Texto literário e texto não literário.doc
-
Upload
jotafreire -
Category
Documents
-
view
22 -
download
0
Transcript of Texto literário e texto não literário.doc
Ficha de informaçãoTexto literário e texto não literário
A. Texto Não Literário
Texto não literário
CartazNotíciaCartaAnedotasAnúncioConviteRecadoResumoDiário *Biografia *Autobiografia *
* Estes textos têm, muitas vezes, um tratamento literário.
B. Texto Literário
Texto Literário
Modos literários
LÍRICO NARRATIVO DRAMÁTICO
Géneros Géneros
ContoNovelaRomance
TragédiaDramaComédia
N.B.: O modo lírico também se divide em géneros. Há outros géneros dos modos
narrativo e dramático.
Texto literário – Texto não literário 1
Texto literário – texto não literário
Podemos agora, sintetizar as principais características do texto não literário e do texto literário.
Texto não literário Texto literário
É, predominantemente, informativo.
Sem deixar de ser informativo, abre espaço à ficção, à emoção, à expressão dos sentimentos.
É subjectivo (cada palavra possui um só significado).
É subjectivo (aberto a várias interpretações); socorre-se de vários recursos expressivos.
Tem intenção mais imediata, utilitária.
Tem intenção estética.
Usa uma informação impessoal (o emissor apaga-se para fazer ressaltar o conteúdo), isto é, fria e directa.
Usa uma linguagem mais pessoal (a subjectividade do emissor é importante na análise do conteúdo).
O texto não literário diz, afirma, declara; é, por isso denotativo.
O texto literário sugere, insinua, evoca, remete para, reenvia para; é, por isso, conotativo.
Denotação e conotação
«O mundo […], esta bola […] toda esfaqueada de rios, ribeiras e regatos…»
Repara que o significado de mundo, rios, ribeiras e regatos corresponde ao valor do uso, isto é, as palavras destacadas aparecem com o seu significado normal, na língua corrente. Estamos perante uma linguagem denotativa.
O mesmo não acontece com bola ou esfaqueada.
Ao significado corrente de bola, é-lhe acrescentado outro: o de mundo, sugerido pela sua forma, pela ideia de movimento. Esfaqueada adquire, para além do seu significado corrente, o de cavada, sulcada. Estamos perante uma linguagem conotativa.
Texto literário – Texto não literário 2
bola
objecto esférico mundo
sentido denotativo
sentido conotativo
norma desvio
Modos Literários
Modo lírico Modo narrativo Modo dramático
Emissor
Não tem narrador.A voz que fala é a do «sujeito poético» ou «eu poético».
Narrador de 1ª ou de 3ª pessoa.
Geralmente não tem narrador.No palco, os actores encarnam directamente as personagens
Mensagem
Geralmente não tem personagens. Quando existem, são apenas «pretexto».
As personagens são indispensáveis.
As personagens são indispensáveis.
Tempo estático. Tempo dinâmico. Tempo dinâmico.
Geralmente não tem acção. Quando existe, é apenas «pretexto».
A acção é fundamental.
A acção é fundamental.
A narração, quando existe, é pretexto para a confissão emocional do eu poético.
A narração é indispensável.
A narração não existe, a não ser, ocasionalmente, na fala das personagens.
A descrição, quando existe, é pretexto para a confissão emocional do eu poético.
A descrição geralmente existe.
A descrição é substituída pelo texto didascálico; no palco, por roupas, cenário, iluminação, etc.
O diálogo, quando existe, é pretexto para a confissão emocional do eu poético.
O diálogo geralmente está presente.
O teatro é, essencialmente, diálogo.
Receptor Tem acesso ao texto através da leitura.
Tem acesso ao texto através da leitura.
Tem acesso ao texto através da leitura ou, ao vivo, no teatro.
Texto literário – Texto não literário 3