Tipos de variação lingüística

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Tipos de variação lingüística Existem dois tipos de variedades lingüísticas: os dialetos (variedades que ocorrem em função das pessoas que utilizam a língua, ou seja, os emissores); os registros ( variedades que ocorrem em função do uso que se faz da língua, as quais dependem do receptor, da mensagem e da situação). Variação Dialetal Variação Regional Variação Social Variação Etária o Variação Profissional Variação de Registro Variação dialetal Cada pessoa traz em si uma série de características que se traduzem no seu modo de se expressar: a região onde nasceu, o meio social em que foi criada e/ou em que vive, a profissão que exerce, a sua faixa etária, o seu nível de escolaridade. Os exemplos a seguir ilustram esses diferentes tipos de variação. a região onde nasceu (variação regional) - aipim, mandioca, macaxeira (para designar a mesma raiz); tu e você (alternância do pronome de tratamento e da forma verbal que o acompanha); vogais pretônicas abertas em algumas regiões do Nordeste; o s chiado carioca e o s sibilado mineiro; o meio social em que foi criada e/ou em que vive; o nível de escolaridade (no caso brasileiro, essas variações estão normalmente inter-relacionadas (variação social) : substituição do l por r (crube, pranta, prástico); eliminação do d no gerúndio (correndo/correno); troca do a pelo o (saltar do ônibus/soltar do ônibus); a profissão que exerce (variação profissional): linguagem médica (ter um infarto / fazer um infarto); jargão policial ( elemento / pessoa; viatura / camburão); a faixa etária (variação etária) : irado, sinistro (termos usados pelos jovens para elogiar, com conotação positiva, e pelos mais velhos, com conotação negativa). Pelos exemplos apresentados, podemos concluir que há dialetos de dimensão territorial, social/profissional, de idade, de sexo, histórica. Nem todos os autores apresentam a mesma divisão para estas variedades, sobretudo porque elas se superpõem, e seus limites não são bem definidos. Variação regional Nesta dimensão, incluem-se as diferenças lingüísticas observadas entre pessoas de regiões distintas, onde se fala a mesma língua. Exemplos claros desta variação são as diferenças encontradas entre os diversos países de língua portuguesa (Brasil, Portugal, Angola, por exemplo) ou entre regiões do Brasil (região sul, com os falares gaúcho, catarinense, por exemplo, e região nordeste, com os falares baiano, pernambucano, etc.). Inúmeros estudos têm sido feitos, no Brasil, com o objetivo de traçar diferenças entre os falares regionais. Experiências, como os Atlas Geolingüísticos, podem ser encontradas: Nesse tipo de variação, as diferenças mais comuns são as que encontramos no plano fonético (pronúncia, entonação) e no plano lexical (uso de palavras distintas para designar o mesmo referente, palavras com sentidos que variam de uma região para outra). VRIAÇÃO DE CARATERSOCIAL/PROFISSIONAL Sob esse ponto de vista, os dialetos correspondem às variações que existem em função da classe social a que pertencem os indivíduos. Incluem-se neste tipo de variedade lingüística os jargões profissionais (linguagem dos advogados, dos locutores de futebol, dos policiais, etc.) e as gírias, que identificam muitos grupos sociais. Na sociedade, os dialetos sociais podem ter um papel de identificação, pois é através deles que os diferentes grupos se reconhecem e até mesmo se protegem em relação aos demais. Essa variação pode resultar também da função que o falante desempenha. Em português, um exemplo desse tipo de variação é o plural majestático, o pronome nós usado por autoridades e governantes nas suas frases, manifestando sua posição de representantes do povo.

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Tipos de variação lingüísticaExistem dois tipos de variedades lingüísticas: os dialetos (variedades que ocorrem em função das pessoas que utilizam a língua, ou seja, os emissores); os registros ( variedades que ocorrem em função do uso que se faz da língua, as quais dependem do receptor, da mensagem e da situação).

Variação Dialetal Variação Regional Variação Social Variação Etária o Variação Profissional Variação de Registro

Variação dialetalCada pessoa traz em si uma série de características que se traduzem no seu modo de se expressar: a região onde nasceu, o meio social em que foi criada e/ou em que vive, a profissão que exerce, a sua faixa etária, o seu nível de escolaridade. Os exemplos a seguir ilustram esses diferentes tipos de variação.

a região onde nasceu (variação regional) - aipim, mandioca, macaxeira (para designar a mesma raiz); tu e você (alternância do pronome de tratamento e da forma verbal que o acompanha); vogais pretônicas abertas em algumas regiões do Nordeste; o s chiado carioca e o s sibilado mineiro; o meio social em que foi criada e/ou em que vive; o nível de escolaridade (no caso brasileiro, essas variações estão normalmente inter-relacionadas (variação social) : substituição do l por r (crube, pranta, prástico); eliminação do d no gerúndio (correndo/correno); troca do a pelo o (saltar do ônibus/soltar do ônibus); a profissão que exerce (variação profissional): linguagem médica (ter um infarto / fazer um infarto); jargão policial ( elemento / pessoa; viatura / camburão); a faixa etária (variação etária) : irado, sinistro (termos usados pelos jovens para elogiar, com conotação positiva, e pelos mais velhos, com conotação negativa).

Pelos exemplos apresentados, podemos concluir que há dialetos de dimensão territorial, social/profissional, de idade, de sexo, histórica. Nem todos os autores apresentam a mesma divisão para estas variedades, sobretudo porque elas se superpõem, e seus limites não são bem definidos.

Variação regionalNesta dimensão, incluem-se as diferenças lingüísticas observadas entre pessoas de regiões distintas, onde se fala a mesma língua. Exemplos claros desta variação são as diferenças encontradas entre os diversos países de língua portuguesa (Brasil, Portugal, Angola, por exemplo) ou entre regiões do Brasil (região sul, com os falares gaúcho, catarinense, por exemplo, e região nordeste, com os falares baiano, pernambucano, etc.). Inúmeros estudos têm sido feitos, no Brasil, com o objetivo de traçar diferenças entre os falares regionais. Experiências, como os Atlas Geolingüísticos, podem ser encontradas:Nesse tipo de variação, as diferenças mais comuns são as que encontramos no plano fonético (pronúncia, entonação) e no plano lexical (uso de palavras distintas para designar o mesmo referente, palavras com sentidos que variam de uma região para outra).

VRIAÇÃO DE CARATERSOCIAL/PROFISSIONALSob esse ponto de vista, os dialetos correspondem às variações que existem em função da classe social a que pertencem os indivíduos. Incluem-se neste tipo de variedade lingüística os jargões profissionais (linguagem dos advogados, dos locutores de futebol, dos policiais, etc.) e as gírias, que identificam muitos grupos sociais. Na sociedade, os dialetos sociais podem ter um papel de identificação, pois é através deles que os diferentes grupos se reconhecem e até mesmo se protegem em relação aos demais.Essa variação pode resultar também da função que o falante desempenha. Em português, um exemplo desse tipo de variação é o plural majestático, o pronome nós usado por autoridades e governantes nas suas frases, manifestando sua posição de representantes do povo. Exemplo: "Vivemos um grande momento no Brasil e tem que ser o momento do Nordeste do Brasil, porque é aqui que se concentra a pobreza" (Presidente Fernando Henrique, JB, 25/01/97)

VARIAÇÃO DE CARÁTER ETÁRIO

Essas diferenças correspondem ao uso da língua por pessoas de diferentes faixas etárias, fazendo com que, por exemplo, uma criança apresente uma linguagem diferente da de um jovem, ou de um adulto. Ao longo da vida, as pessoas vão alternando diferentes modos de falar conforme passam de uma faixa etária a outra

VARIAÇÃO DE REGISTROO segundo tipo de variedade que as línguas podem apresentar diz respeito ao uso que se faz da língua em função da situação em que o usuário e o interlocutor estão envolvidos. Para se fazer entender, qualquer pessoa precisa estar em sintonia com o seu interlocutor e isto é facilmente observável na maneira como nos dirigimos, por exemplo, a uma criança, a um colega de trabalho, a uma autoridade. Escolhemos palavras, modos de dizer, para cada uma dessas situações. Tentar adaptar a própria linguagem à do interlocutor já é realizar um ato de comunicação. Pode-se dizer que o nível da linguagem deve se adaptar à situação.

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NÓIS MUDEMO

Fidêncio Bogo

O ônibus da Transbrasiliana deslizava manso pela Belém-Brasília rumo a Porto nacional. Era abril, mês das derradeiras chuvas. No céu, uma luazona enorme pra namorado nenhum botar defeito. Sob o luar generoso, o cerrado verdejante era um presépio, toda poesia e misticismo

Mas minha alma estava profundamente amargurada. O encontro daquela tarde, a visão daquele jovem marcado pelo sofrimento, precocentemente envelhecido, a crua recordação de um episódio que parecia tão banal... tentei dormir. Inútil. Meus olhos percorriam a paisagem enluarada, mas ela nada mais era para mim que o pano de fundo de um drama estúpido e trágico.

As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes heterogêneas, retardatários. Entre eles, uma criança crescida, quase um rapaz.

- Por que você faltou esses dias todos?- É que nós mudemo onti, fessora. Nóis veio da fazenda. Risadinhas da turma.- Não se diz “nóis mudemo”, menino! A gente deve dizer; nós mudamos, tá?- Tá, fessora! No recreio, as chacotas dos colegas: Oi, nós mudemo! Até amanhã, nóis mudemo!

No dia seguinte a mesma coisa; risadinhas, cochichos, gozações.- Pai, não vô mais pra escola! - Ôxente! Módi quê?- Ouvida a história, o pai coçou a cabeça e disse:- Meu fio, num deixa a escola por uma bobagem dessa! Não liga pras gozações da Mininada! Logo eles esquece.

Não esqueceram.Na quarta-feira, dei pela falta do menino. Ele não apareceu no resto da semana, nem na segunda-feira

seguinte. Ai me dei conta de que eu nem sabia o nome dele. Procurei no diário de classe e soube que se chamava Lúcio – Lúcio Rodrigues Barbosa. Achei o endereço. Longe, um dos últimos casebres do bairro. Fui lá, uma tarde. O rapazola tinha partido no dia anterior para a casa dum tio, no sul do Pará.

É fessora, meu fio não agüentou a gozação da mininada. Eu tentei fazê ele continuá, mas não teve jeito. Ele tava chatiado demais. Bosta de vida! Eu devia di tê ficado na fazenda coa famia. Na cidade nós não tem veis. Nós fala tudo errado.

Inexperiente, confusa, sem saber o que dizer, engoli em seco e me despedi. O episódio ocorrera há dezessete anos e tinha caído em total esquecimento, ao menos de minha parte.

Uma tarde, num povoado à beira da Belém-Brasília, eu ia pegar o ônibus, quando alguém me chamou. Olhei e vi, acenando para mim, um rapaz pobremente vestido, magro, com aparência doentia.

O que é moço?A senhora não se lembra de mim, fessora?Olhei para ele, dei tratos à bola. Reconstituí num momento meus longos anos de sacerdócio, digo, de

magistério. Tudo escuro.Não me lembro não, moço. Você me conhece? De onde ? Foi meu aluno? Como se chama?Para tantas perguntas, uma resposta lacônica:Eu sou “Nóis Mudemo”, lembra?Comecei a tremer.Sim moço. Agora me lembro. Como era mesmo o seu nome?

- Lúcio – Lúcio Rodrigues Barbosa.- O que aconteceu com você?- O que acontece? Ah fessora! É mais fácil dizê o que não aconteceu.

Comi o pão que o diabo amassô. E êta diabo bom de padaria! Fui garimpeiro, fui Bóia fria, um “gato”me arrecadou e levou num caminhão pruma fazendo no meio da mata. Lá trabaiei como escravo, passei fomo, fui baleado quando consegui fugi. Peguei tudo quanto é doença. Até na cadeia fui pará. Eu não devia de tê saído daquele jeito., fessora, mas não agüentei a gozação da turma. Eu vi logo que nunca ia consegui falá direito. Ainda hoje não sei

Meu Deus!Aquela revelação me virou pela avesso. Foi demais para mim. Descontrolada comecei a soluçar convulsivamente. Como eu podia ter sido tão burra e má? E abracei o

rapaz, o que restava do rapaz, que me olhava atarantado.O ônibus buzinou com insistência.O rapaz afastou-me de si suavemente.

- chora não, fessora! A senhora não tem curpa.

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Como? Eu não tenho culpa? Deus do céu!Entrei no ônibus apinhado. Cem olhos eram sem flechas vingadouras par mim. Oônibus partiu. Pensei na minha sala de aula. Eu era uma assassina a caminho da guilhotina.

Hoje tenho raiva da gramática. Eu mudo, tu mudas, ele mudo, nós mudamos, mudamos, mudaaamoos, mudaaamooos..., Super usada, mal usada, abusada, ela é uma guilhotina dentro da escola. A gramática faz gato e sapato da língua materna – a língua que a criança aprendeu com seus pais e irmaos e colegas e se torna o terror dos alunos. em vez de estimular e fazer crescer, comunicando, ela reprime e oprime, cobrando centenas de regrinhas estúpidas para aquela idade.

E os lúcios da vida, os milhares de lúcios da periferia e do interior, barrados nas salas de aula: “Não é assim que se diz , menino!” Como se professor quisesse dizer: “Você está errado! Os seus pais estão errados! Seus irmão e amigos e vizinhos estão errados! A certa sou eu! Imite-me! Copie-me! Fale como eu! Você não seja você! Renegue suas raízes! Diminua-se! Desfigure-se! Fique no seu lugar! Seja uma sombra!”

E siga desarmado para o matadouro da vida...Porto Nacional, 1990.

ATIVIDADES A RESPEITO DO TEXTO ESTUDADO

Parte I01 - Observem as frases a seguir e relacione cada uma conforme o tipo de variação.

(01) Variação cultural (02) Variação histórica (03) Variação geográfica (04) Linguagem de gíria

( ) um “gato”me arrecadou e levou num caminhão( ) Ôxente! Módi quê?( ) Por que você faltou esses dias todos?( ) Ouvida a história, o pai coçou a cabeça e disse.( ) Meu fio, num deixa a escola por uma bobagem dessa!( ) Eu devia di tê ficado na fazenda coa famia.( ) Comi o pão que o diabo amassô.( ) É que nós mudemo onti, fessora. Nóis veio da fazenda.( ) Entrei no ônibus apinhado.

01 – Analise as frases abaixo e identifique aquelas que foram ditas no sentido formal.I) Mas minha alma estava profundamente amargurada.II) A crua recordação de um episodio que parecia tão banal.III) Meus olhos percorriam a paisagem enluarada.IV) Pai, não vô mais pra escola.V) Entre eles uma criança crescida, quase um rapaz.

A respeito das frases acima se considera que:

a) todas estão no sentido formalb) somente a frase I e IV estão no sentido informalc) nenhuma frase encontra-se no sentido formald) somente a frase IV está no sentido informale) N.D.A

02 – A norma padrão é o conceito tradicional, idealizado pelos gramáticos, aos quais a tratam como modelo enquanto a linguagem popular é alvo de preconceitos. Como disse a professora, todos os dias milhares de “lúcios” são barrados nas salas de aulas. O texto nós mudemos nos faz refletir sobre nossas atitudes quanto ao falar popular. A seguir temos algumas situações de reflexão.

“Não se diz “nóis mudemo”, menino! A gente deve dizer; nós mudamos, tá?” Essa foi atitude tomada pela professora diante da fala de Lucio e que comprometeu seu futuro, uma vez que isso ajudou o garoto a desistir da escola. Em relação a essa atitude e com base nos assuntos discutidos em sala de aula julguem as afirmativas a seguir e assinale a mais adequada.

a) A professora agiu corretamente, pois não deveria deixar o Lúcio falar errado.b) Lucio agiu errado, além de não aceitar a professora lhe corrigir ainda abandonou a escola.c) Lucio foi ignorante, preferiu continuar falando errado que aceitar a ajuda da professora.d) Lúcio é apenas uma vítima da situação e a professora não deveria ter agido daquela forma.e) Os alunos foram os responsáveis pela saída de Lúcio, deveriam receber punição por isso.

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03 - Em relação a atitude da professora?

a) Ela agiu corretamente, pois tinha o dever de ensinar Lúcio a falar o português correto.b) Deveria ter castigado os demais alunos que abusavam do Lúcio, pois eles foram covardes.c) Não agiu corretamente, se quisesse chamar a atenção do garoto deveria ser de outra forma.d) Apenas cumpriu com seu papel de professora Lúcio é que foi ignorante.e) Todas as questões acima estão corretas.

04– A melhor forma de um professor reagir numa situação como essa seria.

a) Deixar o Lúcio continuar falando daquela forma e ser alvo de chacotas? b) Não falava nada com o garoto, mas exortava os colegas que estavam abusando dele.c) Chamava a atenção do menino como ela fez.d) Fazê-lo escrever centenas vezes a conjugação do verbo “nós mudamos’ para ele aprender a falar certo.e) Nenhuma das sugestões acima é adequada. 05 - Bosta de vida! Na cidade nós não tem veis. Nós fala tudo errado.

Essa foi uma afirmação do pai do garoto quando a professora foi procurar pelo menino. A partir das questões

abaixo julguem a mais adequada.

a) É verídica a afirmação do pai de Lucio que quem mora na roça fala errado?

b) As pessoas da cidade também falam errado.

c) Falar certo e falar errado é uma visão preconceituosa.

d) As pessoas da roça falam erradas porque não têm acesso a informações.

e) N.D.A.

06 “Eu era uma assassina a caminho da guilhotina. Hoje tenho raiva da gramática. Eu mudo, tu mudas, ele

mudo, nós mudamos, mudamos, mudaaamoos, mudaaamooos..., Super usada, mal usada, abusada, (......) em

vez de estimular e fazer crescer, comunicando, ela reprime e oprime, cobrando centenas de regrinhas

estúpidas para aquela idade.”

Essa é a fala da professora de Lucio quanto deparou com o rapaz naquela situação. O que fez mudar de

comportamento em relação ao ensino da gramática?

a) Simplesmente pelo fato de ter encontrado Lúcio naquela situação depois de tanto tempo.

b) Porque Lúcio contou tudo que ele passou na vida.

c) Porque ela não conversou com Lúcio a tempo dele deixar a escola.

d) Porque ela estudou e percebeu que um ensino baseado em aprender regras gramaticais não era tão

importante como ela achava antes.

e) N.D.A

07 - “Eu mudo, tu mudas, ele mudo”. Essa foi uma conclusão da professora em relação ao ensino da

gramática normativa. Através da fala da professora podemos inferir que:

a) a professora não acredita mais em um ensino focado em cima da gramática normativa.

b) a gramática normativa condena a norma popular e dessa forma pessoas como Lúcio com medo de sofrer

preconceitos podem evitar dar opiniões para não serem alvos de chacotas.

c) a professora condena a forma que a gramática normativa trata o ensino da Língua Portuguesa.

d) a professora não dá importância ao ensino da Língua Portuguesa baseado em normas gramaticais.

e) todas as alternativas estão corretas

08 – A partir das informações abaixo responda:

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I) O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, e assim por diante. II) Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua. III) Fatores como, região, faixa etária, classe social e profissão são os responsáveis pela variação da língua. IV) A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. V) O indivíduo graduado fala somente o linguajar culto enquanto o indivíduo analfabeto fala somente o dialeto popular. VI) Fatores como região, faixa etária, classe social e profissão, são responsáveis pela variação da língua; VII) O que determina a escolha de uma ou de outra variedade linguística é a situação concreta de comunicação. VIII) O uso das vogais abertas em algumas regiões do Nordeste como ménino em vez de menino – quérida em vez de querida e o s chiado carioca e o s sibilado mineiro são exemplos de variações regionais.

a) Todas as afirmativas são verdadeirasb) Somente as afirmativas I – III – IV e VIII são verdadeiras.c) Nenhuma alternativa é verdadeira.d) Somente a alternativa V é falsa. e) Não há alternativa falsa.

COLOQUE V CASO A AFIRMATIVA SEJA VERDADEIRA OU F CASO SEJA FALSA.

( ) A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes.( ) O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, e assim por diante. ( ) Nem individualmente podemos afirmar que o uso da língua seja uniforme.( ) Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua. ( ) A língua portuguesa, como todas as línguas do mundo, não se apresenta de maneira uniforme em todo o território brasileiro; ( ) A variação da língua se dá em função do emissor e em função do receptor. ( ) Fatores como, região, faixa etária, classe social e profissão são os responsáveis pela variação da língua. ( ) A norma culta é melhor hierarquicamente que a norma popular.

Níveis de variação lingüísticaObserve as frases a seguir e diga se trata de linguagem gíria, variação social culta, variação social popular, variação social regional, variação social relacionado à profissão ou variação histórica. a)Foi irado meu! Quando vi aquela multidão toda gritando: bis, bis, bis.....................................

b) Segundo os lingüistas podemos concluir que há dialetos de dimensão territorial, social, profissional, de idade, de sexo e histórica. ..................................................................................

b) Vossa mercê tem idéia de quantas mademoseles comparecerão ao baile do casarão? .............................................................................

c) Vivemos um grande momento no Brasil e tem que ser o momento do Nordeste do Brasil, porque é aqui que se concentra a pobreza. ..............................................................................

d) Ô velho, já faz um tempão que sou dono do meu nariz... ................................................

e) Aí meu, quando cheguei o cara já tinha azulado. --------------------------------------------------------

f) As menina usa biquíni colerido. -------------------------------------------------------------------------

g) Vereadores governistas começaram a balançar em favor da CPI. -----------------------------------

h) No mundo no me sei parelha, (...) mia senhor branca e vermelha, queredes que vos retraia quando vus eu vi em saia! (Cancioneiro da ajuda) ----------------------------------------------------------i) Uma casa foi comprada, ontem pela manhã, pela mãe de José. -------------------------------------