TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse...

36
ISSN 0100-1485 Ano 13 Nº 60 Jan/Fev 2016 TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS TINTAS INTUMESCENTES TINTAS INTUMESCENTES ENTREVISTA Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do Conselho de Administração do CIEE/SP Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do Conselho de Administração do CIEE/SP ENTREVISTA

Transcript of TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse...

Page 1: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

ISSN 0100-1485

Ano 13Nº 60Jan/Fev 2016

TINTAS DESENVOLVIDASPARA SALVAR VIDASTINTAS DESENVOLVIDASPARA SALVAR VIDAS

TINTAS INTUMESCENTESTINTAS INTUMESCENTES

ENTREVISTA

Luiz Gonzaga Bertelli,presidente do Conselho deAdministração do CIEE/SP

Luiz Gonzaga Bertelli,presidente do Conselho deAdministração do CIEE/SP

ENTREVISTA

Capa60:Capa35 2/16/16 1:21 PM Page 1

Page 2: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

SC902 Ad 21x28cm Unifrax.indd 2 11/02/2016 12:41:14

Page 3: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

Sumário

4Editorial

O bambu e o vendaval

6Entrevista

Dos bancos escolares paraas bancadas de trabalho

9ABRACO Informa

10Cursos 2016

11Tintas Intumescentes

Tintas desenvolvidas para salvar vidas

34Opinião

Planejamento para mudança é tudo!Maurício Sampaio

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 3

A Revista Corrosão & Proteção é uma publicação oficialda ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão, fundadaem17 de outubro de 1968. É editada em parceria com aAporte Editorial com o objetivo de difundir o estudo dacorrosão e seus métodos de proteção e de controle e con-gregar toda a comunidade técnico-empresarial do setor.Tem como foco editorial compartilhar os principaisavanços tecnológicos do setor, tendo como fonte entidadesacadêmicas, tecnológicas e de classe, doutores mestres eprofissionais renomados do Brasil e do exterior.

Av. Venezuela, 27, Cj. 412Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892www.abraco.org.br

Diretoria Executiva – Biênio 2015/2016PresidenteDra. Denise Souza de Freitas – INT

Vice-presidenteEng. Laerce de Paula Nunes – IEC

DiretoresAécio Castelo Branco Teixeira – química uniãoAna Paula Erthal Moreira – A&Z ANÁLISES QUÍMICASFernando Loureiro Fragata – Consultor/InstrutorM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta – PETROBRASMaria Carolina Rodrigues Silva – EletronuclearEng. Pedro Paulo Barbosa Leite – PetrobrasSegehal Matsumoto – Consultor/Instrutor

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECEng. João Hipolito de Lima Oliver –PETROBRÁS/TRANSPETRODr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGSM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – Univ. Grenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRODra. Célia A. L. dos Santos – IPTDra. Denise Souza de Freitas – INTDr. Ivan Napoleão Bastos – UFRJDr. Ladimir José de Carvalho – UFRJEng. Laerce de Paula Nunes – IECDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQDra. Zehbour Panossian – IPT

Revisão TécnicaDra. Zehbour Panossian (Supervisão geral) – IPTDra. Célia A. L. dos Santos (Coordenadora) – IPTM.Sc. Anna Ramus Moreira – IPTM.Sc. Sérgio Eduardo Abud Filho – IPTM.Sc. Sidney Oswaldo Pagotto Jr. – IPT

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo – SP – 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

Diretores e EditoresJoão Conte – Denise B. Ribeiro Conte

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design – [email protected]

GráficaAr Fernandez

Edição nº 60 de Janeiro/Fevereiro de 2016ISSN 0100-1485

Circulação nacional – Distribuição gratuitaEsta edição será distribuída em março de 2016.

As opiniões dos artigos assinados não refletem a posição darevista. Fica proibida sob a pena da lei a reprodução total ouparcial das ma térias e imagens publicadas sem a prévia auto -ri zação da editora responsável.

Artigos Técnicos

17Aplicação da técnica de traçadores na

detecção de corrosão e incrustaçãoPor Jancler Pereira Nicácioe Rubens Martins Moreira

24Extensão da vida útil das estruturas

de concreto com uso de armaduras deaço-carbono revestidas ou de aço

inoxidávelPor Adriana de Araujo, Anna R.

Moreira e Zehbour Panossian

Sumário60:Sumário/Expedient36 2/15/16 3:43 PM Page 1

Page 4: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

ito pescadores da embarcação Rei Artur, que haviam partido de Natal (RN) em dezembrodo ano passado rumo ao arquipélago de Fernando de Noronha (PE), naufragaram devido a uma fortetormenta e só foram resgatados, após cinco dias à deriva, no litoral do Estado do Ceará. Sobreviveram

graças a um bote salva-vidas, uma pequena porção de ração, consumida a cada 24 horas, e um tanto de águaque também era severamente racionada. A maior parte do tempo, permaneceram na água, agarrados àborda do bote que, mesmo avariado, continuava flutuando.

Certamente tal adversidade poderia ser tema de uma grande produção ci ne matográfica, onde seexploraria a fraqueza humana diante da disputa acirrada por provisões escassas, a luta contra o esgota-mento físico e psicológico e culminaria em um resgate hollywoodiano ou, na pior das hipóteses, naentrega derradeira dos náufragos às profundezas de Netuno.

Gostaríamos de aproveitar esse roteiro (o do final feliz) e traçar um paralelo aqui com o momentoeconômico e político que vivenciamos. A mídia não se cansa de vaticinar a tormenta econômica da qualseremos vítimas neste ano que se inicia e lança esses maus augúrios também para 2017 e, talvez, 2018.

O que fazer? Desistir e naufragar? Não! A sabedoria chinesa nosensina que o bambu curva-se ao vendaval para não se quebrar!Precisamos encontrar alternativas para vencermos os eventuais obs -táculos que ameaçam concretizar-se neste ano, pois a cada criseabrem-se oportuni da des para trilhar novos caminhos.

Recentemente, tomamos conhecimento de um promissor mer-cado que se formou em torno do movimento conhecido comoFunk Ostentação. Verificamos o surgimento de confecções dediversos artigos como roupas, joias, folhados, relógios e outros

itens, com margens altíssimas de lucro (superiores a 1.000 %), as quais podem ser explicadas pelo fatodas pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros (muito caros!). Elas osadquirem para ostentá-los como símbolos de seu status, de sua condição social privilegiada. Quem esta-va atento, aproveitou a onda e se deu muito bem. Na maioria das vezes, as soluções que tanto buscamosestão ao nosso alcance, contudo, elas são dinâmicas… e não costumam ficar paradas muito tempo.

Novos caminhos, velhos desafios. Essa não foi a primeira e nem será a última crise que teremos deenfrentar. E por isso mesmo, não há lugar para pessimismo. Os Estados Unidos, por exemplo, já vive -ram uma série histórica de problemas semelhantes nos últimos cem anos e souberam sobrepujá-los comsucesso, sempre contando com o esforço conjunto dos empreendedores, que confiam e criam um futuromelhor. Desde a Segunda Guerra Mundial, as empresas que mantiveram seus investimentos em pro -paganda e marketing em tempos de crise presenciaram a valorização de suas marcas, produtos e serviçose saíram desses momentos muito mais fortalecidas. A Coca Cola e a GM, entre outras, são exemplosclássicos desse tipo de marketing empresarial vencedor.

A criatividade nos fará vencedores. Vai Brasil!

Tintas desenvolvidas para salvar vidas – Nesta edição, as tintas intumescentes são destaque. Além daproteção anticorrosiva, elas têm demonstrado grande capacidade de retardar a ação do fogo sobre asestruturas de aço, possibilitando não apenas uma evacuação mais segura do local do sinistro, mas tam-bém tempo precioso para o combate contra o incêndio. Em entrevista exclusiva, Luiz Gonzaga Bertelli,um dos fundadores do CIEE – Centro de Integração Empresa-Escola, comenta as ações da entidade nacapacitação e no encami nhamento dos estudantes ao mercado de trabalho.

Boa leitura!

Os editores

O bambu e o vendaval

Carta ao leitor

O que fazer em momentos de crise? Desistir?

Não! A sabedoria chinesa nos ensina que o

bambu curva-se ao vendaval para não se

quebrar! Precisamos encontrar alternativas!

4 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

“”

Editorial60:Editorial36 2/15/16 3:44 PM Page 1

Page 5: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

Eventos envolvidos

36º Congresso Brasileiro de Corrosão

20º Concurso de Fotografia de

Corrosão e Degradação de Materiais

36º Exposição de Tecnologias para

Prevenção e Controle da Corrosão

6th International Corrosion Meeting

O maior evento internacional de corrosão que acontece no Brasil!

Page 6: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

Dos bancos escolares paraas bancadas de trabalho

Há 52 anos, o estágio nascia no Brasil graças ao pioneirismo de um grupo de empresários,

educadores e representantes da sociedade civil que modernizaram o conceito de emprego no País

dvogado, jornalista e pro -fessor universitário, LuizGonzaga Ber telli foi um

dos fundadores do CIEE (Cen -tro de Integração Empresa-Esco -la) e hoje ocupa a presidência doConselho de Administração doCIEE/SP e do Conselho Diretordo CIEE nacional. Ao mesmotempo em que trabalhava comovoluntário na organi za ção, Ber -tel li construíu uma só lida carrei -ra em corporações e en tida desco mo Fiesp, Coper su car, De di -ni, Usi na da Barra, distribuido-ras de combustíveis, e no se torfi nanceiro. Além de exercer apre si dên cia executiva do CIEEdes de 1995, Bertelli tambémpreside a Acade mia Pau lista deHis tória (APH), e é membrodas aca demias Cristã de Letras;Pau lista de Educação, e Paulistade Letras Jurídicas.

É diretor da Fiesp-Ciesp, daAs so cia ção Co mer cial de SãoPau lo (ACSP) e da União dosJuristas Católi cos, e integra oscon se lhos de di versas organiza-ções privadas e pú blicas. Autorde livros sobre edu cação, carreirae energia, ele é articulista de veí -culos de comunica ção.

Como e quando foi criado oCIEE? Houve iniciativas anteri-ores ou esta foi pioneira?Luiz Gonzaga Bertelli – Há 52anos, o estágio nascia no Brasil,

social, voltada à inclusão socio-profissional dos jovens brasileirospor meio do estágio e da aprendi -zagem. É uma organização queado ta o modelo de governançacor porativa, com conselhos de ad -ministração e fiscal atuantes que,respectivamente, defi nem e fisca -li zam estratégias e metas a seremcumpridas por um quadro opera-cional, totalmente profissio na li -zado. Não conta com qualquerre passe direto dos cofres públicos,ten do como fonte de renda os ser -vi ços que presta às empresas e ór -gãos públicos conveniados. Suare ceita é revertida em serviços eatendimentos gratuitos aos diver-sos públicos que atende, semprecom foco na educação e na capa -ci tação para o trabalho de estu-dantes, aprendizes, pes soas comde ficiência, comuni dades caren -tes, adultos analfabetos, morado -res de rua e detentos em re gi mesemiaberto.

Qual é a estrutura atual doCIEE nacionalmente?Bertelli – O CIEE conta comuma rede de mais de 350 uni -dades, po los de capacitação e pos-tos de aten dimento a estudantes,institui ções de ensino, empresas eórgãos públicos, que cobrem todosos estados e Distrito Federal. Em -bora ofe reça atendimento presen-cial, sua atuação é totalmente in -for matizada, o que garante agili-

com a instalação do CIEE, umaorganização não go vernamentalpioneira, com perfil dife ren ciado eobjetivo de fi ni do: introduzir noBrasil uma, até en tão, inédita mo -dalidade de qua lifica ção de mãode obra, que con sistiria em aliar oensino teó ri co à prática profissio -nal, a fim ace le rar a formação deprofissio nais mais qualificados,aptos a atender à demanda deuma eco nomia que rapidamentecrescia e se modernizava.

Qual pessoa ou grupo ideali-zou esse projeto?Bertelli – O CIEE foi fundado, emSão Paulo, por um grupo de em -presários, educadores e repre sen -tan tes da sociedade civil, que bus -ca ram, com o estágio, contri buirpa ra re for çar a empregabilidadedos estudan tes, oferecer às empresasum eficaz caminho pa ra recrutar,trei nar e selecionar ta lentos quedes sem, a curto pra zo, o suporteadequado a seus pla nos de expan-são e dar susten tabilidade ao de -senvolvimento so cioeconômico, quetem co mo um dos pilares a per -manente formação e moderniza-ção do capital humano do País –diferenciais que nasceriam da in -tegração en tre a escola e a empresa.

Que pessoa ou grupo investiu etem levado avante esse projeto?Bertelli – O CIEE é uma enti-dade filantrópica de assistência

6 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

Luiz GonzagaBertelli

Entrevista

Entrevista60:Entrevista36 2/15/16 3:47 PM Page 1

Page 7: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

dade e am plitude nacional aosser viços que presta.

O que são as unidades autôno-mas do CIEE? Por que há ne -cessidade dessa autonomia dealguns estados ao invés de umaadministração unificada?Bertelli – Com a adesão ao estágiocrescendo exponencialmente, sur -giu a necessidade de agilizar oaten dimento num país continen te,optando-se por conceder auto no -mia aos estados com economia e es -trutura empresarial mais for tes –lembrando que, à época, não con-távamos com as facilida des geradaspela posterior disse mi nação da in -for mática. Assim, fo ram constituí-dos os CIEEs au tô nomos do RioGrande do Sul, Santa Catarina,Paraná, Rio de Janeiro, Minas Ge -rais, Espírito Santo e Pernambuco,que integram, com São Paulo euni dades administradas (18 esta-dos e Dis trito Federal), o SistemaCIEE Na cional, que tem sede emBra sília e assegura a manutençãodos princípios e valores legados pe -

los fundadores em todo o País.

Quais são as parcerias institu-cionais do CIEE?Bertelli – O CIEE sempre buscaparcerias institucionais com en -tida des sérias, que priorizam açõesvol ta das à educação, à inclusão e àci dadania. Assim, atua em parce-ria com diversas organizações. Porexemplo, Ordem dos Advogados doBrasil (OAB), Fundação RobertoMarinho, jornal O Estado de S.Paulo, Academia Brasileira de Le -tras (ABL), Secretaria Nacionalde Políticas sobre Drogas (Senad)do Ministério da Justiça, Conselhode Administração do Direito Eco -nô mico (Cade), Instituto de Advo -ga dos de São Paulo (IASP) ediversas outras academias setoriais,como as de História, Letras Jurí -dicas e Educação.

O CIEE realiza alfabetização,eventos socioculturais, concur-sos literá rios, entre outros proje-tos. Por que e quando esse enfo -que mais amplo ganhou rele -

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 7

vância em uma entidade queori gi nalmente promove a inte-gração entre escola e empresas?Bertelli – Entre os estudantes queprocuram o CIEE, sempre houveum grande número de jovens que, apar da capacitação prática, buscamuma fonte de renda para custearseus estudos, sem prejudicar as au -las, e até auxiliar no orçamentofamiliar, em alguns casos. Esse tri -plo benefício é garantido pela bolsa-auxílio, remuneração obrigatóriapor lei que deve ser concedida aosestagiários. Ao atendê-los e acom -pa nhá-los nas atividades do estágio,o CIEE se sensibilizou com a situa -ção das famílias e das comunidadesonde vivem. Assim, nasceram ospro gramas assistenciais gratuitosvol tados às faixas mais vulneráveis.Outros programas destinam-se asu prir crônicas e conhecidas fragili-dades da educação brasileira, comoa deficiência de leitura e escrita, odebate de grandes questões nacio -nais por especialistas, os cursos pre -senciais e de educação à distânciavoltados ao desenvolvimento de ha -

Foto

: Edg

ar M

arra

Entrevista60:Entrevista36 2/15/16 3:47 PM Page 2

Page 8: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

bilidades e competências exigidasno mercado de trabalho etc.

Em eventos da ABRACO, co -mo o INTERCORR, vemos umnúmero crescente de estudantesparticipando e criando uma in -tegra ção espontânea entre esco-la e empresas. O CIEE tambémin centiva atividades paralelasco mo a que acabamos de citar?Bertelli – Sem dúvida. É o caso,por exemplo, de ações como nossaFei ra do Estudante—Expo CIEE(que chega à 19ª edição em SãoPaulo, já foi realizada no Rio deJaneiro e será aberta em fevereiroem Goiânia), sem falar em nossaparticipação em dezenas de feiras econgressos voltados à educação e aomercado de trabalho. Além disso,realizamos uma série de eventosdes tinados a sensibilizar as empre-sas para a causa jovem, para asquais congregamos também asinstituições de ensino.

O CIEE realiza alguma pes qui -sa para avaliar quanto a enti-dade influencia a empregabili-dade no Brasil?Bertelli – Consultorias externasrealizam a cada quatro ou cincoanos pesquisas para aferir a ava -liação das empresas e dos jovenscom relação aos programas de es -tágio e aprendizagem. Esses le -vantamentos são completados porcontatos re gulares de nossas equi -pes com nossos públicos (estudan -tes, escolas, em presas) que inclu -em, entre suas ati vidades, levan-tamentos de opi nião e de satis-fação com nossos ser viços. Pa ra -lelamente, entre as en quetes querealizamos em nosso Por tal, le va -ntamos a opinião dos jo vens comrelação a aspectos do es tágio eapren dizagem, que confirmam aimportância da capacitação prá -ti ca e teórica na empregabilidade.

Qual é a qualificação exigidadas empresas e dos alunos paraparticipação do processo que

envolve o CIEE?Bertelli – Entre as exigências daLei 11.788/2008, que rege o es -tágio, as empresas (de qualquerra mo e qualquer porte) devemali nhar o programa de capacita -ção à área e a etapa do curso queo estagiário frequenta; pagar bol -sa-auxílio mensal e um segurocontra acidentes pessoais; preen -cher relatórios; conceder um mêsde recesso, entre ou tras obriga ções.Já os estudantes de vem ter mais de16 anos, estar re gu lar mente ma -triculado e frequentando os ensinosmédio, técnico, su perior ou edu -cação de jovens e adul tos. Res salte-se que os estágios só podem ser rea -li zados com concordância expressada instituição de ensino em queestá matriculado.

Há dados que permitem avaliara atuação do CIEE no segmen-to de petróleo, gás e naval?Bertelli – Considerando todos osse tores desses segmentos, 1.584em presas são parceiras do CIEE(São Paulo e unidades adminis -tradas). No total, elas oferecemopor tuni dades de formação pro -fis si onal a 5,5 mil estagiários eaprendizes.

Comente sobre a lei que rege oestágio. Quais os benefícios pa -ra as partes envolvidas?Bertelli – A Lei 11.788/2008

veio aprimorar a legislação ante-rior. En tre os principais benefí-cios: explicitou a possibilidade decon tra tação de estagiários porpro fissio nais autônomos (advoga-dos, contadores etc.); definiu osdireitos dos estagiários (a maio riados quais já vinha sendo atendi-da pelas organizações parceirasdo CIEE) e as obrigações da em -presa contratante; assegurou agra tuidade a todos os serviços queos agentes de integração prestamaos jovens (que o CIEE cumpredesde sua fundação). Entre ospon tos que ainda necessitamaper feiçoamento, destaque para arevisão do prazo máximo de doisanos para contrato de estagiáriona mesma empresa.

Existem alunos que tenham sedestacado no processo de está-gio e que possam ser registra-dos como trajetória profissio -nal relevante?Bertelli – Nosso estagiário nº 1, JoséFeliciano foi diretor de vários ban-cos, como City, Unibanco e HSBC.Célio Antunes passou de estagiáriodiretamente a presidente da Im -pacta, empresa da área de TI, fun-dada em 1988. Ivan Zu rita, ex-presidente da Nestlé, foi estagiáriodo CIEE. Como esses, há milharesde profissionais que têm no estágioo ponto de partida para bem-suce-didas carreiras.

8 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

Entrevista60:Entrevista36 2/15/16 3:47 PM Page 3

Page 9: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

ABRACO Informa

Neste ano, o maior evento internacional de corrosão, realizado no Brasil, o INTERCORR, terácomo palco a Saint-Tropez brasileira, a cidade de Búzios no estado do Rio de Janeiro, a qual foiescolhida mediante uma enquete durante o INTERCORR 2014, sediado em Fortaleza (CE).

Búzios é uma península paradisíaca com oito quilômetros de extensão e 23 praias, recebendo deum lado correntes marítimas do Equador e do outro correntes marítimas do polo sul, o que faz comque tenha praias tanto de águas mornas quanto de águas geladas. A exploração turística e a ocu-pação imobiliária da região tiveram início após a fama internacional dada ao local pela atriz france-sa Brigitte Bardot que visitou o, então, vilarejo em 1964.

O INTERCORR 2016 será realizado entre os dias 16 e 20 de maio no Atlantico BúziosConvention & Resort que possui o maior centro de convenções da região dos lagos com capacidadepara até 1.500 pessoas.

Reunindo profissionais, universidades, institutos de pesquisas e empresas do setor, o INTER-CORR proporciona um rico intercâmbio de conhe cimentos e experiências recentemente adquiri-dos com os estudos da corrosão e suas mais variadas formas de controle e prevenção. O comitê orga-nizador já está em fase final de negociação com os palestrantes de conferência plenária, mesas-redondas e palestra de abertura e espera contar com a participação de profissionais de alto gabaritonacional e internacional, provenientes de todos os segmentos da corrosão, conferindo ao evento altaconfiabilidade e sofisticação.

Aproximadamente 25 expositores estarão presentes e serão apresentados, na edição de 2016,mais de 200 trabalhos, divididos entre exibição oral e formato pôster e distribuídos nas seguintesmoda lidades: Proteção Catódica, Pintura Anticorrosiva, Revestimentos Metálicos, Revestimentosde Dutos, Produtos Químicos, Corrosão Microbiológica, Construção Civil, Monitoração/CorrosãoInterna, Eletroquímica, Corrosão por Esforços Mecânicos, Ensino da Corrosão, Corrosão na In -dústria de Óleo e Gás e Materiais Resistentes à Corrosão.

Como ocorreu nas edições anteriores, outros eventos ocorrerão simultaneamente ao INTER-CORR: o 36º Congresso Brasileiro de Corrosão, o 20º Concurso de Fotografia de Corrosão eDegradação de Materiais, o 6th International Corrosion Meeting e a 36ª Exposição de Tecnologiaspara Prevenção e Controle da Corrosão.

Comitê OrganizadorO Comitê Executivo do evento é composto por Denise Souza de Freitas (presidente) – INT,

Gu temberg de Souza Pimenta (vice-presidente) – Consultor.O Comitê Técnico Científico é formado por Simone Louise Delarue Cezar Brasil (presidente) –

EQ/UFRJ, Neusvaldo L. Almeida (vice-presidente) – IPT, Álvaro Augusto O. Magalhães –PETROBRAS/CENPES, André Koebsch – PETROBRAS, Athayde Araújo Tell Ribeiro – ABRA-CO, Carlos Alexandre Martins da Silva – TRANSPETRO, Célia Aparecida Lino dos Santos – IPT,Cynthia Andrade – PETROBRAS/CENPES, Fernando de Loureiro Fragata – CONSULTOR,Ilson Palmiere – PETROBRAS, Ivan Napoleão Bastos – UERJ, Jaqueline Rodrigues – ABRACO,João Paulo Klausing – PETROBRAS, Joaquim Quintela – PETROBRAS, Jorge Fernando PereiraCoelho – PETROBRAS, José Antônio da Cunha Ponciano Gomes – UFRJ, Ladimir José deCarvalho – UFRJ, Mauro Barreto – IEC e Walter Cravo Junior – INT.

INTERCORR 2016 reúne expoentes do setor da corrosão

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 9

AbracoInforma60:AbracoInforma36 2/15/16 3:49 PM Page 1

Page 10: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

Cursos

Calendário 2016 – De Fevereiro a Julho

1 Turma somente aos sábados2 Exceto 26/3, 23/4 e 28/53 Curso Intensivo (para alunosnão aprovados no curso regular

ou como revisão paraprova de qualificação)4 Rio Grande do Sul

Mais informações: [email protected][email protected]

Cursos horas Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

Pintura IndustrialBásico – Rio de Janeiro / RJ 8 18Inspetor N1 – Rio de Janeiro / RJ 96 15 a 27 25/4 a 7/5 13 a 25Inspetor N1 – Macaé / RJ 96 7 a 19 4 a 16Inspetor N1 – São Paulo / SP 96 18 a 30Inspetor N1 – Recife / PE 88 30/5 a 10/6Inspetor N1 – Porto Alegre / RS 88 28/3 a 8/4Inspetor N1 – Rio de Janeiro / RJ 1 96 5/3 a 4/6 2

Inspetor N1 – Rio de Janeiro / RJ 3 40 11 a 15Inspetor N2 – Rio de Janeiro / RJ 40 27/6 a 1/7Pintor e Encarregado – Rio de Janeiro / RJ 40 28/3 a 1/4Encarregado – Itinerante 80 11 a 22 4

Delineador – Rio de Janeiro / RJ 80 30/5 a 10/6

Corrosão e Proteção CatódicaBiocorrosão – Rio de Janeiro / RJ 24 9 a 11Corrosão de materiais na produção deóleo e gás – Rio de Janeiro / RJ 40 4 a 8Corrosão: Fundamentos, monitoraçãoe controle – Rio de Janeiro / RJ 24 6 a 8Corrosão, revestimento (Pintura)e proteção catódica – Rio de Janeiro / RJ 24 4 a 6Básico de proteçãocatódica – Rio de Janeiro / RJ 8 27Curso para profissionais deproteção catódica – Rio de Janeiro / RJ 80 18 a 29

Atenção: Calendário sujeito a alterações

Desde janeiro de 2016, a ABRACO passou aoferecer mais uma modalidade de pagamento pa -ra as inscrições em seus cursos: o parcelamentoem até cinco vezes no cartão de crédito, realizadopelo PagSeguro.

O boleto bancário será mantido e, dependen-do da data de inscrição, o valor poderá ser parce-lado em até três vezes.

A iniciativa de diversificar e facilitar o paga-mento das inscrições tem o objetivo de motivar osprofissionais da área a investir em seu aperfeiçoa-mento por meio dos cursos promovidos pelaABRACO.

Mais informações sobre a nova modalidade depagamento já estão disponíveis no site da associ-ação (www.abraco.org.br). As inscrições para asprimeiras turmas de 2016 estão abertas.

Inscrições em cursos agora parceladas no cartão de crédito

10 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

Cursos60:Cursos36 2/15/16 3:51 PM Page 1

Page 11: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

Tintas Intumescentes

Novas pesquisas para o aperfeiçoamento dos revestimentos intumescentes que agem retardando a ação

do fogo têm surgido e ganhado grande aceitação no mercado de proteção contra incêndio

Tintas desenvolvidas para salvar vidas

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 11

Foto

: Edo

uard

Fra

ipon

t

egundo a World SteelAs so ciation, a constru -ção ci vil consome 50 %

da pro dução mundial de aço.Por ser onipresente nas edifi-cações modernas, há um esfor -ço enor me de to da a Ciência nosentido de pro tegê-lo a fim dega ran tir o pro longamento desua vida útil e, portanto, de nos -sas cidades.

A corrosão é, talvez, a grandealgoz das estruturas metálicaspor agir de forma constante e si -lenciosa, mas de forma alguma aúnica. A história não nos deixaesquecer o sofrimento e a des -trui ção causados pe lo fogo emobras contruídas pelo homem.

É a primeira vez que a revista

Corro são & Prote ção aborda esse assunto e procurou ouvir espe cia -listas de diversas áreas que estudam a ação do fogo sobre estruturasmetálicas e estão em várias frentes para a divulgação das chamadas tin-tas intumescentes que visam mini mizar ou retardar seus efeitosdeletérios sobre o aço, assim, salvaguardar, tanto quanto possível, vidase patrimônio.

IntumescênciaOs materiais utilizados na proteção passiva contra o fogo (PPCF)

isolam a estrutura de aço dos efeitos das altas temperaturas que podemser geradas por um incêndio. Eles podem ser divididos em três grupos,como materiais projetados, materiais rígidos ou semirrígidos e materi-ais intumescentes.

Os materiais intumescentes se parecem com as tintas de proteçãocontra a corrosão, porém, quando “estimulados” pela elevação da tem-peratura ambiente, eles reagem e expandem seu volume. Este é o prín-cipio sobre o qual se baseia a atuação de uma tinta intumescente. Elafoi desenvolvida com um “gatilho” que dispara uma reação em cadeiacuja característica mais notável é sua expansão volumétrica. Ao seinchar, forma-se uma camada protetiva que reduz, durante um certo

MateriaCapa60:MateriaCapa37 2/15/16 3:52 PM Page 1

Page 12: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

tempo, a velocidade de transferência de calor entre o ambiente e aestrutura (em geral, metálica) que ela recobre. Segundo FábioDomingos Pannoni, consultor técnico da Metalúrgica Gerdau S. A.,esse material permanece inerte em baixas temperaturas e somentecomeça a gerar uma camada carbonizada de materiais de baixa con-dutividade térmica quando a temperatura ambiente atinge o patamarde 200 ºC a 230 °C. Nessa temperatura, o aço ainda está com todasua resistência original resguardada, pois suas propriedades mecânicasnão são afetadas até temperaturas próximas de 400 °C.

A escolha da tintaAs tintas intumescentes possuem formulações desenvolvidas

especificamente para obter resultados satisfatórios segundo o tipode incêndio que pode ser deflagrado em cada ambiente. O proces-so de combustão comporta-se de forma diferente, dependendo domaterial que o alimenta. “O tipo de incêndio depende do com-bustível. Estruturas civis tendem a ter papel, plástico, tecido,madeira… Esse incêndio é denominado celulósico. Sua queima émais branda, atingindo cerca de 550 ºC após 20 a 30 minutos deincêndio, em média. Já quando falamos em indústrias químicas,refinarias, plataformas de petróleo, os combustíveis, em geral, sãoorgânicos. Neste casos, o incêndio alcança 1000 ºC em menos dedez minutos e é conhecido como de hidrocarbonetos”, ensinaPriscila Tavares, coordenadora de Desenvolvimento de Negócios daSherwin-Williams do Brasil.

Assim, vemos que, em geral, as tintas intumescentes com base emresina acrílica são empregadas como a solução mais apropriada paracasas e escritórios e as de base epoxídica, para incêndios de hidrocar-bonetos em plataformas de petróleo, por exemplo.

Como agem as tintasOs revestimentos intumescentes possuem os seguintes ingredi-

entes:1. Um catalisador que dá início à reação e se decompõe sob efeito do

calor, produzindo um ácido mineral como, por exemplo, o ácidofosfórico. Em geral, esse catalisador contém uma alta percentagemde fósforo. Exemplos típicos são o polifosfato de amônio, fosfato dediamônio, fosfato de uréia e o fosfato de melamina.

2. Um agente carbonizante, como o amido ou o açúcar, que é ataca-do pelo ácido mineral a fim de formar uma massa carbonácea. Estaespuma carbonácea forma uma barreira incombustível;

3. Um aglutinante ou resina que amolece a uma temperatura prede-terminada, formando uma pele expansível que resiste ao escape dosgases. Várias resinas podem ser utilizadas, por exemplo, as alquídi-cas, epoxídicas, acrílicas e poliuretânicas. Este é um ingrediente--chave na formulação, pois além de ter as propriedades normaispara as aplicações de revestimentos, essa resina ligante tem de sedegradar na mesma faixa de temperatura que os outros ingredi-entes, de modo a permitir que as rea ções químicas possam ocorrer.Ela tem de ter também uma viscosidade de fusão que não seja nemmuito baixa nem muito alta para que a espuma possa se expandir.Essa viscosidade pode ser comparada à de uma goma de mascar quese infla com os gases liberados durante a degradação dos in -gredientes e os mantém dentro da matriz fundida;

4. Um agente espumífico, por exemplo, parafinas cloradas e a melami -na cristalina, que se decompõe juntamente com a fusão do ligante,

liberando grandes volumes degases não-inflamáveis. Essesgases incluem o dióxido decarbono, amônia e vapor deágua. A produção desses gasespromove a expansão da massacarbonácea, ge rando umaespuma carbonácea, que seexpande, no mínimo, 60vezes o volume original datinta e promovendo, assim, aproteção térmica.Os revestimentos intumes-

centes mais empregados na con-strução civil podem ser tanto àbase de solvente como à base deágua, e normalmente possuemuma espessura de película secainferior a 3 mm.

AplicaçãoO sistema de pintura intu-

mescente é composto pelas eta-pas de tratamento de superíficiedo aço e aplicação da tinta defundo (primer); seguida do reves-timento intumescente; e da tintade acabamento (top coat).

PreparaçãoA preparação superficial da

estrutura metálica deve ser prefe -rencialmente jato abrasivo pa -drão SA 2½ (ISO 8501-1:1988)ou SSPC-SP6. Lixa mento me -cânico padrão ST3 (conformeSIS-055900/1967) pode rá seraceito desde que au torizado pelofabricante do pri mer e da tintaintumescente.

Após o jateamento deve seraplicado uma tinta de fundo(primer) adequadamente homo -lo gada pelo fabricante fornece-dor do revestimento de proteçãopassiva contra fogo na espessurade 50 a 75 μm. Em geral, as tin-tas de fundo à base de epóxi sãoaplicadas em espessuras na faixade 75 μm a 100 μm. Quando atinta de fun do não for testadapelo fornecedor de ProteçãoPassiva Contra Fogo (PPCF), érecomendada a realização detestes em campo e em labora -tório do fabricante para avali-

12 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

MateriaCapa60:MateriaCapa37 2/15/16 3:52 PM Page 2

Page 13: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

ação do sistema.Seria inte ressante que tanto

o tratamento de superfíciecomo a aplicação do primer fos-sem executados pelo fabricantedas estruturas metálicas, por sermais econô mico. Contudo,segundo Fa bri cio RibeiroAnias, diretor técnico da PCFSoluções em Engenharia, asaplicações off-site de tinta intu-mescente são mais comuns naEuropa.

“A maioria dos grandes fa -bricantes de estruturas metáli-cas no Bra sil já tentaram aplicartintas intumescentes em suasfábricas e enviar os perfis já pro-tegidos para montagem, mas acomplicada logística de aplicarvárias demãos na fábrica, cominterva los razoáveis de secagemen tre demãos, bem como aquantidade elevada de abusosmecâ nicos que a tinta sofre notransporte e montagem acabampor desestimular essa prática.Além de caros, dificilmente osreparos em tintas intumescen -tes conseguem manter o mes -mo ní vel de acabamento visualdo res tante do perfil, em funçãodas elevadas espessuras de apli -ca ção”, alerta Anias.

Camada intumescenteAs espessuras necessárias das

tintas intumescentes normal-mente são muito maiores doque as das convencionais, co -brindo uma faixa que se estende

desde 200 μm até a 6.000 μm, conforme o tipo de estrutura e oTRRF (Tempo de Resis tência Requerido ao Fogo) reco mendado.Quanto maior a espessura, maior deve ser o cuidado com a apli-cação, especialmente no tocante ao número de demãos e ao con -trole de umidade e acabamento.

A maior parte dos revestimentos intumescentes fornece pro-teção contra incêndios, de forma econômica, por até 60 minutos.“Atualmente, existem tintas intumescentes no mercado que sãocompetitivas com outros sistemas de proteção por até 90 minutos.Poucas tintas intumescentes podem atingir 120 minutos deresistência ao fogo”, explica Panonni.

Os revestimentos para fogo celulósico são, em sua maioria,monocomponen tes e podem ser aplicados via pistola airless, compressão de opera ção a partir de 2500 psi. Tam bém há a opção,recomendada para retoques, principalmente, como o uso de trincha.

Já os revestimentos para fogo de hidrocarbonetos podem seraplicados com o uso de espátulas, ou equipamento airless pluralcomponente aquecido. Há, em última instância, o uso de equi pa -mento airless single leg, com produto já misturado e diluído, masmuito pouco reco mendada por fabricantes, por alterar pro-priedades de cura e provocar o risco de erros na aplicação da espes-sura correta.

É recomendado que o aplicador tenha uma certificação do for -necedor de PPCF. Essa certificação é baseada tanto na experi ênciadesse aplicador, quanto no treinamento prático e teórico da equipedo aplicador nos produtos do fornecedor. Essa homologação ga -rante o alinhamento de informações acerca dos produtos do fabri-cante de PPCF.

AcabamentoA aplicação de uma tinta de aca bamento (top coat) que irá prote-

ger a camada intumescente da atmosfera e permitir a coloração do sis-tema. Segundo Antonio Fernando Berto, engenheiro civil, chefe doLaboratório de Segurança ao Fogo e Explosão do IPT (Instituto dePesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), o top coat também éum revestimento com espessura elevada. Os fabricantes recomendam,

Fabio Domingos Panoni –Consultor Técnico da Gerdau(Metalúrgica Gerdau S/A)

Foto

: PC

F So

luçõ

es E

ng.

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 13

MateriaCapa60:MateriaCapa37 2/15/16 3:52 PM Page 3

Page 14: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

DurabilidadeAntes da aplicação, a tinta

pode permanecer estocada deseis a 24 meses sem nenhumproblema. Após sua aplicação,sua durabilidade depende exclu-sivamente do tipo de exposição aque ela ficar sujeita e do trata-mento dado às superfícies. Sem a

em geral, para pinturas de interiores uma espessura de 50 μm e pin-tura externa, 100 μm. “O sistema de revestimento intumescente per-mite que as estruturas metálicas possam ser expostas e valorizadascomo elemento estético, como pode ser observado no prédio do ItaúCul tural na avenida Paulista em São Paulo (SP)”, destaca Berto.

NormasEmbora as estruturas de aço sejam altamente resistentes ao fogo, as

normas de segurança contra incêndio em construção civil foram cri-adas, visando reduzir o risco de incêndios e, caso ocorram, aumentaro tempo de início de deformação da estrutura, ganhar tempo para achegada da brigada de incêndio e salvar vidas. Para isso, essas normastentam restringir a temperatura dos componentes de aço submetidosa incêndio a 550 °C ou outra tempe ratura especificada.

No Brasil, temos normas de proteção, baseadas em diretrizesinternacionais, em relação ao uso e ocupação e ao material estru-tural, determinadas pela ABNT (NBR14432 e NBR14323). Forado Brasil, tanto os EUA como a Europa são provedores de normasde testes de perfomance de produtos, como resistência a diferentestipos de incêndio, como jatos de fogo, incêndio em poça, explosões,líquidos explosivos, entre outros. Podemos citar, por exemplo, asmais consagradas como, ANSI/UL263, ANSI/UL1709, ASTM-E119, API-2218 (rev2013), BS476 (partes 20, 21e 22), ISO834(Apêndice-D), ISO13381-8, ISO 22.899-1, IMO 754 (18), NFPA58 (Anexo H), N-1756, dentre outras.

Priscila Tavares – Coordenadorade Desenvolvimento de Negóciosda empresa Sherwin-Williamsdo Brasil

MateriaCapa60:MateriaCapa37 2/15/16 3:52 PM Page 4

SMARTCOATTecnologia em hidrojateamento e preocupação com meio ambiente.

Taubaté: Rua Duque de Caxias, nº 331, sala 711

Centro - Taubaté-SP | Cep: 12.020-050

TEL: +55 (12) 3635-1447

[email protected]

Macaé: Rodovia Amaral Peixoto, Nº 4885, Km 183,5

Barreto - Macaé-RJ | Cep: 27.965-250

TEL: +55 (22) 2757-9500

[email protected]

Somos especializados em revestimentos, com técnicas modernas para preparação de superfície

por hidrojateamento e aplicação de tintas anticorrosivas, minimizando os resíduos e os danos

ambientais. Atuamos na manutenção de plataformas marítimas e navios de petróleo.

www.smartcoat.com.br

nto eiente

t

eté i dodernas ptécnicas mentos, com

uque d

Cent

4885

50

de tintas anticorrosivas, minimiz

a manutenção de plataformas ma

Page 15: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

influência de fatores externos, osrevestimentos po dem durar portempo indeterminado.

Já quando expostas a in tem -perismos ou a ambientes agres-sivos, sua vida útil variará segun-do a qualidade do acabamentoaplicado e a sequência de manu -tenção programada.

Meio ambienteAs tintas intumescentes uti-

liza em sua formulação compo-nentes nocivos ao meio ambi-ente como as parafinas clo-radas, usadas como agenteespumífico. Por esse motivo, aAgência de Proteção Ambiental(EPA) dos Estados Unidosdivulgou sua intensão de elimi-nar o comércio de parafinas

cloradas no país até maio deste ano.Outro componente que foi apontado como danoso para a saúde

humana é o ácido bórico, associado a impotência sexual masculina.Usado em revestimentos de combate ao fogo de hidrocarboneto, esseassunto já foi amplamente discutido, mas algumas empresas continu-am em pregando esse produto, alegando que órgãos internacionais nãorestringem seu uso nesse tipo de revestimento por ele não se encontrarlivre na mistura, mas encapsulado dentro das resinas epóxis.

De um modo geral, os componentes usados nos revestimentosintumescentes são, em sua maioria, 100 % sólidos, livres de compos-tos orgânicos voláteis (VOC), mas que, como todo revestimento, exi -gem o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequadospara evitar contato com a pele e inalação de particulados.

Já no que tange os revestimentos celulósicos, por se tratar de sus-pensão de compostos em meio aquaso ou solventes orgânicos, há umatendência em utilizar produtos com baixo indíce de VOC, não agres-sivos ao meio-ambiente.

ConclusãoO Brasil ainda está começando a aprender como utilizar de

forma inteligente e eficiente esses revestimentos. No meio industri-al, particularmente no segmento de Óleo & Gás, esse revestimentoé altamente difundido, porém, no mercado civil, ainda pouco co -nhecido e facilmente substituído pela argamassa projetada, cerca decinco vezes mais barata.

Segundo Priscila Tavares, ainda existem muitos que não conhe -cem essa tecnologia dentro dos órgãos especificadores, regulamen-tadores e fiscalizadores. E os poucos grupos que as conhecemaceitam os projetos simplesmente por saberem que essas tintas sãofa bri cadas por empresas de renome que possuem histórico de mer-cado de longa data.

“Mesmo com a expansão da aplicação de intumescentes em estru-turas civis, poucos foram os aplicadores e engenheiros que se espe-cializaram nesse tipo de revestimento, primeiro por ser muito caro,comparado às tecnologias de proteção passiva contra fogo já insta ladasno País, segundo porque não havia literatura e grande difusão de nível

Antonio Fernando Berto -– Chefede Laboratório de Segurança aoFogo e Explosão do IPT

Foto

: Akz

oNob

el

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 15

MateriaCapa60:MateriaCapa37 2/15/16 3:52 PM Page 5

Page 16: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

suras menores, sem tela, fazen-do com que o revestimento setorne cada vez mais parecidocom uma tinta convencional,se ja na facilidade de aplicação,no controle da cura ou até mes -mo nas espessuras, quando fa -lamos do revestimento para fo -go celulósico.

nacional, terceiro porque poucos fabricantes investiram no desenvolvi-mento de mercado de seus produtos, ficando, inicialmente, restrito adois ou três grandes”, avalia Priscila.

Atualmente, parece que esse cenário tende a mudar. Os fabri-cantes iniciaram uma corrida para se diferenciarem no mercado eestão, aos poucos, desenvolvendo produtos mais leves, com espes-

Fabricio Ribeiro Anias – Diretortécnico da PCF Soluções emEngenharia

Foto

: Akz

oNob

el

MateriaCapa60:MateriaCapa37 2/15/16 3:52 PM Page 6

Page 17: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

Artigo Técnico

Aplicação da técnica de traçadoresna detecção de corrosão

e incrustação

tando perda progressiva de suasfunções e comprometimento desua integridade estrutural (API-RP571, 2011). Dentre os me ca -nismos de dano mais atuantesem uma refinaria de petróleo,des tacam-se a corrosão e a in -crustação (API-RP571, 2011).Es te trabalho tem por objetivoanalisar a aplicabilidade da técni-ca dos traçadores como uma fer-ramenta de detecção da corrosãoe incrustação.

Os processos de corrosão sãoconsiderados reações químicasheterogêneas ou reações eletro-químicas que se passam geral-mente na superfície de separaçãoentre o metal e o meio corrosivoou eletrólito (CHAVES, MEL -CHERS, 2011). A figura 1 re pre -senta danos caraterísticos de cor-rosão em uma tubulação de açocarbono exposta a petróleo bruto.

As incrustações são depósitosque se formam no interior de tu -

bulações, dutos ou equipamen-tos, devido à fixação de substân-cias (COLE; MARNEY, 2012).A presença de incrustações podevir a acarretar a expansão e rom -pimento dos tubos (SIGWALT,2002). A figura 2 representa umatubulação de água de resfriamen-to com incrustação em sua pa re -de interna.

Define-se traçador comoqual quer composto (ou elemen-to) que, incorporado à massa deuma substância (denominadomaterial marcado), permite in -ves tigar o comportamento damesma em um processo físico,químico ou biológico (BED-MAR, 1972). O princípio básicodo método é ilustrado na figura3. Uma pequena quantidade detraçador é injetada em um pontoA, que dispersa através do sis-tema e é monitorada em B aolongo do tempo de duração doexperimento. O resultado obtido

Por Jancler Pereira

Nicácio

ResumoMecanismos de danos são

processos de deterioração dascaracterísticas estruturais dosmateriais. Este trabalho avaliouse a técnica dos traçadores podeser aplicada na detecção de cor-rosão e incrustação em equipa-mentos. O traçador radioativousado foi o sulfato de manganêsirradiado no reator TRIGA IPR/CDTN e como traçador fluores-cente a rodamina. Utilizou-se oprograma DTSPRO e ANSYSCFX para o levantamento dascurvas de distribuição do tempode residência dos escoamentos.Observou-se a presença de zonasde recirculação na avaliação dacorrosão, e de estagnação naavaliação da incrustação.

AbstractMechanisms of damage are

deterioration processes of structuralcharacteristics of the materials.This study evaluated the techniqueof tracers can be applied in thedetection of corrosion and foulingin equipment. The radioactivetracer used was spent manganesesulfate in the reactor TRIGA IPR/ CDTN and as a fluorescent trac-er rhodamine. We used theANSYS CFX and DTSPRO pro-gram to survey the distributioncurves of the residence time of theflow. It was observed the presenceof recirculation zones in the assess-ment of corrosion, and stagnationin the evaluation of fouling.

IntroduçãoMecanismos de dano são

processos de deterioração dascaracterísticas estruturais, acarre -

Tracer technique application in detection of corrosion and fouling

Co-autor:

Rubens Martins

Moreira

Figura 1 – Corrosão em linha de aço carbono – fluido: petróleo bruto.Fonte: Museu REGAP/IE, 2015

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 17

Jancler60:Cristiane43 2/15/16 3:53 PM Page 1

Page 18: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

é um gráfico da concentração emfunção do tempo (curva de res -posta) e a interpretação do mes -mo fornece informação a respei -to do comportamento da subs -tân cia de interesse (material mar-cado) no mesmo sistema (LO -WEN THAL e AIREY, 2001).

Os traçadores radioativos sãosubstâncias marcadas com umáto mo radioativo. Um detector éusado para a detecção das partí -culas emissoras presentes no tra -çador radiativo, que escoam nosis tema analisado (HORVA -THA, D. et al; 2013). Os traça -

dores fluorescentes são compos-tos orgânicos ou inorgânicos queapresentam fluorescência, tais co -mo os corantes usuais: fluores ceí -na, isotiocianato de fluoresceína,rodamina-B (MOREIRA, 2009).

As curvas de distribuição dotempo de residência têm sidoam plamente discutidas na liter-atura, o trabalho referência foirea lizado por Danckwerts em1953. Com o uso desta técnicapode-se determinar irregularida -des em escoamentos provocadaspor diversas fontes, tais como: acorrosão e incrustação nas pare-

des internas de tubulações(WIBEL, W. et al; 2013). A dis-tribuição do tempo de residênciaé representada pela equação (1),(MOHAMMADI, S., BOOD-HOO, K; 2012):

Equação (1)

Materiais e MétodosUtilizou-se o material API-

5LGr. B para a montagem doscorpos de prova que foram cons -truídos nas seguintes dimensões:diâmetro externo de 48 mm,diâmetro interno de 40 mm ecomprimento de 400 mm. Ocorpo de prova (CPA) foi con-siderado o padrão (sem inclusãode descontinui dades), no corpode prova (CPB) foi inserido umrasgo interno pa ra simular à cor-rosão e no corpo de prova (CPC)foi inserido um entalhe para si -mu lar à incrustação. Usou-se osulfato de manganês monohidra -tado em solu ção aquosa irradia-do com um fluxo conhecido de6,6 x 1011 nêutrons/cm2.s noreator de pesquisa TRIGA IPR-R1 do CDTN/CNEN. Tendocomo radioisótopo final deseja-do o 56Mn, que apresenta umtempo de meia-vida de 2,58horas. As sondas cintiladoras fo -ram posicionadas respectiva-mente na re gi ão de entrada doequipamento, na região central(onde estão in se ridas as descon-tinuidades) e na região de saída.A sonda na regi ão de entrada visadetectar a in flu ência da mudançade perfil de escoamento nesta re -gião, o mes mo ocorrendo com asonda na re gião de saída. A son -da posicio nada na região central(meio) vi sa detectar o comporta-mento da influência das descon-tinuidades inseridas nos corposde prova du rante o escoamento.

∫∞

0

E(t) =

C(t)dt

C(t)

Figura 2 – Incrustação em tubulação de água de resfriamento em açocarbono. Fonte: Museu REGAP/IE; 2015

Figura 3 – Esquema do príncipio básico do método de utilização detraçadores. Fonte: LOWENTHAL e AIREY; 2001.

18 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

Jancler60:Cristiane43 2/15/16 3:53 PM Page 2

Page 19: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 19

ca ção da técnica fluorímetrica,pa ra a vazão de 0,10 m³/h.

O tempo de residência foramsimilares, comportamento possi -vel mente devido ao fato destecor po de prova estar isento dedes continuidades.

A figura 7 representa a com -pa ração entre as distribuições detempos de residência obtidosme diante a aplicação da técnicafluorímetrica, para a vazão de0,40 m³/h.

O tempo de residência entreas curvas dos corpos de provaforam distintas. Nota-se um pe -queno aumento no tempo de re -sidência para a curva do CPC,indicando uma influência con-siderável deste tipo de descon-tinuidade (incrustação) para oretardo do escoamento.

A figura 8 representa a com-paração entre as distribuições detempos de residência obtidosmediante a aplicação da técnicafluorímetrica, para a vazão de0,90 m³/h.

As curvas de distribuição detempo de residência dos corposde prova foram similares. Nota-se um pequeno aumento notempo de residência para o CPC,fato já explicado anteriormente.

A figura 9 representa a com-paração entre as distribuições detempos de residência obtidosme diante a aplicação da técnicaradioativa, para a região de entra-da dos corpos de prova. O eixodas ordenadas representa os va -lores da função de distribuiçãodo tempo de residência E(θ)nor malizado. A curva em ver-melho representa o CPA, a curvaem azul representa o CPB e acurva em verde representa oCPC. Observa-se que os com-portamentos das curvas de dis-tribuição de tempo de residên-cia apresentaram similaridade,verificando-se a passagem dotra ça dor radioativo na região deen trada do corpo de prova, nãoso fre in fluências devido a geo -metria.

Resultados e DiscussãoNas figuras abaixo o eixo das

abscissas representa o temponormalizado (θ) oriundo da divi -são do tempo instantâneo pelotempo médio. O eixo das orde-nadas representa os valores dafunção de distribuição do tempode residência E(θ) normalizado.A curva em vermelho representao CPA, a curva em azul repre-senta o CPB e a curva em verderepresenta o CPC. A figura 6representa a comparação entre asdistribuições de tempos de resi -dência obtidos mediante a apli -

A figura 4 representa a mon-tagem do sistema experimentalde testes para o traçador radiati-vo. Os corpos de prova foramen saiados em três vazões distin-tas: 0,10 m³/h, 0,40 m³/h e0,90 m³/h.

O aparelho de fluorimetriautilizado trata-se do um fluorí -metro da marca GGUN-FL mo -delo 080811 de fabricação suíça,pela empresa Albillia Cor pora -tion. A figura 5 representa amon tagem final dos corpos deprova com o uso do aparelho flu -o rímetro.

Figura 4– Montagem do sistema experimental de testes. Fonte:SEMAN/CDTN; 2015

Figura 5– Montagem experimental com o fluorímetro. Fonte:SEMAN/CDTN; 2015

Jancler60:Cristiane43 2/15/16 3:53 PM Page 3

Page 20: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

A figura 10 representa a com-paração entre as distribuições detempos de residência obtidosmediante a aplicação da técnicaradioativa, para a região centraldos corpos de prova.

Observa-se uma mudança docomportamento das curvas dedistribuição de tempo de resi -dên cia devido a passagem dotraçador radioativo na região dasdescontinuidades, nota-se con-forme trabalhos de Sassaki(2005) e Levenspiel (2000) queno CPA nenhuma anormalidadedo escoamento foi detectada,sendo que a forma da curva obti-da foi mantida conforme a curvareferência de entrada, para oCPB foi detectada a anormali-dade de escoamento do tipo reci-clo, e para o CPC foi detectada aanormalidade de escoamento dotipo estagnação.

A figura 11 representa a com-paração entre as distribuições detempos de residência obtidosme diante a aplicação da técnicaradioativa, para a região de saídados corpos de prova.

Observa-se que o comporta-mento das curvas de distribuiçãode tempo de residência para a re -gião de saída dos corpos de provafoi semelhante ao da figura 9(região de entrada), possivel-mente explicado pelo ponto demedição já ter passado pelasdescontinuidades dos corpos deprova. A figura 12 apresenta aslinhas de corrente tangentes aoplano central do canal de escoa-mento onde é possível observaras recirculações decorrente daexpansão abrupta na entrada docorpo de prova. Esta característi-ca é observada em todos os en -saios realizados, independentedo corpo de prova utilizado.

A figura 13 representa a re -gião do entalhe, sendo a carac-terística marcante do mecanismode dano por corrosão. Na figuraé possível observar as regiões derecirculação no interior do enta -lhe e perceber que a presença

Figura 6 – Comparação das curvas de distribuição do tempo de residên-cia dos CPs – vazão de 0,10 m³/h

Figura 7 – Comparação das curvas de distribuição do tempo de residên-cia dos CPs – vazão de 0,40 m³/h

Figura 8 – Comparação das curvas de distribuição do tempo de residên-cia dos CPs – vazão de 0,90 m³/h

20 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

Jancler60:Cristiane43 2/15/16 3:53 PM Page 4

Page 21: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 21

deste tipo de defeito não afetasignificativamente o escoamentoposterior, pois as linhas de cor-rente não são afetadas de formasignificativa.

A figura 14 representa a re -gião do ressalto, característicamarcante da descontinuidade dedano do tipo incrustação. É pos-sível verificar uma área de estag-nação do fluido após a passagempelo ressalto, para as três vazõesde testes utilizadas.

ConclusãoEste trabalho analisou a apli -

cabilidade da técnica de traça -dores em detectar os danos decorrosão e incrustação, que sãoos principais mecanismos dedanos que atuam em equipa-mentos na indústria do refino depetróleo. A análise com o tra -çador fluorescente (rodamina)indicou ser mais sensível para odano de incrustação. A análisedo traçador radioativo (sulfatode manganês monohidratado)irradiado indicou correlaçõesentre a descontinuidade do tipocorrosão a problemas de escoa-mento do tipo zonas de reciclo; ea descontinuidades do tipo in -crustação a problemas do tipoestagnação. O programa de di -nâmica dos fluidos computa-cional, ANSYS CFX 15, confir-mou a análise feita com o pro-grama DTSPRO. Conclui-seque a técnica dos traçadores pos-sui a capacidade de indicar a pre-sença de descontinuidades dotipo corrosão e incrustação, nageo metria estudada.

Referências BibliográficasAMERICAN PETROLEUM INSTI-

TUTE-API RP 571. DamageMechanisms Affecting Fixed Equip -ment in the Refining Industry,Washington, DC, USA, 2011.

BEDMAR, A.P. ConsideracionesGenerales Sobre Trazadores. In:Isótopos en hidrologia. Espanha:Alhambra, 1972.

CHAVES, I.; MELCHERS, R. Pitting

Figura 9 – Comparação das curvas de distribuição do tempo de residên-cia - região de entrada

Figura 10 – Comparação das curvas de distribuição do tempo deresidência - região central

Figura 11 – Comparação das curvas de distribuição do tempo deresidência - região de saída

Jancler60:Cristiane43 2/15/16 3:53 PM Page 5

Page 22: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

corrosion in pipeline steel weld zones.Corrosion Science, n. 53, 4026-4032, 2011.

COLE, I.; MARNEY, D. The science ofpipe corrosion: a review of the litera-ture on the corrosion of ferrous metalsin soils. Corrosion Science, n. 56, 5-16, 2012.

DANCKWERTS, P. V. Continuous flowsystems distribution of residence times.Chemical Engineering Science, n.2,1–13, 1953.

DANTAS, J. A.; PEGORARO, P. R.;GUT, J. A. Determination of theeffective radial mass diffusivity intubular reactors under non-Newtonian laminar flow using resi-dence time distribution data.International Journal of Heat andMass Transfer, n. 71, 18–25, 2014.

HARSTON, J; ROPITAL, J. Corrosionin Refinery Units. Woodhead publish-ing in materials, 1 ed., 128p, 2014.

HORVATHA, D. et al. Developmentand application of the in situ radio-tracer thin gap method for the inves-tigation of corrosion processes. Adap -ta tion of the thin gap method for theapplication of porous surfaces.Electro chimica Acta, n. 109, p.468– 474, 2013.

LEVENSPIEL, O. Engenharia dasreações químicas. 3º edição. Depar -ta mento de Engenharia Quí mica.Oregon State University. Edi to raBlucher. São Paulo. 563 p. 2000.

LOWENTHAL, G. C.; AIREY, P. L.Application of Tracer Technology toIndustry and Environment. In: Prac -tical applications of radioactivity andnuclear radiations. Reino Uni do:Cambridge university press, 2001.

MOHAMMADI, S., BOODHOO, K.Online conductivity measurement ofresidence time distribution of thinfilm flow in the spinning disc reactor.Chemical Engineering Journal,n.207–208, 885–894, 2012.

MOREIRA, et al. Traçadores: O uso deAgentes Químicos para EstudosHidrológicos, Ambientais, Petroquí -mi cos e Biológicos. Química Nova,vol. 32, n. 6, 1576-1585, 2009.

SASSAKI, R. A. Distribuição de tempos deresidência em sistemas alimentados comvazão variável. Programa de Pós-gra -

duação em engenharia Civil, CO -PPE/UFRJ, Rio de Janeiro, 2005.

SIGWALT, R. A; NEGRÃO, C. O. R;TONIN, P. C. Influência do

Figura 12 – Corpo de prova sem descontinuidades (CP-A). Fonte:Laboratório de Termohidráulica/ CDTN; 2015

Figura 13 – Corpo de prova com corrosão (CP-B). Fonte: Laboratóriode Termohidráulica/ CDTN; 2015

22 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

Jancler60:Cristiane43 2/15/16 3:53 PM Page 6

Page 23: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

Jancler Adriano Pereira NicácioDoutorando em Ciências e Tecnologia dosMinerais, Materiais e Meio Ambiente noCentro de Desenvolvimento da TecnologiaNuclear, Inspetor de Equipamentos narefinaria Gabriel Passos daPETROBRAS, Inspetor de Soldagem pelaFBTS, Inspetor em Ensaios NãoDestrutivos pela ABENDI, mestre emEngenharia Mecânica pela UniversidadeFederal de Minas Gerais (2009),graduado em Engenharia Mecatrônicapela Pontifícia Universidade Católica deMinas Gerais (2003).

Rubens Martins MoreiraDoutor em Engenharia Química pelaNorth Carolina State University (1976),mestre em Ciências Técnicas Nuclearespela Universidade Federal de MinasGerais (1971), graduação em EngenhariaQuímica pela Universidade Federal deMinas Gerais (1964). É pesquisadorsênior da Comissão Nacional de EnergiaNuclear, lotado no Centro deDesenvolvimento da Tecnologia Nuclear –Serviço de Meio-Ambiente e TécnicasNucleares. Atua profissionalmente na áreade Aplicação de Técnicas Nucleares aosseguintes temas: processos de transporte nomeio-ambiente e em sistemas industriais,desenvolvimento e medição de traçadoresradioativos, modelagem matemática; comênfase em exploração de petróleo epoluição de aguas.

Contato com o autor:[email protected]

Escoamento no Processo de Incrusta -ção. Departamento Acadê mi co deMe cânica. Centro Federal de Edu -ca ção Tecnológica do Para ná, Se mi -ná rio de Ciência e Tecnologia,168p, 2002.

SYSMATEC-PROGEPI, SOFTWARE

Figura 14 – Corpo de prova com incrustação (CP-C).Fonte: Laboratório de Termohidráulica/CDTN; 2015

DTSPRO V4.2. Instruction Manu -al. 34p. 2002.

WIBEL, W. et al. Reprint of: Measuringand modeling the residence time distri-bution of gas flows in multichannelmicroreactors. Chemical Engineer ingJournal, n. 227, 203–214, 2013.

Tel.: (11) 2028-0900

Além de sua circulação nacional a próxima edição da Revista Corrosão & Proteção será distribuída no INTERCORR2016. Apresentará os principais avanços tecnológicos que compreendem o universo do estudo e do controle da corrosão.Contará com a participação de renomados profissionais do setor, empresas e entidades científicas e tecnológicas.

Assegure à sua empresa, diretamente no evento, os mesmos benefícios já conquistados por outras empresas líderes demercado, por meio de negócios imediatos e valorização de marcas, produtos e serviços para o setor.

Reserve seu espaço publicitário.

Jancler60:Cristiane43 2/15/16 3:54 PM Page 7

Page 24: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

Artigo Técnico

Extensão da vida útil das estruturasde concreto com uso de armaduras

de aço-carbono revestidasou de aço inoxidável

concrete of good quality and on anadequate thickness of the concretethat covers the reinforcement.However, other measures can betaken to secure and/or extend thelife of these structures, such as theuse of coated carbon steel or stain-less steel rebars. These protectiontechniques have been used success-fully overseas, being especiallyapplied in works of great responsi-bility and/or maintenance restric-tions and exposed to an environ-ment of medium to strong aggres-siveness. In Brazil, these and otheralready established protection tech-nologies to reinforced concrete arevery little known and applied.Therefore, it is very important dis-seminate them. The purpose of thispaper is just that: to discuss themain features and scope of usage ofcoated carbon steel rebars (galva-nized or epoxy painted) and thestainless steel rebars.

IntroduçãoNas construções brasileiras,

não é raro observar a sua depreci-ação devido ao aparecimentopre maturo de patologias. Dentreas patologias mais comuns e maisdeletérias, cita-se a corrosão doaço-carbono da armadura das es -truturas de concreto armado. Acorrosão ocorre, principalmente,devido à ação agressiva do dióxi-

do de carbono (CO2) e dos íonscloreto (Cl-), sendo que, a corro -são desencadeada pelo CO2 ocor -re em qualquer tipo de atmos-fera, enquanto que a corrosão porCl- ocorre quase que exclusiva-mente em atmosfera marinha.

Além da ação agressiva deagentes presentes na atmosfera, aocorrência da corrosão está rela-cionada a uma variedade de fa -tores, como as condições de ex -posição e climáticas, as caracte -rísticas e qualidade do concretoexecutado e a concepção do pro-jeto. A variedade de interveni -entes no processo corrosivo justi-fica a preocupação mundial cons -tante com a durabilidade das es -truturas de concreto armado.

No Brasil, a mesma preocu-pação existe, tendo como agra-vante um histórico de estrutu -ras debilitadas prematuramen -te. A ex periência mostra queisso está associado à presença deanoma lias na superfície do con-creto, co mo fissuração e áreasde vazios (bolhas de ar aprisio -na do segregaçãoa). Quantomai or a presença de anomaliasmaior pode ser a permeabilida -de do concreto de co brimentoda armadura. Na se quência,quanto maior é essa per mea -bilidade, menor será o tempone cessário para o estabe leci -

Por Adriana de

Araujo

ResumoA durabilidade das estruturas

de concreto brasileiras é funçãoquase que exclusivamente daespecificação de um concreto dequalidade e de uma adequada es -pessura de cobrimento das ar ma -duras. Entretanto, outras medi-das podem ser tomadas para ga -rantir e/ou estender a vida útildessas estruturas, como o uso dearmaduras de aço-carbono reves -tidas ou de aço inoxidável. Essastécnicas de proteção vêm sendousadas com sucesso no exterior,sendo especialmente aplicadasem obras de grande responsabili-dade, e/ou com restrições manu -tenções, expostas a um ambientede média à forte agressividade.No Brasil, essas e outras tec-nologias já consagradas de pro-teção do concreto armado, sãomuito pouco conhecidas e apli-cadas. As sim sendo, é de funda-mental importância a sua divul-gação. O objetivo do presenteartigo é justamente esse: discuteas caracte rísticas principais e ocampo de aplicação de armadu -ras revestidas (zincagem ou pin-tura epoxí dica) e de armadurasde aço ino xidável.

AbstractThe durability of Brazilian

concrete structures depends almostexclusively on the specification of a

Extending the service life of concrete structures using coated carbon steel or stainless steel

Co-autoras:

Anna R.

Moreira e

Zehbour

Panossian

24 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

a. Segregação pode ser definida como ausência da integridade do concreto de cobrimento devido à concentração heterogênea dos componentes da

mistura do concreto. Na superfície do concreto, a segregação é visualizada pela presença de áreas com elevada concentração de agregados (com ou

sem exposição da armadura) ou áreas sem material, aparentes ou não (concreto com som cavo)

b. A experiência mostra que falhas em juntas e na drenagem estão bastante relacionadas à degradação prematura do concreto nesta região e nas

áreas adjacentes

Adriana60:Cristiane43 2/15/16 3:55 PM Page 1

Page 25: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

mento de processo corrosivo naarmadura embutida no mesmo.

Outro problema constante-mente relacionado à degradaçãodas estruturas de concreto é a au -sência de uma manutenção peri -ódica eficiente. Segundo a NBR5674 1, é frequente a omissão demanutenção, sendo que algumasestruturas brasileiras são retiradasde serviço antes do cumprimen-to de sua vida útil estimada, ouacabam por requerer manuten -ção com custo muito elevado.Em geral, a manutenção tem co -mo objetivo recuperar o concre-to armado e tratar a sua superfí-cie e, também, conservar outraspartes, como juntas de dilataçãoe sistemas de drenagem de águapluvialb.

Visando o aumento da dura-bilidade das estruturas de con-creto frente à corrosão de suasarmaduras, as seguintes estraté-gias podem ser adotadas2:• aplicar um potencial externo

(proteção catódica): reduçãodo potencial da interface aço/concreto para valores mais ne -gativos do que o potencial na -tu ral de corrosão do sistema;

• modificar o meio de exposiçãoque as armaduras estão expos -tas: adição de inibidores de cor-rosão no concreto fresco ou nasua superfície (no caso de ele-mentos existentes);

• substituir o concreto por outromais resistente: desenvolvimen-to de concretos mais densos eresistentes ao ingresso de subs -tâncias potencialmente cor ro -sivas às armaduras, combinadocom espessura suficiente docon creto de seu cobrimento;

• interpor barreiras entre o meioe o metal: revestimento da su -perfície do concreto ou da ar -madura (particularmente pormeio de sua zincagem ou pin-tura epoxídica);

• substituir a armadura por outramais resistente: desenvolvimen-to de ligas especiais, incluindoarmaduras de aços inoxidáveis,e de armaduras de material nãometálico (fibra de vidro ou decarbono, por exemplo).

Dentre essas estratégias, estetrabalho aborda o revestimentodas armaduras por zincagem epor pintura epoxídica e, tam-bém, o uso de armaduras de açoinoxidável. Todas essas são muitopouco conhecidas no Brasil e,portanto, é de fundamental im -portância a divulgação das carac-terísticas principais de cada umadelas e o campo de aplicação.

Corrosão no concreto armadoO aço-carbono é reconheci-

do como material que tem de -sempenho adequado em concre-to armado, por conferir melho -res propriedades ao mesmo, es -sen cialmente resistência a esfor -ços de tração. Quando embutidono concreto íntegro, o aço ficaprotegido, física e eletroquimica-mente, contra corrosão. A prote -ção física é conferida pela cama-da de concreto que recobre o aço(concreto de cobrimento), iso -lan do-o da exposição direta aagentes agressivos. A eficiênciadesta proteção é bastante depen-dente das características do con-creto executado e da espessuraefetiva do concreto de cobrimen-to. A proteção eletroquímica éconferida pela alcalinidade domeio (solução aquosa contidanos poros do concreto com pHentre 12 e 14), que estabelececondições propícias para a for-mação de um filme de óxidoscompacto e aderente sobre o aço.Este filme pode reduzir a taxa decorrosão do aço a níveis insigni -ficantes, o que justifica ser deno -minado filme passivante3.

Dependendo do potencial da

armadura, o filme passivante éuma película de magnetita(Fe3O4) ou maghemita, ou he -matita, (Fe2O3), ou ainda umamistura desses óxidos. Também épossível a formação do filme pas-sivante pela reação entre a mag-netita e o hidróxido de cálcio4:

Fe3O4 + Ca(OH)2 →→ CaO.Fe3O4 + H2O

A integridade do filme passi-vante pode ser afetada peladiminuição do pH da soluçãoaquosa contida nos poros docon creto de cobrimento e, comisto, ser estabelecido um proces-so de corrosão. Em geral, a di -minuição do pH do concretoocorre por reações do CO2,vindo do ambiente, com compo-nentes alcalinos da pasta de ci -mento. A reação principal querepresenta esta diminuição, de -no minada carbonatação, é aseguinte4:

Ca(OH)2 + CO2 →→ CaCO3 + H2O

O íon cloreto é outro agenteque está relacionado, constante-mente, ao estabelecimento deum processo de corrosão nas es -truturas de concreto. É de co -nhe cimento geral que sua pre-sença desestabiliza o filme passi-vante, além de baixar a resistivi-dade elétrica do concretoc. Aspes quisas mostram que a corro -são pelo ataque por esse íon édependente da sua concentraçãoe da sua relação com os íons hi -droxila (OH-) presentes no meio(relação [Cl-] /[OH-]) 3.

Embora a ação dos íons Cl-

no concreto não esteja perfeita-mente estabelecida3, há teoriasque explicam a desestabilizaçãodo filme de óxidos passivante,quando da presença de teores

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 25

c. A resistividade elétrica é uma grandeza que controla a difusão de íons na solução de água de poros no concreto. O concreto écaracterizado como condutivo, quanto a sua resistividade elétrica é baixa. Neste caso, é facilitado o desenvolvimento de reaçõeseletroquímicas inerentes ao processo de corrosão.

Adriana60:Cristiane43 2/15/16 3:55 PM Page 2

Page 26: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

26 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

da corrosão da armadura e na suaevolução (taxa de corrosão), emdestaque a resistividade elétricado concreto, a disponibilidadede oxigênio dissolvido na solu -ção de água de poros e, também,o tipo de camada do revestimen-to em contato com esta solução.Cita-se que o zinco puro apre-senta menor taxa de corrosão emrelação às ligas de zinco e ferro,pois apresenta maior estabilidadeem relação à diminuição do pHdo meio.

Segundo ensaios de labora -tório de Yeomans5 o revestimen-to pode resistir a níveis de conta-minação com cloretos de até 2,5vezes maiores do que o aço nãorevestido. Com isto, o início dacorrosão pode ser retardado emtempo maior, possivelmenteentre 4 a 5 vezes. Esse au tor7 re -ferencia muitos estudos realiza-dos no passado, nos quais o re -vestimento apresentou um bomdesempenho em estruturas comconcreto de qualidade variável(diferentes a/cd e espessura decobrimento), expostas ao ata quede cloretos.

A eficiência do revestimentocontra este íon também é descri-ta por Andrade e Macias8 embo-ra estes autores citem a existênciade resultados contraditórios, osquais nem sempre são fáceis deserem analisados devido a varie -dade de técnicas adotadas na ava -liação da proteção conferida pelorevestimento e, ainda, pela vari -edade das condições de exposi -ção aos íons cloreto. Além disto,muito dos estudos foram feitosem laboratório, o que muitas ve -zes não reflete o desempenho realda proteção em campo. Um fatorbastante relevante no de sem pe -nho do revestimento em meiocom íons cloreto é a estrutura dorevestimento, especialmente a co -mentada presença de zinco purona camada externa 9.

O aço-carbono pode ser

fissurada ou com concentraçãode vazios, os mesmos mecanis-mos descritos ocorrem, entretan-to, a corrosão (generalizada) li -mita-se somente à região afetada.Nesta condição, podem ser obti-das taxas de corrosão elevadasque podem diminuir a seção doaço em um curto intervalo detempo.

Finalmente, citam-se as rea -ções anódicas e a catódica queocorrem no aço-carbono embu-tido em concreto:• Fe → Fe2+ + 2e (reação de oxi-

dação ou anódica em meiosalcalinos até pH em torno de 9,comum em concreto carbona -tado)

• 3Fe + 4H2O → Fe3O4 + 8H+ ++ 8e (reação de oxidação ouanódica em meios alcalinos,por exemplo, em pH em tornode 13,5, comum em concretonão carbonatado, porém cont-aminado com cloretos)

O2 + 2H2O + 4e → 4OH-

(reação de redução ou catódicaem meios neutros ou alcalinosaerados).

Armaduras revestidas porzincagem

A aplicação de armaduras re -vestidas por zinco pelo processode imersão a quente é uma técni-ca de proteção particularmenteadequada para estruturas comrisco de carbonatação3. Isto por -que, o revestimento é uma bar-reira eficiente à despassivação doaço-carbono resultante da di mi -nuição do pH do meio. Segundoestudo de Yeomans5, o revesti-mento de zinco mantém-se está -vel em concreto com valores depH até aproximadamente 9,5,en quanto o aço-carbono, sem re -vestimento, pode despassivar-seem pH por volta de 10,5 e apre-sentar aceleração da corrosãoabaixo de 9,5 6.

Além do pH, outros fatoresinterferem no estabelecimento

crí ticos, sendo as três teorias maisaceitas as seguintes:• em filmes espessos de óxidos,

os íons cloreto são incorpora-dos na sua camada, em sítiosheterogêneos, criando defeitosos quais facilitam o transporteiônico através do filme;

• em filmes de camada muitofina, os íons cloreto competemcom os íons hidroxila nos lo -cais mais ativos da superfíciemetálica, impedindo a passiva -ção na região;

• os íons cloreto formam com-plexos solúveis com os íons fer-rosos que se afastam das regiõesanódicas (onde se formaram).Quando estes complexos al -can çam locais de pH elevados,são quebrados pela ação dosíons hidroxila, com conse-quente precipitação de hidróxi -do ferroso e liberação dos íonscloreto.

A corrosão da armadura deaço-carbono pode ser localizadaou generalizada. Em concretocarbonatado, normalmente, acorrosão é generalizada. Nesseca so, as reações anódicas (áreaonde está ocorrendo corrosão,perda de elétrons) e as reações ca -tódicas (área de redução do oxi -gênio, ganho de elétrons) sãoime diatamente adjacentes, o quecaracteriza uma microcélula decorrosão. Em concreto contami-nado com cloretos, normal-mente, a corrosão começa de for -ma localizada (corrosão por pi -te), sendo as áreas de reaçõesanódicas bem menores do que asáreas de regiões catódicas. Noen tanto, rapidamente a corrosãose generaliza, o que é devido àtendência natural da quebra dofilme passivante nas áreas adja-centes, também contaminadascom cloretos.

No caso da carbonatação ouda contaminação por cloretosnão ser homogênea no concreto,o que em geral ocorre em área

d. Relação água/cimento

Adriana60:Cristiane43 2/15/16 3:55 PM Page 3

Page 27: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

I determina a espessura de153 μme, para barra de diâ -metro (Ø) ≥ 13 mm, e a espes-sura de 130 μmf, para barra deØ = 10 mm. Cita-se que nosEstados Unidos só existem bar-ras com Ø ≥ 10 mm. A ClasseII determina a espessura de86 μm para uma barra deØ ≥ 13 mmg. Segundo Yeo -mans5, a Classe I é aplicadapara peças estruturais e a ClasseII para as peças não estruturaise arquitetônicas.

Para barras a serem confor-madas após a zincagem, a normaASTM A76711 cita que defeitos(fissuração e destacamento loca -li zado) podem ocorrer no reves-timento, no entanto, estes po -dem ser minimizados com usode um maior diâmetro de dobra-mento, além de um controle daseveridade e da velocidade de suaexecução. A presença da camadaex terna de zinco puro é outrofator que interfere na ocorrênciade defeitos durante o dobramen-to. Isto porque, essa camada émais dúctil (deformação plásticasem muita perda de resistência)que as demais, podendo destemodo contribuir na diminuiçãodo aparecimento de fissuras norevestimento durante o dobra-mento. Ainda sobre a mesmanor ma, ela limita a presença dedefeitos reparados em 1 % daárea a cada 0,3 m do compri-mento da barra, o que exclui oreparo executado nas extremi-dades cortadas.

Geralmente, é mais conve-niente e econômico que a con-formação de barras ocorra após oseu revestimento5. Segundo oBoletim de informação no 211do CEB16, esta prática é maisusual, mesmo sabendo-se que odobramento pode resultar nosdefeitos mencionados.

O dobramento antes da zin -

aplicado somente para produtosde baixa espessura ou baixo diâ -metro e que sejam flexíveis.

O processo de imersão aquente por batelada se aplicatanto para barras retas como parabarras conformadas (dobradas)e, também, para armadurasmon tadas, telas soldadas, estri-bos etc. Cita-se a norma ASTMA76711 para a execução e o con-trole da qualidade da zincagemde barras e, para zincagem dearmaduras já montadas, a normaASTM A12312. No caso de zin -cagem de telas eletrossoldadas, anorma ASTM A106413 determi-na que a zincagem seja feita con-forme a ASTM A61414 Comexceção da norma ASTMA106413 todas referenciam aASTM 78014 para a realização dereparos no revestimento. Nocaso de zincagem de barras previ-amente conformadas (dobragema frio), a ASTM A76711 estabe -lece o diâmetro mínimo de do -bramento como sendo de 6 a 10vezes maior do o diâmetro nomi -nal da barra. Tal medida visa evi-tar a danificação por encruamen-to do aço durante o processo dezincagem.

Em geral, o tempo de imersãopor batelada é entre 20 se gundose 120 segundos, o que resulta emum revestimento com espessuraentre 80 μm e 200 μm, respecti-vamente. O primeiro valor se re -fe re à imersão no banho de barrade 8 mm de diâ metro e, o segun-do, de barra de 25 mm de diâ -metro. Espessuras maiores doque 200 μm não são recomen-dadas, pois podem re sul tar emuma inadequada ade rên cia dabarra ao concreto ou intensificara fissuração do revestimento du -rante a etapa de dobragem15.

A ASTM A76711 define duasclasses (I e II) para a espessura dorevestimento das barras. A Classe

revestido com zinco (Zn) pordiferentes processos, como ele -tro deposição, pintura com tintarica em zinco ou aspersão térmi-ca e, ainda, zincagem por imer-são a quente. Essa última técnicaé tradicionalmente usada para orevestimento de armaduras, den-tre outros elementos metálicos,sendo também denominada gal-vanização a fogo e, no exterior,hot-dip galvanizing.

A zincagem por imersão aquente é um processo industrialque consiste de um pré-trata-mento do aço e de sua imersãoem um banho de zinco fundido,em temperatura em torno de450 ºC. Como resultado, é obti-do um revestimento com acomentada presença de zincopuro (camada externa do revesti-mento) e camadas de zinco eferro (intermetálicos), formadaspor reações metalúrgicas entre osdois metais. A camada externa dezinco puro é decorrente do ar -raste do zinco fundido, porém asua permanência no revestimen-to é dependente da composiçãodo aço e do tempo de resfria-mento (quanto mais rápido,maior é a camada de zinco puroremanescente). A espessura finaldo revestimento depende dacom posição do banho, da com-posição do aço e das condiçõesde operação de zincagem10.

A zincagem por imersão aquente pode ser feita por proces-so contínuo ou por batelada. Demaneira simples, este último éfeito pela imersão no banho dezinco de uma quantidade de bar-ras, fios de aço, armadurasprontas, telas soldadas etc. Oprocesso contínuo se diferenciapor ser aplicado para bobinas,barras ou fios de aço que passamcontinuamente pelos diferentesestágios da zincagem. Este últimoprocesso tem limitações, sendo

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 27

e. Massa de zinco por unidade de área de 1070 g/m2

f. Massa de zinco por unidade de área de 915 g/m2

g. Massa de zinco por unidade de área de 610 g/m2

Adriana60:Cristiane43 2/15/16 3:55 PM Page 4

Page 28: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

cagem é uma alternativa adequa-da para peças como estribos,gan chos e armaduras prontas,co mo de pilares em espiral epainéis pré-moldados. A sua rea -li zação evita a presença de re pa -ros nas áreas de dobras, nas ex -tremidades das barras cortadas eem áreas de soldas. Além disto,evita a exposição das pessoas aosgases de óxido de zinco, libera-dos na queima do revestimentodurante a soldagem10.

Ao término do processoindustrial de zincagem por imer-são a quente, as normas ASTMA106013 e ASTM A76711 reco -mendam que o revestimento sejacromatizado (passivado). Isto énecessário para evitar a desestabi-lização do revestimento por rea -ções com hidróxidos da pasta decimento. Em pH até 13,3, estasreações podem passivar o revesti-mento {Ca[Zn(OH)3]2. 2H2O},no entanto, nestas reações há for-mação do gás hidrogênio, que seacumula na região e pode im -pactar na aderência inicial do açorevestido ao concreto. Além dis -to, o consumo do revestimentonestas reações de passivação re -sulta em uma diminuição da es -pessura total, tendo-se uma per -da de aproximadamente 10 μmda camada externa de zincopuro8,17.

Kayali18 cita que o filme pas-sivante resultante da cromatiza-ção do revestimento, pode nãoestar mais presente no momentoda concretagem, especialmentequando as armaduras são arma -zenadas a céu aberto em perío-dos de alto índice pluviométrico,isto porque a camada de croma-tização é lixiviada pela chuva.Como alternativa prática, o au -tor menciona que os cromatospo dem ser adicionados na massade concreto. Segundo o ACI201.2R19, isto é feito com a adi -ção na água de amassamento de400 ppm de cromato. Cita-seque tal prática não é muito reco -mendada, devido ao fato dos

28 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

das e pisos, tanques, vigas, pila -res etc;

• infraestrutura de transportes(pontes, elementos de barreiraetc.) e outras sujeitas a um am -biente agressivo, como torresde resfriamento e chaminés,reservatórios e tanques; postesde iluminação, áreas químicasna indústria, plataformas etc.

Armaduras revestidas compintura epoxídica

Devido inicialmente à apli-cação de armaduras revestidaspor pintura ter sido feita empontes e viadutos sujeitos ao ata -que de íons cloreto, há umgrande número de publicaçõesno exterior avaliando a sua efi-ciência nestes tipos de cons -trução. Quanto ao risco de cor-rosão por carbonatação do con-creto, nenhuma avaliação especí-fica foi encontrada na literaturaconsultada. Tal fato é menciona-do pelo CEB16 como sendo, pos-sivelmente, decorrente da ausên-cia de pesquisas e da não verifi-cação de problemas de sua apli-cação nessa situação de risco.

O instituto CRSI21 apresentaum resumo de avaliação de estru-turas de pontes em diferentesregiões dos Estados Unidos e noCanadá, em Ontário, expostasaos íons cloreto. De modo geral,foi verificada a eficiência do re -vestimento na proteção das ar -maduras dessas estruturas, em -bora tenha sido constatado umimpacto negativo de defeitos norevestimento. Os defeitos norevestimento são um dos princi-pais fatores relacionados à perdada eficiência de proteção conferi-da pelo revestimento.

Na avaliação de pontes,Sagues e colaboradores22 veri-ficaram que uma das causas prin-cipais da corrosão prematura dasarmaduras era consequência dapresença de defeitos no revesti-mento. Além disto, estes autoresobservaram que o ambiente localera muito agressivo (ambiente

cro matos serem muito prejudici-ais à saúde humana.

Em complemento ao expos-to, citam-se as consideraçõesfeitas pelo CEB16 quanto à apli-cação de barras zincadas:• propriedades mecânicas da

armadura: não há efeito signifi -cante quando do seu revesti-mento;

• cromatização do revestimento:resulta em um melhor desem-penho da proteção;

• taxa de corrosão: é menos in -tensa e menos extensa do que acorrosão do aço-carbono;

• limite de íons cloreto: o reves-timento tolera uma maiorconcentração do que o aço-carbono;

• patologias no concreto: a ocor-rência de fissuras e o destaca-mento do concreto de cobri-mento são menos prováveis ouretardadas. A presença do re -vestimento pode postergar osserviços de recuperação estru-tural, podendo ser tambémmais facilmente aceitáveis fa -lhas de execução e variações naespessura do concreto de cobri-mento;

• concreto: com uso de arma du -ras revestidas, o concreto podeser exposto à ambientes maisagressivos do que o previsto. Amaior compatibilidade do re -ves timento em concreto é atin -gida com cimento de baixa al -ca li nidade.

Quanto ao campo de apli-cação, Yeomans5,20 cita que o re -vestimento é utilizado ampla-mente para resguardar as estru -tu ras de uma ação agressivaines pe ra da ou previamente aoprazo estipulado, podendo seraplicada em:• elementos estruturais: externos

(fachada) e imersos (sujeitos àágua do solo);

• elementos arquitetônicos eoutros decorativos;

• módulos e elementos pré-fabri-cados em geral, como condu-tores de água, painéis de fa cha -

Adriana60:Cristiane43 2/15/16 3:55 PM Page 5

Page 29: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 29

marinho) e que o concreto exe-cutado apresentava uma alta per-meabilidade. Ambos tambémtêm grande impacto no desem-penho do revestimento ao longodos anos. Cabe mencionar que ocódigo de durabilidade do de -par tamento de transporte daInglaterra – DMRB BA75/0123

não recomenda o uso de barrasrevestidas por pintura em estru-turas de transporte rodoviárioexa tamente devido a sua propen-são do revestimento a apresentardefeitos, nos quais pode corrercorrosão localizada (pite).

Segundo a NACE RP01876,a eficiência da pintura é muitodependente da sua resistênciaao ingresso de íons, do oxigênioe da água. Além disto, a sua efi-ciência é dependente da boaade rência ao aço e da capaci-dade de restringir o avanço dacorrosão na comentada regiãode defeitos (aço exposto)3. Emgeral, a eficiência da proteçãotambém está relacionada à qua -lidade da produção das barrasrevestidas e a apli cação do re -vestimento em to dos os com-ponentes da armadurah.

Kleper, Darwin e Locke24

citam que inicialmente o revesti-mento das armaduras era parcial,restrito às armações superiores delajes de pavimentos das pontes eviadutos. Desse modo, haviacondições de formação de ma -cro célula de corrosão, tendo-seuma corrosão intensa em áreascom defeitos. Esses autores citamque estudos realizados em 1980pelo Departamento de Transpor -te dos Estados Unidos (FHWA)indicaram que a corrosão erareduzida em 11,5 vezes, no casode proteção parcial da armadura,enquanto na proteção total(revestimento de todo o conjun-to de armadura) havia reduçãoda ordem de 41 vezes.

Como consequência do uso

de armaduras revestidas, a litera -tura consultada indica que é es -perada uma diminuição da ade -rência ao concreto. Kayali e Yeo -mans25 avaliaram vigas de con -creto com armadura zincada ecom pintura epoxídica e ar ma -dura sem revestimento. Estesau tores concluíram que a capa -ci dade máxima na flexão dasvigas é similar para os três tiposde armadura. No entanto, as vi -gas com armadura pintada,apresentaram uma diminuiçãode 15 % a 20 % dos valores decapacidade de carga obtidospara as vigas com armadurazin cagem e com armadura nãorevestida, respectivamente.

Para o revestimento das bar-ras utiliza-se a tinta epóxi em pó,denominada no exterior comoFusion Bond Epoxy (FBE). A suaaplicação sobre o aço-carbono éfeita por meio de pistola, sendoem seguida de aquecimento paraa fusão da tinta. Segundo a ISO1465426, este processo é aplicadopara barras, arames e tela solda-da, podendo ser adotado doistipos de tinta, uma não flexível eoutra com a característica de per-mitir o dobramento das barrasapós o seu revestimento, semque, ao final, sejam visuali zadosdefeitos em sua superfície.

A norma ASTM A77527, quese refere somente a pintura debarras, apresenta uma única tin -ta, que deve ter a característicade ser flexível. Nesta norma, aflexibilidade é avaliada por en -saio de dobramento, devendo serrejeitados os lotes em que as bar-ras selecionadas para avaliaçãoapresentarem fissuras ou despla-camento do revestimento em seuraio externo. Explica-se que apintura de arames e telas sol-dadas e, também, de armaçãomontada, tem normalização es -pe cífica, o que justifica não se -rem contempladas na norma.

A mesma norma define que aespessura do revestimento após asua cura deve estar entre 175 μme 300 μm, para barras de diâ -metro entre 7 mm e 16 mm, eentre 175 μm e 400 μm, parabarras de diâmetro entre 19 mme 57 mm. Ao final da produção,os defeitos verificados no revesti-mento devem ser reparados, oque é feito por uma tinta epóxiespecífica. Segundo a ASTMA77527, o limite de área reparadano revestimento é de 1 % emcada 0,3 m de comprimento dabarra, o que exclui o reparo exe-cutado nas extremidades de bar-ras cortadas.

Quanto ao campo de apli-cação da proteção, a literaturaconsultada indica que, inicial-mente, o revestimento só foi uti-lizado na América do Norte empontes e viadutos, especifica-mente no pavimento de concre-to. No decorrer dos anos, suaaplicação foi disseminada paraoutras construções e, também,ou tras localidades. As principaisaplicações são as seguintes:• portos e outras construções

sujeitas à névoa salina e à vari-ação de maré, como exemplo:marinas, hotéis a beira mar etc.;

• indústrias e outras construçõessujeitas a agentes agressivos,como exemplo: torres de resfri-amento, depósitos e garagensconfinadas onde são feitas lava -gens constantes e onde háemis são de gases etc.;

• estação de tratamento de eflu-entes e outras construçõessujeitas ao contato constantee/ou direto com agentes agres-sivos, exemplo: silos e tanquesde armazenamento de produ-tos químicos etc;

• pavimentos de concreto e ou -tros tipos de pisos de concreto,sendo usual na pintura epóxide barras de transição das jun-tas de construção.

h. Os suportes da armadura na forma e os arames de amarração têm a opção de serem revestidos com outro produto, desde que esteseja isolante elétrico. Isto também se aplica ao revestimento de zinco

Adriana60:Cristiane43 2/15/16 3:55 PM Page 6

Page 30: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

30 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

am biente marinho etc.Explica-se que os aços inoxi -

dáveis são ligas que contêm pre-dominantemente Fe e uma por-centagem de Cr não inferior a12 %. Além do Cr, outros ele-mentos também podem ser in -troduzidos sempre que se pre-tender melhorar suas caracterís-ticas, tanto do ponto de vista deresistência à corrosão, como daspropriedades mecânicas. Osaços inoxidáveis distinguem-se,principalmente, dos aços-car-bono pelo seu comportamentofrente à corrosão, pois normal-mente na presença de oxigênio,ocorre formação de uma cama-da passiva de óxidos de Cr denatureza contínua, insolúvel enão porosa. Essa camada pro-tege o metal da ação do ambi-ente agressivo, tornando o açoresistente à corro são, especial-mente à corrosão por pite.

Os aços inoxidáveis são clas-sificados em cinco famílias dis-tintas, definidas pela estruturacristalográfica e pela presença deprecipitados endurecedores nacamada passiva, quais sejam:aços inoxidáveis austeníticos,martensíticos, ferríticos, endure -cí veis por precipitação e dúplex.Dentre esses, somente os açosaus teníticos e aços inoxidáveisdú plex tem sido de real interessepara a indústria da construçãocivil33-35, especialmente de estru-turas localizadas em am bientema rinho, as quais estão expostasa ação deletéria dos íons cloreto.

O uso do aço inoxidável emarmaduras de concreto teve iní-cio com o austenítico. Comoexemplo de obra pioneira, cita-sea construção em 1941 do píerProgreso (Península de Yucatán,Golfo do México) que está loca -li zado em ambiente de forteagressividade. Após aproximada-mente 70 anos de operação, veri -ficou-se que ainda não havia si -nais de corrosão em sua estrutu-ra2. Cabe salientar que em suacons trução foi usada água salobra

suas vantagens e limitações.Uma das principais limita -

ções do uso do aço inoxidável é oseu impacto no custo inicial daconstrução, que aumenta até emtorno de 15 %28, 29. Em geral, oscustos são menores quando ouso das armaduras de aço inoxi -dável se restringe aos elementosde concreto armado que estãoex postos a condições bastanteagres sivas, ou ainda, por meio dadiminuição da espessura do con-creto de seu cobrimento2, 30.

Com exemplo de custo, cita-se o levantamento feito em proje-to de pontes na costa marinha doestado do Oregon, nos Esta dosUnidos, em que foi previsto ouso de armaduras de aço inoxi -dável em áreas críticas da estrutu-ra exposta a ação deletéria dosíons cloreto31. Embora o custo debarras de aço inoxidável era, nomínimo, três vezes maior do queas barras de aço-carbono, o seuuso representou somente umaumento de 10 % do custo dopro jeto. Segundo os autores, essasubstituição pode dobrar a vidaútil das pontes, tendo-se reduçãodos custos acumulativos (de ma -nutenção) por volta de 50 % con -siderando a vida útil mínima esti-mada das estruturas de 120 anos.

De uma maneira geral, a res -trição de manutenções nas estru-turas de concreto justifica o cres-cente uso de armaduras de açoinoxidável, especialmente nas es -truturas expostas a ação dos íonscloreto, sendo isto mais evidentenos Estados Unidos, Canadá eEuropa32. Os exemplos mais fre-quentes de utilização são estru-turas de pontes, estradas, túneis,píeres, muros de contenção epor tos28. Segundo o código dedu rabilidade do departamentode transporte da Inglaterra –DMRB BA75/0123, o seu usode ve ser considerado particular-mente nas áreas mais vulneráveisà corrosão das estruturas, comojuntas de dilatação, vigas de pa -ra peitos, em subestruturas em

Quanto a outras possibilida -des de aplicação, podem sercitadas:• edifícios com estrutura de con-

creto colorido e obras de arte,com o objetivo de manter porum período maior de tempo oseu acabamento, em especialquanto à coloração inicial;

• reservatórios, piscinas e torresem geral, com o objetivo deretardar o ataque das arma du -ras pelos agentes agressivos pre-sentes no meio;

• estruturas esbeltas e outrascom baixa espessura de cobri-mento, com o objetivo de re -tar dar o ataque de agentes nasarmadu ras.

Armaduras de aço inoxidávelNo Brasil, há poucos estu-

dos de corrosão do aço inoxi -dável em concreto, enquantono exterior, além do avançadoconhecimento, este metal jávem sendo utilizado há décadascomo ar madura de estruturasde concreto, especialmente da -quelas ex pos tas à ação deletériados íons cloreto. Assim como asdemais técnicas descritas anteri-ormente, o uso de armadurasde aço inoxidável tem comoobjetivo principal estender a vi -da útil das estruturas, sendobas tante restringidos os perío-dos de intervenções de manu -tenções corretivas e os períodosde inatividade causados por elas.

Segundo Bautista28, o uso dearmaduras aço inoxidável sótem desempenho comparávelcom a técnica de proteção ca -tódica, que é a única que temsua eficiência inquestionável naproteção de es truturas contracorrosão. No en tanto, a prote -ção catódica exi ge monitora-mento constante da es trutura, oque tem de ser feito por pessoalespecializado. Sa bendo-se queos aços inoxidáveis podem con-ferir elevada proteção contracorrosão, o autor argumenta queé importante conhe cer a fundo

Adriana60:Cristiane43 2/15/16 3:55 PM Page 7

Page 31: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

do assim, estão mais sujeitos acorrosão prematura41.

ConclusõesA deterioração do concreto

armado pode ocorrer por fa -tores físicos, mecânicos ou quí -micos e, ainda, ser induzida porfatores internos e externos daestrutura de concreto. Entre osprocessos de deterioração, acorrosão das ar maduras de aço-carbono é uma das principaisameaças para a du rabilidade deestruturas de concreto.

Uma forma eficaz de mitigara corrosão das armaduras das es -truturas é o seu revestimento oua sua substituição por barras deaço inoxidável. A pesquisa bibli-ográfica permitiu verificar quees sas técnicas têm sido aplicadascom sucesso no exterior.

O sucesso da proteção con-ferida por essas técnicas àsestruturas de concreto é depen-dente do conhecimento daslimitações de cada uma delas,bem como de outros fatores,como agressividade do ambi-ente de exposição e as carac-terísticas do concreto. Por tanto,no Brasil, a sua aplica ção deveocorrer baseada na consultatanto aos critérios das normal-izações disponíveis, bem co moàs pesquisas acadêmicas quediscutem o tema e avaliam, naprática, sua eficiência em dife -ren tes condições de exposição eem concreto com diferentes ca -racterísticas.

Além disto, a sua aplicaçãodeve ser baseada em pesquisasnacionais, as quais con siderem ascondições climáticas e as práticasbrasileiras de cons trução.

Atualmente, a aplicação dorevestimento por zincagem pa -re ce ser a melhor opção para aproteção das estruturas brasilei -ras de concreto, pois exige pou-cas alte ra ções no projeto e nasatividades de montagem e ins -talação das armaduras e, ainda,não exige uma linha de produ -

menor teor de elementos decusto elevado, as quais são de -nominadas de lean dúplex39.Frequentemente, há redução doteor de Ni, o que é compensadopela adição de Mn e N39. Essasalterações não de vem ter grandeimpacto nas características dosaços inoxi dá veis. SegundoMagee e Schnell32, os aços leandúplex possuem re sis tênciamecânica equivalente a dos açosdúplex convencionais, mas me -nor resistência à corrosão local-izada, no entanto, esta é com-parável à dos aços auste níticoslargamente utilizados (AISI304 e AISI 316).

Finalmente, cabe mencionarque há poucos estudos de avali -ção do risco de corrosão galvâ -nica pelo contato elétrico, nomeio condutivo (o concreto),en tre barra de aço-carbono ebar ra de aço inoxidável. Segun -do Qian e Qu40, os estudos dis -poníveis so bre essa corrosão sãocontradi tó rios, o que torna aquestão con trovérsia. O estudodesses pes quisadores mostrouque essa corrosão ocorre, no en -tanto, a taxa de corrosão entreesses aços dissimilares é menordo que no caso do contato en -tre barras de aço-carbono no es -tado passivo e em estado ativode corrosão. Kling hoffer2 citaque a corrente gal vânica estabe -lecida entre barras o aço-car-bono e o aço inoxidável é aprox-imadamente 15 vezes me nor doque a que ocorre no caso deambas serem de aço-carbono.

Sendo assim, o mesmo au -tor argumenta que o aço inoxi -dável é adequado para uso emárea a ser recuperada em estru-tura convencional, sendo mini-miza a ocorrência de corrosãonas áreas adjacentes em que oconcreto está integro (armadu-ra de aço-carbono passivada).Outro uso seria em estribos dasarmaduras, já que estes estãoembutidos mais externamentenos elementos de concreto, sen -

na composição do concreto30.Embora não haja dúvidas

quanto à importância históricado aço inoxidável austenítico naconstrução civil, atualmente écrescente o uso de armaduras deaços inoxidáveis dúplex28, 30, 36.

Segundo Bautista28, recentespes quisas tem mostrado que aresis tência à corrosão desse últi-mo aço em concreto é similar ousu perior ao dos aços austeníticos.

No caso dos aços ferríticos, osquais são tradicionalmente os demenor custo de aquisição, as pes -quisas apontam para uma maiorsuscetibilidade à corrosão por pi -te, isto ocorrendo em ambientede severa agressividade.

A resistência à corrosão supe-rior dos aços inoxidáveis dúplex,em relação aos aços inoxidáveisausteníticos e ferríticos, já é re -conhecida em outros meios, de -vi do a maior resistência à cor-rosão sobtensão, corrosão por pi -te e corrosão em frestas. Alémdisso, o mesmo apresenta a van-tagem de conter cerca de 50 %do teor de Ni dos aços austeníti-cos, o que torna seu preço menossensível à flutuação constante dopreço deste produto37.

A norma ASTM A95538, quese refere a barras de aço inoxi -dável em concreto, faz uma seriede considerações quanto a esteuso específico, em destaque a ne -cessária de avaliação da resistên-cia à corrosão, não podendo ne -nhuma barra avaliada apresentartaxa de corrosão maior do que0,50 μm/ano.

Essa avaliação é feita emensaio de imersão em soluçãopadronizada (simulando a águade poros de concreto) ou em vigade concreto com uma fissura noalinhamento de barra superiorembutida neste elemento. Emambos, adota-se a concentraçãode 15 % de NaCl co mo condi -ção agressiva de ensaio.

Recentemente, há umgrande interesse em ligas deaços inoxi dáveis dúplex com

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 31

Adriana60:Cristiane43 2/15/16 3:55 PM Page 8

Page 32: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

Disponível em: www.crsi.org/ECR/pdf/resrch5/rs5.pdf. Acesso em 14de janeiro de 2004.

22. SAGUES, A. A.; KINGSLEY, L.;POWERS, R.G.; KESSLER, R. J.Corrosion of epoxy-coated rebar inmarine bridges – a 30 year perspec-tive. In: NACE CORROSION2010, nace international corrosioncongress. Proceedings… Houston:NACE Institute Houston. 2010.17p.

23. THE HIGHWAYS AGENCY. BA57/01: design for durability.Disponível em: www.dft.gov.uk/ha/standards/dmrb/vol1/section3/ba5701.pdf. Acesso em 22 mar. 2014.

24. KLEPER, L.K.; DARWIN, D.;LOCKE, C. E. Evaluation of corro-sion protection methods for reinforcedconcrete highway structures. Kansas:U.S. The Kansas Department ofTransportation, The NationalScience Foundation, 2000. 221p.(FHWA Research Report, K-TRAN Project No KU-99-6,Research Grand No CMS-9812716)

25. KAYALI, O. A.; YEOMANS, S. R.Bond and slip of coated reinforcementin concrete. Construction andBuilding Materials, v.9, n.4, p.219-226, 1995.

26. ISO – INTERNATIONALORGANIZATION FOR STAN-DARDIZATION. ISO 14654:epoxy-coated steel for the reinforce-ment of concrete. Switzerland: 1999.30p.

27. ASTM – AMERICAN SOCIETYFOR TESTING AND MATERI-ALS. ASTM A775: standard specifi-cation for epoxy-coated steel reinforc-ing bars. Philadelphia: 2007. 10p.

28. BAUTISTA, A.; BLANCO, G.;VELASCO, F. Corrosion behaviourof low-nickel austenitic stainless steelsreinforcements: a comparative studyin simulated pore solutions. Cementand Concrete Reaserach, v. 36, pp.1922-1930, 2006.

29. McGURN, J. F. Stainless steel rein-forcing bars in concrete. Disponívelem: www.americanarminox.com/NiDi_Rpt.-_Schaffhausen_Bridge_LCC.pdf. Acesso em: ago. 2013.

steel bars for concrete reinforcement.Pennsylvania, 2009. 4p.

12. ASTM – AMERICAN SOCIETYFOR TESTING AND MATERI-ALS. ASTM A123: standard specifi-cation for zinc, hot-dip galvanized,coatings on iron and steel products.Pensylvannia. 2001. 8p.

13. ASTM – AMERICAN SOCIETYFOR TESTING AND MATERI-ALS. ASTM A1064: steel wire andwelded wire reinforcement, plan anddeformed, for concrete. Pensylvannia.2009. 8p.

14. ASTM – AMERICAN SOCIETYFOR TESTING AND MATERI-ALS. ASTM A641: specification forzinc-coated (galvanized) carbon steelproducts. Pensylvannia. 2009. 8p.

15. SWAMY, N. R. Design for durabili-ty with galvanized reinforcement. In:YEOMANS, S.R. Galvanized steelreinforcement in concrete. E & FNSpon, 2004.

16. CEB – COMMITTEE EURO-INTERNATIONAL DU BETON.Bolletin D´Information, No 211:coating protection for reinforcement.1992. 82p. (State of the art report).

17. ANDRADE, C.; ALONSO, C.Electrochemical aspects of galvanizedreinforcement corrosion. In: YEO-MANS, S.R. Galvanized steel rein-forcement in concrete. London: E& FN Spon, 2004. Chapter 5,316p.

18. KAYALI, O. Bond of steel in concreteand the effect of galvanizing. In:YEOMANS, S.R. Galvanized steelreinforcement in concrete. London:E & FN Spon, 2004. Chapter 8,316p.

19. ACI – AMERICAN CONCRETEINSTITUTE. ACI 201.2R: guide todurable concrete. In: ACI manual ofconcrete practice, 2001

20. YEOMANS, S.R. Use of galvanizedrebars in RC structures. Disponívelem: www.cedd.gov.hk/eng/archives/concreteseminar05/doc/yeoman-shkconcrete technology_seminar_paper.pdf. Acesso em 8 dez. 2010.

21. CRSI – CONCRETE REIN-FORCING STEEL INSTITUTE.Research Series 5: performance ofepoxy-coated rebars in bridge decks.

ção específica, como é o caso dapintura epoxídica.

Referência bibliográfica1. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASI -

LEI RA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 5674: manutenção de edifi-cações: procedimento. Rio de Janeiro,1999. 6p.

2. KLINGHOFFER, O. Guide for theuse of stainless steel reinforcement inconcrete structures. Gro Markeset,Steen Rostam and. 405 Project report2006. Disponível em: www.sintef.no/upload/Byggforsk/Publikasjoner/Prrapp%20405.pdf. Acesso em 15 março2014.

3. ACI – AMERICAN CONCRETEINSTITUTE. ACI 222R-01: protec-tion of metals in concrete against corro-sion. Michigan: ACI, 2010. 41p.(reapproved 2010).

4. GENTIL, V. Corrosão. Rio deJaneiro: Ed. LTC, 1996. 345p.

5. YEOMANS, S.R. Applications of gal-vanized rebar in reinforced concretestructures. In: NACE CORROSION2001, NACE INTERNATIONALCONFERENCE. Houston. 2001.Proceedings… 2002 (Paper, 01638.).

6. NACE – NACE INTERNATION-AL. NACE RP0187: design considera-tions for corrosion control of reinforcingsteel in concrete. Houston, 2008. 22p.

7. YEOMANS, S.R. Electrochemicalaspects of galvanized reinforcement cor-rosion. In: YEOMANS, S.R. Galva -nized steel reinforcement in concrete.London: E & FN Spon, 2004 316p.(Chapter 1).

8. ANDRADE, M. C.; MACÍAS, A.Galvanized reinforcements in concreteIn: WILSON, A. et al. Surface coat-ings. s.l.: s.n. 1988. cap.5, p.137-182.

9. ANDRADE, C. Manual para diag-nóstico de obras deterioradas por cor-rosão de armaduras. Pini, 1992.

10. LANGIL T. J.; DUGAN, B. Zincmaterials for use in concrete. In:YEOMANS, S.R. Galvanized steelreinforcement in concrete. E & FNSpon, 2004.

11. ASTM – AMERICAN SOCIETYFOR TESTING AND MATERI-ALS. ASTM A767: standard specifi-cation for zinc-coated, galvanized,

32 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

Adriana60:Cristiane43 2/15/16 3:55 PM Page 9

Page 33: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

39. ARMAS, I. A. Duplex stainless steels:brief history and some recent alloys.Recent Patents on MechanicalEngineering, Bussum, v. 1, n. 1, p.51-57, 2008.

40. QIAN, S.Y.; QU, D. The influenceof galvanic coupling on corrosion ofcarbon steel coupled with stainless foruse in concrete structures (NRCC-52711) 2010. Disponível em:www.nrc-cnrc.gc.ca/obj/irc/doc/pubs/nrcc52711.pdf. Acessado em27 mar. de 2014

41. MERCALLI, A. et. al. Intelligent useof stainless steel reinforcement. In:15th INTERNATIONAL COR-ROSION CONGRESS. Granada.2002. Proceedings… 2002

Adriana de AraújoMestre em Habitação, Pesquisadora doLaboratório de Corrosão e Proteção –LCP do Instituto de Pesquisas Tecnológicas(IPT).

Anna Ramus MoreiraMestre em engenharia, Pesquisadora doLCP do IPT.

Zehbour PanossianDoutora em Ciências, Diretora deInovação do IPT e professora convidadado Departamento de Metalurgia eMateriais da EPUSP.

Contato com a autora:[email protected]

30. ANACO STAINLESS EXPERTSIN STAINLESS STEEL FORENGINEERING AND CON-STRUCTION. Stainless steel rein-forcing and related accessories.Disponível em: www.anacotrad-ing.com/rebar.htm. Acesso em set.2013.

31. CRAMER et.al. Corrosion preven-tion and remediation strategies forreinforced concrete coastal bridges.Cement and Concrete Reaserach, v.24, pp. 101-117, 2002.

32. MAGEE, J. H.; SCHNELLl, R.E. Stainless steel rebar for concretereinforcement: an update and selec-tion guide. Disponível em:www.cartech.com/techarticles.aspx?id=1576. Acesso em jul. 2013.(Advanced Materials and Process,oct., 2002)

33. WANG, X. et al. Analysis of climatechange impacts on the deterioration ofconcrete infrastructure: part 1: mech-anisms, practices, modelling and sim-ulations: a Review. Canberra:CSIRO, 2010.

34. GEDGE, G. Structural uses of stain-less steel: buildings and civil engineer-ing. Journal of Constructional SteelResearch, London, v. 64, p. 1194-1198, 2008.

35. KNUDSEN, A. et al. Cost-effectiveEnhancement of Durability ofConcrete Structures by Intelligent Useof Stainless Steel. In: CONFER-ENCE ON CORROSION ANDREHABILITATION OF REIN-FORCERD CONCRETESTRUCTURE, 1998, Florida.Proceedings… 1998

36. THE CARES guide to reinforcingsteels: stainless reinforcing steels.Disponível em: www.ukcares.com/pages/guides/part7.pdf. Acesso emago. 2013.

37. R.M. DAVISON; J.D. RED-MOND, A guide to using duplexstainless steels. Materials & Design.Michigan, v. 12, n. 4, p. 187-192,Aug. 1991.

38. ASTM – AMERICAN SOCIETYFOR TESTING AND MATERI-ALS. ASTM A955: deformation andplain stainless bars fo concrete rein-forcement. Pensylvannia. 2010 11p.

C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016 33

Adriana60:Cristiane43 2/15/16 3:55 PM Page 10

Page 34: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

Opinião

ada vez mais o brasileirovem desenvolvendo o es -pírito empreendedor. Nes -

ta época de virada de ano, essesentimento parece vir ainda maisà tona. Muitos querem largar oemprego para, no novo ano, te -rem o próprio negócio. Mas, an -tes de tomar a decisão, é muitoimportante pensar em algunsdetalhes.

Qual o real motivo de largarseu emprego e ter um próprionegócio?

A primeira coisa que vocêdeve pensar é o motivo pelo qualvocê esta fazendo essa mudança.É por que não aguenta mais seuchefe? Isso acontece muito. Co -mo coach, já vi muitas pessoasmudarem de emprego ou mon -tarem um negócio porque acre -di tavam que estavam desconten -tes com a profissão ou sua ocu-pação, mas, na verdade, estavamdescontentes com o chefe. Aí,acabavam voltando atrás porqueviram que tomaram uma decisãocompletamente errada.

Também é comum o desejode mudar porque está cansadoda profissão que escolheu. Nestecaso, entra outra questão: vocênão precisa trabalhar naquelaempresa da profissão que esco -lheu, por exemplo. Hoje, 85 %dos CEOs das empresas sãoengenheiros de formação. Esse éseu caso? Esses são alguns pontosque você tem que definir.

Qual o real motivo que vocêesta tomando essa decisão?

Existem outros pontos quevo cê deve tomar muito cuidado,tudo é questão planejamento.

Maurício Sampaio

Planejamento para mudança é tudo!Quer largar o emprego e montar seu negócio? Descubra antes o que fazer!

Maurício SampaioCoach de carreira, palestrante, escritor e fundador do Instituto MS de Coaching deCarreira, publicou vários livros, entre eles, “Escolha Certa” e “Coaching de Carreira”Con ta to: www.mauriciosampaio.com.br e www.imscoachingdecarreira.com.br

Primeiro ponto é a questão financeira. Eu não aconselho fazer algodo dia pra noite sem estar calçado financeiramente. Você precisa dedinheiro para promover essa mudança ou até mesmo contratar umorientador financeiro pra te ajudar.

Planejamento para mudança é tudo!Outra questão é o planejamento das suas ações. Você deve plane-

jar em quanto tempo deve promover essa mudança. Em seis meses?Um ano? Enfim, qual o tempo que você precisa? Coloque sempredata e horário.

Pesquisar é indispensável para quem deseja mudar!Terceiro e último ponto: pesquise muito sobre esse novo negócio.

Hoje, por exemplo, temos sistemas de micro-franquias, que são fran-quias com valores mais baixos. É um sistema legal para quem tem umcaixa razoavelmente bom entre R$ 10 mil e R$ 50 mil, não esque-cendo de ver os detalhes de rotina, ocupação, mercado, conversar comoutros micro-franqueados…

Se não for franquia, vai começar um negócio seu em determinadonicho? Pesquise a rotina, horários, retornos, como se trabalha. Tentetirar todos os elementos possíveis para poder tomar uma decisão tran-quila. Tente não cair nos indicadores do SEBRAE, por exemplo, quediz que 80% das pessoas, a cada quatro anos, acabam desistindo doseu negócio.

Empreender, ter o seu próprio negócio é muito bom, mas tem ooutro lado da moeda. Você passa a viver esse negócio durante 24 horaspor dia, sete dias por semana. Tenha sempre essa percepção com você.

Boa sorte e sucesso!

34 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2016

Opinião60:Opinião40 2/15/16 3:56 PM Page 1

Page 35: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração

ADVANCE TINTAS E VERNIZES LTDA.www.advancetintas.com.br

AIR PRODUCTS BRASILwww.airproducts.com

AKZO NOBEL LTDA - DIVISÃO COATINGSwww.akzonobel.com/international/

ALCLARE REVESTIMENTOS E PINTURAS LTDA.www.alclare.com.br

API SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM DUTOS [email protected]

ARMCO STACO GALVANIZAÇÃO LTDA.www.armcostaco.com

A&Z ANÁLISES QUÍMICAS [email protected]

BLASPINT MANUTENÇÃO INDUSTRIAL LTDA.www.blaspint.com.br

B BOSCH GALVANIZAÇÃO DO BRASIL LTDA.www.bbosch.com.br

CBSI – COMP. BRAS. DE SERV. DE INFRAESTRUTURAwww.cbsiservicos.com.br

CEPEL - CENTRO PESQ. ENERGIA ELÉTRICAwww.cepel.br

CIA. METROPOLITANO S. PAULO - METRÔwww.metro.sp.gov.br

CONFAB TUBOS S/Awww.confab.com.br

CORRPACK DO BRASILwww.corrpack.com.br

DE NORA DO BRASIL LTDA.www.denora.com

DETEN QUÍMICA S/Awww.deten.com.br

D. F. [email protected]

ELETRONUCLEAR S/Awww.eletronuclear.gov.br

ENGECORR ENGENHARIA LTDA.www.engecorr.ind.br

EQUIPOMAN MANUT. IND. E SERVIÇOS LTDA.www.equipoman.com.br

EUROMARINE SERVIÇOS ANTICORROSIVOSwww.euromarine.eng.br

FIRST FISCHER PROTEÇÃO CATÓDICAwww.firstfischer.com.br

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S/Awww.furnas.com.br

GAIATEC COM. E SERV. DE AUTOMAÇÃO E SISTEMASwww.gaiatec.com.br

GCO PINTURA INDUSTRIALwww.gcopintura.com.br

G P NIQUEL DURO LTDA.www.grupogp.com.br

HITA COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.www.hita.com.br

IEC INSTALAÇÕES E ENGª DE CORROSÃO LTDA.www.iecengenharia.com.br

INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIEwww.mackenzie.com.br

INT – INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIAwww.int.gov.br

ITAGUAÍ CONSTRUÇÕES NAVAIS – [email protected]

JATEAR TRATAMENTO ANTICORROSIVO LTDA.www.jatear.com

JOTUN BRASIL IMP. EXP. E IND. DE TINTAS LTDA.www.jotun.com

KADOSHI SERV. E COM. DE CONTRUÇÃO LTDA.www.kadoshi.srv.br

MARIA A. C. PONCIANO – MEwww.gsimacae.com.br

MARINE IND. E COM. DE TINTAS LTDA.www.marinetintas.com.br

MAX EVOLUTION LTDA.www.maxpinturas.com.br

MORKEN BRA. COM. E SERV. DE DUTOS E INST. LTDA.www.morkenbrasil.com.br

NOF METAL COATINGS SOUTH AMERICAwww.nofmetalcoatings.com

NOVA COATING TECNOLOGIA COM. SERV. LTDA.www.novacoating.com.br

OPEMACS SERVIÇOS TÉCNICOS LTDA.www.opemacs.com.br

PETROBRAS S/A - CENPESwww.petrobras.com.br

PETROBRAS TRANSPORTES S/A - TRANSPETROwww.transpetro.com.br

PINTURAS YPIRANGAwww.pinturasypiranga.com.br

PLANQUÍMICA INDUSTRIAL E COMERCIAL LTDA.www.planquimica.com.br

POLY-TÉCNICA TRAININGwww.polytecnica.com.br

PORTCROM INDUSTRIAL E COMERCIAL LTDA.www.portcrom.com.br

P. G. MANUTENÇÃO E SERVIÇOS INDUSTRIAISwww.pgindustriais.com.br

PPG IND. DO BRASIL TINTAS E VERNIZESwww.ppgpmc.com.br

PPL MANUTENÇÃO E SERVIÇOS LTDA.www.pplmanutencao.com.br

PRESSERV DO BRASIL LTDA. www.presservbrasil.com.br

PROMAR TRATAMENTO ANTICORROSIVO LTDA. www.promarpintura.com.br

QUÍMICA INDUSTRIAL UNIÃO LTDA.www.tintasjumbo.com.br

RENNER HERMANN S/Awww.rennercoatings.com

RESINAR MATERIAIS COMPOSTOSwww.resinar.com.br

REVESTIMENTOS E PINTURAS BERNARDI [email protected]

RUST ENGENHARIA LTDA.www.rust.com.br

SACOR SIDEROTÉCNICA S/Awww.sacor.com.br

SHERWIN WILLIAMS DO BRASIL - DIV. SUMARÉwww.sherwinwilliams.com.br

SMARTCOAT – ENG. EM REVESTIMENTOS LTDA.www.smartcoat.com.br

SOFT METAIS LTDA.www.softmetais.com.br

TBG - TRANSP. BRAS. GASODUTO BOLIVIA-BRASIL www.tbg.com.br

TECHNIQUES SURFACES DO BRASIL LTDA.www.tsdobrasil.srv.br

TECNOFINK LTDA.www.tecnofink.com

TINÔCO ANTICORROSÃO LTDA.www.tinocoanticorrosao.com.br

TINTAS VINCI IND. E COM. LTDA.www.tintasvinci.com.br

ULTRABLAST SERVIÇOS E PROJETOS LTDA.www.ultrablast.com.br

UTC ENGENHARIA S.A.www.utc.com.br

VCI BRASIL IND. E COM. DE EMBALAGENS LTDA.www.vcibrasil.com.br

WEG TINTAS LTDA.www.weg.net

W&S SAURA LTDA.www.wsequipamentos.com.br

ZERUST PREVENÇÃO DE CORROSÃO LTDA.www.zerust.com.br

ZINCOLIGAS IND. E COM. LTDA.www.zincoligas.com.br

ZIRTEC IND. E COM. LTDA.www.zirtec.com.br

Empresas associadas à ABRACO

Associados ABRACO

Mais informações: Tel. (21) 2516-1962 www.abraco.org.br

Associadas60:Associados35 2/15/16 3:57 PM Page 1

Page 36: TINTAS DESENVOLVIDAS PARA SALVAR VIDAS · presidente do Conselho de ... das pessoas que adotam esse estilo de vida cobiçarem apenas produtos caros ... com conselhos de ad - ministração