Testes especiais de coluna lombar e pelve

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SEMIOLOGIA EM FISIOTERAPIA II TESTES ESPECIAIS DE COLUNA LOMBAR E PELVE

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SEMIOLOGIA EM FISIOTERAPIA II

TESTES ESPECIAIS DE COLUNA LOMBAR E PELVE

FISIOTERAPIA 5° SEMESTRE 2012/2

SANDRO LIMA

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1. TESTE DE ELEVAÇÃO DA PERNA RETIFICADA (Laségue):

O paciente em decúbito dorsal, membros inferiores estendidos, elevar um do membro inferior segurando com uma das mãos no calcanhar e a outra na região anterior do joelho. A elevação do membro inferior sem dor deverá alcançar aproximadamente 80º. No ponto em que o paciente sentir dor baixar a perna lentamente e dorsiflexione o pé visando estirar o ciático e reproduzir a lombociatalgia. Este teste serve para reproduzir a dor ciática e será positivo quando o paciente referir dor no dermátomo correspondente (dor irradiada), enquanto que nos casos de encurtamento dos músculos posteriores da coxa o paciente irá referir dor somente na região posterior da coxa.

2. TESTE DE ELEVAÇÃO RETIFICADA DA PERNA SADIA:

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O paciente em decúbito dorsal, elevar a perna sadia. Queixa de dor na região lombar ou no membro inferior oposto indica ciatalgia por hérnia de disco lombar. Fazer dorsiflexão no pé.

3. TESTE DE HOOVER:

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Serve para verificar simulação por parte do paciente. Enquanto o paciente tenta elevar um dos membros inferiores, segure o calcanhar do pé oposto. Se ele realmente estiver tentando elevar a perna exercerá pressão no calcanhar da perna oposta de encontro à mão, caso contrário ele não estará efetivamente tentando.

4. TESTE DE KERNIG:

Serve para reproduzir dor por compressão no nível da medula.

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Decúbito dorsal, mãos atrás de a cabeça levá-la em flexão de encontro ao peito. Ele poderá se queixar de dor na cervical, lombar ou membros inferiores, o que indica irritação dural, lesão de raiz nervosa.

5. SINAL DE GAENSLEN:

O paciente em decúbito dorsal, flexionar um dos joelhos e aproximá-lo da região anterior do tórax. Aproxime o paciente da borda da mesa de modo que uma das nádegas perca contato com a mesa de exame. Deixe que o membro inferior penda enquanto a outra permanece fletida. Dor na região sacro-ilíaca indica patologia desta articulação.

6. TESTE DE PATRICK OU FABER:

Detecta patologias do quadril ou sacro-ilíacas.O paciente em decúbito dorsal, colocar o pé de um dos membros inferiores sobre o joelho oposto de modo que a articulação coxofemoral fique rotação externa, fletida

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e abduzida. Nesta posição a presença de dor na região inguinal indica patologia do quadril ou da musculatura adjacente. Após fazer pressão divergente com uma das mãos na sobre o joelho fletido e a outra nas espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS) contralateral. Dor indica patologia na sacro-ilíaca.

7. TESTE DE MILGRAM:

O paciente em decúbito dorsal, elevar ambos os membros inferiores (± 7 cm acima da mesa) e manter nesta posição sem dor durante 30 segundos. Se tiver dor ou não conseguir manter a posição é indicativo de patologias compressivas.

8. MANOBRA DE VALSALVA:

Paciente sentado solicite que ele expire profundamente, segure a respiração e faça força, isso faz aumentar a pressão intratecal, agravando os sintomas de eventuais lesões.Teste Positivo: aumento da sintomalogia radicular.

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Objetivo: avaliação de lesão expansiva, protrusão discal, osteófitos lateral ou foraminal, tumor.

9. TESTE DE MOBILIZAÇÃO PÉLVICA:

O paciente em decúbito dorsal, colocar as mãos sobre as cristas ilíacas e os polegares nas espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS). Comprimir a pelve com força em direção a linha média do corpo. Se queixar de dor na articulação sacro-ilíaca indica patologia articular.

10. TESTE DE THOMAS

Este teste objetiva determinar a presença e o grau da contratura em flexão do quadril.A manobra é realizada solicitando-se ao paciente em decúbito dorsal que abrace junto ao tronco o membro inferior fletido (Figura). Se a coxa oposta não apoia sobre a mesa de exame, significa que há deformidade em flexão do quadril que pode ser medida em graus com auxilio de um goniômetro.

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Teste de Thomas normal: Observar que não há flexão da coxa que permanece apoiada na mesa durante esta manobra

Teste de Thomas positivo: Observar a flexão da coxa, enquanto o paciente. realiza a flexão do quadril oposto.

11. TESTE DE TRENDELEMBURG

Este teste avalia o músculo glúteo médio. O músculo glúteo médio estabiliza a pelve, impedindo o infradesnivelamento da pelve no lado oposto a contração muscular durante a fase de oscilação da marcha (Figura). Essa manobra é realizada solicitando ao paciente em pé que flexione o quadril e o joelho de um lado com enquanto se observa o nível das cristas ilíacas. O teste é positivo quando ocorre à queda da pelve para o lado não apoiado, o que significa insuficiência do glúteo médio do lado oposto. (Figura). Esta queda pode ser observada também durante a marcha. Esse sinal é conhecido como sinal de

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Trendelenburg (Figura). Geralmente, o indivíduo compensa essa queda inclinando o tronco para o lado oposto para permitir a elevação do membro (Figura).

Teste de Trendelenburg negativo (NORMAL) Teste de Trendelenburg positivo

12. TESTE DA REAL DISCREPÂNCIA DE COMPRIMENTO DA PERNA

A discrepância real no comprimento é determinada pela medida da distância compreendida entre a espinha ilíaca ântero-superiores e o maléolo medial de um membro em relação ao outro. Se houver diferença entre as distâncias destes pontos fixos, está demonstrada a discrepância real.

Sinal de Trendelenburg compensado pela inclinação do tronco para o lado oposto (para o lado da insuficiência do glúteo médio).

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13. TESTE DA APARENTE DISCREPÂNCIA DE COMPRIMENTO DA PERNA

A discrepância aparente é determinada pela medida da distância compreendida entre a cicatriz umbilical (cicatriz onfálica) e o maléolo medial de um membro em relação ao outro. Estas discrepâncias aparentes resultam de posições anormais da pélvis, e não de encurtamento real de um membro.

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A- NORMAL. Comprimentos simétricos dos membros inferiores, tanto a partir da cicatriz umbilical (cicatriz onfálica) quanto da espinha ilíaca ântero-superiores.

B- DISCREPÂNCIA APARENTE POR OBLIQUIDADE PÉLVICA. O Comprimento dos membros é diferente quando medido a partir da cicatriz umbilical, enquanto o comprimento a partir das espinhas ilíacas é simétrico.

C- DISCREPÂNCIA REAL DOS MEMBROS INFERIORES. O Comprimento dos membros é diferente quando medido a partir da crista ilíaca ântero-superiores.

14. TESTE DE ALLIS

O teste de Allis objetiva avaliar a diferença dos comprimentos das coxas. A manobra consiste na observação do nível dos joelhos com o quadril fletido a 90°. O desnível caracteriza o teste positivo e pode ser devido ao encurtamento do fêmur ou da tíbia, devido à luxação do quadril. Na luxação do quadril (doença displásica do quadril) esse sinal é conhecido como sinal de Galeazzi.

15. TESTE DE OBER

NORMAL APARENTE REAL

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O Teste de Ober destina-se a detectar a presença de contratura em abdução do quadril.

O paciente deverá estar em decúbito lateral, com o membro a ser testado no lado de cima. É realizada a flexão do joelho a 90 graus e abdução do quadril; o examinador então solta o membro. Em condições normais o membro entra em adução, isto é, vai de encontro ao outro que está sobre a mesa; em presença de contratura em abdução do quadril, o membro permanecerá abduzido mesmo após ter sido solto (Teste de Ober positivo – figura).