TIC e a Sua cia Na Sociedade

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE ABRANTES

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Língua Portuguesa

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E A SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE

Abrantes – 10 de Dezembro de 2008

13286– Natércia Oliveira

Escola Superior de Tecnologia de Abrantes

Tecnologias de Informação e Comunicação Língua Portuguesa

13286 – Natércia Oliveira TIC e a sua influência na sociedade 2 / 19

ÍNDICE

Índice ...................................................................................................................................................................................... 2

Introdução ............................................................................................................................................................................ 3

A necessidade de informação e comunicação ........................................................................................................ 4

Comportamentos da Sociedade Moderna ................................................................................................................ 5

Dependência .................................................................................................................................................................... 5

Fascínio ............................................................................................................................................................................. 6

ImpactoS na Sociedade .................................................................................................................................................... 8

Na educação ................................................................................................................................................................. 11

No emprego .................................................................................................................................................................. 13

Nas interacções humanas ....................................................................................................................................... 15

Na cultura ...................................................................................................................................................................... 16

Conclusão ........................................................................................................................................................................... 17

Bibliografia ........................................................................................................................................................................ 19




INTRODUÇÃO

As Tecnologias de Informação e Comunicação desempenham um papel fundamental

na sociedade moderna, sendo as principais responsáveis pela sua rápida transformação. Elas

estão a revolucionar a nossa forma de estar e de actuar. O acesso à informação nunca esteve

tão próximo do cidadão comum. Nunca experimentámos uma comunicação tão rápida e

efectiva como aquela que é proporcionada pelos meios tecnológicos actuais.

Aos poucos, restrições de participação foram desaparecendo, sendo hoje acessível a

praticamente toda a sociedade, independentemente da localização geográfica ou outras

condicionantes, e nesse sentido as Tecnologias de Informação e Comunicação proporcionam,

hoje, a mais vasta possibilidade de participação e intervenção

Os métodos e os processos associados às Tecnologias de Informação e Comunicação

permitiram, entre muitos outros aspectos, reformular actividades económicas, culturais,

sociais e educativas, incorporando novas aplicações e novas abordagens.

No âmbito da sociedade actual, as

Tecnologias de Informação assumem um papel

de primeiro plano, criando condições para a

troca de informação e consequentemente a troca

de experiência a um ritmo vertiginoso,

promovendo assim gigantescos avanços, e

profundas alterações a todos os níveis da

sociedade.

Porem as Tecnologias de Informação e

Comunicação não representam a alvorada de um

novo mundo sem problemas. Pelo contrário,

como todos sabemos elas são uma fonte

permanente de problemas.

Cabe-nos agora a nós, como sociedade

cada vez mais globalizada gerir este mundo de

informações e retirar dele o necessário para

projectar a sociedade numa verdadeira

sociedade global com direitos iguais para todos.




A NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A necessidade de trocar informações, registar factos, expressar ideias e emoções é

algo que está presente na vida do ser humano desde os tempos mais remotos. A humanidade

trabalha com a informação há milhões de anos, e esse é talvez um dos factores que contribuiu

para a evolução cada vez mais rápida das formas

de comunicação.

As possibilidades tecnológicas surgiram

como uma alternativa da era moderna, facilitando

os mais vários sectores de actividade. Na

educação com a inserção de computadores nas

escolas facilitando e aperfeiçoando o uso da

tecnologia pelos alunos, no acesso a informações

pelo cidadão comum, e na realização de múltiplas

tarefas em todas as dimensões da vida humana.

O conhecimento humano levou mais de um milhão de anos para chegar à fase

agrícola; milhares de anos depois chegou à fase industrial, alguns séculos depois atingiu a

electrónica e em poucas décadas chegou a biotecnologia.

Hoje em dia, devido á internet, a troca de informações multiplica-se a um ritmo tão

intenso que é cada vez mais difícil para qualquer pessoa, mesmo o leitor mais voraz, ficar

actualizado com tudo o que se publica. Ninguém consegue estar informado de tudo o que se

produz na sua área de actividade, e mesmo que se dedicasse a estudar constantemente, todo o

seu tempo de vida não seria suficiente.

Nunca em qualquer outra época da

humanidade houve tamanha quantidade de

comunicação, troca e acesso a informação

como agora. A troca de informação é tudo,

e tem sido muito bem exercitada por uma

quantidade cada vez mais crescente de

usuários da Internet. A utilização intensa de

computadores, e consequentemente da

internet, veio alterar completamente o ritmo

da informação.




COMPORTAMENTOS DA SOCIEDADE MODERNA

Dependência

Hoje em dia, as Tecnologias de Informação e Comunicação, representam uma força

determinante no processo de mudança social, surgindo como pilar de um novo tipo de

sociedade, a sociedade de informação. Estas tecnologias referem-se a três domínios distintos:

o processamento, armazenamento e pesquisa de informação; o controlo e automatização de

máquinas, ferramentas e processos; e a comunicação, nomeadamente a transmissão e

circulação de informação.

O processamento de informação, seja de que tipo for, é uma actividade de

importância central nas economias industriais avançadas por estar presente em grande força

na imprensa, nas actividades editoriais, no rádio e na televisão. O desenvolvimento cada vez

mais rápido de novas tecnologias de informação e comunicação modificou as bibliotecas e os

centros de documentação (principais locais de armazenamento de informação) introduzindo

novas formas de organização e acesso aos dados a obras armazenadas; reduzindo custos e

acelerando a produção. Além disso, tal desenvolvimento facilitou e intensificou a

comunicação pessoal e institucional, através de programas de processamento de texto, de

formação de bancos de dados, bem como de tecnologias que permitem a transmissão de

documentos, envio de mensagens e arquivos, assim como consultas a computadores remotos.

Novas actividades económicas dependem também fortemente destas tecnologias,

desde a prestação de serviços através da internet, passando pelo comércio electrónico e pelas

empresas de software, informática, etc. Mas, estas tecnologias não se limitam à vida das

empresas. Elas fazem também parte do

nosso quotidiano, quando levantamos

dinheiro nas caixas bancárias automáticas,

quando pagamos as nossas despesas em

qualquer parte do mundo com cartões,

quando usamos telemóveis ou quando

fazemos compras e pagamos através da

internet, enfim, na sociedade actual a

dependência das Tecnologias de Informação

e Comunicação é cada vez maior e mais

insubstituível




Fascínio

As tecnologias de informação e comunicação estão a provocar profundas mudanças

em todas as dimensões da sociedade. Elas têm sem dúvida um papel decisivo nas

modificações do mundo. A máquina a vapor, a electricidade, o telefone, o carro, o avião, a

televisão, o computador, as redes electrónicas, enfim, todas as tecnologias contribuíram para a

extraordinária expansão do capitalismo, para o fortalecimento do modelo urbano, para a

diminuição das distâncias. Mas, na realidade, não são as tecnologias que mudam a sociedade,

mas a sua utilização dentro do modo de produção capitalista, que somente procura o lucro, a

expansão e a internacionalização de tudo o que tem valor económico.

O capitalismo visa essencialmente o lucro e

as tecnologias viabilizam-no com novas formas de

produção. Isto é, quanto maior a sua expansão no

mercado mundial, mais baratas se tornam e, com isso,

mais acessíveis.

A rede Internet foi inicialmente concebida

para uso militar. Com medo do perigo nuclear, os

cientistas criaram uma estruturação de acesso não

hierarquizada, para poder sobreviver no caso de uma

grande destruição. Ao ser implantada a rede nas

universidades, o modelo não vertical manteve-se e

com isso propiciou-se a criação de inúmeras formas

de comunicação não previstas inicialmente. Todos

procuram interesses comuns. Ninguém impõe limitações ao que se pode aceder na internet.

Nela encontra-se de tudo: desde o racismo á pornografia e até discussões sérias sobre temas

científicos inovadores. Agora, a rede de internet, existe também para todo tipo de negócios e

de formas de comunicação. A tecnologia basicamente é a mesma, mas hoje está mais

acessível, com mais opções, mais mercados, mais pessoas.

É possível criar usos múltiplos e diferenciados para as tecnologias. Nisso reside o seu

encanto, o seu poder de sedução. A sociedade, aos poucos, parte do uso inicial, previsto, para

outras utilizações inovadoras ou inesperadas. Podemos fazer coisas diferentes com as mesmas

tecnologias. Com a Internet podemos comunicar-nos, enviar e receber mensagens, procurar

informações, fazer propaganda, ganhar dinheiro, divertirmo-nos ou vagar curiosos, como

“voyeurs”, pelo mundo virtual.




Há um novo fascínio pelas tecnologias porque participamos de uma interacção muito

mais intensa entre o real e o virtual. Comunicamo-nos realmente, estamos efectivamente

ligados com milhares de computadores ao mesmo tempo, navegamos sem nos movermos,

transferimos dados que já estão prontos, conversamos com pessoas que não conhecemos e que

provavelmente nunca chegaremos a conhecer.

Há um novo fascínio, porque estamos numa fase de reorganização em todas as

dimensões da sociedade, do económico ao político, do educacional ao familiar. Percebemos

que os valores estão a mudar, que o referencial teórico com o qual avaliávamos tudo não

consegue dar-nos explicações satisfatórias como antes. A economia é muito mais dinâmica.

Há uma ruptura visível entre a riqueza produtiva e a riqueza financeira. Há mudanças na

relação entre capital e trabalho. Na política diminui a importância do conceito de nação, e

aumenta o de globalização, de mundialização, de inserção em políticas mais amplas. Os

partidos políticos tornam-se pouco representativos desta nova realidade. A sociedade procura

novas formas de participação e expressão. Por um lado sentimo-nos mais cosmopolitas

porque recebemos influências do mundo inteiro, a todos os níveis. Por outro lado procuramos

encontrar a nossa identidade no regional, procuramos o nosso espaço dentro dos padrões

mundiais.




IMPACTOS NA SOCIEDADE

Cada nova tecnologia modifica alguns aspectos da nossa relação com o mundo, da

percepção da realidade, da interacção com o tempo e o espaço. Antigamente, por exemplo, o

telefone, por ser caro e demorado, era usado unicamente em casos extremos. Com o tempo as

tecnologias foram evoluindo, tornando-se cada vez mais e rápidas e financeiramente mais

acessíveis. Nos dias de hoje, telefone, fax, internet são meios rápidos, acessíveis e simples de

utilizar, pelo que fazem parte do quotidiano da sociedade em geral.

O telemóvel dá-nos

uma mobilidade inimaginável

à alguns anos atrás. Somos

facilmente contactados em

qualquer parte do mundo sem

depender de um cabo ou rede

física. A miniaturização das

tecnologias de comunicação

permite uma grande

maleabilidade, mobilidade, personalização (walkman, telemóvel, notebook…), que facilita a

individualização dos processos de comunicação. Estas tecnologias portáteis expressam a

ênfase do capitalismo individual, a valorização da liberdade de escolha, do poder agir,

seguindo a própria vontade. Elas vêem de encontro a forças poderosas, instintivas, primitivas

dentro de nós, às quais somos extremamente sensíveis e que, por isso, conseguem fácil

aceitação social.

A tecnologia de redes electrónicas modifica profundamente o conceito de tempo e

espaço. Já se pode habitar num lugar isolado e estar sempre ligado aos grandes centros de

pesquisa, às grandes bibliotecas, aos colegas de trabalho e a inúmeros serviços. Pode-se

também fazer grande parte do trabalho sem sair de casa, ou até levar o notebook para a praia e

descansar ao mesmo tempo que se pesquisa, comunica e trabalha com outras pessoas à

distância. São possibilidades reais, inimagináveis há pouquíssimos anos e que estabelecem

novos elos, situações, serviços, que, dependem da aceitação de cada um, para efectivamente

funcionarem.

Para nos actualizarmos profissionalmente podemos aceder a cursos à distância por

computador, receber materiais escritos e audiovisuais pela internet. Estamos a começar a




utilizar a videoconferência na rede, que possibilita a várias pessoas, em lugares bem

diferentes, ver-se, comunicar-se, trabalhar juntas, trocar informações, aprender e ensinar.

Muitas actividades que ocupavam

tempo e implicavam deslocamentos,

filas e outros aborrecimentos, vamos

poder resolvê-las através de redes,

estejamos onde estivermos Até há

poucos anos íamos várias vezes por

semana ao banco, para transferir

dinheiro, pagar contas, consultar

saldos, etc. Hoje em dia já podemos

realizar essas tarefas sem sair de

casa. Também estamos a começar a

fazer compras de supermercado sem

sair de casa, a comprar qualquer

objecto via internet. Isto significa que

o que antes justificava muitas das

nossas saídas, hoje não é mais

necessário.

A partir de agora, só saímos quando nos for conveniente, mas não para fazer coisas

externas por obrigação. Saímos porque queremos, não por imposição das circunstâncias.

Cada inovação tecnológica bem sucedida modifica os padrões de lidar com a

realidade anterior, muda o patamar de exigências do uso. Por exemplo, com o aumento do

número de câmaras, no futebol, voleibol ou basquete, torna-se normal mostrar a mesma cena

com vários pontos de vista e de vários ângulos diferentes. Quando isso não acontece, quando

um golo não é mostrado muitas vezes e de diversos ângulos, sentimo-nos frustrados e

pedomos esclarecimentos. Antes do “replay” precisávamos ir ao campo para assistir um jogo.

Com a televisão ao vivo, sem vídeo, dependíamos da câmara para não perder o lance

e só podíamos assisti-lo uma vez. Depois o “replay” apareceu e foi uma grande inovação, mas

era difícil de operar e ficávamos felizes quando havia uma repetição do mesmo lance. Hoje,

repetir com muitas câmaras, que nos dão diversos pontos de vista é o normal. As nossas

expectativas vão-se modificando com o aperfeiçoamento da tecnologia.




Uma mudança significativa que se tem vindo a acentuar nos últimos anos é a

necessidade de nos comunicarmos através de sons, imagens e textos, integrando mensagens e

tecnologias multimedia. O cinema começou como imagem a preto e branco. Depois

incorporou o som, a imagem colorida, o grande ecrã, o som estéreo. A televisão passou do

preto e branco para o colorido, do mono para o estéreo, do ecrã curvo para o plano, da

imagem confusa para a alta definição. Estamos a passar dos sistemas analógicos de produção

e transmissão para os digitais. O computador está a tornar-se simultaneamente, um

instrumento de trabalho, de comunicação e de lazer. O mesmo ecrã serve para ver um

programa de televisão, fazer compras, enviar mensagens, participar numa videoconferência.

A comunicação torna-se mais e mais sensorial, mais e mais multidimensional, mais e

mais não linear. As técnicas de apresentação são mais fáceis hoje e mais atraentes do que anos

atrás, o que faz aumentar o padrão de exigência para mostrar qualquer trabalho através de

sistemas multimédia. O som não é mais um acessório, mas uma parte integral da narrativa. O

texto no ecrã aumenta de importância, pela sua maleabilidade, facilidade de correcção, de

cópia, de deslocação e de transmissão.




Na educação

As tecnologias de informação e comunicação não mudaram necessariamente a

relação pedagógica. As Tecnologias tanto serviram para reforçar uma visão conservadora,

individualista como uma visão progressista. Uma pessoa autoritária vai utilizar o computador

para reforçar ainda mais o seu controle sobre os outros. Por outro lado, uma mente aberta,

interactiva, participativa vai encontrar nas tecnologias ferramentas maravilhosas para ampliar

a interacção.

As tecnologias de comunicação não vão substituir o professor, mas vão modificar

algumas das suas funções. A tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de

dados, livros, vídeos, programas em CD. O professor pode-se transformar agora no

estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a

informação mais relevante. Num segundo momento, pode coordenar o processo de

apresentação dos resultados dos

alunos. Depois, pode sempre

questionar alguns dos dados

apresentados, contextualiza-los e

adapta-los à realidade. Pode ainda

transformar informação em

conhecimento e conhecimento em

saber, em vida, em sabedoria, em

verdadeiro conhecimento com

ética.

As tecnologias permitem

um novo encantamento na escola, ao abrir as suas portas e possibilitar que alunos conversem

e pesquisem com outros alunos da mesma cidade, país ou do continente. O mesmo acontece

com os professores. Os trabalhos de pesquisa podem ser compartilhados por outros alunos e

divulgados instantaneamente na internet para quem quiser. Alunos e professores podem

encontrar nas inúmeras bibliotecas electrónicas, revistas com muitos textos, imagens e sons,

que facilitam a tarefa de preparar as aulas, fazer trabalhos de pesquisa e ter materiais atraentes

para apresentação. O professor pode estar mais próximo do aluno. Pode receber mensagens

com dúvidas, pode passar informações complementares em qualquer altura. Pode adaptar a

sua aula para o ritmo de cada aluno. Pode obter ajuda de outros colegas sobre problemas que




surgem, novos programas para a sua área de conhecimento. O processo de ensino -

aprendizagem pode ganhar assim um dinamismo, inovação e poder de comunicação

extraordinários.

O encantamento não reside exclusivamente nas tecnologias, cada vez mais sedutoras,

mas em nós mesmos, na capacidade em nos tornarmos pessoas plenas, num mundo em

grandes mudanças e que nos solicita um consumismo devorador e perigoso. É maravilhoso

crescer, evoluir, comunicar plenamente com tantas tecnologias de apoio. É frustrante, por

outro lado, constatar que muitos só utilizam essas tecnologias nas suas dimensões mais

superficiais. Assim sendo o encantamento, em grande parte, vai depender de nós.




No emprego

As diversas teorias sobre a sociedade da informação indicam uma transformação

radical na estrutura do emprego e das profissões. Neste contexto as Tecnologias de

Informação e Comunicação operam como forças propulsoras que modelam as relações

sociais, económicas e políticas, originando um tipo de sociedade diferente.

As Tecnologias de Informação e Comunicação têm originado na sociedade uma

autêntica revolução em numerosas profissões e actividades. As barreiras existentes entre

tarefas de concepção e de execução, tradicionalmente realizadas por vários profissionais, têm

sido derrubadas. Em muitos casos estas tarefas passaram a ser feitas por uma única pessoa,

apoiada em computadores. Com a introdução de robôs, assiste-se á redução do trabalho

manual mais perigoso, mais penoso e mais repetitivo. Verifica-se também, uma maior

articulação entre o trabalho manual e o intelectual, tornando a actividade humana, em alguns

casos mais interessante.

No entanto as Tecnologias de Informação e Comunicação têm efeitos muito diversos.

Se alguns são muito atractivos, outros são francamente problemáticos. Assim, por um lado,

elas proporcionam um aumento

de rentabilidade, melhoria das

condições do ambiente de

trabalho, a diminuição dos

índices de perigo e de riscos de

acidentes. Mas, por outro lado,

elas possibilitam um maior

controlo da actividade do

trabalhador. Alem disso,

implicam a necessidade de

formação cada vez mais

frequente, obrigando, por vezes, a

mudanças radicais na própria

actividade profissional. O problema do desemprego torna-se uma realidade cada vez mais

presente em muitos sectores. Tudo isso, naturalmente, nos faz pensar sobre as consequências

indesejáveis das Tecnologias de Informação e Comunicação na actividade humana.

Nesta óptica, percebe-se a interacção entre as Tecnologias de Informação e

Comunicação e a sociedade. Tais tecnologias, ao mesmo tempo em que moldam a sociedade,




também são moldadas por ela. As tecnologias de informação e comunicação exercem

influências profundas na vida quotidiana. Contudo elas não são autónomas e, portanto, não

podem ser desvinculadas do contexto social em que foram produzidas.

Assim sendo é difícil prever as múltiplas consequências em relação ao emprego, às

novas competências e aos novos níveis de qualificação dos trabalhadores com a difusão e

aplicação das tecnologias de informação e comunicação. Percebe-se que os impactos sobre

serviços interpessoais tradicionais desaparecem com a automação, provocando em

decorrência o surgimento de novos serviços. Uma tendência da sociedade da informação, pelo

uso cada vez mais intensivo das tecnologias, é uma reestruturação económica do emprego e

das relações de trabalho.




Nas interacções humanas

Uma das características mais profundas da influência das Tecnologias de Informação

e Comunicação nas sociedades é a reconfiguração dos espaços percebidos pela própria

sociedade. Isto porque a comunicação reduz as distâncias e permite que as pessoas se

aproximem. Não numa perspectiva concreta, obviamente, mas numa perspectiva de

percepção. Com a Internet as distâncias tornam-se ínfimas. No ciberespaço, não existem

distâncias físicas. É possível conversar com alguém que esteja há milhares de quilómetros,

receber arquivos, trocar fotos, tudo numa questão de segundos. A distância geográfica deixa

de ser importante. Criam-se assim comunidades baseadas num um único aspecto: o interesse

em comum de seus membros, permitindo assim a cada individuo integrar-se

independentemente de constrangimentos físicos, sociais ou culturais.

A utilização de tais tecnologias cria e recria novas formas de interacção, novas

identidades, novos hábitos sociais, enfim, novas formas de sociabilidade. As relações sociais

já não ocorrem, necessariamente, pelo contacto face a face entre os indivíduos. Elas passaram

a ser mediadas pelo computador, independentes de espaço e tempo definidos

Embora as Tecnologias de Informação e Comunicação sejam uma fonte de novas

possibilidades, são também geradoras de problemas, já que muitas vezes o individuo deixa

para segundo plano a interacção física com familiares e amigos, refugiando-se atrás de um

computador, procurando amizades perfeitas e prazeres imediatos.




Na cultura

A utilização das tecnologias de informação e

comunicação provocou severas alterações nas formas como

os indivíduos se relacionam e aprendem, promovendo

infinitas possibilidades de contacto, conhecimento e

partilha de uma grande quantidade de múltiplas

experiências culturais que passaram a ser possíveis através

do acesso, conectividade e agilidade do espaço cibernético.

Quando o espaço deixa de ser limitador para a expansão de

uma cultura, rompem-se os regionalismos e o

determinismo da herança sociocultural. Os indivíduos

tornam-se passíveis de conhecer e interiorizar valores e expressões culturais

independentemente do lugar onde moram e da história da colectividade a que pertencem.

Porém a massificação cultural pode gerar a perda de identidade, de valores e crenças

de uma colectividade. Deve-se evitar a todo custo a submissão cultural como a que por muitos

séculos aconteceu ao longo do tempo.

Percebe-se que a pessoas em muitas situações estão a perder o seu senso crítico,

aceitam novos valores sem analisar o seu efeito real. Ficam desatentas e permitem que a sua

identidade seja reformulada e redireccionada para coisas que não correspondem àquilo em

que acreditam.

A crítica cultural é

deixada de lado e os indivíduos

acabam por perder aquilo que é um

dos aspectos mais interessantes das

diferentes culturas ou seja, os

diferentes pontos de vista




CONCLUSÃO

Vivemos na Era da Informação e do Conhecimento, um mundo novo, onde trabalho

físico é cada vez mais feito pelas máquinas, cabendo ao homem a tarefa para a qual é

insubstituível: ser criativo, ter ideias.

No futuro, com o aperfeiçoamento da fala através do computador não necessitaremos

de um teclado, dependeremos menos da escrita e mais da voz. Dependeremos menos de uma

língua estrangeira para comunicar porque disporemos de programas de tradução simultânea.

Com o aperfeiçoamento da

realidade virtual, simularemos todas as

situações possíveis, exacerbaremos a

nossa relação com os sentidos, com a

intuição. Vamos ter motivos de

fascinação e de alienação. Poderemos

comunicar-nos mais ou alienar-nos

muito mais facilmente que antes. Se

quisermos fugir, encontraremos muitas

realidades virtuais para fugir, para viver

sozinhos. A nossa mente é a melhor

tecnologia, infinitamente superior em

complexidade ao melhor computador,

porque pensa, relaciona, sente, intui e pode surpreender. Por isso o mais importante de tudo é

o que está dentro da nossa mente e do nosso corpo, integrando nossos sentidos, emoções e

razão. Valorizando os sentidos, o emocional e o lógico. Desenvolvendo atitudes positivas,

modos de perceber, sentir e comunicar mais livres, ricos e profundos. Esta atitude de viver

potencializará ainda mais nossa vida pessoal e comunitária, ao fazer um uso libertador destas

tecnologias maravilhosas e não um uso consumista e de fuga.

Conclui-se por isso que a sociedade actual está perante inúmeras mudanças em

diversas áreas do conhecimento humano. As tecnologias de informação e comunicação têm

provocado mudanças de conduta, de costumes, de consumo, de lazer, nas relações entre os

indivíduos e nas formas como eles se comunicam.

Recriam-se, então, novas identidades, novos hábitos sociais, novas formas de

interacção.




A expansão da informação e da cultura faz com que os indivíduos percebam as

dimensões globais da sua existência, passando a captar as diversidades que o mundo

proporciona.

Os avanços da tecnologia da informação e comunicação têm contribuído para

projectar a civilização na direcção de uma sociedade de conhecimento, onde também se fazem

notar as desigualdades existentes num mundo cada vez mais globalizado. Por isso, cabe-nos a

Nós sociedade, intervir no sentido de criar um mundo mais justo.




BIBLIOGRAFIA MORAN, José Manuel - Novas tecnologias e o re-encantamento do mundo.

http://www.eca.usp.br/prof/moran/

RODRIGUEZ, Maristela S - O impacto sobre o emprego resultante do processo de

introdução tecnológica de informação e comunicação.

Http://www.beje.decom.ufpe.br/premio/maristella.htmMORIGI,

Valdir José; PAVAN, Cleusa - Tecnologias de informação e comunicação:

Http://www.ibict.br/cionline/viewarticle.php?id=99 ALMEIDA, W. P. Novas tecnologias e interactividade: além das interacções mediadas.

Http://www.dgz.org.br/ago03/Art_01.htm SILVA, E. L. da; CUNHA - A formação profissional no século XXI: desafios e dilemas

Http://www.scielo.br/pdf/ci/v31n3/a08v31n3.pdf Mário Franco Presidente da Fundação para a Divulgação das Tecnologias da Informação (FDTI) / António

Gouveia (FDTI)

As Tecnologias de Informação e a Internacionalização da Educação

http://www.ipv.pt/millenium/franco11.htm

Luís Manuel Borges Gouveia - A humanização das tecnologias de informação

Luís Manuel Borges Gouveia http://www2.ufp.pt/~lmbg/textos/human_ti.html Luiz Antonio Bertges – Tecnologia da Informação e Comunicação

http://imasters.uol.com.br/artigo/4412/tecnologia/tecnologia_da_informacao_e_comunicacao/

TIC e a Sua cia Na Sociedade

Documents

Transcript of TIC e a Sua cia Na Sociedade