Trab de biologia e saude
-
Upload
maria-menezes -
Category
Education
-
view
60 -
download
1
Transcript of Trab de biologia e saude
1.0 INTRODUÇÃO
O lixo Hospitalar são todos os resíduos recolhidos dentro das unidades: hospitalar,
clínicas, Upa, Centros de saúde, etc. Esses resíduos são divididos em etapas,
classificados e selecionados em processo de reciclagem, ou seja, o lixo hospitalar é
dividido em lixo orgânico que é recolhido pela prefeitura na coleta normal e o lixo
hospitalar que sai de todas as unidades de saúde para a empresa responsável pela
incineração, esse lixo é tóxico e prejudica á nossa saúde, podendo trazer diversas
doenças á população.
1.1 OS RESÍDUOS HOSPITALARES
Os Resíduos produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde, incluindo as
atividades médicas de diagnóstico, tratamento e prevenção da doença em seres humanos ou
animais, e ainda as atividades de investigação relacionadas.
1.2 A GESTÃO DE RESÍDUOS
São as operações de recolha, transporte, tratamento, valorização e eliminação dos resíduos,
incluindo a monitorização dos locais de descargas após o encerramento das respectivas
instalações, bem como o planejamento dessas operações, sendo atribuídas as
responsabilidades desta gestão aos produtores.
1.3 OS DADOS ESTATÍSTICOS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
O Brasil produz 125 mil toneladas de lixo urbano por dia. Desse total, entre 0,5% e 1% (de
625 a 1.250 toneladas) é lixo hospitalar.
Cerca de 23% de todo o lixo urbano produzido no país recebe algum tipo de tratamento
adequado. O restante é lançado em lixões a céu aberto.
Do total recolhido dos resíduos hospitalares, cerca de 87% são lançados a céu aberto ou em
aterros feitos sem controle sanitário.
2.0 CARACTÉRICAS DO LIXO HOSPTILAR
2.1 AGENTES BIOLÓGICOS
Os vírus e as bactérias de laboratórios de analises clínicas. Restos de sangue e soro. Os
Órgãos e líquidos humanos. Agulhas, lâminas de bisturi. Restos de refeições de pacientes com
doenças contagiosas.
2.2 AGENTES QUÍMICOS
Medicamentos vencidos. Produtos químicos usados em laboratórios.
2.3 AGENTES RADIATIVOS
Material radioativos usado na medicina nuclear.
2.4 RESÍDUOS COMUNS
Resto de refeições de funcionários e pacientes sem doenças contagiosas. Papéis, plásticos de
material de limpeza.
De acordo com a resolução CONAMA 005/93 e ANVISA, RDC n.º 306/04
2.5 A DIVISÃO DOS GRUPOS DO LIXO HOSPITALAR
2.5.1 GRUPO A
Resíduos Biológicos e/ou Infectantes
2.5.2 GRUPO B
Resíduos Químicos
2.5.3 GRUPO C
Resíduos Radioativos
2.5.4 GRUPO D
Os resíduos comuns, que pode ser subdividido em cinco subgrupos:
2.5.4.1 Os resíduos de cozinha;
2.5.4.2 Os resíduos finais;
2.5.4.3 Os restos alimentares;
2.5.4.4 Os materiais recicláveis;
2.5.4.5 Os entulhos de obras.
2.5.5 GRUPO E
Materiais perfuro - cortantes ou escarificantes.
Art.4º - Caberá aos estabelecimentos o gerenciamento de seus resíduos, desde a geração até a
disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública.
2.4.6 Segundo as normas sanitárias, o lixo hospitalar deve ser rigorosamente separado e cada
classe deve ter um tipo de coleta e destinação. De acordo com as normas, devem ser separadas
conforme um sistema de classificação:
2.4.6.1 Grupo A
Devem ser acondicionados no momento da sua geração em saco plástico, resistente,
identificado com a simbologia de resíduo infectante.
2.4.6.2 GRUPO B
Devem ser acondicionados em recipiente que garanta a integridade física dos frascos,
evitando choque mecânico, identificadas com simbologia de substância tóxica, acrescida da
expressão "RESÍDUOS QUÍMICOS".
2.4.6.3 Grupo C
Deverão ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente, impermeável, utilizando saco
duplo para os resíduos pesados e úmidos, devidamente identificado com a sua simbologia.
2.4.6.4 GRUPO D
Devem ser acondicionados em saco plástico, de qualquer cor, exceto na cor branca.
2.4.6.5 GRUPO E
Devem ser acondicionados em recipientes estanques, rígidos, com tampa e no local da sua
geração, identificados com a inscrição "Pérfuro-Cortante“.
3.0 O PASSO A PASSO DA COLETA Á INCINERAÇÃO
3.1 O CAMINHO DO EXPURGO
3.1.1 TRATAMENTO INTERNO
É a aplicação de métodos, técnicas ou processos que modifique as características dos riscos
inerentes a cada tipo de resíduo, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de
acidentes ocupacionais ou de danos ao meio ambiente;
3.1.2 COLETA E TRANSPORTE INTERNO
Temos duas etapas de coletas, 1° etapa consiste no recolhimento do resíduo do ponto de
geração para a sala de resíduos (armazenamento temporário), e a 2° etapa é o recolhimento da
sala de resíduos (armazenamento temporário) para o abrigo de resíduos (armazenamento
externo). E no transporte interno o carro ou recipiente utilizado deve ser de uso exclusivo e
específico para cada grupo de resíduo, constituído de material devidamente apropriado para
cada grupo específico, com a devida identificação. O roteiro deve ser definido para que não
coincida com os horários de distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, e períodos de
visita ou maior fluxo de pessoas.
3.1.3 O ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO (EXPURGO)
Trata-se da contenção temporária de resíduos em área específica dentro do estabelecimento,
durante o aguardo da segunda coleta. Este local deve ser de fácil acesso para o sistema de
coleta, com ponto de iluminação artificial e com identificação de acesso para apenas pessoas
autorizadas. Devendo possuir pisos e paredes lisas, resistentes e laváveis, com cantos e bordas
arredondadas, ralo sifonado e lavatório para as mãos. Os resíduos ensacados devem ser
dispostos ordenadamente e nunca diretamente no chão, usando-se obrigatoriamente a
conservação em recipientes. O armazenamento temporário poderá ser dispensado se a
distância entre o ponto de geração e o armazenamento externo não for grande;
3.1.4 Os Registros Para o Controle dos Resíduos Especiais:
Consiste no rastreamento dos resíduos químicos perigosos, rejeitos radioativos, materiais
recicláveis e resíduos orgânicos destinados para alimentação animal e compostagem. Os
registros devem ser feitos em planilhas específicas para cada tipo de resíduo monitorado, e
devem ser atualizadas periodicamente, para fins de monitoramento e fiscalização;
3.1.5 O ARMAZENAMENTO EXTERNO
Consiste no “ABRIGO DE RESÍDUOS” durante o aguarda da coleta externa (pelo caminhão
especializado) para destinação visando o tratamento ou à disposição final. Devendo ter
identificação na porta ou portão do local, e os sacos de resíduos devem permanecer dentro de
contêineres devidamente identificados;
3.1.5.1 COLETA E TRANSPORTE EXTERNO
Consiste no recolhimento dos resíduos do abrigo (armazenamento externo) da unidade de
saúde até o local de tratamento ou disposição final. Seguindo as normas técnicas que venham
a garantir a preservação das condições do acondicionamento e também da integridade dos
trabalhadores, da população e do meio ambiente, quando no tráfego;
3.1.5.2 O TRATAMENTO EXTERNO:
Os sistemas de tratamento externo dos RSS são passíveis de licenciamento ambiental,
fiscalização e controle pelos órgãos de vigilância sanitária e meio ambiente. Ao selecionar
uma alternativa de tratamento (exemplo: térmico por incineração, autoclavação) é necessário
fazer uma análise comparativa dos parâmetros mais relevantes de cada processo, assim como
revisar as regulamentações vigentes, facilidade de operação, necessidade de mão de obra
qualificada, riscos ocupacionais e ambientais, custos, entre outros. Considerando as vantagens
e desvantagens de cada um dos processos e buscar o mais adequado às necessidades
particulares de cada estabelecimento. Se for realizado por empresas prestadoras de serviços
terceirizados a apresentação de Licença de Operação, inclusive as condicionantes, caso haja,
emitida pelo órgão ambiental para tratamento de resíduos de serviços de saúde;
3.1.6 O TRANSBORDO OU ESTAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA
É uma instalação recomendada quando é grande a distância a ser percorrida pelos resíduos até
o ponto de disposição final, não havendo beneficiamento algum ou tratamento do resíduo
nessa operação;
3.1.7 O TRANSPORTE FINAL
É recomendado de acordo com a classificação do RSS, o Grupo A, após tratamento prévio
aterramento em solo, em local licenciado (aterro sanitário ou outro). Já o Grupo B, deve ser
destinado ao aterro industrial (construído segundo padrões rígidos de Engenharia, de forma a
não causar danos ao meio ambiente e a saúde pública).
O Grupo C deve seguir as normas específicas do Conselho Nacional de Energia Nuclear
(CNEM). E no Grupo D por serem considerados resíduos comuns, acabam sendo recolhidos
pelos órgãos de Limpeza Pública dos municípios. Por fim, o Grupo E
recebem tratamento de Autoclavação, em seguida são descaracterizados e encaminhados para
destinação final em Aterro Sanitário, com autorização para a recepção e destinação final de
RSS Pré-Tratados.
3.1.7.1 PROBLEMAS OCASIONADOS PELA DISPOSIÇÃO FINAL INCORRETA
DOS RSS
Os resíduos de serviço de saúde despertam preocupação em relação a sua disposição final.
Esta que por sua vez feita incorretamente pode proporcionar vários problemas ambientais e
para a saúde pública. Necessitando assim maior atenção das autoridades e da população em
geral, pois seus geradores não são apenas hospitais, os demais estabelecimentos ligados à
saúde do homem e dos animais também estão envolvidos.
Segundo Bidone & Povinelli (1999) atualmente a comunidade científica tem aceito que os
RSS, quando erroneamente manipulados representam risco potencial em três níveis:
À saúde de quem manipula esses resíduos;
Aumento da taxa de infecção hospitalar;
Impactos ao meio ambiente
3.1.7.2 OS RISCOS DE QUEM MANIPULAM DIRETAMENTE ESSES
RESÍDUOS
Evidentemente as pessoas que trabalham em locais que geram esses resíduos são os mais
susceptíveis a diversas doenças contagiosas, podendo assim transmitir aos demais pacientes,
causando uma contaminação generalizada.
Materiais perfurantes e cortantes são os que mais necessitam de atenção quanto ao seu
manuseio, pois são materiais com maior potencial de transmissão de doenças infecciosas.
Conforme dados revelados por Macofsky & Cone, o simples fato de reencapar agulhas revela
entre os materiais perfuro cortantes um elevado índice de acidentes, onde “a simples
instalação de recipientes rígidos para o descarte destes materiais ao lado dos leitos dos
pacientes, resultou numa significativa diminuição no número de acidentes”, foi o que revelou
estudo feito por Macofsky & Cone, 1993.
De um modo geral, simples ações como utilizar corretamente esses materiais, utilizar
equipamentos e roupas adequadas à realização de atividades que envolvam o manuseio dos
mesmos são essenciais para que haja uma redução no número de acidentes.
Portanto, a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), qualificação e
treinamento de pessoal, além de recipientes adequados para a destinação final, são fatores que
contribuem para uma significativa diminuição de ocorrências que envolvam estes materiais.
Aumento da taxa de infecção hospitalar: Quando os RSS têm uma destinação final feita de
forma incorreta, os problemas gerados pelos mesmos são enormes, dentre eles, a infecção
hospitalar é algo que merece grande atenção.
Quando se descarta de forma incorreta estes resíduos o problema não está somente no ato
final que é desfazer desses resíduos, mas deixa-se um caminho com problemas. Entre eles, a
infecção dos pacientes que estão nos estabelecimentos de saúde, empregando-se a expressão
“Infecção Hospitalar”, “que são infecções adquiridas após a admissão do paciente no
estabelecimento de saúde e que se manifesta durante a internação ou após a alta” (Moriya,
1994).
Contradizendo assim com o papel que estes estabelecimentos devem exercer, que é a de
promover a saúde e não o contrário.
Esse tipo de infecção é algo que ocorre e continuará a ocorrer, pois são ambientes onde há um
grande fluxo de pessoas e também de micro-organismos.
A taxa de infecção em estabelecimentos de saúde no Brasil é de 15,62% em média, conforme
dados revelados pelo Ministério da Saúde em 1994. Mostrando uma taxa preocupante,
conforme afirma SANTOS (1997) “sendo a quarta causa de morte, perdendo para as
cardiopatias, gastroenterites e neoplasias.
Sendo os RSS uma parcela mínima se comparada com o total de resíduos sólidos produzidos,
a melhor maneira para que se possa reduzir o potencial infeccioso desse tipo específico de
resíduo, seria o seu tratamento, evitando assim os riscos à saúde. Pois, mais importante do que
discutir os problemas causados pela má destinação dos RSS é discutir meios de segurança
para evitar tais problemas.
3.1.8. IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE
Os estabelecimentos de saúde produzem um grande número de resíduos diariamente e
continuará a produzir, pois a população cresce de forma desenfreada e consequentemente a
concentração de pessoas e atividades nesses estabelecimentos são intensas. Sendo assim de
grande preocupação avaliar onde estes resíduos são dispostos na natureza.
Quando não tratados de forma correta, os RSS geram impactos sociais, que envolve a saúde
humana e impactos ambientais, como a poluição de cursos d’água, solo e vegetação.
A preocupação com o meio ambiente nunca foi tanta como hoje, século XXI, pois o homem
está vendo que é impossível continuar como está. A regra que se cria para o presente é
continuar se desenvolvendo, mas com a questão ambiental andando lado a lado com esse
crescimento.
Como há crescimento, há maior demanda em certos serviços oferecidos à saúde humana,
sendo o serviço hospitalar um dos mais necessários e importantes para uma população onde a
taxa de idosos é cada vez mais alta.
Com esse crescimento a preocupação deve ser em reduzir o volume produzido desse tipo de
resíduo, pois grande parte deles pode ser reciclado. Com um bom programa que alie redução
na produção dos RSS, coleta seletiva, reciclagem e locais apropriados para a sua destinação
final, se ganha em segurança e preservação ambiental, evitando assim a poluição ambiental.
O maior problema na questão dos RSS e dos demais resíduos, está em mudar os hábitos das
pessoas, hábitos que implicam em grande desperdício, causados em grande parte pelos
exageros do ser humano que implicam em maior número de resíduos produzidos/descartados.
Colocar em prática os 3Rs ( Reduzir, Reutilizar e Reciclar) é um bom caminho para se reduzir
e não degradar o ambiente, com práticas simples que qualquer pessoa pode realizar.
3.1.9 A RESPONSABILIDADE DO RESIDUO HOSPITALAR
A caracterização dos Resíduos Sólidos consiste em determinar suas principais características
físicas e/ou químicas, qualitativa e/ou quantitativamente dependendo da abrangência e
aplicação do resultado que se quer obter. A caracterização deve ser feita por profissional
especializado e, dependendo da complexidade, em laboratórios de análises, para que sejam
feitos testes específicos.
Para que os resíduos sólidos sejam devidamente caracterizados deve-se conhecer sua origem,
seus constituintes e características. Durante a caracterização, que é feita seguindo padrões
específicos de amostragem e testes, são determinados por exemplo, se um resíduo é
inflamável, corrosivo, combustível, tóxico e etc. Também são estudadas suas características
físicas (granulometria, peso, volume, resistência mecânica, etc.) e químicas (reatividade,
composição, solubilidade e etc.).
3.1.9.1 A responsabilidade pela coleta e destinação do lixo gerado pode variar de Estado para
Estado e de município para município de acordo com a legislação local, mas geralmente se
distribui da seguinte forma:
3.1.9.1.1 MUNICÍPIOS
São responsáveis pela coleta e destinação dos resíduos domiciliares, comerciais e públicos;
3.1.9.1.2 GERADOR
Os resíduos de serviços de saúde, industrial, de portos, aeroportos e terminais ferroviários e
rodoviários, agrícolas e entulhos, são de responsabilidade de quem os gerou;
Os resíduos sólidos são todos os restos sólidos ou semi-sólidos das atividades humanas ou
não humanas, que embora possam não apresentar utilidade para a atividade fim de onde foram
gerados, podem virar insumos para outras atividades.
Exemplos: aqueles gerados na sua residência e que são recolhidos periodicamente pelo
serviço de coleta da sua cidade e também a sobra de varrição de praças e locais públicos que
podem incluir folhas de arvores, galhos e restos de poda.
4.0 TIPOS DE TRATAMENTOS
4.1 OS TIPOS DE TRATAMENTOS SÃO SUBDIVIDIDOS EM:
4.1.1 A AUTOCLAVAÇÃO
São utilizadas para esterilizar instrumentos médicos ou laboratoriais.
Uma autoclave é, talvez, um dos dispositivos mais importantes no campo da medicina. Ele
aquece soluções acima do seu ponto de ebulição para esterilizar instrumentos médicos ou
laboratoriais. A autoclave é também utilizada na indústria para realizar a esterilização de
certos produtos durante o processo de fabricação.
Existem vários tipos delas, sendo que uma das mais simples parece uma panela de pressão.
Trata-se de uma espécie de vaso com um calibre no topo e parafusos que fixam a parte
superior. A ideia por trás disso é que a água dentro do recipiente pressurizado pode ser
aquecida acima do ponto de ebulição, ou seja, só alcançará 100 ° C em um recipiente aberto.
No entanto, em um local pressurizado, a água irá atingir temperaturas muito mais elevadas.
A maioria dos consultórios médicos tem uma pequena autoclave em seus laboratórios, e estas
são usadas para esterilizar pequenos lotes de instrumentos.
4.1.2 A ESTERILIZAÇÃO POR MICROONDAS
O processo de esterilização por micro-ondas, desenvolvido ao longo de 13 anos por
investigadores da Washington State University deverá chegar à sua "fase comercial" dentro de
dois anos. O processo, desenvolvido por uma equipa chefiada pelo Prof. Juming Tang, contou
com investigadores da indústria e das forças armadas norte-americanas, e já obteve a
aprovação da FDA para pasta de batata (está em curso a autorização para outros produtos).
O processo consiste na imersão dos produtos pré-embalados em água quente pressurizada e
submetida a microondas à frequência de 915 MHz (frequência que ocasiona uma penetração
mais profunda que os 2450 MHz dos fornos micro-ondas). 5 a 8 minutos são suficientes para
eliminar microorganismos patogénicos, preservando os nutrientes. O processo não só permite
um maior tempo de vida útil dos produtos (2 a 3 anos) como permite uma apresentação bem
mais atraente que as conservas tradicionais.
Empresas produtoras como Kraft Foods, Masterfoods, Hormel e Ocean Beauty Seafoods e
fabricantes de embalagens como Rexam e Graphic Packaging, contribuíram financeiramente
para o desenvolvimento deste processo. Nos próximos dois anos, os investigadores vão
optimizar o processo, alargando-o a vários produtos e embalagens e tentando criar
equipamentos capazes de cadências na ordem dos 50 tabuleiros ou saquetas por minuto.
4.1.3 A DESINFECÇÃO QUÍMICA
4.1.3.1 DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL
O processo físico ou químico que destrói a maioria dos microrganismos de artigos
semicríticos, inclusive microbactérias e fungos, exceto um número elevado de esporos
Bacterianos.
4.1.3.2 A DESINFECÇÃO DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO
O processo físico ou químico que destrói microrganismos patogênicos na forma vegetativa,
microbactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos inanimados e superfícies.
4.1.3.3 OS PRODUTOS PARA SAÚDE CRÍTICOS
São produtos para a saúde utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e
mucosas adjacentes, tecidos subepteliais, e sistema vascular, incluindo também todos os
produtos para saúde que estejam diretamente conectados com esses sistemas. Requerem
esterilização
Ex. agulhas, cateteres intravenosos, materiais de implante, etc.
4.1.3.4 OS PRODUTOS PARA SAÚDE SEMI CRÍTICOS
Os produtos que entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas.
Requerem desinfecção de médio ou de alto nível ou esterilização.
Ex. cânula endotraqueal, equipamento respiratório, espéculo vaginal, sonda nasogástrica, etc.
4.1.3.5 OS PRODUTOS PARA SAÚDE NÃO CRÍTICOS
Os produtos que entram em contato com pele íntegra ou não entram em contato com o
paciente. Requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.
Ex. termômetro, materiais usados em banho de leito como bacias, cuba rim, estetoscópio,
roupas de cama do paciente, etc.
4.1.3.6 PRODUTOS PARA SAÚDE PASSÍVEIS DE PROCESSAMENTO
Os produtos para saúde fabricados a partir de matérias primas e conformação estrutural, que
permitem repetidos processos de limpeza, preparo e desinfecção ou esterilização até que
percam a sua eficácia e funcionalidade.
4.1.3.7 O PROCESSAMENTO DE PRODUTO PARA SAÚDE
O conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da
integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e
distribuição para as unidades consumidoras. Produtos para inaloterapia e assistência
ventilatória: produtos para saúde semicríticos utilizados na assistência ventilatória, anestesia e
inaloterapia.
4.1.4 A INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE INCINERAÇÃO E PIRÓLISE
4.1.4.1 A DEFINIÇÃO DE INCINERAÇÃO DE LIXOS E RESÍDUOS
A Rede GAIA considera incineração qualquer tipo de sistema de tratamento térmico. Estão
incluídas as seguintes tecnologias baseadas em combustão: coprocessamento em fornos de
cimento, plasma térmico, pirólise (carbonização), e gaseificação térmica. Como a combustão,
os sistemas de pirólise e gaseificação produzem dioxinas, furanos e outros poluentes
igualmente tóxicos e persistentes.
A pirólise é a degradação térmica dos materiais pelo calor com uma alimentação mínima de
oxigênio proveniente do ar. Os materiais são aquecidos a uma temperatura entre 427 a 760
graus centígrados. A falta de oxigênio tem como objetivo evitar a combustão. Porém, eliminar
o oxigênio por inteiro é virtualmente impossível, o que permite a ocorrência de alguma
oxidação, e conseqüentemente se dá formação de dioxinas e outras combinações altamente
perigosas. Da pirólise resultam três produtos – gás, óleo combustível, e um resíduo sólido
“carbonizado” (podendo conter metais pesados).
A gaseificação térmica é semelhante a pirólise, exceto que a transformação térmica dos
resíduos sólidos é determinada em presença de uma quantidade limitada de ar ou oxigênio,
produzindo assim um gás combustível. Este gás pode ser utilizado em caldeiras ou em
turbinas/geradores a combustão. Este processo gera subprodutos sólidos e líquidos que podem
conter níveis altos de poluentes tóxicos.
4.1.5 A Desativação Eletrotérmica
Alinhando desenvolvimento sustentável, transferência de tecnologias e responsabilidade
social, a ESTRE investe desde 2006 em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
(MDL), conforme requisitos do protocolo de Kyoto. São projetos que visam a redução de
emissão dos gases de efeito estufa (GEE), neste caso, o metano, 25x mais poluente do que o
CO2, proveniente do biogás liberado dos resíduos sólidos dispostos em aterros sanitários.
Atualmente, a ESTRE opera 6 projetos que já levaram à redução mais de 2,1 milhões de
toneladas de carbono equivalente certificadas pela ONU. Será inaugurarada em 2013 a
primeira Usina Termoelétrica (UTE) de biogás de aterro para geração de eletricidade no
grupo. Em 5 anos, a quantidade de projetos de MDL dobrará e a Estre contará com no mínimo
mais 4 UTE’s.
4.1.5.1 OS CENTROS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Os CGRs da Estre são centrais de tratamento e disposição final de resíduos, todos dotados de
modernos sistemas de controle com tecnologia de ponta para oferecer segurança aos clientes e
proteção ao meio ambiente. Entre estes sistemas incluem impermeabilização do solo,
drenagem e tratamento de líquidos percolados (chorume), captação de águas pluviais e
sistema de remoção e queima dos gases do efeito estufa - entre os mais eficientes do mundo
(ONU).
4.1.5.2 BIORREMEDIAÇÃO
A Biorremediação é um processo sustentável que faz uso de microrganismos para o
tratamento de solos contaminados com hidrocarbonetos. Neste processo, os microrganismos
existentes no solo são estimulados a degradar compostos orgânicos através de condições
ambientais específicas. O processo é considerado eficiente quando é capaz de modificar a
concentração dos poluentes, reduzindo e alterando as características físico-químicas do solo
transformando-o de Classe I para Classe II.
4.1.5.3 OSCENTROS DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE
A Estre possui atualmente quatro plantas equipadas com tecnologia para tratamento de
Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), localizadas nas cidades de São Paulo (SP), Ribeirão
Preto (SP), Curitiba (PR) e Itaboraí (RJ). As tecnologias aplicadas nestas unidades para tratar
este tipo de lixo são desativação eletrotérmica (Electro Thermal Desactivation ETD) (São
Paulo), micro-ondas (Ribeirão Preto e Curitiba) e autoclave (Ribeirão Preto e Itaboraí).
4.1.5.4 EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS
Como televisores, celulares, computadores, geladeiras e outros produtos fora de uso. Possuem
em sua composição materiais recicláveis e também metais pesados nocivos à saúde.
4.1.5.5 RADIAÇÃO IONIZANTE
4.1.5.5.1 RADIAÇÃO
É qualquer propagação de energia, através do espaço, a partir de uma fonte em todas as
direções. São produzidas por processos de ajustes que ocorrem no núcleo ou nas camadas
eletrônicas, ou pela interação de outras radiações ou partículas com o núcleo ou com o átomo.
Exemplos: radiação beta e radiação gama (ajuste no núcleo); raios X característico (ajuste na
estrutura eletrônica); raios X de freamento (interação de partículas carregadas com o núcleo);
raios delta (interação de partículas ou radiação com elétrons das camadas eletrônicas com alta
transferência de energia)
4.1.5.2 PODEMOS CITAR ALGUNS EXEMPLOS DESTE TIPO DE PROPAGAÇÃO
DE ENERGIA:
As ondas de rádio;
Microondas (tanto as de” fornos “ como as de radares)
luz infravermelha ( percebidas como calor, ou como “luz invisível” que aciona os
controles remotos;
Luz visível – a “luz branca”, que é a combinação das cores fundamentais:
vermelho, laranja, amarelo,verde, azul, violeta;
luz ultravioleta ( usada na esterelização de alimentos e instrumentos cirúrgicos);
raios-X e
raios gama.
4.1.5.3 A RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA
Sob o ponto de vista do eletromagnetismo clássico a radiação eletromagnética é entendida
como uma onda. Em uma onda eletromagnética temos campos elétricos e magnéticos
associados, porém em oscilação sincronizada. Isso faz com que, mesmo no vácuo, a
perturbação eletromagnética continue indefinidamente, através da autogeração recíproca dos
campos acoplados.
É também característica de uma onda certa “velocidade de propagação” ( isto é, do fluxo de
energia propagado pela onda). No caso da radiação eletromagnética, essa é a velocidade da
luz. No vácuo é 300.000 km/s. Na água, é 1/3 menor. Em outros meios vai depender da
composição e densidade dos mesmos.
As ondas também são caracterizadas por um “comprimento de onda”, que é o espaço entre a
repetição de dois máximos sucessivos. Quanto menor o comprimento de onda, maior será a
freqüência da onda eletromagnética.Podemos conceituar a radiação eletromagnética como
sendo a propagação das ondas de energia que resultam de perturbações eletrônicas em um
meio material.
FIGURA - ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO – Diferentes comprimentos de ondas
4.1.5.4 A RADIAÇÃO IONIZANTE
O átomo se encontra em equilíbrio quando os seus elétrons e seus núcleos se encontram em
orbitais estacionários. Se partículas ou ondas eletromagnéticas forem lançadas contra ele, sob
certas condições físicas, elas poderão colidir com alguns de seus elétrons ou com o seu
núcleo. No choque, a radiação transfere parcial ou totalmente a sua energia que, se for
superior à energia de ligação, provocará uma ionização ou uma reação nuclear, no átomo ou
no núcleo, respectivamente.
No sentido estrito do termo, “radiação ionizante” se refere a ondas eletromagnéticas de alta
energia (raio-X e raios gama). A interação dessas ondas com a matéria desencadeará uma
série de ionizações. Nessas interações, os fótons, associados às ondas, transferirão parte de
sua energia para os elétrons fruto dessas ionizações, que serão postos em movimento.
Por sua vez esses elétrons, através de processos de dissipação de energia, transferirão sua
energia aos átomos e moléculas dispostos ao longo do caminho , o que provocará novas
seqüências de ionizações.
Dessa forma, os efeitos biológicos, de maior ou menor gravidade conforme o organismo ou
tecido irradiado, serão conseqüência das alterações físico-químicas no meio intracelular
exposto à radiação ionizante.
O termo “radiação ionizante” encontra-se também estendido a feixes de partículas possuidoras
de massa. Isso porque o que está sendo considerada é a transferência de parte da energia do
feixe incidente para um determinado meio.
Dessa forma, tanto elétrons de alta energia (produzidos artificialmente) como partículas alfa
ou partículas beta provenientes de desintegrações nucleares de átomos radioativos) são
consideradas “radiação ionizante” (nesses casos , porém, “radiação corpuscular”)
Da mesma forma, feixes de partículas sub-atômicas, como prótons, nêutons, píons ou múons,
também são considerados “radiações ionizantes”.
4.1.5.5 A RADIAÇÃO IONIZANTE
É a que possui a propriedade de, ao incidir em um meio qualquer, ceder ou retirar elétrons dos
átomos constituintes deste meio, tornando-os eletricamente carregados ( ionização ).
4.1.5.6 A RADIOATIVIDADE
É um processo de liberação da energia em excesso de um núcleo denominado “radioativo” –
isto é, instável. Esse é um mecanismo de liberação de energia que existe normalmente na
natureza.
As radiações ionizantes e os materiais radioativos sempre fizeram parte do meio ambiente,
mas como não são percebidas pelos sentidos humanos, passou despercebida até o final do
século XIX.
Desde que a terra foi formada (há 5 bilhões de anos) diversos núcleos radioativos vem
decaindo e liberando esse excesso de energia. E todos os organismos vivos que se
desenvolveram e evoluíram, desde então se encontraram sujeitos a uma dose de radiação
ionizante, através do chamado “fundo de radiação natural”.
É fato que do século XX em diante, a Terra tem sofrido uma contribuição do homem ao seu
conteúdo natural de núcleos radioativos. Através de mineração, diversos isótopos radioativos,
existentes na natureza, foram coletados em forma concentrada. O uso da radioatividade para
geração de energia elétrica (usinas nucleares) e explosões atômicas (para fins bélicos) são os
exemplos da interferência do homem no que se refere à radioatividade.
No entanto, núcleos radioativos artificialmente criados são responsáveis pela maior parte das
preocupações referentes à contaminação radioativa. Isso porque alguns órgãos do corpo
humano podem vir a absorver e acumular, de forma seletiva, isótopos radioativos. Quadros de
patologias específicas, associados à contaminação por materiais radioativos (quando em casos
de acidente nuclear) ou efeitos de longo prazo (sutil, como o aumento do número de casos de
câncer ao longo dos anos), podem resultar dessa contaminação
4.1.5.7 AS FOSSAS SÉPTICA
Quando não há disponibilidade de uma rede de esgoto pública torna-se obrigatório o uso de
instalações necessárias para a depuração biológica e bacteriana das águas residuárias. Os
despejos lançados sem tratamento propiciam a proliferação de inúmeras doenças. Cerca de 50
tipos de infecções podem ser transmitidas diretamente via excreção humana.
As fossas sépticas são instalações que atenuam a agressividade das águas servidas. Existem
vários tipos de fossas, alguns já patenteados. Fisicamente consistem basicamente em uma
caixa impermeável onde os esgotos domésticos se depositam As fossas sépticas têm a função
de separar e transformar a matéria sólida contida nas águas de esgoto, descarregando-a no
terreno, onde o se completará o tratamento. A altura mínima do líquido no interior da fossa
para garantir a ação neutralizante das bactérias é de cerca de 1,20 m.
4.1.7.1 FUNCIONAMENTO
Nas fossas, as águas servidas sofrem a ação de bactérias anaeróbicas, ou seja,
microorganismos que só atuam sem a presença de oxigênio. Durante a ação desses
microorganismos (em grande parte presentes nos próprios resíduos lançados), parte da matéria
orgânica sólida é convertida em gases ou em substâncias solúveis, que dissolvidas no líquido
contido na fossa, são esgotadas e lançadas no terreno.
Ao longo do processo, depositam-se no fundo da fossa, as partículas minerais sólidas (lodo) e
forma-se na superfície do líquido uma camada de espuma ou crosta constituída de substâncias
insolúveis e mais leves que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando a ação das
bactérias. Como resultado há a destruição total ou parcial de organismos patogênicos.
4.1.7.1.2 O MODELO FOSSA SÉPTICA EM PLANTA
6.1.7.1.3 O MODELO FOSSA SÉPTICA EM INSTALAÇÃO
1.7.1.1.4 A LOCALIZAÇÃO E DISTANCIA MÍNIMAS
As fossas sépticas devem ser localizadas o mais próximo possível do banheiro, com tubulação
a mais reta possível, e distanciada no mínimo a 15m abaixo de qualquer manancial de água
(poço, cisterna, etc.) As fossas sépticas devem observar as seguintes distâncias horizontais
mínimas:
a)1,50m de construções, limites de terreno, sumidouro, valas de infiltração e ramal predial de
água;
b) 3,0m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;
c) 15,0m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza.
4.1.7.1.5 O sistema de fossas sépticas deve preservar a qualidade das águas superficiais e
subterrâneas, mediante estrita observância das prescrições da NBR 7229/1993:
Projeto, construção;
Operação de sistemas de tanques sépticos
5.0 O TRANSPORTE DOS RESÍDUOS HOSPITARES
Os resíduos transportados mediante a coleta interna devem permanecer armazenados em
abrigo até que a coleta externa seja efetuada, dispostos em contêineres devidamente
identificados.
.
6.0 A INCINERAÇÃO
Os resíduos infectantes deverão ser tratados por sistemas que garantam sua esterilização.
Deverão ser tratados em unidades centralizadas, sendo vedada a instalação dessas unidades na
malha urbana.
BIBLIOGRAFIA
Setembro/2014. Disponível em http://www.fragmaq.com.br
Setembro/2014. Disponível em http://revipack.wordpress.com/
Setembro/2014. Disponível em http://inpacto.wordpress.com
Setembro/2014. Disponível em http://www.ebah.com.br