Terra Boa Agronegócios - Ed 13 Mai/Jun 2014 - 25 anos da Girolando

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Consultoria Os lucros e prejuízos causados pela seca Cafeicultura Leilões Girolando o sucesso da seleção genética Shoppingen, nova forma de comercialização Os novos recordes do Senepol 25 anos ano 3 | edição 13 | Maio /Junho 2014 agronegócios

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Amigos, mais uma edição da revista Terra Boa Agronegócios está disponível para a leitura. Muitas comemorações marcam a nossa publicação como a grande festa pelos 80 anos da ExpoZebu, os 25 anos da Girolando e os grandes eventos do período como a Agrishow e o 24º Congresso Nacional da ABQM. Destacamos também o bom momento vivido pela raça Sindi e vários artigos de profissionais preparados especialmente para os leitores da Terra Boa. A partir desta edição iniciamos o nosso ano 03, uma grande conquista para nós. Obrigada pela parceria. Boa leitura!

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ConsultoriaOs lucros e prejuízos causados pela secaCafeiculturaLeilões

Girolandoo sucesso da seleção genética

Shoppingen, nova forma de comercializaçãoOs novos recordes do Senepol

25 anos

ano 3 | edição 13 | Maio /Junho 2014

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Parceiros e Colaboradores

Rúbio Marra - Empresário e Fotógrafo

Ele começou vendendo filmes e câmeras, mas logo comprou a sua primeira câmera e começou a fotografar eventos sociais. Passou para o fotojornalismo,

segmento em que atuou por 8 anos. Na política, atuou em campanhase em assessorias em Brasília. Em 2005, criou o seu próprio estúdio, no centro

de Uberaba/MG e passou a atender empresas entre elas a ABCZ,Girolando, Ma Shou Tão, Duratex, Valmont.

José Maria Matos - Fotógrafo

Trabalha com fotografia há 17 anos. Sempre atuou na área da pecuária, do agronegócio. É na capital do zebu, em Uberaba/MG, que ele mantém

o seu estúdio e registra os muitos e belos animais que circulam por lá.Para ele uma boa fotografia se resume ao fato de estar no lugar certo,

na hora certa. Como profissional da imagem, é colaborador em várias revistas segmentadas do agronegócio.

Daniela Venturini - Fotógrafa

A descoberta da profissão aconteceu depois de passar por três transplantes de córneae recuperar a visão. Ela considera uma graça alcançada poder eternizar momentosem uma fotografia, pois correu o risco de perder a visão. Há 10 anos trabalha como fotógrafa no Estado de São Paulo, registrando provas de team penning e de tambor.Especializou-se em cavalos, após acompanhar algumas provas com o seu irmão.

Zezinho Peres - Agrônomo e Fotógrafo

A fotografia e a agronomia sempre fizeram parte da vida de Zezinho Peres. Natural do Rio de Janeiro, dividiu sua vida entre o Rio e as montanhas de Minas Gerais, quando estudante. A primeira profissão escolhida foi a agronomia.Anos depois, optou pela fotografia e direcionou o seu trabalho para o agronegócio. Hoje fotografa a produção de grãos e a pecuária em todo Brasil.

O olhar e as lentes de nossos parceiros se traduzem em cor, emoção e informação, nas páginas da Revista Terra

Boa Agronegócios. É através dessa arte que nossas páginas encantam e informam os leitores. Assim, mais do que

merecido que, nesta edição, nesta seção, o destaque fique com eles, que registram a beleza da agropecuária, do

agronegócio brasileiro.

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André Silva - Jornalista e Fotógrafo

André Luiz da Silva é paulista de Sorocaba/SP. Podemos dizer que é um profissional de muitos talentos. Fotógrafo, jornalista e engenheiro da computação. Em 1997 foi rendido pela fotografia ao ganhar uma câmera Sony Mavica FD 97. Começou registrando baladas para o site Arrastão Country e dessa experiência seguiu para o universo de animais, especialmente o mundo dos cavalos. Para ele a fotografia é 70% de estudo e 30% de prática.

Fábio Fatori - Publicitário e Fotógrafo

As paixões pela fotografia e pela veterinária sempre o acompanharam.No entanto, sua aptidão para a comunicação o levou também parao segmento da criação e do designer, destacando-se na Central de Inseminação Pecplan e na Publique, agência de comunicação voltada para o agronegócio. Depois dessas experiências, criou a Fato Rural, empresa pela qual comercializa suas fotos e campanhas.

Pitty - Fotógrafo

Josimar Donizete Alexandre é conhecido como Pitty. Natural de Veríssimo/MG,é fotógrafo em Uberaba e atua nesse mercado há 25 anos. Começou

atuando no Parque Fernando Costa produzindo fotos 3 x 4 para credenciais. Destaca o trabalho de Rubens Sales e Maurício Farias, profissionais

que o ensinaram a arte e o ofício. Para ele a fotografia é a eternização do momento, tornando-o história.

Reginaldo Faria - Designer e Fotógrafo

Com 16 anos ele já se aventurava no segmento do design e da fotografia, além disso, as revistas o encantavam. Com tanto envolvimento no segmento, acabou investindo em uma publicação direcionada aos jovens, que circulou

por um ano, em Passos/MG. Conheceu o universo do agronegócio ao integrar a equipe da Revista Terra Boa. A partir desse contato,

começou a fotografar animais e o mundo do agronegócio.

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Leia na Terra Boa

CAPAGirolando raça genuinamente brasileira

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LEILÃOLeilão Santa Luzia

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CONSULTORIAUma nova proposta de comercialização

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CURTASO que acontece

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ARTIGOFuncionário ruim ou mal treinado

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ARTIGOMilho geneticamente modificado

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ARTIGOCafeicultura processamentoe beneficiamento

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ARTIGOLucros e prejuízos da seca de 2014

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PECUÁRIA DE CORTESenepol é destaque

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LEILÃOLeilão Elite Senepol

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LEILÃOLeilão Senepol 3G

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ARTIGOSenepol de responsabilidade

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GENÉTICAA genética e as facilidades de reprodução

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EXPEDIENTE

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EXPEDIENTE

Terra Boa Agronegócios é uma publicaçãobimestral da Editora Doce Marano 3 | edição 13 | maio/junho 2014

Direção executivaBolivar Filho

Conselho editorialBolivar FilhoDenise Bueno

EdiçãoBolivar FilhoDenise Bueno

Projeto gráficoEdição de imagens e DTPMultimarketing Comunicação Dalton Filho / Thiago Ometto [email protected] [email protected]

Jornalista ResponsávelDenise Bueno – DRT/MG 6173 [email protected]

RedaçãoDenise BuenoMarcela MuzzetiMônica Cussi

AtendimentoIsis Oliveira

RevisãoRuller Rodrigues [email protected]

FotosReginaldo Faria [email protected]

Impressão3 Pinti Editora e Gráfica

Tiragem10 mil exemplares

A Revista Terra Boa Agronegócios não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos

nos artigos assinados e informes publicitários.

Revista Terra Boa AgronegóciosAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866

Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252

www.facebook.com/terraboa.agrowww.issuu.com/terraboa

Publicidade: [email protected]

Envie a sua história ou curiosidade relacionadaao campo para a Terra Boa Agronegócios!

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Leitores da TB

O mês de maio foi marcado por exposições e muitos leilões. Durante esses momentos, a equipe da Revista Terra Boa Agronegócios tem a oportunidade de divulgar o seu trabalho para novos leitores. Entre um flash e outro, encontrou com criadores já consagrados da raça Nelore, como o cantor Zé Di Carmargo, do Nelore é o Amor, durante o leilão Noite dos Campeões, na Expozebu.

No leilão Estrelas do Senepol 3G, realizado em Barretos, o encontro foi com o também cantor e criador da raça Senepol, Almir Sater, já entrevistado pela revista. No mesmo leilão, o novo criador de Senepol, o escritor Augusto Cury também recebeu um exemplar da Terra Boa Agronegócios.

Na festa de abertura da Expozebu, no Parque Fernando Costa, o nosso encontro foi com o Sr. Paulo Lemgruber, nosso entrevistado da última edição, e sua filha Claudia, também criadora.

Em Ibiritiba Mirim, durante prova de marcha, o criador José Carlos Teixeira, Jotta, e sua filha Kaliza, que também é cavaleira.

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Ao leitor

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A pecuária nacional está em foco nesta edição da Revista Terra Boa Agronegócios, nas suas mais varia-

das formas. A começar pela grande festa do Zebu, realizada pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores

de Zebu), que comemorou seus bem vividos 80 anos de exposição em grande evento, reunindo zebuzeiros

de todo País.

A festa foi também especial para a equipe da Terra Boa Agronegócios, que, juntamente com toda a ca-

deia que apoia o fomento do crescimento das raças zebuínas, foi homenageada na festa de abertura. Esse é

um grande momento e só temos a agradecer a ABCZ pelo reconhecimento do nosso trabalho.

Para retratar os muitos momentos da Exposição, criamos um caderno especial sobre a Expozebu, onde

mostramos a nossa leitura da festa, das raças, do mercado internacional, dos leilões. Enfim, os vários elos

da cadeia que se entrelaçam durante a Expozebu. Impossível registrar todos os acontecimentos, mas a Terra

Boa se une as outras mídias para deixar parte desse legado para as futuras gerações.

E continuando nessa missão de registrar os projetos de sucesso do agronegócio brasileiro, trazemos

para esta edição o Projeto Adir e Parceiros, desenvolvido na Fazenda Nova Piratininga, com a assinatura de

Adir Leonel; criador da raça Nelore, juiz de pista da ABCZ, uma grande referência para o setor, que agora doa

seu tempo e experiência para a pecuária extensiva.

Ainda com foco no Zebu, mostramos o crescimento da raça Sindi, que conquista cada vez mais novos

investidores e pecuaristas de todo País e, a partir desta edição, ganha novo espaço em nossa publicação.

Como vivemos um tempo de comemorações, registramos também a grande festa que se aproxima,

desta vez da família Girolando, que comemorará durante a Megaleite, em julho, os 25 anos da Associação

que fomenta a raça genuinamente brasileira. O tempo é de comemorações pelo trabalho dos pecuaristas.

Parabéns a todos vocês.

Grande Abraço e boa leitura!

Bolivar Filho

A Pecuária Brasileira

Você sabia que a Terra Boa tambémpode ser acessada na internet paraleitura virtual? É no endereço abaixo:

http://issuu.com/terraboa

Tenha uma boa leitura!

Nas capas desta edição, rebanho Nelore por Fábio Fatori e montagem com fotos de Girolando

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Girolandouma raça

genuinamente brasileira

A Associação comemora

seu Jubileu de Prata na Megaleite

e mostra a evolução

da pecuária leiteira nacional

25 anos

Capa

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arquivo /Gustavo Ribeiro

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Em julho, o Parque Fernan-do Costa recebe a 11ª Exposição do Agronegócio do Leite, a Megaleite, promovida pela Associação Brasilei-ra dos Criadores de Girolando, e que como o próprio nome já enfatiza, re-úne as raças focadas na alta produção leiteira que movimentam a economia e projetam para o exterior o melhor da genética brasileira. No caso da raça Girolando, o evento é mais que especial, pois a associação comemora o Jubileu de Prata, resgatando o tra-balho de gerações, a fim de fomentar a excelência da raça.

O presidente da Associação Brasi-leira de Criadores de Girolando, Jônadan Hsuan Min Ma, detalhou com exclusivi-dade à Revista Terra Boa Agronegócios, como a raça vem se desenvolvendo ao longo dos 25 anos e quais os principais projetos para a agropecuária de lei-te brasileira, que circulam desde ações específicas de marketing, articulações políticas e exportação. Confira abaixo a entrevista e o bom momento vivido por aqueles que acreditaram nessa raça bra-sileira.

TB - Para comemorar os 25 anos da Associação, a Girolando terá como parceiras várias empre-sas e instituições. Como acontecerá esta festa?

JM - Queremos homenagear to-dos os membros da diretoria e quem fez história, resgatando na solenida-de do dia 15, a importância do passo que foi dado 25 anos atrás. Queremos mostrar que comemoramos 25 anos, construídos com o trabalho de pe-quenos produtores, tiradores de lei-te, apaixonados, que se sacrificaram pela raça. O Ministério da Agricultu-ra aceitou um cruzamento e, hoje, o Girolando é uma raça consolida-da no Brasil e no mundo, com des-taque tanto de produção quanto de qualidade. Vamos fazer na Megaleite muitas alusões, comemorações, lem-branças a esses momentos. Quando se pode fazer 25 anos? Quando uma raça é comparada a uma raça holan-desa que tem mais de 200 anos. Vai ser bom mostrar ao Governo, ao Mi-nistério, à Embrapa, à Epamig e à pró-

pria ABCZ, nossos parceiros, como é importante dar as mãos e trabalhar-mos juntos. Esse trabalho conjunto é que gerou resultado tão rápido, mas tão consistente.

TB - Como será a programação

da Megaleite? JM - A programação é de oito

dias, com intensa agenda entre 15 e 19. Dia 15 será a abertura e de 16 a 19 os julgamentos, não só do Girolando, como também das outras raças: Sin-di, Gir leiteiro, Holandês, Pardo Suíço e Guzerá. Esperamos a participação de 1800 animais, e se somado com os leilões, serão dois mil. Teremos um trabalho muito especial esse ano, a Feira de Animais, voltada para o pe-queno produtor, onde ele vai poder

comprar e vender a preço de merca-do, sem comissão de venda. Será uma negociação como se fosse realiza-da na porteira da fazenda, no curral. Tem apenas a inscrição de R$ 47,50. Estamos organizando caravanas de pequenos produtores, com parcerias da Emater, Sindicatos Rurais, coope-rativas regionais e prefeituras para que possam vir conhecer as tecno-logias e participar da feira. Todos os dias à tarde, de quarta a sexta-feira, teremos palestras com nossa equipe técnica, que abordará assuntos como o programa de melhoramento, ma-nejo de rebanho, sanidade, controle leiteiro. Enfim, informações úteis e práticas para o produtor de leite. Será uma Megaleite comemorativa vol-tada para o pequeno produtor. Des-

Jônadan Ma

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tacaria ainda que, como a ABCZ fez, vamos nos adequar às exigências do Ministério Público, da segurança, do Ministério do Trabalho. A ABCZ dei-xou o caminho pronto para nós e da-remos continuidade.

TB - Qual a responsabilidade da Associação ao reunir as raças leiteiras em evento nacional que mostra o potencial do Brasil em produzir leite de qualidade?

JM - Nossa responsabilidade é mostrar que o Girolando é apenas uma das raças, embora ela detenha quase 80% do leite no Brasil. É o lei-te que temos que trabalhar. Nós te-mos que trazer ao palco a discussão para a comunidade ver onde e como esse leite é produzido, desde o pro-dutor até o supermercado. Ele tem que entender que cada elemento, seja o produtor, laticínio, distribuidor, máquinas e equipamentos, todos são importantes e, por isso, existe a Me-galeite. Ninguém hoje vive isolado, pertencemos a uma corrente de mui-tos elos, se tiver uma parte da corren-te fraca, ela perde sua força. Temos que ser um elo forte do produtor até o consumidor final.

TB - Nesse mês de maio, o se-nhor vivenciou extensa agenda em Brasília em busca de novos recursos para a pecuária leiteira. E tem bus-cado parcerias com o Governo de Minas também. O que vem por aí?

JM - Estivemos em Brasília e Belo Horizonte acertando projetos na área de melhoramento genético, princi-palmente, para desenvolver o reba-nho e a disponibilização de animais melhoradores, sejam fêmeas ou ma-chos. Estamos trabalhando com o Ministério da Agricultura, com a Se-cretaria de Agricultura de Minas Ge-rais e com a Emater, porque quere-mos melhorar o Pró-Genética, com foco forte no leite, não só em cima do macho, mas para as fêmeas leiteiras. Acreditamos que o acesso do produ-tor às feiras tem impacto imediato na produção de leite. No dia 15, vamos renovar o nosso Termo de Coopera-ção Técnica com a Emater, Ima, Go-verno do Estado, para acertar essa nova etapa do Pró-Genética Fêmea. Esse modelo intermediado é focado no pequeno produtor. E outra coisa importante, em Brasília, queremos conquistar nossa inserção em todos os segmentos onde existe debate de

poderes deliberativos sobre o leite. Já temos o assento na CNA, na Comis-são de Pecuária e Leite e já temos, também, uma participação na Comis-são de Leite das Cooperativas. Faltava um assento permanente na Câmara Setorial do Leite e Derivados e esta-mos em vias de ter essa aprovação.

TB - A Girolando tem algum

projeto direcionado aos produtos derivados do leite?

JM - Teremos um projeto duran-te a Megaleite em que mostraremos o trabalho com o queijo. O Girolan-do é um grande produtor de leite, mas também de sólidos, tem mais gordura e proteína do que a maioria das raças leiteiras. Então nosso leite é um excelente produto para produ-zir derivados, é uma alternativa para o pequeno produtor. Queremos mais parcerias para que consigamos for-talecer o leite e a marca Leite Giro-lando, como se fosse um chamativo de marketing para mostrar a qualida-de desse produto. Outro dia, autori-zei uma pequena indústria de quei-jo artesanal a colocar na embalagem de seus produtos os dizeres: “Leite oriundo de gado Girolando”. Dá peso, qualidade e aceitabilidade maior da marca. O Concurso de Queijos está prometido para o ano que vem. Este ano teremos uma Mostra Regional de Queijos.

TB - A comunicação é um dos

elementos fortes da sua gestão. En-tre as ações de comunicação estão os Canais Masters de Comunicação, que integram várias redes de televi-são. Como será o desenvolvimento desse programa?

JM - Criamos um projeto muito interessante, além dos 10 parceiros temos mais três canais masters, for-mados pelas três principais empresas de televisão do agronegócio, o Canal Rural, o SBA e o Terra Viva. São par-ceiros da Girolando para que, não somente eles sejam divulgados nas nossas ações, mas, principalmente, para que a Girolando seja divulgada na programação, por meio de inser-ções e reportagens para fomentar, mo-

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tivar e informar sobre a importância de se criar e se usar touros e vacas Giro-lando na produção de leite. Essa parce-ria vai ocorrer ao longo de 2014 e 2015. Quem ligar a televisão verá uma comu-nicação mais massiva por parte da Gi-rolando. O projeto já está começando. Além dos canais masters, temos dez empresas de nutrição e saúde animal, educação dirigida, biotecnologia, que estão atuando fortemente com o Giro-lando. São parceiros no dia a dia e vão oferecer condições melhores de merca-do para o associado da Girolando. Em contrapartida apostam no marketing da Girolando.

TB - Novas parcerias foram fir-

madas pela Girolando durante a Ex-pozebu. Uma delas com a ASOCEBU para a venda de material genético e animais vivos para a Bolívia. Como se dará esta parceria?

JM - Estamos dando os primeiros passos para consolidar essas parcerias internacionais. A primeira foi a Asocebu e temos outra engatilhada na Repúbli-ca Dominicana e outras em vista para o México, Venezuela e Equador. Estamos dando passo a passo para que realmente o know how do Girolando seja passado para esses países, para que eles possam criar e produzir. E claro, no Brasil, teremos uma demanda pela nossa genética, seja por meio de animais com a liberação da questão sanitária, seja de embriões ou sê-

men. Temos um mercado muito grande esperando pela gente.

TB - Na prática como vai ser? JM – Em agosto nossos técnicos

irão para a Bolívia. Vão dar palestras, levantar a demanda. Em setembro, a diretoria irá analisar em que nível essa demanda pode ser estruturada para formação de um Termo de Coopera-ção Técnica, que seria a terceira etapa. Teremos, a partir desta fase, etapas de trabalhos específicos como a viabili-dade de ter um escritório internacio-nal, para ajudar o país a se desenvolver. E, é claro, isso será custeado pelo país anfitrião, porque nós estamos passan-do uma tecnologia e, em contraparti-da, eles irão pagar os custos e royalties para nós. Depois, é claro que estarão desenvolvendo o Girolando nesses pa-íses para atender a demanda reprimida que enfrentam e para produzir mais te-rão que adquirir material genético do Brasil. É um trabalho que tem que ser construído passo a passo. E faremos as-sim com os demais países.

TB - Os criadores brasileiros es-

tão preparados para a exportação de material genético e de animais?

JM - É claro que o Brasil hoje tem uma demanda interna muito grande. E é claro que vamos mostrar que o Brasil tem condições de suprir. Genética não é um produto de indústria, leva um tempo

para ser concretizada, mas com certeza o Brasil, pela sua dimensão territorial e o tamanho da raça Girolando no país, vai conseguir suprir sim!

TB - A raça Girolando é comer-cializada para quais países?

O sêmen, principalmente, é expor-tado para alguns países. Alguns rece-bem animais, como a Venezuela e a Bo-lívia, onde já existe Girolando. Somente esse ano, serão embarcados 20 mil ani-mais para a Bolívia. Há países em que os protocolos ainda não foram libera-dos, mas estão começando a liberar. Te-mos um grande mercado emergente se abrindo para a África, Angola, Moçambi-que, com a Agro Export. A Girolando não vai exportar, não é função dela. O que a Associação está fazendo é fomentar e desenvolver condições para promover estratégias mercadológicas para abrir mercado.

TB - O que mais dificulta as ex-

portações de material genético e de animais?

JM - Primeiro a barreira sanitária e segundo as condições da nossa Associa-ção, que tem uma equipe enxuta. Temos que estruturar agora para dar um passo internacional. Há uma demanda grande para o trabalho no País. Vivenciamos um período de crescimento e temos que es-truturar a casa para que possamos real-mente estar em outros países.

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TB- Quais outros países se inte-ressam pela raça?

JM - Estados Unidos e Canadá têm interesse e já estão usando Gi-rolando registrado. Para a Inglater-ra e Europa, estamos em prospecção. Acredito muito fortemente na Améri-ca do Sul, América do Norte e Sudeste Asiático. A produção de leite no país ainda está sendo insuficiente para ex-portar. Temos muito para crescer in-terna e externamente.

TB - O que é importante destacar nesse momento em que a Associação comemora seus 25 anos?

JM - Vinte e cinco anos de uma histo-ria construída de geração para geração, de diretoria para diretoria, equipe após equipe. Uma raça que vem crescendo exponencial-mente em nível de aceitação e de solidez do Programa de Melhoramento Genético. É um programa sólido de alta confiabilida-de, principalmente porque é amparado por um trabalho de pesquisa muito forte, com

Epamig, Embrapa, Ministério da Agricultu-ra e instituições de pesquisa, responsáveis por oferecer toda base tecnológica. Nos 25 anos, vemos como a raça se desenvolveu e evoluiu em aumento de produção, lacta-ção, teor de sólidos, conformação animal e longevidade, todas as características desejá-veis para animais de leite, no mesmo nível de animais especializados. Falo especiali-zado, porque Girolando é um cruzamento, mas está com uma condição idêntica a um animal especializado em leite.

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foto ZZn Peres

A raça está presente na América do Sul e América do Norte.Para o continente africano, as negociações possibilitarão a exportação para a África, Angola e Moçambique

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A força da raça Girolando no Leilão Santa Luzia

Leilã

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Toda a qualidade da raça Girolando foi colocada à venda em dois dias do tradicional evento, que registrou o melhor remate da raça em 2014, entre os leilões realizados de janeiro a abril. O Gru-po Cabo Verde celebra 100% de vendas e recorde de faturamento.

Neste ano, os leilões da Fazenda Santa Luzia, marcados pela qualidade dos animais ofertados, conseguiram ser ainda melhores e surpreender a todos os participantes. O Noite de Gala, que teve liquidez total, regis-trou faturamento de R$ 890.405,00 e média geral de R$ 24.065,00. Para o coordenador de leilões da Embral, Agnaldo Lellis, este evento é o marco do ano para os pecuaris-tas. “Tudo o que é feito aqui, os acasalamen-tos, os touros usados, é um espelho para todo Brasil. Os compradores ganham anos

de trabalho ao adquirirem animais com 30 e 40 anos de seleção genética”, ressaltou.

O destaque foi a comercialização de 50% das cotas de Opinante Eshof Santa Luzia, doadora Girolando ½ sangue, ven-dida por parcelas de R$ 4.300,00, para o empresário Márcio Francisco Lopes da Silva, proprietário da ITA Alimentos, de Itabirito/MG, que inicia projeto na sua área de atuação em busca de maior qua-lidade e quantidade de leite.

Maurício Silveira Coelho, diretor da Fazenda Santa Luzia, destaca a impor-tância dessa parceria. “É o início de um trabalho promissor, no qual nos senti-mos honrados em poder fornecer ge-nética para uma grande indústria ali-mentícia. Por outro lado, a ITA Alimentos poderá difundir esse material entre os

O 4º Leilão Noite de Gala e o 13º Anual Girolando Santa Luzia,

do Grupo Cabo Verde, realizados no final de semana de 25 e 27 de abril,

reuniu pecuaristas de todo Brasil in loco, na Fazenda, em Passos/MG;

e a distância, pela transmissão do canal Terra Viva.

seus parceiros, melhorando a qualidade e quantidade de leite recebido.”

Segundo Tatiane Tetzner, Gerente de Produto na CRV Lagoa, a genética consa-grada da Fazenda Santa Luzia contribui com toda a pecuária nacional. “A disseminação acontece através das matrizes (oócitos) e dos touros (sêmen). Esta é a genética do fu-turo. Não só para o Brasil, mas para o mun-do”, afirmou.

Durante o Leilão Anual Girolando San-ta Luzia foram ofertados 240 fêmeas, sen-do que mais de 70% das novilhas estavam prenhes de embriões que, segundo Maurí-cio, “representam uma geração à frente das mães no melhoramento genético”.

As 240 fêmeas foram comercializadas pela média geral de R$ 9.050,00, gerando um faturamento de mais de R$2,1 milhões.

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Galeria Leilão Santa Luzia

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Embral leilões, 33 anos dedicados ao leite

Aconteceu

Dia 5 – 3º Leilão Braço do Norte. Durante a Feagro, ofertou 60 animais en-tre bezerras, novilhas, vacas e prenhezes 100% Jersey PO.

Dia 6 – 4° Leilão do Núcleo dos Cria-dores de Carmo de Minas, capital nacional do Girolando, ofertou 50 lotes altamente selecionados.

Dia 7 – 5º Leilão Anual “O Rio do Lei-

te e Convidados Especiais”, Capetinga/MG, vendeu 180 fêmeas, sendo 150 Girolando livro fechado, 20 Gir Leiteiro e 10 Holande-sas. A Assessoria do evento foi de Boi/Be-efMilk. Durante o leilão foi comercializada prenhez de macho da Candeia Wildman F. Congonhas, atual recordista mundial de produção - Fêmea Jovem - Girolando 1/2 sangue, a mais valorizada da história da raça Girolando. A prenhez teve 33% de suas cotas comercializadas para a ABS PE-

Na primeira quinzena de junho, cinco leilões proporcionaram condições de investir na pecuária leiteira

CPLAN por parcelas de R$1.100,00, sendo o valor total da prenhez de R$99.000,00. A matriz proporcionou outro recorde do lei-lão pela comercialização de 50% de suas cotas no valor de R$ 138.000,00

Dia 8 – Leilão Virtual Especial Gado Jovem. Ponto do Leite Embral ofertou 100 novilhas amojando de sêmen convencio-nal e sexado e 20 vacas recém-paridas, 3/4 e 7/8 HPB e Girolando.

Dia 9 – Leilão Virtual Minas de Leite ofertou 50 lotes entre vacas, novilhas pre-nhas e bezerras.

Dia 14/6 – Leilão Virtual Anual de Gi-rolando Fazenda Santa Tereza, de Tapira/MG, promovido por Anna Maria Borges,

Cunha Campos e convidada especial Ana Cristina Magalhães. Foram vendidas 250 fêmeas Girolando e Gir Leiteiro sendo: 100 novilhas 1/2 sangue e 5/8 livro fechado, prenhas, 80 bezerras ½ sangue e 5/8 livro fechado de 10 a 14 meses, 20 vacas ½ san-gue e 5/8 de 1ª cria, 30 vacas Gir Leiteiro e 20 bezerras e novilhas Gir Leiteiro. Reba-nho formado por mais de 700 cabeças com 30 anos de rigorosa seleção com controle leiteiro e 100% de inseminação artificial.

Dia 15/6 – 1º Leilão Anual Fazenda São Bento da Extrema, em Goiás, ofertou 200 fêmeas Holandesas registradas de alta produtividade.

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Uma das atrações mais esperadas da Megaleite será, sem dúvida, o Lei-lão Divas do Girolando, que está em sua 3ª edição e acontece no dia 17 de julho, quinta-feira, às 20 horas. As joias da pecuária leiteira nacional estarão des-filando no tartesall de Uberaba, com transmissão ao vivo pelo canal Terravi-va. Este é mais um evento de sucesso que marca o Jubileu de Prata da Asso-ciação Brasileira dos Criadores de Gi-rolando, que, em 2014, completa 25 anos, e aumenta ainda mais a respon-sabilidade das promotoras para o even-to desse ano.

Prepare-se que as Divas estão chegando!

Ponto do Leite é na Embral

Inovando sempre, a Embral Leilões criou o Ponto do Leite, o encontro dos grandes negócios vir-tuais da pecuária de leite brasileira. Com transmis-sões exclusivas pelo canal Terraviva, nos horários de 10 às 14 horas, este espaço proporciona segurança, conforto e alta liquidez para seus negócios. Venha para o Ponto do Leite Embral. Consulte nosso catálo-go de serviços e faça sua reserva já (11) 3864-5533.

EAPIC e Marajoara

Duas ótimas oportunidades para você com-prar bem e com lucratividade. Dia 3/7, no Recinto de Exposição São João da Boa Vista, acontece o Leilão Eapic 2014 Girolando com oferta de 45 lotes Girolan-do - Livro Fechado e transmissão ao vivo pelo Agro-canal, a partir das 19 horas. Outro show de ofertas está marcado para o dia 19/7, em Lorena/SP no 4º Leilão Marajoara que disponibiliza para o mercado 200 fêmeas das raças Girolando, Holandesa, Jersey e Jersolando. Transmissão: Novo Canal, 14 horas.

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Uma novaCo

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Esta proposta de comer-cialização é da Shoppingen, empresa criada há quatro meses por três expe-rientes profissionais da pecuária lei-teira: o zootecnista Celso Menezes e os veterinários, Luiz Ronaldo de Paula e Davi Oliveira, proprietários da Beef Milk Brasil, Leite Gir e Boi Assessoria, onde trabalham com consultoria e assessoria em leilões das raças Gir e Girolando. As experiências adquiridas em vários estados do País os levaram a um novo nicho de comercialização.

“A Shoppingen surgiu de uma ne-cessidade do mercado, observada em nossas atividades de campo. Há um grande volume de animais a ser colo-cado no mercado e somente os leilões

não absorvem essa demanda”, explicou Celso Menezes. Para atender esse mer-cado em crescimento, que busca ani-mais de qualidade, eles irão até o pro-dutor. Seja através da tecnologia com o site www.shoppingen.com.br, que es-tará no ar a partir do mês de junho, ou presencialmente em shoppings de ani-mais, que serão realizados juntamente com feiras e exposições em várias regi-ões do País.

Celso enfatiza que a proposta é somar esforços em uma modalidade alternativa de comercialização, se-gura, facilitadora e com custos mais reduzidos. “Nós não queremos com-petir com os leilões, eles continuam em crescimento. Não há competição.

Oferecemos apenas uma nova mo-dalidade de comercialização para os produtores”, ressaltou. Embora foca-dos na pecuária leiteira, a Shoppin-gen terá espaço para outros segmen-tos como a pecuária de corte, material genético e outros animais.

Venda permanente Além de manter uma venda perma-

nente de animais através do site que trará também notícias do setor, a Shoppingen viajará para outras regiões do País promo-vendo e organizando a venda de animais. A proposta é estar cada vez mais perto dos produtores, em sua área de atuação, disponibilizando animais e material gené-

A venda permanente de animais e material genético, as taxas

reduzidas e a proximidade com o produtor podem revolucionar o

mercado em um novo modelo de comercialização. A modalidade

vem ao encontro de um novo momento da pecuária, em que cresce

a oferta de animais, conforme dados de consultores.

proposta decomercialização

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tico de qualidade em promoções conjun-tas com feiras e exposições, como ocorreu no mês de maio, durante a Expozebu, no primeiro evento da empresa. O próximo shopping já está programado para o perí-odo da Megaleite, que acontece em julho.

A disseminação de genética de qualidade que impactará a produção leiteira com a melhoria do rebanho e, consequentemente, a produtividade dos animais é a grande missão dos só-cios. A empresa busca também apoio junto aos agentes financeiros para fa-cilitar a aquisição dos animais, o que beneficiará pequenos e médios pro-dutores.

A Shoppingen terá como gerente Diego Idaló, técnico com grande expe-riência no mercado da pecuária.

Inovação

O primeiro evento da Shoppingen em parceria com as Fazendas do Basa foi um sucesso. Realizado durante a Expoze-bu, na Leilopec, em Uberaba/MG, os pri-meiros cinco dias do evento registraram a venda de 50% dos animais. “Organizamos esse primeiro evento sem muita divulga-ção para criarmos um conceito. As Fazen-das do Basa e seus parceiros foram tam-bém nossos parceiros nesse projeto, pois já tinham animais preparados tanto para o shopping como para o leilão realizado”, disse Celso. O Leilão Melhor que a Enco-menda, promovido durante o Shopping, atraiu compradores do Brasil e do exterior.

Na análise de Davi Oliveira, o Boi, o evento, mesmo sendo o primeiro da

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empresa, foi um sucesso com grande aceitação tanto por parte dos vende-dores, como por parte dos comprado-res. “Os 250 animais selecionados para o shopping foram comercializados por bons preços. No leilão tivemos uma li-quidez alta. Somados a estes resultados, os contatos efetuados após o evento nos mostram o interesse de ambas as partes, compradores e vendedores”, res-saltou Davi.

A proposta comercial do Shopping manteve preço fixo para os animais, con-forme avaliação genética, e taxas me-nores, facilitando a aquisição para pe-quenos produtores e democratizando a genética de qualidade de criatórios já consagrados que disponibilizaram ani-mais de alta produção.

da esquerda para a direita Davi Oliveira, Luiz Ronaldo Paulae Celso Menezes

foto Gustavo Miguel

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A Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil

(ACGB) tem novo presidente. Adriano Varela Galvão

foi eleito no dia 02 de maio para o biênio 2014/2016.

A Assembleia aconteceu em Uberaba/MG, durante a

Expozebu. Integram a diretoria os criadores: Luiz Gui-

lherme Soares Rodrigues, Paulo Roberto Menicucci,

Camilo Collier Neto, Lincoln Dias Janota Antunes, Ge-

raldo José da Câmara Ferreira de Melo Filho, Antônio

Augusto de Souza Coelho e Marcelo Garcua Lack.

Para o Conselho Fiscal foram eleitos: Ana Cláudia

Mendes Souza, Fellipe Moreira de Paula Gomes, Ro-

berto Neszlinger, Marco Aurélio Grillo de Brito, Marcus

Jacinto Santo de Brito, Rodrigo Diniz de Mello.

O primeiro Turno do Ranking Na-cional Nelore foi encerrado no dia 10 de maio. Promovido pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, tem como objetivo fomentar a raça Nelore e beneficiar os criadores e expositores pelo esforço e trabalho desenvolvido ao longo dos anos. Com início no dia 1º de outubro de 2013, o ranking apre-sentou crescimento, o que mostra que com as mudanças no regulamento, o ano-calendário de 2013/2014 veio com força total para aperfeiçoar os campe-onatos e os animais da raça Nelore. O campeonato contabiliza as pontuações obtidas através das competições de animais e criatórios nas exposições ofi-cializadas pela ACNB.

Os dez primeiros colocados no primeiro turno, nos campeonatos de Melhor Expositor e Melhor Criador, passarão a disputar, no Segundo Turno, a Liga dos Campeões do Ranking Na-cional. Os demais participantes, dispu-tarão no Segundo Turno a Super Copa do Ranking Nacional.

1º Turno do Ranking

Associação dos Criadores de Guzerá

Durante a ExpoZebu, criadores da raça Guzerá se reuniram para lançar a Pedra Fundamental do movimento em prol da raça denominado Amigos do Guzerá. Com o movimento, a raça pas-sa a ter um grupo de criadores com orientação eficiente a respeito do que se deve buscar para a obtenção de um rebanho de qualidade baseado no tripé que orienta a raça Guzerá: precocidade, fertilidade e dupla aptidão.

Amigosdo Guzerá

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O Leilão Virtual Liquidação Sene-pol BFNT, realizado no final de mar-ço, em Uberlândia, deu a largada do calendário oficial de leilões Senepol. Os criadores da raça esperam mais um ano de crescimento na oferta de animais, no volume de animais regis-trados, na entrada de novos sócios na ABCBS e, consequentemente, na pro-dução de carne do país. A média dos machos alcançou R$11,6 mil. Segun-do Gustavo Vieira, titular da marca Tufubarina Senepol, o resultado é re-flexo da necessidade de quem traba-lha com a pecuária de corte trocar de touro para aumentar a produtividade e encurtar o ciclo do boi gordo. O pre-sidente da Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol (ABCB Senepol), Gilmar Goudard, destacou a valorização da raça.

Novos EnfoquesEm sua décima oitava edição,

o curso “Novos Enfoques na Pro-dução e Reprodução de Bovinos” contou com a presença de 1,5 mil participantes entre pecuaristas, médicos-veterinários, estudantes e profissionais do setor. O tradicio-nal encontro reuniu palestrantes nacionais e internacionais no mês de março em Uberlândia/MG, que apresentaram resultados da aplica-ção de técnicas de IATF, imunocas-tração em bovinos de corte, utiliza-ção de BST na fertilidade de vacas de leite em lactação, além de temas correlacionados.

Com foco em promover a edu-cação continuada, o evento apre- sentou as tendências de mercado e permitiu a troca de experiências entre pecuaristas e profissionais do setor.

“O curso é uma ótima oportuni-dade para os pecuaristas brasileiros interagirem e trocarem experiências com profissionais de universidades ao redor do mundo. Além disso, as apresentações dos dados nacionais mostram como os produtores apli-caram técnicas inovadoras em suas fazendas e tiveram sucesso”, afirma Elcio Inhe, diretor da Unidade de Ne-gócios Bovinos Zoetis.

Patrícia Lorenzo, representando a Zoetis, durante evento em Uberlândia. 27

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O competidor brasileiro Frederico Werneck abre as portas do Werneck Ranch, na cidade de Burleson, no Texas, para receber os amantes do laço, treinadores e competidores interessados em treinar a técnica do Laço em Dupla ou Laço de Bezerro, com ele. O curso tem duração de uma semana e o participante escolhe a data do embarque. O pacote dá direito ao curso, trans-lado e hospedagem. O embarque é por conta da Yes Viagens. A agência é parceira na realização do intercâmbio e dá todo o suporte e assessoria na retirada de passaporte e visto caso necessá-rio. Informações (11) 4521-1227

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento (Seapa), em parceria com a Fundação Rural Mi-neira (Ruralminas) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF), criou um grupo de trabalho especial, que vai co-ordenar as ações de regularização fundiária de terras devolutas localizadas no interior de dez Unidades de Conservação do Estado. Terras devolutas são terrenos públicos, ou seja, propriedades públicas que nunca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupa-das. O relatório final vai indicar o plano de trabalho, os instrumentos jurídicos adequados para a regularização e as ações a serem desenvolvidas.

As unidades de Conservação que terão suas áre-as analisadas são o Parque Estadual Serra Nova (Norte de Minas), Parque Estadual Grão Mogol (Norte de Mi-nas), Parque Estadual Biribiri (Jequitinhonha), Parque Estadual Serra Negra (Jequitinhonha), Parque Estadual Caminho das Gerais (Norte de Minas), Parque Estadu-al Montezuma (Norte de Minas), Parque Estadual Ser-ra do Intendente (Jequitinhonha), Parque Estadual Boa Esperança (Sul de Minas), Parque Estadual Mata dos Ausentes (Jequitinhonha), Parque Estadual Monumen-to Natural Serra do Raio e Várzea da Lapa (Central).

Terras devolutas

CURSO DE LAÇO NOS EUA

A fim de incentivar a produção e exportação de grãos do Noroeste mineiro, o Governo de Minas lançou o Programa Pró-Noroeste com a assinatura de termo de cooperação técnica e financeira entre o Governo de Minas, a VLI, holding de logísti-ca que controla a Ferrovia Centro-Atlântica e o Banco do Brasil. O Pró-Noroeste viabilizará o acesso dos produtores ao crédito rural, a ampliação do escoamento da produção e a exportação da safra de grãos do Noroeste, por meio do Terminal Integrador de Pirapora, até o porto de Tubarão, em Vitória/ES.

As Fazendas do Basa e o produtor Aylon David Neves, criador de gado de corte em Cuiabá/MS, firmaram parceria e criaram o Condomínio Basa Pantanal, que tem como foco o aumento da produção leiteira no Estado do Mato Grosso. Apaixonado pela pecuária leiteira, Aylon passa a investir no fomento da produção para suprir uma demanda do seu Es-tado, que compra leite de outras regiões. O projeto prevê o nascimento de 1.000 fêmeas Gir Leiteiro ao longo de um ano. As primeiras crias nascem no mês de junho.

Leite no MS

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Cafeicultura

ACNB elege nova diretoria

A Emater/MG e parceiros: Universidade Federal de Lavras, Seapa e Prefeitura de Passos/MG, realiza-ram no Parque Adolpho Coelho Lemos, em Passos/MG, no dia 09 de abril, mais uma etapa do Circui-to Mineiro de Cafeicultura. O evento reuniu mais de 200 cafeicultores da região para discutir sobre gestão da propriedade cafeeira, novo con-ceito no manejo da produção de café e a comercialização de cafés de qualidade através do cooperativismo. Em desta-que, as causas e consequên-cias das altas tempera-turas registradas em 2014 e as possíveis doenças que as lavouras pode-rão enfrentar.

A Expo Londrina foi palco da 1ª Etapa da Copa PR-SP. Realizada de 03 a 13 de abril reu-niu 44 criadores e 161 animais avaliados por Arnaldo Manuel S. Machado Borges.

Os títulos de Melhor Expositor e Melhor Criador ficaram com Beatriz C. Garcia Cid e Filhos-cond. A Grande Campeã foi KAIANA DOMA de Beatriz C. Garcia Cid e Filho-cond., e o Grande Campeão RBB ILARO FIV de José Pedro de Souza Budib. As próximas etapas da Copa PR-SP serão: Maringá, em maio; Cam-po Mourão, em julho; Ituverava e Bauru, em agosto e Presidente Prudente, em setembro.

A eleição para escolha da nova diretoria da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) aconteceu no dia 20 de maio, no restaurante Varanda Grill, Jardim Paulis-ta, em São Paulo/SP. O criador Pedro Gustavo Novis, apoiado pelos conselheiros e direto-res, foi reeleito por unanimidade para o cargo de presidente. A nova diretoria da entidade é composta por presidente, três vice-presidentes e oito diretores. Três novos diretores as-sumem a associação: André Ribeiro Bartocci, Bento Abreu Sodré de Carvalho Mineiro e Bruno Bello Vicintin. Ainda integram a diretoria: Pedro Gustavo de Britto Novis, José Luiz Niemeyer dos Santos, Maurício Bahia Odebrecht, Frederico Henriques Lima e Silva, Fabio Porto Rodrigues da Cunha, Gabriel Garcia Cid, Leda Jorge de Souza Contar, Renato Diniz Barcellos Correa, Roberto Alves Mendes.

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Artig

o Funcionário ruim ou mal treinado?

Alguns produtores confundem o funcio-nário ruim com o mal treinado. Este último, não re-aliza suas atividades corretamente porque não sabe como fazê-las, e a fiscalização por parte do superior não resolve o problema.

Assim como o produtor, o funcionário possui in-teresse pela fazenda. No entanto, suas necessidades são diferentes, e cabe ao administrador conhecê-las e atendê-las. É necessário que o funcionário tenha um salário compatível com o mercado, uma boa ali-mentação e moradia, segurança financeira e estabi-lidade no emprego, boa socialização com os demais colegas de trabalho, autoconfiança e se realize pro-fissionalmente.

Um funcionário dotado de conhecimento, raciocínio e proatividade colabora com a fazenda. E por que não tratá-lo como um colaborador? É isso que algumas fazen-das têm feito. Os funcionários são os ditos colaboradores do negócio. Isso desperta o sentimento de autoconfian-ça e responsabilidade, atendendo parte de suas necessi-dades.

O administrador da propriedade precisa estar cien-te da heterogeneidade dos seus colaboradores, os quais possuem habilidades e perfis psicológicos distintos, por isso é errado todos os colaboradores receberem o mes-mo tratamento. Um administrador que conhece os seus colaboradores e sabe a melhor maneira de tratar cada um, não é apenas um bom gestor, e sim um bom líder.

Os produtores ou administradores relatam falta de mão de obra

capacitada e comprometida com a atividade na propriedade, mas será

que essa falta existe ou os administradores não estão sabendo envolver

os seus funcionários nas suas respectivas atividades?

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Para alcançar excelentes resultados na proprie-dade, todos os colaboradores precisam de treina-mento constante. Leve-os a cursos, palestras, even-tos rurais e visitas em outras propriedades. Além do treinamento técnico-profissional do colaborador, o produtor pode, por exemplo, promover uma pales-tra na propriedade sobre gestão financeira pessoal, fazendo isso, o produtor mostra-se preocupado com a situação financeira dos seus colaboradores e en-sina-os a administrar seus gastos pessoais, evitando dívidas desnecessárias.

Possuir atividades definidas, ter responsabilida-des, responder somente a um superior, ter acesso aos indicadores relacionados à sua atividade, ter me-tas estabelecidas, ser recompensado quando suas metas são alcançadas, ter bom relacionamento com os demais colegas, participar da elaboração dos pro-tocolos operacionais, possuir a liberdade de expor ideias e ter algum beneficio (plano de saúde, plano odontológico, educação, etc), são fatores que moti-vam e envolvem os colaboradores nas suas ativida-des dentro da propriedade.

Atualmente, poucas fazendas preocupam-se e põem em prática a gestão de pessoas. Tem-se vis-to uma alta rotatividade de pessoas na propriedade, não sendo bom nem para os produtores e nem para os colaboradores.

O produtor que trata a sua fazenda como uma empresa, compreende a importância de implantar um plano de recursos humanos para definir a estru-tura operacional da empresa. O produtor que ainda não enxerga o seu negócio como uma empresa, pro-vavelmente passará por dificuldades no mercado lei-teiro. Lembre-se das seguintes frases: “O seu negócio é tão bom quanto são os seus funcionários” e “Os seus funcionários são tão bons quanto é o seu ge-renciamento”. Por conseguinte, “O seu negócio é tão bom quanto é o seu gerenciamento”.

Débora Silveira SantosMédica Veterinária e pós-graduanda

em MBA Gestão Estratégica de Negó[email protected]

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Plantas de milho geneticamente

modificadasArtig

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O milho Bt é obtido por meio da transformação

genética de plantas de milho com genes

da bactéria Bacillus thuringiensis. Estes genes

são responsáveis pela produção de

proteínas que possuem ação inseticida

sobre alguns tipos de insetos

Os principais benefícios da tecnologia Bt são o con-trole dos principais insetos, pragas, proteção do potencial pro-dutivo da lavoura e maior estabilidade de produção; preserva-ção de organismos não-alvo, redução da quantidade de tipos de inseticida químicos aplicados a cultura do milho. Tudo isso proporciona mais tranquilidade, facilidade e flexibilidade no manejo da lavoura para o agricultor.

Toda tática de controle, incluindo o plantio de lavoura Bt, assim como a aplicação de inseticidas químicos, exerce pressão de seleção sobre as populações de insetos-praga, possibilitan-do o aumento da frequência dos insetos resistentes na popu-lação original, podendo ocasionar a perda da eficácia dessas medidas de controle. Porém, se há duas ou mais proteínas BTs sendo expressas pela planta, existe mais de uma forma de agir contra esses insetos, eventualmente resistentes a um dos me-canismos de ação de uma das proteínas, permitindo retardar a evolução da resistência nas populações de praga alvo da tec-nologia. Dessa forma, as diferentes proteínas inseticidas ex-pressas pela planta Bt piramidado devem ser bioquimicamen-te diferentes, ou seja, cada uma das proteínas expressas pela planta deve atuar em receptores distintos do inseto-praga. Al-gumas plantas Bt apresentam uma estrutura com dois ou mais eventos de resistência a insetos, produzindo, portanto, mais de uma proteína ativa contra insetos-praga. Esses produtos são denominados estaqueados ou piramidados, e constituem uma ferramenta extremamente importante para o Manejo de Resis-tência de Insetos (MRI).

A tecnologia Bt, deve ser considerada mais uma prática no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Quando o uso dessa tec-nologia é acompanhado de boas práticas de manejo, permite

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ao agricultor usufruir, por um longo período, de todos os bene-fícios dessa biotecnologia.

É por isso que a adoção de práticas como Áreas de Refú-gio, Dessecação Antecipada, Controle de Plantas Daninhas e Voluntárias, Tratamento de Sementes, Monitoramento de Pra-gas, uso de Controle Químico quando necessário e Rotação de Culturas é essencial, e nenhuma delas deve ser deixada de lado para se alcançar os melhores resultados.

O Manejo Integrado de Pragas – MIP, é uma ferramen-ta indispensável dentro do sistema de condução das lavouras, associando o ambiente, quantificando as populações de es-pécies que causam danos nas lavouras, e utilizando todas as técnicas e métodos apropriados, conseguimos manter as po-pulações de pragas em níveis abaixo daqueles que ocasionam dano econômico.

O manejo correto é fundamental para que o produtor tenha o resultado desejado com a sua lavoura, entre muitos manejos podemos destacar a dessecação antecipada da plan-ta. As culturas antecessoras, assim como as plantas daninhas e voluntárias presentes no ambiente, funcionam como plantas hospedeiras para as principais pragas que atacam a cultura na fase inicial. A Dessecação Antecipada da cobertura vegetal tem como objetivo disponibilizar palhada seca sobre o solo, facilitar a operação do plantio, promover a proteção ao solo e eliminar o ataque de pragas na cultura implantada. O tratamento de sementes é uma prática que tem como finalidade o controle de pragas subterrâneas e iniciais da cultura, período de grande suscetibilidade às pragas.

As Áreas de Refúgio são práticas eficientes para a preser-vação da eficácia dos produtos derivados de Bt para o contro-

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le de insetos-praga. Consistem em áreas cultivadas com milho não Bt, nas proximidades da lavoura de milho Bt, que servem como fornecedoras de insetos suscetíveis que irão se acasalar com os possíveis insetos resistentes oriundos da área Bt. O re-sultado desse cruzamento serão insetos suscetíveis e, portanto, controlados pela tecnologia Bt. Desta forma, a suscetibilidade poderá ser transmitida para as gerações futuras, garantindo a sustentabilidade da eficácia de controle.

Algumas plantas daninhas podem ser importantes hos-pedeiras para insetos-praga das culturas subsequentes, permi-tindo que uma quantidade significativa de insetos sobreviva nas áreas de cultivo no período de entressafra. Entre as práticas empregadas para o seu controle é preciso não deixar área de pousio; usar a área limpa e utilizar o manejo pós-colheita. O monitoramento de pragas é fundamental, bem como a rota-ção de culturas.

Atualmente, estima-se que mais de 80% da área cultiva-da com milho constitui-se de híbridos transgênicos (Agrolink). Manter a sustentabilidade e eficiência dessa tecnologia é, por-tanto, uma ação crítica à produtividade de milho no Brasil e ao Agronegócio do país.

Nesse sentido, é importante reforçar a adoção de todas as boas práticas agrícolas citadas, garantir a adoção do manejo in-tegrado de pragas, permitindo que essa importante tecnologia mantenha sua durabilidade e eficácia nas lavouras de milho.

Anderson VersariEngenheiro agrônomo da Dow AgroSciences

Fonte de Pesquisa: Plante Refú[email protected]

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ProcessamentoCafeicultura

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tigo

por Patrick Figueiredoapreciador de cafés gourmet

VIA ÚMIDA

Neste sistema, após a colheita e a lim-peza, os grãos vão para o lavador e são se-parados em ‘boia’, e cerejas, e verdes; estes últimos são despolpados em máquinas, assim, sem cascas, o café pode ser levado ao terreiro para a secagem. Desta manei-ra, pode-se obter o café cereja descas-cado ou eliminar a mucilagem, que está aderida ao pergaminho, por fermentação, agentes químicos ou mecanicamente. Este café tem grande aceitação no mer-cado mundial.

Após o desprendimento da muci-lagem, o fruto pode ser lavado e levado ao terreiro para a secagem que deve ser mais cuidadosa, pois o grão já não está em coco. Recomenda-se o uso de tela suspensa no terreiro para evitar o contato do café com o chão, com isso a ventilação é melhor e não há ataque de microrganis-mos. Os cafés ficam mais suaves, com me-nos doçura e corpo, apresentando maior acidez. Assim são processados os cafés colombianos.

VIA SECA

A maior parte da produção bra-sileira utiliza este sistema, no qual o café é colocado em terreiros para secar. Os grãos são espalhados em finas camadas e revolvidos várias vezes ao dia para uma secagem mais rápida e uniforme e, à noite, são juntados e cobertos com lonas para proteção. O ideal é que o terreiro seja de cimento ou asfalto, mas a maioria das fazendas ainda usa o terreiro de ter-ra sem importar com a qualidade da be-bida final na qual o gosto de terra pode ser sentido. A partir do terreiro os grãos vão para os secadores até que a umida-de alcance de 11 a 12 %. Este café é de-nominado em coco (natural) ou em per-gaminho (descascado ou despolpado). Nas fazendas que investem em qualidade, o café passa antes pelo lavador antes de ser deixado no terreiro ou secadores, assim os grãos se separam por densidade e os cafés cereja e verde se separam do ‘café boia’ o que contribui para o controle de qualida-de do café.

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BENEFICIAMENTO

É o processo, após a secagem, no qual se eliminam os grãos defeituosos.

LIMPEZA

Retirada das impurezas leves, torrões, terra e pedras.

DESCASCAMENTO

Nos descascadores a casca é retirada por atrito entre os grãos e eliminada por ventiladores. Há uma peneira circular que separa o já descascado do não descascado, que volta ao descascador.

CLASSIFICAÇÃO

Nos classificadores (máquinas com peneiras e colunas de ventilação) várias pe-neiras separam os cafés em diferentes ta-manhos e as colunas de ar retiram as im-purezas.

ARMAZENAMENTO

Em geral o café é armazenado em sacos de juta. Os lotes devem ser empi-lhados separadamente, segundo origem e qualidade. Os armazéns devem ter pé direito de 6 metros de altura, e as pilhas não devem ultrapassar 4,5 metros. Cada m² de armazém comporta 35 sacos. O armazenamento em tulhas (grandes cai-xas de alvenaria revestida de madeira ou totalmente de madeira) também é utili-zado. Devem ser construídas em locais seco e ventilado para evitar umidade e o fundo deve ser parcial ou totalmente inclinado.

Como regra geral o piso deve ser isolado do chão, o telhado tem que ser perfeito para evitar goteiras, a luminosi-dade direta do sol deve ser evitada e a temperatura de armazenamento deve

ser em torno de 20° C. Uma dica é pre-servar os grãos com pergaminho e bene-ficiá-los dias antes de ser entregues ao exi-gente mercado internacional.

SELEÇÃO

A maneira mais comum para a se-leção dos grãos é separá-los por tama-nho com peneiras. O café chato tem peneira de 19 a 13 cm. O café moca é selecionado em peneiras de 12 a 8 cm. No fundo ficam grãos miúdos, chochos e quebrados. Atualmente existem ca-tadeiras eletrônicas onde os grãos são examinados por células fotoelétricas. Os que não correspondem ao padrão de cor preestabelecido na máquina são rejeitados.

O acompanhamento e aconselha-mento de provadores experientes nas eta-pas de processamento melhoram a quali-dade e a lucratividade do produtor.

Referência:Guia do Barista: da origem do café

ao espresso perfeito; Edgard BressaniSão Paulo: Café Editora, 2011

www.noticiasagricolas.com.br

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O excesso de chuvas em algu-mas regiões brasileiras no final de 2013, do Espirito Santo para o Norte do país, ofus-cou, por algum tempo, a severa estiagem em importantes áreas produtoras de café do sul do Estado de Minas Gerais ao lon-go dos meses de janeiro a março de 2014, exatamente no momento em que o grão de café passa por importante fase em seu ciclo de desenvolvimento.

A normalização dos índices pluvio-métricos interrompeu o que poderia ser uma seca ainda mais grave, mas foi o sufi-ciente para quebrar o potencial rendimen-to da safra brasileira de 2014/15 em vasta

O excesso de chuva em

algumas regiões produtoras e a

seca em outras, são alguns dos

fatores que impactarão a safra

2014/2015 de café. A perda

será definida quando tivermos

a colheita processada em mais

de 30%, o que só acontecerá em

meados de junho.

Lucros e Prejuízosda seca

brasileira de 2014

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área do sul mineiro, quebra que irá se so-mar à perda do Paraná, em consequência da geada ocorrida no ano passado, e da substancial redução natural do volume de produção da Zona da Mata em função do seu particular ciclo bienal.

O conjunto desses impactos reduzirá a produção brasileira de 2014/15 em algo em torno da ordem dez milhões de sacas, perda que só ficará definida quando ti-vermos a colheita processada em mais de 30%, o que só acontecerá em meados de junho.

Temos ainda que destacar que o fe-nômeno climático observado em todo o Brasil, de elevadas temperaturas, com re-gime pluviométrico irregular em todas as regiões cafeeiras, de alguma forma afetou o desenvolvimento dos ramos, compro-metendo o potencial da produção de café da safra de 2015/16, situação que só conhe-ceremos de forma definitiva ao longo dos próximos meses, com desfecho em 80% do seu potencial, quando da principal flo-rada brasileira, por volta de setembro.

Dessa forma, a participação da pro-dução brasileira no conjunto da oferta mundial deverá apresentar substancial re-dução no ano cafeeiro de 2014/15 poden-do se estender para o ano seguinte.

Muitos produtores, particularmente, aqueles que já sabem que vão sofrer de queda de produção, estão desorientados quanto a que comportamento devem ter diante do mercado. A eles, sempre lembro que a quebra de 20% do volume espera-do de produção no Brasil já elevou o pre-ço do café no mercado mundial em mais de 100%.

Diferentemente do manuseio de la-vouras afetadas por geadas, com custos e ciclo de recuperação mais elevada, os pro-dutores que sofreram de perda substancial de produção por força da seca vão se de-frontar com a combinação de quebra de volume e de peneira. A alta participação de café de peneira miúda na produção do Sul de Minas para a safra de 2014/15 já é esperado pelo mercado, o que, por contra-partida, vem gerando um prêmio para ca-fés graúdos.

Resumindo, além de o Brasil perder volume de produção, teremos uma oferta mais que proporcional de cafés miúdos a oferecer ao mercado, perturbando de for-ma significativa a demanda mundial dos últimos dez anos.

Não podemos deixar de destacar nesse quadro, olhando o mercado pela perspectiva do produtor do Sul de Minas, que o Brasil terá uma importante safra de café Conillon, o que deverá deslocar o inte-resse da indústria local para esse produto, quer pelo seu preço relativo,quer pelo seu rendimento industrial.

É importante ressaltar aos nossos produtores de café que a quebra da produ-ção brasileira cria um problema para o ca-feicultor atingido e para a indústria, que irá

Francisco OuriqueEconomista e estruturador de operações

de café e corretagem na XFO [email protected]

repor de alguma forma o abastecimento perdido, seja em volume ou em qualidade.

Para o conjunto dos outros atores, como produtores não atingidos pela que-bra de produção, no Brasil e nas dezenas de outros países produtores, a elevação do preço internacional do café mundial asso-ciada ao deslocamento da demanda da in-dústria por mais volume em substituição à perda brasileira de produção, irá represen-tar um expressivo benefício, em termos de margem econômica líquida como quanto à elevação do faturamento, o que, eviden-temente, representará estímulo a melhores tratos culturais e ao avanço de planos de expansão de produção.

Desta feita, a política brasileira para o café tem que responder rapidamente aos desafios que estão dados, isto é, auxílio aos produtores atingidos, revisão do preço mí-nimo absorvendo a evidente elevação dos custos de produção, alocação de linhas de comercialização de café aos agentes do mercado brasileiro, buscando a consolida-ção dos atuais preços internacionais e a or-ganização do fluxo de vendas ao mercado mundial mediante a alocação de linhas de financiamento para operações correntes e futuras de venda de café, de forma a dar ao produtor uma ferramenta para que ele possa tirar proveito dos preços correntes antecipando a comercialização de café dos próximos três anos-safras.

Considerando que nenhum novo evento climático ocorra no Brasil ou em outro país produtor, o mercado mundial de café deverá ser defrontado daqui a dois anos com potenciais de produção signifi-

a política brasileira para o

café tem que responder

rapidamente aos desafios

cativamente elevados pelo atual estimulo de preço.

Por outro lado, a demanda mundial, que vem se expandido na razão de três mi-lhões de sacas ao ano, será capaz de absor-ver somente parcela da expansão esperada na produção mundial de café.

Além das políticas pontuais elenca-das anteriormente, considerando o am-biente de mercado competitivo que ire-mos enfrentar em alguns anos, a política brasileira para o café deve contemplar um ambiente estruturante para os próximos três anos-safras consolidando o atual pata-mar de preços do mercado com um pro-grama de opções de venda ao governo federal. Para o presente ano-safra essa fer-ramenta seria de fundamental importância para balizar e retirar, se for necessário, cafés de peneira miúda do mercado, cujo efeito será defender uma renda global aos pro-dutores de café atingidos pela seca.

Termos a cotação do café no pata-mar de R$ 500,00 a saca, para um padrão de café que tende a ser escasso, isso nos obriga a formarmos uma política de defesa do produto de padrão inferior no aspecto de peneira, preservando o quesito defei-tos, flexibilizado para o tipo 3/4, e a bebida compatível com a safra.

Nesse cenário, é fundamental a cria-ção de linhas especiais de financiamento para que as indústrias nacionais de café tor-rado e de solúvel sejam estimuladas a ter em seus blends café arábica em padrões compatíveis com a safra de 2014/15.

O Fundo de Defesa da Cafeicultura - (Funcafé) foi criado exatamente para res-ponder a desafios e para a defesa do setor cafeeiro brasileiro. Linhas usuais de finan-ciamento do sistema de crédito privado do Brasil tem porte e dá conta do recado.

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Raça é considerada um investimento que garante o crescimento do plantel com qualidade genética e aumento de produtividade

Senepolé destaque na pecuária

de corte brasileira

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por Gustavo Ribeiro

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De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), a carne bovina brasileira alcançou um faturamento de US$ 2,2 bi-lhões no primeiro quadrimestre de 2014, apresentando um aumento de 10%, se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando foram exportados US$ 1,9 bilhão. O volume de exportação tam-bém cresceu nesse período: aproxima-damente 13,6%, já que anteriormente apresentava a marca de 444 mil tonela-das no ano, crescendo para 504 mil to-neladas em 2014.

O Brasil possui o maior rebanho bo-vino comercial do mundo, e isso se refle-te na sua importância como exportador de carne bovina. Nesse contexto, a na-ção brasileira possui o mais amplo reba-nho de Senepol do planeta, com 32 mil animais puros registrados. O país conta com 220 criadores associados à Asso-ciação Brasileira dos Criadores de Bovi-nos Senepol (ABCB) e está presente em

17 Estados e no Distrito Federal. “A raça está provando que veio realmente mu-dar a cara da pecuária brasileira”, afirma o presidente da ABCB Senepol, Gilmar Goudard.

Atualmente, o Senepol é consi-derado uma raça que contribui para a melhoria da produtividade dos reba-nhos e no aumento da qualidade da carne que é destinada ao mercado. O taurino alcança importância no cená-rio da pecuária brasileira porque apre-senta características que se adaptam bem às condições de criação extensi-va no país de características tropicais, como: precocidade, docilidade, ampla fertilidade, entre outras.

A rusticidade do Senepol tam-bém é considerada uma característica importante, que auxilia a manutenção e expansão da raça. O fato de o animal ser rústico implica uma maior resistên-cia às condições climáticas tropicais do Brasil, sendo resistente a carrapatos e

outros parasitas, o que possibilita ao gado ir ao pasto buscar o próprio ali-mento e não ser necessário receber cuidados especiais. Logo, há uma faci-lidade no manejo.

Origem

Embora seja recente na história da pecuária brasileira, o Senepol já pasta por aqui há quinze anos e já ganhou es-paço, fazendo com que se firme no mer-cado e desperte o interesse de criadores de gado de diversas localidades do país. Uma das pessoas que auxiliaram na efe-tivação da chegada da raça em solo bra-sileiro foi o paraguaio José Pereira, da Ga-nedera 63. O criador explica que “o gado Senepol surgiu nas Ilhas Virgens do Cari-be. O grupo genético era muito pequeno e o rebanho estava muito concentrado. A raça se formou a partir do gado D’ama, que vinha do Oeste Africano, nos barcos de escravos, e serviam de alimento du-

Foto Berrante Comunicação

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4rante a travessia. Quando eles chegavam ao destino, os animais que sobravam eram descarregados. Por 200 anos, esse gado ficou nas Ilhas e foi cruzado com o Red Poll. Como a Ilha era muito pequena, essa influência do Red Poll acabou uni-formizando todo o gado em mocho e vermelho. Na verdade, foi muita pressão de seleção. Animais que não eram bons foram abatidos e, há aproximadamente 100 anos, estabilizou-se um tipo de ani-mal muito específico. Como o D’ama era tropicalizado, totalmente adaptado, a in-fluência Red Poll se deu na parte fenotí-pica. Na parte genotípica, o novo animal era um D’ama muito resistente ao calor”, declara Pereira.

Mercado em Alta

Mensalmente acontecem leilões em distintas partes do território nacional, que colocam à disposição do mercado o me-lhor da genética Senepol. Esses eventos, geralmente de grande porte e alcance, revelam como a raça se destaca quando a comparamos com as outras que fazem parte da pecuária de corte. A alta produti-vidade do animal relaciona-se diretamen-

te com as boas vendas geradas através dos leilões (presenciais ou virtuais).

É tanto o crescimento da raça que os criadores de gado de corte já veem os leilões de Senepol como um aconteci-mento obrigatório. No primeiro semestre do ano, diversos arremates da raça fatura-ram além do previsto. Os ótimos resulta-dos justificam-se pelos atributos do gado, que desperta a atenção e alcança, a cada evento, novos investidores e associados da ABCB Senepol.

No Leilão Elite Senepol Goud & Luar e Convidados, por exemplo, a mé-dia alcançada foi de R$50 mil, com fa-turamento total de R$1,8 milhão. Outro leilão de destaque foi o Leilão da San, que apresentou a média dos animais de R$ 22 mil, com um crescimento de 24% em relação ao leilão do ano passado. O Leilão Virtual Craques do Senepol tam-bém foi sucesso de vendas: os animais ofertados foram negociados por aproxi-madamente R$12 mil, para 18 compra-dores de diferentes Estados (GO, MG, MS, MT, PR e SP). Já o Leilão Senepol 3G atingiu a média recorde da raça, de R$ 55.000,00 por animal, com uma liquidez de 100% dos animais ofertados.

Associação Brasileira dosCriadores de Bovinos Senepol

www.senepol..org.br

Evento Inédito

Para efetivar o sucesso e o cresci-mento da raça no país, a ABCB Sene-pol realizará o 1º Congresso Internacio-nal da Raça Senepol, entre os dias 01 e 05 de setembro, no Parque de Exposi-ção do Camaru, em Uberlândia/MG. No evento, estão programadas pales-tras sobre diversos assuntos relevan-tes, como: a evolução da raça no Brasil e no mundo; programas de melhora-mento genético da raça; perspectivas de crescimento da raça no mundo, vi-são da atividade agropecuária nacional e internacional, entre outros. Além das palestras, a programação contará com 04 leilões: Leilão Presencial Parceiros do Senepol, Leilão Divertido da SCBA, Lei-lão Presencial Nova Vida e Convidados e Leilão Presencial 3G e Convidados, além de uma exposição com mais de 300 animais puros da raça.

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34 3210-2324 / 9962-4357 / [email protected] / [email protected]

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O touro Senepol é considerado a mais eficaz ferramenta para produção de carne de qualidade a pasto, de forma simples e lucrativa, por ser o único taurino puro dotado de precocidade de acabamento com qualidade de carcaça e de carne, totalmente adaptado ao clima tropical. Por ser portador destes atributos conjugados, o touro Senepol consegue acompanhar e cobrir à campo as fêmeas zebuinas gerando a chamada Heterose máxima, capaz de incrementar em até 30% a produtividade do rebanho de corte. Utilize touros Senepol e se beneficie da verdadeira Heterose a pasto, simples e lucrativa.

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Leilão Elite Senepolmostra a valorização da raça

Apesar de estar apenas há 15 anos no Brasil, o Senepol chama a atenção por sua rusticidade e adapta-bilidade. Por ser uma raça taurina, pos-sui grande capacidade de empregar características como precocidade no ganho de peso e melhoria de carcaça na produção, fundamental para siste-mas que têm como foco a produção frigorífica.

Tais atributos despertam a aten-ção de criadores de todo o Brasil, que cada vez mais, estão investindo na

raça. A média alcançada no Leilão Eli-te Senepol Goud & Luar e Convidados, por exemplo, chegou ao marco histó-rico de 50 mil reais e um faturamento total de 1,8 milhão de reais.

“A raça está provando que veio para realmente mudar a cara da pe-cuária brasileira e esse leilão foi a de-monstração de que, cada vez mais, os criadores brasileiros estão apostando no Senepol; e o melhor, querem inves-tir no melhoramento genético da raça adquirindo animais puros e que garan-

tirão essa evolução”, explica o presi-dente da Associação Brasileira de Cria-dores de Bovinos Senepol e promotor do leilão, Gilmar Goudard.

Um dos destaques do evento foi o lote ofertado pelo cantor – e tam-bém criador – Leonardo Chaves, da dupla Vitor & Leo. A venda de 50% da bezerra Accacia saiu por 75 mil reais. Outra compra que chamou a atenção foi a do também criador e cantor Almir Sater, que adquiriu a doadora Goud 80 por 138 mil reais.

Oferta exclusiva das principais linhagens da raça Senepol. Assim se resume

a primeira edição do Leilão Elite Senepol Goud & Luar e Convidados, realizado

no dia 29 de abril, em Campo Grande/MS – durante a Expogrande 2014 –,

que ofertou 37 lotes entre novilhas e bezerras puras da raça.

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Galeria Leilão Elite Senepol

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A qualidade dos animais, a organização do evento e a inovação fo-ram as marcas do Leilão Estrelas do Se-nepol, uma promoção do Senepol 3 G, realizado nos dias 15 e 16 de maio, em Barretos/SP. O evento reuniu criadores de todo País na venda pela TV, no dia 15 de maio, quando foram comercializados 450 embriões da melhor genética do criatório, com média no arremate de R$ 2.000,00. No leilão presencial, realizado no dia 16, foram ofertados 33 lotes entre animais da 3G e de convidados. A mé-dia recorde da raça foi de R$ 55.000,00 e liquidez total nos dois eventos. A co-mercialização de embriões vitrificados marcou a história da raça. “Nunca houve nenhum outro leilão de embriões com essa quantidade e com o uso dessa tec-nologia que é a vitrificação”, disse Neto Garcia, organizador do evento.

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A família Garcia pensou em cada deta-lhe da noite do dia 16 e encantou os convi-dados pela organização, receptividade, qua-lidade e resultado do remate. As novilhas colocadas à venda foram criteriosamente selecionadas pelo Senepol 3 G e pelos con-vidados do leilão.

A noite foi palco de comemoração para a raça que contabilizou a entrada de 12 novos investidores, fato inédito no País. Entre eles estavam a família Cury represen-tada no leilão pelo escritor Augusto Cury. Com duas fazendas, uma em Minas Gerais e outra em São Paulo, os Cury escolheram o Senepol pela rusticidade e adaptabilidade e foram os maiores investidores do leilão de embriões. Alexandre Pina, da Fazenda Espla-nada de Corumbaíba, do Estado de Goiás, foi o maior investidor.

Vários músicos integram o time de criadores da raça, entre eles Almir Sater, que

participou do evento comprando e venden-do, Michel Teló, parceiro do criador Aníbal Paula de Souza, do Senepol Taquari, com sede no Mato Grosso do Sul, e Leo Chaves, da dupla Vitor & Leo.

A doadora 3G 0158 foi o animal mais valorizado da noite, chegou aos R$ 98.400,00. O touro Scot da 3G que foi comercializado em 50% é recorde mundial em preço com avaliação de R$ 156.600,00. Ambos arrematados pela Se-nepol Liberdade. “Quando se faz o que se gosta, aliado a uma raça excepcional, com genética de qualidade, com segu-rança e transparência, o mercado reco-nhece e fica tranquilo em investir no que realmente é bom. É isso o que nós buscamos em nosso trabalho, produzir muita qualidade e oferecer ao mercado o que se tem de melhor dentro da raça Senepol”, disse Neto.

Leilão Senepol 3Ginova e surpreende criadores

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Galeria Leilão Senepol 3G

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Senepol de Responsabilidade

Quando resolvi trocar o gado comercial da fazenda e me aven-turar na criação de gado puro, no mercado de genética, busquei ouvir muitos criadores, entendedores do ne-gócio, para que errasse o menos possí-vel. E foi de um deles que ouvi a frase que me acompanha até hoje: “Gustavo, se vai criar uma raça pura aprenda que para ter sucesso, sua criação, seu negó-cio, precisa basear-se em três R’s: Raça, Ração e Relacionamento. Raça, você escolhe entre qualquer uma das que existem; Ração, o bicho é o que o bi-cho come: invista em alimentação. E o último e mais importante R, Relaciona-mento; você precisa se relacionar bem para que acreditem no seu produto”.

Há oito anos na raça Senepol, não há um dia sequer que não me lembro

desta frase. E, exatamente porque me lembro dessa lição todos os dias, de-cidi que os três R’s do velho pecuaris-ta poderiam ser incrementados, para que eu também possa repassar o que aprendi nessa trajetória. Com humil-dade e buscando sempre aprender com quem sabe mais do que eu, de-cidi incluir outros dois R’s na frase do meu professor.

O primeiro é o R de resultado. O amigo que investe na genética da Tu-fubarina procura exatamente isso. O Senepol é uma baita ferramenta para se fazer cruzamento industrial de qua-lidade, e a sua principal característi-ca, que é a adaptação, faz dele a fer-ramenta perfeita para a realidade da pecuária no Brasil. O que o investidor procura em um touro Senepol é fazer

Gustavo Rezende VieiraCriador de Senepol na Fazenda Tufubarina

[email protected]

bezerro mais precoce, mais pesado, melhor, e que, sem dúvida, trará me-lhor resultado no bolso. Vejo como minha obrigação garantir esse resul-tado.

O segundo R que incluí foi o da responsabilidade, que considero um dos mais importantes. Como cria-dor de raça pura, tenho a responsa-bilidade de zelar por ela, contribuir para o seu desenvolvimento, para o seu melhoramento genético. Mas, além disso, tenho a responsabilidade de contribuir também com a pecuária nacional. Uma raça em franca expan-são como o Senepol, atrai muita gen-te em busca dos resultados que ela oferece; aí mora o perigo. Não acredi-to que todo macho seja touro e muito menos que toda fêmea seja doadora de embriões. A responsabilidade está na avaliação dos animais, investindo em tecnologias, provas de ganho de peso, avaliação genética, tudo isso para ter uma apartação exata do fun-do e da cabeceira, para entregar o que se produz de melhor. Responsabilida-de com a raça e com o investidor da raça. Que outras lições sejam apren-didas. Muito obrigado!

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A genética

A comercialização de gené-tica tem sido uma grande aliada para os criadores de gado de corte que procuram realizar o melhoramento genético em seu rebanho. O aumento expressivo da produ-tividade é o alicerce do projeto, garantindo o melhor custo-benefício para o produtor. Outro fator que tem atraído a atenção dos criadores é a possibilidade de produzir tou-rinhos dentro da própria fazenda, através da compra de embriões sexados de ma-chos vindos de criatórios tradicionais de di-ferentes raças. Para facilitar o acesso a essa genética, o grupo IVB fez parcerias com os melhores criadores de gado de corte de di-ferentes regiões do Brasil.

Por outro lado, em gado de leite, a comercialização de genética tem se soli-dificado cada vez mais entre cooperativas e laticínios que realizam a compra das pre-nhezes e revendem aos produtores, com opções de pagamento facilitado, o mesmo

e as facilidades de reprodução

ocorre em projetos do governo, porém es-tes, repassam as prenhezes aos pequenos produtores com o objetivo de suprir as de-mandas por produção e incentivar a fixa-ção do homem no campo.

Recentemente o governo federal lan-çou o “Plano Mais Pecuária” que prevê a restituição de um percentual dos impostos pagos por estabelecimentos rurais que in-vestirem em melhoramento genético para o seu rebanho.

A In Vitro Brasil, empresa provedora do projeto Venda de Genética, está inse-rida e adequada às exigências do “Plano Mais Pecuária” e devido aos seus excelen-tes resultados com a fertilização in vitro e a dominação da técnica de congelamento de embriões, aparece como principal op-ção para a execução dos trabalhos, a es-trutura extensa e disseminada de seus la-boratórios, permite atender em todos os estados do Brasil.

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Biotecnologiasavançam rapidamente

na reprodução de equinos A ampla utilização das bio-

tecnologias na “indústria” equina trou-xe, ao longo dos anos, benefícios aos criadores de cavalos de diversas raças. O principal benefício é a possibilidade de aumentar o número de produtos obtidos por ano de animais de gené-tica superior. Em relação à reprodução equina, várias tecnologias se tornaram difundidas e comuns tais como a in-seminação artificial, a transferência de embriões e a manipulação de sêmen (refrigeração e congelação).

A transferência de embriões (TE) em equinos tem crescido muito nos últi-mos anos, sendo Brasil, EUA e Argentina, os países que mais realizam esta biotec-nologia no mundo. Inúmeras são as van-tagens da utilização da técnica de TE em equinos, porém, quando analisamos as éguas doadoras podemos observar que há uma significativa redução na taxa de recuperação embrionária quando estas

apresentam idade avançada ou histórico de problemas reprodutivos.

O manejo de éguas idosas ou com fertilidade reduzida se torna um dos maiores custos da TE e pode ser res-ponsável pelo insucesso na reprodução equina. No entanto, em algumas situ-ações, o cliente deseja descendentes dessas éguas não se importando com o custo, mas simplesmente por acredi-tar no potencial genético e zootécnico desses animais.

A injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI) é uma biotec-nologia avançada já muito utilizada na reprodução humana assistida que visa, na espécie equina, a estabelecer gesta-ções de óvulos recuperados de éguas doadoras que não respondem mais à tradicional técnica de transferência de embriões (TE), conseguindo desta for-ma contornar problemas reprodutivos adquiridos.

Na ICSI, cada óvulo é injetado com um único espermatozóide oriundo de sêmen fresco ou congelado, e os em-briões resultantes são desenvolvidos em laboratório durante aproximadamente uma semana. Após cultivo in vitro estes embriões são, então, transferidos para uma égua receptora.

Esta biotecnologia é apropriada para as éguas com incapacidade de pro-duzir embriões por problemas crônicos do útero, alterações anatômicas do tra-to reprodutivo por causa do parto como lacerações do colo do útero, problemas em tuba, ou outros danos ao aparelho reprodutor, que impossibilitem a égua de conceber ou manter a gestação por alguns dias. Outra possibilidade de uti-lizar a ICSI seria conseguir gestação de uma égua de genética superior que ve-nha a óbito. Isto é possível com o envio dos ovários para o laboratório e a partir daí os óvulos são recuperados para reali-

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In Vitro Brasil S/[email protected]

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zação da ICSI com posterior transferência do embrião ou embriões obtidos in vitro.

A maior vantagem desta técnica se dá quando o sêmen a ser utilizado tem baixa qualidade espermática ou ainda pouca disponibilidade, como no caso de sêmen congelado de bai-xa qualidade ou sêmen de garanhões que já morreram.

A reprodução assistida em equi-nos tem evoluído enormemente nos últimos 10 anos. Assim, a produção de embriões in vitro já é uma realida-de que está disponível aos criadores, seja para produzir embriões por ICSI, ou ainda para produzir embriões de clones.

Para a realização da clonagem é necessário fazer uma biópsia de pele (normalmente na região do pesco-ço ou na base da cauda) do animal a ser clonado. A biópsia é processada no laboratório para produzir uma li-nha celular. As células podem ser uti-lizadas diretamente para clonagem ou podem ser congeladas mantidas crio-

-preservadas em nitrogênio liquido até o momento da geração de embriões.

As linhas celulares congeladas tornam-se uma excelente alternativa e garantia de preservação do material genético de animais de alto valor com baixo custo para os criadores.

Os 3 primeiros clones equinos nascidos no Brasil foram produzidos pela In Vitro Brasil Clonagem Animal SA, sediada em Mogi Mirim SP.

Os potros clonados têm sido saudáveis e se desenvolvem normal-mente após o nascimento.

Os recentes resultados obtidos no aperfeiçoamento destas tecno-logias tem sido muito promissores e oferecem mais um subsídio biotec-nológico de ponta aos criadores para um melhor aproveitamento e difusão da genética equina no Brasil.

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