Trabalho colaborativo em UCs

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Oficina sobre rede para o do Projeto de Oficina sobre rede para o do Projeto de Capacitação Continuada em Gestão Capacitação Continuada em Gestão Participativa de Unidades de Conservação na Participativa de Unidades de Conservação na Mata Atlântica do Sudeste + Goiás Mata Atlântica do Sudeste + Goiás Cristiano Lafetá – 2008 Cristiano Lafetá – 2008 Trabalho co-labor-ativo Trabalho co-labor-ativo

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Apresentação usada em oficina sobre Trabalho Co-labor-ativo, ministrada no 3º Encontro do Projeto de Capacitação Continuada em Gestão Participativa de Unidades de Conservação na Mata Atlântica do Sudeste + Goiás.

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Oficina sobre rede para o do Projeto de Oficina sobre rede para o do Projeto de Capacitação Continuada em Gestão Capacitação Continuada em Gestão

Participativa de Unidades de Conservação na Participativa de Unidades de Conservação na Mata Atlântica do Sudeste + GoiásMata Atlântica do Sudeste + Goiás

Cristiano Lafetá – 2008Cristiano Lafetá – 2008

Trabalho co-labor-ativoTrabalho co-labor-ativo

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Rede???Rede???

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Internet Proteínas

Pessoas

Redes...

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• Rede ≠ e-grupo• Rede ≠ tecnologia da informação• Rede ≠ conexões virtuais• Redes são pessoas

Rede = trabalhar junto!

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Nossa conversa hoje

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Objetivos

• Sensibilizar para o trabalho colaborativo: vantagens da articulação

• Apresentar os desafios da articulação: rede é mais uma solução possível e a internet é só uma ferramenta

• Apresentar os primeiros passos para o trabalho em sinergia: princípios e valores

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Metodologia• Diálogo aberto com os participantes quanto:

– ao seu entendimento sobre redes– às suas expectativas em relação a uma possível rede

de UCs– às suas dúvidas e questões relativas ao trabalho em

rede– ao comprometimento, à sensação de pertencimento e

ao compartilhamento de princípios que a articulação em redes exige a cada de seus nós (ou nodos) articulados

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Bases do diálogo• Para o nosso diálogo, usaremos dois textos da senadora pelo Acre e ex-

ministra do Meio Ambiente, Marina Silva:– “O espelho da Politnet”– “Tecendo os nós da rede”

• Usaremos também duas frases do físico Fritjof Capra, autor de, entre outros livros, “A Teia da Vida” e “Conexões Ocultas”

• Alem de frases de textos do Dalberto Adulis (Coord. Executivo da ABDL e especialista em rede); da Vivianne Amaral (ex-facilitadora da REPEA e tb especialista em rede); do Augusto de Franco (especialista em redes de indivíduos para o desenvolvimento local); entre outras referências de especialistas

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Fritjof Capra““Sempre que olhamos para a vida, olhamos para Sempre que olhamos para a vida, olhamos para redes”redes”

““O O uso mais geraluso mais geral do termo rede é para uma do termo rede é para uma estrutura de laçosestrutura de laços entre entre atoresatores de um de um sistema sistema socialsocial. Estes atores podem ser papéis, indivíduos, . Estes atores podem ser papéis, indivíduos, organizações, setores ou Estados-nação. Os seus organizações, setores ou Estados-nação. Os seus laços podem basear-se na conversação, afeto, laços podem basear-se na conversação, afeto, amizade, parentesco, autoridade, trocas amizade, parentesco, autoridade, trocas econômicas, troca de informação ou quaisquer econômicas, troca de informação ou quaisquer outras coisas que constituam a outras coisas que constituam a base de uma base de uma relaçãorelação.”.”

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Pensando nas frases do Capra...

• Tudo é rede?

• Se tudo pode ser visto como rede, então por que estudar redes?

• De que redes você participa?

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Redes e Redes• Redes: família, amigos, associações, clubes e

congregações com finalidades de entretenimento, lazer, esporte ou religiosa

• Redes sociais: as redes acima + (no mundo da internet) Orkut, Facebook, e-Groups de amigos...

• Redes físicas: a própria internet, rede de transporte, de água, de energia...

• Redes de empresas

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Redes e Redes

• Redes de movimentos sociais: MST, Greenpeace, Fórum Social Mundial

• Redes para o desenvolvimento: Rede DLIS, GTA, RTS, Sustainable Development Network, RMA

• Redes de/para políticas públicas: alguns do exemplos acima, Rede ANDI, EducaRede, PróMenino, European Policy Institutes Network

• Redes de informação

• Redes de conhecimento

• Comunidades de prática

• Comunidade de aprendizagem

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O que você entende por rede?

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Uma compreensão das redes...

“Seres humanos vivendo em coletividades estabelecem relações entre si.Tais relações podem ser vistas como conexões, caminhos ou dutos pelos quais trafegam mensagens.”

(Augusto de Franco, no seminário Redes e Desenvolvimento 2008 – 30/07/2008)

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REDE CENTRALIZADA REDE DESCENTRALIZADA REDE DISTRIBUÍDA

Comunicados oficiais do rei

Enciclopédias

Imprensa

Academia pura/ laboratórios e centros de conhecimentos isolados

Poder concentrado

Rádio

Cinema

TV

Ciência aplicada

Atores sociais articulados (esferas de poder descentralizadas com compromissos distribuídos)

Rádios e TVs independentes/comunitários

Internet (devidamente apropriada)

Ciência apropriada

Atores sociais articulados (esferas de poder distribuídas com compromissos compartilhados)

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Um conceito possível... (alguns princípios...)

“Redes são comunidades de indivíduos e instituições, que

atuam em padrão relacional horizontal, de forma coordenada

e autônoma, em situações virtuais e presenciais, para a

realização de objetivos compartilhados.”

Vivianne Amaral apresentação usada no 1º Encontro do Redesenvolvimento 2005/06

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Sobre conceitos possíveis...

“O importante é não procurarmos um modelo para definir o

que é rede, pois as configurações e dinâmicas são

variadíssimas (...) . O que há em comum são os princípios

sistêmicos do padrão organizacional em rede.”

Para entrar no debate e saber mais sobre a variedade de olhares sobre as redes, visite a seção ‘Tema do mês’, da página sobre redes, no site da Rits: www.rits.org.br

Vivianne Amaral “Redes Sociais: conexões”

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Redes e Redes

Redes são metáforas, mais do que conceitos claros (Cariola 1995:1)

• Redes são arranjos sociais• Redes são fóruns/espaços para troca

(propósitos, comunicação e pertencimento)

• Redes abrem oportunidades• Redes fortalecem capacidades• Redes mantêm capacidades

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Característicasdos artigos da Marina Silva:A internet:

– é fluida e abertura– possibilita a comunicação horizontal

As redes:– são estruturas abertas– estão em constante expansão – integração

de novos nósOs membros das redes:

– devem compartilhamento dos mesmos códigos – conjuntos de valores / objetivo comum

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• O que sua UC poderia ganhar ao integrar uma rede?

• Que benefícios a articulação com outras UCs e atores interessados poderia trazer ao seu trabalho?

• Como o trabalho colaborativo poderia contribuir em suas atividades cotidianas?

Levando em consideração o que já conversamos até aqui...

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Vantagens

• Gera sinergia social• Permite a seus membros:

– aprimorar a qualidade e repercussão de suas intervenções

– avançar na compreensão e elaboração de modelos de desenvolvimento

– ter capacidade para apresentá-los e disseminá-los em uma escala ampliada e em níveis mais altos

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Vantagens...

A articulação em rede possibilita ampliar o escopo de atuação e a escala de abrangência, o intercâmbio de informações e conhecimento e o ganho de capital social.

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• reúnem "estoque" de conhecimento e capital social;

• possibilitam o surgimento de iniciativas "descentralizadas" na medida em que os membros podem iniciar processos de comunicação e troca;

• têm maior flexibilidade frente a mudanças no meio ambiente;

• possibilitam acomodar diversidade e diferenças, favorecendo a inovação;

• propiciam situações para troca de conhecimento e construção coletiva;

• criam condições para produção de conhecimento conjunto;

• abrem múltiplos canais de comunicação que facilitam a transmissão de informações e idéias;

• são mais flexíveis, possibilitando a entrada e saída de membros e a adaptação a novos contextos.

Comparando-se a forma de organização das redes com formas tradicionais, como as rigidamente hierarquizadas, é possível identificar algumas vantagens, como:

Dalberto Adulis“O Desafio das Redes” – disponível no Portal ADBL

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• Para você, quais seriam os principais desafios numa articulação em rede?

Levando em consideração o que já conversamos até aqui...

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Dizer que os integrantes da rede devem ter objetivos ou interesses comuns não significa que ao integrar a rede todos passarão a pensar e atuar da mesma forma, nem que a partir deste momento tudo será harmonia e colaboração.

Desafios das redes

Dalberto Adulis“O Desafio das Redes” – disponível no Portal ABDL

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Superar esta concepção ingênua das redes é um desafio que deve ser enfrentado por todos os participantes. As redes não são boas nem más por si só, assim como não estão alheias a conflitos e disputas por poder.

Desafios das redes

Dalberto Adulis“O Desafio das Redes” – disponível no Portal ABDL

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É comum os integrantes de uma rede viverem o dilema entre a necessidade de coordenação e a almejada autonomia de todos os componentes. Além disso, às vezes é difícil conciliar a diversidade de opiniões e interesses particulares com a idealização de que é necessário o consenso geral.

Desafios das redes

Dalberto Adulis“O Desafio das Redes” – disponível no Portal ABDL

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Desafios das redes

Algumas funções tendem a ser mais difíceis nas redes, como a coordenação, a definição de responsabilidades e a alocação de recursos para alcançar os objetivos. Além disso, geralmente a mensuração e avaliação dos resultados alcançados também tende a ser mais difícil.

Dalberto Adulis“O Desafio das Redes” – disponível no Portal ABDL

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O bom funcionamento de uma rede depende dos seus integrantes definirem:– objetivos claros – missão– compromissos– atividades que desejam desenvolver

Dalberto Adulis“O Desafio das Redes” – disponível no Portal ABDL

Desafios das redes

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Uma boa rede começa com...Os integrantes, de forma participativa, devem

definir:

• Visão: como será o futuro se/quando nosso trabalho der certo?

• Missão: por que estamos em rede?• Objetivos e metas: quais os objetivos concretos

a serem alcançados pela rede?• Valores e princípios• Critérios para ingresso• Papéis e responsabilidades dos membros

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• Os próximos slides trazem um pouco da organização das redes citadas no artigo de Marina Silva “Tecendo os Nós da Rede”, disponível em:

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3167436-EI11691,00.html

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As 4 redes citadas no artigo• REBRIP:

“A Rede Brasileira Pela Integração dos Povos (REBRIP) foi criada em 1998 e formalizada em ata durante a I Assembléia Geral, realizada em setembro de 2001. A rede é uma articulação de ONGs, movimentos sociais, entidades sindicais e associações profissionais autônomas e pluralistas...”– Uma Rede de Organizações

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Rebrip• REBRIP:

é constituída por:Assembléia Geral é a instância máxima de decisão da Rede e deverá acontecer, ordinariamente, uma vez a cada dois anos, ou em caráter extraordinário, por decisão da Coordenação Geral por maioria simples.  Cabe à Assembléia: a) Formular as diretrizes políticas de atuação da Rede; b) Avaliar a implementação do Programa de Ação do exercício anterior; c) Discutir e aprovar o Programa de Ação do período consecutivo, elaborado pela Coordenação Geral em exercício; d) Eleger os membros da Coordenação Geral; e) Aprovar a entrada de novos membros na Rede; f)     Nomear a Secretaria Executiva.

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Rebrip

• A REBRIP realiza suas ações por meio de grupos de trabalhos temáticos

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REJUMA

A Rede de Juventude pelo Meio Ambiente funciona basicamente por meio virtual e se faz presencial em seus ‘nós’ regionais. Trata-se de uma rede de pressão para políticas públicas para o meio ambiente a e juventude e suas ações são coordenadas. É um rede bem fluida e sem coordenação central ou secretaria executiva. Está conectada a outras redes de referência, com a REBEA, o Um Milhão de Histórias de Vida de Jovens e o TakingITGlobal

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Ecossocialistas

A Rede Brasileira de Ecossocialismo está com seu site corrompido, porém é possível saber, por notícias publicadas em outros espaços de rede, que eles também se estruturam em torno de instâncias de decisão, coordenadorias regionais e coordenadoria nacional

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Rede de Agendas 21

“As redes podem crescer progressivamente sem qualquer centralização de poder. É uma excelente aplicação de gestão compartilhada. É uma metodologia participativa ideal para a construção das AGENDAS 21 Locais”

Jorge Carlos Silveira Duarte, Gerente de Desenvolvimento Social e do programa Redes

Sociais do Senac São Paulo

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Não tem coordenação... é uma estrutura mais livre, mais fluida e que permite maior autonomia a seus membros.

Foi já construída levando-se em consideração aspectos e valores das redes inspirados por seus principais ativistas. Vale visita ao site: http://www.redeagenda21.org.br/oQue_eModelodeRede.htm

Lá, vocês encontram um bom texto do professor Chico Whitaker, entusiasta das redes livres e das conexões ocultas; um dos principais articuladores/realizadores do Fórum Social Mundial

Rede de Agendas 21

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planejar – executarplanejar

monitorar

– executar – avaliar

monitorar

– avaliar

planejar – executar

monitorar

– avaliar

planejar – executar

monitorar

– avaliarplanejar – executar

monitorar

– avaliar

planejar – executar

monitorar

– avaliar

Comunicação e interação

constantes

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Obrigado!

Cristiano de Brito Lafetáconsultor em redes de transformação social e para

o desenvolvimento sustentá[email protected] (email e google talk)

Skype: crislafeta