários. As aplicações em que há uma produção elevada de areia

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ou parafinas, a BCP insertável com âncora devem ser revista com cuidado por

causa do sistema estreito da coluna ou do anel da bomba. As aplicações horizontais

ou direcionais também devem ser avaliadas para assegurar que o peso da haste é

suficiente para engatar a ferramenta. As razões para a âncora falhar incluem

instalação imprópria, introdução em uma aplicação errada, mais torque, e coluna

suja (DONNELLY, 2014).

Os testes de campo realizados entre 2013 e 2014 incluem aplicações

em Omã, Venezuela e México. Seis testes de campo resultaram em quatro

instalações bem-sucedidas. Os outros dois foram comprometidos por causa da

coluna suja ou questões de diferencial de temperatura (DONNELLY, 2014).

A Figura 14 mostra os funcionários da Weatherford preparado para executar a

âncora Flexisert para BCP insertável em um poço no México (DONNELLY, 2014).

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Figura 14. Âncora Flexisert para BCP insertável em um poço no México

Fonte: DONNELLY, 2014

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13. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou uma análise de

como o método do BCP está sendo implementado na indústria petrolífera,

mostrando os seus benefícios e dificuldades encontradas ao trabalhar com este

método. Além disso, também permitiu apresentar as perspectivas de evolução

tecnológica e avaliar como esse método auxilia durante a fase da elevação artificial

de petróleo.

A haste de bombeio oca é capaz de suportar as condições de cargas

requeridas pelo bombeamento por BCP. Além de permitir trabalhar com um amplo

intervalo de torque para aumentar a confiabilidade da bomba de BCP. O teste de

campo confirmou o desempenho esperado da haste oca, e o custo de operação

deve cair significativamente para a exploração de óleos pesados e extrapesados.

O estator metálico desde 2005 está em fase de teste avançado,

devido aumentar a sua vida útil. Os testes mostraram um comportamento aceitável

da bomba metálica em temperaturas superiores a 200°C em 2005. Em 2011, o BCP

já suportar 350°C devido a melhorias no seu projeto. Ao escolher os materiais

corretos, de modo que a expansão térmica do rotor e do estator são compatíveis e a

bomba pode operar dentro de uma ampla gama de temperaturas. A bomba metálica

ainda oferece baixo CAPEX e OPEX.

O monitoramento de poços produtores de injeção de vapor de

elevadas temperaturas é possível em temperaturas de até 260°C (500°F). O cabo de

medição deve ser protegido adequadamente para resistir a movimentos indesejáveis

e a vibrações. O medidor de fundo de poço deve ser capaz de resistir a altas

temperaturas e a bruscas mudanças de temperatura, assim como suportar vibrações

e choques mecânicos.

Foi possível melhorar significativamente a confiabilidade da BCP

para aumentar a produção de petróleo a partir de reservatórios de óleo pesado

profunda, prolongando significativamente a vida útil do conjunto de hastes. O

sistema BCP com BCS inovador fornece uma solução altamente eficiente para

aplicações da produção de óleo pesado com areia, reduz as necessidades totais de

energia e do uso de instalações elétricas de superfície de alto custo. Várias

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melhorias estão desde 2013 em desenvolvimento ativo, e foram alcançados acordos

para expandir os testes de campo.

Os avanços tecnológicos estão expandindo no campo de aplicação

da tecnologia da BCP, porque serve para regiões de maior temperatura, tem maior

durabilidade, ou seja, tem maior aceitação no campo. Antes da BCP insertável,

tinha que fazer a manobra da coluna de produção e tinha que ter sonda. Hoje, pode

ir com esses equipamentos mais leves, mais barato para fazer a troca da bomba por

meio da coluna de haste. A BCP insertável foi um grande avanço e viabilizou vários

testes de campo, pois não precisa nem colocar antes o niple de assentamento. O

sistema insertável pressupõe que tem instalado o niple de assentamento para

assentar a bomba. Com essa vantagem em qualquer poço que não tem BCP, pode

instalar a BCP insertável entre a coluna de produção.

A pesquisa foi realizada até o ano de 2015 e só encontrou avanços

significativos até o ano de 2014, de acordo com o ano de publicação dos artigos. A

pesquisa foi realizada em artigos de revista e artigos elaborados para serem

apresentados em seminários. Ela alcançou os objetivos desejados analisando as

novidades e tendências tecnológicas da BCP. Para melhorar o que foi analisado é

preciso fazer pesquisas de patente para descobrir se foi inventado algo diferente.

Outra sugestão é a modelagem a partir de testes de laboratório sobre o estator

metálico para ampliar suas perspectivas de aplicação nos próximos anos. O

problema da pesquisa foi alcançado quando todas as novidades e avanços do

método da BCP foram encontrada e devidamente explicados no presente trabalho.

Dessa forma, foi resolvido um problema que juntou vários estudos sobre o BCP num

único trabalho, mostrando sua importância no cenário atual.

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