Trabalho acadêmico - Análise Granulometrica
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TRABALHO ACADÊMICO
Análise Granulométrica
Aluno: Francisco Fabio Dantas
06/03/2013
BREVE DESCRIÇÃO DO OBJETIVO, METODOLOGIA E RESULTADOS DOS ENSAIOS GRANULOMETRIAFONTE: Curso de básico mecânica dos solos em 16 aulas, / 3ª Edição. Carlos Souza Pinto – São Paulo: Oficina de Textos, 2006. Mecânica dos Solos dos Estados críticos/3ª Edição. J. A. R. Ortigão – Rio de Janeiro – Terratek, 2007Artigos extraídos da WEB.
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA (NBR 7181)
OBJETIVO
O objetivo do ensaio é determinar a porcentagem em massa de material de
vários diâmetros por meio de peneiramento manual.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
“A análise da distribuição das dimensões dos grãos, denominada análise
granulométrica, objetiva determinar uma curva granulométrica” (ORTIGÃO, 1995, p.
7). Também pode ser considerada a relação entre as dimensões das partículas de um
solo e as proporções relativas com que as partículas com essas dimensões ocorrem no
solo.
Quando o solo é formado por parcelas de solo grosso e fino, geralmente a
análise granulométrica é feita pela combinação dos ensaios de peneiramento e
sedimentação (granulometria conjunta). No processo de peneiramento uma porção de
solo pode ser do tipo “retida” e outra do tipo “passante”, e é, a abertura da malha que
classificara como grãos grossos ou finos respectivamente.
Toda porção de solo que ficar retida na peneira de diâmetro 0,075 mm ( #200 ) é
considerada do tipo grossa, caso contrário é do tipo fina. Se a porcentagem de partículas
que passa for inferior a cinqüenta por cento (% que passa #200 < 50%) o solo é do tipo
grosso. Caso a porcentagem de partículas que passa for superior a cinqüenta por cento
(% que passa #200 > 50%) o solo é do tipo fino. As porções finas (menores que 0,075
mm ) são classificadas por processos de sedimentação, quanto às porções grossas são
classificadas por peneiramento.
Quando definido um solo como sendo do tipo grosso, ele passara por uma
segunda peneira de 7,46 mm (# 4). Caso a porcentagem de solo que passa for inferior a
cinqüenta por cento (% que passa #4 < 50%) ele é identificado como um pedregulho
(G). Caso a porcentagem que passa for maior que cinqüenta por cento (% que passa #4
> 50%) ele será identificado como uma areia (S).
Os solos grossos possuem sub grupos do tipo: grossos e finos. Solos grossos do
tipo grossos incluem pedregulhos e areias grossas são aqueles retidos pela peneira de
diâmetro 2 mm. Quanto aos passantes são do tipo grossos finos incluem areias médias e
finas. As areias finas possuem outra parcela granulométrica no processo de
sedimentação.
Segundo as dimensões padrões das partículas constituintes de um solo, podemos
classificá-la; como pedregulho para partículas com diâmetro entre 76 e 4,8mm, areia
para diâmetro entre 4,8 e 0,05mm, silte para diâmetros entre 0,05 e 0,005mm e argilas
para partículas com diâmetro inferior a 0,005mm. Representada no esquema a seguir:
FIGURA 1 – Classificação das partículas
Em laboratório não houve a possibilidade de execução do ensaio de
sedimentação, só foi possível realizar o ensaio de peneiramento, que consiste em utilizar
peneiras padronizadas (NBR 5734).
“Identificando o solo como sendo de granulação grosseira pedregulho ou areia é
importante conhecer sua característica secundária. Se a porção de solo tiver poucos
finos, inferior a 5 % passando na peneira no 200, deve-se verificar como é a sua
composição granulométrica. Os solos granulares podem ser “bem graduados”(W) ou
“mal graduados”(P). Nestes, há predominância de partículas com um certo diâmetro,
enquanto que naquelas existem existem grãos ao longo de uma faixa de diâmetros. Essa
característica é verificada pelo “coeficiente de não uniformidade” (CNU)”. (Pinto,
Carlos de Souza, 2002, pg 53)
“Outro coeficiente não tão empregado quanto CNU é o “coeficiente de
curvatura” (CC), que detecta melhor o formato da curva granulométrica e permite
identificar eventuais descontinuidades ou concentrações muito elevada de grãos mais
grossos no conjunto”. (Pinto, Carlos de Souza, 2002, pg 54)
Uma pedregulho bem graduado apresenta valores de CNU > 4, quanto as areias
devem apresentar um valor de CNU > 6. Quanto as valores de CC,devem ficar entre 1 e
3 (1< CC< 3).
PROCEDIMENTOS
O procedimento adotado em laboratório foi o peneiramento manual, onde a
amostra foi separada em solo fino (material que passa pela peneira 2 mm) e solo grosso
(material que fica retido na peneira 2 mm), conforme determina a NBR 7181. A massa
de material retida em cada peneira foi então pesada para o cálculo das porcentagens de
material retidas e porcentagens de material retidas acumuladas.
RESULTADOS
Dados obtidos em laboratório:
- Massa inicial da amostra: 999,99g;
- Massa de material retido na peneira 2 mm (solo grosso): 346,18g;
- Massa de material que passou na peneira 2 mm (solo fino): 652,21g.
CÁLCULOS INICIAIS:
Massa total da amostra seca (considerando a umidade h = 25,71% e massa de
material retido na peneira 2 mm Mg = 323,39 que é a soma das massas de material
retidas nas peneiras com abertura superior e igual a 2 mm)
Peneira Massa retida
(g)
Massa retida
acumulada
Porcentagem que passa
(%)
Porcentagem que fica
retida (%)
Classificação do soloNº Diâmetro
(mm)
(g)1 ½ 38,1 100,00 0,00 Pedregulho1 25,4 100,00 0,00 Pedregulho¾ 19.1 100,00 0,00 Pedregulho⅜ 9,52 28,24 28,24 96,72 3,28 Pedregulho4 4,76 34,12 62,36 92,76 3,96 Pedregulho8 2,38 161,88 224,24 73,97 18,79 Areia grossa10 2,00 99,15 323,39 62,47 11,50 Areia grossa
Fundo 22,25 345,64 - - -16 1,19 174,39 174,39 45,63 54,37 areia média30 0,60 250,49 424,88 21,45 78,55 areia média40 0,42 94,82 519,70 12,30 87,70 areia média50 0,29 44,56 564,26 8,00 92,00 areia fina60 0,25 32,05 596,31 4,90 95,10 areia fina100 0,15 38,34 634,65 1,20 98,80 areia fina200 0,075 11,32 645,97 0,11 99,89 areia fina
Fundo 1,15 647,12 0,00 100,00Tabela 2 – Análise granulométrica
Para o cálculo das porcentagens de material que passam em cada peneira
utilizou-se a fórmula descrita na NBR 7181 para peneiramento grosso:
Onde: Ms = Massa total da amostra seca (calculada acima);
Mi = Massa retida acumulada em cada peneira.
E para o peneiramento fino:
Onde: Mh = Massa de material submetido ao peneiramento fino;
N = Porcentagem de material retido acumulado na peneira 2 mm;
Mi = Massa de material seco retido acumulado em cada peneira.
Como as massas retidas nas peneiras são da amostra úmida e não seca, o termo:
foi substituído por apenas , resultando em:
Então tem-se a curva granulométrica:
Curva Granulométrica
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
0,01 0,1 1 10 100
Porc
enta
gen
s pas
sante
s
Gráfico 1 – Curva granulométrica
As características dos solos granulares verificadas pelos coeficientes de não
uniformidade e coeficiente de curvatura:
Seja Coeficiente de Não Uniformidade (PINTO, 2006, p. 54):
E o Coeficiente de Curvatura (PINTO, 2006, p. 54):
Quanto a origem e forma como foi coletado o solo é desconhecida pela equipe
responsável pelo ensaio. O solo utilizado estava a disposição em laboratório.
Como a porcentagem de material que passou pela peneira 0,075 mm é menor
que 50%, o solo é de granulação grosseira. A porcentagem passante pela peneira de n o 4
é maior que 50%,a amostra é classificada como areia (S). Quanto a sua composição é do
tipo mal graduado CNU < 6. Portanto nosso solo é do tipo : areia mal graduada (SP).
DISCUSSÃO
De acordo com a norma (NBR 7181), durante o processo de peneiramento se faz
necessário desmanchar todos os torrões existentes na amostra. De maneira a assegurar
que apenas os grãos com diâmetros maiores do que a abertura da malha fiquem retidos.
No ensaio este procedimento não foi realizado segundo a norma por falta de
acompanhamento da mesma.
Além da falta de cuidado no processo de destorroamento do material, pecou-se em
outros procedimentos da norma. A amostra desagregava mas estava muito úmida para
realização do ensaio deveria ser seca ao ar, o que facilitaria seu destorroamento.
Do material passante na peneira de no 10 (0,2 mm), deveria ser tomada 100g para três
amostras de umidade. Tomar ainda 120g do material para ser lavado na peneira no 200
vertendo água potável a baixa pressão.
Para então realizar o peneiramento fino deveríamos secar o material retido na peneira de
0,075 mm em estufa, à temperatura de 105°C a 110°C, até constância de massa, e,
utilizando o agitador mecânico, passar nas peneiras de 1,2, 0,6, 0,42, 0,25, 0,15, 0,075
mm.
Trabalhando com um solo muito agregado em torrões, devido a seu alto teor de umidade
o ensaio foi mal sucedido, pois os torrões apresentam comportamento de um grão
sólido, dando então características de um solo granular. Os torrões uma vez não
destorroados não apresentaram as verdadeiras características do material, pois as
pequenas partículas constituintes dos mesmos deixaram de passar pelas peneiras. Os
resultados encontrados podem ser totalmente divergentes da realidade. Os erros podem
ser tão absurdos que o solo em estudo pode ser uma argila ao invés de uma areia.