Tintas na Construção Civil

45
Tintas na Construção Civil Aline Guidolin da Luz Ana Paula Piccoli Dudek Damille Pacheco Isabela Maria Nicaretta Letícia Maria Oenning Michelle de Lima Rodrigues

Transcript of Tintas na Construção Civil

Page 1: Tintas na Construção Civil

Tintas na Construção Civil

Aline Guidolin da Luz

Ana Paula Piccoli Dudek

Damille Pacheco

Isabela Maria Nicaretta

Letícia Maria Oenning

Michelle de Lima Rodrigues

Page 2: Tintas na Construção Civil

Constituintes Básicos das Tintas

↓ ↓ ↓ ↓

PIGMENTO RESINA SOLVENTE ADITIVO

Orgânicos Água

InorgânicosSolventes

orgânicos

TINTAS

Page 3: Tintas na Construção Civil

Pigmentos

Sólidos, não voláteis e insolúveis no meio. Promovem cor, opacidade, consistência, durabilidade e resistência à tinta.

• Orgânicos.Exemplos: ftalocianinas azuis e verdes, quinacridonas violeta e vermelha.• InorgânicosExemplos: dióxido de titânio, óxidos de ferro, caulim caulim calcinado.

Page 4: Tintas na Construção Civil

Resina

Não-volátil, conhecida como ligante. Também chamada de veículo sólido.

Responsáveis pela maioria das características físicas e químicas.

Exemplos: fenólicas, epóxi-fenólicas, alquídicas e acrílicas.

Page 5: Tintas na Construção Civil

Solventes

Veículo volátil, incolor e neutro. Melhora a viscosidade, facilitando a

aplicabilidade das tintas e aumentando a aderência ao substrato.

Tintas base solventeTintas base aquosa

Page 6: Tintas na Construção Civil

Aditivos

• Secantes; • Catalisadores; • Antipeles; • Espessantes; • Antiescorrimento; • Surfactantes; • Dispersantes;

• Antiespumantes; • Nivelantes; • Biocidas; • Estabilizantes de

ultravioleta.

Conferem importantes propriedades:

Page 7: Tintas na Construção Civil

Formulação das Tintas

Proporcionamento de matérias-primas.Permite a previsão de algumas de suas

propriedades.

Page 8: Tintas na Construção Civil

Processo de Fabricação

Tintas Base Solvente• Etapas:

1. Pré-mistura: dos insumos de acordo com a fórmula.

2. Dispersão (moagem): desagregamento dos pigmentos e cargas, e formação de uma dispersão maior e mais estável dos sólidos.

Page 9: Tintas na Construção Civil

3. Completagem: mistura dos componentes restantes. Também são feitos acertos da cor, da viscosidade, a correção do teor de sólidos, etc.

4. Filtração e Envase

Page 10: Tintas na Construção Civil

Verniz

• Etapas:

1. Mistura: homogeneização das resinas, dos solventes e dos aditivos em tanques ou tachos.

2. Dispersão (certos casos): para evitar grumos.

3. Filtração e Envase

Page 11: Tintas na Construção Civil

Tinta Látex / Base Água

• Etapas: 1. Pré-mistura e Dispersão (moagem): da água, dos

aditivos, das cargas e do pigmento. Com a dispersão ocorrendo em seguida, no mesmo equipamento.

2. Completagem: são adicionados, em um tanque apropriado, água, emulsão, aditivos e coalescentes.

3. Fitração e Envase

Page 12: Tintas na Construção Civil

Constituintes dos Sistemas de Pintura

● Tinta de Fundo ou “Primer”: Serve para preparar a base para receber a massa.

● Massa de Nivelamento: É aplicada para corrigir irregularidades na superfície.

● Tinta: É a parte visível do sistema de pintura, aplicada para dar acabamento.

Page 13: Tintas na Construção Civil

Classificação das Tintas

● Classificação de acordo com o usuário:־ Quanto ao aspecto do acabamento;־ Quanto à textura;־ Quanto à cor.

● Classificação segundo a composição:־ Sistema de Base Aquosa;־ Sistema de Base Solvente;־ Sistema Bicomponente.

Page 14: Tintas na Construção Civil

Sistema de Base Aquosa

● Produtos à base de água, menor impacto ambiental.● Tintas Látex Acrílica e PVA

־ Apresentam baixo odor, fácil aplicação e secagem rápida.־ Aplicação: argamassa, concreto, bloco de concreto, gesso.־ Ambiente: interno e externo.

● Vernizes Acrílicos־ Aplicação: superfícies de concreto.־ Ambiente: interior.

Page 15: Tintas na Construção Civil

Sistema de Base Solvente

● Produtos à base de solventes orgânicos.● Apresentam baixa resistência à umidade elevada e

elevado teor de VOC.● Esmalte Sintético

־ Aplicação: superfícies metálicas, madeira, concreto.־ Ambiente: interior (fosco) e exterior (brilhante).־ Secagem lenta.

● Verniz Sintético־ Aplicação: superfícies de madeira.־ Ambiente: interior.־ Secagem lenta.

Page 16: Tintas na Construção Civil

Sistema Bicomponente

● Constituído por: componente A (base pigmentada ou verniz) e componente B (agente de cura).

● Tinta e Verniz Epóxi־ Aplicação: superfícies de madeira e concreto, sobretudo em pisos. ־ Ambiente: interior.־ Sensíveis à radiação ultravioleta.־ Elevada resistência a soluções ou vapores de produtos químicos.

● Tinta e Verniz Poliuretânica־ Aplicação: metais, madeira, concreto.־ Ambiente: exterior.־ Boa resistência à abrasão, química e à radiação solar.־ Custo Elevado.

Page 17: Tintas na Construção Civil

Mecanismos de Formação de

Película

• Evaporação• Coalescência• Oxidação• Polimerização (ativação térmica e temperatura

ambiente)• Hidrólise

Page 18: Tintas na Construção Civil

Evaporação

• Processo físico• Solvente evapora sobram moléculas de resina

Moléculas grandes

Grande atração

Material resistente

Page 19: Tintas na Construção Civil

Evaporação

• Vantagens: monocomponente; boa aderência

entre demãos;

• Desvantagens: fraca resistência a solventes –

podem formar bolhas e poros na ocasião da

evaporação.

Page 20: Tintas na Construção Civil

Coalescência

• Tintas dispersas em água.

(Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais, 2010,

IBRACON)

Page 21: Tintas na Construção Civil

Oxidação

• Tintas a óleo

Oxigênio do ar + duplas ligações C Moléculas grandes Enrijecimento

Cuidado:Camadas muito grossas moléculas da superfície

camada líquida inferior

Page 22: Tintas na Construção Civil

Polimerização – Ativação

térmica

• Resinas do tipo fenólicas, epóxi-fenólicas,

silicones.

• Temperatura ambiente não suficiente

Necessidade de um agente para

ativação térmica

Page 23: Tintas na Construção Civil

Polimerização – Temperatura

ambiente• Tintas BI componentes

Um dos componentes é responsável pela cura da tinta.

• É importante ficar atento ao tempo de vida útil da mistura (POT LIFE).

Page 24: Tintas na Construção Civil

Hidrólise

• Resina: silicato de etila, utilizada na fabricação

de tintas de fundo ricas em zinco.

• Umidade do ar para o processo de

endurecimento.

Page 25: Tintas na Construção Civil

Impactos Ambientais das Tintas

• VOC - Composto Orgânico Volátil• Definição: substâncias que participam de

reações fotoquímicas na atmosfera.

• Emissão: durante a pintura, a secagem e os primeiros anos da edificação, principalmente pelas tintas de base solvente e por produtos como thinner e aguarrás.

Page 26: Tintas na Construção Civil

• Efeitos na saúde: problemas respiratórios, irritação e obstrução nasal, desidratação e irritação da pele, problemas na garganta e nos olhos, dores de cabeça e cansaço.

• Pode causar a Síndrome de Edifícios Doentes.

• Na atmosfera: formação do smog fotoquímico.

Page 27: Tintas na Construção Civil

Metais Pesados

• Pigmentos nocivos a saúde: cádmio, cromo hexavalente, chumbo, mercúrio e antimônio.

• Presentes em: aditivos para secagem, alguns pigmentos coloridos, pigmentos anticorrosivos de fundos preparadores (primer).

Page 28: Tintas na Construção Civil

Durabilidade

Durabilidade não é uma propriedade domaterial, mas o resultado da interaçãomaterial-ambiente.

Durabilidade = f (natureza tinta, características

do substrato, condições do ambiente, uso)

Page 29: Tintas na Construção Civil

Envelhecimento

Processo de deterioração nos materiaisresultado dos efeitos combinados de:

LUZ Radiação solar, em particular a ultravioleta, é o

principal responsável pela iniciação do processode degradação.

O que ocorre: alteração da cor, materialquebradiço.

Page 30: Tintas na Construção Civil

Envelhecimento

Processo de deterioração nos materiaisresultado dos efeitos combinados de:

CALOR Temperatura = f (localidade, estação do ano,

fenômenos meteorológicos). Temperatura ambiente ≠ temperatura na

superfície ensaios

Page 31: Tintas na Construção Civil

Envelhecimento

Processo de deterioração nos materiaisresultado dos efeitos combinados de:

UMIDADE Quem fornece os meios para a ocorrência da

degradação:• Química: oxidação, hidrólise e acidiólise.• Física: expansão volumétrica e formação de bolhas.

Page 32: Tintas na Construção Civil
Page 33: Tintas na Construção Civil
Page 34: Tintas na Construção Civil

Envelhecimento

Processo de deterioração nos materiaisresultado dos efeitos combinados de:

BIODEGRADAÇÃO Degradação química causada por ataque de

microbiológico reagem com materiaispoliméricos.

Page 35: Tintas na Construção Civil

Degradação

EM SÍNTESE:

Teor de resina

PVC PorosidadeRetenção de sujeira

Page 36: Tintas na Construção Civil

Métodos de ensaios

• Condições reais X Ensaios de laboratório

• Tinta líquida X Película Seca

• Critérios básicos de avaliação de tintas:

• Proteção de superfícies (Durabilidade)

• Efeito Estético

Page 37: Tintas na Construção Civil

Tinta Líquida

• NBR 15315 - Tinta para construção civil – Método de ensaio para edificações não industriais – Determinação do teor de sólidos

• Permanecem no filme seco (Não voláteis)

• Relaciona-se com o rendimento final da tinta (Custo)

• Expresso em % do volume de tinta

• Informado pelo fabricante

Page 38: Tintas na Construção Civil

Materiais:

• Recipiente de metal, vidro ou cerâmica de fundo plano

(Diâmetro aprox. 75mm)

• Arame metálico

• Estufa com circulação de ar

• Balança Semi-Analítica (Precisão mín. 0,01g)

• Dessecador

Page 39: Tintas na Construção Civil

Procedimento• De acordo com a NBR 15315:

• Secar o recipiente vazio e o arame em estufa a (105 +- 5) °C durante, no mínimo, 5 minutos;

• Resfriar o conjunto até temperatura ambiente em dessecador;

• Pesar o recipiente vazio mais o arame (M0);

• Pesar (2,0 +- 0,20)g da amostra no recipiente com o arame (M1);

• Espalhar a amostra pesada com o arame sobre a superfície do recipiente;

Page 40: Tintas na Construção Civil

• Colocar o recipiente com a amostra e o arame na estufa a (105 +- 5) °C, durante 3 horas;

• Retirar o recipiente da estufa, colocar no dessecador, deixar resfriar até a temperatura ambiente e pesar (M2);

• Repetir a secagem na estufa a (105 +- 5) °C, durante 1h, resfriar no dessecador até a temperatura ambiente e pesar (M3);

• Verificar (M3). Se (M2) for igual a (M3), finalizar o ensaio deste corpo-de-prova. Se (M2) for diferente de (M3) repetir o descrito no item anterior até peso constante;

• Executar o ensaio em triplicata.

Page 41: Tintas na Construção Civil

Resultados

• Calcula-se o teor de sólidos em porcentagem:

% Sólidos = (M3 – M0) / (M1 – M0) X100

Observações:

1. Calcular a média dos resultados obtidos; desconsiderar o valor que esteja diferente de

2% da média. Neste caso, considerar a média dos outros dois resultados.

2. No caso de um dos dois resultados ainda ser diferente da nova média, num valor

superior a 2%, desconsiderar este ensaio e realizar outro.

Page 42: Tintas na Construção Civil

Película Seca

NBR 15299 – Tinta para construção civil – Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais – Determinação do brilho

• “Baseado na medida fotoelétrica da reflexão da luz, incidente nos ângulos de 20 °, 60 °, 85 °, diretamente nas superfícies das películas.”

• Influência da superfície no resultado

• Medida em Unidades de Brilho (UBs)

Page 43: Tintas na Construção Civil

Materiais:• Cartela de PVC preta;

• Placa de vidro incolor plana, com dimensões mínimas de (200 x 120 x 3)mm;

• Placa de vidro tipo carrara preto (black carrara glass – blacktite) – Único que

pode ser usado para vernizes;

• Aparelho para a medição do brilho;

• Extensor de barra com abertura de 150µm;

Page 44: Tintas na Construção Civil

Medição do Brilho

Basicamente, a execução consiste em:

• Aplicar o produto sobre o substrato e deixá-lo secar por aprox. 24h,

em ambiente com troca de ar, temperatura de (25+-2) °C, com U.R.

de (60+-5)%, na posição horizontal;

• Calibrar o aparelho e ajustá-lo no ângulo de 60°;

• Efetuar três leituras em pontos diferentes da película;

• Se os valores forem >70 UB – Refazer com ângulo de 20°

• Se os valores forem <10 UB – Refazer com ângulo de 85°

• Calcula-se a média dos resultados obtidos em UB

Page 45: Tintas na Construção Civil

Referências

• Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais, 2010, IBRACON.

• Apostila Tintas – Curso técnico de Química, Profº. Marcelo Antunes Gauto. Gravataí, 2007.

• Apostila de treinamento – Pintura Industrial com Tintas Líquidas -WEG.

• http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/arquitetura/qual-e-a-diferenca-entre-os-varios-tipos-de-tinta-como-saber-

quando-usar-cada-uma.jhtm

• https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-civil-ii-1/pintura-apresentacao

• http://www.tintasepintura.pt/tintas-de-base-de-solvente/

• Guia Técnico Ambiental Tintas E Vernizes – Série P+L – CETESB – Companhia de tecnologia de Saneamento Ambiental – São Paulo

• NBR 15299

• NBR 15315