Toxicologia

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Praguicidas : Qualquer tipo de subs ou mistura substâncias destinadas à destruir ou prevenir a ação de pragas de origem animal ou vegetal prejudiciais à lavoura, à pecuária e aos seus produtos. Tipos: HERBICIDAS, RATICIDAs, FUNGICIDAS, INSETICIDAS, ascaricidas e outros. Inseticidas : Tipos: Naturais Nicotina, Rotenona, Piretrina ... Sintéticos: Organoclorados, Organofosforados, Carbamatos, Como inseticida, é o alcalóide mais amplamente utilizado. Altamente tóxica. Lipossolúvel, fácil eliminação. Mecanismo de ação está relacionado com configuração e distribuição das cargas com a molécula de acetilcolina. Rotenona: Inibe a oxidação do NADH2 na FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA. É sensível à luz e ao calor, perdendo seus efeitos em dias quentes. Toxicidade variável em mamíferos: Intoxicação aguda provoca estimulação respiratória inicial seguida de depressão respiratória acompanhada de ataxia, convulsões e morte; Piretinas: ésteres derivados do ácido crisantêmico e o seu análogo sintético é conhecido como piretróide. Quando inalado, é pouco tóxico. Quando ingerido, oferece algum risco, porém são rapidamente excretadas pela urina, após oxidação no fígado. A intoxicação aguda está associada a ingestão do produto por crianças, promovendo reações anafiláticas. Os piretróides são amplamente utilizados na saúde pública, no controle de vetores e pragas urbanas. Mecanismo de ação reversível; Bem absorvidos por via oral (36%), porém pouco absorvidos pela pele (1%). Atravessam a membrana hematoencefálica por meio de proteína carreadora. São hidrolisados no fígado e plasma e em seguida hidroxilados e conjugados com sulfatos ou ácido glicurônico. Os PIRETRÓIDES são subdivididos em dois tipos: 1 e 2. Mecanismo de ação : mudanças na conduta dos íons, especialmente o sódio: Prolongam a corrente de sódio durante o potencial de ação, uma vez que o tempo de abertura do canal de sódio fica aumentado Inibem a Ca+2Mg+2-ATPase dificultando a saída de Ca+2 intracelular: maior atividade neuronal e despolarização póssináptica. Inibem a ação do GABA no canal de Cl- dos neurônios, dificultando a entrada de Cl-: maior despolarização da célula. Sintomas: A) Iniciais: Formigamento pálpebras e lábios, dermatite de contato, irritação de conjuntivas e mucosas, espirros; B) Tardios: coceira intensa, manchas na pele, secreção e obstrução nasal, reação aguda de hipersensibilidade, excitação, convulsão, dificuldade respiratória, asma, reação anafilática; TTO: Sintomático e de suporte, anti-histamínicos, carvão ativado (dose única) + Sf 0,9% via sonda nasogástrica Inseticidas Sintéticos : Inibidores da Acetilcolinesterase: rapidamente hidrolisados no meio biológico e no ambiente. Caráter altamente lipofílico. Alto coeficiente de partição o/a. Atuam inibindo de forma reversível ou irreversível a enzima acetilcolinesterase (ACh). CLÍNICA: Receptores Muscarínicos: Náusea, vômitos, dor abdominal, incontinência fecal e urinária, sibilos, tosse, hipersalivação, aumento da secreção brônquica, dispnéia sudorese, miose, visão borrada e lacrimejamento. Em casos mais graves, podem surgir bradicardia, hipotensão, bloqueio átrio- ventricular e edema pulmonar. Receptores Nicotínicos:Taquicardia, hipertensão, fasciculações, fraqueza muscular e hipoventilação por paresia dos músculos respiratórios e alterações do SNC com agitação, confusão, convulsões e coma. DD: Miose por medicamentos, venenos ou disfunção, pneumotine, disfunção pulmonar, encefalopatias, gastroenterite, polineuropatias; A) Carbamatos: Baixa solubilidade em água. Altamente solúveis em solventes orgânicos; REPRESENTANTES : Metil-carbamatos : Ex.: Carbaril; Fenil-substituídos: Ex.: Propoxur; Carbamatos cíclicos: Ex.: Carbofuran; Facilmente absorvidos pela pele, trato respiratório e gastrintestinal. Metabolização hepática (hidrólise e hidroxilação). Excreção urinária (80% eliminado em até 24 h) OBS.: quando a absorção for respiratória, a excreção urinária será lenta. O Limite de Tolerância Biológico é 30% (comparado ao período préexposição). DX: Leucocitose ou linfopenia+leucopenia, ↑TGO e TGP, ↑ Glicemia / Amilase / Lipase, Rx [pneumômico e hipotrasparência], < alterações gasometria; B) Organofosforados : São ésteres fosfóricos derivados. Absorção dérmica, oral e pulmonar; Rápida distribuição no organismo; Biotransformação principalmente no fígado por oxidação, desalquilação ou desarilação, seguida de hidrólise por ação de esterases; Eliminação predominantemente na urina; 80 a 90% da dose absorvida é eliminada em 48 horas; O t ½ vida vai de minutos a poucas horas, depende do composto e da via de exposição. MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA: ACh plasmática: resposta rápida. ACh eritrocitária: determinar o nível. O Limite de Tolerância Biológica é 30% (comparado ao período pré-exposição). A inibição da ACh pode ocorrer na ausência de manifestações clínicas. Não tem a capacidade de ser carcinogênico ou teratogênico. DX: Leucocitose ou leucopenia, ↑ TGO / TGP / FA, ↑ Glicemia / Amilase / Lipase, > alterações gasometria, mioglobinúria, Rx [pneumônico e hipotransparência], alterações ECG e EMG; TTO Inibidores Ach: Manter permeabilidade VAS, O2, Hidratação venosa, lavagem corporal, esvaziamento gástrico, carvão ativado [Crianças: 0,5 a 1g de CA/Kg/dose; Adultos: 25g de CA/dose], catártico, Sulfato de atropina [1 ml de solução injetável: 0,25 mg; 0,50 mg ou 1,0 mg. Crianças: 0,015 a 0,050 mg/kg, de 10/10 min ou 15/15 min], Oximas para Organofosforados (antídoto verdadeiro, reativador de colinesterase; uso em intoxicação por Paration etílico, em associação à atropina, iniciado nas 1as 24h e prolongado até 22 dias; Adultos: 200 mg EV + 50 ml de SF-0,9% de 6/6h; injeção EV em “bolus” de 30mg/Kg de peso corporal ou ainda 8-10 mg/Kg/h EV, até a plena recuperação do paciente (2-4 dias em geral). Dose máxima: 2g/dia; Crianças: 4 a 5 mg / kg EV. Dose máxima: 30 mg / kg / dia.); Organoclorados : Compostos de estrutura cíclica, lipofílica e amplamente resistente aos mecanismos de decomposição dos sistemas biológicos. São compostos formados por moléculas de carbono distribuídas em cadeias; Classes: A) Diclorodifeniletanos : DDT, DDD, metoxiclor, metloclor; B) Ciclodienos clorados: Aldrin, dieldrin, clordane e heptaclor; C) Benzenos e ciclohexanos clorados: HCH (lindano e isômeros), HCB e isômeros. TOXICOCINÉTICA : Ampla distribuição e importante armazenamento no tecido adiposo. Indutores das enzimas do citocromo p450 Alteração na biotransformação de outras substâncias químicas (ex.: fármacos e hormônios esteróides). Sofre desalogenação, oxidação e em seguida conjugação. Eliminação nas fezes e em menor proporção na urina. TOXICODINÂMICA : Modifica a cinética do fluxo dos íons Na+ e K+ pois altera a propriedade eletro fisiológica da membrana dos neurônios e das enzimas Na+ e K+ ATPases; Promove distúrbio no transporte do Ca++ e da enzima Ca++ e Mg++ ATPases; Os diclorodifeniletanos atuam impedindo a re- polarização completados neurônios após passagem do impulso nervoso. Assim, estímulos muito pequenos são suficientes para completar a despolarização. Neurônios hiperexcitáveis; Os ciclodienos e ciclohexanos antagonizam o efeito do GABA no canal de íons cloro. Sintomas: Irritabilidade, inquietude, ansiedade, cefaléia, parestesia lábio/língua, irritação mucosa respiratória, convulsões, coma, tremores, distúrios de equilíbrio, náusea, vômitos, diarréia; Exposição crônica: lesão hepática / renal / dermatite; TTO: Sintomático e de suporte, não há antídoto específico, remoção do pct e desobstrução VAS, esvaziamento gástrico, lavagem corporal, diazepínicos EV * Bipirídicos (Ex: Paraquat): Dissocia-se em RL, Lesão inicial: irritação grave das mucosas; Lesão tardia: após 7 a 14 dias começa a ocorrer alterações proliferativas e irreversíveis no epitélio pulmonar; Seqüelas: insuficiência respiratória, renal e lesões hepaticas; Clínica: A) Inicial: Náuseas, vômitos, lesões mucosas digestive / respiratória, distensão abd, cólica, diarréia, eritema, hiperqueratose, pústulas; B) Tardia: Congestão / Edema / Infiltrados pulmonares, lesão renal, uremia, fibrose pulmonar, insuf. respiratória, lesões hepaticas; TTO: Não há antídoto específico; Lavagem corporal (exposição dérmica); Remoção do ambiente e desobstrução das vias aéreas (aspiração); Hemodiálise prolongada; Tratamento sintomático e de manutenção; Lavagem gástrica com solução a 30% de terra de Füller ou solução a 7% de bentonita ou solução de argila; Terra de Füller (VO) a cada 3-4 h durante 2 dias; Medidas gerais; Toxicoepidemiologia : Epidemiologia: freqüência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas; processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. Vigilância Epidemiológica: Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Objetivos: Prevenir casos; Diminuir gravidade dos casos; Reduzir mortalidade dos casos; Otimizar a distribuição e o estoque de antídotos; Treinar profissionais para o tratamento adequado; Avaliar Métodos terapêuticos Objetivo da VE dos acidentes por animais peçonhentos : Otimizar a produção e a distribuição de soros; Otimizar a localização dos pólos de aplicação de soro; Prevenir casos; Diminuir gravidade dos casos; Reduzir mortalidade dos casos; Treinar profissionais para o tratamento adequado; Mapear animais; Avaliar as intervenções realizadas no ambiente. Vigilância Sanitária: Reavaliar produtos; Restringir o uso de produtos; Mudar as formulações dos produtos; Proibir a venda de produtos; substituir produtos. Toxicovigilância : A toxicovigilância representa o conjunto de ações que buscam eliminar ou minimizar as situações capazes de afetar a integridade física, mental e social dos indivíduos pela exposição às substâncias químicas. Ela reconhece efeitos tóxicos que podem ocorrer durante toda a vida do produto químico. Manufatura (síntese); Transporte; Armazenamento; Comercialização; Utilização. Observação : O atendimento adequado permite identificar com rapidez eventuais riscos a saúde; a coleta, análise e o gerenciamento adequado destas informações, permite atuar em todas as áreas da prevenção e gerenciamento de crises. Farmacovigilância : Intervir para minimizar o risco e maximizar o benefício; transmitir informações sobre dados de segurança e ações empreendidas; monitorar o impacto das ações desenvolvidas; Identificar os grupos populacionais mais susceptíveis. Verificam o RAM {resposta a um fármaco que seja prejudicial, não intencional, e que ocorre em dose normalmente utilizada em seres humanos para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de doenças, ou para modificação de uma função fisiológica}. Programa Nacional de Farmacovigilância : Adota como método de trabalho a notificação voluntária de suspeitas de reações adversas, interações medicamentosas, queixas técnicas e falhas terapêuticas. Notificações volunt da RAM Método eficaz para detectar RAM; Sistema Internacional de Farmacovigilância coordenado pela OMS impulsionou este método 87 países (O Brasil foi o 62°integrante - 2001); “tarjeta amarilla” impresso utilizado para a notificação. O que se deve Notificar RAM – preferencialmente as reações graves ou desconhecidas/ Queixas técnicas alterações físico-químicas, adulterações, falsificações, problemas de rotulagem/ Falha terapêutica – redução ou alta de efeito esperado (especialmente para medicamentos referência e genéricos)/ Interações Medicamentosas – Efeitos de toxicidade ou falha terapêutica, principalmente as reações desconhecidas e/ou graves. Indicadores de Saúde : A mensuração do estado de saúde de uma população se faz negativamente, através da freqüência de eventos que expressam a “nãosaúde”: morte (mortalidade) e doença ou agravo à saúde (morbidade). Coeficiente de Morbidade: quociente entre o número de casos da doença D observado na população P no período PE e a população P exposta ao risco de contrair a doença D durante o período PE, multiplicado por uma potência de 10 (10n). Coeficiente de Mortalidade: Coeficiente específico de mortalidade pela causa C {CMc} total de óbitos devidos a C ocorridos na população e no período [ / (sobre)] população sob risco de morrer devido a C durante o

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Praguicidas: Qualquer tipo de subs ou mistura substâncias destinadas à destruir ou prevenir a ação de pragas de origem animal ou vegetal prejudiciais à lavoura, à pecuária e aos seus produtos. Tipos: HERBICIDAS, RATICIDAs, FUNGICIDAS, INSETICIDAS, ascaricidas e outros. Inseticidas: Tipos: Naturais Nicotina, Rotenona, Piretrina ... Sintéticos: Organoclorados, Organofosforados, Carbamatos, Como inseticida, é o alcalóide mais amplamente utilizado. Altamente tóxica. Lipossolúvel, fácil eliminação. Mecanismo de ação está relacionado com configuração e distribuição das cargas com a molécula de acetilcolina. Rotenona: Inibe a oxidação do NADH2 na FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA. É sensível à luz e ao calor, perdendo seus efeitos em dias quentes. Toxicidade variável em mamíferos: Intoxicação aguda provoca estimulação respiratória inicial seguida de depressão respiratória acompanhada de ataxia, convulsões e morte; Piretinas: ésteres derivados do ácido crisantêmico e o seu análogo sintético é conhecido como piretróide. Quando inalado, é pouco tóxico. Quando ingerido, oferece algum risco, porém são rapidamente excretadas pela urina, após oxidação no fígado. A intoxicação aguda está associada a ingestão do produto por crianças, promovendo reações anafiláticas. Os piretróides são amplamente utilizados na saúde pública, no controle de vetores e pragas urbanas. Mecanismo de ação reversível; Bem absorvidos por via oral (36%), porém pouco absorvidos pela pele (1%). Atravessam a membrana hematoencefálica por meio de proteína carreadora. São hidrolisados no fígado e plasma e em seguida hidroxilados e conjugados com sulfatos ou ácido glicurônico. Os PIRETRÓIDES são subdivididos em dois tipos: 1 e 2. Mecanismo de ação: mudanças na conduta dos íons, especialmente o sódio: Prolongam a corrente de sódio durante o potencial de ação, uma vez que o tempo de abertura do canal de sódio fica aumentado Inibem a Ca+2Mg+2-ATPase dificultando a saída de Ca+2 intracelular: maior atividade neuronal e despolarização póssináptica. Inibem a ação do GABA no canal de Cl- dos neurônios, dificultando a entrada de Cl-: maior despolarização da célula. Sintomas: A) Iniciais: Formigamento pálpebras e lábios, dermatite de contato, irritação de conjuntivas e mucosas, espirros; B) Tardios: coceira intensa, manchas na pele, secreção e obstrução nasal, reação aguda de hipersensibilidade, excitação, convulsão, dificuldade respiratória, asma, reação anafilática; TTO: Sintomático e de suporte, anti-histamínicos, carvão ativado (dose única) + Sf 0,9% via sonda nasogástricaInseticidas Sintéticos: Inibidores da Acetilcolinesterase: rapidamente hidrolisados no meio biológico e no ambiente. Caráter altamente lipofílico. Alto coeficiente de partição o/a. Atuam inibindo de forma reversível ou irreversível a enzima acetilcolinesterase (ACh). CLÍNICA: Receptores Muscarínicos: Náusea, vômitos, dor abdominal, incontinência fecal e urinária, sibilos, tosse, hipersalivação, aumento da secreção brônquica, dispnéia sudorese, miose, visão borrada e lacrimejamento. Em casos mais graves, podem surgir bradicardia, hipotensão, bloqueio átrio-ventricular e edema pulmonar. Receptores Nicotínicos:Taquicardia, hipertensão, fasciculações, fraqueza muscular e hipoventilação por paresia dos músculos respiratórios e alterações do SNC com agitação, confusão, convulsões e coma. DD: Miose por medicamentos, venenos ou disfunção, pneumotine, disfunção pulmonar, encefalopatias, gastroenterite, polineuropatias; A) Carbamatos: Baixa solubilidade em água. Altamente solúveis em solventes orgânicos; REPRESENTANTES: Metil-carbamatos : Ex.: Carbaril; Fenil-substituídos: Ex.: Propoxur; Carbamatos cíclicos: Ex.: Carbofuran; Facilmente absorvidos pela pele, trato respiratório e gastrintestinal. Metabolização hepática (hidrólise e hidroxilação). Excreção urinária (80% eliminado em até 24 h) OBS.: quando a absorção for respiratória, a excreção urinária será lenta. O Limite de Tolerância Biológico é 30% (comparado ao período préexposição). DX: Leucocitose ou linfopenia+leucopenia, ↑TGO e TGP, ↑ Glicemia / Amilase / Lipase, Rx [pneumômico e hipotrasparência], < alterações gasometria; B) Organofosforados: São ésteres fosfóricos derivados. Absorção dérmica, oral e pulmonar; Rápida distribuição no organismo; Biotransformação principalmente no fígado por oxidação, desalquilação ou desarilação, seguida de hidrólise por ação de esterases; Eliminação predominantemente na urina; 80 a 90% da dose absorvida é eliminada em 48 horas; O t ½ vida vai de minutos a poucas horas, depende do composto e da via de exposição. MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA: ACh plasmática: resposta rápida. ACh eritrocitária: determinar o nível. O Limite de Tolerância Biológica é 30% (comparado ao período pré-exposição). A inibição da ACh pode ocorrer na ausência de manifestações clínicas. Não tem a capacidade de ser carcinogênico ou teratogênico. DX: Leucocitose ou leucopenia, ↑ TGO / TGP / FA, ↑ Glicemia / Amilase / Lipase, > alterações gasometria, mioglobinúria, Rx [pneumônico e hipotransparência], alterações ECG e EMG;

TTO Inibidores Ach: Manter permeabilidade VAS, O2, Hidratação venosa, lavagem corporal, esvaziamento gástrico, carvão ativado [Crianças: 0,5 a 1g de CA/Kg/dose; Adultos: 25g de CA/dose], catártico, Sulfato de atropina [1 ml de solução injetável: 0,25 mg; 0,50 mg ou 1,0 mg. Crianças: 0,015 a 0,050 mg/kg, de 10/10 min ou 15/15 min], Oximas para Organofosforados (antídoto verdadeiro, reativador de colinesterase; uso em intoxicação por Paration etílico, em associação à atropina, iniciado nas 1as 24h e prolongado até 22 dias; Adultos: 200 mg EV + 50 ml de SF-0,9% de 6/6h; injeção EV em “bolus” de 30mg/Kg de peso corporal ou ainda 8-10 mg/Kg/h EV, até a plena recuperação do paciente (2-4 dias em geral). Dose máxima: 2g/dia; Crianças: 4 a 5 mg / kg EV. Dose máxima: 30 mg / kg / dia.); Organoclorados: Compostos de estrutura cíclica, lipofílica e amplamente resistente aos mecanismos de decomposição dos sistemas biológicos. São compostos formados por moléculas de carbono distribuídas em cadeias ; Classes: A) Diclorodifeniletanos : DDT, DDD, metoxiclor, metloclor; B) Ciclodienos clorados: Aldrin, dieldrin, clordane e heptaclor; C) Benzenos e ciclohexanos clorados: HCH (lindano e isômeros), HCB e isômeros. TOXICOCINÉTICA: Ampla distribuição e importante armazenamento no tecido adiposo. Indutores das enzimas do citocromo p450 Alteração na biotransformação de outras substâncias químicas (ex.: fármacos e hormônios esteróides). Sofre desalogenação, oxidação e em seguida conjugação. Eliminação nas fezes e em menor proporção na urina. TOXICODINÂMICA: Modifica a cinética do fluxo dos íons Na+ e K+ pois altera a propriedade eletro fisiológica da membrana dos neurônios e das enzimas Na+ e K+ ATPases; Promove distúrbio no transporte do Ca++ e da enzima Ca++ e Mg++ ATPases; Os diclorodifeniletanos atuam impedindo a re-polarização completados neurônios após passagem do impulso nervoso. Assim, estímulos muito pequenos são suficientes para completar a despolarização. Neurônios hiperexcitáveis; Os ciclodienos e ciclohexanos antagonizam o efeito do GABA no canal de íons cloro. Sintomas: Irritabilidade, inquietude, ansiedade, cefaléia, parestesia lábio/língua, irritação mucosa respiratória, convulsões, coma, tremores, distúrios de equilíbrio, náusea, vômitos, diarréia; Exposição crônica: lesão hepática / renal / dermatite; TTO: Sintomático e de suporte, não há antídoto específico, remoção do pct e desobstrução VAS, esvaziamento gástrico, lavagem corporal, diazepínicos EV* Bipirídicos (Ex: Paraquat): Dissocia-se em RL, Lesão inicial: irritação grave das mucosas; Lesão tardia: após 7 a 14 dias começa a ocorrer alterações proliferativas e irreversíveis no epitélio pulmonar; Seqüelas: insuficiência respiratória, renal e

lesões hepaticas; Clínica: A) Inicial: Náuseas, vômitos, lesões mucosas digestive / respiratória, distensão abd, cólica, diarréia, eritema, hiperqueratose, pústulas; B) Tardia: Congestão / Edema / Infiltrados pulmonares, lesão renal, uremia, fibrose pulmonar, insuf. respiratória, lesões hepaticas; TTO: Não há antídoto específico; Lavagem corporal (exposição dérmica); Remoção do ambiente e desobstrução das vias aéreas (aspiração); Hemodiálise prolongada; Tratamento sintomático e de manutenção; Lavagem gástrica com solução a 30% de terra de Füller ou solução a 7% de bentonita ou solução de argila; Terra de Füller (VO) a cada 3-4 h durante 2 dias; Medidas gerais; Toxicoepidemiologia: Epidemiologia: freqüência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas; processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. Vigilância Epidemiológica: Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Objetivos: Prevenir casos; Diminuir gravidade dos casos; Reduzir mortalidade dos casos; Otimizar a distribuição e o estoque de antídotos; Treinar profissionais para o tratamento adequado; Avaliar Métodos terapêuticos Objetivo da VE dos acidentes por animais peçonhentos: Otimizar a produção e a distribuição de soros; Otimizar a localização dos pólos de aplicação de soro; Prevenir casos; Diminuir gravidade dos casos; Reduzir mortalidade dos casos; Treinar profissionais para o tratamento adequado; Mapear animais; Avaliar as intervenções realizadas no ambiente. Vigilância Sanitária: Reavaliar produtos; Restringir o uso de produtos; Mudar as

formulações dos produtos; Proibir a venda de produtos; substituir produtos. Toxicovigilância: A toxicovigilância representa o conjunto de ações que buscam eliminar ou minimizar as situações capazes de afetar a integridade física, mental e social dos indivíduos pela exposição às substâncias químicas. Ela reconhece efeitos tóxicos que podem ocorrer durante toda a vida do produto químico. Manufatura (síntese); Transporte; Armazenamento; Comercialização; Utilização. Observação: O atendimento adequado permite identificar com rapidez eventuais riscos a saúde; a coleta, análise e o gerenciamento adequado destas informações, permite atuar em todas as áreas da prevenção e gerenciamento de crises. Farmacovigilância: Intervir para minimizar o risco e maximizar o benefício; transmitir informações sobre dados de segurança e ações empreendidas; monitorar o impacto das ações desenvolvidas; Identificar os grupos populacionais mais susceptíveis. Verificam o RAM {resposta a um fármaco que seja prejudicial, não intencional, e que ocorre em dose normalmente utilizada em seres humanos para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de doenças, ou para modificação de uma função fisiológica}. Programa Nacional de Farmacovigilância: Adota como método de trabalho a notificação voluntária de suspeitas de reações adversas, interações medicamentosas, queixas técnicas e falhas terapêuticas. Notificações volunt da RAM Método eficaz para detectar RAM; Sistema Internacional de Farmacovigilância coordenado pela OMS impulsionou este método 87 países (O Brasil foi o 62°integrante - 2001); “tarjeta amarilla” impresso utilizado para a notificação. O que se deve Notificar RAM – preferencialmente as reações graves ou desconhecidas/ Queixas técnicas – alterações físico-químicas, adulterações, falsificações, problemas de rotulagem/ Falha terapêutica – redução ou alta de efeito esperado (especialmente para medicamentos referência e genéricos)/ Interações Medicamentosas – Efeitos de toxicidade ou falha terapêutica, principalmente as reações desconhecidas e/ou graves. Indicadores de Saúde: A mensuração do estado de saúde de uma população se faz negativamente, através da freqüência de eventos que expressam a “nãosaúde”: morte (mortalidade) e doença ou agravo à saúde (morbidade). Coeficiente de Morbidade: quociente entre o número de casos da doença D observado na população P no período PE e a população P exposta ao risco de contrair a doença D durante o período PE, multiplicado por uma potência de 10 (10n). Coeficiente de Mortalidade: Coeficiente específico de mortalidade pela causa C {CMc} total de óbitos devidos a C ocorridos na população e no período [ / (sobre)] população sob risco de morrer devido a C durante o período com este resultado multiplicado por 10 elevado a n. Letalidade: No de óbitos pela doença D, da área A, período t [ / (sobre)] No de casos da doença D, da área A, período t. Resultado multiplicado por 100. Sinitox: Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas Disponibiliza Estatísticas Nacionais de Casos de Intoxicação e Envenenamento, tem como objetivo a coleta; compilação; análise e divulgação dos dados relativos aos casos de intoxicação e envenenamento registrados pelos 35 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIAT) pertencentes a Rede Nacional e que estãolocalizados em 18 dos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal. Limitações e problemas: Não contempla a totalidade dos casos de intoxicação ocorridos no país: número de Centros é insuficiente, 8 Estados não possuem Centros; notificação não é compulsória; atraso na divulgação das informações: o envio dos dados pelos Centros ao SINITOX não é compulsório. base de dados não informatizada e dados consolidados em tabela; falta de compreensão da finalidade e da importância da notificação; necessidade de padronizar o preenchimento da ficha; dados atuais não oferecem as informações necessárias para as agências; nacionais de regulamentação, de inspeção e de proteção à saúde e a Utilização dos Dados O Brasil carece de informações sobre os casos de intoxicação e envenenamento que ocorrem no país. Apesar de suas limitações e problemas, os dados provenientes dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica e divulgados pelo SINITOX constituem a única fonte disponível para gestores públicos, pesquisadores, estudantes, a imprensa e o público em geral. Produtos naturais e plantas tóxicas: Contaminantes de plantas: Metais pesados, mircobiologcos, fungos, outras plantas.; Boldo: analgésico, estimulante da digestão e combate azias. Efeitos colaterais: pode causar irritação gástrica e hepatotoxicidade.; Boldo do Chile: prova sangramnetos internos e abortos.; Comigo-ninguém-pode: Apresentam cristais de oxalato de cálcio (ráfides) que saem de células ejetoras (idioblastos); Ação irritante. Queimação na mucosa bucal. Evitar lavagem gástrica ou êmese; TINHORÃO: Oxalato de Cálcio Quadro Clínico: Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides). Dor em queimação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe.  Sialorréia, disfagia, asfixia.  Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia. Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese. Tratamento sintomático Corticóides em casos graves; Coroa de cristo: Sensação de queimação nos lábios, na língua e na mucosa bucal. Dores intestinais, vômitos e diarréia. A exposição aguda da pele ao látex irritante: causa vermelhidão, inchaço, dor e necrose dos tecidos. Conjuntivites e até cegueira temporária.; Pinhão paraguaio:As sementes e óleo, são usadas como purgativo, no tratamento de afecções da pele, vermes, úlcera gástrica. A ingestão: Graves irritações, dor abdominal, náusea, vômitos e diarréia; Mamona: Alta toxicidade

das sementes de mamona onde existem glicoproteínas de ação irritante e alergizante. Princípio Ativo é a ricina. A ricinina pode aglutinar eritrócitos. A ricina causa morte celular por inibição riboproteica. Tratamento: carvão ativado; analgésicos e antihistamínicos.; Saia branca: Podem surgir sintomas como náuseas e vômitos e pele quente, seca e avermelhada, secura das mucosas, taquicardia, distúrbios de comportamento, confusão mental e agitação psicomotora. Chá alucinógeno. Estramônio: semelhante a saia branca.; Copo de leite: Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides).Dor em queimação, eritema e edema de lábios, Sialorréia, Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia.Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento; Taioba brava: Semelhante ao copo de leite. Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese. Uso de demulcentes.; Espirradeira: de propriedades semelhantes às da estricnina.; Aroeira: Dermatite (eritema, pápulas, vesículas, bolhas).Manifestações gastrointestinais.; Chapéu de napoleão: Quadro semelhante à intoxicação por digitálicos. Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento. Tratamento de suporte: atenção aos distúrbios hidroeletrolíticos Anti arritmicos habituais. ;Cannabis Sativa: A Cannabis é indicada para tratar e prevenir náuseas e vômitos, para tratamento de glaucoma, bem como um analgésico. Psíquicos: ataques de pânico,Depressão. Erythroxylun coca: 1ª Fase: Caracterizada por euforia, hiperatividade 2ª Fase: Evidencia-se tremores, hiperreflexia e convulsões com comprometimento da consciência, hipertensão arterial e taquicardia, 3ª Fase. Essa é a fase da depressão. Hera: Sintomas cólicas, náuseas, vômitos, diarréia; JEQUIRITI: A abrina provoca a aglutinação das células vermelhas do sangue, formando coágulos e impedindo a circulação corpórea. leva a morte. (semelhante a mamona?); Bico de papagaio: Quadro Clínico: Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor em queimação.Ingestão: lesão irritativa, sialorréia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas, vômitos. Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea. Tratamento: esvaziamento Gástrico.Às vezes corticosteróides e anti-histamínicos; Mandioca Brava: Distúrbios gastrointestinais. Distúrbios neurológicos: Distúrbios respiratórios: Distúrbios cardiocirculatórios. Hipotensão na fase final.; Urtiga: o contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão cutânea, bolhas e coceira; Amarilis: Inibe a acetilcolinesterase.; Buchinha do Norte: Dores abdominais e hemorragias. Risco de AVC. Abortiva.; Uso de plantas medicinais na Gestação: Arruda, Boldo do Chile, Buchinha, Erva-santa Maria, Pinhão paraguaio; Tratamento geral para vítimas intoxicadas: Diminuição da exposição do organismo ao tóxico(Nos casos de intoxicação aguda, o esvaziamento gástrico), Aumento da eliminação do tóxico já absorvido(Medidas depuradoras renais ou extra-renais), Administração de antídotos(Para cianeto por ex., administra-se nitritos e hipossulfito)e Tratamento geral e sintomático.; Mamona Tratamento: Antiespasmódicos, antieméticos, eventualmente antidiarréicos. Correção precoce dos distúrbios hidroeletrolíticos. Lesões de pele: soluções antissépticas, analgésicos, anti-histamínicos. Casos graves: corticóides.; Saia branca e estramônio: Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água, permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%. Tratamento de suporte/sintomático. Tratar hipertermia com medidas físicas. Evitar sedativos nos casos mais graves. ; Chapéu de Napoleão: Tratamento: Tratamento de suporte, com atenção especial aos distúrbios hidroeletrolíticos. Antiarrítmicos habituais nos distúrbios de ritmo. Antiespasmódicos, antieméticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais. Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, analgésicos.; Mandioca brava: Tratamento precoce. Exames laboratoriais para detecção de tiocianatos na saliva ou cianeto no sangue. Nitrito de Amila por via inalatória 30seg a

Page 2: Toxicologia

cada 2min: formação de cianometahemoglobina (atóxica). Nitrito de Sódio 3% - 10ml EV (adultos), se neces. tratar com Azul de Metileno + Vit C.Medidas Gerais no Pcte IntoxicadoAbordagem: Avaliação e Correção de Situações de Risco Iminente de Vida (ABC da vida). Após ABC: D - Disability (Distention, Dextrose and Drugs e Decontamination - todas sem comprovação científica em estudos clínicos controlados); E – Exposição (Etiologia, Exposição X Intoxicação); Trate a vitima, não o tóxico; Medidas de Descontaminação: Gastrointestinal: Indução de êmese, lavagem gástrica, carvão ativado, catárticos, lavagem intestinal, diluição, demulcentes. outras medidas: remoção cirúrgica, remoção endoscópica; Dérmica: Lavagem, Diluição e Neutralização; Oftálmica: Lavagem.Método de Abordagem: a) “O quê é?” Descrição, Medida e Substância(s) Utilizada(s); b) “Por quê fazer?” Objetivo;c) “Como fazer?” Técnica; d) “Quando fazer?” Indicações; e) “Quando não fazer?” Contra-indicações; f) “O quê esperar?” Eficácia; g) “O quê não desejar?” Complicações e Efeitos Adversos 1) Indução de Êmese: trata-se da provocação de Vômitos. Tipos: Xarope de Ipeca ou Detergente não-iônico e/ou aniônico fraco.*Xarope de Ipeca: Dose VO: 30mL (adultos), 15mL (crianças abaixo de 5 anos) ou 10mL (crianças abaixo de 1 ano). Administração de 2 a 3 copos de água após 10-15 minutos. Caso vômitos não ocorram após 20 minutos, pode-se administrar outra dose. Detergentes: Dose VO - 2 a 3 colheres de sopa, misturados em um copo de água. Não utilizar sabões em pó ou detergentes para máquina de lavar. Indicações: Intoxicações domésticas, remoção de substâncias não adsorvidas pelo carvão, substâncias com difícil remoção pela sonda de lavagem, crianças, comprimidos e restos de comprimidos, plantas e cogumelos.Contra-Indicações: Cáusticos e corrosivos, hidrocarbonetos, crianças < que 6 meses de idade, diminuição do nível de consciência, convulsões, situações que requeiram rápida descontaminação (não deve-se retardar o carvão), ingestão concomitante de objetos cortantes, evidência de vários episódios prévios de vômitos, alteração do reflexo da tosse, história de alteração de coagulação (varizes esofagianas, cirrose, trombocitopenia), paciente muito idoso, doença cardíaca grave, substâncias que causam bradicardia. Eficácia: Resultados variam com o tempo de administração, nº de episódios de vômitos e substância envolvida. Variação entre eficácia 0 a 100%, geralmente sendo diminuída a absorção em 50%. Complicações: Vômitos persistentes, Síndrome de Mallory-Weiss, sonolência e diarréia (crianças), herniação gástrica, diminuição da freqüência cardíaca2) Lavagem Gástrica: Retirada do conteúdo gástrico. b) Diminuir absorção do tóxico. Técnica: Colocar o paciente em posição de Trendelenburg e em decúbito lateral esquerdo, entubar o paciente em caso de diminuição do nível de consciência ou ausência do reflexo da tosse. Em crianças - se houver necessidade de intubação prévia, desinsuflar o cuff após a lavagem. Passar uma sonda naso ou orogástrica (maior calibre possível). Checar posição da sonda (ruído e aspiração). Administre água ou solução salina vagarosamente (200 a 300mL / vez). Retire o conteúdo gástrico e repita a operação até o líquido retornar límpido. Indicações: Casos de necessidade de administração de carvão e catárticos pela sonda, diluição e remoção de grandes quantidades de corrosivos do estômago, indicação de descontaminação com ausência de reflexo da tosse, colapso cardiovascular ou alteração de nível de consciência, líquidos, substâncias em que o carvão deve ser administrado rapidamente. Tempo de ingestão < 1 hora; Substância potencialmente tóxica ou desconhecida. Contra-indicações: Rabaixamento do nível de consciência com perda dos reflexos de proteção das vias aéreas (nesse caso, deve-se entubar o paciente antes); Ingestão de substâncias corrosivas (como ácidos ou bases); Ingestão de hidrocarbonetos; Risco de hemorragia ou perfuração do TGI, inclusive cirurgia recente ou doenças preexistentes, alterações de coagulação, ingestão concomitante de materiais cortantes, ingestão de embalagens

plásticas, ingestão de medicamentos de liberação entérica ou prolongada. Eficácia semelhante à indução de êmese; Complicações: Perfuração de esôfago ou estômago, colocação da sonda na traquéia, vômitos levando à broncoaspiração em pacientes não intubados, lesão mecânica de nasofaringe. Após 60 minutos da ingestão, raramente há indicação de se proceder lavagem gástrica. O risco é maior em pacientes agitados.3) Carvão Ativado: carvão vegetal preparado para obter grande área de absorção. “Antídoto universal”. Objetivos: Evitar absorção de tóxicos, evitar Circulação êntero-hepática, promover a diálise entérica (circulação êntero-entérica), adsorver tóxicos liberados na luz intestinal. Técnica: Administração VO (sempre), com dose de 1 - 2mg/Kg/peso (crianças) ou 30 a 100g (adulto). Fração ideal - 10 g de carvão para cada g de tóxico. Diluição ideal - 4:1 a 8:1 líquido/sólido. Indicações: Quando for uma intoxicação e não houver contra-indicação ou método mais eficaz. Contra-Indicações: Rabaixamento do nível de consciência com perda dos reflexos de proteção das vias aéreas (nesse caso, deve-se entubar o paciente antes de usar o carvão); Ingestão de substâncias corrosivas (como ácidos ou bases); Ingestão de hidrocarbonetos; risco de hemorragia ou perfuração do TGI, inclusive cirurgia recente ou doenças preexistentes; Ausências de ruídos gastrintestinais ou obstrução; Substâncias que não são adsorvidas pelo carvão: álcool, metanol, etilenoglicol, cianeto, ferro, lítio e flúor. Eficácia: É o método com maior eficácia em intoxicações (de uma maneira geral), com múltiplas doses de Carvão. Geralmente, após 2 horas, o carvão é ineficaz. Complicações: Náuseas, vômitos e constipação, broncoaspiração, obstrução intestinal.4) Catárticos: Substâncias utilizadas para promover uma diarréia líquida em curto espaço de tempo. São elas: Sorbitol, Sulfato de Magnésio, Citrato de Magnésio; Objetivos: Diminuir o tempo de permanência no TGI, diminuindo a absorção do tóxico, evitar a constipação causada pelo carvão, impedir que o complexo carvão-tóxico se dissocie; Técnica: Administrar uma dose do catártico após a primeira dose do carvão.; Sorbitol: 0,5 - 2,0 g/Kg/peso a 70%; Citrato de Magnésio: 4mL/Kg/peso até 400 mL a 10%; Sulfato de Magnésio: 250mg/Kg/peso até 30 g (pode ser repetida 1 vez, exceto em crianças); Indicações: Quando houver indicação do carvão.; Contra-Indicações: As mesmas do CA. Quando não houver utilização do carvão, íleo paralítico ou obstrução intestinal, insuficiência renal (sais de magnésio), trauma abdominal, diarréia.; Eficácia: Quase sem eficácia comprovada; Complicações: Sorbitol: alteração de eletrólitos, desidratação, distensão abdominal. Sais de Magnésio, elevação de magnésio sérico, desidratação. Vantagens: Diminuem o tempo de permanência no trato gastrointestinal , diminuindo a absorção do tóxico; Evitam a constipação causada pelo carvão; Impedem que o complexo carvão-tóxico se dissocie; Indicações: quando houver indicação do carvão.5) Lavagem Intestinal (Whole bowel irrigation): Administração de grandes quantidades de poliestireno glicol com eletrólitos. b) Lavar o intestino, evitando absorção de substâncias de liberação lenta. c) Administrar a solução por sonda nasogástrica, até 4 – 6h ou até o primeiro efluxo retal sair límpido. Dose: 2 L/h – adultos, 0,5L/h – crianças. d) Substâncias pouco adsorvidas pelo carvão (ferro), de liberação lenta ou entérica, ou embalagens com risco de rompimento. e) Líquidos, cáusticos, drogas rapidamente absorvidas. f) Alguns estudos apontam para diminuição da absorção de até 67%. g) Vômitos, prurido anal.