TESTE DE CONCEITO DE UM NOVO PRODUTO: UM...
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TESTE DE CONCEITO DE UM NOVO
PRODUTO: UM CHOCOLATE
COMPOSTO DE EXTRATOS VEGETAIS
Wlisses Bonela Fontoura (UFES )
Gisele Chaves (UFES )
A indústria alimentícia e, principalmente, a do chocolate passa por
intensa competitividade e evolução, o que demanda desenvolvimento de
novos produtos. No entanto, para o sucesso de um novo produto, faz-se
necessário a identificação precissa das necessidades dos clientes para
que este novo produto tenha aceitação no mercado. Por isso, este
estudo visa realizar o teste do conceito de um chocolate composto de
extratos vegetais, neste caso a macadâmia, livre de lactose e sem
nenhum ingrediente de origem animal. Os dados foram coletados em
redes sociais e posteriormente foram analisados por meio do teste de
hipóteses. Ao final deste artigo, serão apresentadas as características
dos consumidores do nicho de mercado composto por veganos
pesquisados e a aceitação deste novo produto.
Palavras-chaves: Teste de conceito; Chocolate; Macadâmia, Veganos
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.
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1. Introdução
A partir da década de 90, as indústrias de alimentos observaram a necessidade de agregar
valor aos seus produtos, pois os fatores preço e renda não são mais predominantes na
aquisição de um alimento. Outros fatores ligados ao estilo de vida, culturais, psicológicos, e
tendências de consumo alimentar também exercem influência na compra dos alimentos
(TOLEDO et al., 2005; BATALHA, LUCCHESE & LAMBERT, 2005).
Um dos nichos de mercado que buscam opções e características diferentes ao comprar um
alimento são os veganos. Para Linhares & Freira Filho (2009), o veganismo é um estilo de
vida que busca eliminar toda e qualquer exploração animal através de boicotes a produtos
com ingrediente de origem animal ou aqueles que tenham sido testados em animais. Um dos
produtos que não fazem parte do consumo dos veganos é o chocolate tradicional, uma vez que
em sua composição possui o leite em pó.
Uma alternativa viável para a formulação de novos chocolates, de forma que este produto
torne-se acessível a este grupo de consumidores, é o uso de extratos vegetais como substituto
do leite animal como, por exemplo, a utilização da noz de macadâmia, coco, aveia, arroz, na
formulação.
Dentre estes, a noz de macadâmia destaca-se devido ao seu valor nutricional. A macadâmia
poderá ser utilizada em substituição ao leite em pó na formulação dos chocolates como uma
provável opção para veganos e também para as pessoas que, por outros motivos, não
consomem leite, tais como pessoas intolerantes à lactose.
Entretanto, como todo novo produto, a produção de um chocolate diferenciado requer um
bom conhecimento do seu mercado consumidor, o que requer a realização de uma avaliação
da possível aceitabilidade deste novo produto. O desenvolvimento de novos produtos passa
pelas seguintes etapas: geração de ideias, análise, desenvolvimento de conceitos e testes,
pesquisa de mercado, estratégia de marketing, desenvolvimento do produto, teste de
marketing e comercialização. Este trabalho abordou a etapa de teste do conceito de um novo
produto: um chocolate com extrato de macadâmia em sua composição.
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2. Revisão bibliográfica
2.1. Processo de desenvolvimento do produto (PDP)
O processo de desenvolvimento de produto está entre a empresa e o mercado, com a
finalidade desenvolver produtos que atendam as necessidades do mercado e os requisitos
impostos à produção (BATALHA, 2008). Kotler (1998) classifica o PDP em oito estágios:
geração de ideias, triagem de ideias, desenvolvimento e teste de conceito, desenvolvimento da
estratégia de marketing, análise comercial, desenvolvimento de produto, teste de mercado e
comercialização. Já Slack et al. (2006) classifica o PDP em 5 fases: geração do conceito,
triagem, projeto preliminar, avaliação e melhoria e prototipagem e projeto final.
Rozenfeld (2006 apud BATALHA, 2008) propõe um modelo de referência do PDP que é
constituído por três fases: pré-desenvolvimento, desenvolvimento e pós-desenvolvimento
como é demonstrado na Figura 1.
Figura 1 - Modelo de referência do PDP
Fonte: Rozenfeld et al. (2006, apud BATALHA, 2008, p. 150)
Segundo Batalha (2008), na fase de pré-desenvolvimento ocorre o planejamento estratégico
da empresa, onde é definido o portfólio da empresa, ou seja, são definidos quais produtos
serão desenvolvidos e quando serão lançados. Após identificar as necessidades, observar as
deficiências e tendências do mercado, com o auxílio da ferramenta brainstorming, uma equipe
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formada por engenheiros, cientistas, designers e outros funcionários da empresa geram um
conjunto de ideias e sugestões para o desenvolvimento de um novo produto. A princípio
qualquer ideia é aceita, pois em seguida é feito um afunilamento onde essas ideias são
reduzidas, organizadas e priorizadas. Selecionar as melhores ideias é importante, pois os
próximos estágios são custosos (KOTLER, 1998).
A fase de desenvolvimento é iniciada com o planejamento do projeto, onde são definidos o
objetivo do projeto, os recursos que serão utilizados, os prazos de execução, os custos
esperados e os riscos implicados. Com essas informações, são constituídas as especificações
do projeto na sua fase informacional, completando as informações sobre os usuários e
detalhando os requisitos do produto. As ideias do produto são submetidas a estudos adicionais
antes do desenvolvimento real do produto. Este é um aspecto importante na análise de
negócios de novos produtos, pois as percepções e atitudes dos clientes sobre o novo produto
são descobertas (BOONE e KURTZ, 2009).
Até esta fase, o produto não tem “corpo”. A partir da etapa de planejamento conceitual, o
produto começa ser arquitetado. A obtenção do formato final do produto pode ser um
processo lento, dependo da sua complexidade. Nesta etapa, é importante que o departamento
de marketing trabalhe junto com os pesquisadores, divulgando as características que os
clientes desejam para o produto, ou suas necessidades intrínsecas. Quando estiver pronto, o
protótipo deve ser submetido a testes funcionais e de consumo (KOTLER, 1998). Nesta fase
também são discutidos pontos, tais como os fornecedores dos componentes-chave do produto
e a possibilidade de existir uma família de produtos (BATALHA, 2008).
A finalização completa do produto, as descrições dos materiais dos componentes, o
planejamento da produção e o documento do produto são realizados na fase de projeto
detalhado. Caso seja decidido lançar o produto no mercado, na fase de preparação da
produção, são mobilizados equipamentos e pessoas para tornar capaz esta produção, sendo
assim “[...] é preciso avaliar disponibilidade e o custo da tecnologia necessária, bem como dos
recursos imprescindíveis a fabricação e comercialização [...]” (COBRA, 2011, p.439).
A macrofase de desenvolvimento se encerra com a fase de lançamento do produto, onde são
desenvolvidos processos de comercialização, de vendas, distribuição, atendimento ao cliente e
assistência técnica. Segundo Kotler (1998), é importante obter qualidade na execução de
todos os estágios para evitar o fracasso do novo produto e reduzir custos.
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2.2. Desenvolvimento e teste de conceito
O teste de conceito é formado por estudos de características técnicas e econômicas de novos
produtos, bem como por pesquisas realizadas junto com os consumidores, onde é verificado
se o desenvolvimento do produto está direcionado ao mercado (HANSEN, 2004). Ainda de
acordo com este autor, os desejos e necessidades dos consumidores devem ser transformados
em soluções técnicas e econômicas para serem adicionadas ao projeto do produto.
Com o intuito de obter o feedback do novo produto, nesta etapa do PDP, o conceito do
produto é apresentado aos consumidores de forma simbólica ou fisicamente por meio de
protótipos (KOTLER, 1998). Através das respostas dos clientes, a empresa consegue analisar
a comunicabilidade, a credibilidade, a necessidade do produto, o hiato entre o novo produto e
os produtos existentes, o valor percebido pelo cliente e a intenção de compra dos mesmos
(KOTLER, 1998).
Portanto, o teste de conceito é importante para o processo de desenvolvimento de novos
produtos, pois a conclusão desta etapa permite a empresa analisar e julgar a reação do
primeiro contato do consumidor com o novo produto e, com isso, avaliar sua aceitabilidade.
Se o protótipo ou a descrição do novo produto não agradar muitos os consumidores, a
empresa irá fazer alterações para que o mesmo se torne mais atraente, porém ”nem sempre a
oferta mais atraente é a mais rentável para ser fabricada” (KOTLER, 1998, p. 289).
Ao decidir eliminar esta etapa do PDP, a empresa se submete a sérios riscos, pois as próximas
etapas deste processo são custosas. Se o produto prosseguir nas etapas mesmo se não possuir
um bom conceito e não estiver atendendo as necessidades dos consumidores, isto
provavelmente irá gerar grandes prejuízos à empresa.
Segundo Cobra (2010), após determinar o problema-chave, ou seja, o que será avaliado pelo
teste, deve-se determinar uma metodologia para o teste de conceito, definindo assim, o tipo de
amostragem e fixando-se o tamanho das amostras. Ainda de acordo com este autor, devem-se
elaborar questionários e promover uma pesquisa-piloto, onde será avaliado se o questionário
absorve as informações necessárias, o que permite realizar alterações no questionário antes do
trabalho de campo.
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2.2.1. Desenvolvimento e Teste de Conceito para um Chocolate à Base de Macadâmia
O chocolate é uma das guloseimas mais prediletas no mundo inteiro. Muitas pessoas associam
o consumo do chocolate com a sensação de prazer, consumindo o chocolate em momentos de
tristeza ou de celebração. Este fator se justifica devido à serotonina e feniletilamina,
substâncias envolvidas com a excitação dos órgãos e pelo sentimento de euforia e êxtase, que
são liberadas em nossos organismos quando consumimos o chocolate (ANDRADE et al.,
2003).
O chocolate possui em sua composição o leite em pó, um importante ingrediente na
composição do chocolate que agrega valor ao produto. Porém, existem grupos específicos de
consumidores que não consomem leite, o que priva do consumo do chocolate a este grupo.
Pessoas intolerantes à lactose são incapazes de digerir completamente a lactose, e, por isso,
não consomem o chocolate. Os veganos não consomem chocolate, pois o mesmo possui em
sua composição um ingrediente de origem animal.
Com o intuito de atender este nicho de mercado, algumas empresas estão desenvolvendo
alguns produtos sem lactose. Encontra-se na literatura alguns exemplos de novos produtos
sem lactose, como por exemplo, pão de queijo, bolo-pronto, leite, sobremesas, entre outros.
Existem no mercado algumas marcas que produzem chocolates sem lactose, inclusive marcas
bastante conhecidas.
O Brasil é o segundo maior produtor de cacau, porém o quinto no ranking de produtores
mundiais de chocolate (SECRETARIA DA AGRICULTURA, IRRIGAÇÃO E REFORMA
AGRÁRIA, 2012; MARTINS, 2007), o que evidencia a deficiência brasileira neste setor, em
que o país continua exportador de matéria-prima, enquanto poderia se destacar mais no
processamento do cacau em chocolate. O Brasil é o sétimo maior produtor mundial
macadâmia, porém 90% da produção brasileira é destinada a exportação (SAMAC, 2012;
ABM, 2012), o que mostra a necessidade de impulsionar esta cadeia produtiva no país.
Segundo a Associação Brasileira de Noz Macadâmia - ABM (2012), a macadâmia é
recomendada pelos nutricionistas devido à presença de ácidos graxos na noz, que retardam o
envelhecimento e protegem o sistema cardiovascular. Com isso, percebe-se a oportunidade de
desenvolver um novo chocolate a base de extratos vegetais utilizando a macadâmia.
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3. Metodologia
Este trabalho, em que foi realizado o teste do conceito de um novo produto de chocolate à
base de macadâmia, se caracteriza por ser uma pesquisa descritiva com abordagem
quantitativa e natureza aplicada. Como procedimento técnico, este trabalho realizou uma
pesquisa de levantamento ou survey com o auxílio de questionário estruturado utilizando a
escala Likert. A escala Likert requer que os entrevistados indiquem seu grau de concordância
ou discordância com declarações relativas à atitude que está sendo medida. Atribuem-se
valores numéricos às respostas para refletir a força e a direção da reação do entrevistado à
declaração. Esta escala possui a vantagem de simplicidade de construção; o uso de afirmações
que não estão explicitamente ligadas à atitude estudada, permitindo a inclusão de qualquer
item que se verifique, empiricamente, ser coerente com o resultado final; e ainda, a amplitude
de respostas permitidas apresenta informação mais precisa da opinião do respondente em
relação a cada afirmação (MATTAR, 2001).
O questionário aplicado possui perguntas abertas e fechadas, que possibilitavam apenas uma
interpretação, além das instruções que facilitavam o preenchimento do mesmo. O questionário
foi dividido em duas seções, contendo nove perguntas para identificar o perfil do entrevistado
e mais dezesseis perguntas com o intuito de descobrir o interesse do entrevistado sobre o novo
produto. O questionário poderá ser disponibilizado por solicitação aos autores.
Para a aplicação do questionário foi utilizado o aplicativo Google Docs, uma tecnologia da
web. Através deste software foi gerado um link para o questionário, o qual foi compartilhado
em dois grupos de veganos presentes nas redes sociais: um com 3.540 membros e o outro com
1.853 membros. Assim, foram realizadas entrevistas totalmente estruturadas, desenvolvidas a
partir de relação fixa de perguntas, obtendo o total de 153 questionários preenchidos. Após a
aplicação dos questionários os dados foram tabulados com auxílio do Excel e um software de
estatística que utiliza a plataforma do R, o Action.
4. Apresentação e discussão dos resultados
4.1. Perfil dos consumidores
Dos 153 questionários respondidos, 86% foram respondidos por mulheres e 14% por homens.
A faixa etária dos entrevistados é de 16 a 67 anos, sendo a idade média dos entrevistados de
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29 anos. A maior parte dos entrevistados é composta por solteiros (67%), apenas 23% são
casados e 7% são divorciados.
A predominância é por pessoas que moram com mais uma pessoa (33%) e com mais duas
pessoas (25%), conforme a Figura 2. Esta amostra se diferencia um pouco da população
brasileira, pois segundo BDE (2011), o número médio de pessoas por família residente em
domicílio particular no Brasil é de três pessoas por domicilio.
Figura 2 – Quantidade de pessoas por residência
1
32%
3
20%
4
10%
2
25%
5
9%
6
3%7
1%
Fonte: Elaborado pelos autores
Os entrevistados também foram classificados de acordo com a classe social. Para esta
classificação foi utilizado o critério de Classificação Econômica Brasil da Associação
Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Este critério define oito classes sociais: A1, A2,
B1, B2, C1, C2, D e E onde a renda média familiar é de R$ 12.926, R$ 8.418, R$ 4.418, R$
2.565, R$ 1.541, R$ 1.024, R$ 714, R$ 477 respectivamente.
Pela Figura 3, verifica-se que os participantes desta pesquisa com veganos pertencem a
classes econômicas mais elevadas, predominantemente classes B e A, ou seja, consumidores
com uma renda média familiar mais elevada em relação à média e, possivelmente, com maior
predisposição ao consumo de produtos diferenciados. Esta amostra se diferencia da população
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brasileira, uma vez que a classe D é mais representativa na população brasileira (COSTA,
2012).
Quanto ao grau de instrução, apenas 3% dos entrevistados possuem apenas 1º grau completo,
35% possuem 2º grau completo e a maioria, 62%, possuem ensino superior completo. Esta
amostra também se diferencia da população brasileira neste aspecto, uma vez que apenas
7,9% da população brasileira possuem ensino superior completo (IBGE, 2010).
Figura 3 – Classe econômica dos entrevistados
B1
28%
B2
29%
A2
18%
C1
16%
C2
7%
A2
1%D
1%
Fonte: Elaborado pelos autores
Mais da metade dos entrevistados (52%) são profissionais liberais, professores ou técnicos do
nível superior e os estudantes representam 30% dos envolvidos na pesquisa. Em seguida, as
profissões mais representativas são as profissões relacionadas ao comércio, banco e outros
serviços.
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A maior parte (88%) dos entrevistados é composta por moradores das regiões sudeste e sul do
Brasil, correspondendo a 66% e 22% da amostragem respectivamente, seguida do Nordeste
(7%), Centro-Oeste (3%), Norte (1%) e, até por pessoas que habitam em outros países (1%).
Do total de participantes, 77% possuem alguma alergia ou intolerância alimentar a algum tipo
de alimento. Apesar de não possuir alergia, 6% dos entrevistados possuem um ente familiar
com este problema. Das alergias ou intolerâncias citadas, as mais comuns são à lactose,
camarão e glúten.
Quanto à realização de atividades físicas, o que pode se relacionar com a preocupação com a
saúde e indicar a propensão de consumo de alimentos com algum benefício nutricional,
verifica-se pela Figura 4 que 37% dos respondentes praticam atividades físicas às vezes. No
entanto, verifica-se que 53% dos entrevistados realizam atividades físicas pelo menos uma
vez por semana.
Figura 4 - Frequência de realização de atividades físicas
5%10%
20%
28%
37% 1 VEZ POR SEMANA
NUNCA
DIARIAMENTE
2 A 3 VEZES POR SEMANA
ÁS VEZES
Fonte: Elaborado pelos autores
Sobre a macadâmia, 81% dos entrevistados conhecem esta noz, mas apenas 25% tem
conhecimento de seus benefícios nutricionais. Este número diminui quando são questionados
quanto ao conhecimento de que o consumo de macadâmia ajuda a retardar o envelhecimento e
protege o sistema vascular, apenas 22% dos entrevistados afirmam ter ciência desta relação.
4.2. Análise do consumo de chocolates
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Do total de consumidores veganos pesquisados, 97% afirmam consumir chocolate. Os tipos
de chocolates que apresentam o maior consumo são os chocolates meio amargo e amargo. Já
os chocolates com recheio e os com frutas foram os menos mencionados. Para a frequência de
consumo de chocolate, 35% dos entrevistados afirmam consumir chocolate de 2 a 3 vezes por
semana, seguidos por aqueles que consomem raramente (27%) e 22% dos entrevistados que
consomem chocolate 1 vez por semana. A Figura 5 mostra a distribuição e a Figura 6 a
frequência de consumo de chocolate neste grupo.
Figura 5 – Distribuição do consumo de chocolate
20%
21%
15%
14%
10%
8%
6%6%
CHOCOLATE MEIO AMARGO
CHOCOLATE AMARGO
CHOCOLATE COM CASTANHA/NOZES
OUTRO
CHOCOLATE AO LEITE
CHOCOLATE BRANCO
CHOCOLATE COM FRUTAS
CHOCOLATE COM RECHEIO
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 6 – Frequência do consumo de chocolate
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12
3%13%
22%
27%
35% NUNCA
DIARIAMENTE
1 VEZ POR SEMANA
RARAMENTE
2 A 3 VEZES POR SEMANA
Fonte: Elaborado pelos autores
Para análise do consumo de chocolate foram consideradas cinco afirmações de interesse dos
pesquisadores. São elas:
Afirmação 1 – “Você come chocolate principalmente porque gosta (sensação de prazer) e os
benefícios nutricionais (fazer bem) são uma consequência deste consumo”.
Afirmação 2 - “Sempre como o mesmo chocolate, compro e experimento outros sabores e
marcas somente quando o meu favorito (aquele que mais gosto) não está disponível”.
Afirmação 3 - “O preço influencia na compra do chocolate: se o preço estiver alto não compro
este produto”.
Afirmação 4 - “Assim como os chocolates diet (sem açúcar) e light (teor reduzido de
calorias), um chocolate sem lactose com extrato de macadâmia no lugar do leite, possui
benefícios nutricionais que compensam a diferença de preços em relação aos chocolates
comuns”.
Afirmação 5 - “Se hoje eu encontrasse no supermercado este chocolate com extrato de
macadâmia no lugar do leite, provavelmente eu iria comprá-lo para experimentar”.
Os entrevistados expressaram sua opinião sobre as cinco afirmações segundo uma escala
Likert: discordo totalmente, discordo, indiferente, concordo e concordo totalmente. Para a
análise desses dados, cada uma dessas alternativas recebeu um valor: -2, -1, 0, 1 e 2
respectivamente e a média das respostas encontram-se na Figura 7.
Figura 7 – Concordância com as afirmações avaliadas na pesquisa
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Afirmação Média Resultados
1 0,86 Os entrevistados concordam que consomem pela sensação de prazer e os
benefícios nutricionais são uma consequência deste consumo.
2 - 0,43
Os entrevistados apresentaram-se indiferentes, não concordando e nem
discordando sobre consumir sempre o mesmo chocolate, experimentando outros
quando o seu predileto não se encontra disponível.
3 0,37 Os entrevistados apresentaram-se indiferentes, não concordando e nem
discordando se o preço é um fator que influencia na compra de chocolate.
4 1,08
Os entrevistados concordam que assim como os chocolates diet e light, um
chocolate sem lactose com extrato de macadâmia possui benefícios nutricionais
que compensam a diferença de preço em relação aos chocolates comuns.
5 1,70 Os entrevistados concordam totalmente em experimentar um chocolate com
extrato de macadâmia caso o encontre no supermercado.
Fonte: Elaborado pelos autores
De forma geral, verifica-se que os consumidores veganos de chocolate o consomem por
prazer, possuem disposição para experimentar marcas diferentes, o que denota que não há
uma grande fidelização por parte dos consumidores deste produto. O preço não é o fator mais
importante na compra, até porque, os veganos participantes desta pesquisa pertencem a
classes econômicas mais elevadas. Além disso, os consumidores percebem o valor agregado
de um chocolate com benefícios adicionais, tais como os oferecidos pela macadâmia. Por fim,
percebe-se que há uma boa aceitação dos consumidores em experimentar um novo chocolate
adicionado de extrato de macadâmia.
4.3. Análise estatística
Para verificar a relação entre as variáveis da pesquisa, utilizou-se o Teste de Homogeneidade.
Utilizou-se este teste para verificar a relação das cinco afirmações apresentadas na seção
anterior com características pessoais dos entrevistados, como por exemplo, a escolaridade,
faixa etária, classe econômica dos entrevistados. Quando esta relação foi estatisticamente
comprovada, foi realizado o teste Qui-quadrado, para comparar proporções em diferentes
populações. Os testes foram realizados por meio do software estatístico Action, tendo sido
considerado um nível de 5% de significância (α = 5%) e os valores obtidos foram comparados
com o valor de X²α.
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Para a realização desses testes, as respostas ‘indiferente’ foram desconsideradas. Os
respondentes que realizam atividade física foram classificados segundo este critério: sim, para
as pessoas que realizam atividades físicas pelo menos uma vez na semana; e não, para as
pessoas que realizam atividades físicas às vezes ou nunca. Além disso, a classe D foi
desconsiderada dos testes, uma vez que apenas um entrevistado pertence a esta classe. O
resultado do teste de homogeneidade está sintetizado na Figura 8.
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Figura 8 – Resultados dos testes das variáveis
Teste das variáveis Resultado Conclusão
Afirmação 1 x
Faixa etária Ho aceita
Não existe diferença significativa entre a faixa etária com o fato de
consumir chocolate principalmente pela sensação de prazer
desconsiderando os benefícios nutricionais.
Afirmação 1 x
Escolaridade Ho aceita
Não existe diferença significativa entre a escolaridade com o fato
de consumir chocolate principalmente pela sensação de prazer
desconsiderando os benefícios nutricionais.
Afirmação 1 x
Atividade física Ho aceita
Não existe diferença significativa entre o fato de realizar atividade
física com o fato de consumir chocolate principalmente pela
sensação de prazer desconsiderando os benefícios nutricionais.
Afirmação 2 x
Faixa etária
Ho
rejeitada
Existe diferença significativa entre a faixa etária e o fato de
consumir sempre o mesmo chocolate.
Afirmação 2 x
Escolaridade Ho aceita
Não existe diferença significativa entre a escolaridade com o fato
de consumir sempre o mesmo chocolate.
Afirmação 3 x
Classe Ho aceita
Não existe diferença significativa entre a faixa etária com e a
influência do preço na compra de chocolate.
Afirmação 4 x
Intolerância e/ou
alergia alimentar
Ho aceita
Não existe diferença significativa entre o fato de possuir alergia ou
intolerância alimentar com o fato de concordarem com a diferença
de preço entre os chocolates comum e um chocolate sem lactose.
Afirmação 4 x
Atividade física Ho aceita
Não existe diferença significativa entre realizar atividade física
com o fato de concordarem com a diferença de preço entre os
chocolates comum e um chocolate sem lactose.
Afirmação 4 x
Classe Ho aceita
Não existe diferença significativa entre a classe com o fato de
concordarem com a diferença de preço entre os chocolates comum
e um chocolate sem lactose.
Afirmação 5 x
Faixa etária Ho aceita
Não existe diferença significativa entre o fato de possuir alergia ou
intolerância alimentar com o fato de concordarem com a diferença
de preço entre os chocolates comum e um chocolate sem lactose.
Afirmação 5 x
Estado Civil Ho aceita
Não existe diferença significativa entre o estado civil e fato de
concordarem com a diferença de preço entre os chocolates comum
e um chocolate sem lactose.
Afirmação 5 x
Atividade física Ho aceita
Não existe diferença significativa entre o fato de realizar atividade
física e o de concordarem com a diferença de preço entre os
chocolates comum e um chocolate sem lactose.
Fonte: Elaborado pelos autores
Como pode ser visto na Figura 8, existe diferença significativa entre a faixa etária e o fato de
sempre consumir o mesmo chocolate. No sentido de verificar qual a faixa etária que mais
concorda ou discorda da afirmação apresentada, foi realizado o teste do Qui-quadrado, em que
os entrevistados foram divididos em cinco faixas estarias: 16-25, 26-35, 36-45, 46-55 e acima
de 55. Verificou-se que pessoas com idade acima de 55 anos apresentaram maior aversão a
experimentar novos chocolates e/ou outras marcas, ao nível de 5% de significância. Desta
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forma, verifica-se que com o avançar da idade, as pessoas ficam mais resistentes a mudanças
de hábitos de consumo de chocolate, já que na faixa de 46 a 55 anos, o percentual de
concordância com a afirmação foi menor, mas não estatisticamente distinto. Para as demais
relações, não houve diferença estatística, ou seja, não existe diferença significativa entre as
características pessoais dos consumidores em relação às demais afirmações.
5. Considerações Finais
Com base nos dados do teste de conceito e em informações obtidas através da revisão de
literatura, foi possível definir o comportamento do mercado-alvo, identificando as
oportunidades para inserção deste novo produto no mercado.
Verifica-se que o produto testado possui uma boa aceitação para o nicho de mercado
escolhido, o de consumidores veganos. As empresas/pesquisadores devem direcionar este
produto para pessoas de classe econômica mais elevada, jovens e adultos até 55 anos. Este
produto pode explorar o apelo dos benefícios nutricionais, pois houve uma aceitação pelos
possíveis consumidores. No entanto, deve-se investir em campanhas de divulgação, visto que
são poucos os consumidores com conhecimento dos benefícios nutricionais da macadâmia.
Vale ressaltar que não foi encontrado na literatura algum estudo que apontasse a quantidade
de veganos no Brasil e, por isso, não foi possível calcular a porcentagem de erro da amostra
obtida. A partir dos resultados obtidos nesta pesquisa, é sugerida a realização das próximas
etapas do PDP, como por exemplo, a pesquisa de mercado para determinar o tamanho do
mercado-alvo, o posicionamento do produto, a caracterização de concorrentes e dos
fornecedores de insumos. O Espírito Santo é o segundo maior estado produtor de macadâmia,
assim sugere-se também um estudo sobre a influência do apelo regional na comercialização
deste novo produto em regiões produtoras de macadâmia.
Este estudo, de base científica e tecnológica, irá contribuir no atendimento da demanda atual
de produtos diferenciados por meio da agregação de valor a um produto regional de forma a
apresentar viabilidade mercadológica.
6. Referências
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