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RODRIGO PAULO PEREIRA Trabalho de Conclusão de Estágio RESPONSABILIDADE SOCIAL: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI – UNIVALI Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí. ITAJAI – SC, 2005. AGRADECIMENTOS

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RODRIGO PAULO PEREIRA

Trabalho de Conclusão de Estágio

RESPONSABILIDADE SOCIAL: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE DO VALE

DO ITAJAI – UNIVALI

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAI – SC, 2005. AGRADECIMENTOS

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Agradeço principalmente a Deus que me deu

saúde e inspiração para completar mais essa

etapa da minha vida.

Aos meus pais, Pedro e Noeli e a minhas irmãs

Andressa, Larissa e Gabriela e a minha sobrinha

Rayssa que estão comigo, e que me

acompanharam em momentos muitos difíceis de

minha vida, e, que desde o início me deram maior

coragem e incentivo na execução do Trabalho de

Conclusão de Estágio.

Aos meus outros familiares e amigos pelo

incentivo para mais está conquista.

Obrigado a todas as pessoas que ajudaram de

alguma forma para a conclusão deste trabalho,

em especial ao professor Mestre Nilmar de

Souza, a equipe do Núcleo de Apoio

Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades

Especiais – NAPNE/ e Programa de Atenção

aos Discentes, Egressos e Funcionários/PADEF,

agradeço à minha orientadora de conteúdo,

Professora Isabela Regina Fornari Müller e

Miriam Cristina Frey de Lira. Obrigada a todos.

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EPÍGRAFE

“Saiba que, ao teu redor, encontra-se sempre a

realidade do amor e que, a cada momento, tens o

poder de transformar o mundo por conta do que

aprendeste”.

Richard Bach

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome de estagiário

Rodrigo Paulo Pereira.

b) Área de estágio

Administração Geral.

c) Orientadora de campo

Profª. Miriam Cristina Frey de Lira, MSc.

d) Orientadora de estágio

Profª. Isabela Regina Fornari Müller, MSc.

e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração

Prof. Luiz Carlos da Silva Flores, Dr.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI

b) Endereço

Rua Uruguai 458, Bairro Centro, Itajaí – SC.

c) Setor de desenvolvimento do estágio

NAPNE/PADEF

d) Duração do estágio

300 horas

e) Nome e cargo da orientadora de campo

Miriam Cristina Frey de Lira

Pedagoga

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAI, 10 de junho de 2005.

O Programa de Atenção aos Discentes, Egressos e Funcionários, pelo

presente instrumento, autoriza a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de

Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo

acadêmico Rodrigo Paulo Pereira.

_______________________________ Isabela Regina Fornari Müller

Responsável do PADEF

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RESUMO

A ampla discussão sobre a Responsabilidade Social em nosso país, tem sido um marco na vida das Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, que hoje estão tendo oportunidades de trabalho reconhecido e também o apoio para seguir seus estudos. Neste trabalho delimitou-se a pesquisa na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, campus I, que tem sido uma Universidade preocupada em oferecer apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais. Teve como objetivo geral pesquisar quais as Necessidades Especiais que hoje estão inseridas na mesma e também o apoio profissional oferecido pelo NAPNE/PADEF. Para levantamento de dados na universidade foi utilizado o método de aplicação de questionários de forma aleatória, entre os acadêmicos com Necessidades Educacionais Especiais, regularmente matriculados no primeiro semestre de 2005, e atendidos pelo Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE/ um sub-programa do Programa de Atenção aos Discentes, Funcionários e Egressos – PADEF da UNIVALI, no semestre, 2004. Buscando assim verificar o grau de satisfação dos clientes, quanto ao programa de Responsabilidade Social na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. Onde ficaram definidos os objetivos específicos: descrever as atividades realizadas no NAPNE, apresentar dados coletados através de pesquisa realizada, enumerar os principais problemas encontrados, através de pesquisa realizada, sugerir implementações, para melhorar resultados da Responsabilidade Social aplicada pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. O trabalho caracterizou-se por ser uma pesquisa - diagnóstico, mostrando as diferentes Necessidades Especiais, e há outros que exigem diferentes enfoques e, conseqüentemente uma metodologia de conotação qualitativa. Os resultados obtidos foram satisfatórios quanto ao atendimento as Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, neste primeiro momento, mas sugerindo para que futuramente se amplie o quadro de profissionais, bem como sejam oferecidos mais cursos. Concluindo, foi uma atividade muito produtiva para o acadêmico, que pôde, ampliar seus conhecimentos ao longo do curso de Administração, quanto ter um diagnóstico das Necessidades Educacionais Especiais e o apoio psicopedagógico oferecido pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI e NAPNE/PADEF/ProEn. PALAVRA-CHAVE: inclusão, necessidade educacional especial, responsabilidade social.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Vetores da Responsabilidade Social.................................................20

Figura 2: Estrutura Organizacional da UNIVALI ...............................................33

Figura 3: PADEF e seus subprogramas............................................................35

Figura 4: Estrutura Organizacional do NAPNE/PADEF....................................37

Quadro 01: Atribuições dos Estagiários...........................................................38

Quadro 02: Usuários do NAPNE ........................................................................40

Gráfico 1: Faixa Etária do NAPNE/PADEF ........................................................41

Gráfico 2: Escolaridade do NAPNE/PADEF ......................................................42

Gráfico 3: Sexo do PADEF/NAPNE....................................................................43

Gráfico 4: Trabalho de inclusão do Núcleo de Apoio às Pessoas com

Necessidades Especiais – NAPNE ....................................................................44

Gráfico 5: Relação a atuação dos profissionais que trabalham no NAPNE ..44

Gráfico 6: Auxílio prestado pelos profissionais do Núcleo de Apoio às

Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE ............................................45

Gráfico 7: Auxílio prestado pelos estagiários do Núcleo de Apoio às

Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE ............................................46

Gráfico 8: Estratégias utilizadas pelo professor em sala de aula para seu

rendimento universitário ....................................................................................47

Foto 1: Intérprete de LIBRAS e acadêmico surdo............................................68

Foto 2: Computador adaptado ...........................................................................68

Foto 3: Máquina Braille, sorobã e livros em Braille .........................................69

Foto 4: Gravador de livro em áudio...................................................................69

Foto 5: Curso de orientação e mobilidade para professores..........................70

Foto 6: Escrita em Braille com reglete ..............................................................70

Foto 7: Leitura de aluno com baixa visão.........................................................71

Foto 8: Projeto “Inclusão através de relatos” ..................................................71

Foto 9: Projeto “Inclusão através de relatos” ..................................................72

Foto 10: Projeto “Acessibilidade no campus I” ...............................................72

Foto 11: Projeto “Acessibilidade no campus I” ...............................................73

Foto 12: Projeto “Acessibilidade no campus I” ...............................................73

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS...............................................................................................i

EPÍGRAFE.............................................................................................................iii

EQUIPE TÉCNICA.................................................................................................iv

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA .......................................................v

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA............................................................................vi

RESUMO ..............................................................................................................vii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ..................................................................................viii

SUMÁRIO ..............................................................................................................ix

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................1

1.1 Problema de pesquisa.......................................................................................2

1.2 Objetivos geral e específico ..............................................................................3

1.3 Aspectos metodológicos ...................................................................................4

1.4 Análise e tratamento de dados..........................................................................6

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................7

2.1 Administração ...................................................................................................7

2.1.1 Processo de administração ............................................................................7

2.1.2 O papel do administrador ...............................................................................9

2.2 Conceito de Marketing ....................................................................................12

2.2.1 Marketing Social...........................................................................................13

2.3 Cliente.............................................................................................................14

2.4 Qualidade no Atendimento..............................................................................15

2.5 Responsabilidade Social .................................................................................15

2.6 Inclusão...........................................................................................................20

3 A EMPRESA.....................................................................................................27

3.1 Histórico ..........................................................................................................27

3.2 Objetivos, visão, missão, valores ...................................................................28

3.2.1 Objetivos ......................................................................................................29

3.2.2 Visão ............................................................................................................29

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3.2.3 Missão..........................................................................................................29

3.2.4 Valores.........................................................................................................30

3.2.5 Diretrizes institucionais da educação na UNIVALI .......................................30

3.3 Ramo de Atividade..........................................................................................32

3.4 A Univali Hoje..................................................................................................32

3.5 Estrutura Organizacional.................................................................................32

3.6 Programa de Atenção aos Discentes. Egressos e Funcionários.....................34

3.7 Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE...........35

4 RESULTADOS DA PESQUISA.........................................................................41

4.1 Perfil ................................................................................................................41

4.2 Nível de satisfação quanto ao NAPNE/PADEF...............................................43

4.3 Dados Adicionais ............................................................................................47

5 SUGESTÕES.....................................................................................................50

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................55

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................58

APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO APLICADO .....................................................62

APÊNDICE 02 – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS: PROGRAMA DE

RESPONSABILIDADE SOCIAL DA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI -

UNIVALI................................................................................................................65

ANEXOS...............................................................................................................67

DECLARAÇÃO.....................................................................................................74

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS.................................................................75

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1 INTRODUÇÃO

A Responsabilidade Social Empresarial não se resume às ações sociais em

favor da comunidade. Trata-se de um processo de aprendizagem, que envolve

mudança de comportamento e uma nova cultura gerencial.

Segundo Secches (2004), “sua sustentabilidade é baseada no

aperfeiçoamento das relações com seus diversos públicos (stakeholders),

incorporando à gestão valores como transparência, ética e respeito” .

Em termos gerais, o respeito pelas pessoas também exige que vejamos as

outras pessoas como fins em si mesmas, e não como menor meio para o alcance

de nossos fins. Tratar as pessoas como fins implica levá-las a sério, em aceitar

como legítimos os seus interesses, e em considerar importantes os seus desejos.

A realidade apresentada no Brasil hoje, não aponta para uma a atuação

empresarial engajada para mudar a consciência e cultura para com as pessoas

que apresentam Necessidades Especiais.

No Brasil, há 14,5% de pessoas que alguma deficiência, seja ela física,

visual, auditiva ou mental. Isto tem levado o governo a aprovar legislação

específica de inclusão desses indivíduos na sociedade, tendo como grandes

parceiros as organizações não governamentais e as empresas, buscando facilitar

o acesso desse grupo de pessoas ao sistema de ensino e dar orientação à família

e à comunidade.

Nunca antes os temas relacionados à Responsabilidade Social foram tão

discutidos no meio empresarial como nos últimos tempos. Isso porque só agora

as empresas perceberam seu papel cidadão num cenário onde não podemos

contar somente com o Governo para resolver os problemas no âmbito social.

A Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, também demonstra

preocupação com às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais,

buscando melhorar o acesso e atendimento a essas pessoas, com este objetivo

criou o NAPNE/PADEF.

O Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades

Especiais – NAPNE, como parte integrante do Programa de Atenção ao Discente

da UNIVALI, vem expressar o compromisso dessa universidade com a

socialização do conhecimento para todos, na medida em que se propõe a

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disponibilizar os meios, as orientações e os recursos pedagógicos necessários

para que crianças, jovens e adultos com Necessidades Especiais participem

ativamente do processo, em igualdade de condições.

1.1 Problema de pesquisa

Para que as Pessoas com Necessidades Especiais realmente pudessem

ter participação e igualdade de oportunidades, seria necessário investir na

mudança de concepção, isto é, investir na adoção de posturas e práticas que

propiciassem a inclusão social destas pessoas, buscando a mudança dos

sistemas sociais gerais. Isso implica em uma construção de uma nova

mentalidade e de novas concepções jurídico-políticas e filosóficas que resultarão

na elaboração de documentos de relevante significado para o processo de

inclusão.

A Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI implanta projetos em áreas de

fundamental importância para o melhor equilíbrio social do país. Uma ação que,

em setores primordiais, como educação, saúde, trabalho, cultura e esporte,

proporciona uma efetiva forma de fortalecer as bases do progresso social. O

resultado positivo dos programas é conseqüência da decisão de valorizar aqueles

que formam a sociedade: os cidadãos.

Sendo o Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades

Especiais – NAPNE, um programa cujo objetivo é a inclusão social e educacional

das Pessoas com Necessidades Especiais, existe a necessidade de avaliar se

está realmente atingindo seus propositos. Essa preocupação nos levou ao

seguinte questionamento.

Com isso, até que ponto o Núcleo de Atendimento Psicopedagógico às

Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE/, Sub-Programa vinculado ao

Programa de Atenção aos Discentes, Egressos e Funcionários/PADEF, da

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI vem atendendo as necessidades dos

clientes com Necessidades Especiais?

Para realização da pesquisa, o acadêmico utilizou como instrumento de

coleta de dados, um questionário estruturado, a ser confeccionado por ele próprio.

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O questionário foi aplicado pelo próprio acadêmico, que, em seguida fez a

tabulação e análise dos resultados. Isso não implicou em custos adicionais para a

UNIVALI.

O acesso aos clientes foi disponibilizado pelo Universidade do Vale do Itajaí

– UNIVALI, através do NAPNE/PADEF. Foram aplicados vinte e sete (27)

questionários, e respondidos por acadêmicos com deficiência física, deficiência

visual, surdos e outros, de diferentes cursos.

Considerou-se trabalho importante para a Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI porque através dele se poderá identificar as necessidades, dos usuários

do Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades Especiais –

NAPNE, bem como seu grau de satisfação com o atendimento prestado, onde

surgirão propostas para melhorar o atendimento para os mesmos.

Em sentido de originalidade, este é o primeiro trabalho realizado na

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, com o objetivo de detectar o grau de

satisfação dos usuários do NAPNE. Também é o primeiro trabalho sendo

realizado sobre Necessidades Especiais, como Trabalho de Conclusão de Estágio

no Curso de Administração.

O trabalho é viável porque essa pesquisa não terá custos adicionais para a

Univali – NAPNE/PADEF.

1.2 Objetivos geral e específico

O objetivo deste trabalho é verificar o grau de satisfação dos clientes,

quanto aos serviços oferecidos pelo NAPNE/PADEF da Universidade do

Vale do Itajaí – UNIVALI.

Os objetivos específicos são assim definidos:

��Descrever as atividades realizadas no Núcleo de Apoio às Pessoas

com Necessidades Especiais/NAPNE

��Apresentar os dados coletados através da pesquisa realizada,

��Enumerar os principais problemas encontrados, através da pesquisa

realizada.

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��Sugerir implementações, para melhorar resultados do atendimento do

NAPNE/PADEF da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.

1.3 Aspectos metodológicos

O estágio foi ser realizado na Universidade do Vale do Itajaí no

PADEF/NAPNE, sobre a temática da aplicação e um programa de apoio às

Pessoas com Necessidades Especiais. Entende-se que o trabalho deve ser

desenvolvido dentro da metodologia da pesquisa-diagnóstico, já que está se

fazendo um levantamento das atividades que NAPNE/PADEF vem

desenvolvendo, podendo assim, diagnósticar e definir os problemas encontrados

naquele programa.

As pesquisas que visam ao diagnóstico de uma situação organizacional normalmente não acarretam um custo muito alto, mas são dificultadas dado o problema de confidencialidade dos dados ou desconfiança do empresário em abrir informações para os estagiários. A Pesquisa-diagnóstico utiliza amplamente o desenho descritivo. Acredita-se que a tendência é, valorizar o capítulo da análise em trabalhos que envolvem pesquisa empírica. (ROESCH, 1999, p. 77).

Conforme palavras de Roesch (1999, p. 77), é uma possibilidade de

projetos que atrai principalmente alunos interessado na área de Análise

Administrativa (Administração Geral), já que esta apresenta um conjunto de

técnicas e instrumentos de análises que permitem não só o diagnóstico, como

também a racionalização dos sistemas.

Utilizar-se-á o método “quantitativo” porque representa a intenção de

garantir maior presição de resultados. Segundo Richardson (1999, p. 70) “o

método quantitativo, como o próprio nome indica, caracteriza-se pelo emprego da

quantificaçã tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no

tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como

percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de

correlação, análise de regressão etc”.

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Os participantes da pesquisa são os acadêmicos da Universidade do Vale

do Itajaí – UNIVALI com Necessidades Especiais estudados no período de

05/05/2004 a 24/05/04.

População é um conjunto de elementos passíveis de serem mensurados, com respeito às variáveis que se pretende levantar.(BARBETTA, 1994, p. 37).

De acordo com Barbetta (1994, p. 42) “amostra é qualquer subconjunto da

população, com o mesmo número de elementos, tem a mesma probabilidade de

fazer parte da amostra. Em particular, temos que cada elemento da população

tem a mesma probabilidade de pertencer à amostra”.

Os elementos que formam a amostra relacionam-se intencionalmente de acordo com certas características estabelecidas no plano e nas hipóteses formuladas pelo pesquisador. Se o plano possuir características que definam a população, é necessário assegurar a presença do sujeito-tipo, desse modo, a amostra intencional mostra-se representativa do universo. Entende-se por sujeito-tipo aqueles que representam as características típicas de todos os integrantes que pertençam a cada uma das partes da população. (RICHARDSON, 1989, p. 49).

A População desta pesquisa são os acadêmicos regularmente

matrículados e atendidos pelo Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades

Especiais (NAPNE), um sub-programa do Programa de Atenção aos Discentes,

Funcionários e Egressos (PADEF) da UNIVALI no 1 semestre, 2004.

Neste trabalho foi utilizado como instrumento de coleta de dados um

questionário estruturado, consistindo de 05 questões de múltipla escolha e 03

questões abertas, além dos dados de identificação dos respondentes.

“O questionário consiste em um conjunto de questões pré-elaboradas, sistemática e sequencialmente dispostas em itens que consituem o tema da pesquisa, com o objetivo de suscitar dos informantes respostas por escrito ou verbalmente sobre assunto que os infformantes saibam opinar ou informar.”(CHIZZOTTI, 1998, p. 54).

O questionário, para ser corretamente aplicado, necessita que o

pesquisador saiba claramente quais informações busca, o objetivo da pesquisa, o

que e como pretende medir os dados. É uma tarefa que exige critério e

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planejamento. Também é necessário que o uniformante compreenda claramente

as questões que lhe são propostas.

1.4 Análise e tratamento de dados

A técnica de análise dos dados que será utilizada é Quantitativo. De

acordo com palavras de Barros (1998, p. 61) “interpretar significa buscar o sentido

mais explicativo dos resultados da pesquisa. Significa ler através, dos índices,dos

percentuais obtidos, a partir da medição e tabulação dos dados”.

Os dados serão apresentados em forma descritivo com o apoio de tabelas,

quadros e outros instrumentos de apoio para apresentação do resultado.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para realização deste trabalho faz-se necessário abordar brevemente a

fundamentação teórica que serviu de base para este estudo.

2.1 Administração

A administração estuda e oferece aos interessados uma série de princípios

que facilitarão a delicada e complexa tarefa de dirigir grupos de pessoas que se

dedicam a um trabalho comum, a um mesmo propósito produtivo, ou seja, trata de

toda e qualquer relação com grupos de pessoas que se reúnem para a execução

de determinado esforço conjunto. Sendo assim, segundo Stoner (1995, p. 05) “a

administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços

realizados pelos membros da organização e o uso de todos os outros recursos

organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos”.

A administração é a arte de fazer coisas através de pessoas. Segundo

Stoner (1995, p. 05) “definimos a administração como um processo porque todos

os administradores, independentemente de suas aptidões ou habilidades

particulares, participam de certas atividades inter-relacionadas visando a alcançar

seus objetivos”.

2.1.1 Processo de administração

A ciência administrativa pode ser considerada como um processo, pois

todos os administradores, independentes de suas habilidades particulares,

participam de outras atividades relacionadas visando alcançar objetivos futuros.

Segundo Stoner (1995, p. 05) “é mais fácil entender um processo complexo como

a administração quando ele é descrito como uma série de partes separadas”. As

descrições desse tipo, conhecidas como modelos, têm sido usadas por

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estudantes e praticantes de administração durante décadas. Um modelo é uma

simplificação do mundo real, usada para demonstrar relacionamentos complexos

em termos fáceis de serem entendidos.

De fato, nós usamos um modelo – sem identificá-lo como tal – quando

dissemos que as principais atividades da administração eram planejamento,

organização, liderança e controle. Este modelo da administração foi desenvolvido

no final do século XIX e ainda é usado hoje em dia. No resto desta seção,

descreveremos brevemente estas quatro atividades principais da administração.

Em seguida, descrevemos a natureza interativa dos processos administrativos:

A. Planejamento

Planejar é pensar antecipadamente nos objetivos e ações, segundo Stoner

(1995, p. 05) “planejar significa que os administradores pensam antecipadamente

em seus objetivos e ações, e que seus atos são baseados em algum método,

plano ou lógica e não em palpites”. São os planos que dão à organização seus

objetivos e que definem o melhor procedimento para alcançá-los.

B. Organização

Organização é uma reunião de recursos de maneira mais eficiente para

realizar os objetivos, colocando os planos em execução. Segundo Stoner (1995,

p. 06) “organizar é o processo de arrumar e alocar o trabalho, a autoridade e os

recursos entre os membros de uma organização, de modo que eles possam

alcançar eficientemente os objetivos da mesma. Objetivos diferentes, claro,

requerem estruturas diferentes”.

A estrutura organizacional é o produto das decisões e coordenação de

trabalho, e definir não apenas as atribuições específicas, mas também o modo de

como devem ser interligadas.

C. Direção

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De um modo geral, direção é dizer as outras pessoas o que fazer e

conseguir que elas façam da melhor forma possível. Segundo Stoner (1995, p.

07) “liderar significa dirigir, influência e motivar os empregados a realizar tarefas

essenciais”. Enquanto planejar e organizar lidam com os aspectos mais abstratos

do processo administrativo, a atividade de liderar é muito concreta: ela envolve o

trabalho com pessoas.

O administrador na direção precisa ter e saber liderar, comunicar e fazer

com que os liderados estejam motivados, e estes comportamentos são

importantes para desempenho do pessoal que esta sob suas ordens.

Um dos grandes desafios para os administradores é conhecer e entender as pessoas de seu grupo, e isso são imprescindíveis para poder dirigir outras pessoas. Além disto para bem dirigir seus subordinados um administrador deve comunicar, liderar e fazer com que estes se motivem. (CHIAVENATO, 1997, P. 443).

D. Controle

Para se controlar é necessário ter bem estabelecidas a direção dos

objetivos. Segundo Stoner (1995, p. 07) “finalmente, o administrador deve se

certificar de que os atos dos membros da organização levam-na de fato em

direção aos objetivos estabelecidos”.

Sem dúvida todas as funções da administração são importantes, porém

para operá-las é preciso que o administrador cumpra seu papel e demonstre

algumas habilidades.

2.1.2 O papel do administrador

��Papéis Interpessoais: três papéis interpessoais e às vezes rotineiros – os de

símbolo, líder e elemento de ligação – ajudam os administradores a manter suas

organizações funcionando bem.

Símbolo: como símbolo, o dirigente realiza tarefas cerimoniais como refere

chefe da unidade: saudando visitantes, comparecendo a casamentos de

subordinados, levando clientes para almoçar. De modo mais importante, os

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administradores são símbolos que personificam, tanto para os membros da sua

organização quanto para observadores externos, os sucessos e os fracassos da

organização. Freqüentemente são considerando responsáveis por resultados

sobre os quais têm pouco ou nenhum controle – daí as freqüêntes demissões de

técnicos no esporte profissional.

Líder: como os administradores trabalham com – e através de – outras

pessoas, são responsáveis tanto pelos atos dos subordinados quanto pelos

próprios. De fato, o sucesso ou o fracasso dos subordinados é medida direta de

seu próprio sucesso ou fracasso. Já que os dirigentes contam com subordinados

e outros recursos, devem realizar mais do que os não-dirigentes – isso significa,

claro, que espera-se que eles realizam mais do que outros membros das

organizações.

Elemento de Ligação: como os políticos, os administradores devem

aprender a trabalhar com todas as pessoas, de dentro ou de fora da organização,

que possam ajudá-los a alcançar os objetivos organizacionais. Todos os

administradores eficazes “fazem política”, no sentido de que desenvolvem redes

de obrigações mútuas com outros administradores da organização. Também

podem construir ou entrar para alianças e coalizões. Os administradores utilizam

esses relacionamentos visando obter apoio para suas propostas ou decisões, e

para obter cooperação na realização de várias atividades.

�� Papéis Informacionais: Mintzberg, apud Stoner (1995, p. 10) sugere que

receber e comunicar informações são os aspectos mais importantes no trabalho

do dirigente. Os administradores precisam de informações para tomar decisões

inteligentes, e outras pessoas na organização dependem de informações

recebidas dos administradores ou transmitidas por eles. Mintzberg, apud Stoner

(1995, p. 10) identificou três informacionais: coletor, disseminador e porta-voz.

Coletor: os dirigentes buscam constantemente informações úteis, tanto

dentro como fora da organização. Eles fazem perguntas aos subordinados e

coletam informações não-solicitadas, geralmente através de sua rede de contatos.

O papel de coletor freqüentemente faz dos administradores os membros mais

bem informados de seus grupos.

Disseminador: nesse papel os dirigentes distribuem aos subordinados

informações importantes. Parte dessa informação vem de reuniões de equipe e

de memorandos, mas parte dela é baseada na análise e na interpretação dos

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fatos feita pelo dirigente. Em ambos os casos, é responsabilidade do dirigente

certificar-se de que os subordinados recebam a informação de que necessitam

para realizar seus deveres.

Porta-Voz: os dirigentes também transmitem informações para pessoas

que estão fora de sua unidade de trabalho. Manter os superiores bem informados

é um aspecto importante deste papel. Como os diplomatas, os dirigentes também

devem falar por sua unidade de trabalho dentro da organização ou representar

toda a organização ao lidar com clientes, fornecedores ou representantes do

governo.

��Papéis Decisórios: de acordo com Mintzberg, apud Stoner (1995, p. 11) a

informação é “o insumo básico para as tomadas de decisão pelos

administradores”, os quais representam quatro papéis decisórios.

1. Entrepreneur: os dirigentes tentam melhorar suas unidades. Quando, por

exemplo, têm ou tomam conhecimento de uma boa idéia, os administradores

podem dar início a um projeto de desenvolvimento para torná-la realidade. Neste

papel, eles iniciam o processo de mudança por vontade própria.

2. Solucionador de Problemas: nenhuma organização funciona bem o

tempo inteiro. Praticamente não há limite para o número e o tipo de problemas

que podem ocorrer, desde dificuldades financeiras até greves ou queda de lucros.

Espera-se que os dirigentes surjam com soluções para os problemas difíceis e

que as implementem – ainda que à custa de decisões impopulares.

Para tomar essas decisões difíceis, os dirigentes devem ser capazes de

penar analítica e conceitualmente. O pensamento analítico envolve partir um

problema em seus componentes básicos, analisando-os e chegando a uma

solução viável. Ainda mais importante é a capacidade de pensar conceitualmente,

o que significa ver toda a tarefa em termos abstratos e relacioná-la com outras

tarefas. A capacidade de pensar nas implicações mais amplas de uma decisão é

essencial se o administrador pretende alcançar os objetivos tanto da unidade de

trabalho quanto da organização como um todo.

3. Alocador de recursos: todo dirigente enfrenta uma variedade de

objetivos, problemas e necessidades da organização – e todos eles competem

por seu tempo e seus recursos (tanto humanos quanto materiais). Como esses

recursos são sempre limitados, cada dirigente deve alcançar um equilíbrio entre

vários objetivos e necessidades. Muitos dirigentes e gerentes, por exemplo,

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organizam as tarefas diárias em ordem de prioridade, de modo que as coisas

mais importantes sejam feitas imediatamente, e as menos importantes possam

ser deixadas para depois.

4. Negociador: Os dirigentes passam boa parte de seu tempo negociando

porque apenas eles têm o conhecimento e a autoridade exigidos por este papel.

Algumas dessas negociações envolvem organizações externas. Um presidente de

empresa, por exemplo, pode ter de lidar com uma firma de consultoria; um chefe

de produção pode negociar um contrato com um fornecedor.

Os dirigentes também negociam dentro da organização. As pessoas que

trabalham para uma mesma organização discordam freqüentemente sobre

objetivos ou sobre os modos mais eficazes de alcançá-los. Disputas não-

resolvidas podem baixar o moral e a produtividade, e até mesmo afastar

empregados competentes. Por esse motivo, os dirigentes devem assumir o papel

de mediador e negociar compromissos quando acontecem disputas. Resolver

discussões requer habilidade e tato; negociadores desajeitados podem frustrar-se

ao descobrir que apenas tornaram as coisas piores.

A capacidade de reconhecer o papel apropriado que deve representar em

cada situação e a flexibilidade para trocar prontamente de papéis são

características do dirigente eficaz.

2.2 Conceito de Marketing

Marketing é o diferencial entre as empresas para atrair seus clientes.

Conforme palavras de Kotler (1998, p. 37) “o conceito de marketing assume que a

chave para atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que

os concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo, assim, as

necessidades e desejos dos mercados-alvos”.

O conceito de marketing tem sido expresso de muitas maneiras sugestivas:

“atender às necessidades de forma rentável”; “encontrar desejos e satisfazê-los”;

“amar o consumidor, não o produto”; “faça ao gosto do consumidor” (Burger King);

“você é o chefe” (United Arilines); “as pessoas em primeiro lugar” (British Airways)

e “parceiros no lucro” (Miliken Company).

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O conceito de marketing fundamenta-se em quatro pilares: mercado-alvo,

necessidades dos consumidores, marketing integrado e rentabilidade. Eles são

discutidos abaixo e ilustrados, onde são comparados com a orientação para a

venda. O conceito de venda parte de uma perspectiva de dentro para fora.

Começa com a fábrica, focaliza os produtos da empresa e exige ênfase em venda

e promoção na geração de resultados rentáveis. O conceito de marketing parte de

uma perspectiva de fora para dentro. Começa com um mercado bem definido,

focaliza as necessidades dos consumidores, integra todas as atividades que os

afetarão e produz lucro através da satisfação dos membros.

2.2.1 Marketing Social

Uma das áreas do Marketing abrange o Marketing Social, segundo Kotler

(1998) o marketing social assume que a tarefa da organização é determinar as

necessidades, desejos e interesses dos mercados-alvos e atender às satisfações

desejadas mais eficaz e eficientemente do que os concorrentes, de maneira a

preservar ou ampliar o bem-estar dos consumidores e da sociedade.

Esse conceito de marketing societal propõe que as empresa desenvolvam

condições sociais e éticas em suas práticas de marketing. Devem equilibrar

critérios freqüentemente conflitantes entre os lucros da empresa, a satisfação dos

desejos dos consumidores e o interesse público.

O conceito de marketing social sustenta que a organização deve determinar as necessidades, desejos e interesses dos mercados-alvo e então proporcionar um valor superior aos clientes de forma a manter ou melhor, o bem-estar do consumidor e da sociedade. O conceito de marketing social é a mais recente das cinco filosofias de administração de marketing. (KOTLER, 1997, p. 12).

Esse conceito questiona se o conceito tradicional de marketing é adequado

a uma época com problemas ambientes, escassez de recursos naturais, rápido

crescimento populacional, problemas econômicos no mundo inteiro e serviços

públicos negligenciados. Empresas que percebem, servem e satisfazem desejos

individuais nem sempre estão fazendo o melhor para os consumidores e para a

sociedade no longo prazo. Segundo o conceito de marketing social, o conceito

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tradicional de marketing não percebe os possíveis conflitos entre os desejos de

curto prazo do consumidor e seu bem-estar no longo prazo.

Com a descoberta do “social” por parte das empresas, a expressão

“Marketing Social” passou a ser associado à promoção de ações no terceiro setor.

As organizações têm valorizado veementemente as atuações em campos

sociais, o que está fazendo surgir vários termos como: Marketing Comunitário,

Marketing relacionado a causas, Cidadania Empresarial, Marketing da Filantropia;

todos para denominar tais práticas. ARAÚJO (2001) destaca que as ações sociais

promovidas pelas vezes não utilizam estratégias de Marketing Social, mas

apenas, ações de promoção social, utilizando-se, para isso, de Marketing

Comercial.

2.3 Cliente

Segundo Kotler (1997, p. 04) “a satisfação do cliente depende do

desempenho percebido na entrega de valor feita pelo produto em relação às

expectativas do comprador”. Se o desempenho fica aquém das expectativas do

cliente, ele fica insatisfeito. Se o desempenho se equipara às expectativas, o

comprador fica satisfeito. Se o desempenho excede as expectativas, o comprador

fica encantado. As empresas mais inteligentes têm como meta encantar os

clientes, prometendo somente o que podem oferecer e depois oferecendo mais do

que prometem.

As expectativas dos clientes baseiam-se em experiências de compras

anteriores, opiniões de amigos, promessas e informações vindas dos diversos

profissionais de marketing devem tomar cuidado para estabelecer o nível correto

de expectativas. Se eles colocam as expectativas em um nível muito baixo, pode

ser que eles satisfaçam aqueles que já compram o produto, mas poderão falhar

em atrair compradores em quantidade bastante. Se elevarem muito as

expectativas, haverá compradores desapontados.

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2.4 Qualidade no Atendimento

Acreditá-se que tudo o que tinha que ser dito sobre a prestação de serviços

ao cliente já foi falado e discutido exaustivamente. E o que hoje tem-se a oferecer

não tem nada de revolucionário, muito pelo contrário, são coisas simples como o

ato de sorrir, atitudes e técnicas que motivam para uma melhor qualidade de vida

no trabalho e que irão atrair e manter clientes.

Como qualidade é tão importante para o desempenho de qualquer organização, uma tarefa chave da função de operações deve ser garantir que ela proporcione bens e serviços de qualidade para seus consumidores internos e externos. Isso não é necessariamente direto. Por exemplo, apesar da “revolução da qualidade”, não há definições claras ou consensuais de o que “qualidade” significa. Na verdade, parece haver aproximadamente tantas definições de “qualidade” quanto há pessoas escrevendo sobre ela. (SLACK, 1997, p. 550).

Um importante lembrete é de que as empresas podem alcançar o sucesso

quando tomam como base para seus negócios a atitude de fazer tudo que é

necessário para manter o foco nos objetivos do cliente e no espírito de servir.

2.5 Responsabilidade Social

A forma de gerenciar pessoas nos dias atuais sofreu considerável

mudança. Novas concepções foram adotadas buscando o envolvimento e o

comprometimento das empresas seus funcionários com a comunidade.

Para Alves (2003, p. 60) “é inegável a contribuição das empresas na

criação da riqueza humana, bem como a sua importância ao longo da vida das

pessoas”.

Para Alves (2003, p. 60) a percepção de Responsabilidade Social da

empresa está relacionada com a manifestação concreta e sistêmica das

conseqüências indesejáveis e, implica também o relacionamento com a

concepção ideológica que a sociedade e a própria empresa, em determinado

período histórico, em processo temporal dinâmico de construção do corpo social e

do aparato produtivo que se desenvolve na sociedade”. (p. 60).

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A origem da idéia de Responsabilidade Social da empresa remontada ao final do século XIX e início do século XX. Andrew Carnegie foi um dos pioneiros no assunto, ao conceber que o princípio da Responsabilidade Social baseia-se na premissa de que as organizações são instituídas sociais. (ALVES, 2003, p. 71).

Melo Neto (1999, p. 88) diz que a Responsabilidade Social interna está

voltada para o público interno enfatizando as áreas de educação, salários e

benefícios, assistência médica, social e odontológica. O objetivo é obter retorno

tanto de produtividade como para os acionistas. Já a Responsabilidade Social

externa tem como foco a comunidade, “através de ações sociais voltadas

principalmente para as áreas de educação, saúde, assistência social e ecologia”.

(p. 88). O objetivo é um maior retorno social de imagem, publicitário e também

para os acionistas.

Atualmente, percebe-se a coexistência de variados sentidos que são

atribuídos ao termo Responsabilidade Social. Ou seja:

Responsabilidade Social significa algo, mas nem sempre a mesma coisa para todos. Para alguns, ela representa a idéia de responsabilidade ou obrigação legal; para outros, significa um comportamento responsável no sentido ético; para outros, ainda, o significado transmitido é o de responsável por, num modo causal. Muitos simplesmente equiparam-na a uma contribuição caridosa; outros tornam-na pelo sentido de socialmente consciente. (ASHLEY, 2002, p. 7).

Para efeito deste estudo, estaremos tratando nesse trabalho de conclusão

de estágio especificamente da Responsabilidade Social, ou seja, do conjunto de

ações sociais empreendidas pelas empresas, visando promover o bem comum,

seja interna ou externamente.

Entretanto, cabe ressaltar que os sentidos atribuídos ao termo

Responsabilidade Social também são diferenciados, ressaltando aspectos que,

em geral, se complementam.

Nos primórdios da literatura sobre Responsabilidade Social, o termo era

definido como “obrigação do homem de negócios de adotar orientações, tomar

decisões e seguir linhas de ação que fossem compatíveis com os fins e valores

da sociedade”. (BOWEM, apud Ashley et al., 2002, p. 8).

Nas palavras do sociólogo brasileiro Herbert de Souza, o Betinho, “o ato de

solidariedade, por menor que seja, é sentido oposto a tudo o que se produziu até

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agora. Uma mudança de paradigma, de norte, de eixo, o começo de algo

totalmente diferente. Como um olhar novo que mostra todas as relações, teorias,

propostas, valores e práticas, estabelecendo as bases de uma reconstrução

radical de toda a sociedade. Se a exclusão produziu a miséria, a união destruirá a

produção da miséria, produzirá a cidadania plena, democrática.” (apud, SECCO,

2004, p. 28).

A solidariedade, pois, e não a mera filantropia ocasional e oportunista deve

ser a motivação de uma Responsabilidade Social efetiva.

Responsabilidade Social e Cidadania são indissociáveis e se constituem

em via de mão dupla: porque todo o cidadão tem deveres sociais para com o seu

semelhante que, por sua vez, merece usufruir da plena cidadania.

Há que se mudar os horizontes e olhar o mundo a nossa volta com outra

perspectiva, pois, hoje, percebe-se tudo com uma naturalidade assustadora,

diante da multidão de miseráveis e excluídos que se produziu no planeta.

Definido a finalidade das ações de Responsabilidade Social, Melo Neto et

all (1999, p.78) a descrevem como: “a decisão de participar mais diretamente das

ações comunitárias na região em que a organização está presente e minorar

possíveis danos ambientais decorrentes do tipo de atividade que exerce”.

Contudo, apoiar o desenvolvimento da comunidade e preservar o meio

ambiente não são suficientes para atribuir a uma empresa a condição de

socialmente responsável. É necessário investir no bem-estar dos seus

funcionários e dependentes e num ambiente de trabalho saudável, além de

promover comunicações transparentes, dar retorno aos acionistas, assegurar

sinergia com seus parceiros e garantir a satisfação dos seus clientes e/ou

consumidores.

Existem alguns pontos básicos para haver a Responsabilidade na Empresa

pois direcionais o processo da gestão empresarial para o fortalecimento da

dimensão social da empresa. Conforme palavras de Melo Neto (1999, p. 78) “são

estes os principais “vetores da Responsabilidade de uma empresa”: V1 apoio ao

desenvolvimento da comunidade onde atua; V2 preservação do meio ambiente;

V3 investimento no bem-estar dos funcionários e seus dependentes e num

ambiente de trabalho agradável; V4 comunicações transparentes; V5 retorno aos

acionistas; V6 sinergia com os parceiros; V7 satisfação dos clientes e /ou

consumidores”.

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Portanto, a Responsabilidade Social da empresa está diretamente relacionada aos seguintes fatores: ao consumo pela empresa dos recursos naturais de propriedades da humanidade; ao consumo pela empresa dos capitais financeiros e tecnológicos e pelo uso da capacidade de trabalho que pertence a pessoas físicas, integrantes daquela sociedade; e ao apoio que recebe da organização do Estado, fruto da mobilização da sociedade. (MELO NETO, 1999, p. 84).

A Responsabilidade Social é vista como um compromisso da empresa com

relação à sociedade e à humanidade em geral, e uma forma de prestação de

contas do seu desempenho, baseada na apropriação e uso de recursos que

originariamente não lhe pertencem. A responsabilidade da empresa está

associada ao seu desempenho e ao consumo de recursos que pertencem a

sociedade. Esses recursos constituam o patrimônio da humildade quês e tornará

fonte de lucro e irá contribuem para a solução dos problemas sociais. Conforme

palavras de Melo Neto (1999, p. 84).

Já o Instituto Ethos de Responsabilidade Social (2000), por sua vez,

ressalta a importância de incluir a Responsabilidade Social no âmbito das

estratégias empresarias, definindo-a como:

Uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torne parceira e co-responsável pelo desenvolvido social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários. (INSTITUTO ETHOS, 2000).

As diversas definições propostas para Responsabilidade Social refletem as

abordagens de Peter (1993, p. 33), um dos maiores debates nesse campo

acontece entre a concepção clássica e contemporânea de Responsabilidade

Social. Segundo eles, o ponto de vista clássico, representado entre outros, pelos

argumentos de Friedman (1962, p. 17), sustenta que as empresas não devem

assumir qualquer responsabilidade para além do domínio do seu negócio. Nesta

perspectiva, a Responsabilidade Social seria inerente à própria natureza da

atividade empresarial, incluindo a geração de empregos, renda e o atendimento

às necessidades dos clientes. De acordo com o ponto de vista contemporâneo,

citado por Certo e Peter (1993. p. 280): “as empresas são vistas como

importantes e influentes membros da sociedade, sendo responsáveis por ajudar a

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manter e melhorar o bem estar da sociedade como um todo”. Esta concepção é

defendida, entre outros, por Drucker (1984) que afirma que a Responsabilidade

Social transcende a esfera do negócio e inclui uma série de relações da empresa

com o ambiente no qual está inserida.

De fato, a complexidade e abrangência que a Responsabilidade Social

Corporativa assume na atualidade fazem com que ela seja interpretada e

praticada como um compromisso ético da empresa nas suas ações e relações

com múltiplos agentes tais como: acionistas, funcionários, consumidores, rede de

fornecedores, meio-ambiente, governo, mercado, comunidade. A questão da

Responsabilidade Social vai, portanto, além da postura legal da empresa, da

prática filantrópica ou do apoio à comunidade. Significa mudança de atitude,

numa perspectiva de gestão empresarial com foco na agregação de valor para

todos.

Em síntese, pode-se perceber que duas dimensões complementares

permeiam o conceito da Responsabilidade Social. De um lado, ela pode ser

percebida como um instrumento de gestão e de ampliação da competitividade da

empresa, ajudando a tornar sua imagem, seu produto e sua marca reconhecidos

perante seus stakeholders e pela comunidade.

Neste trabalho, a Responsabilidade Social será interpretada como a

integração de atitudes éticas e responsáveis de uma organização na formulação

de suas estratégias, com base em valores considerando toda sua rede de

relações. Tais relações compõem os vetores prioritários para planejamento,

implementação e acompanhamento das políticas e ações de Responsabilidade

Social Corporativa, conforme ilustrado no quadro 1 a seguir. Neste sentido, a

Responsabilidade Social é a atitude que as empresas podem e devem assumir

dentro da sociedade, transcendendo a sua vocação básica de geradora de

riquezas. Essa postura ética tem se tornado uma importante “arma” competitiva

para as empresa no Brasil e no mundo, e o movimento da Responsabilidade

Social Corporativa tem então assumido uma proporção nunca antes vista, como

será abordado no tópico seguinte.

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Relação com o Governo – Relação com Fornecedores – Relação com demais Parceiros –

Relação com os funcionários e suas famílias – Relação com os acionistas –

Relação com o meio Ambiente – Relação com a comunidade –

Relação com consumidores da Empresa.

Figura 1: Vetores da Responsabilidade Social.

Fonte: Ashley (2002, p. 36).

2.6 Inclusão

A inclusão social empresarial conceitua-se como o processo pelo qual a

sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, Pessoas

com Necessidades Especiais e, simultaneamente, estas se preparam para

assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um

processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam,

em parceira, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a

equiparação de oportunidades para todos. (SASSAKI, 1997, p. 41).

Para haver inclusão, precisa haver aceitação. Conforme palavras de

Sassaki (1997, p. 40) “a prática da inclusão social repousa em princípios até

então considerados incomuns, tais como: a aceitação das diferenças individuais,

a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana, a

aprendizagem através da cooperação”. A diversidade humana é representada,

principalmente, por origem nacional, sexual, religião, gênero, cor, idade, raça e

deficiência. No entender de alunos e professores do Instituto de Diversidade

Estudantil, da Universidade de Minneesota, nos EUA, a sociedade tem usado

esses atributos pessoais como critérios para separar pessoas, o que transforma

esses atributos em “tentáculos da opressão humana”.

A inclusão social, portanto, é um processo que contribui para a construção

de um novo tipo de sociedade através de transformações, pequenas e grandes,

nos ambientes físicos (espaços internos e externos, equipamentos, aparelhos e

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utensílios, mobiliário e meios de transporte) e na mentalidade de todas as

pessoas, portanto também da própria a Pessoa com Necessidades Especiais.

O processo de inclusão já existe há, em média, dez anos, e ela pode ser

na educação, lazer, na social, no transporte. Conforme palavras de Sassaki

(1997, p. 42) “em várias partes do mundo, já é realidade a prática da inclusão,

sendo que as primeiras tentativas começou há cerca de dez anos”. O processo de

inclusão vem sendo aplicado em cada sistema social. Assim, existe a inclusão na

educação, no lazer, no transporte etc. quando isso acontece, podemos falar em

educação inclusiva, no lazer inclusivo, no transporte inclusivo e assim por diante.

Uma outra forma de referência consiste em dizermos, por exemplo, educação

para todos, lazer para todos, transporte para todos.

Capra (1996) acrescenta que uma das características mais

recompensadoras da emergente teoria dos sistemas vivos é a nova compreensão

da evolução que ela implica. Em vez de perceber a evolução como o resultado de

mutações aleatórias e de seleção natural, começa-se a reconhecer o

desdobramento criativo da vida em formas de diversidade e de complexidade

sempre crescentes, como uma característica inerente a todos os sistemas vivos.

Segundo Capra (1996), embora “a mutação e a seleção natural ainda

sejam reconhecidas como aspectos importantes da evolução biológica, o foco

central na criatividade, no constante avanço da vida em direção à novidade”.

(FERREIRA, 2003, p. 123).

Apesar de todas essas transformações ocorridas nas últimas décadas,

continua-se entretanto, a aprender a pensar analiticamente, separando as partes

do todo sem levar em conta seu contexto e suas inter-relações. Busca-se a

explicação de um todo através da mera (re) constituição de suas partes. Em nome

do imediatismo, procuramos permanentemente eliminar o problema da

complexidade. Este é um obstáculo lamentável, pois obedece à fixação de uma

forma de pensamento que se impõe na mente do indivíduo desde a infância e se

desenvolve na escola, estabelece-se na universidade, estende-se e se incrusta

nos programas de pós-graduação.

“Reformar o pensamento para reformar o ensino e reformar o ensino para

reformar o pensamento” é o que preconiza Edgar Morin apud, FERREIRA, (2003,

p. 124). Para tanto, porém, é preciso apostar numa luta profundamente política e

humana, humana no sentido que concerne ao futuro da humanidade. E, se é

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verdade que o gênero humano possui em si mesmo recursos criativos

inesgotáveis, pode-se então vislumbrar para o terceiro milênio a esperança na

educação, que é, ao mesmo tempo, transmissão do antigo e abertura para o

novo.

Segundo Ferreira (2003, p.125) “Dessa forma, os frutos da educação não

devem mais resumir-se simplesmente a conhecimentos acumulados”. É

necessário e decisivo tentar descobrir caminhos diferentes que possam ceder

lugar a novas aprendizagens.

O problema histórico e sociológico que se estabelece nesse contexto é

saber como se faz e refaz uma sociedade nova com homens antigos.

O que se presencia, no decorrer do aprendizado e do amadurecimento do

aluno, não é somente o aspecto cognitivo, mas sim um indivíduo em constante

processo de descoberta.

Na busca de encontrar respostas às queixas escolares de que as

instituições não atendem às reais necessidades de seus alunos, é preciso

analisá-las em diferentes perspectivas: a da sociedade, a da escola e a dos

alunos (as) e professores (as).

Conforme palavras de Ferreira (2003, p. 129):

Apesar de algumas mudanças terem sido implementadas no interior das instituições educacionais, ainda perdura um problema fundamental que precisa ser encarado com que os sistemas de dominação e exploração persistem e se reproduzem sem que isso seja conscientemente reconhecido pelas pessoas envolvidas. (FERREIRA, 2003, P. 129).

Esse aspecto tem singular e crucial importância na educação, que se

apresenta como uma área na qual as práticas comumente aceitas deveriam

procurar ajudar e motivar os alunos a solucionar alguns dos problemas sociais e

educacionais que enfrentam.

A lógica da exclusão tem se enraizado nas instituições do mundo de hoje,

e por vezes, tem se manifestado de maneira natural. Portanto, o desafio árduo

que resta aos homens é criar instâncias públicas que amparem e incentivem

conversões individuais e consensos de justiça social.

É preciso, desse modo, pensar uma educação na qual todos os alunos,

indistintamente, independentemente do fato de apresentarem dificuldades e/ ou

deficiências, possam ter acesso à escola.

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Ao pensar a educação, é preciso criar alternativas técnico-pedagógicas,

psicopedagógicas e sociais que possam contribuir para o processo de

aprendizagem de todas as crianças.

Para Ferreira (2003, p. 131) “Muitas vezes, os profissionais, mais

especificamente os(as) professores(as), sentem-se sozinhos nessa busca de

parâmetros e de subsídios para sua prática cotidiana”.

Ao refletir sobre o ensino inclusivo, é importante refletir que o homem é o

resultado da ação de transformação da realidade e de sua adaptação a ela,

segundo a consciência de sua capacidade de transformá-la e transformar a si

mesmo.

Sabe-se que a verdadeira inclusão, baseada nos princípios de eqüidade, é

um processo moroso, porque requer a consciência da mudança de antigos para

novos paradigmas.

Os primeiros frutos dessa conquista já são visíveis, com a tentativa de

inserção de alunos com deficiência no ensino regular.

Segundo palavras de Ferreira (2003, p. 132) “Não é preciso ressaltar que

as dificuldades são muitas e variadas; os obstáculos e as limitações dos

profissionais, envolvidos no trabalho, são percebidos facilmente”. Essas

dificuldades não se restringem unicamente à preparação do quadro técnico da

escola, mas a todo um contexto que envolve o posicionamento de pensar e

considerar realmente a educação como direito de “todos”.

A instituição escolar deveria ser efetivamente mais orientada para as

particularidades a apresentadas pelos alunos do que para as necessidades da

sociedade. Deveria conceder importância particular tanto à capacidade dos

educandos de se exprimir oralmente ou por escrito, como também à habilidade

para compreender as mensagens escritas ou orais.

Ao observar a escola a partir de outra perspectiva, é possível perceber o

passado como trampolim para o futuro que se pretende dar ao indivíduo e à

sociedade.

Conforme palavras de Ferreira (2003, p. 146):

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Observando as dificuldades enfrentadas por pessoas que apresentavam tipo de diferença, seja de ordem física, sensorial ou mental, para fazer valer seus direitos na sociedade, procurou-se enfocar o aspecto educacional, para onde se direcionou a investigação, procurando fornecer elementos que pudessem servir de base a programas de intervenção em pudessem servir de base a programas de intervenção em instituições escolares com propostas inclusivas. (FERREIRA, 2003, P. 146).

Nas últimas décadas, o discurso sobre a inserção social de TODOS parece

ter invalido os diversos domínios da sociedade. Transformou-se em verdadeiro

modismo e lugar comum falar, defender e pregar a inclusão.

Ainda de acordo com este Ferreira (2003, p. 148):

É preciso deixar de pensar a educação sob uma perspectiva simplista e reducionista, para compreendê-la sob uma ótica em que o acesso e a permanência na instituição escolar ocorram dentro de condições viáveis e satisfatórias para a educação e formação de todo e qualquer aluno, constituindo um direito espontâneo e natural, uma Responsabilidade Social e política do estado e de cada cidadão. (FERREIRA, 2003, p. 148).

É possível também afirmar, com segurança, que a proposta de educação

vigente ainda não sustenta nem oferece condições satisfatórias para ser

considerada efetivamente “inclusiva”.

É imprescindível que a instituição educacional fique mais atenta aos

interesses, características, dificuldades e resistências apresentadas pelos alunos

no dia-a-dia da instituição e no decurso do processo de aprendizagem. Dessa

forma, o ambiente escolar precisa se construir como um espaço aberto,

acolhedor, preparado e disposto a atender às peculiaridades de cada um.

Para Ferreira (2003, p. 150) “Os alunos saem das instituições escolares

sem qualificação e sem qualquer preparo para compor e enfrentar a dinâmica

social”.

É preciso (re)pensar e (re)estruturar o sistema e a estrutura da educação

convencional, a fim de que se diminuam e, quem sabe, possam ser eliminados os

obstáculos que impedem que TODOS os educandos progridam, tornando o

sistema educacional mais justo, coerente, eficaz e equânime.

É possível reunir os problemas despertados e gerados pela inclusão de

pessoas com deficiência num conjunto de respostas pedagógicas para

desenvolver essa competência, porque esses educandos têm o direito de viver

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desafios que lhes dêem oportunidade para desenvolver suas capacidades e

conquistar autonomia social e intelectual, decidindo, escolhendo, tomando

iniciativas, em função de suas necessidades, desejos, motivações e sonhos.

Conforme palavras de Ferreira (2003, p. 153) “A “inclusão” depende do

entendimento de que o processo de conhecimento é tão importante quanto o seu

produto final e deve respeitar o ritmo da aprendizagem e o traçado que cada

aprendiz elabora, a partir de seus sistemas de significação e de conhecimentos

adquiridos, além do que foi herdado”.

A proposta de “inclusão” social, econômica, política, cultural e educacional

deve ser incondicional e, portanto, não admite qualquer forma de segregação, o

que ainda não acontece.

Pensar o papel e a função da instituição escolar é uma postura necessária

e indispensável, sobretudo nos cursos de formação profissional, que devem

liderar os questionamentos e pugnar pelo redimensionamento de representações

de igualdade e diferença, para que possam sentir-se à vontade, com competência

técnica e condições emocionais para lidar no dia-a-dia com a diversidade dentro

da sala de aula.

Querer “pensar e construir” uma escola que inspire e promova a troca entre os alunos, que confrontes formas desiguais de pensamento e de estilo de vida, busque metodologias interativas e faça, do reconhecimento e da convivência com as diversidades, estratégias e alternativas para uma nova aprendizagem, voltada para o educando. Uma escola, enfim, que reconheça as diferenças e, respeitando-as, possa conviver com elas. (FERREIRA, 2003, p; 14).

Buscar trazer a diferença para dentro da empresa, combatendo o

preconceito e reconhecendo a igualdade essencial entre as pessoas, é uma

atitude que faz parte da postura ética a ser adotada como valor e prática nos

negócios.

No caso das pessoas com deficiência, devemos começar garantindo-lhes o

direito de acesso aos bens da sociedade – educação, saúde, trabalho,

remuneração digna etc. quanto a inclusão no mercado de trabalho, é necessário

assegurar as condições de interação das pessoas portadoras de deficiência com

os demais funcionários da empresa e com todos os parceiros e clientes com os

quais lhes convém caiba manter relacionamento. Não se trata, portanto, somente

de contratar pessoas com deficiência, mas também de oferecer as possibilidades

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para que possam desenvolver seus talentos e permanecer na empresa,

atendendo aos critérios de desempenho previamente estabelecidos.

Além da motivação ética e da determinação legal, a empresa tem outro

motivo relevante para adotar uma política inclusiva em relação à pessoa com

deficiência: ela pode obter benefícios significativos com essa atitude.

Um dos ganhos mais importantes é o de imagem. O prestígio que a

contratação de pessoas com deficiência traz às empresas está bastante evidente

na pesquisa Responsabilidade Social das Empresas – Percepção do Consumidor

Brasileiro, realizada anualmente no Brasil, desde 2000, pelo Instituto Ethos, jornal

Valor e Indicator.

Também há ganhos no ambiente de trabalho. A empresa inclusiva reforça

o espírito de equipe de seus funcionários. O diverso traz para a empresa a

possibilidade de ver novas oportunidades no seu negócio, além de prepará-la

para demandas específicas de diferentes universos que incorpora.

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3 A EMPRESA

Nesse capítulo será apresentada a empresa e o referido setor, o Programa

de Atenção aos Discentes, Egressos e Funcionários/PADEF – Universidade do

Vale do Itajaí (UNIVALI), no qual o estágio foi realizado.

3.1 Histórico

A Universidade de Vale do Itajaí – UNIVALI, teve origem numa ampla

campanha de mobilização popular em defesa da interiorização do ensino superior

no estado de Santa Catarina. A seguir, breve histórico da evolução da UNIVALI,

com base em material existente na universidade:

O primeiro período da UNIVALI remonta às Faculdades de Itajaí, cuja

criação foi formalizada pelo Estatuto da Sociedade Itajaiense do Ensino Superior

– SIES, datado de 5 de novembro de 1962, o qual previa o funcionamento da

Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais e das Faculdades de Filosofia, Ciência

e Letras.

Nos dias 05 a 09 de Abril de 1965 realizou-se o primeiro Concurso

Vestibular para as Faculdades, a opções pra os cursos de Direito, Geografia,

História, Letras e Pedagogia, o vestibular utilizar com local as dependências do

Colégio são José.

A Associação Municipal de Educação e Cultura da Cidade de Itajaí –

AMECCI – Transformou-se em Fundação (figura jurídica que mais se adequada a

sua realidade) nascendo, então, a Fundação de Ensino do Pólo Geoeducacional

Vale do Itajaí – FEPEVI – através da Lei Municipal nº 1047, de 11 de novembro

de 1970.

Em 1986 é aprovado, pelo parecer nº 370/86/CEE do Conselho Estadual

de Educação, o Regimento Unificado das Faculdades Integradas da litoral

Catarinense – FILCAT. A implantação das FILCAT trouxe um novo e importante

elemento na formação do espírito universitário, a unificação. Neste momento

registram-se os primeiros movimentos para a criação do projeto da Universidade.

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Dá-se o reconhecimento da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,

instalada a Universidade do Vale do Itajaí – em outubro do mesmo ano, a FEPEVI

– através da Lei Municipal nº 2515/89, é transformada em “Fundação

Universidade do Vale do Itajaí” – entidade mantenedora da UNIVALI.

A partir do reconhecimento da UNIVALI, iniciou-se grande período de

expansão, quando foram criados campi e nossos cursos de graduação, como

respostas às aspirações da comunidade e, conseqüentemente, o exercício da

articulação: ensino com extensão e pesquisa. É com este trinômio que a

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI no desenrolar da sua curta trajetória,

vem fundamentando ações, programas e projetos direcionados a concretização

do que se entende por Universidade.

A instalação da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), em 21 de março

de 1989, foi, na verdade, seqüência natural da trajetória da Educação Superior

em Itajaí e na região. Faz parte desta história a criação da Fundação de Ensino

do Pólo Geoeducacional do Vale do Itajaí (Fepevi), em 1970, e das Faculdades

Integradas do Litoral Catarinense (Filcat), em 1986.

Na condição de Universidade, reconhecida em 16 de fevereiro de 1989,

pela Portaria Ministerial nº 051, a Univali passa a ter autonomia para a abertura

de novos cursos – um dos fatores que a impulsionaram a se transformar na maior

instituição de ensino superior do Estado. Saindo do plano das idéias para a

realidade, a Instituição veio ocupar seu espaço e mostrar sua importância social e

seu comprometimento com a redução das desigualdades sociais e a promoção da

qualidade de vida em sua área de abrangência.

3.2 Objetivos, visão, missão, valores

As organizações necessitam do controle para poder mensurar seu

desempenho em relação a suas metas, objetivos, missão e visão. Ver como algo

positivo é mais um das mudanças. A Univali desde sua fundação tem traçado

seus objetivos, fundamentando todo seu plano de ação futuro.

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3.2.1 Objetivos

Como objetivos, a UNIVALI tem:

��Desenvolver a educação básica, oportunizando a formação

indispensável ao exercício da cidadania e proporcionado meios que

favoreçam o progresso no trabalho e a seqüência nos estudos;

��Promover o ensino, a pesquisa e a extensão, nas diversas áreas e

modalidades do conhecimento humano;

��Formar cidadãos responsáveis na busca de soluções democráticas

para os problemas que se desencadeiam no processo econômico e

social;

��Preparar profissionais qualificados nos diferentes campos do

conhecimento humano;

��Integrar-se na vida regional, através do ensino, da pesquisa, da

extensão, da prestação de serviço à comunidade e à cultura.

��Resgatar os elementos histórico-culturais, priorizando os da sua

região de abrangência (Art.3º, do Estatuto da UNIVALI).

��Promover a preservação de meio ambiente, através da execução de

programas e convênios específicos.

3.2.2 Visão

Traçar a melhor perspectiva de existência da instituição; baseando-se

neste parâmetro, alinhou-se a visão: “Ser reconhecida como Universidade de

excelência na atividade de ensino, no desenvolvimento e na divulgação de

pesquisas e na gestão criativa e empreendedora de projetos sociais”.

3.2.3 Missão

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A Univali na sua existência apresenta ao mercado, funcionários, clientes e

parceiros de negócios sua missão, à qual define sua existência e finalidade:

“Produzir e socializar o conhecimento pelo ensino, pesquisa e extensão,

estabelecendo parcerias solidárias com a comunidade, em busca de soluções

coletivas para problemas locais e globais, visando à formação do cidadão crítico e

ético”.

3.2.4 Valores

Tendo como base o que a Instituição respeita e preza, levando em conta

seu passado cultural, seu ambiente e suas crença no presente, assim segue seus

valores:

- Respeito ao pluralismo de idéias.

- Compromisso social com o desenvolvimento regional e global.

- Produção e uso da tecnologia a serviço da humanização.

- Ética no relacionamento.

- Formação e profissionalização de vanguarda.

3.2.5 Diretrizes institucionais da educação na UNIVALI

A Universidade do Vale do Itajaí tem sua origem e tradição no ensino da

graduação, constituindo-se o eixo do planejamento das atividades acadêmicas da

Instituição, articuladas à pesquisa e à extensão. Em essência, as atividades do

ensino vêm consolidar e concretizar e missão e diretrizes da Instituição, sendo

que o ensino está pautado por diretrizes especificas, em níveis de educação

escolar, como infantil, ensino fundamental, ensino médio, graduação, pós-

graduação, pesquisa, extensão e diretrizes da administração. Dada sua

importância, as atividades de ensino, em seus diversos níveis e modalidades

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acadêmicas, constituem o eixo do planejamento da Instituição, articuladas à

pesquisa e à extensão.

Como atividade sistemática de apropriação e construção de conhecimentos

científicos, o ensino procura contribuir para a formação do cidadão, buscando

dotá-lo de meios para conduzir sua vida pessoal e profissional com qualidade,

contribuindo positivamente para a sociedade. Em síntese, as atividades do ensino

devem consolidar e concretizar as diretrizes da instituição, específicas para os

diferentes níveis de educação, que são relacionadas a seguir.

A seguir, serão destacadas as diretrizes do ensino da graduação:

a. adoção de uma concepção humanista de educação, respeitando as

diferentes abordagens pedagógicas, para introduzir índices

crescentes de melhoria qualitativa na formação e na formação e no

desempenho acadêmico;

b. qualificação da oferta de cursos à comunidade, com estudos que

identifiquem a demanda regional, acompanhamento a evolução

científica e tecnologia;

c. compromisso com um referencial teórico que favoreça uma prática

pedagogia dialética;

d. apropriação, produção e socialização do conhecimento, mediadas

pela realidade histórico-geográfica, nas dimensões político-social,

educacional, econômica e cultural;

e. estreitamento das relações com a comunidade pela articulação do

ensino com a pesquisa e com a extensão;

f. qualidade do ensino, pela integração de pessoas e objetivos nas

alterações e acompanhamento das atividades curriculares;

g. garantia de infra-estrutura adequada para desenvolver a qualidade

do ensino.

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3.3 Ramo de Atividade

A Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI atua na área educacional, no

ensino básico, através do Colégio da Universidade (CAU), na graduação e na

pós-graduação, com os cursos de especialização, mestrado e doutorado de

diversas áreas.

3.4 A Univali Hoje

A oferta de ensino superior no Brasil vem aumentando muito nos últimos

anos, mas é ainda insuficiente para atender a nova demanda derivada da grande

expansão do ensino médio ao país, é o que demonstra os dados divulgados pelo

ministério da Educação nos últimos anos. As universidades estão atentas a esta

modernização, e procuram cada vez mais satisfazer seus acadêmicos, com

conforto pesquisas e um ensino adequada a sua realidade.

Para se manter competitiva no mercado acadêmico, a Universidade do

Vale do Itajaí – UNIVALI investe no ensino de qualidade e na política institucional

de incentivo à qualificação dos seus professores. Atualmente, a instituição conta

com 1,9 mil professores, entre os quais 60% são mestres e doutores – índice que

ultrapassa os 33% exigidos para Lei de Diretrizes e bases da educação. Já o

corpo técnico – administrativo da instituição é composto por 1,3 mil pessoas.

3.5 Estrutura Organizacional

A Fundação Universidade do Vale do Itajaí, é uma entidade de finalidade

filantropia, sem fins lucrativos, de natureza beneficente, de assistência social,

destinada a promover a educação, a ciência e a cultura, bem como desenvolver

programas de assistência social.

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A Fundação Univali é a mantenedora da Universidade do Vale do Itajaí, do

Hospital Universitário Pequeno Anjo, da Rádio Educativa Univali FM e da TV

Univali.

A Estrutura Administrativa da fundação é formada pela Diretoria e pelos

Conselhos de Administração Superior e Curador. A assessoria administrativa de

fundação Univali é exercida pela secretária Executiva.

Os Conselhos Superiores são órgãos com poderes para representação

legal, deliberações administrativas e ações fiscalizadoras, formados pelos

Conselhos de Administração Superior e Curador.

A estrutura organizacional, segundo Stoner (1995), refere-se ao modo

como as atividades de uma organização são dispostas, direcionadas, o

organograma pode ser útil na demonstração de como as responsabilidades são

distribuídas. A estrutura organizacional da UNIVALI pode ser representa no

organograma I, que segue abaixo:

Figura 2: Estrutura Organizacional da UNIVALI

Fonte: www.univali.com.br

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

Conselho Administrativo Superior Conselho Curador

Conselho Universitário Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

Pró-Reitoria de Administração Pró-Reitoria de Pesquisa,Pós-Graduação e Extensão

Pró-Reitoria de Ensino

Reitoria(Reitor, Vice-Reitor, Chefe de Ganinete e

Secretário de Integração

Universidade do Vale do Itajaí

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3.6 Programa de Atenção aos Discentes. Egressos e Funcionários

A UNIVALI, consciente das necessidades de ordem afetiva, social e

cognitiva que permeiam o processo de aprendizagem, tanto acadêmica como

profissional, e fundamentada no pressuposto que a constituição do sujeito se dá

na relação com o outro, implantar o Programa de Atenção aos Discentes,

Egressos e Funcionários - PADEF, em agosto de 2003, através da Pró-Reitoria de

Ensino.

“Este programa tem como propósito constituir espaços diversificados de diálogo e interação, nos quais a comunidade universitária – docentes, acadêmicos, funcionários e egressos – possa ser acolhida, orientada e acompanhada na sua trajetória continuada de aprendizagem no ambiente acadêmicos e profissional”. (PROEN/PADEF, 2003, p. 4).

O Programa de Atenção aos Discentes, Egressos e Funcionários – PADEF

conta com cinco subprogramas, assim denominados: Portal do Egresso, Bolsa de

Oportunidades, Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades Especiais,

Apoio Psicopedagógico e Nivelamento.

Apresentamos, a seguir, os objetivos de cada subprograma:

1. Portal do Egresso: Espaço virtual interativo que tem como objetivo

estabelecer o diálogo permanente e sistemático com o egresso da

UNIVALI e o mercado de trabalho, visando à troca de informações e

conhecimento.

2. Bolsa de Oportunidades: Espaço oferecido a comunidade

universitária, onde são divulgadas oportunidades de moradia,

transportes, estágios, eventos, cursos e congressos, visando orientar,

acolher e informar esta comunidade.

3. Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades Especiais:

Espaço destinado ao desenvolvimento de metodologias de atendimento

às Pessoas com Necessidades Especiais, bem como orientação e

acompanhamento a todos os envolvidos na educação dos mesmos.

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4. Apoio Psicopedagógico: Espaço de acolhimento escuta e orientação

aos acadêmicos e funcionários, para a mediação de dificuldades

psicopedagógicas que interfiram no desempenho acadêmico e

profissional.

5. Nivelamento: Espaço que oferece mecanismos pedagógicos que

possibilitem resgatar as aprendizagens dos acadêmicos da UNIVALI,

retomando conceitos, métodos trabalhados na sua formação básica.

Figura 3: PADEF e seus subprogramas

Fonte: PADEF/UNIVALI

Neste estudo, abordaremos o Subprograma de Apoio Psicopedagógico às

Pessoas com Necessidades Especiais.

3.7 Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE

A Universidade do Vale do Itajaí, desde 1995, tem imprimido esforços no

sentido de viabilizar o acesso de alunos com Necessidades Especiais no ensino

superior. Sua atuação mais efetiva teve início, a partir dessa data, com a

representação no Fórum Nacional de Educação Especial das Instituições de

Ensino Superior, que defende a criação e implementação de ações que viabilizem

Atendimento via internet

Portal do Egresso

Estágios/EmpregosBolsas/Financiamentos

Pesquisa/ExtensãoEventos Gerais/Intercâmbio

Bolsa de Oportunidades

Pesquisa

Investigação

Intervenção

Prevenção

Apoio psicopedagógico a pessoas com necesidades

especiais

Investigação

Intervenção

Prevenção

Apoio Psicopedagógico

Investigação

Intervenção

Prevenção

Nivelamento

SEÇÃO PEDAGÓGICA PADEF

ALUNO; FUNCIONÁRIO E EGRESSO

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o acesso e a permanência de alunos com Necessidades Especiais na

universidade.

Em 1998, o Curso de Psicologia da UNIVALI, sob orientação da Profª. Lísia

R.F. Michels realizou um estudo intitulado: “Integração dos alunos Portadores de

Necessidades Educativas Especiais na UNIVALI – Campus I”. Mediante esse

estudo, sugeriu-se à Pró-Reitoria de Ensino a implantação de um centro de

atendimento aos acadêmicos com Necessidades Especiais que teria como

propósito propor e encaminhar políticas de inclusão aos gestores da UNIVALI,

oferecer atendimento aos acadêmicos e orientar os docentes quanto às questões

psicopedagógicas que envolvem este aluno.

No ano de 2000, implantou o Núcleo de Apoio Psicopedagógico às

Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (NAPNE), com o objetivo de

fornecer acompanhamento pedagógico tanto para os acadêmicos matriculados

nos cursos de graduação, como para os alunos do ensino fundamental e médio

dos Colégios de Aplicação.

Nesse sentido, desenvolvia atividades de: assessoramento ao acadêmico

com Necessidades Especiais; adaptação de material didático-pedagógico, cursos

de Informática Adaptada para Pessoas com Necessidades Especiais visual,

contando com os equipamentos apropriados para esse fim, tais como: impressora

Braille, fotocopiadora para ampliação de textos, computadores, biblioteca, entre

outros. A equipe de trabalho do NAPNE, até junho de 2002, atendia 48 usuários e

era composta por uma Técnica em Assuntos Educacionais; uma Fonoaudióloga e

22 estagiários, entre os quais, cinco com Necessidades Especiais e uma

voluntária Intérprete de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

O Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades

Especiais – NAPNE vem expressar o compromisso da universidade com a

socialização do conhecimento para todos, na medida em quês e propõe a

disponibilizar os meios, as orientações e os recursos pedagógicos necessários

para que crianças, jovens e adultos, participem ativamente do processo, em

igualdade de condições.

Alunos e docentes da UNIVALI, pessoas com quaisquer tipos de

Necessidades Especiais (sejam elas temporárias ou permanentes) necessitam de

atendimento psicopedagógico às suas necessidades de ensino-aprendizagem,

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sendo que estas não devem, absolutamente, representar qualquer tipo de

dificuldade para que tenham acesso à formação básica ou superior.

O Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades

Especiais – NAPNE – é um dos Sub-Programas vinculado ao Programa de

Atenção aos Discentes, Egressos e Funcionários/PADEF, da Pró-Reitoria de

Ensino. Seu objetivo é mediar as relações que envolvem o processo de ensino e

aprendizagem e que contribuam para a inclusão do aluno com Necessidades

Especiais na Universidade. Essa mediação se efetivará de ações que ofereçam

condições psicopedagógicas, físico-ambientes e psicossociais para a inclusão da

Pessoa com Necessidades Educacionais Especiais.

Abaixo a figura 04 apresenta a Estrutura do NAPNE/PADEF:

Figura 4: Estrutura Organizacional do NAPNE/PADEF

Fonte: NAPNE/PADEF

O quadro 01 abaixo apresenta os estagiários e suas atividades

desenvolvidas no NAPNE.

PADEF/NAPNE COORD. GERAL

Atendimento. ao aluno cego e baixa visão Coord. Pedagoga

Atend. ao aluno surdo Coord.

Psicóloga/Fonoaudióloga

Atend. ao aluno com Def. Física

Coord. Psicóloga

Atend. ao aluno com Dif. Aprendizagem e

P. C. – CAU Coord. Psicóloga

Estagiários 03

Estagiários 01

Estagiários 09

Usuários 14

Estagiários 11

Usuários 05

Usuários 20

Usuários 17

Intérprete LIBRAS

01 funcionária

Produção de Material

01 funcionária

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Estagiário Atribuição

Área com às Pessoas Necessidades

Especiais Surdez

Acompanhamento aos alunos surdos de

graduação;

Acompanhamento aos alunos surdos do

Colégio da Universidade – CAU;

Adaptação de material para os alunos

surdos;

Auxílio em trabalhos e pesquisas.

Área Deficiência Visual

Atendimento aos usuários cegos e baixa

visão na graduação e do Colégio da

Universidade – CAU;

Produção e adaptação de material em

Braille;

Acompanhamento em provas e estudos;

Produção de material em áudio;

Orientação quanto ao uso da informática

adaptada;

Ampliação de material impresso.

Área Deficiência Física Acompanhamento dos usuários em

trabalhos, provas e estudos.

Área Dificuldade de Aprendizagem e

Deficiência Motora

Acompanhamento dos alunos com

paralisia cerebral em dificuldades

acentuadas de aprendizagem no

Colégio da Universidade – CAU;

Pesquisa, preparação de material, relato

e discussão dos acompanhamentos no

Colégio da Universidade – CAU e no

NAPNE.

Quadro 01: Atribuições dos Estagiários

Fonte: NAPNE/PADEF

O quadro 02 abaixo apresenta os usuários do NAPNE de 2004/II:

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CURSO QUANTIDADE

Administração 01

Ciências Contábeis 01

Ciências da Computação 02

EJA 01

Ensino Médio 02

Ensino Fundamental 04

Ensino Infantil 01

Farmácia 01

Fonoaudióloga 01

Gastronomia 01

Pedagogia 02

Estudantes de graduação com

Necessidades Especiais Surdez

TOTAL 17

CURSO QUANTIDADE

Administração de Recursos

Humanos

02

Administração Marketing 01

Biotecnologia 01

Ciências Contábeis 03

Ciências Políticas 01

Ciências Sociais 01

Ciências da Computação 01

Direito 02

Design Industrial 01

Logística 01

Letras 03

Publicidade e Propaganda 01

Pedagogia 01

Psicologia 01

Estudantes de graduação com

Necessidades Especiais Deficiência Física

TOTAL 20

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40

CURSO QUANTIDADE

CECIESA 01

Direito 02

Ensino Fundamental 01

Ensino Médio 02

Fisioterapia 02

Logística 01

Pedagogia 02

Psicologia 03

Estudantes de graduação com

Necessidades Especiais com Deficiência Visual

TOTAL 14

CURSO QUANTIDADE

Educação Infantil 05

Ensino Fundamental 01

Ensino Médio 01

Estudantes com Colégio Aplicação do UNIVALI nas Pessoas

Necessidades Deficiência Motora

Dificuldade de Aprendizagem

TOTAL 07

Quadro 02: Usuários do NAPNE

Fonte: NAPNE

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41

4 RESULTADOS DA PESQUISA

Para a realização do trabalho foi feito um questionário, conforme anexo 01,

aplicado nos meses de fevereiro e março de 2005, com os usuários do serviço do

NAPNE/PADEF.

O questionário elaborado contou com cinco questionamentos e objetivou

descobrir a satisfação do usuário em relação aos serviços oferecidos pelo

NAPNE/PADEF.

E abaixo apresenta-se a análise dos dados coletados:

4.1 Perfil

A identificação do perfil dos usuários torna-se necessária para que se

possam verificar traços como idade, escolaridade, sexo, entre outros. O intuito é

verificar quais dados são predominantes ou se existe algum tipo de influência no

clima organizacional quanto a qualquer quesito.

O gráfico 1, apresenta o perfil dos usuários NAPNE/PADEF em relação a

idade.

FAIXA ETÁRIA

22,22%

33,33%33,33%

3,71%7,41%

8 à 16 anos

17 à 25 anos

26 à 34 anos

acima 35 anos

não respondeu

Gráfico 1: Faixa Etária do NAPNE/PADEF

Fonte: Dados primários

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42

Observa-se no gráfico 1 que a faixa etária predominante entre os usuários

do NAPNE corresponde às idades de 17 a 34 anos, o que indica um número

grande de estudantes com Necessidades Especiais freqüentando o ensino

superior. Isto pode demonstrar que a UNIVALI buscou, através do serviço ora

estudado, oferecer apoio aos alunos de graduação, pois estes estão buscando o

ensino superior com maior freqüência.

O gráfico 2, apresenta a escolaridade dos usuários do NAPNE/PADEF.

ESCOLARIDADE

11,11%

3,70%

14,81%

66,68%

3,70%1ª à 4ª série

5ª à 8ª série

Ensino Médio

Graduação Incompleto

Graduação Completo

Gráfico 2: Escolaridade do NAPNE/PADEF

Fonte: Dados primários

É verificado no gráfico 2, que grande parte dos usuários do NAPNE/PADEF

estão na faixa de escolaridade do ensino superior, onde muitos podem estar

priorizando o início de uma carreira, buscando afirmação no mercado de trabalho.

O gráfico 3, apresenta o sexo dos usuários do NAPNE/PADEF.

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43

SEXO

40,74%

59,26%

Feminino

Masculino

Gráfico 3: Sexo do PADEF/NAPNE

Fonte: Dados primários

Observa-se no gráfico 3, que em relação ao sexo dos usuários do NAPNE/

PADEF há uma leve predominância do sexo masculino, atenta-se que, no

entanto, não existe qualquer tipo e cultura predominante na organização que

privilegie o sexo masculino no atendimento oferecido pelo NAPNE/ PADEF.

4.2 Nível de satisfação quanto ao NAPNE/PADEF

O gráfico 4, refere-se a satisfação do usuário em relação ao

NAPNE/PADEF

1. Como você percebe o trabalho de inclusão do Núcleo de Apoio às

Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE na Universidade.

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44

40,74%

11,11%7,41%

40,74%

0,00% 0,00%Muito Satisfeito

Satisfeito

Nem Satisfeito / Nem Insatisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Não se aplica

Gráfico 4: Trabalho de inclusão do Núcleo de Apoio às Pessoas com

Necessidades Especiais – NAPNE

Fonte: Dados primários

Em relação a esta pergunta, observa-se que 40,74% estão muito satisfeitos

e nenhum entrevistado apresenta-se insatisfeito com os serviços oferecidos pelo

setor.

2. Como se sente em relação a atuação dos profissionais que

trabalham no NAPNE, e lhe apóiam em relação as suas Necessidades

Especiais.

48,15%

14,81% 0,00%

37,04%

0,00%0,00% Muito Satisfeito

Satisfeito

Nem Satisfeito / Nem Insatisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Não se aplica

Gráfico 5: Relação a atuação dos profissionais que trabalham no NAPNE

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45

Fonte: Dados primários

Neste aspecto, 48,15% dos usuários encontram-se satisfeitos em relação à

atuação dos profissionais do NAPNE no auxílio que lhes oferecem. É importante

ressaltar que todos os profissionais que atuam na equipe do NAPNE têm larga

experiência no atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais.

3. Você acha que o auxílio prestado pelos profissionais do Núcleo de

Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE é importante

para seu rendimento acadêmico.

37,04%

0,00%

3,70% 3,70%0,00%

55,56%

Muito Satisfeito

Satisfeito

Nem Satisfeito / Nem Insatisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Não se aplica

Gráfico 6: Auxílio prestado pelos profissionais do Núcleo de Apoio às Pessoas

com Necessidades Especiais – NAPNE

Fonte: Dados primários

Neste quesito houve um percentual elevando de usuários muito satisfeitos

(55,56%) e satisfeitos (37,04), apontando que o serviço realização pelo NAPNE é

considerado como fundamental para o processo de inclusão dos acadêmicos na

UNIVALI.

4. Você acha que o auxílio prestado pelos estagiários do Núcleo de

Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE é importante

para seu rendimento acadêmico.

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46

50,01%

3,84%3,84%

42,31%

0,00%

0,00% Muito Satisfeito

Satisfeito

Nem Satisfeito / Nem Insatisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Não se aplica

Gráfico 7: Auxílio prestado pelos estagiários do Núcleo de Apoio às Pessoas

com Necessidades Especiais – NAPNE

Fonte: Dados primários

Novamente, as respostas apontam a importância do apoio prestado pelo

NAPNE ao usuário do serviço (50,01% satisfeitos e 42,31% muito satisfeito). São

estagiários, sob a supervisão da equipe de profissionais do NAPNE, que

acompanham os usuários em atividades como pesquisas, avaliações e

mediações através da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

5. Como você se sente em relação as estratégias utilizadas pelo

professor em sala de aula para seu rendimento universitário.

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74,08%

3,70%3,70%

3,70% 14,81% Muito Satisfeito

Satisfeito

Nem Satisfeito / Nem Insatisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Não se aplica

Gráfico 8: Estratégias utilizadas pelo professor em sala de aula para seu

rendimento universitário

Fonte: Dados primários

A grande maioria dos usuários (74,08%) encontram se satisfeitos com as

estratégias utilizadas pelos seus professores em sala de aula, o que pode indicar

que os professores estão realizando adaptações metodológicas para atender às

Necessidades dos alunos.

4.3 Dados Adicionais

O questionário aplicado também buscou levantar dados adicionais que

considerou-se importantes para uma análise dos serviços prestados pelo

NAPNE/PADEF aos seus usuários.

Levantou-se então, informações sobre ingresso no mercado de trabalho, a

presença da família e modificações necessárias na UNIVALI para atender

adequadamente aos alunos com Necessidades Especiais.

Apresenta-se abaixo as respostas dos usuários participantes da pesquisa:

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ASPECTOS RESPOSTAS DOS ENTREVISTADOS

INGRESSO NO MERCADO DE

TRABALHO

- Parceiras com empresas;

- Cursos/ orientações;

- Estágios;

- Projetos;

- Respeitar lei de cotas;

- Avaliação do perfil; da pessoa com

Necessidades Especiais;

- Divulgação de vagas de emprego e

estágios.

RELAÇÃO COM A FAMÍLIA

- Muito insatisfatória;

- Fator fundamental;

- Muito importante;

- Parceria

SUGESTÕES PARA MELHORAR O

ATENDIMENTO

- Profissionais habilitados;

- Adequação do espaço físico;

- Cursos de LIBRAS/BRAILLE;

- Está bom;

- Capacitação dos profissionais;

- Divulgação maior;

- Qualificação dos estagiários;

- Novas tecnologias;

- Aquisição de material e equipamentos;

- Sensibilização dos profissionais.

Quadro 2: Dados adicionais

Fonte: Dados primários

As colocações dos respondentes mostram que ainda há muito que realizar

pela inclusão da Pessoa com Necessidades Especiais na sociedade. A inserção

no mercado de trabalho ainda é um aspecto bastante frágil nesse processo e que

causa preocupação na maioria dos entrevistados. A participação da família no

processo de inclusão é considerada essencial para que o mesmo possa das

certo.

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49

Como sugestões de melhorias para o atendimento oferecido no

NAPNE/PADEF, foram elencados a qualificação de profissionais e estagiários,

uso de novas tecnologias e a sensibilização dos profissionais.

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50

5 SUGESTÕES

A partir dos dados levantados e analisados com 27 acadêmicos das

Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais matriculados no campus I da

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, e que recebem apoio no Núcleo de

Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE/,

Sub-Programa vinculado ao Programa de Atenção aos Discentes, Egressos e

Funcionários/PADEF, percebe se que a inclusão ainda é uma problemática pouco

discutida no meio universitário.

Apresenta-se a seguir algumas sugestões para a melhoria dos serviços

oferecidos pela Universidade do Vale do Itajai – UNIVALI aos acadêmicos com

Necesidades Educacionais Especiais que frequentam os diversos cursos de

graduação:

1. Regulamentação da disponibilização de bolsas de estudos para

alunos com Necessidades Educacionais Especiais carentes.

A Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI oferece bolsas de estudos para

universitários carentes, entre eles os que apresentam Necessidades Educacionais

Especiais. Esta bolsa é importante auxílio para o aluno se manter estudando.

No entanto, ainda não existe um documento oficial que regulamente este

benefício. A cada semestre os alunos tem que realizar os mesmos procedimentos

de solicitação de bolsa, sem que haja garantia de que irão conseguir o benefício.

Para muitas Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais o ensino

superior é a única possibilidade de ingressar no mercado de trabalho,

principalmente para aqueles oriundos de camadas sociais menos favorecidas.

Caso não consigam bolsas de estudo, esses alunos e suas famílias não

conseguem se manter na universidade.

A Lei Federal nº 7.853/89, regulamentada pelo Decreto nº 3.298/99, dispõe

que os órgãos e entidades da Administração Pública, responsáveis pela

educação, dispensarão tratamento prioritário e adequado aos assuntos das

Pessoas com Necessidades Especiais, viabilizando-se, entre outras, a matrícula

compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares,

bem como o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios

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conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, transporte, merenda

escolar e bolsas de estudos; a inserção, no sistema educacional, das escolas ou

instituições especializadas públicas e privadas, a oferta, obrigatória e gratuita, da

educação especial em estabelecimentos públicos de ensino, etc.

2. Implementação de cursos e treinamento para funcionários,

professores e estagiários em diferentes formas de comunicação, como

Língua Brasileira e Sinais (LIBRAS) e Braille.

Atualmente a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI apresenta um

número considerável de alunos surdos e cegos cursando o nível superior. É

importante que esses alunos tenham acesso a todas as informações que os

demais alunos tem. Para isso é necessário que todos aqueles que fazem parte

deste universo consigam se comunicar através de diferentes linguagens como a

Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), bem como compreendam diferentes

códigos, como o Braille.

A Resolução n. 2/2001 do Conselho Nacional de Educação, em seu artigo

8º estabelece que todas as instituições de ensino devem assegurar, no processo

educativo de alunos que apresentem dificuldades de comunicação e sinalização

diferenciada, a acessibilidade aos conteúdos curriculares, mediante a utilização

de linguagens e códigos aplicáveis, como o sistema Braille e a Língua Brasileira

de Sinais - LIBRAS.

Sabemos, no entanto, que poucos professores e outros profissionais têm

acesso a cursos de treinamento na utilização desses diferentes códigos. Assim,

atendendo às necessidades dos alunos com Necessidades Especiais e da própria

instituição, esses cursos e treinamento podem ser oferecidos pelo próprio

acadêmico surdo ou pelo acadêmico cego, como contrapartida pelos benefícios

recebidos da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. Por exemplo, o aluno

surdo que receber bolsa de estudo pode ministrar treinamento para professores e

alunos do seu curso ou departamento sobre Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

3. Atualização do laboratório do Núcleo de Apoio Psicopedagógico

às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE e implementação dos

laboratórios dos cursos de graduação.

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52

Os avanços tecnológicos no tocante a equipamentos que permitem às

pessoas com deficiência visual ter acesso a um maior número de informações são

muitos. Softwares como Dos vox, Virtual Vision e Jaws já estão disponíveis no

mercado e são amplamente utilizados pelas pessoas cegas e com baixa visão

nas suas atividades cotidianas.

Percebeu-se, pelas respostas dos usuários do Núcleo de Apoio

Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE, que uma

das dificuldades enfrentadas, principalmente pelo acadêmico com deficiência

visual é o número pequeno de equipamentos (computadores) que permitem o

acesso a internet e a utilização de processadores de texto tanto no Núcleo de

Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE como

nos diversos laboratórios da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.

É importante que todos os laboratórios da Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI disponibilizassem pelo menos um computador para que o aluno cego ou

com baixa visão pudesse realizar suas atividades em igualdade de condições com

os demais alunos.

Da mesma forma, o Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com

Necessidades Especiais – NAPNE poderia dispor de equipamentos mais

modernos que facilitassem a navegação na internet e a leitura e produção de

texto.

A importância que assumem essas tecnologias no âmbito da Educação Especial já vem sendo destacada como a parte da educação que mais está e estará sendo afetada pelos avanços e aplicações que vêm ocorrendo nessa área para atender necessidades específicas, face às limitações de pessoas no âmbito mental, físico-sensorial e motoras com repercussão nas dimensões sócio-afetivas. (SANTAROSA, 1997).

4. Garantir a acessibilidade física de todos os estudantes no campus

I da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.

Fernandez-Ballesteros (1987) apontou a influência das variáveis físicas e

arquitetônicas que tem sido associadas à saúde, ao desempenho intelectual e

laboral. Neste sentido, a ação ocorre num contexto físico específico, o que pode

restringir determinadas condutas, ou criar padrões de atitudes. O ambiente físico

interfere no desempenho escolar dos alunos, sobremaneira naqueles alunos com

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Necessidades Educacionais Especiais que necessitam de um espaço adaptado

às suas necessidades.

Asín (1996) defendeu que o ambiente físico deve estar preparado, para os

cegos, com rampas, elevações, e o ambiente sensorial com boa acústica e

melhor iluminação; para alunos com visão subnormal, disponibilizar alarmes

visuais; para surdos, disponibilizar alarmes acústicos; para alunos com deficiência

física, preparar o ambiente com barras de apoio e rampas.

A Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI ainda apresenta substanciais

barreiras arquitetônicas para o aluno com Necessidades Educacionais Especiais.

É urgente a necessidade de se rever as políticas de reformas, ampliações e

construções da universidade, garantindo-se que sejam cumpridas as normas de

acessibilidade vigente no país.

É igualdade importante que às Pessoas com Necessidades Especiais

sejam consultadas no momento da elaboração dessas políticas, pois sendo eles

os usuários, suas sugestões devem ser consideradas.

5. Acesso ao mercado do trabalho.

O ingresso no mercado do trabalho é o objetivo de toda pessoa em

formação. Sabe-se da dificuldade para jovens egressos dos cursos superiores em

ingressar nesse mercado. Essas dificuldades são redobradas para a Pessoa com

Necessidades Especiais, tanto devido a concepção de que a pessoa com

deficiência é incapaz de realizar atividades profissionais com a mesma

competência do trabalhador sem deficiência. Outra dificuldade é a necessidade

de adaptação das empresas para receber esse trabalhador.

Segundo dados do IBGE (2004) 9 milhões de Pessoas com Necessidades

Especiais se encontravam em idade de trabalhar. Dessas somente 1 milhão

exerciam atividades remuneradas e apenas 200 mil possuíam carteira assinada.

Apesar de termos no Brasil uma legislação que tenta garantir que às Pessoas

com Necessidades Especiais tenham cada vez mais oportunidades no mercado

de trabalho, a realidade não é tão simples assim. Empresas com 100 ou mais

funcionários deveriam dedicar de 2 a 5% de suas vagas a essas pessoas. A

legislação garante ainda, no artigo 59, inciso IV, da Lei Federal 9394/96 e no

artigo 28 do Decreto 3.298/99, a educação especial para o trabalho, tanto em

instituições públicas quanto nas privadas.

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É muito importante investir na qualificação profissional. Embora as pessoas com deficiência tenham mais dificuldade de se ocupar - 52% são inativos - e tenham uma renda menor, as que conseguem um posto de trabalho têm um desempenho melhor (NERI, 2003, p. 12).

Em reportagem à jornalista Mônica Herculano, em outubro de 2003, Laura

Oltramare, superintendente de Responsabilidade Social do Banco Real ABN

Amro, afirma que empresas e organizações da sociedade civil precisam trabalhar

para derrubar as barreiras que inibem o potencial produtivo e o desenvolvimento

dos portadores de deficiência.

Essa inclusão traz benefícios para o indivíduo, para a equipe e para toda a organização, que passa a ter uma visão integrada da sociedade, otimizando sua relação com todos os seus públicos: funcionários, fornecedores, clientes, acionistas e comunidade. (http:// www.eficientefísico.hpg.ig.com.br).

A universidade pode estar colaborando na solução destes problemas com

a realização de pesquisas sobre a inclusão de Pessoas com Necessidades

Especiais no mercado de trabalho.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de estágio teve como objetivo fazer uma radiografia dos

trabalhos oferecidos pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, através do

programa Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades

Especiais – NAPNE, que é um dos Sub-Programas vinculado ao Programa de

Atenção aos Discentes, Egressos e Funcionários/PADEF. Descreveu-se as

atividades realizadas no Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com

Necessidades Especiais – NAPNE e, apresentou-se dados coletados a partir de

questionários realizados, podendo-se relatar problemas encontrados e sugerir

implementações para melhorar os resultados da Responsabilidade Social da

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. Também é importante relatar o grau de

satisfação dos clientes, bem como os recursos pedagógicos necessários e

oferecidos as crianças, jovens e adultos.

Minha sugestão é para que na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,

no Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades Especiais –

NAPNE/PADEF, continuem melhorando cada vez mais o atendimento às Pessoas

com Necessidades Educacionais Especiais. Para isso sugiro que sejam

oferecidos cursos de capacitação para as pessoas interessadas, que poderão

auxiliar na traduação de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) ou Braille. Espero

que no futuro, as pessoas capacitadas estejam ajudando as Pessoas com

Necessidades Educacionais Especiais.

No Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades

Especiais – NAPNE/PADEF, para os usuários precisam ter contato com o

concreto, para isto, é interessante que os estágios estejam nas salas de aula,

para que no futuro, sejam bons profissionais.

Pesquisou-se sobre o acesso dos acadêmicos especiais na Universidade

do Vale do Itajai - UNIVALI, bem como a sua permanência na Instituição. Sabe-se

que poucas Universidades oferecem vestibular adaptado às Pessoas com

Necessidades Educacionais Especiais, com isto tem número reduzido de

acadêmicos às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, bem como a

inadequação do local, a instrumentalização dos fiscais do vestibular quanto as

questões psicopedagógicos e os recursos tecnológicos específicos para cada

Necessidades Educacionais Especiais.

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As provas devem acontecer sistematicamente em salas especiais, com

recursos humanos treinados para prestar um atendimento que corresponda às

necessidades individuais. Contamos com Leis e regras para a realização das

provas, que são adaptados para cada necessidade. Importante que se tenha

acesso aos auxílios que devem ser oferecidos.

No Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades

Especiais – NAPNE/PADEF, é importante ter mais profissionais, habilitados ou

capacitados para as diferentes Necessidades Educacionais Especiais, para um

acessoramento ao portador.

É necessário contabilizar às Pessoas com Necessidades Educacionais

Especiais, para ter uma noção de quantos são, como atendê-los e o que cada um

realmente quer. Promover um diálogo entre toda a sociedade, organizado pela

Universidade do Vale do Itajai – UNIVALI, para uma maior conscientização,

aceitação às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais. É preciso

acabar com o preconceito e individualismo.

Implementação de cursos para capacitação dos funcionários, professores e

estagiários em diferentes formos comunicação também podem auxiliar na

inclusão.

A família é a base para o processo de aprendizagem, portanto é importante

que o NAPNE tenha contatos com as famílias das crianças e jovem que estudam

na UNIVALI. Assim estes conseguirão estudar na Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, contando com o apoio do Núcleo de Apoio Psicopedagógico às

Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE/PADEF.

Considerou-se que os dados obtidos demonstraram que ainda existem

muitas dificuldades na Universidade, no Núcleo de Apoio Psicopedagógico às

Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE/PADEF, diante da demanda

necessária, devido o número de Pessoas com Necessidades Especiais, que hoje

buscam estudar na Universidade do Vale do Itajai – UNIVALI.

Mas os dados também mostram que os usuários estão satisfeitos com as

serviços prestados pelo NAPNE, considerando-os necessários para que possam

ter um percurso acadêmico/escolar com resultados positivos.

O desenvolvimento desta pesquisa foi muito positivo, pois, como aluno com

Necessidades Especiais – surdo – tenho consciência de que a inclusão ainda é

uma meta a ser alcançada no futuro, mas que a UNIVALI, com o NAPNE/PADEF

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57

já busca encontrar caminhos para que este processo ocorra de forma adequada

da para todos.

São necessárias várias mudanças ainda na estrutura física e

organizacional da universidade, mas isso depende também de que os próprios

alunos com Necessidades Especiais e suas famílias continuem se organizando e

reivindicando seus direitos, seja na área educacional, seja na área do trabalho e

do lazer.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Paulo: Saraiva, 2002.

ARAÚJO, Edgilson Tavares. Estão “assassinando o marketing social?” Uma

reflexão sobre a aplicabilidade deste conceito no Brasil. Disponível em:

www.socialtec.com.br. 2001.

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abordagem desenvolvida a partir da visão de Bowen. Revista de Administração.

São Paulo v.38, p.37-38, 2003.

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PPU, 1996.

BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística Aplicada às Ciências Sociais.

Florianópolis: Ed. da UFSC, 1994.

BARROS, A. J. P.; LEHFELD, N. A. S. Projeto de Pesquisa: Propostas

Metodológicas. 7. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.

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APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO APLICADO

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI – UNIVALI CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CECIESA Programa de Atenção aos Discentes, Funcionários e Egressos (PADEF). Sub – Programa: Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades Especiais.

Este questionário faz parte de um trabalho do estágio do curso de graduação em Administração de Empresas, que tem por objetivo, verificar o grau de satisfação dos clientes, quanto ao programa de Responsabilidade Social da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.

Para atingir tal objetivo, como elemento importante neste processo, solicitamos a sua participação, respondendo o formulário de coleta de dados apresentado a seguir.

a) 1. Identificação:

Nome:_______________________________________________Idade:_____

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino.

Grau que está freqüentando: ( ) 1ª a 4ª Série ( ) 5ª a 8ª Série

( ) Ensino Médio ( ) Graduação completo

( ) Pós-graduação

Curso:___________________________________________________________

b) 2. Questionário:

1. Como é o você percebe trabalho de inclusão do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especias – NAPNE na Universidade? a) Muito satisfeito b) Satisfeito c) Nem satisfeito/Nem insatisfeito d) Insatisfeito e) Muito insatisfeito f) Não se aplica 2. Como se sente em relação a atuação dos profissionais que trabalham no NAPNE, e lhe apóiam em relação as suas Necessidades Especiais? a) Muito satisfeito b) Satisfeito c) Nem satisfeito/Nem insatisfeito d) Insatisfeito e) Muito insatisfeito f) Não se aplica 3. Você acha que o auxílio prestado pelos profissionais do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE é importante para seu rendimento acadêmico?

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a) Muito satisfeito b) Satisfeito c) Nem satisfeito/Nem insatisfeito d) Insatisfeito e) Muito insatisfeito f) Não se aplica 4. Você acha que o auxílio prestado pelos estagiários do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE é importante para seu rendimento acadêmico? a) Muito satisfeito b) Satisfeito c) Nem satisfeito/Nem insatisfeito d) Insatisfeito e) Muito insatisfeito f) Não se aplica 5. Como você se sente em relação as estratégias utilizadas pelo professor em sala de aula para seu rendimento universitário? a) Muito satisfeito b) Satisfeito c) Nem satisfeito/Nem insatisfeito d) Insatisfeito e) Muito insatisfeito f) Não se aplica 6. Como a UNIVALI poderia estar auxiliando os seus alunos a entrarem no mercado de trabalho? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7. Como você vê a presença da família no processo ensino aprendizagem na universidade? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8. Você acha que a universidade está preparada para receber o aluno com Necessidades Educacionais Especiais? O que ainda precisa ser modificado? Dê sua sugestão. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Obrigado pela sua atenção e cooperação em preencher este questionário!

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APÊNDICE 02 – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS: PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI - UNIVALI.

Tabela 1. Teste Necessidades Educacionais Especiais

Variável Sexo Masculino 59,26% Feminino 40,74% Faixa Etária 8 a 16 anos 22,22% 17 a 25 anos 33,33% 26 a 34 anos 33,33% acima 35 anos 7,41% não resposta 3,70% Grau que está freqüentando 1ª a 4ª Série 11,11% 5ª a 8ª Série 3,70% Ensino Médio 14,81% Graduação Incompleta 66,67% Graduação Completa 3,70% Questionário 1. Como é o você percebe trabalho de inclusão do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE? Muito satisfeito 40,74% Satisfeito 40,74% Nem satisfeito/Nem Insatisfeito 11,11% Insatisfeito 7,41% Muito insatisfeito 0,00% Não se aplica 0,00% 2. Como se sente em relação a atuação dos profissionais que trabalham no NAPNE, e lhe apóiam em relação as suas Necessidades Especiais? Muito satisfeito 37,04% Satisfeito 48,15% Nem satisfeito/Nem Insatisfeito 14,81% Insatisfeito 0,00% Muito insatisfeito 0,00% Não se aplica 0,00% 3. Você acha que o auxílio prestado pelos profissionais do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE é importante para seu rendimento acadêmico? Muito satisfeito 55,56% Satisfeito 37,04% Nem satisfeito/Nem Insatisfeito 0,00% Insatisfeito 3,70% Muito insatisfeito 0,00% Não se aplica 3,70%

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4. Você acha que o auxílio prestado pelos estagiários do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais – NAPNE é importante para seu rendimento acadêmico? Muito satisfeito 40,74% Satisfeito 48,15% Nem satisfeito/Nem Insatisfeito 3,70% Insatisfeito 3,70% Muito insatisfeito 0,00% Não se aplica 0,00% 5. Como você se sente em relação as estratégias utilizadas pelo professor sem ala de aula para seu rendimento universitário? Muito satisfeito 14,81% Satisfeito 74,07% Nem satisfeito/Nem Insatisfeito 3,70% Insatisfeito 3,70% Muito insatisfeito 0,00% Não se aplica 3,70%

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ANEXOS

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Foto 1: Intérprete de LIBRAS e acadêmico surdo

Fonte: NAPNE/PADEF

Foto 2: Computador adaptado

Fonte: NAPNE/PADEF

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Foto 3: Máquina Braille, sorobã e livros em Braille

Fonte: NAPNE/PADEF

Foto 4: Gravador de livro em áudio

Fonte: NAPNE/PADEF

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Foto 5: Curso de orientação e mobilidade para professores

Fonte: NAPNE/PADEF

Foto 6: Escrita em Braille com reglete

Fonte: NAPNE/PADEF

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Foto 7: Leitura de aluno com baixa visão

Fonte: NAPNE/PADEF

Foto 8: Projeto “Inclusão através de relatos”

Fonte: NAPNE/PADEF

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Foto 9: Projeto “Inclusão através de relatos”

Fonte: NAPNE/PADEF

Foto 10: Projeto “Acessibilidade no campus I”

Fonte: NAPNE/PADEF

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Foto 11: Projeto “Acessibilidade no campus I”

Fonte: NAPNE/PADEF

Foto 12: Projeto “Acessibilidade no campus I”

Fonte: NAPNE/PADEF

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DECLARAÇÃO

O Programa de Atendimento aos Discentes, Egressos e Funcionários/PADEF, da

Universidade do Vale do Itajaí declara, para devidos fins, que o estagiário Rodrigo Paulo

Pereira, aluno do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da

Universidade do Vale do Itajaí, cumpriu com carga horária prevista para o período de

10/08/04 a 10/05/05, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e

respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 10 de junho de 2005.

_____________________________ Isabela Regina Fornari Müller

Responsável PADEF

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Rodrigo Paulo Pereira. Estagiário

Miriam Cristina Frey de Lira, MSc. Orientadora de campo

Profª. Isabela Regina Fornari Müller, MSc. Orientadora de estágio

Prof. Luiz Carlos da Silva Flores, Dr. Responsável pelo Estágio Supervisionado