T&N Veículos Comerciais

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Edição de Março de 2010

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Grupo Volvo produz motores Euro 6 em VénissieuxRenault ataca Europeu de Camiões 4Scania R 620 / O mais potente da família 5Solutrans apostou no eco-transporte 6Volvo renova gama FMFMX exclusivo para construção 7MAN BusDays em MuniqueMAN reforça segundo lugar no ranking europeu de autocarros 8/9DAF Trucks NV tem novo presidenteMitsubishi renova L200 / StrakarDaily com 3 anos de manutençãoInspecção automóvel liberalizada 10Novo Opel Movano chega na Primavera 11José Manuel Roque ao TRANSPORTES & NEGÓCIOSHá demasiados operadores de semi-reboques no mercado 12/13MAN Portugal facturou 45,8 milhõesDAF e Renault lideram vendas em Fevereiro 14Produção nacional cresce 66%Daimler sai da Tata Motors 15Tractores dominam vendas RenaultScania: mercado já bateu no fundo 16Nova gama Reta & SocarAudatex com solução para pesadosVarta renova baterias para pesadosRepsol lança Guia de Acessibilidades 17

FICH

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ÉCN

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Índice

Nota Abertura

Registo na D.G.C.S. Nº 123054Depósito Legal N.º 164047/01

T&NTRANSPORTES & NEGÓCIOS

Redacção, administração,assinaturas e publicidade:Apartado 304580 RecareiTel: 22 433 91 60/1. Fax 22 433 91 [email protected]

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Porque o baratosai caro...A crise não traz só coisas más. A necessi-dade aguça o engenho e os tempos de di-ficuldades despertam os sentidos dos em-presários dignos do nome para a oportuni-dade de reverem processos nas suas orga-nizações.É o que está a verificar-se, cada vez mais,com a contratação de novos veículos co-merciais pelos transportadores. E digo con-tratação e não compra porque, nos temposque correm, o cerne do negócio de com-pra/venda dos veículos não está na trans-missão da propriedade do bem, mas antesna sua disponibilização ao cliente transpor-tador, por um tempo determinado, sob con-dições acordadas e contra o pagamentode um “fee” contratado.Porque a necessidade aguça o engenhode todos os envolvidos, é crescente o núme-ro de vendas de veículos que têm associa-do, pelo menos, um contrato de manuten-ção programada. À primeira vista, poderáparecer que assim os transportadores pa-gam mais. Mas, está visto, o barato sai(muitas vezes) caro. E seguramente que émelhor para os negócios – o do cliente e odo vendedor – todos saberem com o quecontam e, dessa forma, poderem fazermelhor as contas do deve-haver das suasactividades.Fosse essa prática generalizada, e segura-mente ter-se-iam evitado muitas surpresasdesagradáveis.

FERNANDO GONÇALVES

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s futuros motores destinadosaos veículos pesados europeusda gama média das marcas

Renault e Volvo serão produzidos nafábrica de motores da Renault Trucks,em Lyon-Vénissieux.O grupo AB Volvo decidiu encarregara fábrica de motores de Vénissieux deproduzir os seus motores de 5 e 8 li-tros de cilindrada, conformes à futuranorma Euro 6 de emissões que se apli-cará a partir de 2013 na Europa.Esta nova actividade da fábrica deLyon-Vénnisieux, que se acrescenta aosactuais trabalhos de montagem demotores de 9 e 11 litros que equipama gama alta, implica um investimentode 17 milhões de euros, para umacapacidade de produção anual na

Grupo Volvoproduz motoresEuro 6 emLyon-Vénissieux

ordem das 40 mil unidades.A norma Euro 6 implica uma reduçãodos níveis de emissões de partículaspara metade e de 77% nas emissõesde óxidos de azoto, em relação aosactuais Euro 5, e entra em vigor a 31de Dezembro de 2013. O Euro 6 exi-girá uma combinação dos actuais sis-temas SCR e EGR e um filtro de partí-culas, bem como melhorias ao nível dosoftware, das condições de atrito, daadaptação das temperaturas de fun-cionamento e da eficiência do sistemade redução catalítica selectiva. O director de Estratégia e Planeamen-to de motores da Volvo Trucks, MatsFranzén, garante que “vamos cumpriras normas muito antes da nova legis-lação entrar em vigor. Claramente, o

desafio do Euro 6 consistirá em redu-zir ainda mais as emissões de óxidode nitrogénio sem aumentar o consu-mo de combustível”.Aquele responsável considera tambémque o Euro 6 fará com que “as emis-sões de partículas de óxido de azoto edióxido de carbono atingirão níveisambientalmente sustentáveis. Mas issonão é suficiente para nós. Agora esta-mos ainda mais concentrados na re-dução do consumo combustível, dimi-nuindo assim o impacto ambiental pro-duzido pelas emissões de dióxido decarbono”.E promete mesmo que a Volvo Truckscontinuará a reduzir o consumo decombustível a uma média de 1% aoano.

O

A Renault Trucks associou-se à equipa MKR Technologypara participar no Campeonato Europeu de Camiões2010, propondo um design completamente renovadopara os seus dois camiões de corrida.A MKR é dirigida por Mario Kress, e conta como pilotoscom o experiente suíço Markus Bösiger e o alemão Ma-rkus Oestreich.Os camiões foram desenhados pela equipa de designersda Renault Trucks e encontram-se equipados com motores

Dxi13 da marca francesa que integram um conjunto deinovações desenvolvidas exclusivamente para participarnesta competição.Com o fim do contrato com o Team Frankie, a marca fran-cesa optou por criar a sua própria identidade nesta pro-va, surgindo agora como Renault Trucks Racing.A competição arranca já no próximo mês de Maio, emMisano, e a marca tem por único objectivo “ganhar ocampeonato”.

Renault ataca Europeu de Camiões

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vencedor do “Truck of the Year2010”, o Scania Série R 620,esteve em Portugal, para os

primeiros ensaios de estrada. OTRANSPORTES & NEGÓCIOS partici-pou e pode apreciar as performancesdo mais potente da família Scania.O Scania Série R 620 disponibilizadoestava equipado com o motor maispotente da marca sueca, um V8 de620 cv, Euro 5 de 16 litros e 3 000Nm de binário, que recorre ao siste-ma de injecção Scania PDE e sistemaSCR de tratamento de gases de esca-pe (com o recurso a AdBlue).A bordo duma cabina Topline total-mente equipada, quisemos testar asprestações dos novos V8, disponíveisna Série R com ordens de potência de500, 560 e 620 cv. Optámos, por isso,num percurso de cerca de 100 km, porum circuito de elevado grau de dificul-dade, com algumas subidas de acen-tuado grau de inclinação e complica-das manobras numa área industrialpara testar os novos equipamentos deauxílio à condução desta gama.Confirmámos, assim, que se trata deuma motorização apta a cumprir as

O mais árduas tarefas de transporte: lon-go curso, operações em regiões mon-tanhosas, transportes especiais, etc.,com níveis de consumo invejáveis, mes-mo para muitos motores de bastantemenor cilindrada.(Normalmente, o transportador optapor camiões Scania com motor V8 paraobter velocidades médias elevadas,fiabilidade e alto valor residual. Paraos chamados “autónomos”, é sobretu-do pelo orgulho e impacto ao nível daimagem, até mesmo porque têm porhábito personalizar estes portentososScania com inúmeros extras.)Nota máxima para equipamentoscomo o travão auxiliar Retarder, o sis-tema de aviso de saída de faixa derodagem (LDW), o controlo electróni-co de estabilidade (ESP), o Adaptati-ve Cruise Control (ACC), o sistema demonitorização da pressão dos pneus(TPM), o novo sistema Scania Opticrui-se de caixa totalmente automatizada,e em particular o novo sistema ScaniaDriver Suport, uma ferramenta que aju-da o motorista a melhorar continua-mente as suas prestações de condu-ção.

Scania R 620

Um dos factores a ter em conta nanova Série R prende-se com a optimi-zação operacional. Os motoristas dasempresas recebem formação ade-quada e podem, assim, reduzir até10% o consumo de combustível.A marca sueca alerta os transporta-dores de que é muito importante fe-char o espaço entre a cabina e o semi--reboque ou a caixa de carga, con-soante os modelos, por razões quese prendem com o comportamentoaerodinâmico e a optimização do flu-xo de ar sobre a cabina. Nesse sen-tido, a montagem de deflectores -superior e laterais – e de saias late-rais é recomendável. Evitar a monta-gem de jogos de luzes adicionais ede buzinas no tejadilho, utilizar apressão adequada nos pneus e apos-tar em pneumáticos de baixa resis-tência ao rolamento, controlar o ali-nhamento dos eixos, são alguns dosfactores que contribuem para redu-zir os gastos com combustível.

Como pouparcombustível

O mais potente da família

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ais de 20 mil profissionaismarcaram presença no So-lutrans 2010 (Salão Interna-

cional das Soluções de Transporte),que se realizou na Eurexpo, em Lyon,França, entre 2 e 6 de Março. Os or-ganizadores do certame realçam ofacto de um em cada três dos visitan-tes, na sua esmagadora maioria liga-dos ao sector do camião, terem decla-rado que pretende realizar projectosde investimento a médio prazo, “umaprova de que se preparam progressi-vamente para a saída da crise”.A Renault Trucks, que desde sempreapostou forte neste evento, fez a es-treia mundial da nova Master, apre-sentando a versão furgão de 125 cvEuro 5, exibida conjuntamente nostand da marca francesa com as ver-sões Midlum 220.12, Kerax 460.266x4, Premium Route 460.19 e Mag-num 520.19. A solução Optifuel de re-dução de consumo de combustívelconstituiu outra das apostas deste cons-

trutor patentes ao público.Marcaram igualmente presença nocertame a Volvo Trucks e a Scania, eos construtores de veículos comerciaisligeiros Fiat Professional, Isuzu e Da-cia, sendo inúmeras as soluções apre-sentadas nos domínios do eco-transpor-te e da electromobilidade.A Paccar Parts divulgou o programa“Truck and Trailer Parts –TRP” e a es-tratégia “One Stop Shop”, que per-mite encontrar numa única “loja virtu-al” mais de 70 mil referências de pe-ças de substituição multimarca paracamiões, autocarros e semi-reboques,distribuídas em toda a Europa atra-vés da rede de concessionários daDAF.Para além do Programa TRP, no standda Paccar Parts esteve igualmente pa-tente ao público profissional o Progra-ma Peças de Origem DAF, o Climate-ch, o sistema de gestão de frotas Con-nect e um espaço reservado paraapresentar o novo cartão de fidelida-

Solutrans apostouno eco-transporte

de MAX Card, que proporciona aosclientes condições especiais em peçase acessórios. O certame serviu aindade palco para o estabelecimento deum acordo entre a DAF França e aTEXA, fabricante que comercializaequipamentos de diagnóstico multi-marca.No espaço exterior da Eurexpo, a So-lutrans organizou com a Volvo Trucksdemonstrações activas de megacami-ões (Sistema Modular Europeu) e dasgamas de veículos utilitários eléctricosbritânicos da Modec. A Renault dispo-nibilizou também para ensaios quatrounidades da nova Master, o PremiumOptifuel, o Midlum Optitronic e o Ma-xity eléctrico.A próxima edição do Solutrans encon-tra-se já agendada para 29 de No-vembro a 3 de Dezembro de 2011,na Eurexpo de Lyon, no âmbito daSemana Mundial do Transporte Rodo-viário, em parceria com a Truck & BusWorld Forum.

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No dia de abertura da Solutransforam entregues os prémios de ino-vação técnica da Carroçaria Indus-trial 2010.Na categoria reboques e semi-re-boques, venceu a Spizer Eurovrac,com uma nova cisterna em materi-ais compósitos para o transportea granel.Na categoria de carroçarias paraveículos industriais, a laureada foia Gruau, com uma nova carroça-ria para Microbus.Na categoria de carroçarias paraVCL foi premiada a Cornut, gra-ças ao seu novo braço hidráulicode incorporação em chassis.Na categoria de equipamentos,foi premiada uma nova platafor-ma elevatória da Dhollandia.

Inovaçõespremiadas

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Volvo acaba de renovar agama FM, um veículo conce-bido para a distribuição re-

gional e o transporte de médio curso,que a partir de agora se identifica ain-da mais em termos visuais com a gamade longo curso FH.Entre as principais novidades introdu-zidas na gama FM, a nível de exterio-res destacam-se as grelhas superiorese inferiores da secção frontal, os gru-pos ópticos iguais aos recentementeintroduzidos no FH (constituídos pordois módulos distintos, passando assimos faróis auxiliares e de nevoeiro a in-tegrar um módulo distinto), o indica-dor de mudança de direcção com tec-nologia LED, uma entrada de ar queproporciona maior visibilidade trasei-ra, os degraus dianteiros para limpe-za do pára-brisas com característicasantiderrapantes e extensão retráctil, eum logo identificativo da marca demaiores dimensões.Como opcionais, passam também aestar disponíveis diversos tipos de lu-zes de trabalho e novos depósitos decombustíveis de maiores dimensões in-tegralmente construídos em aço.A nível de interiores, o motorista passaa dispor de uma nova mesa, novosespaços para arrumos e dum suportepara instalação no cabide. A Volvoaumentou também a oferta em termosde gama de cores para decoração de

estofos e cortinas e optimizou o funcio-namento do ACC.Estas novidades vêm juntar-se a outrasintroduzidas no ano passado na gamaFM, como uma versão da caixa auto-matizada I-Shift e os motores D11 e D13que proporcionam maior economia decombustível, disponíveis em versõesEuro 5 e EEV.O Volvo FM alarga também a oferta

A Volvo Trucks vai apresentar umnovo camião na 29ª edição da Bau-ma, a maior feira europeia para osector da construção, que se realizaem Munique, entre 19 e 25 de Abril.Trata-se do Volvo FMX, destinado ex-clusivamente ao sector da construçãoe estaleiro, diferenciando assim ossegmentos da construção e de distri-buição, com duas famílias distintasde produto.A marca sueca explica que o FMX éa mais recente contribuição para aagressiva estratégia de produtos da

FMXexclusivopara construção

Volvo Trucks, aumentando desta for-ma o enfoque no segmento da cons-trução.Segundo o presidente e director ge-ral da Volvo Trucks, Staffan Jufors, “osclientes solicitam uma maior especia-lização e nós estamos atentos a isso.Já fizemos imenso sucesso com o nos-so actual modelo Volvo FM, especial-mente na Rússia, na Europa de Lestee nos mercados nórdicos. Com o novoVolvo FMX especializado, antevemosum enorme potencial para aumentarainda mais as quotas de mercado”.

de níveis de equipamento de cabina,disponibilizando a partir de agoradesde o pack Basic até ao Premium.Para o presidente da Divisão Europeiada Volvo Trucks, Claes Nilsson, “com oVolvo FM renovado, pretendemos for-talecer ainda mais o contributo destecamião para o segmento e reforçar asua posição como o melhor camião detransporte regional na sua classe”.

Volvo renova gama FM

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m 2009 o volume de negóci-os do Grupo MAN atingiu os12 mil milhões de euros, me-nos 20% do que no ano ante-

rior, com as encomendas a cifrarem-seem 9,9 mil milhões de euros (- 30%) eos resultados líquidos em 504 milhõesde euros (1,729 mil milhões em 2008).A divisão de camiões da MAN ven-deu no ano passado 40 535 unida-des (-52%), tendo como resultado umvolume de negócios na ordem dos6,395 mil milhões de euros (-40%) eum crescimento de quota no mercadoeuropeu de camiões acima das 6 to-neladas para os 16,7%.Os resultados foram avançados emMunique pelo novo CEO da MANNutzfahrzeuge, Georg Pachta-Reyho-fen, no decurso das jornadas MANBusDays, marcadas pelas comemora-ções do 75.º aniversário da Neoplane pela inauguração do Bus Forum deMunique.O mercado europeu de autocarros foimenos afectado pela crise económicado que o de camiões. Na Europa, ovolume de matrículas em 2009 caiucerca de 12%, para próximo das 30500 unidades. O retrocesso foi maisacentuado nos autocarros de turismo(-31%), seguindo-se os interurbanos (-13,5%). O segmento dos urbanos be-neficiou mesmo dum ligeiro aumentona ordem dos 4%.A MAN ficou no segundo lugar doranking europeu de vendas de veícu-los pesados de passageiros, com 6 232autocarros acima das 8 t. comerciali-zados, das marcas MAN e Neoplan.Ainda assim, realizou menos 14% doque em 2008, ano em que comer-cializou 7 227 unidades. Em termos dequota de mercado, porém, consolidouum crescimento de 2%, passando de12,8% para os 14,8%.Embora o volume de negócios tenhamcaído 14%, para os 1,3 mil milhõesde euros, os lucros operacionais dadivisão de autocarros cresceram cercade 21 milhões, passando assim de 19milhões, em 2008, para 40 milhõesno ano passado, sobretudo graças aoplano de reestruturação introduzido em2007.

O vice-presidente de gestão de ven-das de autocarros, Rudi Kuchta, adi-antou ao TRANSPORTES & NEGÓCI-OS que não se prevêem para 2010grandes alterações no mercado. “Es-tamos a compensar algumas perdasna Europa Ocidental com a expansãopara outros mercados. Nos países deLeste a situação já estabilizou e no Bra-sil estamos a entrar em força, não sócom autocarros completos mas tambémna área do fornecimento de chassis”.Em 2009 a MAN viu-se confrontadacom um complicado processo de inves-tigação judicial devido a fraudes denatureza fiscal, que deu origem à de-missão do anterior conselho executivo.O novo CEO da MAN, Georg Pachta-Reyhofen, explicou ao TRANSPORTES& NEGÓCIOS a forma como se de-

senrolou e concluiu todo esse proces-so: “As investigações tiveram início emMaio. A MAN colaborou sempre comas autoridades para ajudar a esclare-cer o eventual ilícito (tivemos de con-tratar cerca de 70 advogados exter-nos para acompanhar e defender asnossas posições) e em Dezembro saiua decisão do tribunal.“Fomos condenados em cerca de 150milhões de euros, tivemos gastos comadvogados externos na ordem dos 30milhões de euros e temos também dedespender cerca de 20 milhões deeuros em impostos que não terão sidopagos. Tudo isto saiu muito caro àMAN. Respeitamos a decisão do tri-bunal, e a partir de agora somos umanova equipa no conselho executivo emcondições de trabalhar bem”.

MAN reforça segundo lugno ranking europeu de aut

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artocarros

MAN investenos BRICO ano de 2009 ficou marcado pelaaquisição das actividades de camiõese autocarros da Volkswagen Brasil epelo lançamento da gama TGS/TGXnaquele território, operação que secompletou em Março; pela parceriacom o construtor chinês de camiões Si-notruck em Outubro; pela preparaçãoda fusão das empresas MAN Diesel& Turbo em Dezembro; e pela passa-gem do Grupo MAN a sociedade eu-ropeia.Por sua vez, o ano de 2010 arrancacom uma joint-venture com a Rheinmet-tal, dando origem à Rheinmettal MANMilitary Vheicles GmBH (RMMV), comuma comparticipação de 49% nestenegócio por parte da MAN. Registam--se também, desde já, o investimentode 300 milhões de euros no Brasil -para o lançamento de um projecto naárea da produção energética - e umaencomenda de 600 autocarros porparte da Deutsche Bahn, num negócioavaliado em cerca de 150 milhões deeuros, com direito de opção para mais350 autocarros em 2011 e 2012.Este ano será ainda consolidado o pro-jecto de lançamento da gama pesa-da de camiões de construção TGSWW, composta por veículos das 19às 41 t., com motorizações Euro 2 e 3,com ordens de potência entre os 350e os 480 cv, destinados aos mercadosde África, Médio Oriente e países doCIS. A MAN vai fornecer também anova gama intermédia CLA nestas re-giões e na Índia e China.No Brasil, onde o governo de Lula daSilva decidiu passar os limites de emis-sões de motores da actual norma Euro3 directamente para o Euro 5, a MANprepara-se para estar na primeira li-nha no fornecimento dos novos equi-pamentos, embora, segundo Rudi Ku-chta, “uma vez que o peso bruto doscamiões de longo curso no Brasil vaiaté às 58 t., vamos ter de desenvolverum motor mais potente para a gamaalta”.

Bus Forumde MuniqueTrata-se de um espaço de exposi-ções e distribuição de autocarrosdas marcas MAN e Neoplan, ondeos clientes destas marcas podemconfigurar com todo o detalhe osautocarros para as suas frotas, des-de o desenho exterior até ao equi-pamento do habitáculo. Tambémpodem ser realizados ensaios comos veículos. Situado mesmo ao ladodo Truck Forum, também ele recen-temente inaugurado e de similararquitectura, o novo edifício possui3 200 metros quadrados, integran-do o espaço de exposições e o de-partamento de entregas das duasmarcas.

NEOPLAN FAZ 75 ANOS. Fundada há 75 anos, por Gottlob Auwärter, aNeoplan evoluiu de carroçador para fabricante de autocarros completos.Actualmente é um construtor da Classe VIP de turismos que produz os mode-los Starliner, Cityliner e Tourliner.No âmbito das comemorações do 75º aniversário, apresentou agora umaedição exclusiva “Spirit Edition” do Cityliner, dotada de inúmeras particulari-dades em matéria de desenho, conforto e segurança, piso interior em imita-ção de madeira nobre, assentos revestidos em pele, etc.Na próxima edição do IAA a Neoplan vai expor, em versão protótipo, onovo Skyliner, um autocarro de turismo de dois pisos com um comprimento de14 metros e um maior número de lugares sentados do que o seu antecessor.Apresenta entre as particularidades exclusivas a nível de design o facto deprolongar as janelas laterais praticamente até à linha do tejadilho. O Skyli-ner estará disponível nos mercados europeus em 2012.

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Dailycom 3 anosde manutenção

O Governo aprovou em Conselho deMinistros um decreto-lei que abre asportas à liberalização progressiva dacriação de centros de inspecção técni-ca de veículos, manifestando a inten-ção de impor a prazo uma tabelamáxima para os preços praticados poresses centros.Para o Executivo esta medida permiti-rá que no futuro haja mais centros deinspecção, comprometendo-se tambéma disponibilizar - através do Portal doCidadão - informações relevantes noque respeita à localização dos centrosde inspecções, horários de funciona-mento e preços praticados.A partir de 2012, será possível tam-bém fazer-se o agendamento das ins-

DAF Trucks NVtem novopresidenteHarrie Schippers será, a partir de 1de Abril, o novo presidente da DAFTrucks NV.Substitui Aad Goodriaan, que deci-diu prosseguir a sua carreira profis-sional fora da empresa.Harrie Schippers encontra-se ao ser-viço da DAF desde 1986, tendo de-sempenhado funções de chefia nasáreas das operações financeiras,marketing e vendas e economiaempresarial.Nos últimos anos desempenhava ocargo de Director Financeiro e per-tencia ao Conselho de Administra-ção da DAF Trucks NV.

Mitsubishi renovou profunda-mente a pick-up L200/Strakar,a qual dispõe a partir de ago-

ra de uma caixa de carga de maioresdimensões e capacidade, um novomotor de 178 cv, caixa de velocida-des automática, um novo visual e re-forço dos níveis de equipamento.A gama foi ainda reforçada com asnovas versões 2WD “Low Rider” cabi-

pecções via internet, quer através doPortal do Cidadão quer do site dasempresas.O novo enquadramento legal para oserviço público não agrada à Associa-ção Nacional de Centros de InspecçãoAutomóvel (ANCIA), que representa asempresas do sector, que reagiu emcomunicado, onde sublinha que anova legislação colocará em risco todaa actividade, o sector empresarial quea desenvolve e a segurança rodoviá-ria.As empresas reclamam também doEstado uma compensação de 400milhões de euros, em resultado dosprejuízos causados pela nova legis-lação.

Inspecçãoautomóvelliberalizada

Mitsubishi renovaL200/Strakar

A Iveco oferece um Contrato de Ma-nutenção Programada de 3 anos ou120 mil quilómetros na compra dosmodelos Daily furgão e Daily chassis--cabina.Esta campanha abrange toda a redede concessionários Iveco e é válida atéao próximo dia 30 de Abril, encontran-do-se apenas limitada ao stock de vi-aturas existente.

na simples e dupla.Ao fim de quatro anos de vida desdeo seu lançamento nos mercados euro-peus, a L200/Strakar contabiliza jácerca de meio milhão de unidadesvendidas, 185 553 das quais nos mer-cados do Velho Continente.O novo modelo continuará a ser pro-duzido na fábrica da Mitsubishi Mo-tors de Laem Chabang, na Tailândia.

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segunda geração do OpelMovano chega ao mercadonacional ainda esta Primavera.

Como principais novidades apresen-ta uma gama alargada de versõesde carroçaria, versões distintas detracção dianteira e traseira, novosmotores, alargamento das opções depeso bruto até às 4,5 t., mais capa-cidade de carga até às 2,5 t., e umcompartimento de carga optimizado.Graças a uma nova plataforma defurgão de grandes dimensões, a gamainclui agora variantes de furgão emquatro comprimentos e três níveis dealtura, versões plataforma, chassis-ca-

Novo Opel Movanochega na Primavera

bina, crew-cab e combi. As versões comtracção traseira podem ser equipadascom rodado duplo no eixo traseiro.A cabina do novo Movano foi conce-bida em função do conforto e da ofer-ta de duma série de características prá-ticas, oferecendo melhor visibilidade emelhorias significativas das posições eajustamentos dos bancos e da colunade direcção.O comprimento de carga dos furgõespode chegar aos 4,4 metros e o volu-me aos 17 metros cúbicos. Nas ver-sões com tracção dianteira os planosde carga são muito baixos. Todas asversões possuem portas laterais de cor-

A rer e portas traseiras com grandes ân-gulos de abertura, para facilitar amovimentação de volumes de gran-des dimensões.A gama de motores é totalmente nova(turbodiesel 2.3 CDTI), recorrendo aosistema de injecção tipo common rail,disponível em ordens de potência de100, 125 e 150 cv, com Euro 4 ouEuro 5, sendo estas últimas dotadasde filtro de partículas. Todos os moto-res vêm acoplados de série a caixasmanuais de 6 velocidades, oferendoa Opel como opcional nas versõesde 125 e 150 cv a caixa robotizadaEasytronic.

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mercado nacional dos semi-reboques está mal, mas piorfica com o comportamento de

vendedores e clientes que privilegi-am exclusivamente o preço, alertaJosé Manuel Roque, um “histórico” dosector, em entrevista ao TRANSPOR-TES & NEGÓCIOS. Alguns já ficarampelo caminho, vítimas do mercado ede si mesmos, diz, mas ainda assimsubsistem demasiados operadores.T&N - No final do ano passado a Ro-ques CVS passou a comercializar emPortugal a marca de semi-reboquesFliegl. Qual está a ser reacção domercado a estes veículos?José Manuel Roque - A Fliegl é uma

marca alemã que constrói integralmen-te semi-reboques em aço. Até ao anopassado éramos importadores daFreuhoff, mas em Espanha a empresaque pertencia ao grupo entrou em co-lapso e nós, para este segmento deproduto, tivemos de mudar de marca.A Fliegl é um produto altamente fiá-vel; as reacções do mercado estão aser boas. Penso que vai responder àsnossas expectativas. Neste momentodisponibilizamos porta-contentores, pla-taformas, porta-máquinas e basculan-tes para o sector da construção e esta-leiro.

T&N - Que outras marcas de semi-re-

Há demasiados operadoresde semi-reboques no mercado

O boques representam em Portugal?José Manuel Roque - Fomos nós quem,verdadeiramente, introduziu os semi--reboques em alumínio em Portugal,quando lançámos a Benalu. Foi muitodifícil. As pessoas estavam habituadasa outros equipamentos. Neste momen-to somos líderes do mercado de semi--reboques integralmente construídos emalumínio.Da Benalu comercializamos fundamen-talmente cisternas basculantes, veícu-los de grande volume com fundos mó-veis para o transporte de produtos agranel e veículos plataforma.Temos também a Chereau, que é umamarca de semi-reboques frigoríficos

José Manuel Roque (Grupo Roques) ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS

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Segmentaçãode mercadoscria novasparticipadasO Grupo Roques dividiu recentemen-te as suas actividades empresariaisem dois segmentos distintos, tendopara o efeito criado duas novas enti-dades.A Roques Comércio de Viaturas e Ser-viços opera exclusivamente na comer-cialização de semi-reboques, equipa-mentos de transporte, serviços de as-sistência e venda de peças para via-turas pesadas.A Roques VT Comércio de Automó-veis é distribuidor dos comerciais Isu-zu e Mega e da Renault Portuguesano distrito de Santarém.O Grupo Roques desenvolve tambémoutras áreas de actividade, atravésde empresas participadas como aRocargo (comercialização de equipa-mentos para carroçarias de pesados),a Metalriba (empresa industrial defabrico de peças e acessórios para ocarroçamento de viaturas pesadas),a Globaltrailer (equipamentos paratransportes), ou a Roquesambiente(veículos e equipamentos ecológicos),entre outras.A empresa-mãe, a Roques Lda, foicriada em 1971 pelo actual admi-nistrador, José Manuel Roques, logoapós a venda da empresa de famí-lia “Camionagem Ribatejana” à JoãoCândido Belo & Companhia, Lda.

altamente conceituada na Europa. Cis-ternas e betoneiras da Baryval para osector da construção; cisternas comcertificação ATP para o transporte deprodutos alimentares sob temperaturadirigida e de produtos químicos daFarcinox; carroçarias de aço fabrica-das integralmente em Handox atravésda marca própria Roctrailer; e carro-çarias em kits pré-fabricados da em-presa espanhola Liderkit.

T&N - Em termos de vendas, como éque o vosso mercado se tem compor-tado?José Manuel Roque - 2009 foi um anomuito mau para o comércio de semi-

-reboques. Em 2008 vendemos cercade 220 semi-reboques, fundamental-mente veículos em alumínio e frigorífi-cos. No ano passado tivemos umaquebra nas vendas de semi-reboquesde cerca de 40%. É trágico. Há de-masiados operadores no mercado. Jádesapareceram alguns, gente que nãosó sofreu os efeitos da crise como tam-bém foram agentes da própria crisepelos preços que vinham praticando.Com o actual nível de stocks, todos osdias os preços baixam. Infelizmente,para muitos clientes só lhes interessa opreço. Não lhes interessa a manuten-ção e assistência técnica, nem ter umfornecedor que lhes assegura as pe-ças e que o veículo não fique imobili-zado.

T&N - Porque é que a Roques CVS nãoaposta também no mercado dos semi--reboques de lonas?José Manuel Roque - Nunca tivemospreços para entrar nessa guerra doschamados veículos TIR. Será talvez omercado onde os preços estejam maisadulterados. É como nos supermerca-dos: há gente que vende em volume epouco lhes interessa as margens.

T&N - Recentemente, a Roquesambi-ente adquiriu a representação para omercado nacional dos veículos comer-ciais ligeiros eléctricos Mega. Como éque as coisas estão a correr?José Manuel Roque - A Mega separouos segmentos de passageiros e comer-ciais. Nós somos importadores dos co-merciais e já vendemos mais de duasdezenas destes veículos, fundamental-mente a autarquias.A gama é composta por furgões ligei-ros, veículos de caixa aberta normaise basculantes, chassis-cabina, pick-upe veículos adaptados para a recolhade resíduos urbanos.

T&N - Continuam a apostar na assis-tência após-venda para pesados?José Manuel Roque - Aqui nas nossasoficinas de Santarém prestamos assis-tência multi-marca a semi-reboques esomos agentes autorizados da Scaniae da BPW, que é um fabricante deeixos e sistemas de travagem e de sus-pensão para semi-reboques. Assistimostambém os camiões da gama ligeiraIsuzu.

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om 348 veículos pesados ven-didos (232 camiões e 116autoarros) a MAN Portugal

obteve um volume global de negóciosde 45,8 milhões de euros em 2009,dos quais 8,3 milhões resultaram davenda de peças.As novas gamas de camiões pesadosTGX/TGS foram as que tiveram maiorprocura, com 186 unidades vendidas,seguindo-se a gama intermédia TGMcom 38 unidades, e a gama ligeiraTGL com apenas 8 unidades.Por segmento de actividade, a marcavendeu no nosso país 81 unidadespara a distribuição pesada, 74 para

C

Em Fevereiro, matricularam-se em Por-tugal 167 pesados de mercadorias,menos 111, ou 40%, que há um ano.Desde 1 de Janeiro, as perdas jáatingem os 273 veículos.Não dá sinais de retoma o mercadonacional de pesados de mercadori-as. Em Fevereiro, praticamente todasas principais marcas estiveram no ver-melho. As excepções foram a DAF ea Mitsubishi.A DAF progrediu seis veículos, em ter-mos homólogos, para as 32 matrícu-

las. O suficiente para apanhar a Re-nault Trucks na liderança do merca-do, ambas com 64 matrículas. Sendoque, em termos homólogos, em 2010a DAF cai 35% e a Renault sobe qua-se 26%.A Mitsubishi matriculou em Fevereiromais três veículos que há um ano. Des-de o início de 2010, a marca sobe10%, com 44 unidades registadas.Em Fevereiro, a Iveco e a MAN fo-ram as marcas que mais perderam,respectivamente 76% e 64%, para 13

o longo curso, 55 veículos para o sec-tor da construção e estaleiro, 14 paratransportes especiais e 8 para a distri-buição ligeira.No que respeita às perspectivas para2010, e segundo responsáveis damarca em Portugal, “de acordo comalguns indicadores recentes, já é pos-sível fazer uma projecção de que asituação económica em Portugal, bemcomo no resto da Europa, irá manifes-tar uma ligeira melhoria no que dizrespeito à venda de pesados. É nossaconvicção que no mercado de pesa-dos de mercadorias acima das 6 tone-ladas deverá haver um ligeiro aumen-

MANPortugalfacturou45,8milhões

to nas vendas da ordem dos 5%”.A nível de novidades de produto, aMAN apresentará na próxima ediçãoda Bauma de Munique o novo TGSWW para o segmento da construção,especialmente concebido para os mer-cados de fora da Europa. Por sua vez,no Salão de Hannover será exposto oprotótipo da futura geração do auto-carro de turismo de dois andares, oNeoplan Skyliner, cuja comercializa-ção terá início em 2012.A MAN vai continuar também a de-senvolver os futuros motores Euro 6 eoutros sistemas de propulsão alternati-vos.

DAF e Renault lideramVendas em Fevereiro caem mais 40%

e oito matrículas. A Volvo cedeu 55%,para as 25 unidades, a Mercedes43% paara as 29 e a Scania 42%para as 14.No cômputo dos dois primeiros me-ses o cenário repete-se, apenas comligeiras nuances: a Iveco perde 69%,a MAN 68%, a Volvo 57% e a Mer-cedes 51%. A Scania “destoa”, comuma uma quebra de apenas 5%.Desde o arranque do ano matricula-ram-se em Portugal 674 pesados demercadorias.

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produção de veículos comer-ciais em Portugal subiu65,5% em Fevereiro, em ter-mos homólogos, aproximan-

do-se dos valores de 2008.Em Fevereiro, produziram-se em Por-tugal 3 420 veículos comerciais, nú-mero que compara com os 2 066 fa-bricados há um ano, de acordo comos dados divulgados pela ACAP. Oresultado, que representa um cresci-mento de quase 66%, ganha maiorrelevo quando comparado com o re-alizado no mês homólogo de 2008,ainda a crise não se fazia sentir: fo-ram então produzidas 3 917 unida-des.Em Fevereiro último fabricaram-se porcá 3 063 comerciais ligeiros, 64,7%acima do registado há um ano (1860) mas ainda abaixo do contabi-lizado há dois anos: 3 327.Nos pesados, em Fevereiro construí-

Produção nacionalcresce 66% em Fevereiro

ram-se 357 veículos (206 há um ano;590 há dois), sendo 346 pesados demercadorias (196 e 580, respectiva-mente) e 11 de passageiros (10 e109, idem).Desde o início do ano, a produçãonacional de veículos comerciais atin-giu as 6 834 unidades, o que repre-senta um crescimento de 46,6% rela-tivamente aos dois primeiros meses de2009. Mas fica ainda quase mil uni-dades abaixo do registado em 2008.Nos comerciais ligeiros atingiram-seos 6 152 veículos (4 189 há um ano),enquanto nos pesados chegou-se aos682 (472).A Mitsubishi do Tramagal foi quemmais cresceu, tendo praticamente du-plicado a produção de comerciais li-geiros e mais do que dobrado o fa-brico de pesados de mercadorias.A Peugeot Citroën, que domina noscomerciais ligeiros, cresceu quase 73%.

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Daimler saida Tata MotorsA participação no capital da Tata Mo-tors deixou de ser estratégica para aDaimler, face ao forte crescimento dassuas actividades directas no mercadoindiano.A Daimler anunciou a venda da parti-cipação de 5,3% que detinha na TataMotors. O negócio foi feito com o acor-do do parceiro indiano. As acções fo-ram colocadas junto de diversos inves-tidores e a sua venda representou umamais-valia de cerca de 300 milhões deeuros.A decisão de sair da Tata é justificadapelo grupo alemão com o facto de assuas operações directas na Índia estaremem franco desenvolvimento, capitalizan-do o crescimento do mercado local.No caso dos veículos comerciais, a Da-imler Índia Commercial Vehicles assu-miu a comercialização dos Fuso no mer-cado, tendo vendido o primeiro veícu-los em Janeiro deste ano.A sucursal indiana está a construir umafábrica em Chennai, que deverá inici-ar a laboração em 2012.

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A

Em 2009 a Scania vendeu em Portugal281 veículos pesados (232 camiões e49 autocarros). Das vendas de camiões77% foram tractores e 23% rígidos. Osegmento de camiões de longo cursoabsorveu 77% das vendas, o de veícu-los especiais 9%, o da distribuição 7%,e o da construção 7%.Na área do pós-venda, a marca sofreuem 2009 uma quebra de cerca de 20%no volume de horas de trabalho na ofi-cina e de 10% no volume de peças co-mercializadas, não obstante o facto daScania ter promovido campanhas, me-nus a preços fixos, contratos de manu-tenção e reparação, descontos, inspec-ções grátis, etc..O ano de 2009 ficou também marcadopelo fim da recém-criada Scania Portu-gal.Segundo Óscar Jaern, director da Sca-nia Portugal Sul, os contratos de alugueroperacional já representam uma fatiaimportante das vendas da marca, “por-que cada vez mais o transportador se

foca no custo operacional por quilóme-tro”, afirmou ao TRANSPORTES & NE-GÓCIOS. A venda de camiões com con-tratos de manutenção e reparação tam-bém tem cada vez maior procura.Em 2010, a marca vai continuar a re-novar o seu portfolio de serviços. “Esta-mos a apostar fortemente nos contratosde manutenção Classic, que oferecemgrandes vantagens e descontos paraclientes com veículos com mais de 5anos”.Para 2010, as perspectivas são caute-losas. “Achamos que o mercado nacio-nal em 2010 vai ser muito similar aode 2009, que foi historicamente baixo.Acreditamos num crescimento do sectora largo prazo. Temos informações, prin-cipalmente a nível de encomendas ematrículas, que indicam que já bate-mos no fundo, uma vez que há váriosmeses consecutivos que o nível de en-comendas estabilizou em níveis baixos”,concluiu o director da Scania PortugalSul.

Scania: mercado já bateu no fundo

Renault Trucks Espanã – Por-tugal comercializou no anopassado 444 veículos pesa-dos (403 camiões e 41 au-

tocarros) no nosso país.Os tractores registaram um volume de303 unidades (75%), os veículos rí-

Tractores dominamvendas Renault

gidos 54 unidades (13%) e a gamaligeira 46 unidades (11%). As vendasconcentraram-se sobretudo acima das6 toneladas, com 357 unidades ven-didas (89%).Por segmento de actividade, o longocurso absorveu cerca de 85% dos veí-

culos comercializados em Portugal. Omercado de veículos de estaleiro so-freu uma quebra, tendo absorvidoapenas 3,8% do volume global devendas Renault. Também o após-ven-da da marca, apesar de ter sido me-nos afectado pela crise económica doque a distribuição, sofreu uma que-bra de 11%.Os responsáveis ibéricos da marcaacreditam que é possível superar jáeste ano os resultados de 2009. Naperspectiva de consolidar esse objec-tivo, pretendem lançar diversas cam-panhas de marketing (ofertas e for-faits de preço fixo), continuando tam-bém a desenvolver a qualidade deserviços.A Renault prevê que o mercado glo-bal de camiões acima das 6 tonela-das atinja em 2010 as 3 100 unida-des em Portugal e as 14 mil em Es-panha.Entre as novidades, a marca desta-ca o lançamento da nova Master, eo Optifuel Tour, um evento que se rea-lizará em Portugal no próximo mês deMaio, onde os clientes se poderãofamiliarizar com as soluções da Re-nault Trucks para economizar combus-tível.

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Varta renovabaterias parapesadosA Johnson Controlsacaba de lançar anova gama de ba-terias Varta Promo-tive, desenhadapara todas as aplica-ções e equipamentos dos veículospesados.A gama é composta pelas linhas Pro-motive Silver, Blue e Black. As linhasPromotive Silver e Blue possuem umanova tecnologia cálcio/prata, assimcomo a sofisticada tecnologia de tam-pa com sistema de labirinto. A linhaPromotive Black foi especialmente con-cebida para ser usada em pequenosautocarros, comerciais ligeiros, maqui-naria de construção, veículos munici-pais, maquinaria agrícola e veículosantigos.Nenhuma das novas baterias requermanutenção. No desenvolvimento des-tes novos produtos, deu-se especialatenção ao âmbito de aplicação doveículo correspondente, com o fim deobter uma vida útil mais prolongadapossível e a máxima rentabilidade.

Nova gamaReta & Socar

Audatex, especialista em so-luções e serviços no domínioda regularização de sinistros

auto, acaba de lançar uma nova so-lução para veículos pesados. Nestaprimeira fase, está disponível para 19modelos de três marcas – Mercedes-Benz, MAN e Iveco.O rigor do preço das peças e a opti-mização dos tempos no orçamento,com um impacto muito significativo nos

Audatex com soluçãopara pesados

valores de mão-de-obra, são aponta-dos como as grandes mais-valias dasolução.“O negócio dos veículos pesados, se-jam camiões ou autocarros, dimen-siona-se à sua própria escala. Hojeem dia, um camião imobilizado custacerca de duzentos euros por dia à em-presa. Assim sendo, a reparação des-tes veículos tem de ser a mais rápidapossível, mas também rigorosa e tec-nicamente correcta. Cada vez mais,as marcas estão sensibilizadas paraa necessidade de criar espaços espe-cíficos para este segmento, formar osseus técnicos e disponibilizar as fer-ramentas específicas”, justifica MárioGarrido, CEO da Audatex.

Repsol lançaGuia deAcessibilidades

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A Reta & Socar prepara-se para lan-çar em Portugal uma nova gama desemi-reboques. Entre as principais no-vidades destaca-se o Multipunto, umveículo de características inovadoras,nomeadamente no reforço da malhafrontal com chapa ondulada e galva-nizada (que garante maior resistênciaaos embates das cargas), cujos interi-ores são revestidos com chapa anti-des-gaste.Os eixos vêm equipados de origemcom o novo modelo ROR, que apre-senta uma tecnologia que proporcio-na maior estabilidade nas operaçõesde transporte, testado e devidamenteadaptado às necessidades dos trans-portadores graças à sua cubicagemvariável, podendo a altura oscilar en-tre os 2750mm e os 2950mm.

A Repsol apresentou o Guia de Aces-sibilidade a Estações de Serviço.O Guia propõe um conjunto de nor-mas que servem de orientação parafacilitar o acesso das pessoas de mo-bilidade reduzida às estações de ser-viço e analisa em detalhe os aspectosque devem ser considerados na cons-trução destas instalações, para que serealize seguindo os critérios de acessi-bilidade.A Repsol é pioneira na adaptação dasua oferta e espaço nas estações deserviço que apresentam problemas demobilidade e outras limitações, sendoesta uma cultura que está presente emtodas as actividades da empresa.

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