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TH 2 A ARQUITETURA MUÇULMANA Profª. Ana Paula Zimmermann Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Artes e Arquitetura Curso de Arquitetura e Urbanismo

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TH 2

A ARQUITETURA MUÇULMANA

Profª. Ana Paula Zimmermann

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Escola de Artes e Arquitetura

Curso de Arquitetura e Urbanismo

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Arte mourisca ou arte hispano-muçulmana: desenvolvida no Al-Andaluz entre os séculos VIII e XV.

Mesquita de Córdova, século X

ARQUITETURA ISLÂMICA

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ARQUITETURA ISLÂMICA

A arquitetura islâmica absorveu traços estilísticos dos povos conquistados, que no entanto souberam adaptar muito bem ao seu modo de pensar e sentir, transformando-os em seus próprios sinais de identidade. Foi assim que as cúpulas bizantinas coroaram suas mesquitas, e os esplêndidos tapetes persas, combinados com os coloridos mosaicos, as decoraram. Aparentemente sensual, a arte islâmica foi na realidade, desde seu início, conceitual e religiosa, sendo sua beleza quase mágica.

A casa de Maomé em Medina: constituía uma planta quadrangular, com um pátio voltado para o sul e duas galerias com teto de palha e colunas de tronco de palmeira. Era local de reuniões para oração, centro político, hospital e refúgio para os mais pobres. Essas funções foram herdadas por mesquitas e alguns edifícios públicos.

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MESQUITA Templo; local de culto/oração

para os seguidores do islã.

Mesquita de Abu al-Abbas al-Mursi, Egito, 1775.

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ARQUITETURA ISLÂMICA

A MESQUITA A mesquita islâmica, desde seu início e seguindo o modelo de Al-Aqsa em Jerusalém, foi o local apropriado de ensinamento da religião e das várias ciências desenvolvidas pelos muçulmanos. Dessa forma, aliando religião e conhecimento, representava o poder do governante da dinastia. A mesquita, portanto, é a representação de três valores para a cultura muçulmana: a religiosidade, a sabedoria e o poder.

Mesquita do sultão Ahmed

ou Mesquita Azul

Istambul

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ARQUITETURA ISLÂMICA

A MESQUITA No entanto, a arquitetura sagrada não manteve a simplicidade e a rusticidade dos materiais da casa do profeta, sendo exemplo disso as obras dos primeiros califas: Basora e Kufa, no Iraque, a Cúpula da Rocha, em Jerusalém, e a Grande Mesquita de Damasco. Contudo, persistiu a preocupação com a preservação de certas formas geométricas, como o quadrado e o cubo. O geômetra era tão importante quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem realmente projetava o edifício, enquanto o arquiteto controlava sua realização. Tudo era estruturado a partir da geometria, já que até a língua árabe é numérica e os edifícios e seus ornamentos eram a tradução arquitetônica das fórmulas e números de caráter místico, segundo sua doutrina.

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ARQUITETURA ISLÂMICA

A MESQUITA Um dos elementos estruturadores das aglomerações Urbanas no Islão é a mesquita cujas características e funções em tudo diferem do conceito de templo que se foi desenvolvendo nas áreas de influência cristã, quer no que diz respeito à sua estrutura arquitetônica quer no entendimento das práticas litúrgicas e de todo o conceito de utilização do espaço em si. Diferentemente do espaço litúrgico dos cristãos, a mesquita é tão somente um espaço destinado à difusão da palavra do profeta, não contendo em si o caráter de “morada do Senhor” onde, portanto, nem ele se encontra representado nem o profeta, podendo ser acrescentado, que se no cristianismo Deus se fez carne, no Islamismo fez-se palavra, a que todos pudessem ter acesso.

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Grande Mesquita de Jerusalém ou Cúpula do Rochedo, séc. VII.

ARQUITETURA ISLÂMICA

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Grande Mesquita de Jerusalém ou Cúpula do Rochedo, séc. VII.

ARQUITETURA ISLÂMICA

As colunas coríntias sustentam arcos romanos (não havia ainda o arco de ferradura ou os arcos multilobados).

A planta tem uma razão matemática, da tradição grega, e constitui uma espécie de Mandala: do quadrado para o círculo –da terra para o céu. Através da circum-ambulação, os peregrinos sentem que estão transitando para quadrado (união do corpo e da alma);

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Grande Mesquita de Jerusalém ou Cúpula do Rochedo, séc. VII.

Uma das fachadas

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Grande Mesquita de Jerusalém ou Cúpula do Rochedo, séc. VII.

Fonte das abluções Pórtico

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Grande Mesquita de Jerusalém ou Cúpula do Rochedo, séc. VII.

ARQUITETURA ISLÂMICA

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ARQUITETURA ISLÂMICA

A cúpula ou teto de pendentes, herdado da cultura bizantina, permitiu cobrir o quadrado com um círculo, sendo um dos sistemas mais utilizados na construção de mesquitas, embora não tenha existido um modelo comum. As numerosas variações locais, devido a grande extensão dessa cultura, fez que suas manifestações se adaptassem aos estilos locais mantendo a distribuição dos ambientes, mas nem sempre conservando sua forma. As mesquitas transferiram depois parte de suas funções aos edifícios públicos.

Cúpula da Roca - arte

muçulmana Jerusalém

Mesquita moura-judia

Damasco, Síria

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ARQUITETURA ISLÂMICA

Aliás, o espaço da mesquita não estava reservado exclusivamente a práticas de natureza religiosa sendo geralmente utilizada como escola de nível superior, tribunal ou escola para ensinar as crianças a ler. Na Aljama (nome dado à mesquita de Córdova, o que quer dizer assembleia) encontravam-se todo o tipo de mestres de todo o tipo de matérias, fossem de caráter religioso, teológico, científico, jurídico, da medicina, da aritmética, da literatura ou da poesia. A mesquita era, desse modo, um lugar completamente integrado na vida da cidade no Sec. X, não só porque nela se exerciam atividades como o ensino ou a justiça, além de um sem fim de atividades de interesse quotidiano, tais como o exercício da enraizada tradição da hospitalidade, porque nela podiam pernoitar os viandantes, únicos detentores desse privilégio.

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ARQUITETURA ISLÂMICA

Fachada externa (lado sul) da Mesquita Maior de Córdoba.

Perspectivas das naves e colunas dentro da

Mesquita Maior de Córdoba.

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ARQUITETURA ISLÂMICA

Se adicionarmos a estes conceitos a idéia de que o culto islâmico se desenrola na maior parte dos casos ao ar livre, sob a intensa luz do sol, teremos formado o quadro duma diversidade profunda de conceitos e de atitudes, nas quais o tema da luz e da cor desempenha um papel de profundo significado simbólico num contexto de diversidade e flexibilidade formal, em que o espaço fechado da grande mesquita Aljama, não deixa de constituir um caso particular, com a sua floresta de colunas os capitéis coríntios e arcos de ferradura, por respeito às tradições locais, na aceitação das suas tradições construtivas.

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Perspectivas das naves e

colunas dentro da Mesquita

Maior de Córdoba.

Arco sobre o mihrab –

Mesquita Maior de

Córdoba

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Mesquita Congregacional

Inpiradas na casa de Maóme em Medina;

Planta quadrada ou retangular;

Pilares, Arcadas, cúpulas;

Mesquita de Al-Aqsa, Jerusalem,

séc. XI

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Orientação: A mesquita é construída em torno de um eixo voltado para Meca. O mihrab, um pequeno nicho central que marca a parede mais próxima de Meca, é onde o Imame faz suas orações. Esse ato deve ser observado de outras partes da câmara de oração. A congregação reúne-se em filas que atravessam o eixo principal e responde ao Imame. A mesquita tem uma fonte para a ablução ritual antes das preces.

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A Mesquita: Forma e Orientação

IbnTulun(Cairo: 876-79 d.C)

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Elementos da Mesquita: Quibla: Parede que marca a direção a Meca (antes para Jerusalém); Maqsura: local reservado ao Califa;

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ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS

INTERIORES

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MIHRAB DESIGNA UM NICHO EM FORMA DE ÁBSIDE NUMA MESQUITA. TEM COMO FUNÇÃO INDICAR A DIREÇÃO (QIBLA) DA CIDADE DE MECA PARA OS MUÇULMANOS, PARA QUAL SE ORIENTAM QUANDO REALIZAM AS CINCO ORAÇÕES DIÁRIAS.

Mihrab na Mesquita de

Isfahan, Irâ

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Mihrab, Fatehpur Sikri, Índia, século XVI

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MINBAR

DESIGNA UM PÚLPITO

PRESENTE

NUMA MESQUITA, A

PARTIR DO QUAL O IMÃ

PROFERE O SERMÃO

DA SEXTA-FEIRA.

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Minbar

e mihrab na

mesquita an-

Nasir Muhammad

no Cairo.

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ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS

EXTERIORES

Mesquita Azul,

Istambul.

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MINARETE

Torre cilíndrica ou octogonal situada no exterior da mesquita a uma altura significativa, para que a voz do almuadem ou muezim pudesse chegar até todos os fiéis, convidando-os à oração.

Sua posição no núcleo urbano era sempre privilegiada, permitindo visualiza-la a distância.

Mesquita de

KairouanTunísia

séc. VII

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A catedral de Sevilha está situada no mesmo local da antiga mesquita almohade, com o antigo minarete da mesquita, La Giralda, servindo ainda de torreão.

O edifício principal é uma das maiores catedrais do mundo, com 126m de comprimento e 83m de largura.

Aqui também se encontra La Giralda, o monumento mais emblemático de Sevilha. Seu minarete foi construído pelos árabes entre 1184 e 1197 e alcança a altura de 76 metros. Depois da reconquista pelos cristãos, foi adicionado um campanário ao minarete em 1568.

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Minarete da

Grande Mesquita

de Samarra -

Iraque Minarete Kutubiya

Marrakesh, Marrocos

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Fonte de

abluções na

Mesquita

Mohammed Ali

ARQUITETURA ISLÂMICA

“Ó vós que credes! Sempre que vos dispuserdes a observar a

oração, lavai o rosto, as mãos e os antebraços até aos

cotovelos, esfregai a cabeça, com as mãos molhadas e lavai

os pés, até os tornozelos. E, quando estiverdes polutos,

higienizai-vos." (Alcorão 5:6)

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A ablução é um rito

de purificação,

com símbolos,

atos e significados

variados em

diversas situações.

Relacionam-se a

ritos de

preparação para

o sacrifício. As

abluções são feitas

com água, folhas

(ramos), areia ou

sangue.

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Mesquita dos Omíadas ou Grande Mesquita de Damasco, Síria (706-715)

ARQUITETURA ISLÂMICA

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Mesquita dos Omíadas ou Grande Mesquita de Damasco, Síria (706-715)

ARQUITETURA ISLÂMICA

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Mesquita dos Omíadas ou Grande Mesquita de Damasco, Síria (706-715)

Sala de orações e fonte

ARQUITETURA ISLÂMICA

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Mesquita dos Omíadas ou Grande Mesquita de Damasco, Síria (706-715)

Mihrab

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Mesquita dos Omíadas ou Grande Mesquita de Damasco, Síria (706-715)

ARQUITETURA ISLÂMICA

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Arcos islâmicos

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Materiais

Pedras naturais (mármore), argamassas (cal, gesso),

revestimentos (reboco, estuque, tintas),

madeira.

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ARQUITETURA ISLÂMICA

As residências dos emires constituíram uma arquitetura de segunda classe em relação às mesquitas. Seus palácios eram planejados num estilo semelhante, pensados como um microcosmo e constituíam o hábitat privativo do governante. Exemplo disso é o Alhambra, em Granada. De planta quadrangular e cercado de muralhas sólidas, o palácio tinha aspecto de fortaleza, embora se comunicasse com a mesquita por meio de pátios e jardins. O aposento mais importante era o diwan ou sala do trono.

Vista do Alhambra, Granada

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Palácio Alhambra(Granada –Espanha sécXIV)

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ARQUITETURA ISLÂMICA

Outras construções representativas foram os mausoléus ou monumentos funerários, semelhantes às mesquitas na forma e destinados a santos e mártires.

Mausoléu de Barquq - Arte

muçulmana

Cairo, Egito

Mausoléu de Timur ou Gur-i Mir

Samarcanda, Rússia

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Decoração

Valorização do interior:

Mosaicos; Pintura mural;

Azulejos; Arabescos;

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Mosaico: Desenho ou decoração com peças planas de pedra, cerâmica, vidro, etc.

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Pintura mural ARQUITETURA ISLÂMICA

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Azulejo ARQUITETURA ISLÂMICA

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Arabesco: combinação de formas geométricas semelhantes às formas de plantas.

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HABITAÇÃO

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ARQUITETURA ISLÂMICA

A arquitetura da casa é bem especial. A porta de entrada de cada casa dá da rua, para um pátio, do qual no centro geralmente se encontra um grande tanque de água corrente. É comum os quartos rodearem o pátio , que nas maiores casas são dotado de um peristilo. O pátio central está presente em grande parte da arquitetura árabe, ele cria um ambiente sombreado, pois muitas vezes é dotado de vegetação, e por possuir água, favorece o conforto térmico.

O pátio era o coração da residência e a sua peça fundamental, a partir do qual se distribuíam os outros compartimentos: salão, alcova, latrina e cozinha.

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ARQUITETURA ISLÂMICA

O modo como se apresenta o corredor de acesso, quebrado na forma de um cotovelo, impedindo, assim, que da rua as pessoas possam ver seu interior, principalmente o pátio interno, onde, geralmente, estão as mulheres em suas atividades domésticas. Todas elas eram espaços encerrados sobre si, virados para dentro e com raras aberturas ao exterior, de forma a preservar a intimidade dos moradores. A construção das zonas de acesso obedecia a estratégias de caráter defensivo, a qual não era isenta de cuidados de proteção simbólica, como se a casa fosse, mais do que uma morada, um refúgio.

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ARQUITETURA ISLÂMICA As pessoas sentavam-se sobre tapetes ou mantas tendo à sua frente refeições servidas em tigelas coletivas, sendo os demais elementos mobiliários muito reduzido e facilmente transportável, como é o caso das arcas, das esteiras dos coxins e dos tapetes.

Pátio interno de uma

mansão - Cairo, Egito

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Bibliografia:

COELHO, Gustavo Neiva. O Espaço Urbano em Vila Boa. Goiânia: UCG, 2001.

FERNANDES, José Manoel. A Arquitectura. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1991.

BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo: Perspectiva, 2003