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Transcript of Trab Final.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“Júlio de Mesquita Filho”
CTI – Colégio Técnico Industrial
Prof. Isaac Portal Roldán
DROGAS NA ADOLESCÊNCIA
Bauru - 2009
2
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“Júlio de Mesquita Filho”
CTI – Colégio Técnico Industrial
Prof. Isaac Portal Roldán
DROGAS NA ADOLESCÊNCIA
Affonso Saito Salgado nº1
Danilo Y. Uehara nº12
Lais Cunha dos Reis n°20
Marcela Gimenes nº25
Rodrigo S. Simões nº30
3
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“Júlio de Mesquita Filho”
CTI – Colégio Técnico Industrial
Prof. Isaac Portal Roldán
DROGAS NA ADOLESCÊNCIA
Orientadores:
Prof. Rodrigo F. de Carvalho
Profa. Dra. Maria Regina Momesso de Oliveira
Profa. Silmara Cavalheri N. Sanches
Relatório acadêmico apresentado às disciplinas de LIA, Estatística e Redação.
4
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“Júlio de Mesquita Filho”
CTI – Colégio Técnico Industrial
Prof. Isaac Portal Roldán
Banca Examinadora:
_______________________________
Profª. Maria Regina Momesso de
Oliveira
______________________________
Prof. Rodrigo F. de Carvalho
______________________________
Profª. Silmara Cavalheri N. Sanches
5
Conteúdo 1. Introdução ................................................................................................................. 11
1.1 Situação Problema ............................................................................................. 11
1.2 Fundamentação teórica ................................................................................... 11
1.3 Justificativa Do Tema ........................................................................................ 11
1.4 Objetivos ............................................................................................................ 12
1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 12
1.4.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 12
1.5 Delimitação dos focos de interesse ............................................................... 12
1.6 Hipótese ............................................................................................................. 12
2. Desenvolvimento ..................................................................................................... 14
2.1 Metodologia ............................................................................................................ 14
2.1.1 Tipos de pesquisa .............................................................................................. 14
2.1.2 Dados a serem utilizados ................................................................................. 14
2.1.3 População e amostra ........................................................................................ 14
2.1.3.1 População ........................................................................................................ 14
2.1.3.2 Amostra ........................................................................................................... 15
2.1.4 Forma de Obtenção de Dados ........................................................................ 15
2.1.5 Tratamento de Dados ....................................................................................... 15
2.1.6 Limitações da Pesquisa .................................................................................... 16
2.2 Resultados e Discussão ....................................................................................... 16
2.2.1 Tabelas e Gráficos ............................................................................................. 16
2.2.2.1 IDADE ............................................................................................................... 16
2.2.2.2 SEXO ....................................................................................................................... 19
2.2.2.3 RELIGIÃO DOS ENTREVISTADOS .......................................................... 19
2.2.2.4 Classe social .................................................................................................. 22
2.2.2.5 CONHECIMENTO A RESPEITO DAS DROGAS .................................... 24
2.2.2.6 LEGALIZAÇÃO .............................................................................................. 25
2.2.2.7 IDADE QUE O DEPENDENTE COMEÇA A USAR ................................ 26
2.2.2.8 REAÇÃO AO DESCOBRIR QUE O AMIGO FAZ USO DE DROGAS .. 28
2.2.2.9 MOTIVOS PARA USAR DROGAS ............................................................. 30
2.2.2.10 CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO TÊM EFEITO? ..................... 31
2.2.2.10 CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO TÊM EFEITO? ..................... 32
2.2.2.11 MOTIVOS PARA NÃO USAR DROGAS (!) ............................................. 33
2.2.2.12 PIOR CONSEQUÊNCIA DO USO DE DROGAS (!) .............................. 35
2.2.2.13 NOTA PARA A CAMPANHA DO GOVERNO CONTRA AS DROGAS ........................................................................................................................................ 37
2.2.2.14 É POSSÍVEL CURAR UM VICIADO ......................................................... 40
2.2.2.15 MANEIRAS DE CURAR UM VICIADO (!) ................................................ 41
2.2.2.16 CLASSE SOCIAL QUE FAZ MAIS USO DE DROGAS ......................... 43
2.2.2.17 REDUÇÃO NO USO DE ENTORPECENTES REDUZIRIA TAMBÈM O ÍNDICE DE CRIMINALIDADE? .......................................................................................... 45
3. Considerações Finais ............................................................................................. 48
4. Glossário ................................................................................................................... 49
Apêndice ....................................................................................................................... 50
Anexos ........................................................................................................................... 52
6
Anexo A ......................................................................................................................... 52
Anexo B ......................................................................................................................... 54
Anexo C ......................................................................................................................... 57
Anexo D: ........................................................................................................................ 60
Referências ................................................................................................................... 63
7
"Quando você diz sim às drogas, as coisas que você mais ama lhe dizem
não. Seja esperto e inverta a lógica."
(Autor Desconhecido)
8
Resumo
O trabalho desenvolvido a seguir será resultado de um estudo e pesquisa a respeito das drogas (principalmente as ilícitas) na vida da população jovem.
Para atingir o objetivo deste trabalho, uma pesquisa de campo foi realizada com trezentos (300) jovens, essa pesquisa possibilitou-nos traçar o perfil do jovem de hoje em dia no que diz respeito a sua postura diante do tema drogas. Além da pesquisa também foi realizado um estudo à parte por toda a equipe a fim de que nossas conclusões fossem mais fundamentadas e com certo grau de aprofundamento no tema, apresentando assim um trabalho mais completo e esclarecedor.
9
Agradecimentos
Aos nossos professores sempre dispostos a nos orientar com total dedicação
durante a realização deste trabalho.
À direção de todas as instituições de ensino onde pudemos executar a coleta
de dados.
Ao senhor Joaquim Ribeiro pela contribuição prestada por meio de seu
depoimento que foi essencial para a melhor compreensão do tema.
10
INTRODUÇÂO
11
1. Introdução
1.1 Situação Problema
Hoje em dia, em todos os meios de comunicação podemos notar que o número
de adolescentes consumidores de drogas vem crescendo exageradamente e
os efeitos provocados por isso estão se tornando cada vez piores. Essa
questão com certeza merece total atenção, uma vez que uma sociedade
formada por usuários de drogas jamais será tida como um exemplo , ainda
mais se tratando dos jovens, que serão os cidadãos do futuro.
1.2 Fundamentação teórica
Com base no material estudado pelo grupo pudemos perceber que a realidade
do uso de drogas vem se tornando cada vez mais presente em nosso país, até
mesmo com crianças e jovens (Agência Estado 2009). Embora muitos
adolescentes prefiram se manter afastados por diversos motivos, o que pode
ser considerado algo muito reconfortante (Revista Veja, 29 de maio de 2008) ,
ainda existem muitos que não têm conhecimento dos danos causados por
essas substâncias. Muitas são as teorias sobre o porquê da opção pelas
drogas, alguns dizem que é responsabilidade da família, outros da própria
pessoa, ou a influência das amizades e ainda existe quem não tenha seu
conceito formado, mas com certeza o mais importante não é saber de quem é
a “culpa”, mas sim como tratar o dependente ( Associação Parceria contra as
drogas, 2009).
1.3 Justificativa Do Tema
Como adolescentes, nosso grupo teve a curiosidade de conhecer e tentar
compreender as idéias de outros jovens a respeito do uso de drogas que
geralmente tem início nessa fase de vida, ainda mais numa época em que o
assunto tem passado tão despercebido pelos olhos da maioria.
12
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo Geral
-Estabelecer a relação entre o uso de drogas e os adolescentes.
1.4.2 Objetivos Específicos
- Encontrar os principais motivos que levam os jovens a fazer essa escolha.
- Identificar os impactos que se estabelecem no ambiente familiar e social por
meio do uso de drogas.
- Procurar medidas de prevenção e tratamento.
- Aprofundar nosso conhecimento a respeito do tema.
-Conscientizar jovens através da exposição do trabalho.
1.5 Delimitação dos focos de interesse
Essa pesquisa tem como foco a obtenção de informações tal como o nível de
conhecimento dos jovens a respeito de toda a problemática que envolve o uso
de drogas, os riscos, as conseqüências, as causas, o fator da conscientização
além de muitos outros aspectos.
1.6 Hipótese
Jovens sem nível de conscientização suficiente podem acabar se prejudicando
ao se envolverem com o “universo das drogas”.
13
DESENVOLVIMENTO
14
2. Desenvolvimento
O desenvolvimento deste trabalho foi dividido basicamente em 3 etapas, a
escolha e compreensão do tema, a coleta de dados, e por fim a análise e
apresentação das informações obtidas. Todas as etapas citadas foram
executadas com base nos conteúdos e orientações que nos foram passadas
nas disciplinas de estatística, laboratório de informática aplicada e redação.
Durante o desenvolvimento da atividade houve o máximo de preocupação no
sentido de esclarecer os dados e apresentá-los de forma mais clara, dinâmica
e objetiva possível. A colaboração de toda a equipe foi imprescindível para que
se chegasse ao resultado que será apresentado a seguir.
2.1 Metodologia
2.1.1 Tipos de pesquisa
Pesquisa realizada por meio da aplicação de um questionário para
coletar opiniões que serão convertidas em dados estatísticos.
2.1.2 Dados a serem utilizados
Serão utilizados dados de caráter tanto quantitativo como qualitativo.
2.1.3 População e amostra
2.1.3.1 População
A população alvo deste trabalho pode ser definida como jovens
moradores da cidade de Bauru/SP com idade entre 13 e 19 anos (idade em
que se começa a ter mais conhecimento sobre o tema em questão).
15
2.1.3.2 Amostra
Trezentos (300) jovens moradores de Bauru e estudantes de escolas
públicas a particulares (para que a classe social não venha interferir nos
resultados).
Escolas públicas:
- Colégio Técnico Industrial
- E.E Moraes Pacheco
- E.E Plínio Ferraz
Escolas Particulares:
- Colégio Dinâmico
- Yázigi Internexus
2.1.4 Forma de Obtenção de Dados
Os dados referentes à essa pesquisa são baseados nas opiniões de 300
entrevistados que responderam um questionário composto de 5 perguntas a
respeito de suas características pessoais e socioeconômicas e 13 perguntas
inerentes ao tema “uso de drogas na adolescência”.
2.1.5 Tratamento de Dados
Cada um dos integrantes desta equipe tabulou e organizou no Microsoft
Excel os dados obtidos nos questionários aplicando nesta tarefa os
conhecimentos adquiridos na disciplina “estatística”. A partir destes foram
criados ROL (para algumas questões quantitativas), tabelas e gráficos para
cada uma das perguntas feitas.
16
2.1.6 Limitações da Pesquisa
As limitações ou “deficiências” desta pesquisa estão relacionadas
principalmente ao tamanho da amostra. Esta é relativamente menor que a
população em destaque. Portanto, os dados apresentados não devem ser
considerados como exatos e absolutos, pois a diferença entre o espaço
amostral e a população, como já dito, podem ocasionar em uma margem de
erro.
2.2 Resultados e Discussão
2.2.1 Tabelas e Gráficos
Para melhor compreensão de alguns termos técnicos utilizados neste
item consulte o glossário da página 49.
2.2.2.1 IDADE
Rol da Idade dos entrevistados:
13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-13-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-14-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-15-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-16-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-17-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-18-19-19-19-19-19-19-19-19-19-19-19-19-19
17
Tabela de Idade dos entrevistados
Idade
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
13
25
8
25
8
14
53
18
78
26
15
102
34
180
60
16
50
17
230
77
17
36
12
266
89
18
21
7
287
96
19
13
4
300
100
Total
300
100
18
Medidas de Tendência Central da Idade
Média: 15 anos
Mediana: 15 anos
Moda: 15 anos
Desvio Padrão: 1.8
Gráfico de Idade
8%18%
34%
17% 12% 7% 4%0%
20%
40%
13 14 15 16 17 18 19
Anos
Por
cent
agem
19
2.2.2.2 SEXO
Tabela de Sexo dos Entrevistados
Sexo
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Feminino
164
55
164
55
Masculino
136
45
300
100
Total
300
100
Ilustração 2 - Gráfico do sexo
M4 5 %F
5 5 %
20
2.2.2.3 RELIGIÃO DOS ENTREVISTADOS
Tabela da Religião dos entrevistados
Religião
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Católico
113
38
113
38
Evangélico
60
20
173
58
Espírita
12
4
185
62
Testemunha de
Jeová
8
3
193
65
Cristão
54
18
247
83
Sem religião
53
17
300
100
Total
300
100
21
Ilustração 3 - Gráfico da religião
22
2.2.2.4 Classe social
Tabela da Classe Social dos entrevistados
Classe Social
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Alta
11
4
11
4
Média Alta
32
11
43
15
Média
161
53
204
68
Média Baixa
64
21
268
89
Baixa
32
11
300
100
Total
300
100
23
Ilustração 4 - Gráfico da classe social
Comentário:
Como já era de se esperar, a classe que mais apareceu foi a “média”, o que
pode ser considerado um ponto positivo, já que não haverá intervenção do
nível sócio-econômico dos entrevistados no resultado.
24
2.2.2.5 CONHECIMENTO A RESPEITO DAS DROGAS
Comentário: A maioria das pessoas alega ter conhecimento médio sobre o
assunto, o que não é muito preocupante, mas ainda assim o nível de
conhecimento poderia melhorar bastante para que fosse evitado o uso de
drogas em qualquer idade.
Ilustração 5 - Gráfico do conhecimento à respeito d as drogas
Nível de
conhecimento
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Alto
96
32
96
32
Médio
169
56
265
88
Baixo
35
12
300
100
Total
300
100
Alto32%
Médio56%
Baixo12%
25
2.2.2.6 LEGALIZAÇÃO
Opinião a
respeito da
legalização
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Sim
104
35
104
35
Não
196
65
300
100
Total
300
100
Comentário:
A maioria das pessoas optou por não legalizar as drogas, afinal as drogas já
fazem muito mal e o que deve ser feito é combater e não legalizar.
Ilustração 6 - Gráfico da legalização das drogas
26
2.2.2.7 IDADE QUE O DEPENDENTE COMEÇA A USAR
Idade em que
o dependente
começa a usar
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
0 |- 3
2
1
2
1
3 |- 6
2
1
4
2
6 |- 9
9
3
13
5
9 |- 12
70
23
83
28
12 |- 15
141
47
224
75
15 |- 18
76
25
300
100
Total
300
100
27
2.2.2.7.1 Medidas de Tendência Central
Média: 13 anos
Mediana: 13 anos
Moda: 14 anos
Desvio Padrão: 7
Comentário:
Segundo nossa pesquisa, o uso de drogas se inicia em grande parte, dos 12
aos 15 anos, e isso é muito grave, pois é nessa idade que o jovem está
formando sua opinião e esse contato pode acarretar em conseqüências
gravíssimas.
Ilustração 7 - Gráfico da idade em que o dependente começa a usar
28
2.2.2.8 REAÇÃO AO DESCOBRIR QUE O AMIGO FAZ USO DE DROGAS
Reação
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Me afastar
83
27
83
27
Apoiá-lo
4
1
87
28
Ajudá-lo
101
34
188
62
Nenhuma
47
16
235
78
Outras*
65
22
300
100
Total
300
100
Comentário: A maioria das pessoas iria ajudar um amigo que estivesse nesta
situação, o que é muito bom, pois nem sempre um dependente químico
consegue se curar sem a ajuda de seus amigos e familiares
29
Ilustração 8 - Gráfico da reação ao descobrir que o amigo faz uso de
drogas
30
2.2.2.9 MOTIVOS PARA USAR DROGAS
Tabela de Motivos para usar drogas
Motivos
Freqüência Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Curiosidade
88
29
88
29
Amigos
80
27
168
56
Família
55
18
223
74
Problemas
56
19
279
93
Outros
21
7
300
100
Total 300 100
Comentário: Por este gráfico podemos perceber que o principal motivo para o
jovem começar a usar drogas é a própria curiosidade, mas os amigos também
influenciam muito nesse aspecto.
31
Ilustração 9 - Gráfico dos motivos para usar drogas
* (Imposição; fome; falta de opção)
32
2.2.2.10 CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO TÊM EFEITO?
Campanhas
tem efeito?
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Sim
172
57
172
57
Não
128
43
300
100
Total
300
100
Comentário: Não nos surpreendemos com o grande número de opções “não”,
pois as pessoas não estão satisfeitas e o governo devia melhorar essa
campanha contra as drogas.
Ilustração 10 – Gráfico sobre a legalização de drog as
Sim
Não
33
2.2.2.11 MOTIVOS PARA NÃO USAR DROGAS (!)
Motivos
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Religião
40
13
40
13
Família
87
28
127
41
Valores morais
86
27
213
68
Medo
89
28
302
96
Outros
13
4
315
100
Total
315
100
34
Ilustração 11 - Gráfico dos motivos para não usar d rogas
35
2.2.2.12 PIOR CONSEQUÊNCIA DO USO DE DROGAS (!)
Pior
Consequência
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Morte
97
31
97
31
Dependência
113
35
210
66
Preconceito
96
30
306
96
Outros*
13
4
319
100
Total
319
100
36
Ilustração 12 - Gráfico das conseqüências do uso de drogas
Comentário:
Analisando o gráfico, podemos perceber que a pior conseqüência seria a
dependência, sendo até pior que a própria morte, e os entrevistados também
acham que o preconceito é quase tão ruim quanto à morte
37
2.2.2.13 NOTA PARA A CAMPANHA DO GOVERNO CONTRA AS DROGAS
ROL:
0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 -0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0.2 - 0.2 - 0.5 - 0.5 - 0.5 - 0.5 - 1 -1 - 1 - 1 -1 - 1 - 1 - 1 - 1 - 1 - 1 - 1 - 1.5 - 1.5 - 1.5 - 2 - 2 - 2 - 2 - 2 - 2 - 2 - 2 - 2 - 2 - 2 - 2.5 - 2.5 - 2.5 - 3 - 3 - 3 - 3 - 3 - 3 - 3 - 3 - 3 - 3 - 3 - 3 - 3.5 - 3.7 - 4 - 4 – 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 - 4 – 4 - 4 - 4 - 4 - 4.5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 - 5 – 5 – 5 – 5 – 5 – 5 – 5 - 5.5 – 5.5 – 5.5 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 – 6 – 6 – 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6 - 6.5 – 6.5 – 6.5 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 – 7 – 7 – 7 – 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7 - 7.5 - 7.5 - 7.5 - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 – 8 – 8 – 8 – 8 – 8 – 8 - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 – 8.5 – 8.5 – 8.5 - 9 - 9 - 9 - 9 - 9 - 9 - 9 - 9 - 9 - 9 – 9 - 9 – 9 - 9 – 9 - 9 - 9.5 – 9.5 – 9.5 – 9.5 - 10 - 10 - 10 - 10 - 10 - 10 - 10 - 10 - 10 - 10 - 10 - 10 - 10 – 10
38
Tabela de nota para campanha preventiva do governo
Nota
Freqüência
Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
0 |– 3
53
18
53
18
3 |– 6
107
36
160
54
6 |– 9
106
35
266
89
9 |– 12
34
11
300
100
Total
300
100
2.2.2.13.1 Medidas de Tendência Central
Média: 5.7
Mediana: 5.7
Moda: 5.9
Desvio Padrão: 2.7
39
Ilustração 13 – Nota para a campanha preventiva do governo
18%
36% 35%
11%
0%5%
10%15%
20%25%
30%35%
40%
1 2 3 40 3 6 9 12
40
2.2.2.14 É POSSÍVEL CURAR UM VICIADO
É possível
curar um
dependente?
Freqüência Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Sim
131
44
131
44
Não
169
56
300
100
Total
300
100
Comentário: Com os resultados obtidos podemos concluir que a maioria
pensa que é possível curar um dependente químico.
Ilustração 14 - Gráfico sobre “curar” um dependent e
41
2.2.2.15 MANEIRAS DE CURAR UM VICIADO (!)
Essa pergunta foi feita com o objetivo de saber o quanto os entrevistados sabem a
respeito do longo processo de recuperação de um dependente químico.
Maneiras
Freqüência Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Narcóticos
anônimos
96
31
96
31
Internação
34
11
130
42
Vontade própria
174
57
304
99
Outros *
4
1
308
100
Total
308
100
Comentário: Existem várias maneiras de curar um dependente, mas segundo
nossa pesquisa, a maneira mais eficiente seria a vontade própria, já que o
dependente precisa ter consciência do vicio e querer se curar.
42
Ilustração 15 - Gráfico das maneiras de curar um vi ciado
43
2.2.2.16 CLASSE SOCIAL QUE FAZ MAIS USO DE DROGAS
Classe Que
mais usa
Freqüência Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Alta
76
25
76
25
Média
33
11
109
36
Baixa
74
25
183
61
Não existe
relação
117
39
300
100
Total
300
100
Comentário: Os entrevistados disseram que não existe relação entre ser de
uma classe social e usar drogas, o que é verdade, pois as drogas atingem
todas as classes sociais.
44
Ilustração 16 – Classe social que mais consome drog as
25%
11%
25%
39%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Classe Baixa
Classe Média
Classe Alta
Outros*Por
cent
agem
45
2.2.2.17 REDUÇÃO NO USO DE ENTORPECENTES REDUZIRIA TAMBÈM O ÍNDICE DE CRIMINALIDADE?
Redução no
uso de drogas
reduziria a
criminalidade? Freqüência Absoluta
Freqüência
Relativa (%)
FAC
FAC %
Sim
203
68
203
68
Não
97
32
300
100
Total
300
100
Comentário: Pelo gráfico podemos concluir que reduzindo o uso de
entorpecentes, reduzem também a criminalidade, uma vez que quem consome
drogas, colabora com crimes como o tráfico, por exemplo.
46
Ilustração 17 – Gráfico da relação entre drogas e o crime
Não
Sim
47
CONSIDERAÇÕES FINAIS
48
3. Considerações Finais Ao final de nosso estudo, obtivemos a confirmação de algo que deveria estar muito evidente hoje em dia, o fato de que o uso de drogas não acrescenta nada de positivo na vida de quem o pratica. Talvez alguns minutos de “prazer” que futuramente trarão muita dor e arrependimento, ou seja, um prazer que não vale a pena. Esse efeito negativo se torna ainda mais intenso quando trata-se de jovens, personalidades em formação, altamente influenciáveis. Muitos são os motivos, as conseqüências, as circunstâncias em que esse uso ocorre e o único modo de evitar que essa pratica venha se tornar algo normal para a sociedade é a CONSCIENTIZAÇÃO, a educação.
Quanto à análise dos dados coletados, podemos concluir que a população jovem de Bauru encontra-se parcialmente conscientizada a respeito das drogas e seus efeitos. Em muitos pontos de nossa pesquisa, os entrevistados mostram-se cientes de toda a problemática envolvendo o uso de drogas durante a adolescência, que é quando os indivíduos estão construindo suas idéias, seu caráter que certamente será influenciado pela experiência com entorpecentes, tanto psicológica quanto fisicamente. Em outros pontos, pode-se notar certa ignorância ou indiferença em relação a esse tema, uma postura realmente preocupante, uma vez que esse tema deveria ser tratado com total seriedade e comprometimento.
Portanto, o resultado de todo esse trabalho realizado pelo grupo nos pareceu muito positivo, uma vez que pudemos aprofundar nosso conhecimento sobre o tema , conhecer a idéia dos jovens a respeito da questão e de certa forma trazer conscientização por meio da exposição de nosso trabalho, ou seja, atingir todos os objetivos estabelecidos inicialmente.
49
4. Glossário
FAC: Frequência Acumulada
FAC %: Frequência Acumulada Percentual
Xi: Ponto Médio
Fi: Frequência
Me: Mediana (Elemento da posição central do ROL)
Mo: Moda (Elemento mais freqüente)
(!) : Questão múltipla escolha (os entrevistados poderiam assinalar mais de
uma opção)
4.1 Fórmulas utilizadas
Média:
Moda: L1 + ( ).C
Mediana: ) .C
Desvio padrão: C.
50
Apêndice QUESTIONÁRIO Idade:___ Sexo:___ Escolaridade:_______ Religião:________ Classe Social: ( )Alta ( )Média alta ( )Média ( )Média Baixa ( )Baixa 1-Você considera seu nível de conhecimento a respeito das drogas como: ( ) Alto ( ) Médio ( )Baixo 2- Você é a favor da legalização de algum tipo de droga ilícita no Brasil? ( ) Sim ( ) Não 3- Qual você acredita ser a idade média com que os viciados em drogas começam esse vício? ___anos. 4- Qual seria sua reação ao descobrir que seu amigo faz uso de drogas? ___________________________________ 5- Quais são os motivos que levam alguém a usar drogas? ( ) Curiosidade ( ) Família ( ) Amigos ( ) Problemas ( ) Outros:_______________________. 6- Uma melhor conscientização da população teria algum efeito para evitar o aumento do número de viciados em drogas? ( ) Sim ( )Não Justifique sua escolha: ___________________________________ 7- Quais motivos que levam alguém a se manter afastado das drogas? ( ) Medo ( ) Família ( ) Religião ( ) Valores morais ( )Outros_____________. 8- Qual você acredita ser a pior conseqüência do uso de drogas? ( ) Dependência ( ) Morte ( ) Preconceito ( )Outros:__________________________.
51
9- Que nota você daria para a campanha que o governo faz contra o uso de entorpecentes? ___.
10- Qual em sua opinião é a melhor maneira de “curar” um usuário de seu vício? ( ) Procurar o Narcóticos Anônimos. ( ) Internação ( ) A vontade própria ( )Primeiro a vontade própria ( ) Outros:_____________. 11- Em sua opinião, um usuário de drogas (por exemplo: um viciado em maconha) que já faz um mês que consome essa droga, poderá se recuperar dos danos originados pela maconha? ( ) Sim ( )Não 12- Os representantes de qual classe social fazem mais uso de entorpecentes? ( ) Classe alta ( ) Classe baixa ( )Classe média ( )Não existe relação 13- Em sua opinião, uma redução no consumo de entorpecentes também reduziria o índice de criminalidade? ( ) Sim ( )Não Justifique sua escolha: __________________.
52
Anexos
Anexo A
Dobra uso de crack e cocaína por crianças, indica e studo
São Paulo - Antes consideradas as últimas etapas do ciclo de consumo,
o crack e a cocaína viraram a porta de entrada nas drogas para crianças de,
em média, 13 anos. Estudo nos centros estaduais de atendimento de São
Paulo mostra que, em dois anos, dobrou o número de menores de idade em
tratamento intensivo, passando de 179 registros em 2006 para 371 no ano
passado, um aumento de 107%.
Para os especialistas, a presença maior desses dois tipos de entorpecentes
reflete três estratégias de mercado que passaram a ditar o tráfico: fidelização
da clientela cada vez mais cedo; facilitação do acesso a drogas de todos os
tipos e diversificação do público consumidor. "Todo negócio exige ampliar o
consumo e o crack não poderia continuar sendo tão restrito", afirma Luizemir
Lago, responsável pela política antidrogas do Estado de São Paulo e uma das
responsáveis pelo levantamento.
O crack e a cocaína já não são mais consumidos por apenas um estereótipo de
viciado. A compulsão está em todas as classes sociais. Inaugurada no fim de
janeiro, a clínica Jovem Samaritano, primeira instituição pública de internação
para adolescentes dependentes, é a prova de que o pó virou droga de estreia.
Todos os meninos que foram levados para o local, por determinação judicial,
encaminhamento do conselho tutelar ou serviço de saúde, respondem com a
palavra "cocaína" quando indagados sobre o motivo para a chegada "ao fundo
do poço". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, 31/03/2009 -
09h35.
53
Resumo anexo A:
O texto fala sobre o aumento notável do uso de crack e cocaína pelas
crianças. O que devemos priorizar nesse texto são os valores apresentados em
2006 e 2007(179 e 371 respectivamente), pois eles nos dão uma noção de
como o acesso às drogas está fácil para as crianças, fazendo com que haja
fidelização de clientela mais cedo, diversificação de usuários e facilitação da
distribuição de qualquer droga. Esse texto nos mostra novas e preocupantes
informações sobre como anda o tráfico.
Concordamos com o que diz Luizemin Lago, porém se essa situação
não for alterada rapidamente, chegaremos a um nível critico. Com certeza as
desigualdades sociais e o estado em que se encontra a família brasileira são
fatores que contribuem muito para a ida de jovens para mundo das drogas.
Para mudar isso é necessário criar mais projetos sociais que estimulem as
crianças a praticarem esportes, a ir à escola e a se afastar das drogas. Um
programa que mostra isso é “Ação Social” de Serginho Groisman, que incentiva
projetos que estimulem os adolescentes a fazer uma escolha diferente. Para
isso seria necessária a ajuda de toda a sociedade, pois essa causa merece
toda atenção, já que interfere diretamente no futuro do país.
54
Anexo B TENSÃO EM FAMÍLIA (DROGAS)
De quem é a culpa?
Cabe aos pais preparar o filho para a vida em sociedade. Mas será que nas
escolas esses adolescentes, refletem a educação que receberam? Um
exemplo disso é o uso de drogas. “Vários fatores levam uma pessoa ao vicio –
a personalidade, os amigos e até facilidade de conseguir drogas. A família
exerce influência, sim, mas até certo ponto”, esclarece Ronaldo Laranjeira,
Psiquiatra.
Marcela, 53, e Rodrigo, 60, casados há 30 anos, sempre procuraram dar uma
boa educação para os três filhos. A família nunca teve contato com drogas nem
sabia de amigos envolvidos. De repente, eles descobriram que os dois mais
velhos usavam crack e cocaína. Foram quase 15 anos de luta – e muitas idas
ao fundo do poço- antes de superar o problema. “Graças a Deus, meus filhos
abandonaram o vício há três anos. As duras penas, aprendi que a família pode
não ser responsável pelo vício deles, mas pode ser a alavanca para salva-los.
Procuramos impor limites, repreendê-los por usar drogas, mas sempre
mostramos disponíveis para ajudar.
Primeiro foi o mais novo, certo dia, recebi um telefonema da polícia avisando
que ele estava num pronto- socorro, pois traficantes tentaram matá-lo. Quando
me viu, chorou disse que me amava e tinha medo, mas faria o possível para
sair daquela vida. Pediu para ajuda e eu o levei ao Narcóticos Anônimos .O
mais velho continuou a usar drogas, na época ele trabalhava em Manaus, na
empresa da nossa família. Por causa do vício era irresponsável. Finalmente
meu marido percebeu que ao sustentá-lo, contribuía apenas para manter o
vício dele. Sem dinheiro ele foi obrigado a voltar para casa.
Pôde ver como o irmão estava bem e resolveu iniciar seu tratamento, com
nosso apoio. Hoje levamos uma vida normal e esse drama acabou nos unindo.
O mais novo namora, o mais velho casou-se e hoje sou avó”, diz.
55
Em busca da cura
O primeiro passo é: Admitir que o filho usa drogas e concordar em ajudar. É
comum o usuário de drogas reconhecer sua dependência, mas recusar o
tratamento, pois acha que pode se recuperar sozinho.
Opção para quem não pode pagar: É procurar as faculdades de Psicologia e os
hospitais especializados em tratamento para dependentes.
O vicio não escolhe classe social: Há drogados nas famílias de classe alta,
média e baixa. A maioria dos viciados vem de famílias cujos pais não usam –
nem usaram –drogas.
Não há por que ter culpa. Esse sentimento só impede os pais de procurar e dar
ajuda.
Os pais devem se informar: Sobre a droga que o filho usa. Assim podem
mostrar a ele os problemas que essa droga pode causar, de forma mais
imparcial e menos alarmista possível.
Resumo Anexo B:
O texto “Tensão em família (Drogas)” nos informa sobre as drogas na
adolescência, e o essencial papel da família na cura desse vício. Várias coisas
levam alguém a adquirir esse vicio, dentre elas a personalidade e hoje em dia
outro fator é a liberdade dada aos jovens que influencia muito nesse aspecto.
Também é possível perceber que a família geralmente tem sua parcela de
culpa, mas mais importante do que isso é saber lidar com o usuário sempre
incentivando-o a abandonar a vício que só gera terríveis conseqüências para a
saúde e também relações sociais com pessoas perigosas, com traficantes por
exemplo. Para exemplificar o drama da vida de um viciado, o autor do texto
conta uma pequena historia da vida de uma família onde os 2 filhos de um
casal eram usuários.
56
A cura para o vício começa quando o drogado admite sua dependência e
procura ajuda, para quem não pode pagar, a opção é procurar faculdades de
Psicologia e hospitais especializados. O N.A (Narcóticos Anônimos) é um local
que pode ajudar muito na recuperação do drogado, já que ele se depara com
diferentes casos e exemplos de superação ou não. O apoio da família e amigos
faz toda a diferença nesse momento, já que a sociedade em geral tem muito
preconceito em relação à essa questão.
57
Anexo C
"Tá a fim?”
“Não, tô fora!"
Pesquisa inédita foi conhecer a cabeça dos jovens q ue não se drogam
Entre os diversos estudos já realizados sobre a relação dos jovens com as
drogas, a grande maioria procura explicar o que leva rapazes e moças ao vício.
Poucos se dedicam a desvendar os motivos que mantêm uma parte da
juventude afastada da maconha, da cocaína ou das pílulas de ecstasy. Acaba
de ser concluído um trabalho que analisa como funciona o freio da
dependência química. Realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre
Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo, a
pesquisa entrevistou uma centena de jovens de classe média ao redor dos 20
anos. Metade deles havia experimentado algum tipo de droga, mas parou logo
depois dos primeiros contatos. A outra metade, apesar de já ter tido a
oportunidade, nunca se arriscou no mundo dos tóxicos. Os pesquisadores se
interessaram em saber como esse grupo venceu a guerra.
Nos dois casos, tanto no grupo dos que provaram drogas, mas as
abandonaram quanto naquele dos que jamais as experimentaram, uma
justificativa que chamou a atenção foi o receio de perder o controle. Entre os
que consumiram, mas não foram adiante com o uso, predominaram respostas
do tipo: "Usei cocaína e a sensação foi tão boa que, com medo, não tive
coragem de arriscar outra vez". Entre os que nem sequer experimentaram, o
que mais se ouviu foi: "Gosto de ter domínio sobre meus atos, e as drogas
tiram a gente de órbita". Cerca de 25% dos jovens brasileiros já consumiram
algum tipo de tóxico. Nem todos, porém, estão condenados ao vício. Grande
parte deles usa as drogas algumas vezes e as deixa de lado. Por que muitos
as experimentam e não se tornam usuários freqüentes? Um dos motivos para o
abandono citado na pesquisa do Cebrid são os efeitos desagradáveis
58
provocados pelos tóxicos. Há de se levar em conta ainda aqueles que relatam
ter desistido porque os efeitos causados pela droga ficaram aquém de suas
expectativas.
Para a psicóloga Ceres de Araujo Alves, professora da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, especializada em infância e adolescência, apesar da
suscetibilidade dos jovens à pressão do grupo, a influência dos pais pode ser
decisiva para deixá-los afastados das drogas. "Esses meninos e meninas que
não experimentam drogas têm em comum o fato de manter um ótimo
relacionamento com os pais", diz Ceres. "O diálogo é aberto e eles são
admirados e valorizados em casa." De nada adianta a repressão pura e
simples, o discurso impessoal e o hábito de vigiar os filhos. Como não existem
regras feitas no campo do relacionamento humano, há diversos casos
conhecidos de filhos que se viciaram mesmo mantendo um bom entrosamento
familiar.
Reportagem publicada na revista
Veja, em 29 de maio de 2008.
Fonte: Centro Brasileiro de
Informações sobre Drogas
Psicotrópicas (Cebrid)
59
Resumo Anexo C:
De acordo com a reportagem publicada na revista Veja em maio de 2002, ao
contrario do que a maioria pensa, ainda existem muitos jovens que mesmo com
toda a “popularização” das drogas hoje em dia, ainda preferem se manter
afastados desses tóxicos por diversos motivos. Alguns nunca tiveram contato e
outros que tiveram, optaram por deixar de lado algo que poderia ser tornar um
vício muito perigoso. Essa informação foi surpreendente demais e ao mesmo
tempo trouxe aos cientistas a expectativa de criar uma nova maneira para
tentar conscientizar os jovens que estão sendo apresentados aos mundos das
drogas atualmente. As idéias desses adolescentes poderão ser trabalhadas e
usadas a favor do fim do uso de entorpecentes. O texto ainda traz uma tabela
para deixar mais claro ainda as idéias desses jovens. É mais uma esperança
no meio de tantas notícias ruins que nos bombardeiam diariamente em relação
a essa triste realidade de nossa sociedade.
60
Anexo D: Drogas X Música
Por: Felipe Calza
As drogas e a música, principalmente o reggae e o rock, sempre caminharam
lado a lado. O reggae até hoje tem uma ligação muito forte com as drogas. Bob
Marley, o rei do gênero, era um consumidor ativo de maconha e talvez por isso
a ligação entre o reggae e as ervas ainda se dê de forma tão íntima. O rock
também era um gênero musical muito mal visto na época em que surgiu. Era
sempre associado a garotos rebeldes que não queriam nada da vida além de
ficar tocando guitarra e se drogando. Infelizmente temos que concordar que as
drogas, sejam elas álcool, maconha, cocaína, heroína ou as tantas outras
existem, já levaram grandes nomes da música. Esse mal desenvolvido pelo
próprio homem acabou com a genialidade de pessoas que poderiam dar ainda
maiores contribuições para a humanidade se não tivessem abusado das
drogas.
Filho de um jardineiro, ele foi o primeiro negro a se tornar superstar. Aos 14
anos ganhou uma guitarra e fez aquele instrumento de seis cordas ganhar uma
nova vida em suas mãos. Até 1967 era apenas um desconhecido, mas depois
de se apresentar no Monterey International Pop Festival, Jimi Hendrix aparecia
ao mundo para mostrar toda sua genialidade. Canhoto, com movimentos
rápidos, Jimi revolucionou a arte de tocar guitarra e é considerado até hoje o
melhor guitarrista de todos os tempos. Mas as drogas o levaram cedo. No dia
18 de setembro de 1970, com 27 anos, Jimi foi encontrado morto em seu
quarto de hotel. Ele havia morrido sufocado por seu próprio vômito depois de
consumir altas doses de entorpecentes.
O ano de 1970 foi cruel com os gênios da música. Um pouco antes de Jimi, no
dia 4 de outubro, morreu Janis Joplin que coincidentemente tinha a mesma
idade de Hendrix, 27 anos. A musa o Woodstock também foi encontrada morta
61
no quarto do Landmark Hotel em Los Angeles. A causa: overdose de heroína.
No mesmo ano o mundo ficava sem Janis e Jimi.
No Brasil as coisas não foram muito diferentes. Também perdemos grandes
nomes por causa das drogas.
Ela era linda, tinha uma voz que encantava até os mais críticos e invejosos.
Quando Elis Regina Carvalho Costa morreu vítima de overdose ninguém
conseguiu acreditar. Elis era uma pessoa que aparentava integridade total. Era
educada, mas sabia ser irônica. Era simpática mas sabia descer do salto.
Dizem os amigos que ela era a pessoa mas inteligente que eles haviam
conhecido. Mas Elis tinha sérios problemas de depressão. Quando entrava em
crise, costumava se drogar ou tomar grandes quantidades de álcool para fugir
do sofrimento. Em uma dessas crises Elis misturou as duas coisas. Bebeu
grandes doses de uísque e depois consumiu cocaína. O resultado foi fatal. As
11:45 da manhã do ano de 1982, na cidade de São Paulo, Elis é encontrada
morta. Era uma terça-feira triste e as drogas calavam a melhor voz que o Brasil
já teve. Um pouco diferente, mas nem tanto, é o caso de Raul Seixas. Assim
como Elis Regina, ele foi sem dúvida um gênio da sua época e mudou toda a
cena do rock nacional. O baiano de Salvador, filho de uma família de classe
média e que adorava ler livros, entrou cedo na música por uma necessidade de
"dizer as coisas". Junto com Paulo Coelho fez músicas que entraram para a
história, como "Gita" e "Há Dez Mil Anos Atrás". Com muitos problemas
pessoais, desiludido com as produtoras e as gravadoras, Raul se entrega ao
álcool e acaba morrendo de pancreatite aguda no dia 21 de agosto de 1989.
Dessa vez não era a maconha, a cocaína ou a heroína, o álcool foi o
responsável pela morte do eterno "maluco beleza".
Esses são apenas alguns exemplos dos nomes mais conhecidos que morreram
de overdose. Infelizmente essa matéria poderia ser bem maior, recheada com
inúmeros outros nomes que jogaram suas vidas no lixo por causa de alguns
minutos de êxtase.
62
Resumo Anexo D:
A partir da leitura deste texto é possível perceber o quanto a droga tem estado
presente até mesmo no âmbito musical, o que certamente pode influenciar
negativamente os jovens , que por admirarem certo cantor ou artista acabam
vendo algumas atitudes dos mesmos ( o uso de drogas no caso) como algo
normal , algo que um dia eles provavelmente , em uma tentativa de sentir mais
parecido com seu ídolo , também poderão fazer, sem nem pensar no que estão
atraindo para suas vidas.
63
Referências
Infografia:
- http://veja.abril.com.br/290502/p_088.html
- http://www.comunidadepaulista.com.br/drogas_jovemrua.html
- http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2009/03/31/ult4469u39395.html
- http://jovempanfm.virgula.uol.com.br/musica/especial/?especial=689
- http://www.antidrogas.com.br/
Bibliográfica:
- Drogas, uma Discussão Necessária
Autor: VÁRIOS & JOSE ROBERTO SIMAO (Editora FTD 1997)