To falando sozinho

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TÔ FALANDO SOZINHO? Preço sugerido: R$ 100000000,99 Agosto Edição Nº02 O piso moderno do ginásio está pronto Progresso pode ser notado apesar de atraso na obra. (foto do andamento das obras do Ginásio tirada da esquina da Rua Luís Coelho com a Haddock Lobo) O ginásio do Colégio São Luís entrou em reforma no meio de 2012 e até agora se aguarda ansiosamente o seu término. Muitos atrasos ocorreram, mas já se podem perceber os seus avanços: já se pode ver o design exte- rior a caminho do término e o resulta- do é apreciado por todos. SÉRIE DESUNIDA: EN- TENDA O PORQUÊ Pág. 02 EDUCAÇÃO PÚBLI- CA SEGUNDO MI- GUEL ZEIN O ensino público por um ponto de vista diferente: o do professor. Pág.04 ELEIÇÕES E O CO- LÉGIO SÃO LUÍS! Por mais que se vejam co- mo apenas uma pequena porcentagem dos votos do país, os jovens têm uma participação muito grande na política. Pág.04 1984 – GEORGE ORWELL O retrato da sociedade de Orwell, apesar de antiga, ainda assombra a muitos, causando grandes reflexões. Pág.05 “QUEBRA-CABEÇA” ‘Lucas é um menino que mora em Brasilândia e con- ta um pouco de sua vida nesse bairro caótico de São Paulo. ’ Por Alice Laurindo Pág.03 “QUACK! Acorda!” Sistema educacional bra- sileiro em crise. Nem todos os jovens no Brasil têm as mesmas oportunidades que os alunos do Colégio São Luís. Muitos alunos de escolas públicas não rece- bem a devida educação, que deveri- am estar recebendo. O sistema edu- cacional do Brasil ainda apresenta muitas falhas. (Aluna do Colégio São Luís em um dia normal de aula)

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Jornal Realizado pelos alunos da 2a série do Ensino Médio do CSL nas aulas de Redação. Redação - Tô falando sozinho? Alice Laurindo Ana Carolina Custódio Beatriz Megumi Leonardo Vassimon Lucas Pereira Felipe Garcia Marcelo Pereira Victor Kim

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Page 1: To falando sozinho

TÔ FALANDO SOZINHO? Preço sugerido: R$ 100000000,99 Agosto Edição Nº02

O piso moderno do ginásio está

pronto Progresso pode ser notado apesar de atraso na obra.

( fot o do a nda me nt o da s obras do Gi nás i o t i ra da da e s qui na da R ua L uís C oel ho c o m a Ha ddoc k L obo)

O ginásio do Colégio

São Luís entrou em

reforma no meio de

2012 e até agora se

aguarda ansiosamente

o seu término. Muitos

atrasos ocorreram, mas

já se podem perceber

os seus avanços: já se

pode ver o design exte-

rior a caminho do

término e o resulta-

do é apreciado por

todos.

Jornal dedicado ao Miguel

SÉRIE DESUNIDA: EN-TENDA O PORQUÊ Pág. 02

EDUCAÇÃO PÚBLI-

CA SEGUNDO MI-

GUEL ZEIN

O ensino público por um

ponto de vista diferente:

o do professor. Pág.04

ELEIÇÕES E O CO-

LÉGIO SÃO LUÍS!

Por mais que se vejam co-

mo apenas uma pequena

porcentagem dos votos do

país, os jovens têm uma

participação muito grande

na política. Pág.04

1984 – GEORGE ORWELL O retrato da sociedade de

Orwell, apesar de antiga,

ainda assombra a muitos,

causando grandes reflexões.

Pág.05

“QUEBRA-CABEÇA” ‘Lucas é um menino que

mora em Brasilândia e con-

ta um pouco de sua vida

nesse bairro caótico de São

Paulo. ’ Por Alice Laurindo

Pág.03

“QUACK! Acorda!”

Sistema educacional bra-

sileiro em crise.

Nem todos os jovens no Brasil têm

as mesmas oportunidades que os

alunos do Colégio São Luís. Muitos

alunos de escolas públicas não rece-

bem a devida educação, que deveri-

am estar recebendo. O sistema edu-

cacional do Brasil ainda apresenta

muitas falhas.

(Aluna do Colégio São Luís em um dia normal de aula)

Page 2: To falando sozinho

Geração

Hobbesiana Como esperado pelos jovens, no

ano de formatura do terceiro en-

sino médio a série deve ficar uni-

da e proporcionar grandes amiza-

des e momentos para a vida intei-

ra. No entanto, na opinião desse

jornal, o segundo ano de 2014 do

São Luís está passando por um

problema que é muito comum aos

jovens da nossa geração: o dis-

tanciamento dos estudantes.

Isso acontece porque,

nessa geração, cada indivíduo só

pensa em si mesmo e aceita tudo

o que lhe é dado desde que não

altere seu cotidiano; não se tem

mais iniciativa para buscar uma

mudança e assim melhorar a soci-

edade. Estamos em uma época

muito individualista em que o

próprio meio de se ingressar em

uma faculdade promove a luta de

todos contra todos, o que agrava a

situação do jovem, que não en-

contra um estímulo nem mesmo

por parte da instituição de ensino

para socializar e simpatizar com o

outro. Esse individualismo influ-

encia diretamente nas salas de

aula e nos programas escolares.

Temos como exemplo a

ineficiência dos comitês criados

pelo colégio. As raras reuniões

desses grupos de estudantes vi-

sam melhorar o aproveitamento

do colégio por parte dos alunos.

Porém, quando acontecem, devi-

do aos conflitos entre diferentes

grupos, as discussões tornam-se

ineficientes e o foco recai em

problemas menores e

pesso-

ais, o que pode até ocorrer pela

falta de um líder para comandá-la

e promover um encontro em que

as pessoas socializem e não fi-

quem isoladas em grupos.

A série é constituída de

salas formadas sem alteração há

muito tempo. Como os alunos de

cada classe convivem uns com os

outros desde pequenos, acabam

criando uma afinidade e intimi-

dade intensa, tendo a amizade

praticamente consolidada. Quan-

do um indivíduo qualquer tenta se

integrar nesse grupo, enfrenta

grandes dificuldades e até mesmo

bullying, o que desanima qual-

quer vontade de integração que

exista nele.

Esse é um problema que

deve ser solucionado pelos alu-

nos, que devem encontrar proje-

tos em que os indivíduos da série

sintam-se à vontade e conheçam

mais um ao outro. Mas também

deve ser solucionado com auxílio

da coordenação, que deve separar

as famosas “panelinhas” com o

objetivo de que, sem uma zona de

conforto, os alunos procurem

outros colegas para socializar.

Uma maneira de isso acontecer é

mudar as classes anualmente, pois

em um ano a pessoa consegue ter

um contato profundo com outra e,

após esse período, terá a oportu-

nidade de ter essa vivência com

outras. Com o auxílio da coorde-

nação, a boa vontade dos alunos e

o surgimento de um ou mais líde-

res, a série estará salva da separa-

ção “natural” desta geração.

“Portanto, o problema

que a série enfrenta é

uma incapacidade de

mobilização”

“Presta atenção em mim, presta!?”

Page 3: To falando sozinho

Quebra-cabeça

Segundo Simone de Beauvoir um adulto

não passaria de uma criança com idade.

Isso até pode ser, mas o contrário não

pode se tornar verdade. A uma criança

cabe brincar, correr, pular, se divertir e,

no máximo, grandes preocupações como

a tabuada do sete ou o porquê de casa ser

escrito com “s” e não com “z”. E, assim

como um professor é sempre associado a

giz e como um médico é sempre associa-

do ao estetoscópio, uma criança deve ser

sempre associada a brinquedos.

Tendo isso em mente, julguei natural me

deparar com um quebra-cabeça ao entrar

num quarto do Hospital das Clínicas,

onde faço voluntariado, cujo paciente

tinha doze anos. É verdade que o menino

não parecia muito interessado, mas até aí

nenhum problema. Afinal, ele provavel-

mente sentia dor da lesão sofrida na

perna, ou aquele quebra-cabeça era frus-

trantemente fácil ou, até, ele preferia

outras diversões, como videogames ou

sabe-se lá o que.

Conversa vai, conversa vem, o menino

me conta que sofreu um acidente de

moto. “Tudo bem”, penso eu, “ele devia

estar na garupa...” Quando, de repente:

-Eu estava a mais de 110 km. – diz o

garoto, naturalmente.

-Como assim? – pergunto eu, ainda

esperançosa de ter entendido tudo errado.

-Ah, sabe como é, eu já dirijo há uns dois

anos. Então, consigo ir a essa velocidade

com tranquilidade, o problema é que não

deu tempo de frear quando um ônibus e

outra moto vieram na minha direção.

Pergunto a idade novamente e fico triste

de perceber que o menino realmente

tinha começado a dirigir com dez anos.

Mas isso nem foi o pior. O garoto, que

até possuía certo carisma, continuou

animado a contar de sua vida. A moto era

para passar a noite fora, nos dias que

“saía pra curtir”. Neste ponto, ele come-

çou a conversar com seu colega de quarto

sobre o “fluxo do Iraque”.

Confesso que a princípio fiquei um pou-

co assustada, achando que eles realmente

estavam falando do país, o que realmente

deixou todas as frases deles um pouco

estranhas.

-Ah, no Iraque eu só fui pra churrasco...

Mas já vi vídeos e fotos de como o negó-

cio pega fogo à noite...

-Realmente bomba, mais de duas mil

pessoas...

Ao perceber minha cara atônita, o outro

paciente, um rapaz de seus vinte anos, me

explicou que o Iraque ao qual eles se

referiam era uma favela da Brasilândia

em que se faz uma caótica festa na rua.

Festa essa que é denominada “o fluxo”.

Eles me contaram a quantidade astronô-

mica de pessoas que a frequentam e que

era fácil de achar vídeos na internet.

Acredite, eu procurei, e aquilo desafia a

lei física de que dois corpos não podem

ocupar o mesmo espaço ao mesmo tem-

po.

Lucas, o menino do qual estamos falan-

do, contou orgulhosamente sobre como

seu bairro, Brasilândia, era o que mais

aparecia nos noticiários e como ele pró-

prio já estava craque em “dar perdidos”

na polícia com sua moto. Triste o quanto

esta criança (sim, porque eu insisto em

chamá-lo assim) já possuía uma forte

aversão à polícia. Ao relatar as balas de

borracha e as bombas de gás lacrimogê-

neo com as quais os policiais tentavam

manter o controle em seu bairro ele não

pareceu imaginar um cenário em que um

policial pudesse lhe propiciar uma maior

segurança. E quando isso acontece com

uma pessoa de apenas doze anos, acho

que é para se pensar.

Depois de muito tempo conversando,

perguntei a ele sobre a escola. Ele me

disse, então, que estava uma série atrasa-

do. Repetiu por falta, pois toda sexta-

feira ele não vai para começar a “curtir”

mais cedo. Detalhe: até onde eu entendi,

ele continua a fazer isso. Neste momento

chegou sua mãe, acompanhada por um

inconfundível cheiro de cigarro, que o

próprio filho comentou ser difícil de sair.

-Mas, Lucas, você fuma? –Perguntou a

outra voluntária que estava comigo.

-Só os naturais! – Responde o menino

com um sorriso no rosto.

Ah, me perdoe. Mas é o fim ouvir tudo

isso de uma criança. E o pior é saber que

isso não é um caso atípico. Infelizmente,

isso parece ser até comum. Ele próprio

me disse que tinha vários amigos que

saíam para dirigir com ele e fazer sabe-se

lá o que mais. E a mãe ouvia tudo e ria

como se fosse algo muito natural.

A que ponto teve que chegar nossa socie-

dade para alguém abrir mão da própria

infância para dirigir motos, dançar funk

na rua, fugir de policiais e “fumar natu-

rais”? Assim como as peças nas quais o

menino mexia desinteressadamente, tudo

se juntará e formará o quebra-cabeça de

sua vida. Que, digo com certo pesar, não

acredito que vá formar um desenho muito

bonito. Pergunto mais uma vez: a que

ponto nós chegamos?

Por Alice Laurindo

“Bom dia! Eu disse bom dia!”

Page 4: To falando sozinho

Entrevista educativa

Nós entrevistamos Miguel Nicolas Zein, professor de química do Colégio São Luís, sobre a questão das escolas públi-

cas, seus métodos de ensino e seus problemas, e também sobre o vestibular e como isso afeta alunos do ensino médio.

Pergunta: Você já deu aula em outras escolas- alguma

escola publica?

Resposta: Bom, eu nunca dei aula em uma escola pu-

blica, mas o que agente conhece sobre é o que vocês

escutam falar por aí: carteiras quebradas, uma sala mal

pintada, o quadro ainda de pedra, as janelas todas de-

predadas, e isso é uma coisa que você não vai encon-

trar em escolas particulares. Isso é o que eu ouço falar,

mas presenciar eu nunca presenciei.

P. Você se interessaria em dar aula em uma escola

publica?

R. Hoje sim, eu poderia dar aula em uma escola publi-

ca no intuito principalmente de ajudar um garoto ou

uma garota que está querendo ou almeja uma coisa

melhor. Nesse momento da minha vida, eu já estou

com os meus 54 anos, sim eu gostaria muito de poder

participar e ter uma oportunidade de ajudar em uma

escola publica.

P. Você acredita no conceito de uma escola publica?

R. Eu acredito sim, mas para você poder ter uma esco-

la publica de qualidade tem que começar lá de cima,

um político que esteja a fim de trabalhar, pagar bem o

professor, ter uma adequação no lugar em que você

está, carteiras boas, uma sala bem cuidada, um profes-

sor com vontade. Professor com vontade não falta, mas

eles se desestimulam muito fácil, a grande maioria não

tem um estímulo para trabalhar em um lugar como

aquele. Eu acredito sim, mas o governo precisa come-

çar a realmente botar dinheiro na educação, porque

tem muitos potenciais de meninos e meninas que não

estão sendo usados por falta de oportunidades.

P. O que você acha do vestibular?

R. O vestibular hoje é uma grande indústria, então nós

professores preparamos os alunos para o vestibular.

Mesmo você querendo fazer direito você tem que estu-

dar física, química, etc. Se nos pudéssemos pelo menos

avançar um pouco e tivéssemos um modelo das escolas

Europeias ou das Norte Americanas, teríamos outra

visão. Daríamos aulas que os alunos quisessem e eu

acho que teria um interesse maior nos estudos. Para

mim, eu vejo o vestibular hoje como uma grande fonte

de renda e também uma indústria, os alunos tem que

engolir matérias que eles nunca mais vão usar depois

do vestibular. Se pudéssemos seguir os modelos Euro-

peus e o Norte Americano, seria uma boa ideia.

P.: Você poderia nos dar algumas dicas para o vestibu-

lar?.

R.:Olha, em química eu estudaria toda a química orgâ-

nica, reações orgânicas, estudaria bastante também os

equilíbrios químicos, principalmente a parte de PH. E

também tomar bastante cuidado com a parte de inorgâ-

nica, tabela periódica também sempre cai alguma coi-

sa, geometria das moléculas também cai bastante, ga-

ses. Mas 40% do vestibular ainda é a química orgâni-

ca, reações orgânicas.

O Jovem na Po-

lítica

Podemos ver em nosso dia a dia

um crescente desinteresse do

povo pela política, e isso se refle-

te com ainda mais força nos jo-

vens, que por terem o voto como

optativo, acabam desistindo dessa

participação, o que é muito preju-

dicial para o futuro do nosso país.

As causas podem ser muitas: os

frequentes escândalos de corrup-

ção, a falta de respostas diretas às

nossas reivindicações ou mesmo

a pouca transparência quanto às

decisões tomadas no governo.

Por mais que se vejam como

apenas uma pequena porcentagem

dos votos do país, os jovens têm

uma participação muito grande na

política e foi com esse engaja-

mento que conseguiram o direito

ao voto a partir dos 16 anos, pois

foram os movimentos estudantis

que, durante e após a ditadura

militar, lutaram por isso.

Apesar dessa luta, muitos jo-

vens caem em um estado de igno-

rância que é em parte proporcio-

nado pelo meio à sua volta, ou

seja, perdem o interesse não só

pela política, mas por qualquer

decisão que possa trazer conse-

quências difíceis de lidar. Uma

vez ignorantes e desengajados,

“QUACK, óculos!”

Page 5: To falando sozinho

A Distopia

A distopia de George Orwell é

um retrato soturno da socieda-

de, e apesar de o ano de 1984

ter passado há muito, suas pro-

féticas previsões ainda se en-

caixam com perfeição ao nosso

tempo. A tortura psicológica

exercida por esse livro ao seu

protagonista e aos leitores ain-

da assombra a muitos, que, ao

refletirem, percebem que 2 + 2

= 5 (para os curiosos, a respos-

ta está no livro).

Winston Smith é um ho-

mem trabalhador que vive em

uma terra pós-apocalíptica

dominada por um único parti-

do político. Temas como amor

e sentimentos não existem, o

sexo não passa de obrigação

para com a sociedade eaté o

pensamento pode ser crime. A

ignorância impera na popula-

ção e os cidadãos são bombar-

deados de informações pelas

tele-telas, que vigiam tudo e

todos e transmitem os ideais

do Partido. Todo o sistema

converge para uma figura po-

derosa e ao mesmo tempo obs-

cura e misteriosa: Big Brother,

o líder onisciente desse sistema

opressor. Ninguém nunca o

viu, mas todos o temem.

Com perturbações e ideias

revolucionárias girando em sua

mente, e com os recorrentes

desaparecimentos de seus co-

legas de trabalho e conhecidos,

Winston começa a escrever um

diário, que questiona as leis do

partido e que poderia levá-lo a

uma morte terrível. Ele se vê

sozinho dentro deste regime

comunitário, mas ao mesmo

tempo alienatório, que não

oferece possibilidade de mu-

dança e que destrói qualquer

ideal contrário. É quando ele

conhece Julia, uma mulher que

tem aparentemente os mesmos

ideais e que pode ligá-lo à re-

sistência.

Com suas personagens dife-

rentes e enigmáticas, Orwell

nos faz refletir sobre nossos

mais enraizados valores e so-

bre o futuro para o qual pode

estar caminhando nossa socie-

dade, pois hoje temos uma

ilusão de liberdade que é na

realidade controlada por mí-

dias e ideias muito parecidas

com as tele–telas do livro, as

televisões e as corporações que

governam, dos bastidores, a

nossa sociedade. Vivemos

dentro de um universo plane-

jado em que cada um desem-

penha sua função e do qual é

muito difícil fugir, pois até

mártires são engolidos e so-

mem em meio à multidão.

Por isso, mais do que tudo,

podemos apreender a obra de

Orwell como um exemplo a

não ser seguido na vida real e

como um possível futuro de

nossa vida. Leitura super-

recomendada!

tornam-se um alvo fácil para pro-

pagandas eleitorais e compra de

votos, ou acabam votando por

brincadeira e elegendo pessoas

como “Tiririca”.

O que é necessário é que haja o

entendimento de que as decisões

tomadas na urna farão grande

diferença para o futuro do país e

de cada indivíduo, por isso são

escolhas que trazem grande res-

ponsabilidade, mas que devem ser

tomadas, para que todos tenham

sua voz na democracia brasileira.

Então, seria muito importante

haver uma campanha de educação

política nas escolas e que se ins-

truíssem as crianças desde peque-

nas a se engajarem em decisões

de seus próprios meios, seja em

eleições e candidaturas a repre-

sentantes de sala, grêmios estu-

dantis e mesmo em organizações

de trabalhos escolares. O engaja-

mento político deve ser incenti-

vado de modo a facilitar aos jo-

vens, quando da hora do voto, a

tomada dessa decisão com cons-

ciência e entendimento.

Leonardo Vassimon

“Exercícios Lindinhos!”

Page 6: To falando sozinho

A desigualdade pública

Recentemente, ocorreram as inscrições para os princi-

pais vestibulares do estado. Nesse contexto de ansie-

dade e preocupação, somos levados à reflexão quanto

ao processo seletivo para o ingresso às faculdades no

Brasil.

Atualmente, para muitos estudantes brasileiros, a fina-

lidade de todo seu histórico escolar é o tão esperado

vestibular. Porém, há uma competição maior a cada

ano que passa, já que o número de vagas é muito me-

nor do que a procura. Portanto, toda a trajetória escolar

brasileira visa a almejar vaga em concorridas universi-

dades.

De acordo com o professor de sociologia Edison Sil-

vestre, professor de escola pública e particular, forma-

do na Universidade de São Paulo, “o vestibular é um

critério avaliativo falido que deveria ser reelaborado

urgentemente”. Para ele e para o professor de filosofia

do colégio São Luís, também formado na Universidade

de São Paulo, Fábio Mesquita, um modo mais eficiente

de avaliação seria analisar o aluno pelo seu histórico

escolar, evitando que alunos sem senso crítico ingres-

sem no lugar de outros alunos mais competentes. En-

tretanto, o fato é que a maior parte dos brasileiros es-

tuda em escolas públicas e não são bem preparados

academicamente. Uma parcela dessa culpa cabe ao

nosso governo, que não dá a devida importância para

elas.

Por ser a sétima maior economia do planeta, era de se

esperar um sistema educacional adequado no Brasil,

entretanto a realidade é outra. O Brasil ainda é um dos

piores países no ranking mundial da educação, ocu-

pando a 88ª posição de um total de 122 países. Ele está

mais perto dos piores exemplos do mundo, como Bur-

kina Faso (121˚) e Iêmen (122˚), do que das melhores,

como Canadá (2˚) e Finlândia (1˚). Isso se dá, muitas

vezes, por causa da falta de investimentos em escolas

públicas, como os pequenos salários para os professo-

res e a má infraestrutura, o que obviamente desestimu-

la a todos. Por conta disso, as aulas não são bem apro-

veitadas, trazendo malefícios para esses estudantes.

Recentemente, o número de adesões no ensino público

aumentou muito com o novo programa social do go-

verno, a Bolsa Família. Entretanto, a qualidade do

ensino continua baixa. Além disso, a pesquisa do IB-

GE revela que apenas metade dos alunos com idade

entre 15 a 17 anos está matriculada no ensino médio,

mostrando grande desistência e desinteresse no apren-

dizado (16,2% dos jovens deixa a escola nessa idade).

Como se não bastasse, ainda criaram-se as cotas uni-

versitárias, com justificativas sociais e raciais, para que

as vítimas de nosso governo fraco tenham maior van-

tagem para entrar nas faculdades e sejam, de certa

forma, recompensadas pelo deficiente ensino brasilei-

ro. Portanto, a partir de 2013, 50% das vagas nos pro-

cessos seletivos de universidades e institutos federais

serão ocupados por alunos que cursaram todo o ensino

médio na escola pública. Isso, na visão do professor de

sociologia, Edison Silvestre, é uma confissão por parte

do governo de que esses alunos estão em desvantagem

em relação aos outros.

“Tá bom, então vai!”

Page 7: To falando sozinho

O Brasil ainda pode progredir muito, porém

nada é feito. A educação é base de uma sociedade, pois

aquele que estuda será o futuro do país, portanto é

necessário que ela seja de qualidade. Nas palavras de

Mesquita, "escolas públicas têm muito o que melhorar,

mas elas mostram o valor que a nossa sociedade dá

para a educação e nossa sociedade não dá valor à edu-

cação como deveria”.

Cartas dos leitores

Indicador de educação Posição no ranking (entre 122 países)

Taxa de matrícula na educação básica 69º

Taxa de matrícula no ensino superior 76º

Diferença de gênero na educação 1º

Acesso à internet nas escolas 86º

Qualidade do sistema educacional 105º

Qualidade das escolas de educação básica 109º

Qualidade do ensino de matemática e ciências 112º

Qualidade de gerenciamento das escolas 43º

Pessoas com mais de 25 anos com ensino

médio

57º

Pessoas com mais de 25 anos com ensino

superior

64º

EDUCAÇÃO (geral) 88º

Sou pai e ex-aluno do Colégio São Luís. Achei muito interessante o conteúdo publicado na edição

da semana passada (dia 05/04) acerca da relação entre o professor e o aluno, pois sinto realmente que

essa relação, hoje em dia, já não é mais a mesma. Fui convidado a assistir a aula do meu filho e pos-

so dizer com segurança que a geração atual possui uma relação muito mais afetiva com os professo-

res do que na minha época de escola, devido às brincadeiras realizadas durante a aula pelas duas

partes. Conversando brevemente com o professor de química, Miguel Zein, percebi que o perfil de

professor já não é mais o mesmo, isto é, melhorou muito. Creio que essa afetividade entre o estudan-

te e o professor não seja somente na escola do meu filho, mas não posso deixar de parabenizar o

Colégio São Luís por atuar na formação da melhor forma possível. Afinal, pelos professores serem

muito atenciosos, o aluno adquire a capacidade de conseguir compreender melhor o conteúdo. Caso

essa afetividade entre o professor e o aluno tenha continuidade, tenho certeza de que no futuro tere-

mos uma geração de pessoas muito melhor formada profissionalmente do que a de hoje em dia.

Marcelo A (São Paulo-SP)

“Didididididididi”

(tabela relativa à posição brasileira no ranking mundial de educação)

Page 8: To falando sozinho

A ANSIEDADE PARA O

USO DO GINÁSIO LOGO

VAI ACABAR!

Pouco a pouco as etapas para

o término do ginásio vão se

completando e a primeira já

obteve êxito.

O ginásio do Colégio São Luís

entrou em reforma no meio de

2012 e até agora se aguarda

ansiosamente o seu término.

Muitos atrasos ocorreram, mas

já se podem perceber os seus

avanços: pode-se ver o design

exterior a caminho do término

e o resultado é apreciado por

todos.

A obra, durante seu desenvol-

vimento, ocupou o espaço da

maior quadra do colégio, além

de inutilizar o espaço da pisci-

na durante um longo período.

A construção de um novo gi-

násio ocorreu por causa da

necessidade de mais espaço e

modernização da área de es-

portes, plano que estava no

papel há muito, mas foi colo-

cado em prática assim que se

percebeu que o antigo estava

com muitas falhas. O motivo

dos atrasos, além do atraso da

entrega dos vidros que reves-

tem o edifício que impossibili-

taram o trabalho dos empreitei-

ros, é o fato de não haver uma

supervisão qualificada, já que

em diversos horários do dia

podemos ver pedreiros senta-

dos observando os treinos nas

quadras.

Porém, com todo esse atraso,

as primeiras etapas já estão

sendo vencidas. O piso do gi-

násio está finalmente acabado.

Como toda a estrutura do edi-

fício é feito dos materiais mais

modernos, o piso não seria

diferente; ele é feito de recoma

que garante um amortecimento

para os alunos ao praticarem

esportes diminuindo o impacto

na hora das corridas. Tudo isso

visando o bem estar dos estu-

dantes.

A obra está prometida para o

final deste ano e conta com

salas para as bolas e para os

professores de educação física,

além de um campo de grama

society e elevadores para al-

cançar os três andares do giná-

sio.

(maquete do novo ginásio exposto na secretaria do Colégio São Luís)

“Anota!”

Page 9: To falando sozinho

La-

zer

Cruzadas professores

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Page 10: To falando sozinho

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“Tá bom já né? Chega?”

Capricórnio

22 de dezembro a 21 de janeiro

Caro capricorniano, a sua semana te trará surpresas

positivas! No campo pessoal, você reencontrará um

grande amigo. Aproveita essa oportunidade para se

reaproximar daqueles com quem você não tem fala-

do muito. No campo profissional, um projeto em

particular te agradará muito! Quem sabe até não

esteja te agradando neste instante? Entretanto, certi-

fique-se de estar descansado e animado na hora de

dar vereditos finais no seu trabalho!

Escorpião 23 de outubro a 21 de novembro

Caro leitor de escorpião, esta semana será o fim da

picada! Você sofrerá algumas decepções e em alguns

momentos parecerá que seus esforços estão sendo em

vão. Mas não desanime! O reconhecimento ainda está

por vir! Enquanto espera, certifique-se de estar próxi-

mo de amigos confiáveis, eles amenizaram as dificul-

dades dessa semana.

Sagitário 22 de novembro a 21 de dezembro Caro sagitário, esta semana será particularmente corrida no trabalho. Mesmo considerando que seus esforços serão reconhecidos, tome cuidado! Certifi-que-se de não perder o equilíbrio entre a vida profissi-onal e a vida pessoal. Ligue para seus amigos, encontre seus familiares e, principalmente, reserve um tempo para você. Seu sucesso será ainda maior se você esti-ver descansado e feliz.

Virgem 23 de agosto a 22 de setembro

Virginiano, a posição planetária está enigmática.

Será a chegada de um novo amor? Aproveite para

conhecer novas pessoas e mudar um pouco de ambi-

ente, algumas pessoas a sua volta não lhe estão

sendo positivas. No campo profissional, mantenha o

esforço e a paciência para enfrentar as muitas ativi-

dades que lhe estão sendo designadas.

Peixes 20 de fevereiro a 20 de março

Leitor pisciano, sua semana será tranquila. No

campo pessoal, sua sorte continuará. Aproveite

para passar bastante tempo com seus amigos e

com a sua família, os planetas estão favoráveis

para tal atividade. No campo profissional, con-

tudo, tente correr mais riscos. Acredite mais no

seu potencial e nunca deixe de dar a sua opini-

ão, sabemos a quão valiosa ela é.

Aquário 21 de janeiro a 19 de fevereiro

Sua semana poderá apresentar grandes mudanças,

entretanto elas deverão partir de você. Certifique-se de

ser bem atento e repense algumas coisas, o amor pode

estar mais próximo do que você imagina! No trabalho,

no entanto, tenha coragem de mudar o que não lhe

agrada e lembre-se que nada é permanente, ao não ser

aquilo que você decide não mudar.

Áries 20 de março a 20 de abril

Ariano, boas notícias! Os planetas estão em uma

posição favorável para você esta semana e haverá

grandes novidades. No trabalho, novas ideias; no

amor, novas aventuras e no banco, novos depósi-

tos! Mas tome cuidado, tantos sucessos podem

causar inveja. Tome cuidado ao escolher suas

companhias nesta semana, pois o mal olhado

pode atrapalhar a sua aura positiva.

Touro 21 de abril a 20 de maio

“O teu futuro é duvidoso. Eu vejo grana, eu

vejo dor,” Assim como Bete Balanço na exce-

lente música do Cazuza, o seu futuro é incerto.

Muitas opções lhe serão apresentadas e tudo

dependerá das escolhas que você tomar. Este

jornal sabe que você, caro leitor taurino, não é

muito apegado a escolhas. Mas lembre-se, é

sempre melhor tê-las do que não tê-las!

Gêmeos 21 de maio a 20 de junho Caro geminiano, a semana apresentará uma

ser conquistado. Além disso, tome cuidado para não se preo-

cupar demais com o trabalho, certifique-se de manter alguns hobbies.

Câncer

21 de junho a 21 de julho

Caro canceriano, infelizmente trazemos nova-

mente más notícias. A sua onda de azar ainda

não passou. Você enfrentará novos desafios e

decepções, mas não desanime! Tudo há de

passar. E o lado bom disso tudo é que você

perceberá quem são seus verdadeiros amigos.

Entretanto, tome cuidado para o descontenta-

mento com a sua semana não afastá-los! Tenha

paciência e tente ser mais carinhoso com aque-

les à sua volta.

Libra 23 de setembro a 22 de outubro

Fiel leitor libriano, anime-se! Você tem a sua

frente uma semana muito positiva e você começa-

rá a colher, finalmente, os frutos de seus árduos

esforços. Vênus está numa posição favorável, o

que indica alegrias no campo amoroso. Mas aten-

ção! Lembre-se que o mundo não gira a sua volta

e certifique-se de não ser arrogante. As pessoas

não gostam de ouvir sobre o sucesso de outra

pessoa, por maior que ele seja.

Leão 22 de julho a 22 de agosto

Leonino, a sua semana te apresentará alguns desa-

fios, mas você certamente será capaz de enfrentá-

los. Mesmo que não perceba, você tem crescido

muito. O que antes era impossível de atravessar,

hoje não passa de um pequeno obstáculo. Entre-

tanto, seja menos tímido e tente se abrir mais.

Você se cercou de pessoas boas e confiáveis,

tente dar a elas um pouco mais de confiança.