Tikvá nº 67, 8º ano

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TIKVÁ תקוהREVISTA DA COMUNIDADE ISRAELITA DE LISBOA Nº 67 – 9º Ano Abril / Maio / Junho 2008 Adar II / Nissan / Iyar 5768 INAUGURAÇÃO DO MEMORIAL EM HOMENAGEM ÀS VITÍMAS DO MASSACRE DE LISBOA DE 1506

Transcript of Tikvá nº 67, 8º ano

  • TIKV REVISTA DA COMUNIDADE ISRAELITA DE LISBOA N 6 7 9 A n oA b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 0 8A d a r I I / N i s s a n / I y a r 5 7 6 8

    INAUGURAO DO MEMORIAL EM HOMENAGEM S VITMAS DO MASSACRE DE LISBOA DE 1506

  • Ns, o povo de Israel O facto de ter chegado no passado msde Abril ao seu 9 ano consecutivo depublicaes, j seria motivo suficientepara que esta edio n 67 do nossoTikv fosse comemorativa e especial.Mas felizmente, mais uma vez ascomemoraes e destaques so vrios ecumulativosE como no poderia deixarde ser, o 60 aniversrio da nossa queri-da Medinat Israel logicamente o temacentral desta edio. Entretanto, por mais que tentemos nun-ca conseguiremos nalgumas poucaspginas manifestar integralmente o nos-so sincero orgulho e alegria pelos 60anos de existncia do Estado de Israel.Como prestar a justa e devida home-nagem s seis dcadas de tamanha dig-nidade, constante desenvolvimento, es-prito de superao e exemplo para to-das as naes modernas e civilizadasdeste planeta? Desnecessrio seria estar tambm nova-mente a lembrar do enorme contributoque Israel tem prestado ao mundo desdea sua fundao nas suas mais diferentesreas e sectores, apesar do mundo aindainsistir em no querer reconhec-lo Se calhar, a melhor forma de ns, judeusna dispora, prestarmos esta home-nagem seja mesmo a celebrar muito enunca deixarmos de contar aos nossosjovens a histria passada e actualmentevivida pelo nosso povo naquela santa esagrada terra. Outra excelente maneira seguirmos construindo um judasmo ca-da vez mais vivo e actuante, formandonovas geraes de crianas e jovens quetenham a sua identidade judaica cadavez mais fortalecida pelo orgulho de faz-er parte do povo judeu, o povo de Israel. E ns por aqui estamos a cumprir a nos-sa parte com muito esforo e dedicao.E esta edio traz a todos aquilo de mel-hor e mais importante tem estado aocorrer para o fortalecimento do judas-mo em Portugal, dentro e at fora danossa comunidade. Parabns querida Israel !Am Israel chai ve Kayam !

    Marcos PristDirector Executivo CIL

    E D I T O R I A L

    A celebrao dos 60 anos de Israeluma ocasio para reforar as relaes com Portugal

    Em 1948, logo a seguir declarao de independncia do Es-tado de Israel, Samuel Schwarz, dirigente da Comunidade Is-raelita de Lisboa, escrevia no Dirio de Lisboa um artigo intit-ulado O Estado de Israel e as suas ligaes com a tradioportuguesa, defendendo o reconhecimento do novo Estadopor parte de Portugal.Foi no entanto preciso esperar mais de trs dcadas pelo es-tabelecimento de relaes diplomticas entre os dois pases.Apesar de Israel ter sido admitido na ONU a 11 de Maio de1949, o governo portugus optou pelo no reconhecimento doEstado de Israel, temendo provocar a hostilidade do mundorabe. Mesmo depois do 25 de Abril, Portugal ainda votou fa-voravelmente a Resoluo das Naes Unidas, equiparando osionismo a racismo e discriminao racial, levantando, alis,numerosos protestos, nomeadamente do deputado do PS,Jaime Gama, e de Andr Gonalves Pereira que em artigo noExpresso de Julho de 1976 criticava o voto considerando-ouma negao do direito existncia de Israel.Mas as relaes comeam a normalizar-se e em 12 de Maio de1977, Portugal e Israel decidiram o estabelecimento de re-laes diplomticas a nvel de embaixada. Em 1988, eraacreditado Rui Medina, embaixador de Portugal em Roma eem 1991, Joo Quintela Paixo tornava-se o primeiro embaix-ador residente.Desde a as relaes entre os dois pases tm-se desenvolvido anvel comercial e cultural. Nasceu tambm a Associao deAmizade Portugal-Israel e a Cmara de Comrcio Luso-Israel decujo recente e histrico acordo com a Cmara Municipal daNazar damos conta neste nmero a propsito da instalao deum hospital naquela cidade portuguesa integralmente equipadocom tecnologia israelita. A nvel cultural as relaes tambmtm tido algum incremento com o intercmbio de teatro, cine-ma, literatura e investigao cientfica, tendo inclusivamentePortugal aberto um leitorado de portugus em Israel. Mas no geral, o intercmbio ainda relativamente modesto etem pouco destaque da parte da comunicao social. Maisuma razo para realarmos a realizao pela maior livraria dopas, a Byblos, de uma quinzena dedicada literatura israelitapor ocasio dos 60 anos do Estado de Israel. Aberta com umconcerto de msica klezmer, sucederam-se durante cerca deduas semanas, no auditrio da livraria, escritores e tradutoresportugueses comentando a literatura israelita. Esta iniciativaindita em Portugal, em conjunto com outras acima referidas,so reveladoras de que algo est a mudar no relacionamentoentre portugueses e israelitas, nomeadamente ao nvel da so-ciedade civil. Mais do que o indispensvel relacionamentodiplomtico, este tipo de iniciativas ao nvel da populao, adescoberta cultural mtua, as trocas comerciais, o turismo e ointercmbio acadmico e cientifico que permitiro reforar oslaos de amizade entre os dois povos.

    Esther MucznikVice-Presidente

    2 Tikv 67 Abril/Junho

    FICHA TCNICA Directora Esther Mucznik Chefe de Redaco Marcos Prist Colaboradores Diana Ettner, Gabriel Steinhardt,Henrique Ettner, Nuno Martins e Samuel LevyConcepo e produo grfica Raimundo Santos

    m e n s a g e m d a d i r e c o

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    Ser um Povo livrena nossa terra...

    1948

    2008

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    em territrio portugus. Partindodo Convento de S. Domingos (ac-tual Largo de S. Domingos) e ins-tigados por frades dominicanos,bandos de cidados percorreramLisboa durante trs dias, 19, 20 e21 de Abril, pilhando, violando ematando judeu convertidos aocristianismo na sequncia do de-creto real de 1497. Entre duas e quatro mil pessoasforam assim mortas por suspeitade judasmo. Em 2006, a Comunidade Israe-lita props Cmara Municipal

    de Lisboa, a realizao de umMemorial evocativo dos 500anos desse massacre, proposta qual se associou de imediatoa Igreja Catlica contribuindo,por seu lado, com uma escultu-ra evocativa do gesto e das pa-lavras de reconciliao do Pa-

    triarca de Lisboa no ano 2000,das quais destacamos as se-guintes: Como comunidademajoritria nesta cidade, hperto de mil anos, a IgrejaCatlica reconhece profunda-mente manchada a sua mem-ria por esses gestos e palavras,tantas vezes praticados em seunome, indignos da pessoa hu-mana e do Evangelho que elaanuncia...Entregue em 2006,s em 2008 a actual gesto ca-marria, presidida pelo Dr.Antnio Costa, aprovou por

    unanimidade as propostasconjuntas da CIL e da IgrejaCatlica, associando-se inicia-tiva mediante a colocao nolocal de uma placa alusiva aoacontecimento e de um muralque prope Lisboa como cida-de da tolerncia. Desde a sua

    inaugurao, o memorial temsido objecto de grande curiosi-dade e ateno por parte de lis-boetas e turistas. No memorialjudaico, annimos depositaram

    flores e acenderam velas emhomenagem s vtimas.Esperamos que este memoriald a conhecer aos lisboetasuma das pginas mais negrasdo judasmo portugus, contri-buindo para que tais actos nose voltem a repetir.

    No passado dia 22 de Abril foiinaugurado pelo Presidenteda Cmara Municipal, o Presiden-te da Comunidade Israelita e oPatriarca de Lisboa um Memorialcomposto por trs peas, no Lar-go de S. Domingos (ao Rossio),que evocam:

    o massacre de judeus ocorridona cidade h 502 anos,

    o gesto de purificao damemria e de reconciliao cele-brado naquele local por D. JosPolicarpo no ano 2000,

    a dedicao do largo, pela C-mara Municipal, aos valores datolerncia.

    A escultura judaica, da autoria daarquitecta Graa Bachmann composta por uma esfera trunca-da, com uma inclinao que faci-lite a leitura do seguinte textogravado sobre uma Estrela deDavid, como smbolo judaico:

    1506-2006 - Em memria dosmilhares de judeus vtimas daintolerncia e do fanatismo reli-gioso assassinados no mas-sacre iniciado a 19 de Abril de1506 neste largo 5266-5766 .

    Na base quadrangular e envol-vendo a esfera est inscrita, emportugus e em hebraico, a fraseseguinte:

    terra, no ocultes o meusangue e nosufoques o meu clamor!(Job 16.18)

    No ano de 1506, a cidade de Lis-boa foi palco do mais dramticoepisdio antijudaico conhecido

    Almoo inter-religioso promovido pela CML No seguimento da inaugurao do Memorial, te-ve lugar na Mitra de Lisboa a convite de AntnioCosta, Presidente da Cmara Municipal de Lis-boa, um almoo de confraternizao com todasas confisses religiosas da cidade. Inicialmenteprevisto para dia 22 de Abril, foi adiado para odia 5 de Maio por respeito pela comemorao dePessah. Este gesto indito sensibilizou muitoparticularmente a nossa comunidade.

    M E M O R I A L

    MEMORIAL S VITIMAS DA INTOLERNCIA EVOCATIVO DO MASSACRE JUDAICO DE LISBOA DE 1506inaugurado no Largo de S. Domingos

  • AComunidade Israelita de Lisboa ea Embaixada de Israel em Portu-gal, realizaram no incio do Ms de

    Maio, o tradicional acto solene em

    homenagem ao Dia da Recordao

    dos Soldados Cados em nome de Is-

    rael e Vtimas do Terrorismo que infe-

    lizmente continuam a ocorrer. Foram

    j 22.437 almas lembradas desde o

    ano de 1860, quando ocorreu a sada

    para fora das muralhas de Jerusalm.

    O evento foi realizado no ptio da Sin-

    agoga Shaar Tikv, que esteve lota-

    do com vrias dezenas de pessoas

    presentes a assistir a este sempre co-

    movente acto. A cerimnia teve incio

    com a leitura da ordem do dia e o

    acendimento da vela da recordao

    pelo jovem Doron Ettner. A seguir

    foram lidas belas mensagens e textos

    entre os quais Rak 5

    dakot (Somente 5 minu-

    tos) interpretado em he-

    braico por Amir Sagie e

    em portugus pela

    jovem Lvia Catran da

    CIL e o no menos emo-

    cionante texto Yalda

    Yafa (Linda Menina)

    tambm interpretado em

    hebraico e portugus, respectiva-

    mente pelo Cnsul de Israel Rafael Er-

    dreich e pelo jovem Miguel Curiel da

    CIL. A parte religiosa e litrgica do pro-

    grama ficou a cargo do Rabino Eliezer

    Shai di Martino da CIL e do chazan Isaac Assor. No faltou o momento

    musical com a tradicional apresen-

    tao do Coro da CIL que interpretou

    as canes Achi Hatzair Iehud e

    Achai Guiborei Hatehila. Houve ain-

    da tempo de se ouvir as belas vozes

    das jovens Susana Bachmann e Ta-

    tiana Prist que, juntamente com Mar-

    cos Prist, cantaram a cano Achol

    Izkor. Tambm o Presidente da Cil

    Jos Oulman Carp e o Sr. Aaaron

    Ram Embaixador de Israel, dirigiram

    as suas respectivas mensagens ao

    pblico presente. Mais uma vez de

    destacar o grande memorial elaborado

    com muito carinho pelo nosso More

    Laercio Pintchovski com a fundamen-

    tal colaborao de voluntrias e que

    tambm marcou significativamente es-

    ta homenagem.

    Oespao da nossa Biblioteca Dr.Elias Baruel na Sinagoga nova-mente no foi suficiente para receber asmuitas dezenas de pessoas que partici-param no tradicional acto de YomHasho da CIL em memria e home-

    nagem s vtimas do Holocausto, real-izado no passado dia 30 de Abril. O pro-grama deste ano foi baseado no temacentral Ubacharta Bachaim E Es-colheste a Vida - sugerido pelo YadVashem Museu do Holocausto emJerusalm, com um enfoque especial

    para a construo do Estado de Israelque comemora 60 anos de Independn-cia. A apresentao de alguns vdeos etextos lidos pelos nossos jovens, emo-cionaram o pblico presente com fortestestemunhos de sobreviventes do Holo-causto que seguiram solitrios para Is-rael, reconstruram as suas famlias eque tanto contriburam para o desen-volvimento do que hoje a nossa queri-da Medinat Israel. Tambm no poderiafaltar a leitura dos nomes de familiaresde membros da nossa Comunidade as-sassinados no Holocausto, bem como otradicional acendimento das 6 velas emmemria das 6 milhes de vidas judiasarrancadas pela barbrie nazi.

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    A C O N T E C E U N A C I L

    Acto Solene de Yom Hasho

    Acto Solene de Yom Hazikaron5768 na CIL

    Dilogo interculturalNo passado dia 21 de Maio, foi realizado no Convento dos Ca-puchos em Almada, um importante encontro sobre o tema: OPapel das religies na sociedade portuguesa. A comunidadeisraelita esteve representada neste evento pelo seu sempre

    colaborador e ex-presidenteda CIL Samuel Levy, quefalou sobre o judasmo. A ini-ciativa deste evento, quecontou com representantesde vrias outras confisses,foi de Sua Ex a Governadora

    Civil de Setbal, do Centro Europ Direct Pennsula de Setbale da Comunidade F Bahai, de Portugal.

    Teve lugar, no passado dia 14 de Abril, na Sala Por-to do Hotel Diplomtico, uma assembleia-geral desuma importncia para os destinos da Comunidade Is-raelita de Lisboa. O ponto nico da ordem dos trabal-hos foi CIL Que Futuro?, quando foi apresentada e

    debatida de forma clara, democrtica e transparente aactual situao financeira da nossa comunidade e asenormes dificuldades em fazer frente aos custos dogrande projecto que hoje desenvolvido nos vriossectores comunitrios. A principal questo era legiti-

    mar ou no a actual estrutura construda e ratificar seh o desejo da maioria em mant-la. Ao mesmo tem-po apelar aos membros e saber da sua real disponibil-idade para realizar um esforo maior no que diz re-speito s contribuies para a CIL. Das 70 pessoaspresentes na assembleia, 83,7% votaram, atravs dequestionrio escrito, pela manuteno de todos osservios e actividades hoje existentes, considerandona sua maioria ser este o mnimo necessrio para obom funcionamento e para o futuro do judasmo emPortugal. Apenas 12,2% acreditam que deva ser re-duzida a actual estrutura comunitria e os restantes4,1% apoiam a actual estrutura, mas acham que a de-ciso de manter ou no pertence somente a Direcoda CIL. Tambm mais de metade dos que preencher-am estes questionrios concordaram com um aumen-to directo nas contribuies anuais , dobrarando quasetodos as suas actuais contribuies no intuito de man-ter a actual estrutura comunitria da CIL, que vemsendo desenvolvida ao longo dos ltimos 6 anos.

    Importante Assembleia Geral da CIL

    No prximo dia 30 de Junho, ser realizada novaAssembleia-Geral, desta feita para a aprovaodos relatrios e contas do ano de 2007.

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    Afbrica Brs da Covilh in-iciou a produo de queijosegundo preceitos da religiojudaica, e que para ostentar oselo Casher teve de ser sub-metida certificao do rabi-no Daniel Litvak. A previsoda fbrica atingir no final doano uma produo de 12 a 15toneladas de queijo Casher. Jfoi assinado o contrato com oEl Corte Ingls para a vendadeste produto na sua loja gour-met, estando a empresatambm a avanar negociaescom vista exportao para mer-cados de forte presena judaica,como Catalunha, Paris e Lyon. In-glaterra, Holanda ou Itlia so ou-tros destinos na mira da fbrica daCovilh. O empresrio Jos Brs,lembra que a regio foi um encla-ve de judeus que fugiram perse-

    guio dos Reis Catlicos e pre-servaram at hoje as suas tra-dies. No foi s a produo dequeijo, mas toda a fbrica Brazque foi certificada pelo rabino Da-niel Litvak, que partiu da Covilhpara Israel com uma excelenteimpresso. uma fbrica muitoboa, muito limpa e de grande qua-lidade, considera o rabino.Tudoo que daqui sai pode tecnicamen-

    te usar o selo Casher, frisaJos Brs. O fabrico Casherir acrescentar em 10 a 15%a produo habitual da unida-de da Covilh, cifrada em 200mil queijos anuais, e para es-te fim sero feitos lotes es-pecficos adaptados ao gostoda comunidade judaica. A f-brica Braz est a processar1500 litros de leite por dia pa-ra queijo Casher, mas depen-

    dendo da receptividade do merca-do, esta quantidade poder attriplicar.O facto de no se poderusar coalho de origem animal uma das principais diferenas doqueijo Casher. O sal e outrasmatrias-primas tambm socontrolados de forma a cumprir asregras da dieta judaica. Toda aproduo tambm sujeita a es-crupulosas regras de higiene.

    ACmara de Comrcio Luso-Israel assinou um acordocom a Cmara Municipal da Nazar para a instalaoat 2012, neste concelho do Oeste, de um hospital total-mente equipado com tecnologia de ponta de fabrico is-raelita. Com um custo superior a cem milhes de euros,o projecto alvo do protocolo, semelhante a outros reali-zados no nos Estados Unidos da Amrica ou noBrasil, ser maioritariamente financiado por in-vestidores daquele pas, e poder incluir umavalncia de ensino de Medicina, com professoresoriundos de Israel. Esta ltima componente doprojectos atraiu ainda mais o apoio da autarquia lideradapor Jorge Barroso, que ontem participou num almoopromovido pela Cmara de Comrcio Luso-Israel, no Por-to. Com 900 empresas na rea das Cincias da Vida, me-tade das quais com menos de cinco anos, os israelitaspretendem promover o seu potencial instalado em bio-tecnologia e dispositivos mdicos. Ontem, juntaram numhotel do Porto institutos de investigao das Universi-dades do Porto e do Minho, responsveis do Banco Esp-rito Santo e do Millennium BCP, de empresas (como a

    Martifer Renewables ou a Polimaia, da perfumaria e bele-za), para promover contactos e convid-los a participarnum congresso de biomedicina, em Telavive, em Maio. Oevento uma demonstrao da capacidade de Israelnesta rea de ponta, e dedicado s parcerias interna-

    cionais, explicou Ruti Alon, da Pitango Venture Ca-pital, informada da recente criao do Health Clus-

    ter Portugal. No sendo a terra prometida, atpela sua pequena dimenso, Portugal " um paspromissor", admitiu Amos Wohl, responsvel

    ibrico para assuntos econmicos e comerciais daembaixada israelita de Madrid, realando as ligaes

    Europa e ao Brasil. Pelo que v com naturalidade a in-teno de se construir um hospital em terras lusas. Esteequipamento dever nascer num terreno de 30 hectaresperto do mar, na Nazar, e ter o nome do maior inves-tidor aspecto para j ainda no definido. Prestes a ar-rancar com concursos para a construo de uma marinade recreio e de um campo de golfe, a autarquia nazarenaest a agarrar esta outra oportunidade. Fonte: Pblico, 01.05.2008, Abel Coentro

    Aps 54 anos da morte de Aris-tides de Sousa Mendes, a C-mara Municipal de Santarm-Portu-gal, inaugurou a primeira esttuade corpo inteiro deste Justo. Estaobra da escultora Margarida San-tos, a quem tambm se deve o bus-to de Aristides inaugurado emBordus em 1994, por Mrio Soarese Maria Barroso. Este busto encon-tra-se na Promenade Charles deGaulle, ao lado dos Monumento aoSoldado Desconhecido e de DeGaulle, o que demonstra a im-portncia que Bordus e Franaatribuem ao Cnsul Portugus. Foium momento emocionante, tantopara a famlia de Sousa Mendes, co-mo para todos aqueles que defen-dem a sua imagem. A cerimnia deinaugurao comeou com um en-

    contro na Cmara Municipal deSantarm, onde o presidente, Fran-cisco Moita Flores, ofereceu umcocktail aos convidados, entre osquais a Dra. Maria Barroso (Presi-dente da Fundao ASM), o Em-baixador de Israel, Aharon Ram e

    mulher, o Presidente da Comunida-de Israelita, Jos Oulman Carp edois dos netos de Aristides, lvaro eAntnio Sousa Mendes. A esttuade Aristides est ladeado por duascrianas que representam os refu-giados que foram salvos pela suaaco humanitria, que lhe trouxeimensos prejuzos pessoais e mate-riais. Sousa Mendes foi demitido porSalazar, por ter ajudado os refugia-dos judeus, e morreu na misriaaps ter sua aposentadoria suspen-sa pelo ditador portugus. Em re-conhecimento aos seus gestos, oYad Vashem de Jerusalm colocou-o como Justo entre as Naes. Naplaca afixada esttua os dizeres: memria de um homem despertonuma noite de morte imensa. Fonte: Notcias da Rua Judaica

    Serra da Estrela produz queijo Casher Portugal Homenageia Sousa Mendes

    A C O N T E C E U E M P O R T U G A L

    Cmara de Comrcio Luso-IsraelA Cmara de Comrcio Luso-Israel realizou, no passado dia 31de Janeiro, no Porto, os dois seus dois primeiros eventos ofi-ciais, desde a sua recente constituio, a 19 de Dezembro de2007. Tratou-se de um almoo, que contou com a presena de49 Empresrios e dois investidores estrangeiros, Avi Ingber eJack Soifer, que procuram parceiros de negcio. Avi Ingber,CEO da Wextrust, falou sobre Bons Negcios e Jack Soifer sobreOportunidades para o Turismo no Norte. Ingber referiu que es-ta a hora de estudar investimentos que sero lucrativos abreve trecho. Referiu o sector imobilirio, a biotecnologia e aelectrnica hospitalar como sectores promissores. Soifer,consultor internacional de PMEs (Pequenas e Mdias Empresas)e Turismo, disse que a integrao Porto-Douro e o enfoque naqualidade poderia adicionar facturao de turismo no Norte200 milhes de Euros em 2008 e 1,1 mil milhes em 2010.Esti-veram presentes no evento Empresrios de 14 sectores dife-rentes, provenientes de vrias regies do Pas, entre as quaisse destacam Lisboa, Minho, Rgua, Coimbra e Covilh. O se-gundo evento do dia, o lanamento, na Fnac, dos livros Teoriasda Comunicao, da autoria de Andr Verssimo, e EmpreenderTurismo de Natureza, da autoria de Jack Soifer, contou com apresena de 40 Empresrios, professores universitrios, bemcomo os Cnsules de Israel e da Sucia.

    Israelitas querem construir hospital de ponta no concelho da Nazar

    Seminrio para portuguesessobre o ensino do Holocaustoem JerusalmNo prximo ms de Agosto terlugar na Escola do Yad Vashemem Jerusalm um seminrio es-pecialmente para professores dePortugal sobre o ensino do Holo-causto. O grupo, cuja estadia subsidiada pelo Yad Vashem, in-clui 30 professores seleccionadospor Esther Mucznik em colabo-rao com a Associao de Pro-fessores de Histria. O curso tema durao de uma semana e in-clui algumas visitas pelo pas. Oseu alto nvel histrico e pedag-gico permitir aos participantesuma formao importante nestecampo e adquirir a capacidade detransmisso aos alunos.

  • 10 Tikv 67 Abril/Junho Tikv 67 Abril/Junho 11

    No final do ms de Fevereiro, aDra. Ceclia Caria Mendes,aluna dos cursos de judasmo ehebraico do Departamento de En-sino Judaico da CIL, foi convidadaa representar Portugal naconferncia anual do Frum Glo-bal de Combate ao Anti-Semitis-mo realizado com o apoio do Mi-nistrio das Negcios Estrangei-ros de Israel e que contou com apresena da Vice - Primeira Mi-nistra Tzipi Livni e do MinistroIsaac Herzog das Relaes com aDispora e Luta contra o Anti-Se-

    mitismo. Delegados de 40 pasesparticiparam desta conferncia eexpressaram o seu apoio ideiado estabelecimento de uma coli-

    gao pelo contra o anti-semitis-mo. PM da Gr-bretanha JohnMann mencionou que o governodo seu pas prope ser a sede daconferncia deste frum no prxi-mo ano. No ms de Abril, a Dra.Ceclia Caria Mendes a convite doMuseu do Holocausto em Israel Yad Vashem esteve tambmpresente juntamente com o seufilho Rodolfo Caria Mendes noTekess Hanachat Hazerim cerimnia de colocao de co-roas de flores em homenagems vtimas do Holocausto.

    Foi inaugurado a 19 de Feverei-ro o novo museu virtual, resul-tante da iniciativa de Lusa Pache-co Marques, Margarida Dantas eMargarida Ramalho. compostopor uma exposio virtual que sedivide em trs corredores: o daGuerra, o da Fuga e o da Liberda-de. A podem ser vistos documen-tos e filmes inditos da dcada de40, pertencentes a arquivos na-cionais - como o da RTP e o da Ci-

    nemateca Portuguesa - e estran-geiros, como o de Steven Spiel-berg, adquiridos online a preosirrisrios, indicou Lusa PachecoMarques na apresentao. Almda exposio, o museu virtualpossui uma segunda parte, intitu-lada base do conhecimento e queconstitui o acervo, cujo ncleofundamental a biblioteca virtual,acessvel online, onde possvelconsultar centenas de documen-

    tos, fotografias e testemunhosorais de refugiados salvos porSousa Mendes. Este museu, cujoprojecto data de 1989, foi inaugu-rado na Assembleia da Repblicaexactamente quando se comple-taram 20 anos sobre a decisoparlamentar, aprovada por unani-midade, de reabilitar postuma-mente o diplomata. Est disponvel online no ende-reo http://mvasm.sapo.pt/

    A C O N T E C E U E M P O R T U G A L

    No passado dia 16 de Marona sede do Maccabi, o Mo-vimento Juvenil Dor Chadashde Lisboa comemorou comgrande alegria o seu 6 ani-versrio de realizaes, cum-prindo com os seus vrios ob-jectivos, entre os quais o de in-tegrar e educar num ambientejudaico cada vez mais jovens ecrianas e prepar-los para ac-tuarem como futuros lderes danossa CIL. Continuamos a tra-balhar firmes no desenvolvi-mento da rea do contedoprogramtico, na insero denovas crianas participantes ede novos jovens em idade deliderana (hadrach), hoje na-turalmente renovada e comfaixa etria mais baixa, masque segue a actuar neste tra-balho que envolve um poten-cial de cerca de 85 jovens par-ticipantes (entre 3 e 16 anos),

    o que nos permite manter umaexcelente frequncia mdia se-manal de cerca de 40 partici-pantes. O nosso muito obriga-do a estes jovens pelo empen-

    ho e compromisso nesta nobremisso! Foram mais de 200 ac-tividades desde a sua criaoem Fevereiro de 2002, entre asquais vrios passeios e as 6edies da nossa j tradicionalMachan de Vero. Continua-remos a trabalhar firme no in-tuito de obter cada vez maisqualidade e variedade das nos-sas actividades para os jovens,a serem realizadas de formacada vez mais organizada ecriteriosa. Mas tudo isto, s econtinuar a ser possvel com ofundamental apoio dos pais efamiliares que tanto nos incen-tiva neste grande esforo degarantir a educao e continui-dade do judasmo entre os nos-sos jovens e na nossa Comuni-dade. Portanto... KADIMA DOR CHADASH Marcos Prist

    Director Executivo CIL

    DOR CHADASH 6 anos contnuos a transmitir judasmo e a formar novos lderes

    J U V E N T U D E

    Aconvite de Mrio Soares,Presidente da Comisso deLiberdade Religiosa, estar emPortugal para participar numcolquio internacional, Ren Sa-muel Sirat, Vice-presidente daConferncia Europeia de Rabi-nos. O colquio, organizado pela

    Comisso de Liberdade Religio-sa, ter lugar a 23 e 24 de Junhoe ser subordinado ao tema OContributo das Religies para aPaz. Para alm do representan-te judaico, participaro igual-mente representantes das prin-cipais religies mundiais

    Inaugurado o Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes

    Portugal representado em importante encontro de combate ao anti-semitismo.

    Gro-Rabino Ren Samuel Sirat em Portugal

  • 12 Tikv 67 Abril/Junho Tikv 67 Abril/Junho 13

    Mensagem do Primeiro Ministro de Israel Ehud Olmert para as Comunidades na Dispora

    Mensagem do Presidente de Israel Shimon Peres

  • O ESTADO DE ISRAEL inicia hojeas comemoraes do 60. ani-

    versrio da sua independncia.Que tem isso de extraordinrio -diro alguns - todos os povos come-moram uma vez por ano a sua inde-pendncia, h dezenas ou centenasde anos e 60 anos no so umahistria assim to longa como isso.A diferena, para o bem e para omal, que este povo existe h maisde 3000 anos. Perdeu a sua inde-pendncia h dois mil e s h 60anos a recuperou. Durante dois milanos andou de terra em terra, demalas na mo, procurando encontrarsossego e sustento, onde lhe permi-tiam e enquanto lhe permitiam, atque lhe fosse dado regressar terrados seus antepassados.Em dois mil anos poderia talvez ter aprendido a lioda histria, feita toda ela de relatos de povos, que ti-veram as suas ptrias, e as viram conquistadas poroutros povos. Que se assimilaram aos vencedores ouemigraram para outras, a cujos povos se assimila-ram, desaparecendo como entidade nacional.Vejamos, como exemplo, como se formou a pennsu-la ibrica.Vieram os iberos e estabeleceram-se no territrio.Depois juntaram-se-lhes os celtas e formaram umnovo povo: os celtiberos. E assim foram chegando,um aps outro, outros povos, que conquistaram oterritrio, assimilaram a si os autctones, ou foram,por sua vez vencidos por novos conquistadores: ro-manos, visigodos, rabes, sem contactar com os co-lonos fencios e cartagineses. Hoje a populao dePortugal e Espanha uma amlgama de povos e deraas. Judeus j existiam na pennsula quase desdeo princpio do povoamento. Mas nunca vieram paraconquistar. Por qu? Porque a histria e a religiodos judeus de tal ordem, que este povo s podesubsistir na Terra onde nasceu, a Terra de Israel.Quando o seu pensamento no estiver neste peque-no pedacinho de terra, o povo judeu deixar deexistir. difcil explicar por qu. Mas enquanto vi-viam e labutavam na Pennsula Ibrica, no extremodo Ocidente - como escreveu nessa altura o poetaJudah Halevy - o seu corao estava no Oriente. Emcada nova gerao, houve sempre visionrios que

    anunciavam o prximo regresso.Quando os expulsavam de uma ter-ra, iam para outra. Quando os ex-pulsaram da Espanha, foram paraPortugal. Quando os converteram fora em Portugal, foram para aFrana, para a Holanda, para oImprio Otomano, voltando a aoJudasmo, rezando sempre com osolhos em Jerusalm. Sempre com obordo na mo, as malas feitas, e aesperana no corao. A Esperanaque tambm o nome do hino dasua ptria renovada, que levou doismil anos a conseguir.As parbolas, to comuns aqui noOriente, so uma forma avisada defazer compreender conceitos difceisde explicar por outro modo. Conta-seque, uma vez, na Polnia, em pleno

    ms de Outubro, um pai e um filho se dirigiam para asinagoga, sob chuva torrencial. Era o dia de SheminiAsseret, em que os judeus pedem a Deus queabenoe o ano, para que o inverno seja chuvoso e asterras produzam boas colheitas.Perguntou o filho ao pai: Est a chover tanto e nsvamos hoje pedir mais chuva?.Respondeu o pai: Ns vamos pedir a Deus que man-de chuva na nossa terra, na Terra de Israel, onde faztanta falta. Quando, em 29 de Novembro de 1947,as naes do Mundo, reunidas na Assembleia Geraldas Naes Unidas, decidiram conceder ao povo ju-deu o direito que tm todos os povos, concedendo-lhe metade do territrio da Terra de Israel, e criando,ao mesmo tempo, um Estado rabe na outra metade,essa deciso histrica podia ter sido o incio de umanova era de paz, de boa vizinhana e de prosperida-de para os dois povos. Por isso o Conselho do Povoaceitou essa limitao. Em vez disso, cinco exrcitosrabes (Transjordnia, Egipto, Sria, Lbano e Iraque)invadiram o terr i tr io do Mandato Britnico,ameaando expulsar todos os judeus para o mar.Aos judeus s restava uma alternativa: vencer essescinco exrcitos ou permitir que a ameaa dos atacantesse concretizasse. Numa guerra, o lado que no tem ou-tra alternativa para sobreviver, tem que vencer.Lembram-se da resposta do Marqus de Pombal per-ante a ameaa dos espanhis?Muito pode um homem em sua casa, que at depois

    de morto so precisos quatro para o levarem!.Em Maio de 1948, o Conselho Superior Judaico trocouos passaportes palestinianos, que os ingleses tinhamemitido aos habitantes da sua metade do territrio, ju-deus, rabes, cristos e drusos, por passaportes donovo Estado de Israel. Desde ento, ainda no houveum dia de paz nesta regio, apenas uma situao, quese mantm h 60 anos, ora uma nova guerra ora tr-guas, atentados terroristas e ameaas de destruio.Dois pases rabes invadiram a parte da Palestinaque a ONU tinha destinado populao rabe da Pa-lestina: o Egipto, na Faixa de Gaza, e a Jordnia, queocupou a Cisjordnia e mudou o nome do seu reinopara Jordnia. A se mantiveram at 1967. Os habi-tantes de Gaza eram cidados egpcios. Os da Cis-jordnia eram jordanos.Nessa altura, nenhum desses pases, nem sequer oshabitantes rabes desse territrio, falaram num Es-tado Independente da Palestina, que, a constituir-se,deveria incluir uma grande parte do que hoje aJordnia, pois metade da sua populao era e pa-lestiniana. Os restantes so bedunos.Em 1967, na sequncia de mais uma tentativa de in-vaso rabe, o exrcito israelita ocupou a Cisjordniae a Faixa de Gaza. Por muito estranho que isso pa-rea, iniciou-se um perodo de boa vizinhana e deco-operao entre os dois povos. Os israelitas visita-vam as reas rabes e ajudaram a desenvolver o tu-rismo e o comrcio. Os rabes vinham ao Estado deIsrael, uns procurar trabalho, outros comprar novosprodutos que aqui se produziam, aprender novas tec-nologias e novos processos de agricultura.Entretanto, apesar das guerras, apesar do clima de in-segurana, apesar da necessidade de manter toda apopulao em constante estado de alerta e de prepa-rao, apesar do enorme nus da defesa no oramen-to anual do estado, os israelitas conseguiram desen-volver um enorme avano cientfico e tecnolgico, apar de um lugar preponderante na cultura, nas artesplsticas, nas letras, na msica, no teatro e no cinemaDizia-me, em 1969, o filho de um potentado rabecom quem almocei em Gaza: Vocs fizeram um errotremendo. Ns sabamos como se vivia bem em TelAviv e nas outras cidades de Israel. A minha irm,que vive no Lbano, e tem dois passaportes, temconta aberta nas lojas de modas da Rua Dizengoff,em Tel Aviv. Mas ns dizamos populao que nes-sa cidade as pessoas morriam de fome nas ruas.Agora vocs abriram-lhes o acesso s vossas ci-dades. Eles vo l e vem a realidade. Arranjam tra-balho, e ganhando mesmo o que, para vocs, so or-denados de fome, hoje, at nas aldeias palestinas,cada casa j tem um frigorfico na cozinha e uma an-tena de televiso no telhado. Mas um dia vocs teroque se ir embora. Ento o povo vir exigir de ns amesma situao e ns no lhes poderemos dar tra-balho. Vo correr rios de sangue e eu no quero aquiestar quando isso suceder. Por isso j comprei seteandares de luxo na Inglaterra.Muitos israelitas tambm atribuam semelhantementeao general Moshe Dayan a responsabilidade por esseerro. Dizem eles, talvez com razo, que ele deveriater aproveitado o resultado favorvel da guerra de1967, para logo ali fazer as pazes com o Egipto e coma Jordnia, negociando com eles pequenos acertosestratgicos de territrio e traando finalmente umafronteira reconhecida, que ainda hoje no existe.

    O erro foi feito, e muitos outros se lhe seguiram, ali-mentando o extremismo dos fanticos de ambas aspartes: implantao de colonatos judaicos, por umlado, e desenvolvimento dos atentados terroristas,pelo outro.Ento, por alturas de 1971, pela primeira vez se co-meou a falar na ideia de um Estado Palestiniano in-dependente. Pela primeira vez surgiu o movimentonacionalista palestino.Pouco tempo depois, quando o presidente AnwarSaadat, do Egipto, se props finalmente a negociarum tratado de paz com Israel, o primeiro-ministro is-raelita, Menahem Begin, ofereceu-lhe a entrega daFaixa de Gaza, juntamente com a Pennsula do Sinaiocupada. Sadat declinou terminantemente essa ofer-ta, ameaando mesmo anular a proposta de paz, seos israelitas insistissem em entregar-lhe a responsa-bilidade sobre Gaza. Hoje, face ao que est a sucederna Faixa, podemos compreender por qu!Tambm com a Jordnia foi feito um tratado de paz,o Lbano teoricamente um pas, cuja populao an-seia por concretizar a amizade com Israel, mas do-minado pelos extremistas estrangeiros, que lhe nopermitem. E talvez a Sria um dia se decida final-mente a deixar normalizar a vida desta regio.Mas o preo que os israelitas pagaram e esto a pa-gar pela ocupao enorme.Parece um sacrilgio dizer isto face ao sofrimento dapopulao palestiniana e do dio que ele criou tantonos adultos como nas crianas. Mas o preo mais ele-vado para os israelitas talvez no tenham sido osmortos, nem os atentados terroristas. O que o pro-longamento da ocupao provocou foi uma deterio-rao moral interna, sobretudo no seio da juventude,obrigada a servir o pas no numa guerra contra sol-dados, mas no seio da populao que serve de escu-do aos combatentes palestinianos. Com os anos, quevo passando os israelitas sentem o crescimento daviolncia interna e do crime organizado.Dizia uma vez Golda Meir, numa daquelas frases quese dizem para a histria, mas que neste caso, since-ra ou no, me parece muito certa: Ns poderemosum dia perdoar aos rabes as mortes dos nossos fil-hos. Ser mais difcil perdoar-lhes o terem obrigadoa mandar os nossos filhos combater contra eles.Hoje mesmo, quando vos estou a escrever isto, trsanos depois dos israelitas terem sado unilateralmen-te da Faixa de Gaza, as foras do Hamas lanam ms-seis sobre as povoaes civis israelitas da regio, e,o que mais incompreensvel, contra os postos depassagem dos gneros alimentcios, gasolina e medi-camentos que vem de Israel para a sua populao.ODia da Independncia do Estado de Israel so na rea-lidade dois dias.O primeiro um dia de luto. Soam as sirenes em to-das as povoaes para um minuto de silncio e me-ditao; o povo une-se em oraes recordando osmilhares de soldados mortos nas guerras. E com elesas vtimas dos constantes atentados terroristas. Asfamlias visitam os cemitrios militares e choram jun-to s campas dos seus entes queridos, cujas vidas fo-ram ceifadas, para que no dia seguinte se possa ce-lebrar com exploses de alegria, bem justificada,mais um ano de sobrevivncia e de valiosa realizaohumana. um dia de orgulho nacional, pelas suarealizaes, e de festas nas ruas e piqueniques. Ses-senta anos.

    Incio Steinhardtem Tel Aviv para o Blog Rua da Judiaria

    Israel hoje e amanh

    14 Tikv 67 Abril/Junho Tikv 67 Abril/Junho 15

  • Tikv 67 Abril/Junho 17

    Ohebraico a lngua oficial doEstado de Israel, desde 1948,mas j era falado na regio pelospioneiros sionistas desde o final dosculo passado. O hebraico moder-no, como tambm denominado,foi renovado aps um lapso de1.700 anos de lngua escrita e estfundamentado na concepo daunidade da lngua hebraica e conti-nuidade dos seus diferentes pero-dos literrios e histricos.O hebraico persistiu como lngua es-crita por mais de 3 mil anos. Comolngua falada, sobreviveu em muitassituaes diferentes, seguindo o com-plicado curso histrico do povo judeu.O hebraico foi falado em Israel at adestruio do Segundo Templo de Je-rusalm, no ano 70 d.C. e h compro-vaes (as cartas de Bar Cokhb, noMuseu de Israel), de que, mesmoaps o grande exlio, as comunidadesjudaicas que permaneceram em v-rias regies da Terra de Israel conti-nuaram a utilizar o hebraico, tanto nacomunicao oral como na escrita,at o ano 200 de nossa era.Aps a grande disperso, o povo ju-deu passou a viver em diversos pa-ses e a falar diferentes idiomas,mas o hebraico era continuamente

    utilizado nas prticas religiosas e nacriao literria, potica, litrgica ereligiosa.Durante a Idade Mdia, essa lnguaservia de comunicao entre os ra-binos de diferentes pases, que tro-cavam correspondncia sobrequestes religiosas, constituindo avasta literatura de Perguntas eRespostas denominada de Respon-sa. O ideal da transformao davelha lngua hebraica numa lnguapara uso corrente e actual surgiucom os iniciadores do movimentoiluminista judaico, a Haskal, nosculo 18, quando teve incio apesquisa no sentido de um apro-veitamento do patrimnio vocabu-lar de todas as pocas e adap-taes de formas arcaicas s novasnecessidades.Foi o escritor satrico Mendele Mok-her Sefarim (Schalom Yaakov Abra-movitch, 1853-1917) quem lanouas bases para um estilo do hebraicomoderno. Mas o renascimento dafala popular deve-se em grande par-te a Eliezer ben Yehuda (1858-1922), que provou ser possvel em-pregar o hebraico em todos os sec-tores da vida prtica. Paralelamente,iniciou-se, no Comit de Lngua He-

    braica, fundado em Israel, em 1890,um trabalho de renovao e am-pliao do lxico, criando novosvocbulos, incorporados pelos falan-tes do hebraico daquele tempo.Foi tambm esse comit que decidiupela adopo da pronncia sefarditade hebraico, porque a achavammais bela, mais suave e que lem-braria melhor a fala oriental e, tal-vez, a fala dos antigos hebreus.Concluindo, o hebraico antigo trans-formou-se numa lngua moderna,corrente e natural, mantendo, en-tretanto, as caractersticas da lin-guagem bblica e de lngua semtica.O hebraico, lngua clssica, alta-mente potica, e que serviu durante17 sculos somente comunicaoescrita e s prticas religiosas, ex-pressa plenamente as necessidadesde uma sociedade moderna.

    Extratos do texto de Rifka Berezin,professora titular de Lngua e Lite-ratura Hebraica da USP, autorado Dicionrio Hebraico-Portugus,Edusp, 1995.

    O HEBRAICOA lngua oficial do Estado de Israel

    16 Tikv 67 Abril/Junho

    Numa noite muito animada, reuniram-se cerca de40 pessoas para um jantar festivo em comemoraoaos 60 anos de Israel com a presena e intervenode Israel Aaron Ram e a sua esposa Edna Ram.

    Cerca de uma centena de pessoas estiveram presen-tes na sede do Maccabi para participar na festa de 60Aniversrio do Estado de Israel o Yom Haatzmaut. Atarde iniciou com a visita a uma pequena, mas muitobem organizada exposio sobre Israel foi marcadarealizada pelos jovens do Movimento Juvenil Dor Cha-dash. A exposio era composta por 3 temas centrais,cada um elaborado por uma faixa etria especfica,respectivamente: O Conflito rabe-Israelita e a eter-

    na esperana de Paz (7 a 9 anos); A Sociedade Is-raelita Moderna (10 aos 12 anos) e A Democracia uma das magias de Israel (13 a 15 anos). A comemorao do 60 anos de Israel foi marcada pormuita msica e dana com destaque para apresen-tao das meninas da Lehakat Hamaccabi grupo dedanas do clube Maccabi dirigido pela Lilian Prist. Foiuma tarde alegre, divertida de grande integrao en-tre o pblico das diversas faixas etrias presentes, talcomo ocorreu nas ruas de Tel Aviv quando da decla-rao do Estado de Israel por David Ben. O evento en-cerrou delicioso kibud com comidas tpicas de Isra-el e um bolo especialmente confeccionado para a oca-sio. No faltaram os tradicionais parabns a nossaquerida Medinat Israel.

    Jantar do Maccabi Country ClubDia 10 de Maio

    Festa da CIL Dia 11 de Maio

    As comemoraes pelos 60 anos do Estado de Israeltm sido embelezadas por belos videoclipes, PPSs,lindas fotos e canes atravs do mundo, a comear

    claro, por l. Alm do logotipo (aci-ma), foi gravada pelo rapper israelitaSubliminal uma remixagem da bels-sima msica-poema Bat Shishim (60anos) escrita originalmente para os60 anos do Kibutz Gueva (e umaemocionante homenagem s mulhe-

    res de 60 anos), que ficou conhecida na interpretaodo Guevatron (famoso coral do prprio Kibutz Gueva),que ganhou at uma coreografia especial e adoptadapor vrios grupos de harkadah, (dana israelitas).

    Subliminal ou Yaakov Kobi Shimoni (filho depais refugiados: me iraniana e pai tunisiano) e o seuparceiro de adolescncia HaTzel (Sombra), aps a Inti-fada de 2000, ficaram conhecidos como os criadores doHip hop Sionista, escrevendo msicas patriticas. Oremix de Bat Shishim ficou conhecido como hino dos60 anos de Israel eu prefiro chamar de msica te-ma, porque hino, s HaTikvah.

    Jane Bichmacher de Glasman. Doutora em Lngua He-braica, Literaturas e Cultura Judaica - USP, ProfessoraAdjunta, Fundadora e ex-Directora do Programa de Es-tudos Judaicos UERJ, escritora.Traduo da msica Remix Bat Shishim disponvel em http://www.youtube.com/watch?v=Hb9oo2fLtyQ&feature=re-lated http://www.youtube.com/watch?v=A3k50hmiuOQ c

    O Hino dos 60 anos de Independncia de Israel

    1948/2008 60 Anos da criaodo Estado de Israel 13 Maio Fnac Colombo

    No passado dia 13 de Maio a FNAC do Centro Co-mercial Colombo realizou um colquio por ocasio

    do 60 aniversrio do Estado de Israel, em torno daimportncia deste Estado. Desde sempre ligado apaixes, argumentos e contra argumentos, tudo emtorno de uma regio que bero de tantas outrasculturas. Foram convidados para este colquio aEsther Mucznik, Joshua Ruah e Antonieta Lopes daCosta que deram algumas pistas sobre o que , co-mo se perspectiva o futuro do Estado de Israel, asua importncia para a regio e para o mundo.

    Papyrus Bar Kokhba

  • Tikv 67 Abril/Junho 1918 Tikv 67 Abril/Junho

    Bushem Israel

    Logo aps sua chegada para participar das celebraesdo 60 aniversrio de Israel, o Presidente George W.Bush fez a promessa solene de continuar o apoio dos EUA Israel. O objectivo dos Estados Unidos deve ser o apoioao nosso mais forte aliado e amigo no Oriente Mdio e, aomesmo tempo, falar sobre um futuro esperanoso.Tambm deu indicaes de que pretende trazer um novoimpulso para a paz entre Israel e os Palestinos durantesua viagem. Quando discursava num encontro com o Pre-sidente Shimon Peres, Bush afirmou que os 60 anos dedemocracia em Israel so motivo de optimismo para umamudana dramtica por todo o Oriente Mdio. O queaconteceu aqui possvel de acontecer em qualquer lu-gar. O Presidente americano expressou algum optimismode que poderia atingir um tratado de paz israelo-palesti-niano antes do trmino de seu mandato, em Janeiro de2009. Shimon Peres, ganhador do Prmio Nobel da Paz,apoiou o optimismo em relao a um acordo para o MdioOriente, declarando que os israelitas querem trabalharcom os palestinianos. Fonte: Notcias da Rua Judaica

    Desde h alguns anos, Israel viu-se a braos com umaonda de refugiados provenientes de frica, mais de3000, a maioria deles originrios de Darfur. Atravessaramo deserto sudans, cruzaram todo o Egipto e chegaram aIsrael. Destino estranho, o que escolheram, dado que elesso muulmanos. Com milhes de quilmetros quadradosde terras muulmanas, escolheram o minsculo Israel mais pequeno que o Alentejo como porto de abrigo. Fa-ce a presses internacionais, em especial de vrias organi-zaes de direitos humanos judaicas americanas, que sedestacam por serem as mais activas pela causa de Darfur(como o Museu do Holocausto de Washington), o governoisraelita autorizou a permanncia daqueles que consegui-ram entrar no pas. Depois de centenas de boat-peoplevietnamitas, que em 1977 foram acolhidos em Israel, des-ta vez foram refugiados de Darfur, que receberam asilopoltico. uma situao excepcional. So muito poucos osno-judeus que conseguem receber esse acolhimento emIsrael. E, ainda por cima, estes refugiados cidados de umpas hostil e que no reconhece o Estado Hebraico. A lei is-raelita nega mesmo o asilo a qualquer cidado de um es-tado inimigo, como o caso do Sudo. O dilema de Israel

    era entre permitir a sua estadia, criando um precedenteque poderia gerar um ainda maior fluxo de refugiados emdireco ao pas ou, expuls-los para o Egipto, o pas atra-vs do qual haviam chegado a Israel. E sabendo que noEgipto muitos refugiados sudaneses foram maltratados emortos e outros recambiados para o Sudo, onde o maisprovvel era serem fuzilados chegada, como centenasde milhar dos seus conterrneos de Darfur. O mundo con-tinua a ignorar o drama de Darfur. As Naes Unidas cha-mam Israel de sociedade de apartheid. Libelo repetidotambm por deputados do Parlamento Europeu, em espe-cial da extrema-esquerda. Os darfurianos chegados e aco-lhidos em Israel, de cujo Estado e de vrias ONGs recebemassistncia, incluindo escola para as crianas, so pelocontrrio a demonstrao dos valores humanistas da so-ciedade israelita. Quantos sudaneses recebeu ou seprestou a receber a Unio Europeia?

    Solidariedadeisraelitacom refugiadosdo Darfur

    Homenagem da cidade de Tel-Aviv aos homossexuais exterminados no Holocausto

    O prefeito de Tel-Aviv, RonHudai, anunciou a construode um monumento em home-nagem aos mais de 250 milhomossexuais perseguidosdurante o Holocausto. A formatriangular do monumento,que ser construdo de con-creto no Parque Meir Garden,far referncia ao tringulorosa que homens homosse-

    xuais eram obrigados a usar nas suas roupas duranteo perodo da II Guerra Mundial como forma de identifi-cao de condutas pervertidas (as mulheres homos-sexuais eram obrigadas a usar um tringulo preto). Fonte: ALEF

    No dia 1 de Novembro 2005 mais de 60 anos apsa segunda guerra mundial, a Assembleia-geraldas Naes Unidas adoptou a resoluo 60/7, estabe-lecendo o Dia Internacional em Lembrana das Viti-mas do Holocausto. Esta comemorao anualmentereconhecida no dia 27 de Janeiro, marcando a liber-tao do campo Auschwitz-Birkenau no dia 27 de Ja-neiro 1945. Consequentemente, Yad Vashem, o museu nacionaldo Holocausto em Israel, decidiu iniciar um Congres-so Internacional da Juventude no mbito das cele-braes do dia Internacional do Holocausto. Fui convidada pela direco da CIL a participar nestecongresso entre dia 25 de Janeiro at dia 30. Eu eoutra representante portuguesa, fomos para Israelpara representar Portugal. O evento tinha como ob-jectivo informar e alertar a nova gerao sobre osacontecimentos do Holocausto. Jovens de 62 pases e 5 continentes reuniram-seento na Escola Internacional Yad Vashem para Estu-dos do Holocausto, num intenso seminrio que durou3 dias. Com idades compreendidas entre os 17 e 19anos e incluindo entre ns Cristos, Judeus, Muul-manos e Budistas, falando 30 lnguas diferentes, to-dos falamos sobre a importncia de lembrar o Holo-causto e o seu significado nas geraes futuras. Haviam pases to diversos como o Senegal, Marro-cos, Austrlia, Tailndia, Nepal, China, Gambia, Ca-nada, Polnia, Frana, Reino Unido, Turquia, Guate-mala, Portugal, e os Estados Unidos. O congresso,patrocinado pela UNESCO, foi dedicado ao estudo doHolocausto e a sua importncia global. No primeiro dia da conferncia, tivemos a oportuni-

    dade de visitar o Museu Histrico do Holocausto e oVale das Comunidades e ainda participamos na ce-rimnia memorial do Holocausto. A sesso de abertu-ra do congresso teve a participao da Ministra daEducao Yuli Tamir, o director do Yad Vashem AvnerShalv, a Directora da Escola Internacional para os Es-tudos do Holocausto Dorit Novak, e ainda o Director-Geral da UNESCO Kochiro Matsuura. importanterelembrar as palavras inspiradoras da Professora Ta-

    mir estamos a lembrar para o bem do futuro, acre-ditamos que o futuro determinado pela forma comque compreendemos o passado. No segundo dia continuamos o nosso percurso comuma visita avenida dos Justos das Naes. Nestaavenida cada rvore ou qualquer planta foi dedicadaa um corajoso Justo que se sacrificou para ajudar osperseguidos. No Museu havia tambm um espao de-votado a estas pessoas impressionantes. Foi emocio-nante ver Aristides de Sousa Mendes entre os muitosJustos. Cada indivduo uma fonte de esperana, umexemplo a seguir, uma fonte de inspirao para osvalores da humanidade que podem ser resumidoscom uma frase, Aquele que salva um ser humano como aquele que salva o mundo inteiro. Terminmos o segundo dia com palestras e debatesincluindo a palestra dada pela Ministra dos NegciosEstrangeiros Tzipi Livni. Tivemos tambm a oportuni-dade de ouvir as histrias inspiradoras de sobrevi-ventes do Holocausto.No ltimo dia, continuamos a nossa visita pelo cam-pus, onde podemos visitar um dos monumentos maisbelos e significativos do museu. Ao entrar para estemonumento foi-nos dito que no podamos fazer ba-rulho, para estarmos preparados e concentrados. Eraa museu para lembrar as crianas que morreram nosvrios campos de concentrao. Foi muito emocio-nante pois era um monumento simples, escuro comluzes pequenas que nos deixava interpretar o signifi-cado do monumento nossa prpria maneira. Neste mesmo dia tivemos um encontro com o Presi-dente do Estado de Israel Shimon Peres e tivemos oprivilgio de fazer algumas perguntas sobre a suaopinio do Holocausto. Houve ento uma cerimniade encerramento deste congresso com a participaodos embaixadores dos pases representados.Esta experincia no foi s importante para o meuconhecimento do Holocausto mas tambm para mel-hor conhecer a vida em Israel. Tivemos a possibilida-de de fazer uma visita pela cidade de Jerusalm, oMar Morto e ainda uma visita imprevista a Tel Avivpor causa da queda rara de neve em Jerusalm.

    Uma ricaexperinciaPor Vivian Bernfeld

    E S P A O A B E R T O

    Discurso na presena do Presidente do estado de Israel, Shimon Peres

  • A C O N T E C E U N O M U N D O

    Tikv 67 Abril/Junho 2120 Tikv 67 Abril/Junho

    Entre 1948 e 1968, cerca de850 mil judeus foram foradosa abandonar os pases rabes on-de viveram por vrios sculosNo que pode ser o comeo deuma mudana importante na pol-tica dos Estados Unidos, oCongresso Norte-Americanoaprovou a Resoluo 185 da C-mara dos Representantes, queconcede o primeiro reconheci-mento de todos os tempos a refu-giados judeus de pases rabes.Antes, todas as Resolues sobrerefugiados do Mdio Oriente refe-riam-se apenas aos palestinianos.A Resoluo agora aprovada afir-ma que o governo norte-america-no reconhece, a partir de agora,que todas as vtimas do conflitoisraelo-rabe devem ser tratadasigualmente. Preconiza ainda queo Presidente e funcionrios dosEUA, que participem em dis-cusses sobre o Mdio-Oriente,se assegurem de que qualquerreferncia a refugiados palestinia-nos deve: "tambm incluir uma

    referncia igualmente explcita resoluo da questo dos refugia-dos judeus de pases rabes". Aaprovao desta Resoluo a in-iciativa norte-americana at hojemais forte sobre os direitos de re-fugiados judeus que foram desa-lojados de pases rabes. ARes.185 enfatiza o facto de quejudeus que viviam em pasesrabes foram alvo de violaes dedireitos humanos, expulsos desuas casas e feitos refugiados.Stanley Urman, Director Executi-vo da organizao 'Justia paraJudeus de Pases rabes' declarouque, "O Congresso restabeleceu averdade sobre a narrativa do M-dio-Oriente, recomendando umtratamento equitativo para todosos refugiados do Mdio-Oriente.Apenas deste modo pode haverum movimento da verdade para ajustia, da justia para a reconci-liao, e da reconciliao para apaz - entre todos os povos e esta-dos na regio". Fonte: Jornal Alef

    Memorial do Holocausto em Berlim realiza grande concerto

    OMemorial do Holocausto emBerl im foi palco de umconcerto ao ar livre, quando vaicomemorar trs anos de sua

    inaugurao. No passado dia 09de Maio, a orquestra Kammer-symphonie de Berlim apresentoupela primeira vez em todo omundo uma pea experimentaldo compositor Harald Weiss. Osmsicos espalharam-se entre as2.711 lajes de concreto cinzaque formam o monumento, e aplateia andou livremente poreles. O memorial custouUS$43.6 milhes em valores ac-tuais e fica aberto 24 horas.Mais de oito milhes de pessoasvisitaram o local desde a suaabertura e cerca de 3000 convi-dados estiveram presentes noconcerto, que foi gratuito.

    OPresidente da ComissoEuropeia, Jos ManuelDuro Barroso e o Gro-Rabinoda Gr-Bretanha e Reino Uni-

    do, Sir Jonathan Sacks, condu-ziro uma cerimnia de dedi-cao solene da sinagoga de LaRgence, a mais importante si-nagoga de Bruxelas, como aGrande Sinagoga da Europa.O evento, que ter lugar a 4 deJunho, ser aco lh ido pe laConferncia de Rabinos Euro-peus (CER), um organismo querepresenta os Gro-Rabinos daEuropa. O tradicional serviolitrgico da dedicao contarcom a participao do cantormundialmente conhecido, Ben-jamin Muller, acompanhado pe-lo coro da Unio Europeia. In-cluir tambm a leitura, em ho-lands e f rancs, de umaorao pela Europa elaboradaespecialmente para o efeito e odescerramento de uma placa

    na sinagoga pelo PresidenteBarroso. A cer imnia, quecontar com a presena de nu-merosos rabinos de pases eu-ropeus, representantes de ins-tituies da EU, da sociedadecivil belga e do corpo diplom-tico em Bruxelas, ser conduzi-da pelo Gro-Rabino da Sinago-ga, Albert Guigui. A Grande Si-nagoga de Bruxelas, localizadana Rue de La Rgence, no cen-tro da capital belga, foi projec-tada pelo arquitecto Desere DeKeyser e terminada no ano de1878. O edifcio alberga diver-sas organizaes judaicas, in-cluindo o Consistoire e a Comu-nidade Judaica de Bruxelas. EmBruxelas v ivem cerca de20.000 Judeus. EJP

    Refugiados judeus de pases rabes sero reconhecidos

    Dedicao da Sinagoga de Bruxelas como Grande Sinagoga da Europa

    16 anos de impunidadeO tempo passa e as pessoas es-quecem-se... Em 17 de maro,completaram-se 16 anos doataque covarde contra a embaixa-da de Israel em Buenos Aires. Naverso oficial, s 14:45 uma car-rinha Ford F100 com cerca de 300

    kg de explosi-vos galgou acalada e ficoua 2 metros daparede da em-baixada, quan-do o terrorista

    suicida accionou o detonador. 250pessoas ficaram feridas e 21 mor-reram: 9 judias e 12 crists. Athoje, assim como no caso daAMIA, no houve vontade de seapurar e investigar correctamenteeste crime. Nenhum suspeitoconsistente foi apontado. Apenasum diplomata iraniano est arrola-do, pela justia argentina, nestecrime e tambm na destruio daAMIA em 1994. Fonte: Fierj Digital

    Faleceu o comandante do xodusYossi Harel, comandante do"Exodus", o navio que levou pa-ra a Palestina, em 1947, 4.500sobreviventes do Holocausto,morreu em Israel aos 90 anos.Harel coordenou as operaesclandestinas realizadas entre1945 e 1948 que transportaramcerca de 24.000 imigrantes ju-deus a bordo de quatro barcos,um deles o "Exodus". O naviode Harel transportou um terodos refugiados judeus que che-garam ilegalmente Palestinanaquela poca.

    GUETO DE VARSVIAO chefe do Estado-maior do Exrcito de Israel (IDF), Gabi Ash-kenazi, disse que Israel e o IDF so as respostas ao Holocausto,quando discursou no bunker de Varsvia-Polnia, onde Morde-chai Anielewicz e o seu grupo conduziram a insurreio contra osnazis em 1944. Ashkenazi tambm falou sobre a significado darevolta do Gueto de Varsvia para os soldados israelitas.O ponto principal da histria do Gueto de Varsvia de extre-ma importncia para os soldados combatentes de Israel, portan-to, aqui estamos para prestarmos a nossa homenagem e saudar

    estes heris que, apesarda fragilidade de suas foras e de serem civis sem nenhum treinomilitar, simplesmente se levantaram, agiram e lutaram afirmouAshkenazi.O chefe do IDF colocou uma coroa de flores e o rabino chefe do IDF,General Brigadeiro Avi Ronsky, rezou o El Maleh Rachamim, que a prece judaica em homenagem aos mortos. Ashkenazi liderou aMarcha da Vida em Auschwitz e Birkenau, que reuniu mais de10.000 participantes provenientes de todo o mundo.

  • Tikv 67 Abril/Junho 2322 Tikv 67 Abril/Junho

    A C O N T E C E U N O M U N D O

    Aherona polaca Irene Sendler morreu no pas-sado dia 13 de Maio de pneumonia, numhospital da Polnia, aos 98 anos. Os horrores doHolocausto ainda permaneciam vivos na mem-ria de Irena, que com um pequeno grupo deamigos teve o mrito de conseguir retirar e sal-var 2.500 crianas judias do Gueto de Varsvia.Sendler foi uma das primeiras pessoas a seragraciada com a mais alta honraria do Yad Va-shem o Memorial do Holocausto de Israel, sen-do declarada em 1965 como uma Justa entre asNaes (Righteous Gentile), que com o risco desua prpria vida salvou judeus durante o Holo-causto. Mas foi somente nos seus anos doura-dos, que foi reconhecida pelo governo polacoque, juntamente com grupos de sobreviventesdo Holocausto, a indicaram como candidata aoPremio Nobel da Paz, aps dcadas de esqueci-

    mento. A histriade Sendler esuas l igaescom a comunida-de judaica, co-mearam nos ar-redores deVarsvia onde,ainda menina, foiens inada pe loseu pai que aspessoas no de-veriam ser julga-

    das com base na raa, religio ou nacionalidade.Isto ela declarou, numa entrevista em 2004, pa-ra o Jerusalem Post. O que eu fiz teve razes nacasa da minha famlia afirmou Sendler.Fonte: Notcias da Rua Judaica

    Em memria de Irena Sendler

    A generosidade do Prncipe Carlos

    Membros dacomunidadejudaica deCracvia naPolnia reuni-ram-se com di-gnitr ios econvidados detodo o mundo,para marcar aabertura do novoCentro Comu-nitrio Judaicopelo Prncipe Charles, e sua esposa Camilla. O casalreal colocou a mezuzah no batente da porta, antesde descerrar a placa comemorativa. O gro-rabinoda Polnia, Michael Schdirch, oficiou a cerimnia di-zendo: A comunidade judaica da Polnia sofreu pri-vaes inimaginveis atravs dos sculos. No passa-do foi uma das maiores comunidades judaicas domundo, actualmente uma das menores. Entretan-to, graas ao casal real, a comunidade da Crac-via, que era um centro vibrante da vida judaica,agora tem uma chance verdadeira de retornar suaantiga glria. Numa visita a Cracvia em 2002, o

    Prncipe Charles tinha-se comovido com a dedicaodos membros idosos que restam da comunidade ju-daica e no seu retorno a Inglaterra, contactou oWorld Jewish Relief (WJR) que uma entidade decaridade baseada em Londres, para o auxlio s co-munidades judaicas ao redor do mundo que estejamem risco ou em crise, e o plano para a construo deum centro comunitrio tomou vida. Muitas pessoasvieram e prometeram-nos um futuro, mas o Prncipee o World Jewish Relief prometeram e hoje a ce-rimnia mostra que tambm realizam e ns estamosmuito gratos por isto, disse Tadeusz Jakubowicz,Presidente da Comunidade Judaica de Cracvia.

    Neonazi condenado O Tribunal Administrativo de Erding (Aleman-ha) condenou o neonazi Horst Mahler, de 72anos, a dez meses de priso. Durante uma en-trevista revista Vanity Fair, ele cumprimen-tou o seu entrevistador com um "Heil Hitler,Herr Friedman" e, durante a conversa, qualifi-cou Adolf Hitler de "redentor do povo alemo",alm de ter negado o Holocausto.

    O Stimo Selo No passado dia 23 de Maro,o jorna-lista Jos Rodrigues dos Santos es-teve mais uma nez no nosso clubepara divulgar o seu mais recente su-cesso literrio O Stimo Selo . Oconvidado apresentou a obra, respondeu s per-guntas das vrias pessoas presentes e terminou atarde com uma sesso de autgrafos.

    VI Tennis Cup Bratislavarealizado de 13 a 16 de MaroO nosso Maccabi Portugal foi ogrande campeo Torneio de singles e pares nas categoria at 40 anose acima de 40 anos. Cerca de 19 jogadores de 8pases.

    PARABNS AOS NOSSOS ATLETAS CAMPEES:

    Sergio Arago(Single/Simple)- Final contra Inglaterra - Categoria Acima 40Anos

    Arnaldo Grossman e Sergio Arago- Final contra a ustria - Categoria Acima 40Anos

    Seder de Pessach do MaccabiDurante o ms de Abril, o MaccabiCountry Club realizou um seder dePessach que congregou e reuniudezenas de scios e as suas fam-lias, numa noite muito agradvelem que se transmitiu aos nossosjovens as sagradas tradies des-ta to importante festa do nossocalendrio judaico,

    EMFT - European Maccaby Football Trophy

    Torneio de FutsalPara categoria masters comnidade a partir dos 35 anos

    O nosso Macabbi Portugal esteve l e brilhou !

    Uma pequena co-munidade, umagrandiosa pres-tao e um hon-roso e histrico3 lugar e a en-trada definitva donosso MaccabiPortugal no mapado desporto na

    Europa. Enfrentando equipas de grande tradioneste torneio e no cenrio judaico-desportivo, Por-tugal conseguiu o grande feito de ser a nica equipaa vencer a Alemanha actual bicampe deste tor-neio. Tambm fomos os nicos a receber o trofuYehud de melhor esprito macabeu e tambm anica equipa a receber um trofu de fairplay por notermos recebido nenhum carto de advertncia oupunio durante o todo torneio realizado de 1 a 4 deMaio em Madrid, e que contou tambm com a partici-pao da anfitri Espanha e da Inglaterra.Para almdo surpreendente resultado no campo desportivo de salientar o excelente convvio e harmonia do gru-po de Portugal que reuniu para alm dos 11 atletas,mais 13 familiares. Saiba tudo deste evento emhttp://www.cilisboa.org/act_macabi.htm

    Presidente do Maccabi recebido no clube A Hebraica de So PauloO Arnaldo Grossman - Presidente do nosso MaccabiCountry de Club de Portugal, esteve no Brasil a neg-cios durante o ms de Maio, quando teve a oportuni-dade de visitar a sede do clube A Hebraica em SoPaulo, considerado um dos maiores centros comu-nitrios da Amrica Latina e do mundo com cerca de30.000 scios e uma frequncia diria de cerca de3.000 pessoas.Foi recebido com todo carinho eateno pelo presidente do clube e boa parte da suadireco. Na ocasio, foi tambm homenageado porLuis Goldfarb - Director de Religio, tendo sido leva-do a Thor durante uma cerimnia de Bar Mitzv rea-lizada na Sinagoga do clube, momento este de gran-de emoo perente os cerca de 300 comvidados alipresentes. Foram tambm estabelecidos importantescontactos no intuito de se realizar num futuro prxi-mo um possvel intercmbio entre os clubes das duascomunidades.

    O Maccabi a sua casa! Informaes: 21 911 11 88

  • Tikv 67 Abril/Junho 2524 Tikv 67 Abril/Junho

    Imaginem por um instante omundo sem o Estado de Israel.Um mundo na imensido do qualo Povo Judeu no tivesse um lugarem que, ao chegar, mesmo que devisita, se sentisse em casa.Um mundo no qual a Terra Pro-metida no passasse de umaorao ou prece. No preciso ir muitolonge para imaginar tu-do isto. Lembrem-se de60 anos atrs e vero oque havia naquele lu-gar e o que hoje lexiste.Desde a sua inde-pendncia, em 1948,Medinat Israel a nicademocracia do Mdio Oriente que deu asas di-versidade mantendo essencialmente a liberdadereligiosa e a de ex-presso, tendo o seupar lamento, oknesset, como umcorao palpitanteno centro do pas.120 parlamentareseleitos pelo povo,juntos numa mesmasala a Direita e aEsquerda, Judeuse Muulmanos,Druzos e Cristos,novos imigrantes eveteranos.O Estado pagou umpreo muito alto pe-la sua existncia na-

    quela regio, e por isso tambmneste aniversrio no podemosesquecer todos aqueles quederam as suas vidas para queIsrael chegasse at aqui. Nestes 60 anos, Israel no me-diu esforos na tentativa de al-canar a to almejada paz comos seus vizinhos. Assinou acordos de paz com

    o Egipto e a Jordnia e hoje estno meio de um processo de negociaocom a liderana palestiniana moderada,

    na tentativa depor fim ao confli-to. Sem dvida,o desafio dos ac-tuais lderes detentar neutrali-zar de algumaforma a ameaana regio quevem dos radi-

    cais que se recusam a reconhecer osdireitos democrticos de Israel, bem como a

    sua soberania enquantonao.O Governo deIsrael tem co-mo objectivomanter as suase xpe c t a t i v a snas negociaescom a lideranapalestiniana quecr no dilogo e

    na soluo de um estado que viva em paz aolado do Estado de Israel e que, ao mesmo

    tempo, combata os lanamentos de msseis

    Ainda no se perdeu a nossa esperana

    pelo Hamas contra a populao israelita.Mesmo tendo tido praticamente uma guerra ouconflito por cada dcada de existncia, o pasno deixou de se desenvolver e crescer em v-rios sectores, sendo modelo e referncia paramuitos pases do Mundo.Israel possui hoje uma prspera base de conhe-cimentos em economia, mantendo boas relaescomerciais com diferentes pases. Empresas is-raelitas so hoje reconhecidas pela sua prsperaexportao, bem como no desenvolvimento denovas tecnologias na rea do Hi Tech e teleco-municaes, energia solar, na agricultura, nocombate desertificao, no tratamento dagua, entre outros.Com uma vida cultural vibrante, Israel proporcio-na aos seus habitantes uma vida rica nas artes,dana, teatro, cinema, msica etc, tendo em to-do o pas universidades e faculdades que formamanualmente profissionais em diversos sectores.Apesar de todas as dificuldades no seu caminho,absorveu mais de 3 milhes de imigrantes desde1948, proporcionando-lhes condies para umamelhor klit (absoro), atravs de centros deabsoro e Ulpanim que ensinam a lngua hebrai-ca facilitando assim o processo de integrao etornando-os parte da sociedade israelita.O pas recebe milhares de turistas anualmentevindos de todas as partes do mundo, em busca

    dos lugares sagrados, arqueolgicos, das bele-zas naturais e arquitectnicas mantendo assima rotatividade de pessoas de forma dinmicanaquela regio. Israel lidera em gastos com pes-quisa e desenvolvimento em proporo ao PIB(4,2%), especialmente na alta tecnologia. O amplo desenvolvimento da alta tecnologia,que teve incio nos anos 90, alimentou o impres-sionante crescimento econmico, mas tambmacarretou diferenas sociais. um grande desafio hoje tomar medidas parareduzir esse desnvel social. certo, Israel ainda est longe da perfeio.Existem ainda obstculos e desafios no mbitoda sociedade, da segurana, da economia, daeducao, entre outros. Mas o povo em Israel um povo forte, perseve-rante e, unido, tem a fora para enfrentar todosestes desafios. claro que isto leva seu tempo,necessita de muito esforos mas possvel. Basta olhar 60 anos para trs o que ramos!? E hoje o que somos. Os nossos votos de prosperidade, felicidade e rea-lizaes. Que seja a vontade do Todo Poderoso,que o Estado de Israel marche em direco a umfuturo prometedor em direco paz to necess-ria para aquele pas e para toda a humanidade.

    Mor Laercio Pintchovski

    Ilustraes feitas pelos jovens alunos do curso de Hebraico

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    Colnia de Frias

    1 Semana30 de Junho a 4 de Julho

    2 Semana7 de Julho a 11 de Julho

    3 Semana14 de Julho a 18 de Julho

    4 Semana21 de Julho a 25 de Julho

  • Tikv 67 Abril/Junho 2726 Tikv 67 Abril/Junho

    R E L I G I O

    Acabamos de festejar a nossa festa mais importante,PessaH, momento que celebra o nascimento danao de Israel. A sada do Egipto teve, no programa Di-vino, o fim de levar o povo de Israel recepo da suaconstituio no Monte Sinai. A revelao no Monte Sinai,o episdio central de todo o judasmo, foi nica na hist-ria religiosa da humanidade. Outras religies afirmaramde ser religies reveladas, mas quase sempre a reve-lao era dum s indivduo. S no judasmo a revelaode D-us foi no s para um indivduo ou um grupo deeleitos, mas para toda uma nao, jovens e velhos, ho-mens e mulheres e crianas, justos eainda no justos. Desde o princpio os Israelitas sa-biam que algo sem precedentes tin-ha acontecido no Monte Sinai, eMoiss o expressou 40 anos depoisda seguinte forma: 32 Agora, pois, pergunta aostempos passados que te prece-deram desde o dia em queDeus criou o homem sobre aterra, desde uma extremidadedo cu at a outra, se aconte-ceu jamais coisa to grandecomo esta, ou se jamais se ou-viu coisa semelhante?33 Ou se algum povo ouviu avoz de Deus falar do meio do fogo, como tu aouviste, e ainda ficou vivo? (Deut. 4)Para os grandes pensadores judeus da Idade Media osentido disto era primariamente epistemolgico:criou certeza e tirou a dvida. A autenticidade dumarevelao dum s indivduo pode ser posta em dis-cusso. Mas uma revelao experimentada pormilhes, no, como argumenta o rabi Iehuda Levi noCuzari (cap. 1 par. 88). D-us mostrou-se em pbli-co para remover quaisquer suspeitos de que esta ex-perincia no fosse genuna. De qualquer forma, olhando histria da humanida-de at aquela altura, podemos notar que o sentido darevelao do Monte Sinai no tem s um sentido re-ligioso, mas tambm um politico. No Monte Sinai umnovo tipo de sociedade, um novo tipo de nao esta-va a ser formado, um que ia ser a anttese do Egip-to, onde a minoria tinha o poder e a maioria era es-cravizada. No monte Sinai os filhos de Israel para-ram de ser um grupo de indivduos e comearam aser um corpo poltico. Uma nao de cidados sob asoberania de D-us cuja constituio representadapela Bblia e cuja misso ser um reino de sacer-dotes e uma nao santa. Hoje em dia estudos tpicos da historia da politicanomeiam mo pilares o Jean Jaques Rousseau, KarlMarx ou A Republica de Plato e as Politicas deAristteles ou o modelo de Polis, a Cidade-Estado

    Grega, especialmente Atenas do quarto sculo antesda era comum. Isto um erro e uma injustia histria. certo que a palavra democracia, gover-no do povo, tem origem grega. Mas se temos de olhara ao nascimento da era moder-na, a Thomas Hobbes ou John Locke na Inglaterra ouos patriarcas fundadores da Amrica, as obras com aqual eles estavam em constante dialogo no eram asobras de Plato ou de Aristteles, mas o Tanach, a B-blia! No Leviathan o opus magnum de Hobbes, elecita a Bblia bem 657 vezes!

    Muito antes dos filsofos gregos emuito mais profundamente, noMonte Sinai, o conceito de socieda-de livre nasceu. Trs momentos da-quele acontecimento forma cruciais: O primeiro foi que muito antes deentrar na terra que ia representaro seu territrio, e antes de adqui-rir o prprio sistema governamen-tal, os Israelitas, entraram numpacto dominante com D-us. Aque-la aliana chamada Berit Sinai,ps limites morais ao exerccio dopoder. A Tor estabeleceu pelaprimeira vez naquela poca a pre-cedncia do direito sobre o poder.Qualquer governante que estava

    a comportar-se de forma contrria Tor estava aagir de forma arbitrria e podia ser desafiado. Este o primeiro ponto da poltica Bblica.A democracia domodelo grego sempre teve uma fatal debilidade, co-mo o expressou o historiador Anglo Italiano Lord Ac-ton (que alm de ser um dos pensadores aos quaismais me inspiro, tambm originrio da minha ter-ra de Npoles!): (o que levou Atenas derrota foi que) No havia nen-huma lei superior a aquela do Estado. O legislador es-tava por cima da lei. Pelo contrrio, no judasmo, osprofetas eram mandados para desafiar a autoridade dorei se esta ia contra os princpios Bblicos. Ou seja, osindivduos tinham o poder de desobedecer a ordens ile-gais ou imorais. S por isso, a aliana do Monte Sinai,deve ser considerada como o maior passo no longo ca-minho em direco duma sociedade livre.O segundo ponto-chave pode ser encontrado no pr-logo aliana onde D-us diz a Moiss:3 Ento subiu Moiss a Deus, e do monte o Sen-hor o chamou, dizendo: Assim falars casa deJac, e anunciars aos filhos de Israel:4 Vs tendes visto o que fiz: aos egpcios, comovos levei sobre asas de guias, e vos trouxe a mim.5 Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minhavoz e guardardes o meu pacto, ento sereis aminha possesso peculiar dentre todos os po-vos, porque minha toda a terra;

    O Nascimento do Povo de Israel como Entidade Politica

    e a Revelao do Monte Sinai

    6 e vs sereis para mim reino sacerdotal enao santa. So estas as palavras que falarsaos filhos de Israel.7 Veio, pois, Moiss e, tendo convocado os an-cios do povo, exps diante deles todas estaspalavras, que o Senhor lhe tinha ordenado.8 Ao que todo o povo respondeu a uma voz: Tu-do o que o Senhor tem falado, faremos. E relatouMoiss ao Senhor as palavras do povo. (xodo 19)O que que quer dizer este trao? Quer dizer talvezque at o povo no expressar o prprio consenso, arevelao no pode comear? No h nenhum go-verno legtimo sem o consenso do governado, nestapassagem paradoxalmente, nem se o Governo omesmo D-us! Em verdade os sbios no Talmude ti-veram dvidas sobre a pergunta se a aliana doMonte Sinai tinha sido aceita livremente ou no. Dequalquer forma, o judasmo encara a priori a ideia,muito inovativa para aquela altura e infelizmentenem sempre cumprida, que o D-us livre deseja a re-verncia livre dos livres seres humanos, conformedisseram os sbios do talmude:D-us no age tiranicamente para com as suas

    criaturas (Talmude babilnio, Tratado Avod Zar 3a)O terceiro ponto, tambm inovativo, foi que aspartes nesta aliana eram todo o povo, homens,mulheres e crianas, conforme vimos:8 Ao que todo o povo respondeu a uma voz:Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E re-latou Moiss ao Senhor as palavras do povo.(xodo 19) Este princpio enfatizado mais tarde tambm pelaMitzv de Hakhel, a cerimnia que se celebra cadasete anos na qual se renova a aliana tomada noMonte Sinai, o rei (ou o presidente) em frente a todoo povo l todo o Tor. A Tor especifica claramenteque todo o povo deve juntar-se para esta cerimnia:12 Congregai o povo, homens, mulheres e pe-queninos, e os estrangeiros que esto dentro dasvossas portas, para que ouam e aprendam, e te-mam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidadode cumprir todas as palavras desta lei; (Deut. 31)Cerca de 1000 anos depois, quando Atenas experi-mentou a democracia, apenas uma parte limitada dasociedade t inha direitos pol t icos. Mulheres,crianas, escravos e estrangeiros eram excludos.Conforme as palavras dos sbios, quando D-us esta-va por revelar a Tor no Monte Sinai, disse a Moissde consultara antes as mulheres e logo os homens:3 Ento subiu Moiss a Deus, e do monte o Sen-hor o chamou, dizendo: Assim falars casa deJac, e anunciars aos filhos de Israel: (xodo 19)Assim falaras casa de Jacob estas eram as mul-heres; e anunciaras aos Filhos de Israel esteseram os homens. (Mechilta de Rabi Ishmael, Para-shat Itro 2)A Tor, a constituio do Povo de Israel, inclui todos.H muito mais para dizer sobre a teoria poltica daTor, mas uma coisa clara: com a revelao do Mon-te Sinai, algo sem precedentes entrou no horizontehumano, algo que demorou muito antes de ser com-pletamente entendido. Abraham Lincoln expressou is-to de forma impecvel quando disse:Uma novanao, concebida em liberdade, e dedicada propo-sio que todos os homens forma criados iguais.(Abraham Lincoln). No Monte Sinai, a politica da liberdade nasceu. Rabino Eliezer Shai di Martino

    Mitzv em Pessach Com a devida coordenao doRabino Elizer Shai di Martinoda Cil e a colaborao doprprio e de vrios outroscorreligionrios, consegui-mos cumprir umas dasgrandes mitzvot na noite doSeder de Pessach que a de pro-porcionar queles que no tm a oportuni-dade de o celebrar, a grande alegria de estar entrepessoas queridas. Quando recebemos um oreach (visitante) nosnossos lares, conseguimos proporcionar-lhe a pos-sibilidade de cumprir a mitzv de vehigadeta le-vinch (e relatars ao teu filho) narrando to-dos juntos com jbilo as grandes passagens daHagad. Toda Rab a todos que contriburam paraesta nobre iniciativa!

    Abastecimento de produtos Casher Le Pessach 5768 Este ano, para evitar quaisquer inconvenientes aos

    nossos membros, pusemos novamente em prticade forma atempada um sistema de reser-

    va de produtos Casher Le Pessa-ch, para o qual contamos com

    a colaborao do El Corte Ingls. Estesistema foi alvo dos maiores elogios e agradeci-

    mentos, pois felizmente decorreu de forma exemplar.

    Obras do MikvCom imensa alegria e satisfaocomunicamos que as obras donovo mikv iniciaram no passadodia 28 de Abril e esto a decorrer

    de forma absolutamente tranquila e dentro dosprazos previstos.

    Grupo de Estudos sobre a Parashda semana

    Objectivo: Iniciao aos temas contidos na parasha (e Haftar) Enfoque deste ano: Relao entre a parasha e a liturgia Mtodo: Exposio interactiva (perguntas nos 2 sentidos) Todas as 6s Feiras - s 18 hs (1 hora antes do Cabalat Shabat)na Sala de Estudos Isaac Joanes - na Sinagoga com Alain Hayat

    Participe nos Servios Religiosos da nossa Comunidade 6s feiras s 19h00 Sbados s 9h00Venha e traga toda a sua famlia !

  • Actividades Sociais e Culturais

    Movimento Juvenil Dor Chadash de Lisboa - Ano VIIA cada semana um novo participante! Mais de 80 jovens j participam. Agora s falta voc !

    Actividades todos os domingos, das 15h30 s 18h30 no Maccabi Country ClubJovens e crianas a partir dos 3 anos | Participao: 5 por semanaDescontos especiais na compra de senhas antecipadas

    Coral Etz Chaim - Ano VI Coral Musical representativo da CILPara adultos entre os 20 e os 60 anosEncontros semanais - s 3 e 5 feiras, das 19h00 s 20h30 - Monte Olivete

    UPEJ - Unio Portuguesa de Estudantes JudeusSuper actividades mensais para jovens entre os 18 e 30 [email protected]

    DANA ISRAELITA NO MACCABI Sempre com novas danas e coreografias do folclore israelita!

    TODOS OS DOMINGOS NO MACCABI

    DAS 18H30 S 19H30 - LEHAKAT HAMACCABI | GRUPO DE DANAS - COREOGRAFIASPARA JOVENS DOS 12 AOS 25 ANOS

    DIRECO: LILIAN PRIST

    ATENO ! NO SCIOS DO CLUBE PAGAM UMA TAXA ESPECIAL DE PARTICIPAO !

    Mais informaes e inscries atravs da nossa secretaria.

    Participe nas actividades e eventos da nossa Comunidade, pois a nossa Comunidade voc.

    A S N O S S A S A C T I V I D A D E S

    28 Tikv 67 Abril/Junho

    Grupo Guil Hazaav - Ano VI (Idade de Ouro) No perca mais tempo ! Venha participar connosco ! Actividades Especiais Permanentes (msica, ginstica, palestras, passeios ...)Para adultos a partir dos 60 anos | Encontros semanais s 4s feiras, das 15h30 s 17h00 Sede no Monte Olivete | Participao: 5,00

    MACCABI COUNTRY CLUB3 a 6 Feira - Das 9h00 s 17h00Tel: 21 9111188 - Tratar com Rosina | [email protected] com Rosina

    situao peculiar perante o Homem, Deus e o Uni-verso. Unidos por to bizarra combinao de espi-ritualidade e mundanismo, mestre e discpulo per-correro uma vasta e vibrante Amrica, onde secruzam com pecadores, ladres e viles, desde oKu Klux Klan do Kansas at mfia de Chicago. Aascenso de Walt fama e fortuna espelha, emltima instncia, a passagem da Amrica maiori-dade; a capacidade de adaptao e resistncia deambos constantemente posta prova, numahistria que pode ser a de cada um de ns.

    As filhas de Rashi JovehedMaggie Anton EditorBertrand Editora | 448 ppISBN: 9789722516389Em 1608, Salomon Bem Isaacregressa sua aldeia natal emFrana, para tomar conta dafamlia e gerir a herana ju-daica. Comea em segredo aensinar s filhas a leitura e in-terpretao do Talmude. Jove-

    hed, a mais velha das suas trs filhas, desafia oseu esprito e a sua mente com a sua intelign-cia brilhante. medida que os progressos de Jo-vehed avanam ela ter de escolher entre umcasamento feliz e o estudo do Talmude.

    Israel, ontem e hojeEsther Mucznik e Joshua Ruah(Coordenao)Editora Difel Coleco Sociedade em DebateISBN: 978-972-29-0849-8 Um abrangente projecto edito-rial sobre o Estado de Israel comdestaque para os testemunhosde Jorge Sampaio, Shimon Per-es e Colette Avital entre vrios

    outros interessantes.

    Hoje acordei furiosoHalter MarekISBN: 978-972-53-0373. Preo de Capa: 14Preo Online: 12.6Foi assim, nestes termos, quecerta manh na praa dosVosges, em Paris, um velho ju-deu interpelou Marek Halter. Odilogo fluiu naturalmente entreos dois homens e rapidamente se

    tornou um hbito. Diariamente Marek Halter vinhaao seu encontro e diante da esttua do rei Lus XIIIpartilhavam reflexes. Racismo, ecologia, religio,democracia, conflito israelo-palestiniano fosse oque fosse o entusiasmo era sempre o mesmo. MarekHalter enriquecia o debate com referncias bblicas,histricas e filosficas colocando o seu mpar dom decontador de histrias ao servio das grandes causas.Este livro, que relata as reflexes trocadas por estesdois homens, simultaneamente actual e intempo-ral. Depois do grande sucesso dos seus romancessobre as mulheres da Bblia Sara, Sfora, Lila eMaria Marek Halter muda de registo: Hoje AcordeiFurioso! um livro de combate.

    Mr. VertigoPaul AusterEdies AsaTinha doze anos quando camin-hei sobre as guas pela primeiravez. Comea assim a histriade Walter Claireborne Rawley,conhecido em toda a Amricacomo o Rapaz Prodgio. Estamosno final dos anos 20, a era deBabe Ruth, Charles Lindbergh eAl Capone. Walter um rfo

    resgatado das ruas pelo misterioso Mestre Yehudi,que o alicia com a promessa de o ensinar a voar.Um desafio s leis da natureza que os coloca numa

    A CIL NA TVRTP 2

    27 de Junho 6 Feira, 18h30Programa F dos Homens:Celebrando os 60 anos de Israel

    13 de Julho Domingo, 9h00Programa Caminhos:Trs-os-Montes judaico

    Eventual mudana no horrio da emisso de total responsabilidade da emissora.

    Livros Judaicos em Portugal

    A S N O S S A S S U G E S T E S

    EuroEnigma, LdaSr. Ricardo Afonso (Moreno)(351) 965324201 | [email protected]

    Tikv 67 Abril/Junho 29

    Museu VirtualAristides

    de Sousa Mendeshttp://mvasm.sapo.pt

    Comunidade Israelita do Porto web site http://www.comunidade-israelita-porto.org/

    Visite estes sites

  • H O M E N A G E N S

    Participe nestas homenagens. Actualize os seus registos junto da nossa secretaria atravs do tel. 21 393 1130 de 2 a 5 feira - das 14h00 s 17h00 | [email protected]

    30 Tikv 67 Abril/Junho

    24 MAIO Salomo Seruya 19Mosko Teller 20Samuel Esaguy 20Helena Buzaglo Abecassis Correia de Barros 21Ejsel Oleinski 21Reyna Querub 22Samuel Hassan 24Ester Levy 24Jacob Benodis 24Moiss Zagury 25

    31 MAIO Judah Bentes Ruah 26Cyrla Blaufuks 26Jacob Israel 27Lea Wahnon 27Carmen Wahnon 27Moshe Burstyn 28Dora Levy Bendro Ayash 28

    SIVANAbraham Tuaty 1Erma Kahn 3

    7 JUNHO Margarete Leers Estcio da Silva 4Aron Blumberg 4Gimol T. Esaguy 4Moiss Obadia 6Henrique Feist 6Miquelina Esaguy Soares da Fonseca 7Jos Esaguy Wartenberg 8Orovida Amzalak 10

    14 JUNHO Henna Matlo Segal 11Else Nachmann 11Jacob Ruah 13Raquel Sabah 13Zeew Wolf Terl 13Zelik Kit 13Rafael Esaguy 14Miriam Martins Noymark 14Jos Bensimon 14Garmano Kahn 15Israel Cagi Ruah 15Laja Bekerman 15Mauricio Goldrajch 15Isabel Levy 15

    21/06 Abraho Benoliel 8Simy Levy Sequerra 18Faduenha Tangi 20Aixa Luiza Amram 20

    Gaston Aberl 20Jrome Lucas 21 Moiss Jacob Sequerra 22 Elisa Sultan Icyk 23 Simy Ruah Benoliel 24

    28/06 Adolf Kom 25 Leonor P. Barros de Carvalho 25 Donna Sequerra 27 Ruth Esaguy Rodrigues 27Antnia S. Kaufmann 28 Sara Israel Zagury 29 Rev. Joshua E. Levy 29 Ruben Ruah 30 Daniel Schiffman 30

    TAMUZ05/07 Luba Bat Zorach 2

    Jacob Tangi Bar Abraham 2 Simy Anahory Cardoso 3 Joshua Sequerra 5 Raquel Segal Israel 7Jos abadia 7 Sara Benveniste 7Simy Cagi Ruah 8 Helena Azancot 8 Aida Marques Esaguy 8

    12/07 Eva Cohen Israel 9 Elisabeth Kahn 10 Matla Finkelstein 11 Isaac Bendelac 11

    19/07 Israel Ettner 17 Leo J. Kadosh 18Herman Fox 18Isaac Bitton 18 Samuel Bensimon 20 Regina Plocker 21 Esther Benoliel 21Rita Ambar 22

    26/07 Messody Pacifico Valdez dos Santos 23Dr. Elias Baruel 25Antnio Levy Mendes 26Esther Assor 26Roudolph Ari 26Elias Maissa 27Miriam Assor 27Sara Parient 27Esther Querub 28Maximo Plocker 29

    Mazal Tov !Os nossos parabns e os votos de muitas felicidades a todos !

    ANIVERSRIOSMAIO Daniela Teruskin 01

    Ralph George Bernfeld 04M Teresa Pereira AlvesDias 05DianaEttner 05David Kolinski 06Nella Maissa 07Margarida M. Ribeiro Passos 07Amlia Garcia Stieglitz 15Howard Tenenbaum 15Abraham Guerra 15Ronald Brodheim 18Robert Sternberg 18Ana Sofia Joanes 21Saghi Kosht 26Miguel Benoliel Kadosch 27Tatiana Prist 27Ben Atzmon 29Ana Regina Alexandre 30Paula Holly 31

    JUNHO Cline Abecassis Moedas 01Luisa Pestana Atzmon 01Rina Korn 02Vtor Melamed 03Susana Cesana Maissa 06Marta Mucznik 07Moiss Broder 07Roberto Kahn-Heymann 07SiegfriedRosenthal 10Antnio Azancot Korn 12David Ari 14Salomo Kolinski 14Pedro Schliesser 14Gaby Goldschmidt Ferreira 15Susana Bachmann 15SaraPihas 18Daniel S.Steinhardt 21Ricardo Maissa 28

    JULHO Carolina Teruskin 01Harry Langer 02Ana Tuati 04Lilian LevinPrist 04Samuel Levy 07Fabio Grossman 09Marina Grossman 09Ghorghe Burstan 09Laura Cesana 10Lauren Wojtila 12David Sampson 13David D. Ruah 14

    Leslie Kosht 19Jos Alberto Pontes B. Carvalho 21Miguel Bekerman 23Raquel D.Ruah 27Ronaldo Grossman 27Marco Gabriel Joanes 28Roudolf Aberl 29Michael Moscovici 30Luis Felipe Resnikoff 30

    As nossas boas vindas aos novos membros da CILLis Grossman e Jaqueline Burd

    FALECIMENTOS com profundo pesar que comunicamos o falecimentos de:

    Esther Zagury ZL (Q.D.T)28 de Abril de 2008 23 Nissan 5768

    Lily Levy Zl (Q.D.T)Informamos que no passado dia 26 de Maro faleceu em Lonay(Suia) a D.Lily Levy, esposa do Sr. Ernst S. Levy, que viveu muitosanos em Lisboa e trabalhou com muita dedicao na CIL Comissode Refugiados (no M.Olivete) durante a II Guerra Mundial. O Sr. ErnstLevy irmo da Doutora Ellen Levy Kahn que tambm passou a suajuventude em Lisboa e foi Professora de Anatomo-patologia na Fac.De Medicina de Lisboa e nos USA. A falecida deixa um filho residenteem Lisboa, o Sr. David Levy.

    Werner Haas Zl (Q.D.T)No passado dia 30 de Maro, faleceu de ataque cardaco em sua casa,em Webster, N.Y - .E.U.A.Tinha 79 anos. Werner Haas que viveu emPortugal cerca de 20 anos e onde foi um membro activo do grupo dejuventude judaica, de ento, o Macabi Hatzair. Era licenciado em Fsi-ca pela Universidade de Lisboa, mas emigrou para os EUA afim de en-contrar melhores oportunidades profissionais Foi um devotado inves-tigador da Philco, em Filadlfia mas foi na Xerox onde registou mais de100 patentes entre 1965 e 1972 que mais contribuiu para investi-gao da tecnologia LCD, para a impresso electrnica de alta veloci-dade, conseguindo que essas tecnologias se tornassem acessveis aopblico, em geral O Werner era dotado de um so humor. Visitou-nosem Portugal h uns 4 anos. Apresentamos as nossas condolncias sua famlia e aos seus amigos.

    Apresentamos as nossas sentidas condolncias s Famlias enlutadas

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    Prezados Leitores e Assinantes lembramos que desde a edio de n 52, o nosso Boletim Tikv passou a ser publicado com peridiocidade bimestral

    Tikv 67 Abril/Junho 31

  • TIKVEnvie os seus textos e sugestes para TIKV at ao dia 30 de cada ms.Rua do Monte Olivete, 16 r/c. esq. 1200-280 Lisboa | e-mail:[email protected]

    A quem se dirigirHorrio de funcionamento da SecretariaSegunda a Quinta-feira, das 9h00 s 17h30Sexta-feira e vsperas de festas judaicas, das 9h00 s 13h00Horrio de almoodas 13h00 s 14h00

    Atendimento ao pblicoSegunda a Quinta-feira, das 13h00 s 17h30Os espaos para reunies devem ser agendadoscom aviso prvio, mnimo de 48 horas

    [email protected]. 213 931 134Atendimento de Segunda a Quinta-feira, das 10h00 s 13h00Telf. 213 931 130 | Fax 213 931 139

    Director ExecutivoMarcos [email protected]

    Departamento de Ensino JudaicoMor Laercio Hillel Pintc