TÓRUS – INDICAÇÃO E TÉCNICA CIRÚRGICA

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Tórus são exostoses que podem surgir na porção mediana da apófise palatina do maxilar ou na tábua óssea alveolar lingual da região correspondente aos dentes pré-molares da mandíbula, onde podem apresentar-se em ambos os lados. A origem do tórus é indeterminada, podendo ter múltiplas formas e configurações, variando de uma suave elevação única a uma massa óssea multiloculada e pedunculada. Normalmente esse nódulo ósseo não apresenta sintomatologia dolorosa. Histopatologicamente ou Microscopicamente, essa alteração se apresenta como osso compacto, sendo interposto por osso esponjoso, semelhante ao encontrado na região anatômica de sua localização TÓRUS – INDICAÇÃO E TÉCNICA CIRÚRGICA Autores*:Camargo C. R. C.; Viaro L.; Barcia M. M.; Rosa M. A.; Oba R. Y.; Prati A. J.; Bella A. P. G. S.N. Orientadores**: Prof. Ms. Alexandre Javaroni Prati, Profa. Ms. Ana Paula Granja Scarabel Nogueira Bella REFERÊNCIAS : - FREIRE, Simei André da Silva Rodrigues e et al. A cirurgia préprotética para Torus Palatino - Relato de caso. Salusvita, Bauru, v. 29, n. 2, p. 47-55, 2010. - Polanco J.C., Torus y Exóstosis, Cirugía Oral y Maxilofacial, Hospital San Francisco de Asís, 28/08/2014, disponível em http://www.asisccmaxilo.com/tratamientos-quirurgicos/cirugia-oral/torus-y-exostosis/ - Hupp J.R., Ellis E., Tucker M.R., Cirurgia Oral e Maxilofacial, 5ª edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Elsevier, 2009 - Imagens Google - https://www.google.com.br/search?q=extirpa%C3%A7%C3%A3o+de+t%C3%B3rus+mandibular+e+maxilar&client=firefox-a&rls=org.mozilla:pt- BR:official&channel=sb&biw=1280&bih=639&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=rhYJVNIisMKwBJ7rgPAF&ved=0CAYQ_AUoAQ * Estudantes do Curso de Odontologia da Universidade Paulista – UNIP, campus Sorocaba - São Paulo. **Professores do curso de graduação em Odontologia, disciplina de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – UNIP – SP. UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Odontologia – Campus SOROCABA CONCLUSÃO A patogênese dos tórus têm sido questionada, discutindo-se uma origem genética ou fatores ambientais, como estresse mastigatório. Alguns autores sugerem que o tórus é herdado como um traço autossômico dominante, outros acreditam que o seu desenvolvimento seja multifatorial, incluindo tanto fatores genéticos como ambientais. Tanto o tórus palatino quanto o tórus mandibular são assintomáticos, porém em alguns casos, há indicação de remoção cirúrgica, principalmente quando o paciente usa ou pretende usar próteses que se apóiem na região. Quase sempre os tórus causam problemas de adaptação das próteses reabilitadoras e aumentam a ocorrência de lesões locais. Outras indicações cirúrgicas são referentes ao incômodo ou intolerância do paciente e quando as protuberâncias ósseas interferem na dicção, mastigação e deglutição, bem como no posicionamento fisiológico da língua. Aspecto clínico inicial da lesão na mucosa palatina Descolamento do retalho mucoperiostal e afastamento deste por meio de fios de sutura Seda 4-0 Confecção das canaletas, complementada por clivagem das mesmas com cinzel e martelo Utilização da broca de Tungstênio em forma de pêra para regularização da superfície óssea Aspecto final da osteotomia do tórus palatino e sutura com fio seda 4-0. O guia cirúrgico preenchido com condicionador de tecido foi colocado e mantido até a remoção da sutura, após sete dias Estrutura Óssea Grande tórus mandibular deixando pouco espaço para a língua Exposição do tórus mandibular através de incisão gengival Osteotomia para extirpar a lesão Aspecto da mandíbula após remoção do tórus e remodelação da mesma Tórus extirpado Aspecto pós operatório do paciente

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Tórus são exostoses que podem surgir na porção mediana da apófise palatina do maxilar ou na tábua óssea alveolar lingual da região correspondente aos dentes pré-molares da mandíbula, onde podem apresentar-se em ambos os lados. A origem do tórus é indeterminada, podendo ter múltiplas formas e configurações, variando de uma suave elevação única a uma massa óssea multiloculada e pedunculada. Normalmente esse nódulo ósseo não apresenta sintomatologia dolorosa. Histopatologicamente ou Microscopicamente, essa alteração se apresenta como osso compacto, sendo interposto por osso esponjoso, semelhante ao encontrado na região anatômica de sua localização

TÓRUS – INDICAÇÃO E TÉCNICA CIRÚRGICA TÓRUS – INDICAÇÃO E TÉCNICA CIRÚRGICA

Autores*:Camargo C. R. C.; Viaro L.; Barcia M. M.; Rosa M. A.; Oba R. Y.; Prati A. J.; Bella A. P. G. S.N.Orientadores**: Prof. Ms. Alexandre Javaroni Prati, Profa. Ms. Ana Paula Granja Scarabel Nogueira Bella

REFERÊNCIAS:- FREIRE, Simei André da Silva Rodrigues e et al. A cirurgia préprotética para Torus Palatino - Relato de caso. Salusvita, Bauru, v. 29, n. 2, p. 47-55, 2010.- Polanco J.C., Torus y Exóstosis, Cirugía Oral y Maxilofacial, Hospital San Francisco de Asís, 28/08/2014, disponível em http://www.asisccmaxilo.com/tratamientos-quirurgicos/cirugia-oral/torus-y-exostosis/- Hupp J.R., Ellis E., Tucker M.R., Cirurgia Oral e Maxilofacial, 5ª edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Elsevier, 2009- Imagens Google - https://www.google.com.br/search?q=extirpa%C3%A7%C3%A3o+de+t%C3%B3rus+mandibular+e+maxilar&client=firefox-a&rls=org.mozilla:pt-BR:official&channel=sb&biw=1280&bih=639&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=rhYJVNIisMKwBJ7rgPAF&ved=0CAYQ_AUoAQ* Estudantes do Curso de Odontologia da Universidade Paulista – UNIP, campus Sorocaba - São Paulo.**Professores do curso de graduação em Odontologia, disciplina de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – UNIP – SP.

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIPOdontologia – Campus SOROCABA UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIPOdontologia – Campus SOROCABA

CONCLUSÃOA patogênese dos tórus têm sido questionada, discutindo-se uma origem genética ou fatores ambientais, como estresse mastigatório. Alguns autores sugerem que o tórus é herdado como um traço autossômico dominante, outros acreditam que o seu desenvolvimento seja multifatorial, incluindo tanto fatores genéticos como ambientais. Tanto o tórus palatino quanto o tórus mandibular são assintomáticos, porém em alguns casos, há indicação de remoção cirúrgica, principalmente quando o paciente usa ou pretende usar próteses que se apóiem na região. Quase sempre os tórus causam problemas de adaptação das próteses reabilitadoras e aumentam a ocorrência de lesões locais. Outras indicações cirúrgicas são referentes ao incômodo ou intolerância do paciente e quando as protuberâncias ósseas interferem na dicção, mastigação e deglutição, bem como no posicionamento fisiológico da língua.

Aspecto clínico inicial da lesão na mucosa palatina

Descolamento do retalho mucoperiostal e afastamento deste por meio de fios de sutura Seda 4-0

Confecção das canaletas, complementada por clivagem das mesmas com cinzel e martelo

Utilização da broca de Tungstênio em forma de pêra para regularização da superfície óssea

Aspecto final da osteotomia do tórus palatinoe sutura com fio seda 4-0.

O guia cirúrgico preenchido com condicionador de tecido foi colocado e mantido até a remoção da sutura, após sete dias

Estrutura Óssea

Grande tórus mandibular deixando pouco espaço para a língua

Exposição do tórus mandibular através de incisão gengival

Osteotomia para extirpar a lesão

Aspecto da mandíbula após remoção do tórus e remodelação da mesma Tórus extirpado Aspecto pós operatório do paciente