Texto 4 turismo sustentavel

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TURISMO SUSTENTÁVEL

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TURISMO SUSTENTÁVEL

1 Objetivos do Gestor do Turismo em Localidades Turísticas Diferenciar a localidade em relação a outras destinações, por meio de vantagens

competitivas – oportunidades e pontos fortes;

Manter a autenticidade tornando-se relevante para a cultura, o estilo de vida e os recursos

naturais do município;

Refletir os valores da comunidade, através do passado, do presente e das aspirações para o

futuro da comunidade local;

Compreender e segmentar o mercado (tendências de um mercado amplo e as necessidades

de segmentos específicos de mercado), através do desenvolvimento de produtos especiais com

base nos atributos inerentes a área;

Melhorar a experiência para os turistas e recreacionistas, proporcionando-lhes algo que não

se pode experimentar em casa nem “ver da janela” (alcançada pela formação de atributos para

aumentar o apelo de um lugar e as probabilidades de visitação);

Agregar valor aos atributos da área existente, a fim de assegurar um turismo que diversifica a

economia com oportunidades de novos negócios locais;

Respeitar os espaços naturais e culturais que formam a base de desenvolvimento do

turismo sustentável e dos processos ecológicos;

Obter resultados através do desenvolvimento de conservação e parcerias benéficas entre o

turismo e a conservação;

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Atingir a excelência e a inovação no “design”, respeitando os recursos, refletindo os valores

da comunidade, sendo capaz de "dizer a história" e assegurar resultados de conservação;

Proporcionar benefícios mútuos para os visitantes e anfitriões, promovendo o

desenvolvimento econômico e da comunidade;

Construir uma capacidade local através da integração da comunidade com os

empreendedores.

2 Princípios Éticos na Gestão em Localidades Turísticas Aos clientes: proporcionar satisfação e efeitos restauradores com benefícios cognitivos;

manter a qualidade dos produtos; proteger com segurança e com saúde. Acesso a todos.

Aos colaboradores: desenvolver e manter as melhores pessoas, alcançar um ambiente

de trabalho positivo; com recompensas e envolvimento da equipe.

À comunidade local: proteger o meio ambiente; proporcionar benefícios do turismo à

comunidade; assegurar condições justas de trabalho ao longo da cadeia de serviços,

incentivar a educação ambiental e motivar os clientes e parceiros da atividade turística.

Das operações responsáveis: minimizar os impactos sobre o meio ambiente e na

comunidade; reduzir emissões de efluentes líquidos e sólidos, contribuir nas decisões de

compra de produtos sustentáveis, uso de recursos naturais e descarte.

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3 Objetivos de um Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável

I. Criar cada vez mais oportunidades de emprego;

II. Atrair investimentos privados e parcerias;

III. Contribuir significativamente para o desenvolvimento rural e a diversificação, a

transformação agrícola, o enriquecimento e o reforço das comunidades.

IV. Criar um programa de ações para a preservação do meio ambiente e conservar os

recursos culturais e históricos que sustentam a destinação; e por fim:

V. Entender que a demanda por 2ª residências (quando for o caso) é um efeito do

fenômeno de urbanização dos grandes centros do entorno conformando uma

alternativa que preserva a harmonia com a paisagem em relação a algumas

destinações em processo de declínio.

4 Diagnóstico da Competitividade Avaliando as Melhores Práticas que Proporcionem Dados Sobre o Potencial da Localidade

I. Experiências, produtos e serviços oferecidos aos vários segmentos;

II. Pacotes turísticos, estrutura de custos e níveis de tolerância de preços; e

III. Potencial da dimensão dos segmentos identificados e análise de tendências.

5 Tendências que Afetam o Turismo (+ ou -) Tematica Tendências

Socio Culturais Taxas de crescimento da demanda turistica. Ambientalismo não se conciliando com o crescimento econômico e a redução da pobreza absoluta. Consumidores sofisticados. Crescimento demográfico decrescente e ampliação da idade média das pessoas Nostalgia

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Econômicas Disponibilidade e custos de recursos. Incremento da competitividade Redes virtuais Rendimentos previdênciários. Valor da informação

Tecnológicas Internet. Mobilidade das comunicações. Rápida obsolescência. Realidade virtual. Turismo de saúde

Ambientais Crescimento do ecoturismo. Biotecnologia Mudanças climáticas. Proteção do meio ambiente Recicláveis.

Legislativas Descentralização das decisões. Desregulamentação. Migrações ilegais Normativos de segurança Seguros obrigatórios de responsabilidade civil.

Politicas Blocos e acordos regionais de comércio. Estabilidade dos governos. Fortalecimento da democracia. Planejamento de turismo comunitário. Segurança.

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AMBIENTE

EXTERNO

AMBIENTE

INTERNO

NACIONAL

INTERNACIONAL

SÃO FRANSCISCO XAVIER

RECURSOS HERDADOS

RECURSOS CULTURAIS

RECURSOS INTANGIVEIS

VANTAGENS COMPARATIVAS

VANTAGENS COMPETITIVAS

RECURSOS CRIADOS

RECURSOS FINANCEIROS

RECURSOS HUMANOS

LEIS E NORMAS

GESTÃO DA DESTINAÇÃO

RECURSOS DE COMUNICAÇÃO

RECURSOS DE RELACIONAMENTO

RECURSOS DE IMPLANTAÇÃO

OPORTUNIDADES

AMEAÇAS

PONTOS FORTES

PONTOS FRACOS

COMPETITIVIDADE ONDE ESTAMOS?

FUTURO PRETENDIDOO QUE QUEREMOS?

DESENVOLVI

MENTO

ESTRUTURAÇÃO

ESTRATEGIASDE

MERCADO

ESTRATEGIAS DE DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE

MARKETING

PRODUTOS

CULTURA

EVENTOS

RECURSOS HUMANOS

INFRAESTRUTURA

SEGURANÇA

EDUCAÇÃO TURISTICA

INVESTIMENTOS

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

TURISTICA

CONS

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DA

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FERT

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SPO

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ADES

IN

STIT

UCIO

NAIS

ESTRATEGIAS COMO ASSEGURAR?

SUSTENTABILIDADE COMO ALCANÇAR ?

MONITORAMENTO dos INDICADORES e dos RESULTADOS

GESTÃO

RUSCHMANN CONSULTORES DE TURISMO

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6 Estratégias para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável

Promover um turismo sustentável significa, ao mesmo tempo, maximizar os seus benefícios e

diminuir os seus impactos. Para tanto, a WWF estabeleceu os seguintes princípios:

I. Uso sustentável dos recursos naturais, sociais e culturais;

II. Redução do consumo e da produção de lixo;

III. Manutenção da diversidade natural, social e cultural;

IV. Integração do turismo no planejamento estratégico local, regional e nacional,

envolvendo estudos de impacto detalhados;

V. Amparo à economia local, incorporando os custos ambientais e sociais nos

cálculos econômicos e no planejamento;

VI. Envolvimento das comunidades locais e gestão dos conflitos de interesse;

VII. Treinamento e recrutamento da mão-de-obra local;

VIII. Marketing responsável, com informações relevantes e honestas sobre as áreas de

visitação;

IX. Pesquisa e monitoramento do turismo e seus impactos;

X. Planejamento conjunto do turismo com as outras atividades econômicas locais,

isto é, a agricultura, o comércio e a indústria; e

XI. Tempo de planejamento compatível com o dinamismo do setor turístico.

A OMT – Organização Mundial do Turismo, seguindo esta linha de pensamento delineou, em

conjunto com o Conselho da Terra, a Agenda XXI do Turismo, cuja estratégia baseia-se nos

seguintes preceitos:

I. Avaliar a capacidade local e regional, institucional, legal e econômica, de implementação

do turismo sustentável;

II. Avaliar e corrigir as implicações econômicas, sociais, culturais e ambientais do turismo;

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III. Criar novos produtos turísticos, com respeito ao meio ambiente, marketing responsável,

criação de empregos locais, uso de material local, parceria com a agricultura local,

cuidado nos gastos com energia e água, e no tratamento do lixo e dos efluentes;

IV. Treinamento, educação e sensibilização do público;

V. Planejamento integrado e participativo do território, e estudos de impactos ambientais;

VI. Monitoramento dos empreendimentos, com base em indicadores, e acessibilidade a dados

confiáveis, pelo nível local;

VII. Promoção de parcerias setor público - setor privado, para a construção e manutenção de

infraestrutura, abastecimento, saneamento, coleta e reciclagem de lixo e preservação

ambiental.

Pode-se sintetizar todas essas recomendações em 5 pontos, delineados a seguir:

1. Integrar o turismo com as outras atividades no planejamento local e regional

O grande perigo do turismo reside em considerá-lo como uma panacéia para o conjunto dos

problemas sociais e econômicos de uma região.

O turismo só pode ser sustentável se integrado com outros setores econômicos locais, capazes

de se beneficiar do turismo sem dependência total, bem como de assegurar fontes de renda

locais em baixa temporada e em caso de diminuição súbita do número de turistas.

Em várias regiões da Europa, onde o turismo é o enfoque principal, como nos Alpes, uma

economia local multifacetada foi à resposta espontânea a variações imprevisíveis do número

anual de turistas.

Porém há ocasiões especiais em que outras atividades, somadas às de turismo, complementam

as carências no que tange à sazonalidade, diversificação da oferta e ampliação desta à

comunidade local, como o exemplo da indústria do lazer, que atualmente está conquistando

espaço na dinamização da economia mundial.

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Parques temáticos e de diversões, zoológicos, resorts, marinas e complexos hoteleiros ou de

atividades culturais, são exemplos de empreendimentos que se encaixam neste perfil, pois

enriquecem ainda mais a atratividade de uma área, ao serem frequentados por um público que

abrange tanto a população local, como turistas ou moradores do entorno.

2. Promover a participação local

O envolvimento da população local no planejamento, na avaliação e no monitoramento do

turismo, como na própria atividade (com acesso a serviços, comércios e empregos de

qualidade) não só evita a evasão dos benefícios do turismo, como também contribui para

manter suas características culturais e sociais, afastando problemas de pobreza, exclusão,

hostilidade e criminalidade.

Geralmente, os grandes grupos de turismo chegam com seus projetos já prontos, fornecem

todos os insumos e têm tal poder financeiro, que se torna quase impossível o planejamento

regional e o controle social e político local do processo.

Um novo parâmetro de turismo seria a participação da sociedade efetiva e ativamente, por

meio de projetos comunitários de pequeno/médio porte, programas de capacitação e

incentivos à produção local.

Uma pesquisa realizada pela EMAMTUR – Empresa Amazonense de Turismo - e pela

Fundação Floresta Amazônica, por exemplo, com o objetivo de identificar os impactos

positivos e negativos do turismo na região, detectou como ponto socioeconômico favorável o

fato dos hotéis absorverem mão de obra das comunidades e dos moradores das vizinhanças,

proporcionando uma renda fixa – antes inexistente - para as famílias. Destes serviços o que

mais se destaca é aquele realizado pelos moradores que atuam como “guias de selva”.

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3. Repassar os lucros do turismo para a conservação ambiental e cultural

Existem duas formas de se repassar os lucros do turismo para a conservação ambiental e

cultural: o sistema tributário clássico, repassando ao Estado parte do lucro para que seja

aplicado em programas culturais, ambientais e sociais e o sistema mais inovador - de repasse

direto.

Os dois sistemas são complementares e claramente não excludentes. O sistema tributário deve

ser flexível e adaptável aos vários casos que se configurem. O Estado deve, de alguma forma,

retribuir à indústria turística, prestando serviços de manutenção de infraestrutura e aplicando

efetivamente os recursos na conservação e divulgação dos atrativos turísticos.

Em determinados casos, a indústria pode assumir diretamente uma parte dessas tarefas, de seu

interesse mais imediato. Algumas cadeias internacionais de hotéis, por exemplo, encarregam-

se sistematicamente do saneamento e da reciclagem dos seus efluentes.

O repasse direto dos recursos, para programas sociais e culturais, pode acontecer através da

participação direta das comunidades nos empreendimentos turísticos, com todos os riscos de

exploração e aculturação associados. As comunidades, nesse caso, devem manter o controle

do seu próprio processo.

Para o repasse de recursos às áreas protegidas, soluções como as concessões à iniciativa

privada no setor de serviços, estão sendo implementadas com sucesso em vários países. É

uma tendência atual que vem a sanar problemas gerenciais evidentes, que podem ser

revertidos em prazos relativamente mais rápidos do que pela ação governamental.

O Estado deve, entretanto, assumir a defesa dos bens comuns e dos interesses da população

em geral, em locais e assuntos que não interessem diretamente à indústria, e normatizando e

regulamentando o turismo. Nem todas as áreas protegidas são atrativas, nem todas as

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comunidades estão dispostas a receber turistas, assim como nem todos os agentes turísticos

seguem um código de ética.

De maneira geral, infelizmente, ficou claro, após a realização da Conferência do Rio (Eco 92),

que todas as recomendações da Agenda XXI, não bastam para garantir a sustentabilidade da

atividade turística. Uma ação puramente reativa, normativa ou coercitiva não é eficiente.

Existe uma demanda real e crescente do mercado turístico para áreas bem conservadas, com

número de visitas controladas e, impactos ambientais, sociais e culturais mínimos.

A indústria tem como responder a essa demanda, com gestão da qualidade total no setor, ou

seja, assumindo, junto com todos os atores envolvidos, a sua responsabilidade.

Esse “turismo responsável” passa por um compromisso de seriedade e ética profissional,

assim como por um esforço considerável de educação e sensibilização, em todos os níveis.

4. Informar, sensibilizar, educar, capacitar e treinar os atores envolvidos

O turismo responsável passa pelo treinamento e a educação permanente de todos os atores

envolvidos na atividade: empresários, autoridades, trabalhadores e consumidores. As agências

de viagem, os operadores, os acompanhantes e guias de turismo ficam na ponta, em contato

direto com a população local e os turistas, e têm assim grande poder de influência sobre os

comportamentos e a sustentabilidade da atividade. O treinamento da mão-de-obra local para

essas funções tem a vantagem adicional de aumentar a qualidade do serviço e contribuir na

valorização do ambiente e da própria cultura.

Os turistas, por sua vez, têm como influenciar as autoridades e os empresários, expressando

sua preferência e suas exigências na hora de comprar um pacote, uma viagem ou uma casa.

Os operadores têm a grande responsabilidade de prover aos consumidores informações

relevantes e honestas, contribuindo para sua responsabilização.

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A UNESCO publicou, em forma de quadro, um guia de conscientização e responsabilidade do

turismo apresentado aqui em versão adaptada:

GUIA DE CONSCIENTIZAÇÃO E RESPONSABILIDADE DO TURISMO

Turismo responsável e

consciente

Agências e operadores de

turismo

Autoridades locais

Hotéis, clubes e restaurantes

Organizadores e guias

Turistas

Informação

para o turista

Incentivar conduta

respeitosa ao local

Fornecer informações

sobre cultura e ambiente local

Fornecer informação sobre meio ambiente, cultura e

atividades afins

Organizar atividades

favorecendo o conhecimento

dos valores locais

Informar-se sobre os valores e problemas

locais

Turismo responsável e

consciente

Agências e operadores de

turismo

Autoridades locais

Hotéis, clubes e restaurantes

Organizadores e guias

Turistas

Meio ambiente

e paisagem

Guias e pessoal com

conhecimento da questão e

dos problemas ambientais

Planejamento regional com

critérios ambientais e respeito ao patrimônio

cultural

Estudos de impacto

ambiental de novos

estabeleci- mentos

Planejar e avaliar

atividades, minimizando os impactos

Escolher oferta sem impacto ambiental

ou infra-estrutura de grande porte

Turismo responsável e

consciente

Agências e operadores de

turismo

Autoridades locais

Hotéis, clubes e restaurantes

Organizadores e guias

Turistas

Flora e fauna

Não oferecer destinos com

natureza ameaçada ou vulnerável

Proteger e sinalizar áreas importantes ou

vulneráveis

Planejar prédios e áreas

de lazer levando em

conta a flora e a fauna local

Evitar distúrbios à

fauna e destruição da

flora

Respeitar animais e plantas, não comprar

objetos ou elementos naturais

Identidade cultural

Guias e pessoal c/

conhecimento da cultura local

Manter e valorizar a identidade cultural;

promover um turismo que

benef. a população

local

Prover conforto sem agredir os padrões locais;

oferecer culinária

tradicional

Informar o turista e

integrá-lo no contexto local

Evitar “guetos” turísticos, encontrar a população local, prezar a cultura.

Energia

Oferecer roteiros com

transporte público

Favorecer o transporte

público e lutar contra o

desperdício

Evitar desperdício de

energia e sensibilizar

turistas

Evitar atividades que desperdiçam

energia e gasolina

Usar transporte público e evitar atividades com

desperdício

Água

Não oferecer destinos com problemas de abastecimento

Sanear, reciclar e evitar

desperdício

Poupar a água e sensibilizar

turistas

Evitar a poluição dos

recursos hídricos

Poupar água, evitar atividades que lhe

afetem a.

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Lixo

Guias formados e educação

ambiental nos locais

Coleta seletiva e reciclagem, campanhas

educacionais

Evitar uso de material não reciclável,

separar o lixo e sensibilizar os

turistas

Uso de equipamento que produza pouco lixo; coleta nos

locais

Evitar embalagens, coletar lixo dos locais visitados

Esta tabela é genérica. É um exemplo que pode ser adaptado a cada situação, local ou ramo

específico da atividade turística.

5. Pesquisar, avaliar e monitorar impactos

A Organização Mundial do Turismo desenvolveu um conjunto de indicadores de turismo

sustentável, para o planejamento e o monitoramento da atividade e a prevenção dos seus

impactos:

INDICADORES DE TURISMO SUSTENTÁVEL

INDICADORES SIMPLES

MEDIDAS ESPECÍFICAS

Proteção do Sítio Categoria de unidade de conservação (IUCN)

Pressão (Stress) No total de turistas (anual ou mensal)

Intensidade de Uso Uso máximo em alta temporada (pessoas/ha)

Impacto Social Proporção No Turistas/ No locais

Monitoramento de desenvolvimento

Existência de procedimentos de monitoramento e controle do desenvolvimento do sítio e intensidade de uso local (ranking 1 a 5)

Saneamento % dos efluentes tratados (+ disponibilidade de água se for limitante)

Planejamento Existência de planos regionais considerando o turismo (ranking 1-5)

Ameaças Ambientais No de espécies (ou ecossistemas) raras/ameaçadas

Satisf. do Consumidor Nível de satisfação do consumidor (questionário)

Satisfação Local Nível de satisfação da população local (questionário)

INDICADORES COMPOSTOS

MEDIDAS ESPECÍFICAS

Contribuição à Economia Local

Proporção das atividades econômicas geradas só pelo turismo

Capacidade de Suporte (ambiente, infra-estrutura)

Cotas de alerta de fatores-chave, afetando a capacidade do sítio em suportar vários tipos e intensidades de uso (erosão, alterações)

Pressão sobre o Sítio Medidas do grau de vários impactos cumulativos sobre os atributos naturais e culturais do sítio, devidos ao turismo, juntamente com outros fatores

Atratividade Avaliação qualitativa dos atrativos dos sítios e suas eventuais modificações no decorrer do tempo