Terra Boa Agronegócios - Ed 02 Mai/Jun 2012 - Kinkão e C.A. Sansão

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Kinkão e C.A. Sansão Protagonistas de uma grande história João Faria Focado no mercado mundial Cafeicultura Almir Sater Na música, na terra, na raça Senepol Perfil 22º Congresso da ABQM bate recordes Haras Raphaela é referência mundial da raça Equinocultura ano 1 | edição 2 | maio/junho 2012 agronegócios

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Nesta edição Kinkão, sua esposa Marta e o lendário Touro C.A. Sansão, protagonistas de uma grande história do Gir Leiteiro, João Faria e o panorama da cafeicultura mundial, Almir Sater na música, na terra, na raça Senepol, Haras Raphaela como referência mundial na equinocultura e muito mais!

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Kinkão eC.A. Sansão

Protagonistas de uma grande história

João FariaFocado no mercado mundial

CafeiculturaAlmir Sater

Na música, na terra, na raça Senepol

Perfil22º Congresso da ABQM bate recordes

Haras Raphaela é referência mundial da raça

Equinocultura

ano 1 | edição 2 | maio/junho 2012

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Leia na Terra Boa

Parceiros e Colaboradores

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ESPECIAL Brasil: a esperança do mundo

PECUÁRIA DE ELITE O Nelore Natural da Sinhá

CAFEICULTURA O maior produtor de café do mundo

DEPOIMENTOS Cultivo do Milho com tecnologia e produtividade

ASSESSORIA Como ter sucesso na produção de leite

EVENTO 49ª EXPASS destaca-se pela qualidade

CAPA Genética KCAUma história de sucesso

DEPOIMENTOS Safrinha e Rotatividade

Renato Barbosa Andrade

é filho de família pecuarista, apaixonado pela causa rural, sempre

esteve envolvido nas ações da classe ruralista em várias instituições.

Hoje é Subsecretário de Política Urbana de Minas Gerais.

Ângelo Leite Pereira

é filho de produtor rural. Foi pecuarista e administrador de cooperativa,

em Carmo do Rio Claro/MG, onde também foi prefeito por três mandatos.

Hoje presta serviços à Cemig no Programa Energia Eficiente.

Também é membro do Conselho de Administração da MG Serviços.

Ronaldo Bonifácio da Silva

o Bony, criador de Nelore , é um dos grandes conhecedores da raça.

É natural de Uberaba/MG, mas está radicado em Passos/MG há

muitos anos. Hoje assessora criadores da raça Nelore em todo o país.

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50PERFIL Almir Sater A Pecuária e a Música

SAÚDE Casqueamento o ideal é prevenir

PECUÁRIA DE ELITE Gir Leiteiro Trajetória de um criador genuíno

EQUINOCULTURA Haras Raphaela aqui nascem as estrelas

PECUÁRIA DE ELITE O Rio do Leite” na terra do Girolando

ARTIGO Congresso ABQM projeção internacional

AGRICULTURA FAMILIAR Morango alternativa de produção

EVENTO Marca histórica:o melhor do Girolando

André Pimenta

é cafeicultor e Gerente Geral de Administração e Finanças da Pimenta Agro

Sul, concessionária da marca Case IH. É descendente de uma família que,

tradicionalmente, trabalhou com concessionárias de veículos das marcas

Volkswagen e Chevrolet. Também é sócio proprietário da SUPERNOVA, empresa

de comunicação visual e painéis de propaganda, sediada em Alfenas/MG.

Jayme Toledo Resende

é engenheiro agrônomo, pecuarista e criador de cavalos

Quarto de Milha. Como esportista, participa de provas

de cavalos de apartação no Brasil e nos EUA.

Mauricio Silveira Coelho

é veterinário e um dos sócios do Grupo Cabo Verde, em Passos/MG. Criador e

produtor nato, é gestor da Fazenda Santa Luzia, uma das principais referências na

produção de leite a pasto e criação de Girolando. Está entre os 20 maiores produtores

de leite do Brasil, conforme ranking TOP 100 do site Milkpoint. Mauricio é também

vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.

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EXPEDIENTETerra Boa Agronegócios é uma publicaçãobimestral da Editora Doce Marano 1 | edição 2 | maio/junho 2012

Direção executivaBolivar Filho [email protected]

Conselho editorialAdriana Dias, Bolivar Filho, Denise Bueno

EdiçãoBolivar FilhoDenise Bueno [email protected]

Projeto gráficoEdição de imagens e DTPMultimarketing ComunicaçãoCleiton Hipólito / Dalton Filho [email protected] [email protected]

Jornalista Responsável / RedaçãoDenise Bueno – DRT/MG 6173 [email protected] Dias [email protected] Nasr [email protected]

RevisãoRuller Rodrigues [email protected]

EstagiáriaMarcela Muzetti [email protected]

FotosAllan Françozo [email protected]

Impressão3 Pinti Editora e Gráfica

Tiragem10 mil exemplares

Revista Terra Boa AgronegóciosAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866

Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/terraboa.agro

[email protected]

Envie a sua história ou curiosidade relacionadaao campo para a Terra Boa Agronegócios!

Quem lê a Terra Boaa g r o n e g ó c i o s

Antônio Carlos Lemos, apaixonado pelo meio rural, durante os julgamentos de animais na Expass,conferindo a primeira edição da revista Terra Boa Agronegócios

O deputado federal Domingos Sávio também recebeu um exemplar da revista Terra Boa  Agronegócios,

durante Show Tecnológico

O criador de Gir Leiteiro Henrique Figueira da Fazenda Figueiras, durante a 49ª Expass, também conheceu

a nova publicação do agronegócio

A Revista Terra Boa Agronegócios foi lançada no mês de março em Passos/MG e distribuída em vários eventos do setor agropecuárionos Estados de Minas Gerais e São Paulo.A primeira edição encantou produtoresrurais, empresários e parceiros.

Na foto, o produtor rural e Deputado Estadual em Minas Gerais, Antonio Carlos Arantes, conhecendo em primeira mão a revista Terra Boa Agronegócios, durante Show Tecnológico promovido pela empresa Porto Mineiro de Grãos, no final de março, em Formiga/MG. Antônio Carlos preside a Frente Parlamentar do Cooperativismoe a Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrialna Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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Ao leitor

A equipe da revista Terra Boa Agronegócios só tem a agradecer aos leitores, colaboradores

e anunciantes, da região Sudeste e de outros estados brasileiros, pela receptividade da primei-

ra edição. Agradecemos a todos aqueles que colaboraram para que esse sonho se tornasse

realidade.

Ao lançarmos a revista no último mês de março, sabíamos que teríamos muitas histórias de

sucesso para contar e, assim, motivar nossos leitores a novos desafios. Nesta segunda edição,

vocês conhecerão muitas histórias de superação na agricultura e na pecuária. Preparamos ma-

térias diversas, ricas de conteúdo e de êxito, com muito carinho, esperando que essas informa-

ções possam somar à vida do leitor.

Nesta edição, você verá o caso de sucesso de Joaquim José da Costa Noronha, o Kinkão,

um dos maiores criadores do Gir Leiteiro, cuja marca KCA é sucesso em todo Brasil e rompe as

fronteiras chegando aos países da América do Sul e América Central.

Você também vai saber como se cria a raça Girolando com excelência, com o pecuarista

Paulo Ricardo Maximiano; poderá apreciar a história do Haras Rafhaela, referência mundial em

cavalos Quarto de Milha. Conhecerá a criação do Nelore Natural do criador Caio Barra e a alta

produtividade do cafeicultor João Faria, o maior exportador individual de café em 2011. Irá con-

ferir também informações sobre exposições, leilões, competições de diversas raças, entre muitos

outros temas de interesse para o agronegócio.

A sua colaboração tem um imenso valor para que consigamos melhorar sempre. Por isso,

a Terra Boa está de portas abertas a você, que tem interesse em viajar pelo mundo do agrone-

gócio, enviando sugestões e interagindo conosco.

Fica aqui um agradecimento especial de nossa equipe a você, leitor.

Boa leitura,

Bolivar Filho

Você sabia que a Terra Boa tambémpode ser acessada na internet paraleitura virtual? É no endereço abaixo:

http://issuu.com/terraboa

Tenha uma boa leitura!

Obrigado!

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Anuncie na Terra Boa e tenha uma boa colheita35 3522-6252 | 9213-6432 | [email protected]

www.facebook.com/terraboa.agro

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Anuncie na Terra Boa e tenha uma boa colheita35 3522-6252 | 9213-6432 | [email protected]

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Espe

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a esperança do mundoBrasil:

O Coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e ex-Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, foi um dos palestrantes do II Show Tec-nológico, realizado no dia 30 de março, pela empresa Porto Mineiro de Grãos, em For-miga/MG. Roberto discorreu sobre o cenário do mercado de grãos no mundo, além de enfatizar o aumento do consumo e o potencial de crescimento do Brasil.

O também professor do Departamento de Economia Rural da UNESP, em Jabo-ticabal, e Pesquisador Visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP, concedeu entrevista à Revista Terra Boa Agronegócios. Confira abaixo suas análises e as boas perspectivas para o Brasil no mercado de produção.

Nunca tive dúvida

do potencial

brasileiro de

crescer e atender

o mundo, não

apenas com

alimentos, mas

com energia,

com fibras e com

todo produto de

origem agrícola

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Fazendas Reunidas

de Tradição,

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Terra Boa: Como produtor, coo-perativista e profissional do agrone-gócio, como o senhor analisa este mo-mento em que o Brasil é o palco das atenções do mundo para atender a demanda por alimentos. O senhor es-perava ver isso acontecer um dia?

Roberto Rodrigues: Sim. Eu espe-rava porque nunca tive dúvida do po-tencial brasileiro de crescer e atender o mundo, não apenas com alimentos, mas com energia, com fibras e com todo pro-duto de origem agrícola. O país tem de fato um potencial que nenhum conti-nente tem: terras disponíveis e gente competente. Você não constrói um país, uma nação, sem pessoas competentes. Fiz uma palestra na França, para uma as-sociação de agricultores. Eu era o mais novo da sala, e tenho 70 anos. Aqui no Brasil eu sou o mais velho, porque nós temos uma juventude pujante, com tec-nologia e terra disponível, que escolhe a agricultura. O crescimento econômico dos países emergentes foi o gatilho para uma explosão de demanda que o mun-do não estava esperando. Cresceu mais a demanda do que a oferta, diminuindo os estoques mundiais. Com as especu-lações, os preços subiram. Então o Brasil virou o foco da atenção mundial na pro-dução agrícola.

TB: O Brasil tem pessoas qualifi-cadas e a demanda do mundo exige um crescimento de 40% em produção. O país conseguirá atingir essa meta ou ainda falta desenvolvimento tec-nológico?

RR: Eu acho que é possível, mas precisamos de estratégias que contem-plem meia dúzia de questões centrais. A primeira questão é política de renda, nós não temos uma política de renda para o campo. A segunda é o estudo de logística. Nós somos muito bons dentro da fazenda, mas quando saímos per-demos espaço por causa do transpor-te: ferrovia, rodovias, portos. A terceira questão é comercial. O Brasil colocou todos os seus ovos na cesta da OMC (Organização Mundial do Comércio). A OMC não vai para frente, porque as intenções são díspares. Cada um corre para um lado e não vira nada. Nós per-demos anos sem fazer acordos bilaterais com países como Colômbia, México, Chile. A quarta questão é a tecnologia. Nós somos campeões mundiais em tec-nologia tropical, mas a evolução do se-tor é dinâmica, avança. Se os outros paí-ses investirem e nós não, ficaremos para trás. A quinta é a Defesa Sanitária. Não é possível ter aftosa no Brasil. O México acabou com a aftosa em 1948, nós ain-da não. A questão central é que não há uma estratégia nacional que trabalhe com a agricultura incorporando temas da fazenda, do planejamento, do meio ambiente, do Itamaraty, do livre comér-cio; uma estratégia nacional.

TB: Por que não conseguimos essa estratégia ainda?

RR: Eu acho que é porque o Brasil se urbanizou muito rápido. A academia é urbana, a visão é urbana. A visão dos produtores é negativa como um setor

sujo, atrasado, que fala errado, destrói o meio ambiente. As imagens que são co-locadas sobre nós são imagens que ge-neralizam a exceção. A imensa rede de trabalhadores é correta, mas tem uma parcela negativa e a imagem que é pas-sada para a mídia é essa. Dá a impressão que somos um setor atrasado, quan-do na verdade somos extremamente desenvolvidos e ganhamos espaço no mundo inteiro.

TB: Existe um preconceito em re-lação ao produtor rural. Hoje, apesar dessa consciência, como reverter esse quadro?

RR: A minha tese é que nós deve-mos nos organizar melhor e criar meca-nismos de coordenação dentro do setor, e, a partir daí, falar com o governo. Or-ganização é a palavra chave. Em qual-quer país desenvolvido do mundo, onde a agricultura tem um peso muito menor economicamente, o setor tem um apoio político muito maior. Nós não fazemos isso, porque falta organização.

TB: O grande desafio e a impor-tância de crescer com sustentabilida-de foi um dos temas da sua palestra. O produtor tem essa consciência?

RR: A sustentabilidade hoje é o tema central da competitividade, quem não investe em qualidade vai perder mercado. Nós não tínhamos informa-ções no passado, não tínhamos institui-ções que cobrassem isso da gente. Fize-mos muitas coisas erradas. Isso acabou. O produtor rural brasileiro entende que é preciso cuidar dos sistemas de base da produção, da água, da terra, do meio ambiente. Eu não me preocupo mais com a média, preocupo-me com quem está fora da média, aquele cara que não sabe ou que não quer saber e é desones-to. Uma fruta estragada, em uma cesta de frutas, estraga todas.

TB: Quem tem mais força, o Bra-sil, que tem a capacidade de produ-ção, ou os países mais ricos?

RR: É difícil falar quem tem mais for-ça, o mundo é a lei da selva, prevalece o capital. Essa perda de poder é relativa. Se você observar hoje a formação da renda do mundo, cada vez mais cresce a ren-da dos países emergentes. A expectativa Produtores rurais, diretores da Porto Mineiro de Grãos e Roberto Rodrigues durante Show Tecnológico

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é que, de 7 a 8 anos, a renda dos emer-gentes supere a renda dos ricos. Isso será um grande paradigma. Esta é a regra da selva: “quem tem mais dinheiro manda mais”.

TB: O senhor sempre foi coopera-tivista, como analisa o segmento hoje e a importância dele para o Brasil?

RR: Ainda é pequeno, mas cresce com muito vigor, graças à orientação da OCB (Organização das Cooperativas Bra-sileiras), que é muito profissional, mui-to eficiente. O cooperativismo brasileiro vai crescendo e tem papel central para a agricultura.

TB: Conforme análise apresen-tada aos produtores de Formiga e re-gião, a busca por combustíveis será maior que por alimento. O etanol é a saída para atender essa demanda?

RR: Não acho que seja a saída, mas uma das saídas. O que o mundo busca é energia renovável, limpa, não poluente e o etanol é uma delas, assim como a hi-drelétrica, a eólica, a solar, entre outras. É uma alternativa importante na nova ma-triz enérgica do Brasil.

TB: Durante a sua atuação como Ministro de Agricultura, o Senhor pro-curou abrir barreiras internacionais, ganhar mercado. O que destaca desse período?

RR: Fizemos uma reforma no Minis-tério da Agricultura e o modernizamos. Recuperei a Embrapa e a CONAB foi transformada em uma instituição séria. Fiz a Lei da Biossegurança, dos Orgâni-cos, da Armazenagem, fiz a Lei dos No-vos Instrumentos Comerciais. Todo meu esforço foi para montar os alicerces para a agricultura no futuro.

Infelizmente, fui colhido por um processo maluco, um bombardeio, que ninguém nunca sofreu: a maior seca de todos os tempos, os preços despencaram e os custos subiram, af-tosa, a gripe aviária... Ter conseguido sair do Ministério com as mãos limpas e honrado pela minha classe é o maior orgulho que eu tenho. Enfrentar tudo o que eu enfrentei e ser recebido hoje com admiração, carinho, amizade pela classe rural brasileira, que é a minha classe, é um orgulho.

Enfrentar tudo o que eu enfrentei e ser

recebido hoje com admiração, carinho,

amizade pela classe rural brasileira,

que é a minha classe, é um orgulho

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a produção de milho no BrasilTecnologia promete aumentar

Uma nova tecnologia promete aumentar a produtividade do milho em até 10%. O Power Core é o primeiro Milho Trans-gênico no Brasil com cinco proteínas para controlar as principais pragas que atacam a plantação. Ele será lançado ainda este ano.

Atualmente, no mercado brasileiro, só existem sementes com no máximo três proteínas embutidas. O Power Core, no en-tanto, possui cinco: três para o controle de insetos e duas para proteger o milho de agrotóxicos aplicados na lavoura para com-bater plantas daninhas.

O gerente de pesquisa e desenvolvi-mento da Dow AgroSicences, multinacio-nal que detém a exclusividade do produto, Antônio Cesar Santos, diz que pragas como a lagarta-do-cartucho e a lagarta-da-espi-ga, morrem ao comer parte da planta, mas sem prejudicar a lavoura. As proteínas in-seridas no Power Core combatem ainda a broca do colmo, a lagarta-elasmo, a lagar-ta-rosca, a lagarta-preta e a lagarta-das--vargens. Pragas mais comuns que atacam as plantações de milho. Assim que inge-rem parte da planta, estes insetos deixam de atacar a plantação e morrem em até três dias. Santos garante, no entanto, que a pro-teína não oferece riscos a outros animais e a humanos.

“Nós fizemos vários estudos e não há nenhum problema para o consumo

Ciên

cia

de carne, leite ou ovos. Outro ponto im-portante são proteínas muito específicas agem somente em lagartas porque elas precisam de um meio alcalino. No caso de mamíferos, peixes e aves o sistema digesti-vo é ácido. Mesmo que você venha a inge-rir a proteína, ela é rapidamente degradada e não causa nenhum tipo de problema”.

As lagartas, no entanto, podem tor-nar-se resistentes às proteínas do milho transgênico. Para evitar que isso ocorra os produtores são orientados a manter uma área de refúgio, de cerca de 10% do total do plantio, com milho convencional. As-sim, as lagartas das duas plantações se aca-salam, o que reduz a chance de tolerân-cia genética na prole. Como o Power Core possui cinco gênios diferentes, a chance de as pragas tornarem-se resistentes é menor, de acordo com Santos. Por isso, a área de refúgio adotada pode cair para 5%.

De acordo com o presidente da Dow AgroSciences no Brasil, o colombiano Ra-miro De La Cruz, a empresa espera que o novo milho substitua, gradativamente, as atuais tecnologias utilizadas no país.

Em uma fazenda experimental da Dow em Indianópolis/MG, os testes realiza-dos mostram as folhas dos milhos conven-cionais corroídas pelas lagartas. Além das folhas, as pragas atacam também o caule da planta, logo no início do cultivo, impe-dindo que ela cresça. As espigas também são danificadas e fungos podem se instalar onde os insetos abriram sulcos.

Conforme a utilização de produtos como inseticidas, a incidência diminui, mas as pragas ainda afetam os vegetais. Em milhos transgênicos os danos são menos visíveis e são minorados quando o milho atacado pelas pragas é o Power Core. O mesmo ocorre com a utilização de insetici-das. A nova tecnologia já foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegu-rança e deve chegar ao mercado brasileiro em novembro deste ano.

Os transgênicos foram liberados no Brasil em 2005. O primeiro milho transgê-nico chegou ao mercado em 2008. Em três anos, o cultivo de milho desse tipo no país já chega a 75% do total. De acordo com o diretor de sementes da DowAgrociences, o mexicano Rolando Alegria, a expectativa é que esse percentual chegue a 90% nos pró-ximos anos. “O produtor brasileiro gosta de investir mais e com maior qualidade. Gosta de tecnologia e de melhorar a capacidade do produto, também para exportação.”

O próximo país a receber a tecnolo-gia será a Argentina e depois os Estados Unidos. Para o lançamento do produto foram necessários quatro anos de pesqui-sas e US$ 200 milhões em investimentos da empresa, que atua em 40 países e tem sede em Indianápolis, Estado de Indiana (EUA). O preço do Power Core para o pro-dutor de milho ainda não foi definido.

por Letícia Gonçalves

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Cafe

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tura

O empresário e

cafeicultor João Faria

da Silva é considerado

o maior produtor de

café do mundo.

As suas conquistas

no agronegócio, e no

comércio, são resultado

de anos de trabalho com

seriedade e eficiência

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O maior produtorde café do mundo

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João Faria é também pro-prietário da Terra Forte Exportações. Prático e objetivo, demonstra a sua perspicácia administrativa o tem-po todo. A equipe da Revista Terra Boa Agronegócios o encontrou em Alfenas, na sede da Concessionária Case IH, durante uma de suas visitas ao município onde tem lavouras de café. Parte da sua trajetória de su-cesso, os leitores da revista conhe-cerão nas próximas páginas. Quan-do questionado sobre o sucesso nas atividades que exerce foi enfático ao afirmar que é uma pessoa normal. “ Eu gosto de fazer tudo direito e to-dos podem conseguir suas metas, se fizerem tudo certo e reinvestirem no seu negócio”, disse.

João Faria é descendente de uma família de cafeicultores e repre-senta a terceira geração na linha de sucessão na atividade. Natural de Pi-ratininga/SP, tem lavouras em sete fazendas espalhadas por São Paulo e Minas Gerais. Em 2011 exportou 2,5 milhões de sacas de café através da Terra Forte Exportação, empre-

sa que criou há seis anos e que em 2011 foi a maior exportadora indivi-dual do país. “ Não temos pretensão de crescer mais do que isso, por en-quanto. Crescemos acima da nossa meta”, disse avaliando os resultados da empresa.

A cafeicultura vivida por seus fa-miliares ficou no passado. Colheita terceirizada para italianos que chega-

Instalações e equipamentos de última geração de uma das maiores exportadoras de café do Brasil

vam ao País, muitos trabalhadores na lavoura e a falta de tecnologia. Hoje, as suas lavouras são modernas e au-tomatizadas de ponta a ponta. Seria impossível chegar aos números con-

Crescemos acima da nossa meta, disse João Faria avaliando os resultados da empresa

Fotos: arquivo pessoal

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publicidade terra forte

A unidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais, é considerado um dos maiores e mais avançados projetos de café do mundo, com capacidade para beneficiar 20.000 sacas/dia; seus armazéns comportam mais de 1 milhão de sacas, principalmente no formato de big bags. Recentemente, novos armazéns foram construídos para receber 400.000 sacas adicionais.

A Terra Forte possui filiais em pontos estratégicos para o recebimento de cafés das melhores regiões produtoras do Brasil, como Sul de Minas Gerais, Cerrado de Minas, Mogiana Paulista e Cerrado da Bahia. Atualmente a Terra Forte conta com escritórios e centros de compra de café em: Espírito Santo do Pinhal, Franca, Santos e São João da Boa Vista, em São Paulo; Alfenas,

Varginha, Patrocínio, Manhuaçu e Poços de Caldas em Minas Gerais; Londrina, no Paraná; e Barreiras, na Bahia.

A Terra Forte é uma das maiores exportadoras de café do Brasil. Em 2011, mais de 2.2 milhões de

sacas de café Arábica foram exportadas pela Terra Forte.

Suas exportações representam 6.83% de todo o café exportado pelo Brasil, que totalizou 33.4

milhões de sacas em 2011.

A Terra Forte tem como filosofia de trabalho investir continuamente em melhorias. Desde sua

abertura, em 2004, a empresa adota as tecnologias mais modernas e eficientes para o máximo desempenho de suas operações de armazenamento, rebenefício e exportação de

cafés. A sede da empresa, em São João da Boa Vista, no estado de São Paulo, tem capacidade

para beneficiar 6.000 sacas de café

por dia e armazenar 140.000

sacas.

Terra Forte: mais de 2.200.000 sacas de caféexportadas e entregues pontualmente em 2011.

Isso sim é respeito e confiança.

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quistados por João Faria se não hou-vesse a evolução tecnológica. “Faltam trabalhadores, principalmente, na re-gião onde atuamos. A mão de obra rural está escassa. A medida que nos especializamos, falta mão de obra es-pecializada. O treinamento da equi-pe é a nossa principal preocupação e uma constância”.

As suas metas atuais abrangem área de 5.000 hectares de lavouras, 22 milhões de pés de café e uma produ-ção média de 200 mil sacas/ano, em lavouras totalmente certificadas. Se-gundo João Faria, eles estão quase lá. A meta de área plantada deve ser conquistada em 2014. Os índices de produtividade devem ser elevados de 33 para 40 sacas por hectare, pela técnica da irrigação. “ Meta você con-quista uma e coloca outra a frente. Se-não a vida não tem graça”, disse. Hoje, com a tecnologia implantada nas suas

fazendas, tem 370 funcionários dire-tos. Para o produtor os maiores desa-fios do setor, atualmente, são o capital para investimento e em segundo lu-gar a mão de obra.

Sobre o bom momento do se-tor, ele diz que o mercado está baliza-do pelos baixos estoques mundiais, o que equilibra o preço do produto. Segundo João Faria, o Brasil tem uma grande responsabilidade no merca-do internacional, pois atende 30% do consumo mundial do produto.

Exportações

No segmento da exportação de café, a empresa tem como op-ção o grão in natura. Para João Faria, a venda do café já industrializado está longe de acontecer no Brasil, pois faltam investidores e tecnolo-gia. Mas o empresário enfatiza que

o setor tem registrado algumas con-quistas, embora ainda enfrente o grande poder das multinacionais já estabilizadas no mercado.

A Empresa Terra Forte Expor-tação tem armazéns nas cidades de São João da Boa Vista e Poços de Caldas com capacidade de arma-zenagem de 1 milhão de sacas. A empresa tem escritório de comer-cialização em Santos e se prepara para abrir um escritório de com-pra de café em Alfenas, o que deve ocorrer até o mês de junho. A Terra Forte atende o mercado mundial e exporta principalmente para os Es-tados Unidos, Alemanha, Canadá, Japão, Itália, toda a Europa e parte da Ásia. Atualmente, a empresa prio-riza a proximidade com o produtor, o que se dará através dos seus escri-tórios de compras. Vários escritórios serão abertos no país.

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ria O leite pode ser um bom negócio, desde que o produtor seja atendido

por um bom profissional. Um dos maiores motivos do insucesso

na atividade é falta de assistência técnica capacitada, ou porque

em algumas regiões este serviço é escasso, ou ainda pelo fato de o

produtor considerar que pagar pela assistência técnica implica aumento

do custo de produção. Para o jovem Rafael Veloso, de Uberlândia/MG,

bacharel em Zootecnia, formado pela Universidade Federal de Viçosa

e assessor em Pecuária Leiteira, um consultor técnico tem que, acima

de tudo, entender que seu trabalho é auxiliar na tomada de decisão do

criador, seja ele de qual raça for. “Ele nunca deve tomar a decisão pelo

criador. É um trabalho de construtivismo, por meio do qual se faz um

apanhado de várias ideias até culminar na decisão final; decisão esta

que pode ser relacionada à venda ou aquisição de um animal, a um

acasalamento ou ainda um detalhe no manejo”.

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como ter sucesso na produção de leite

Rafael Veloso

Apesar de jovem, Rafael Veloso tem uma vasta expe-riência em ser-viços prestados. Logo após se for-mar em janeiro

de 2005, em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa, considerada a melhor faculdade de Zootecnia do Brasil e numa avaliação global, a 2ª melhor do mundo, já prestava algumas consultorias para criado-res de vários estados brasileiros.

Casado com Priscila Couto, com quem tem uma filha, Beatriz, é descenden-te de família de produtores rurais. Seus pais têm duas propriedades rurais no noroeste de Minas e Rafael também é um produtor, embora sua atividade principal seja a pres-tação de serviços.

Após a graduação, participou do cor-po técnico da ABCGIL (Associação Brasilei-ra dos Criadores de Gir Leiteiro), atuando como jurado em várias exposições. No en-tanto, para evitar conflito de interesses dei-xou a atividade. Em pouco tempo, no ano de 2006, deu início à carreira “solo”, fundan-do a sua G Leite Assessoria Pecuária.

“Nosso foco é 100% em pecuária leiteira, tanto em serviços técnicos como também comerciais, que é a assessoria na compra e venda de animais, embriões, pre-nhezes e sêmens”, explica o consultor, fri-sando que é preciso encarar a assistência técnica como sendo um investimento para solucionar problemas na atividade, visando um resultado financeiro melhor.

Que o leite é uma atividade rentável, ninguém duvida, mas é preciso saber que a atividade é muito complexa. A região de Minas Gerais tem um sério problema a re-solver: possibilitar à pequena produção mecanismos institucionais que levam à profissionalização, num momento em que a competitividade se acirra. Se assim não acontecer, haverá uma falência generaliza-da de produtores, que poderá resultar em uma desarticulação da indústria laticinista já instalada no estado, formada por peque-nas e médias empresas.

Como em qualquer setor, o produ-tor rural enfrenta dificuldades atualmente. Segundo Rafael Veloso, uma das principais é a difusão de tecnologia. “O Brasil é um país bem servido de centros de produção tecnológica. Temos pólos da Embrapa, só para citar um exemplo que é reconheci-do mundialmente, as próprias universida-des, que geram através de pesquisas mui-to conhecimento. Mas, entendo que estes milhões gastos tem pouco retorno, pois pouco destas tecnologias criadas chegam ao uso no campo”, assegura o profissional.

Conforme Rafael, as diferenças con-ceituais para cada região onde ele trabalha são quase imperceptíveis, o que ele tenta deixar claro, é que “é preciso encarar cada propriedade como sendo um mundo pró-prio, em que o profissional leva tecnologias aplicáveis àquela situação, sempre olhando sua condição financeira, mesmo sabendo que o dinheiro não irá agir no resultado final, mas vai ajudar muito na velocidade que será aplicada para chegar aos resulta-dos propostos”.

Quando questionado sobre o que é necessário para se tornar um bom pro-dutor de leite, Rafael Veloso é enfático ao dizer. “Primeiro de tudo: escala de produ-ção! O produto leite permite, salvo rarís-simas exceções, margens unitárias redu-zidíssimas e tem reduzindo dia após dia. Sendo assim, entendo que para o produ-tor de leite viver com dignidade da ativi-dade, o mesmo precisa ter escala de pro-dução e ser eficiente para produzir leite com uma gestão muito apurada”. Produ-zir leite não é para amadores, fala Rafael, “uma fazenda leiteira é de uma comple-xidade muito mais elevada do que qual-quer empresa de outro segmento”.

O potencial produtivo brasileiro é muito grande, considerando-se o tamanho do rebanho bovino, as grandes extensões de terra agricultável para a produção de pasto de boa qualidade e, principalmente, a disponibilidade de material genético de touros e matrizes e alta performance. Velo-so acredita que o mercado de leite brasi-leiro é promissor, porém, faz uma ressalva: “Acho que todo mundo imagina o Brasil

como um grande exportador mundial de leite e temos tudo para isso. Por outro lado ainda temos muito dever de casa a fazer. Precisamos melhorar a infraestru-tura de escoamento da produção, me-lhorar as políticas de fixação do homem no campo, especialmente dos pequenos produtores, e principalmente políticas de proteção contra produtos importados dando ‘fôlego’ aos produtores internos”, avalia Rafael Veloso.

Para Rafael, o objetivo principal do público que ele assessora, é ter sucesso em sua atividade, o que dá uma imen-sa alegria quando acontece. “Quando digo sucesso falo em todos os aspectos, pode ser financeiro, e também de satisfa-ção pessoal, de produzir um bom animal, de produzir leite de qualidade, de ofertar produtos que façam diferença no merca-do interno”, explica ele.

Considerando a disponibilidade de recursos naturais do país, assim como sua posição em relação à produção mundial, espera-se um desempenho ainda melhor da pecuária leiteira de Minas e do país. En-tretanto, a velocidade das transformações que a globalização vem exigindo des-ta atividade vem aumentando cada vez mais, por isso, o desempenho tenderá a ser ainda melhor nos próximos anos.

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Capa

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Genética KCAResultado de uma história de

sucesso da raça Gir Leiteiro

Entre os criadores de Gir Leiteiro todos reconhecem que a marca C.A. é uma das melhores do Brasil. E não é para menos. A história do criador Joaquim José da Costa Noronha, o

Kinkão, tem uma trajetória de 80 anos. Essa dedicação à raça Gir Leiteiro só poderia resultar em sucesso. Excelentes animais, touros e doadoras são marcas registradas da Fazenda

Terra Vermelha, no município de Vargem Grande do Sul/SP. Entre os grandes destaques do seu plantel está o C.A. Sansão, líder no Ranking da ABCZ/UNESP - ABCGIL/Embrapa.

Fotos: ZZN Peres / Arquivo Pessoal

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Kinkão recebeu a equipe da Revista Terra Boa Agronegócios na sua Fa-zenda, no final do mês de abril. Lá, entre destaques do seu plantel catalogados em jornais, revistas e fichas de controle leitei-ro (guardados com o maior zelo pelo an-fitrião), conhecemos o trabalho sério que é realizado na Terra Vermelha há décadas. Após mergulhar nesse rico universo, con-firmamos porque a marca C.A. é tão dese-jada entre os criadores.

O sucesso é tanto que compradores da América do Sul e América Central já o procuram. Realidade comprovada pela equipe da revista que, coincidentemente, encontrou com compradores bolivianos na Fazenda.

A vida de Kinkão é marcada pelo amor à raça Gir Leiteiro, uma herança de família. Representante da terceira geração de criadores da raça, ele afirma que tudo começou com o seu avô, João Batista Fi-gueiredo Costa, que foi proprietário da Fa-zenda Campo Alegre e vislumbrou, ainda na década de 30 do século passado, dar

sequência ao traba-lho de aptidão do Gir para a produ-ção leiteira. O Con-trole Leiteiro inicia-do na fazenda, nas 600 cabeças, nunca foi interrompido e completa 80 anos este ano. Os arqui-

vos comprovam a capacidade produtiva dos animais.

A sua paixão pela raça foi transferi-da para a companheira de todas as horas, Marta, que há mais de 20 anos trabalha com o marido na fazenda e domina todas as técnicas da saudável criação do reba-

nho, que inclui cuidados desde a alimen-tação até o cruzamento. O casal tem dois filhos, João Lúcio e Ana Cecília.

Seleção Genética

A seleção genética do rebanho C.A. começou com animais consagrados da raça como Gaiolão, Astuto e Naidu, este último importado da Índia pelos criado-res Torres, Rubico, Nêne Costa e adquiri-do pela Campo Alegre na década de 60. Após a morte de seu avô, Kinkão junta-mente com seus irmãos, iniciou o plantel da Fazenda Terra Vermelha, adquirindo a maioria dos animais que foram da Cam-po Alegre. Hoje, após 20 anos de traba-

Kinkão e Marta recebem visita de criadores Bolivianos que importam a genética da Fazenda Terra Vermelha

Kinkão e C.A. Gigante, filho de C.A. Sansão

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Marta de Azevedo Bernardes na sala de troféus da Fazenda Terra Vermelha

lho como únicos proprietários da Terra Vermelha, Kinkão e Marta têm um orgu-lho danado dessa história, que ao longo do tempo registrou um sem-número de conquistas admiráveis.

Kinkão observa, de uns anos para cá, o avanço genético conquistado no seu reba-nho, cujo resultado é avaliado na sala de or-denha. Novilhas alcançando a média de 40 kg de produção e vacas, em Torneio Leitei-ro, superando o índice de mais de 50 kg. O produtor está feliz com a excelência do seu plantel, que melhora dia a dia sem cessar. Segundo ele, o seu gado é criado de forma simples, sem luxo, no sistema do semicon-finamento. Mas, muito mudou no manejo, principalmente na parte nutricional.

Entusiasmado, Kinkão afirma que o Gir Leiteiro vive um bom momento e profetiza que a raça ainda tem muito a crescer no Brasil. “Eu sempre acreditei no potencial da raça”, disse. Atualmen-te participa de 7 exposições anuais, que acabam por se tornar uma vitrine do seu bem-cuidado rebanho. Nos Torneios Lei-teiros dos quais participa o mais comum é sair como um dos vencedores. Recente-mente participou do Torneio de Passos e de Avaré. Também levará para a EXPOZE-BU 10 animais.

Entre seus touros ele destaca, além do C.A. Sansão, C.A. Xerife, C.A. Gladiador, C.A. Coronel, cujo resultado do teste de

progênie será concluído este ano, e o C.A. Gigante, filho de Sansão. Entre os seus animais enviados para teste de progênie a aprovação é de 90%.

A excelente produtividade de suas doadoras C.A. Quartinha, C.A. Quaresmei-ra, C.A. Enseada, C.A. Vistosa, também são comprovadas.

Questionado sobre os quesitos para se criar um campeão, sorte ou trabalho, ele disse que a sorte é fundamental, mas o resultado é do trabalho de 80 anos. “Acredito mais no trabalho do que na sor-te”, concluiu.

“Eu sempre acreditei

no potencial da raça”

Kinkão participa de 7

exposições anuais,

encontros esses que

acabam por se tornar

uma vitrine do seu

bem-cuidado rebanho

C.A. Sansão, lendário raçador Gir Leiteiro, é resultado da seleção genética iniciada na fazenda Campo Alegre, na década de 30 do século passado. O touro, que lidera

o ranking, é também hexacampeão entre os touros da ABCGIL/EMBRAPA (2005 e 2011). Filho de C.A

Everest, um dos principais touros provados do ranking EMBRAPA/ABCGIL, com a C.A. Eureca, destacou-se por

sua caracterização racial, pedigree único e precocidade, produzindo sêmen aos 17 meses. Como número 1 do ranking, este nobre raçador transmite às suas filhas

potencial para a produção de leite, harmonia e equilíbrio de conjunto. Por 15 anos e sete meses C.A Sanção

acumulou títulos e recordes nacionais e internacionais

Fonte: CRV Lagoa e sites de notícias

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A Fazenda Terra Vermelha na história do Gir Leiteiro

Reunião de criadores de Zebu para a criação do controle leiteiro

Fotos: arquivo pessoal

Embarque do gado

Controle leiteiro interno da Fazenda Campo Alegre do final da década 50

Na década de 30, Dr. João Batista comprou do Rio de Janeiro o touro “Gaiolão”, ainda novo, oriundo da importação feita em 1930 por Rovisio

Lemos. O Gaiolão foi vendido em 1938 para o Girista Nilo Lemos de Franca, a partir deste Touro, que é conhecido com um dos fundadores da linhagem

“Gir Paulista”, descendentes seus foram levados para outros centros de criação. Este lendário Touro, iniciou a sua carreira na Campo Alegre,

deixando ali, entre outros C.A. Paulista e C. A. Topázio.

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Algumas doadorasdo plantel Terra Vermelha

Campeã Torneio Leiteiro ExpoZebu 1996 - Primeira vaca a ultrapassar os 10.000 kg de Leiteem 1995 e em 1997 ultrapassou sua própria marca com 11.450 kg

Reservada Campeã Vaca Jovem Passos 2002 - Melhor úbere da raça Expozebu 2002 Campeã Novilha Maior Volta Redonda 2007 - Reservada Campeã Femea Jovem Megaleite 2008

C.A. Heureca (11.450 kg)

C.A. Quartinha (8.740 kg)

C.A. Iara (10.042 kg)

C.A. Elegancia (5.651 kg) C.A. Verdade (10.480 kg)

C.A. Escopeta TE (7.105 kg)

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(C.A. Oscar In B 8100 x C.A. Iza AA1064)

Campeã do Concurso Leiteiro - Avaré 2012 com média de 53,640 kgCampeã do Concurso Leiteiro - Passos 2012com média de 48,570 Kg

Lactações2º Lact.: 5/6 - 2X - 400d - 5.627 kg - 14,10 LM3º Lact.: 7/5 - 3X - 305d - 6.835 kg - 22,40 LM4º Lact.: 8/10 - 3X - 369d - 7.800 kg - 21,10 LM

C.A. ENSEADA KCA 1300 (C.A. Universo TE KCA 633 x CA Urtiga KCA 636)

Res. Campeã Vaca Adulta - Expoagro 2011Grande Campeã e Melhor Úbere - Expoam 2011

Lactações1ª Lact.: 4/5 - 2X - 365d - 4.181 kg - 11,502ª Lact.: 6/0 - 2X - 347d - 7.061 kg - 20,30 LM

C.A. CARPA KCA 1147 (C.A. Sansão KCA 472 x C.A. Quintilhana KCAK A409)

C.A. Carpa conquistou o título de Reservada Grande Campeã, com produção de 42,030 kg de leite de média - Avaré 2012

Lactações1º Lact.: 5/1 - 2X - 332d - 6.415 kg - 19,30 LM2º Lact.: 6/9 - 3X - 367d - 9.028 kg - 24,60 LM

C.A. INDIA TE KCA 1759 (Jaguar TE do Gavião GAV 291 x C.A. Vaqueira KCA 705) 2º Lugar categoria Novilha Menor - Fapija 2010Campeã Concurso Leiteiro Fêmea Jovem - Feileite 2011 Média de 36,650 kgMelhor Úbere Fêmea Fovem - Feileite 2011 Lactação 165d - 3x - 5.384 kg - em lactação

19 3643-7033 | 9105-6660 | 9304-7089 | [email protected] | [email protected] | Vargem Grande do Sul - SP

Recordista de produção para Gir AspadoC.A. ALESSANDRA KCA 964

A Terra Vermelha, todo mundo sabe,é a mais produtiva e fértil que existe.

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(C.A. Oscar In B 8100 x C.A. Iza AA1064)

Campeã do Concurso Leiteiro - Avaré 2012 com média de 53,640 kgCampeã do Concurso Leiteiro - Passos 2012com média de 48,570 Kg

Lactações2º Lact.: 5/6 - 2X - 400d - 5.627 kg - 14,10 LM3º Lact.: 7/5 - 3X - 305d - 6.835 kg - 22,40 LM4º Lact.: 8/10 - 3X - 369d - 7.800 kg - 21,10 LM

C.A. ENSEADA KCA 1300 (C.A. Universo TE KCA 633 x CA Urtiga KCA 636)

Res. Campeã Vaca Adulta - Expoagro 2011Grande Campeã e Melhor Úbere - Expoam 2011

Lactações1ª Lact.: 4/5 - 2X - 365d - 4.181 kg - 11,502ª Lact.: 6/0 - 2X - 347d - 7.061 kg - 20,30 LM

C.A. CARPA KCA 1147 (C.A. Sansão KCA 472 x C.A. Quintilhana KCAK A409)

C.A. Carpa conquistou o título de Reservada Grande Campeã, com produção de 42,030 kg de leite de média - Avaré 2012

Lactações1º Lact.: 5/1 - 2X - 332d - 6.415 kg - 19,30 LM2º Lact.: 6/9 - 3X - 367d - 9.028 kg - 24,60 LM

C.A. INDIA TE KCA 1759 (Jaguar TE do Gavião GAV 291 x C.A. Vaqueira KCA 705) 2º Lugar categoria Novilha Menor - Fapija 2010Campeã Concurso Leiteiro Fêmea Jovem - Feileite 2011 Média de 36,650 kgMelhor Úbere Fêmea Fovem - Feileite 2011 Lactação 165d - 3x - 5.384 kg - em lactação

19 3643-7033 | 9105-6660 | 9304-7089 | [email protected] | [email protected] | Vargem Grande do Sul - SP

Recordista de produção para Gir AspadoC.A. ALESSANDRA KCA 964

A Terra Vermelha, todo mundo sabe,é a mais produtiva e fértil que existe.

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A Pecuária e a MúsicaAlmir Sater é natural de Cam-

po Grande, Mato Grosso do Sul. Embora seja filho de comerciante, sempre gostou de estar em contato com a terra. Na primei-ra oportunidade que teve conquistou o seu quinhão, no Pantanal. Desde 1992 investe no agronegócio através do cruzamento in-dustrial para a produção de carnes.

É também criador de animais PO da raça Senepol, taurino de origem tropical. A opção pela raça se deu pela docilidade dos animais, maciez da carne, rusticidade e precocidade. “ Sou violeiro, não toureiro ”, disse brincando.

Em uma região onde se concentram grandes produtores e criadores, ele afir-ma ser o menor deles, mas procura fazer um bom trabalho para acertar na criação, seleção genética e engorda.

Perfi

l

A Raça Senepol é relativamente nova no Brasil. Os primeiros animais che-garam ao país no ano 2000. Mas a sua adaptação em países de clima tropical é comprovada segundo dados da ABCB (Associação Brasileira de Criadores de Bo-vinos Senepol). A seleção da raça trans-formou os animais em uma linhagem de características fortes e mais resistentes ao calor. E a propriedade de Almir, a Lucerito, em Maracaju/MS, está localizada em uma região de clima quente.

Desde que optou pela criação da raça Senepol já trabalha com a seleção dos animais. E os resultados já começa-ram a aparecer através do touro GBAS do Brandamundo, que está na Central Nova Índia, em Campo Grande. Como criador ele trabalha sério e a sua meta é a venda

de genética do seu rebanho. Para o cruza-mento industrial, o pecuarista usa animais da raça Angus com os quais faz cruza-mento com o Nelore e Senepol. “ Eu faço o cruzamento do Angus com o Nelore. As fêmeas desse cruzamento são insemina-das com touros da raça Senepol”. Esse tra-balho é realizado para diminuir a pelagem dos animais.

Almir opta pela inseminação através da sincronização de cios, o que concen-tra o nascimento em uma mesma época e facilita o trabalho de gestão da fazenda. O sistema de criação dos animais é a pasto.

Na sua propriedade, a produção de grãos é destinada a alimentação do re-banho e ao consumo doméstico. Em pe-quenas áreas são produzidos de milho a trigo. O resultado dessa colheita abaste-

Almir Eduardo Melke Sater tem muitas

paixões na sua vida, mas duas delas

marcam a sua trajetória profissional:

a música e a terra. Através da arte

ele cria músicas e encanta. É violeiro,

cantor, compositor, instrumentista e

ator. Através da terra é produtor rural e

criador de animais da raça Senepol.

Essas paixões se misturam nas suas

composições e fazem o seu estilo

musical ser reconhecido em todo país,

como uma das melhores referências

da Música Popular Brasileira.

Ele divide a sua vida profissional

em shows, pelo Brasil afora, e como

pecuarista, no Mato Grosso do Sul.

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ce, também, uma escola de alfabetização que mantém na sua propriedade em par-ceria com a prefeitura, e que atende toda a comunidade pantaneira. “ O Pantanal é regido pelas águas. Na época da cheia é impossível chegar a alguns lugares. A produção é necessária para abastecer a propriedade. Como é necessária a escola para proporcionarmos o acesso a educa-ção para as crianças da região”.

Sempre apaixonado pela terra, des-taca que hoje, através da tecnologia, é possível fazer uma fazenda mais rápido, mas é preciso ter alguns cuidados. “ É pre-ciso ter lugar para o gado, para os bichos, para gente”, enfatizou.

Preocupado com as questões am-bientais, Almir disse que o produtor atu-almente é mais consciente, pois sabe que se não preservar não conseguirá produzir.

“Fazenda degradada não produz. O pro-dutor é sempre o vilão quando se fala em preservação, mas ele vive da produção, tem que ser consciente. A população ur-bana também agride o meio ambiente, vejam os rios da cidade”, enfatizou. Con-servacionista, já participou de entidades e instituições que defendem a preservação ambiental.

Almir enfatiza que o agronegócio sustenta a economia do país, mas que a maioria não reconhece o trabalho do pro-dutor rural. “É o produtor rural que nos alimenta. O excesso de gente no mundo nos faz repensar muitas coisas. A terra é a que temos. É preciso ter o mato, ter as criações, ter as lavouras e espaço para as pessoas. É preciso buscar o possível para conciliar o desenvolvimento com a sus-tentabilidade”, conclui.

Fazenda

degradada

não produz.

O produtor

é sempre o

vilão quando

se fala em

preservação,

mas ele vive

da produção,

tem que ser

consciente

Exemplares da raça Senepol criados na Fazenda Lucerito

Fotos: arquivo pessoal

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IAIÁ TE VILA RICA(Meteoro de Brasília x Fada Vila Rica)

Recordista Mundial Categoria Vaca Adulta

Produção em um só dia de 63,110 Kg

Média de 59,160 Kg/diaTorneio Leiteiro Fenagro/BA

Dezembro/2011

(C.A. Sansão x Lelivéldia TE Poções)

Recordista Mundial Categoria Fêmea Jovem

Produção em um só dia de 43,234 Kg

Média de 42,072 Kg/diaTorneio Leiteiro de Araxá/MG

Abril/2012

MIMOSA FIV VILA RICA

BR 070, Km 46 - Cocalzinho/GO61 3363-8575 / [email protected]

FAZENDA VILA RICA

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de um criador genuíno

A TrajetóriaGir Leiteiro

Pecu

ária

de

Elite

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É certo que o Brasil passa da uma condição de importador para a de exportador de produtos lácteos, e gran-de parte dessa virada, deve-se à intensifi-cação do uso de alta tecnologia, especial-mente dentro da porteira, onde palavras como inseminação artificial, transferência de embriões, fecundação in vitro há mui-to deixaram de ser novidade e passa-ram a integrar um rol corriqueiro de ati-

Desde pequeno Dílson Cordeiro via as dificuldades e a “peleja” dos pais em tocar

uma fazenda, mas aquilo o encantava. Formou-se em Engenharia Civil e foi em Ouro

Preto/MG, que conheceu sua esposa, Maria do Carmo, tendo com ela quatro filhos:

Tatiana, Dílson, Paula e Tiago. Com a morte do pai, Dílson resolveu ter sua própria

fazenda e escolheu uma perto de Brasília, onde mora.

vidades da fazenda. Neste aspecto, o Gir Leiteiro é exemplo para o Brasil e para o mundo tropical. Que o diga Dílson Cor-deiro de Menezes, 64 anos, proprietário da Fazenda Vila Rica, localizada na BR 070, Km 46, em Cocalzinho de Goiás. Esse produtor, nascido na fazenda Capão Pre-to, no município de Tiros/MG, conta hoje com um rebanho de 700 animais - todos controlados. Suas vacas possuem contro-

le leiteiro oficial da ABCZ. Criador de su-cesso? Não, responde ele. “Apenas um criador que faz, porque gosta do que faz, gerenciando um negócio com visão em-presarial”.

Optou pela produção de leite, ini-ciando o plantel com algumas vacas herdadas do pai (Altino Cordeiro). Com o tempo, adquiriu 20 novilhas Gir Mo-cha, da Fazenda Faroeste para a produ-

Fotos: arquivo pessoal

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Jasmin FIV Vila Rica

ção de F1, sendo que posteriormente foram inseminadas com o famoso tou-ro Gir Sansão, que produziu a renomada Fada Vila Rica.

“Desde o início, procurei trabalhar na formação de um plantel objetivando genética e produtividade. Graças a Deus consegui . Temos exemplos na raça Gi-rolando como a Dayane (16.534,52 kg em 374 dias), Amêndoa (10.756,88 kg em 339 dias) e a Africana entre outras,

todas vacas campeãs de Torneios Leitei-ros em Uberaba/MG e Brasilia/DF”.

Nesta mesma época o produtor implantou junto com outros criado-res da raça, o Núcleo dos Criadores de Girolando de Brasília, que presidiu por dois mandatos. No ano de 2000, mais ou menos, quando o mercado do Gir iniciou sua ascensão, ele adquiriu ani-mais de criadores renomados como: Faz. Calciolândia, Faz. Brasília e Faz. Pal-

ma. Então, por meio do processo de TE (Transferência de Embriões), reproduziu e aumentou seu plantel que posterior-mente foi aprimorado com o processo de FIV (Fertilização in vitro).

Em entrevista exclusiva à Revista Terra Boa Agronegócios, Dílson Cor-deiro de Menezes, fala um pouco do crescimento do Gir Leiteiro, na pecuária nacional, da sua trajetória e da adminis-tração dos seus negócios.

TB: O trabalho como engenheiro o levou a Brasília. Como foi a sua trans-ferência de Minas Gerais para o Distri-to Federal?

Dílson Cordeiro: Concluí Engenha-ria Civil em 1969, na Faculdade Federal de Ouro Preto,MG. O mercado de cons-trução civil em Brasília/DF estava em pleno vapor, quando aportamos por aqui. Trabalhei posteriormente em Cam-po Grande/MS, retornando a Brasília em 1990 onde me estabeleci.

TB: O senhor se encantou pelas terras do Planalto Central ou preferiu produzir nessa região por ter fixado re-sidência em Brasília?

Dílson Cordeiro: Tivemos um pe-queno rebanho leiteiro como herança do meu pai, em 1991. Ocasião em que adqui-ri a primeira propriedade (Vila Rica I) em Cocalzinho/GO, pela facilidade de opera-ção e proximidade de Brasília. Também para alojar e iniciar minha criação, o que já era uma vontade.

TB: Ao criar o Núcleo dos Criado-res de Girolando de Brasília, instituição que geriu por dois mandatos, quais eram os seus objetivos e os dos demais criadores que o apoiaram?

Dílson Cordeiro: Incrementar a Ba-cia Leiteira do Distrito Federal e entorno de Brasília.

TB: A paixão pela raça Gir Leiteiro é uma tradição de família?

Dílson Cordeiro: Meus avós e meus pais eram criadores de Gir Leiteiro, ani-mais rústicos, no sistema da época. Passa-mos a gostar da raça.

TB: Da dificuldade enfrentada por seus familiares para “tocar a fazenda”, o que o senhor trouxe como experiên-cia e pode ser aplicada hoje?

Dílson Cordeiro: Os meios opera-cionais da época não tinham muita tec-nologia e processos eficientes. Porém, a determinação e a vontade de realizar, buscando resultados positivos, foram ca-racterísticas sempre presentes na minha personalidade. Hoje, com a evolução dos métodos operacionais e racionais, utiliza-mos equipamentos disponíveis no mer-cado, associados ao aprendizado de in-fância, que resulta no bom desempenho que estamos conquistando.

TB: O senhor afirma que o seu de-safio é buscar eficiência na produção, diminuindo custos, melhorando a ges-tão da propriedade rural, permanecen-do atento às sinalizações do mercado. Como tem enfrentado esses desafios e quais são os seus resultados?

Dílson Cordeiro: Treinamento de equipe, valorização da mão de obra, uti-lização de processos racionais e mecani-zação. Os resultados vieram naturalmente com a conquista, principalmente, de Re-cordes Mundiais em produção Leiteira.

TB: Alguns de seus animais têm quebrado recordes em torneios leitei-

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ros. Qual é o diferencial da sua fazenda para ter esses bons índices de produção?

Dílson Cordeiro: Eu e minha espo-sa Maria do Carmo, temos uma presença constante na Fazenda, gerenciando com muito amor e dedicação.

TB: Quais os grandes desafios da pecuária nacional?

Dílson Cordeiro: Alta tributação impos-ta pelo Governo, os monopólios e cartéis cria-dos na atividade. O leite é alimento social, não faz diferença na balança comercial.

TB: O Sr. trabalha para a melhoria genética do seu rebanho, com foco na produção de leite. Quais são as priori-dades nesse trabalho?

Dílson Cordeiro: Desejamos a cada dia o aumento da produção do rebanho, para isso selecionamos animais morfologica-mente capazes de locomoção e produção.

TB: Qual a atual média de produ-ção da sua fazenda?

Dílson Cordeiro: Nosso rebanho tem média de aproximadamente 7.000,0 kg/ 365 dias.

TB: O Sr. tem animais descen-dentes dos melhores progenitores da raça Gir Leiteiro como o Radar dos Poções e C.A. Sanção. Quando bus-cou essa genética específica, o que procurava melhorar no seu rebanho? Quais os resultados que conquistou?

Dílson Cordeiro: O Radar, melhora-dor de características raciais, e C.A. San-são é chamado Rei Sansão, pois é grande produtor de campeãs em torneios, como Fada Vila Rica, Mimosa Fiv Vila Rica, entre outras.

TB: Além da criação dos animais da raça Gir Leiteiro e Girolando, quais as outras atividades exercidas na sua fazenda?

Dílson Cordeiro: Fazemos agricultura de subsistência com cultivo de milho para silagem numa área de aproximadamente 60 hectares.

TB: O seu rebanho é formado por quantos animais?

Dílson Cordeiro: Nosso rebanho total de Gir Leiteiro é de aproximadamente 700 animais nas Fazendas Vila Rica I e II.

Hana

Kalika FIV Vila

Irado TE Vila Rica

Fada Vila Rica

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na terra do Girolando“O Rio do Leite”

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Paulo Ricardo Maximiano, empresário paulista, ingressou no agronegócio

há 15 anos, por meio de uma sociedade com um amigo, em uma fazenda

no município de Capetinga/MG. A sociedade durou seis meses. Paulo Ricardo

gostando muito da atividade resolveu adquirir a parte do sócio,

vislumbrando geneticamente um “Rio de Leite” na propriedade.

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Hoje, ele cria animais das ra-ças Gir Leiteiro, Holandês e Girolando, produz 3.000 litros de leite/dia, investe na cafeicultura e no melhoramento genético do rebanho, o qual comercializa para pro-dutores e selecionadores do mercado.

Para iniciar a produção de leite, Pau-lo investiu na raça Holandesa, adquirindo, inicialmente, 60 vacas das Fazendas For-taleza (de Aloísio Andrade de Faria, em Nova Odessa/SP) e Toca (do Grupo Pão de Açúcar, em Itirapina/SP), “Depois compra-mos mais umas 40 vacas, também, HPB de outros planteis”, esclarece o produtor.

Paulo Ricardo passou então a in-vestir em infraestrutura; com o constante crescimento da atividade, sempre inovan-do, modificando e adaptando às necessi-dades da fazenda.

“Nosso objetivo era chegar a 3.000 litros de leite/dia, o que conseguimos em 2001. Em 2002, um veterinário que nos dava assistência nos orientou a inseminar algumas vacas com sêmen de touros Gir Leiteiro, porque a raça Girolando estava se firmando como a raça mais adequada para produção de leite nos trópicos, aceitamos. Passados alguns meses as vacas começa-ram a parir os animais da raça Girolando, o que muito nos agradou. A partir desta fase, passamos a inseminar mais vacas holande-

sas, e, para aumentar a produção de ani-mais girolando, adquirimos 200 matrizes Gir, que passaram a ser inseminadas com sêmens dos melhores touros holandeses do mundo”, relata o produtor.

E o veterinário estava certo, a raça Girolando cresceu consideravelmente na última década e se firmou como uma das melhores alternativas de produção leiteira para os países tropicais. Patrimônio Gene-ticamente Nacional, o Brasil já exporta a sua genética para outros países tropicais. Conforme dados da Associação Brasilei-ra dos Criadores de Girolando, com o re-sultado da implantação do PROGRAMA GIROLANDO, Projeto Governamental de melhoramento, amplo e bem planejado, o Brasil começa a atingir dentro da Pecuá-ria Leiteira, níveis compatíveis com as suas necessidades e potencialidades.

Com relação à produção, a fazenda superou a meta e hoje produz 3.500 litros de leite/dia. Tem aproximadamente 150 vacas em lactação. “A média de produ-tividade do gado Girolando gira em tor-no de 22 quilos de leite/dia e do rebanho Holandês, em torno de 30 quilos”, diz o produtor.

Paulo Ricardo conta que nos finais de semana procura estar na fazenda com a presença da família.

Nosso objetivo era

chegar a 3.000 litros

de leite/dia, o que

conseguimos em 2001.

Em 2002, um veterinário

que nos dava assistência

nos orientou a inseminar

algumas vacas com

sêmen de touros Gir

Leiteiro, porque a raça

Girolando estava se

firmando como a raça

mais adequada para

produção de leite nos

trópicos

Campeã da CabanhaRegistro: Z 4200

1º lugar categoria 1/2 sangue Torneio Leiteiro Megaleite 2011Com 68,263 kg/dia

3º lugar categoria geral

Decorada da CabanhaRegistro: Z 4199

Campeã Vaca 3 anos Júnior Agroleite 2009 - Castro/PR Reservada Campeã Vaca 3 anos Júnior da Megaleite 2009 Campeã Bezerra Júnior da Expass 2007 Reservada Melhor Fêmea Jovem da Expass 2007

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Rebanho

Com os bons resultados alcança-dos, Paulo Ricardo ampliou o seu projeto e passou a selecionar geneticamente ani-mais das raças Gir Leiteiro e Girolando.

“Começamos a participar de Feiras Agropecuárias e Exposições em várias regiões, com animais de qualidade, al-gumas boas classificações começaram a acontecer. Atualmente, empregamos as mais modernas técnicas para reprodução de bovinos, como inseminação artificial utilizando sêmen convencional e sexado, transferência de embriões e a mais utiliza-da hoje é a FIV”, aponta.

Com a excelente qualidade dos seus animais, Paulo Ricardo viu que poderia vender algumas fêmeas em leilões pro-movidos por amigos produtores e em ex-posições. Os bons resultados o levaram a investir no seu próprio leilão.

Paulo Ricardo promoveu em 2010 o 1° Leilão Anual Leite por Excelência da Fazenda Córrego Branco. Em 2011 foi re-alizada a segunda edição do Leilão com grande sucesso. O 3º Leilão Leite Por Exce-lência da Fazenda Córrego Branco aconte-cerá em 02 de junho de 2012. Irá a rema-te 200 animais, entre animais da Córrego Branco, “O Rio do Leite” e convidados.

“Do segundo leilão anual realizado em 04 de junho de 2011, saíram três cam-peãs na MEGALEITE : A RBC Bigorna, Gran-de Campeã Nacional Vaca 5/8 sg; Fortaleza TE Ribeirão Grande, Campeã Nacional Vaca 4 anos na categoria 5/8 e a vaca Campeã da Cabanha, sagrou-se campeã do Con-curso Leiteiro, categoria 1/2 sangue, com produção média de 68.263kg/dia.

O plantel da Fazenda Córrego Bran-co é de 1100 animais, entre Gir Leitei-ro, Holandês e Girolando. “Para garantir o bom manejo da fazenda conto com a colaboração de 40 funcionários, técni-

Madre da BadajósRegistro: LLB 98

Condomínio: Paulo Ricardo Maximiano Perivaldo Machado

Diva FIV do TarimRegistro: PRLB 240

Uvedália CalRegistro: CAL 7094

Condomínio:

Getulio Vilela de Figueiredo Miller Cresta

Paulo Ricardo Maximiano

cos, médicos veterinários, e ainda, com o apoio da minha esposa, Glasiela Maxi-miano, que é médica veterinária”, salienta Paulo Ricardo.

Cafeicultura

Do projeto inicial da Fazenda, sobre a produção de café, Paulo Ricardo alcan-çou a produção de 4.000 sacas/ano em 65 hectares. A estrutura dessa área inclui lava-dores, descascadores, terreirão, secadores, beneficiadora e uma colhedora de café au-tomotriz para sistema adensado.

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Even

to o melhor do GirolandoMarca Histórica

O Leilão Girolando,

Noite de Gala,

da Fazenda

Santa Luzia foi

coroado mais uma

vez com a quebra

de recorde em

valorização

da raça

O Leilão Anual da Fazen-da Santa Luzia, realizado nos dias 27 e 28 de abril, foi marcado pela parti-cipação de grandes criadores e em-presários de vários estados brasilei-ros. Na Noite de Gala, realizada em 27/04, foram ofertados lotes espe-ciais do Girolando Santa Luzia e de alguns convidados. No dia 28/04, no 11º Leilão Anual da Fazenda foram comercializados 300 animais com média de R$ 6.766,54.

Na Noite de Gala foram comerciali-zados 33 lotes do que existe de melhor em Girolando de alto valor genético e produtivo. Prova disso é a média geral alcançada no leilão, R$ 25.716,36, supe-

rando as edições anteriores e demons-trando o grande crescimento da raça. O resultado geral dos leilões ultrapassou o montante de R$ 2.800.000,00.

O destaque ficou com a venda de Opinante Eshof Santa Luzia uma das grandes matrizes ½ sangue reveladas pela genética Santa Luzia, com lactação oficial de 14.400 kg. Muito leite, fertilida-de, caracterização leiteira aliada ao vigor, qualidades típicas de uma grande do-adora ½ sangue. Opinante foi vendida 50% por espantosos R$ 172.800,00, re-presentando o novo recorde mundial de valorização da raça.

O criador de Fernandópolis/SP, Feli-pe Dib Machado, da Fazenda São Pedro,

A grande estrela da noite Opinante Eshof Santa Luzia, adquirida por Walmir e Felipe Machado da Fazenda São Pedro. Os investidores optaram por 50% do animal, comercializado no valor total de R$ 345.600,00, iniciando uma parceria com a Fazenda Santa Luzia. Na foto, os compradores

Walmir e Felipe recebem brinde de José Coelho Vitor e Maurício, da Fazenda Santa Luzia

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Confira a galeria de fotos do Leilão da Santa Luzia

um dos maiores produtores de leite a pasto do estado paulista, comprou 50% do animal que ficará em condomínio com a Fazenda Santa Luzia. A primeira aquisição em consórcio de Felipe repre-senta a confiabilidade no trabalho reali-zado na Fazenda Santa Luzia. “O Maurí-cio é nosso amigo e nos abriu as portas da Santa Luzia para entrarmos na cria-ção do Girolando com animais de ponta. Esta parceria é nosso voto de confiança no trabalho realizado por ele e toda a sua equipe”, disse Felipe.

A qualidade dos animais comer-cializados na Noite de Gala foi ressal-

tada por vários criadores que acom-panham o trabalho da Fazenda Santa Luzia. Entre eles Adriano Camargo, do Grupo MA SHOU TAO, que participou do leilão como convidado. “A qualida-de dos animais deste ano é superior à dos animais ofertados em 2011, como tem acontecido anualmente, ou seja, uma evolução constante”. Para nós da MA SHOU TAO é um prazer fazer par-te do leilão da Santa Luzia”. Já Luiz Car-los Rodrigues, proprietário da Fazenda Nova Terra, em Uberaba, também en-fatizou a qualidade dos animais e dis-se que a raça Girolando está onde está

pelo trabalho realizado por vários cria-dores, entre eles a Fazenda Santa Luzia.

Durante o leilão, Maurício Silvei-ra Coelho, gestor da fazenda no setor da pecuária, disse que a Santa Luzia procura surpreender o mercado, co-locando à venda animais altamente diferenciados, que inclusive são im-prescindíveis para o trabalho de me-lhoramento genético da Santa Luzia. Ele enfatizou ainda as qualidades da raça Girolando e a união e parceria dos criadores. Confira nas próximas pá-ginas os melhores momentos desse grandioso leilão.

Fotos: Luciene Franklin / Allan Françozo

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117-

7858

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referência da SinháNelore Natural,

Há 15 anos, Caio Barra, como é mais conhecido, optou por criar ani-mais da raça Nelore. Há mais de 10 anos, está na Seleção de gado PO. A paixão pelo gado é herança de família. Seu avô, Vicente de Paulo Barbosa da Silva, foi um dos maiores criadores de Gir Leiteiro de Sete Lagoas, na década de 50 do século passado.

Formou a sua propriedade, a Pri-mavera da Sinhá, com parte da herança recebida de sua mãe e adquirindo mais áreas, hoje está com 800 hectares de terras no município de Araçaí, próximo a Sete Lagoas, região Centro-Norte de

Pecu

ária

de

Elite

O mineiro Caio

Márcio Barbosa

Barra é engenheiro,

empresário e

pecuarista. Apesar

de a engenharia ser

a sua escolha de

formação acadêmica,

as suas raízes ligadas

a terra o levaram ao

agronegócio

Minas Gerais. O nome é uma homena-gem a sua mãe, chamada pelos amigos e familiares de Sinhá.

Casado, pai de três filhos e avô de dois netos, Caio espera que um dia, pelo menos um deles se apaixone pela ativi-dade no campo. “O gosto pela pecuária se forma com a vida”.

O Criador

Caio começou as atividades na fazenda como produtor de leite. De-pois passou a criar Nelore cara lim-pa. Com o passar do tempo concluiu

Fotos: arquivo pessoal

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que precisaria agregar valor a sua atividade, decidiu investir no gado PO. Como nelorista observou mui-to, antes de investir nos animais PO. “Eu não quero passar por essa vida para ser mais um criador. Eu quero ser um criador de Nelore Natural. Quero deixar para meus filhos e netos matrizes gene-ticamente superiores. Eu sempre primo pela qualidade. Tenho metas e objetivos naquilo que faço”, disse Caio.

A base genética de seu rebanho veio dos melhores plantéis do País: Fa-zenda do Sabiá, cujo trabalho é uma referência para Caio, Fazenda Baluarte e VR. Há seis anos conheceu Ronaldo Bonifácio Silva, o Bony, consultor da raça Nelore, que há tempo presta as-sessoria na sua fazenda. Segundo Caio, muitas de suas conquistas são resulta-dos do trabalho realizado pelo Bony.

A busca pela qualidade e ho-mogeneidade, faz com que os ani-mais do plantel da Fazenda Prima-vera da Sinhá sejam diferenciados. O trabalho de avaliação genética, re-alizado em parceria com a Excegen, é criterioso garantindo aos comprado-res um produto de qualidade supe-rior. “Eu vendo touros melhoradores e meus clientes estão satisfeitos com os resultados dos animais”, afirmou. O sistema de manejo da fazenda é re-alizado a pasto. Caio também enfatiza que o seu Nelore é Natural, uma refe-

rência ao manejo adotado na fazenda.Nesses 15 anos de atividade

destaca um animal, que além de ven-cedor nas pistas, já está comprovado como produtor de bons filhos, o tou-ro DISMAL TE DA SINHÁ, que ganhou 26 campeonatos. Os seus filhos já co-meçam a se destacar nas pistas, um deles, KHAN FIV da Sinhá foi 1o prê-mio na EXPOINEL/MG, Exposição de Avaré e Campeão Júnior Menor na Exposição de Itapetininga, em 2012.

O DISMAL é a grande expecta-tiva do produtor. “Eu acredito muito no DISMAL, tanto na produção, quan-to na pista” disse Caio. Hoje, o criador soma 15 anos como criador da raça Nelore, mas quando completou sete anos na atividade fez um touro vence-dor. Esse resultado, segundo ele, é de-corrente da determinação e da sorte.

Atenção especial as principais matrizes do rebanho, tais como: Dafine da Sinhá, Dahra da Sinhá, Felina TE da Sinhá, Naruska da J Galera, Electra da Sabiá, Camaina Ageo e Manila da Vi-sual entre outras, que passam por uma rigorosa seleção, em vários requisitos para formarem o lote de doadoras, que bem acasaladas garantem o melhora-mento genético e o desenvolvimen-to do rebanho. Frequentemente, Caio adquire matrizes dos mais renomados plantéis do País e conta com o que tem de mais moderno.

Dismal TE DA SinháGrande Campeão Touro Jovem

2006/2007Campeão Touro Jovem1º Expoinel de Goiânia/2006Reservado Grande Campeão1º Prêmio GrandExpoBauru20061º Prêmio Touro SeniorExpoinel Mato Grosso do Sul2006

O sistema

de manejo

da fazenda

é realizado a

pasto. Caio

também enfatiza

que o seu Nelore

é Natural, uma

referência ao

manejo adotado

na fazenda

Progênie Dismal TE DA Sinhá

Caio Barra e Dismal TE DA Sinhá

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Além da venda permanente de ani-mais na Fazenda, Caio participa, regu-larmente, de vários leilões de Gado Elite Nelore, nos quais juntamente com convi-dados oferta o que há de melhor na raça.

Além de criador de Nelore, Caio investe em ações preservacionis-tas. Plantou na Primavera da Sinhá 30 mil pés de cedro australiano. As árvores, que não pretende cortar, deixará como investimento para os filhos e netos. “Quando precisarem cortar não enfrentarão problemas burocráticos, pois a venda dessa madeira é permitida”. Em outra área planta eucaliptos. A minha fazenda é bem sombreada, preservo a área e temos qualidade de vida no local. Procuro fazer tudo da forma mais correta possível, tenho um zelo mui-to grande pela minha propriedade”, concluiu o criador de Nelore.

O Programa de Qualida-de Nelore Natural

No Brasil há um Programa de Qualidade para o Nelore Natural criado por iniciativa da ACNB (Asso-ciação dos Criadores de Nelore no Brasil). O programa foi adotado em 1999 e reúne um conjunto de nor-mas e procedimentos para garantir o padrão de carcaças da raça Nelo-re em sistema de produção a base de forrageiras. O gado pode receber suplementação, mas apenas com produtos de origem vegetal e por tempo limitado. A proposta é ofere-cer ao mercado uma carne diferen-ciada pela padronização e qualidade controlada.

O programa está baseado na simplicidade e praticidade, de for-ma que qualquer criador, recriador

ou invernista pode participar, inde-pendentemente do tamanho de seu rebanho. As indústrias frigoríficas e os estabelecimentos de varejo de-vem ser habilitados pelo Programa. O PQNN já alcançou números que o colocam como o maior programa de qualidade de carne já implementa-do no país.

Fonte: ACNB

No Brasil há um

programa de

qualidade para o

Nelore Natural criado

por iniciativa da

ACNB (Associação

dos Criadores de

Nelore no Brasil).

O programa foi

adotado em 1999

e reúne um conjunto

de normas e

procedimentos para

garantir o padrão

de carcaças da raça

Nelore em sistema

de produção a base

de forrageiras

Caio Barra e Dismal - Premiação na Expozebu 2006

CMBB 245

Dafine

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em Minas GeraisO Ranking do Nelore

O segundo julgamento de 2012 de animais da raça Nelore, no Estado de Minas Gerais, aconteceu na 49ª Expass (Exposição Agropecuária de Passos/MG) e reuniu 257 animais no Parque de Exposi-ções Adolpho Coelho Lemos, entre os dias 16 e 24 de março. O primeiro julgamento ocorreu em Uberaba durante a Expoinel Minas, no mês de fevereiro. Organizado pela Associação Mineira dos Criadores de Nelore (AMCN), o evento pontua os ani-mais para o ranking nacional.

Com 26 expositores, 159 fêmeas e 98 machos, a etapa de julgamento em Passos é considerada pelos organizado-

O julgamento

da raça Nelore,

nas exposições

de Passos e

João Pinheiro,

prepara os

criadores para

a participação

na ExpoZebu

res uma das melhores do estado. Parti-ciparam produtores de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.

O produtor Antônio José Vaz, o Katonho, tem propriedade em Pira-pora/MG e trouxe seus animais para a EXPASS. O criador disse que o julga-mento da Expass se destaca não pela quantidade, mas pela qualidade dos animais. Com 30 anos de experiência, ele trouxe 10 animais para a exposição e afirmou que passar pelo julgamen-to é importante para avaliar o trabalho realizado. “Às vezes, na fazenda, acha-mos que fazemos tudo certo, e chega

Even

to

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Data Evento Cidade

14 a 22/04 19ª Exposição Ranqueada do Nelore João Pinheiro01 a 12/05 Expozebu 2012 Uberaba15 a 20/05 69ª Expocurvelo Curvelo01 a 10/06 14ª Ranqueada do Nelore Janaúba04 a 10/06 53ª Fenamilho - Ranq. do Nelore Patos de Minas01 a 10/07 38ª Exposição Agrop. Montes Claros Montes Claros07 a 15/07 Expoagro 2012 Gov. Valadares 11 a 15/07 46ª Exposição Agropecuária Dores do Indaiá

Calendário Nelore

Agenda

no momento do julgamento vemos que temos muito o que melhorar”, afirmou.

Para Loy Rocha, gestor executivo da AMCN, será difícil reunir mais animais na pista em outras exposições do estado. “Os criadores vão apurando os animais de acordo com a par-ticipação dos demais criadores e começam a selecionar o seu rebanho”, afirmou. Ainda segundo Loy, a grande expectativa recai sobre a ExpoZebu (28/04 a 10/05 - Uberaba/MG) evento que baliza todo o mercado.

Para Célio Arantes Heim, um dos juízes em Passos, o nível dos animais na EXPASS é excelente. Ele enfatiza que além dos critérios de avaliação dos animais como padrão racial, apru-mos funcionais, desenvolvimento da carcaça, desenvolvimen-to muscular, equilíbrio e harmonia, a precocidade dos animais é um dos fatores que mais se destaca nos julgamentos. Isso é uma conquista da raça decorrente do melhoramento genético e uma exigência do mercado hoje.

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Grande CampeãTAYALA FIV SABIÁ Fazenda do Sabiá

Reservada Grande CampeãHELENA TE PORTO SEGU Dorival Antônio Bianchi Campeã Fêmea AdultaTAYALA FIV SABIÁ Fazenda do Sabiá

Reservada Campeã Fêmea AdultaHELENA TE PORTO SEGU Dorival Antônio Bianchi Campeã Fêmea JovemCRISTAL XXII FIV DA SABIÁ Fazenda do Sabiá

Reservada Campeã Fêmea JovemMIRRA FIV DA RFA José Antônio Furtado

Grande CampeãEGIPCIA FIV STA CRUZGil Pereira

Reservada Grande CampeãKALAHARY IV FIV EC DA SJGFazenda São João Grande Campeã Fêmea AdultaEGIPCIA FIV STA CRUZ Gil Pereira

Reservada Campeã Fêmea AdultaPEREZ FIV AGROPEVA Fazenda Novo Horizonte Campeã Fêmea JovemHAULE FIV RACA PURAFazenda Andorinhas

Reservada Campeã Fêmea JovemDD FIV AGROPEVAFazenda Novo Horizonte

Classificação geral da Expass

Classificação Geral João Pinheiro

Campeã Novilha MaiorAGRA FIV DA SABIÁ Fazenda do Sabiá

Reservada Campeã Novilha MaiorJARINA I CRISTAL Pedro Venâncio Barbosa Campeã Novilha MenorFAGULHA I FIV DO BONY Ronaldo Bonifácio da Silva

Reservada Campeã Novilha MenorINDIA FIV RACA PURAFabio C. Pavão / Valdir A. Ceccatto Campeã BezerraITALIA FIV RACA PURA Fábio C. Pavão / Valdir A. Ceccatto

Reservada Campeã BezerraMIRAGEM FIV DA PERBONI Ronaldo Bonifácio da Silva

Campeã Novilha MaiorKALAHARY IV FIV EC DA SJGFazenda São João Grande

Reservada Campeã Novilha MaiorJARINA I CRISTALFazenda Cristal Campeã Novilha MenorLECHIA DA CRISTALFazenda Cristal

Reservada Campeã Novilha MenorINDIA FIV RACA PURAFazenda Andorinhas Campeã BezerraGARUSA FIV STA CRUZGil Pereira

Reservada Campeã BezerraGRANOLA FIV STA CRUZGil Pereira

Grande CampeãoASTOR FIV DA SABIÁ Fazenda do Sabiá

Reservado Grande CampeãoFEITOR FIV STA CRUZ Gil Pereira

Campeão Touro SêniorNISK FIV DA PERBONI Cassiano Terra Simão

Reservado Campeão Touro SêniorAYMORE FIV Cassiano Terra Simão Campeão Touro JovemARATAU FIV Fazenda Araras Ltda

Reservado Campeão Touro JovemGRINGO FIV Cassiano Terra Simão

Grande CampeãoFEITOR FIV STA CruzGil Pereira

Reservado Grande CampeãoHECTOR 4 CRISTALFazenda Cristal

Campeão Touro SêniorHECTOR 4 CRISTALFazenda Cristal

Reservado Campeão Touro SêniorPOMPEU FIV AGROPEVAFazenda Novo Horizonte Campeão Touro JovemARATAU FIV ARAFazenda Araras

Reservado Campeão Touro JovemJASPIN I CRISTALFazenda Cristal

Campeão Júnior MaiorASTOR FIV DA SABIÁ Fazenda do Sabiá

Reservado Campeão Júnior MaiorFEITOR FIV STA CRUZ Gil Pereira Campeão Júnior MenorAUTOCRATA FIV DA SABIÁ Fazenda do Sabiá

Reservado Campeão Júnior MenorGARGAN FIV CASS Cassiano Terra Simão Campeão BezerroJUBILO TE PORT Dorival Antônio Bianchi

Reservado Campeão BezerroGALAK TE DA BAL Fazenda Baluarte

Campeão Júnior MaiorFEITOR FIV STA CRUZGil Pereira

Reservado Campeão Júnior MaiorFARISEU FIV STA CRUZGil Pereira Campeão Júnior MenorINDIO FIV RACA PURAFazenda Andorinhas

Reservado Campeão Júnior MenorGALAK TE DA BALFazenda Baluarte Campeão BezerroGANDY TE DA BALFazenda Baluarte

Reservado Campeão BezerroGUJA TE DA BALFazenda Baluarte

Fêmeas 1os lugares

Fêmeas 1os lugares

Machos 1os lugares

Machos 1os lugares

a g r o n e g ó c i o s

Fique por dentro do resultado das classificações geraisdos torneios e confira a galeria de fotos da Expass

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A Dow AgroSciences é uma das mais importantes empresas mundiais de ciência e tecnologia para o agronegócio. Suas áreas de atuação incluem a proteção às lavouras, com o controle de pragas, vegetação e doenças, e fornecimento de híbridos. A empresa opera no Brasil com sede em São Paulo, e tem aproximadamente 800 colaboradores.

Desenvolvendo os melhores produtos, a empresa cresce lado a lado com o agronegócio brasileiro, propondo soluções para os problemas do campo e fazendocom que a mais alta tecnologia esteja disponível a todos. Utiliza métodos inovadores com sustentabilidade, agregando valor para seus clientes.Leva em consideração todas as necessidades do agronegócio, tendo em vista a evolução do setor no Brasil.

Tecnologia de ponta para o produtor brasileiro

Portfólio de Produtos Linha Pastagem

O objetivo da Triângulo Agro é gerir lavouras, utilizando toda a estrutura de maquinário, mão de obra e ferramental já existentes nas fazendas. Busca de forma eficiente transmitir aos produtores rurais o conhecimento do cultivo do campo, adotando alta tecnologia e gestão personalizada, resultando em lucros diferenciados.

Atua na área de sementes e biotecnologia, oferecendo ao mercado os melhores híbridos de milho, sorgo, girassol, além de variedades de soja. Destaca-se no mercado de milho e sorgo especiais no Brasil, através de uma gama de híbridos ideais para cada região, além dos híbridos de braquiária que contribuem para maior rentabilidade e produtividade dos pastos.

O investimento da Dow AgroSciences em pesquisa e desenvolvimento de novas soluções é constante. Exemplo disso está nos defensivos agrícolas, com tecnologia inovadora, que aumenta a eficiência e a produtividade da agricultura.

Sua completa linha de agroquímicos atende às várias necessidades do produtor rural em diversas culturas, incluindo soja, milho, cana-de-açúcar, arroz e pastagens, com linhas de herbicidas, pesticidas e fungicidas.

A Triângulo Agro é distribuidora autorizada Dow AgroSciences na região do Sul de Minas. Possui assistência técnica especializada através de sete Engenheiros Agrônomos.

Triângulo Agro Rod. MG 050, 1001 - Serra das Brisas - Passos/MG - 35 3522-1104

www.trianguloagro.com.br - [email protected]

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A Dow AgroSciences é uma das mais importantes empresas mundiais de ciência e tecnologia para o agronegócio. Suas áreas de atuação incluem a proteção às lavouras, com o controle de pragas, vegetação e doenças, e fornecimento de híbridos. A empresa opera no Brasil com sede em São Paulo, e tem aproximadamente 800 colaboradores.

Desenvolvendo os melhores produtos, a empresa cresce lado a lado com o agronegócio brasileiro, propondo soluções para os problemas do campo e fazendocom que a mais alta tecnologia esteja disponível a todos. Utiliza métodos inovadores com sustentabilidade, agregando valor para seus clientes.Leva em consideração todas as necessidades do agronegócio, tendo em vista a evolução do setor no Brasil.

Tecnologia de ponta para o produtor brasileiro

Portfólio de Produtos Linha Pastagem

O objetivo da Triângulo Agro é gerir lavouras, utilizando toda a estrutura de maquinário, mão de obra e ferramental já existentes nas fazendas. Busca de forma eficiente transmitir aos produtores rurais o conhecimento do cultivo do campo, adotando alta tecnologia e gestão personalizada, resultando em lucros diferenciados.

Atua na área de sementes e biotecnologia, oferecendo ao mercado os melhores híbridos de milho, sorgo, girassol, além de variedades de soja. Destaca-se no mercado de milho e sorgo especiais no Brasil, através de uma gama de híbridos ideais para cada região, além dos híbridos de braquiária que contribuem para maior rentabilidade e produtividade dos pastos.

O investimento da Dow AgroSciences em pesquisa e desenvolvimento de novas soluções é constante. Exemplo disso está nos defensivos agrícolas, com tecnologia inovadora, que aumenta a eficiência e a produtividade da agricultura.

Sua completa linha de agroquímicos atende às várias necessidades do produtor rural em diversas culturas, incluindo soja, milho, cana-de-açúcar, arroz e pastagens, com linhas de herbicidas, pesticidas e fungicidas.

A Triângulo Agro é distribuidora autorizada Dow AgroSciences na região do Sul de Minas. Possui assistência técnica especializada através de sete Engenheiros Agrônomos.

Triângulo Agro Rod. MG 050, 1001 - Serra das Brisas - Passos/MG - 35 3522-1104

www.trianguloagro.com.br - [email protected]

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com tecnologia e alta produtividadeCultivo do Milho

A Triângulo Agro, empresa se-diada em Passos, com foco na gestão espe-cializada e eficiente do agronegócio, busca atender a demanda dos produtores rurais em vários segmentos, tanto na prestação de assistência técnica como na oferta de insu-mos agrícolas. A equipe, cada vez mais es-pecializada, oferece assistência em agricultu-ra de precisão com foco na produtividade e qualidade. A parceria entre produtores e a empresa tem conquistado bons resultados, como os da Fazenda Porteira do Café, Grupo ZBR e Fazenda Jaraguá.

As atividades na Fazenda Porteira do Café, em São João Batista do Glória/MG, começaram na década de 70, com Alfre-do Ferreira Godinho, proprietário e pai do atual gerente da fazenda, Raul Ferreira Go-dinho. As primeiras lavouras foram de mi-lho e arroz.

Poucos anos depois, Alfredo era um dos primeiros produtores de milho da região, sen-do pioneiro na utilização de calcário e milho híbrido nas plantações. “Nossa fazenda foi a primeira na região a utilizar irrigação por as-persão e depois o pivô central”, explica Raul. Somado a isso, a Fazenda Porteira do Café é a única da região com capacidade de armaze-nar toda sua colheita, 72 mil sacos de milho, podendo escolher a hora certa de vendê-la.

Nos últimos 40 anos tudo mudou na plantação e produção de milho. As novas

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tecnologias facilitaram o plantio do cereal e a genética dos grãos avança a cada ano, em busca de produtividades maiores. Além dessas mudanças, o mercado está aquecido em busca cada vez mais desse nobre cere-al, seja para a alimentação de animais ou dos homens.

Para acompanhar toda essa evolução no mercado de grãos, há três anos, todo o pioneirismo dos proprietários da Fazenda Porteira do Café se juntou à inovação e tec-nologia da Triângulo Agro. A parceria entre o produtor e a Triângulo se consolida a cada ano com as conquistas em produtividade nos 450 hectares de milho plantados. “Raul é um produtor diferente. Ele põe a mão na massa e é muito acessível à tecnologia”, con-ta Marco Antônio Pollo, sócio-proprietário e técnico da Triângulo Agro.

Como o foco do produtor é o aumento da produtividade com qualidade, a Triângulo presta assistência na fazenda desde o plantio até a colheita. “Começamos nosso trabalho com a coleta de amostras do solo para aná-lise. Fazemos a correção do solo através da calagem e da gessagem, depois planejamos a adubação de acordo com a necessidade da lavoura, para alcançarmos novos índices de produtividade”, conta Marco Pollo.

O trabalho é realizado através da “Lei do Mínimo” utilizada pelos técnicos para produzir com qualidade e eficiência econô-

mica. A equipe da Triângulo Agro equilibra, com o resultado obtido nas análises do solo, todos os nutrientes para que o resultado fi-nal em produtividade seja o melhor possível a cada safra. “Esse trabalho é realizado em médio prazo respeitando o planejamento do produtor, o custo-benefício da ativida-de e o resultado final. O mercado oferece formulações prontas para adubação, mas nem sempre é o que o produtor necessita. Por isso, buscamos os elementos necessários para atender a demanda da análise do solo, que trará os resultados esperados a cada ano atendendo os objetivos propostos”, enfati-zou Marco Pollo.

“A Triângulo Agro é uma parceira que tem nos dado toda assistência melhorando a qualidade do solo e proporcionando resul-tados cada vez melhores”, elogia Raul. Ainda segundo Raul, após a assessoria da Triângulo Agro a produtividade da lavoura aumentou em 30%. “Antes da parceria a quantidade de sacos de milho por hectare era de 120, hoje nós colhemos 160 sacos”, conta Raul.

Os híbridos de milho utilizados na úl-tima safra na Fazenda Porteira do Café fo-ram as variedades Dow 2B710HX e Dow 2B707HX. Segundo Marco Pollo, a escolha dos híbridos é selecionada de acordo com a época de plantio e a precocidade das varie-dades, buscando sempre a melhor produti-vidade para o produtor.

Fotos: Gabriel Machiaveli

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eficiência nos processos produtivosLeite e Lavoura

Carlos de Simoni é administra-dor da Fazenda ZBR Limeira, em Passos/MG. A fazenda é de seu irmão José Márcio De Si-moni Silveira, engenheiro civil, que mora fora do Brasil há algum tempo, mas planeja e acompanha de perto todas as atividades da fazenda. Além da produção de leite, a fazenda se destaca na criação e seleção genética de animais das raças Gir Leiteiro e Girolando.

Atualmente, a fazenda tem 220 vacas em lactação, que produzem cerca de quatro mil litros de leite por dia. No total são 1200 cabeças de gado, entre Gir e Girolando. A re-produção dos animais é feita através da Fer-tilização in vitro. A estimativa para este ano é chegar a produção de seis mil litros de leite/ dia. Carlos relata que desde o início das ativi-dades na fazenda, a prioridade sempre foi a produção leiteira e a produção de animais com genética diferenciada.

A fazenda desenvolve outras atividades, como a suinocultura – em parceria com a Fa-zenda União, do Grupo Cabo Verde – e o plan-tio de milho, sendo grande parte para a pro-dução de silagem, que garante a alimentação do rebanho. A área de plantio de grãos é de 521 hectares. “Grande parte da produção de milho é para consumo dos animais. No verão produzimos a silagem de grão úmido, otimi-zando todas as áreas, permitindo a safrinha de sorgo e o plantio de girassol para sucessão de culturas e reciclagem de nutrientes”, resume

Carlos. Para alcançar novos índices na produ-ção do leite, a fazenda sentiu a necessidade de encontrar uma assistência técnica que os auxiliasse, otimizando a produção e a tornan-do mais eficiente. “Quando aumentamos nos-sa produção de leite, resolvemos buscar uma assistência técnica especializada para a pro-dução de alimentos. Encontramos esse traba-lho na Triângulo Agro e somos clientes da em-presa há mais ou menos quatro anos”, relatou.

A alimentação é fator primordial nesse processo. Assim, o foco sobre a silagem é im-portante para que o rebanho tenha alimen-to balanceado o ano todo. A fazenda utiliza também a silagem de grãos úmidos, de milho e sorgo, para alimentação do rebanho. Para atender a demanda dos produtores, a Triân-gulo aperfeiçoa todos os processos de produ-ção com eficiência, para que o produtor tenha o melhor alimento para o seu rebanho, o que resultará no aumento da produção.

Com foco na produção, os agrônomos da Triângulo escolheram as variedades de milho híbridos Dow 2B688HX para silagem e 2B707HX, 2B587HX para grãos. “Nós plan-tamos 100 hectares de milho que resultaram em 55 toneladas de silagem por hectare, com 34 a 36% de matéria seca. Na área destinada aos grãos o resultado foi de 190 sacos de mi-lho por hectare. “Hoje, sentimos mais con-fiança nas tomadas de decisões. A equipe da Triângulo se especializa cada vez mais e trans-fere esse conhecimento para os seus clientes”, elogia Carlos.

Marco Pollo, que presta assistência na fazenda, ressalta que os índices de produção melhoram a cada ano, conforme são realiza-dos os trabalhos de equilíbrio dos nutrientes do solo através da Lei do Mínimo. O produ-tor reconhece o nosso trabalho, pois os resul-tados mostram a importância da assistência técnica especializada”, enfatizou.

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mais leiteMais silagem,

Paulo Sérgio Soares e Tadeu Carvalho são proprietários do Grupo Te-linveste, que administra a Fazenda Ja-raguá, localizada na região de São João Batista do Glória/MG. As principais ativi-dades da fazenda são a produção de leite e o plantio de milho e sorgo para o reba-nho. A meta da fazenda para 2012 é che-gar a sete mil litros de leite/dia, superando os índices de 2011 de 5.400 litros/dia.

Há sete anos os sócios investem na Fazenda Jaraguá. “Nós começamos com novilhas ¼ de sangue Holandês com o objetivo de criar o Girolando. Mas a pro-dução de leite era pequena e resolve-mos trocar por ½ sangue e ¾ Holandês, buscando o aumento da produtividade”, conta Paulo. Em 2010, a fazenda adqui-riu 50 animais de alto padrão da raça Gir Leiteiro para fazer Girolando F1 através da Fecundação in vitro (FIV), “Estamos inves-tindo muito no melhoramento genético de nossos animais. Compramos vacas ½ sangue de alta produtividade para serem doadoras de embrião”, explica.

No total, o grupo tem sete fazendas ar-rendadas que somam 800 hectares, divididos

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em 350 para as plantações de milho, sorgo e girassol e os outros 450 hectares para as 1.200 cabeças de gado. “Na área de lavoura, a fazen-da trabalha com a silagem de grão úmido de milho e de planta inteira (milho e cana). Inicia-mos o plantio de sorgo com 70 hectares na safrinha, para silagem de grão úmido, fazen-do a sucessão de culturas 100% com girassol”, descreve Paulo. O resultado da silagem de mi-lho, utilizando os híbridos Dow 2B688HX foi de 62 toneladas por hectare, com 34% de matéria seca. Para a produção de grãos foi utilizado à variedade Dow 2B587HX com 170 sacos por hectare.

Para alcançar esses índices, Paulo e Tadeu buscaram a assessoria técnica e es-pecializada da Triângulo Agro. “Contamos com a Triângulo há cerca de quatro anos e estamos satisfeitos, porque a nossa par-ceria gera bons resultados. Nós sentimos o interesse deles em solucionar os nos-sos problemas. A forma de acompanhar, de mostrar uma ideia dando conselhos é muito interessante”, relata Paulo. “A Triân-gulo não fica preocupada só com a venda de produtos, mas também com uma óti-ma assistência”, afirma o gerente da fazen-da, Marcelo Alves Oliveira.

Page 69: Terra Boa Agronegócios - Ed 02 Mai/Jun 2012 - Kinkão e C.A. Sansão

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012 destaca-se pela

qualidade

49ª EXPASS

Entre os leilões realizados pela Cássio Paiva Leilões e SINRURAL, ocorreu o de Liquidação de Plantel da Fa-zenda Lagoa e Convidados, o Leilão Misto Especial, o 3ºLeilão Gir Leiteiro da Fazenda Kastelo, transmitido pelo Canal Terra Viva, e o 8º Leilão Estrelas do Leite.

A 10ª Exposição Especializada da Raça Gir Leiteiro em Passos reuniu 275 animais e 36 expositores. A classificação dos animais pontua o ranking da ABC-GIL (Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro). O julgamento aconteceu entre os dias 26 e 30 de março. Henrique Figueira, que há cinco anos é criador da raça, participa a quatro anos da EXPASS. Como terceiro colocado no ranking nacio-nal, ele destaca vários fatores que colabo-ram para o sucesso da exposição como a organização, a recepção, hospitalidade e o julgamento realizado por três juízes, (Ta-tiane Almeida Drummond Tetzner, Fábio Miziara, Roberto Vilhena Vieira) o que ba-lizou a pontuação.

Even

toO julgamento das raças Gir Leiteiro, Girolando, Nelore, os leilões e a exposição de máquinas e implementos agrícolas movimentaram a 49ª EXPASS (Exposição Agropecuária de Passos), realizada entre os dias 22 e 31 de março, no Parque de Exposições Adolpho Coelho Lemos. Organizada pelo SINRURAL (SindicatoRural de Passos) e parceiros como as Associações do Nelore,do Gir Leiteiro, do Girolando e LRS Organização de Eventos Agropecuários, a exposição atraiu um grande número de criadores e é considerada uma das melhoresdo estado

Fotos: Aloísio de Souza

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Girolando No julgamento da raça Girolando

havia 117 animais na pista. A classifica-ção, como nas demais categorias, pontua o ranking nacional. O produtor passense José Coelho Vitor se destacou como me-lhor criador da raça.

A EXPASS atraiu criadores de Giro-lando dos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Rafael Tadeu Simões, da Fazenda Rancho Alegre, de Pouso Alegre/MG, con-siderou pequeno o número de animais nessa etapa do julgamento (117), mas res-saltou a qualidade dos animais levados à pista. Ainda segundo Rafael, a queda no número de animais inscritos se deu pela cobrança da argola. Mas ele enfatiza que a exposição tem toda condição de cres-cer, desde que os organizadores apoiem o projeto. “A pista é o espelho do nosso trabalho. É a forma de mostrarmos o que é feito na propriedade”, disse Rafael.

Para Douglas Nascente, da LRS Or-ganização de Eventos Agropecuários, a EXPASS é uma das melhores exposições do país pela estrutura dos pavilhões, boa pista para o julgamento dos animais e a infraestrutura oferecida pelo Sindicato Rural. Como organizou o julgamento das três raças: Nelore, Gir Leiteiro e Girolando ressaltou a qualidade dos animais apre-sentados na pista.

Uma das juízas da prova, Tatiane Tetzner, ressaltou a importância da expo-sição para o Gado de Leite: “Durante os trabalhos de julgamento e avaliações fe-notípicas, podemos acompanhar a evolu-ção morfológica de cada raça. É fantástico observar o que os programas de melho-ramento genético, como PNMGL – AB-CGIL/EMBRAPA no Gir Leiteiro, e PMGG – Girolando/EMBRAPA no Girolando, con-

tribuem para evolução das características funcionais e produtivas, principalmente, quanto ao sistema mamário. Desejo que, na comemoração dos 50 anos da EXPASS, em 2013, o Gir Leiteiro e o Girolando vol-tem com força total ao evento”.

Torneio Leiteiro

O Torneio Leiteiro de 2012, promovi-do pelo SINRURAL, em parceria com Cas-mil, entre os dias 26 e 29 de março, reuniu animais das raças Gir Leiteiro e Girolando. Os criadores foram premiados pelo de-sempenho dos animais em média de lei-te/dia. Para os criadores de Girolando, R$ 4 mil em prêmio para cada categoria. Os criadores de Gir Leiteiro receberam um pouco mais, R$ 5 mil por cada categoria.

No campeonato da raça Girolando foram classificadas vacas 1/2 sangue, 3/4 e 5/8 e as novilhas de até 4 dentes. A primei-ra classificada da raça foi Juma, uma 1/2 sangue, consorciada, propriedade de Mau-rício Silveira Coelho e João Roberto, das fa-zendas Santa Luzia e Gordura, que obteve média de 68,470 kg de leite. Na categoria novilha, a grande campeã foi a 1/2 sangue Chayla, de Otávio Roxo Nobre Barreira, da Fazenda do Conde, de Mococa/SP, com a pontuação de 48,613 kg média/dia.

Na categoria Gir Leiteiro os vencedo-res foram Bandeira, a Campeã Fêmea Jo-vem, (que se sagrou também como me-lhor Úbere Fêmea Jovem) de Otávio Roxo Nobre Barreira, com média de produção de 38,540 kg de leite e Xixa FIV JMMA, a Campeã Vaca Jovem, de Murilo de Olivei-ra Abdo, com 38,560 kg de leite.

Já na categoria Vaca Adulta a C.A. Alessandra-KCA 964, de Joaquim J.C No-ronha e Outro, com 48,570 kg/dia foi a Grande Campeã do Concurso Leiteiro. A Reservada Campeã Vaca Adulta e Me-lhor Úbere foi Konga FIV Vila Rica, com média de 46,667 kg/dia.

Os criadores foram

premiados pelo desempenho

dos animais em média de

leite/dia. Para os criadores

de Girolando, R$ 4 mil em

prêmio para cada categoria.

Os criadores de Gir Leiteiro

receberam um pouco mais,

R$ 5 mil por cada categoria

Mauricio Silveira Coelho da Fazenda Santa Luzia, durante permiação da raça Girolando na Expass

Juízes durante avaliação de animais na Expass

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Fotos: Allan Françozo

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a g r o n e g ó c i o s

Parabéns a todos os visitantes e os grandes campeões deste evento!

Grande Campeã 3/4 - Donzela Diamante Santa Luzia

Campeonato Bezerra Gir Leiteiro na 49ª Expass

Kinkão e Marta, da Fazenda Terra Vermelha, recebendo prêmio pela vitória de C.A. Alessandra

Melhor Fêmea Jovem 3/4 - Adrenalina Spirte Fazenda Santa Luzia

Melhor Vaca Jovem Girolando 5/8 - Azaleia FIV Widman Santa Luzia

Fotos: Aloísio de Souza

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a nova revista do setor ruralTerra Boa Agronegócios:

Com foco nos casos de sucesso da agricultura e pecuária da região Sudeste, a revista Terra Boa Agronegócios foi lançada na noite de 28 de março, no Capela do Chopp, em Passos/MG, durante a 49ª Expass.

O evento reuniu muitos produtores rurais, criadores, parceiros e colaboradores. Eles puderam conferirde perto o resultado da publicação que destacou na sua primeira edição a pecuária de elite das raças

Nelore, Gir Leiteiro e Girolando, a reprodução bovina, a equinocultura e a cafeicultura, entre outros temas. A Doce Mar Editora e Publicidade Ltda., que é responsável pela revista Doce Mar de Minas, agora aposta

também na publicação da Terra Boa Agronegócios, a nova revista do setor rural, recebida com grande expectativa por produtores e colaboradores. Confira na Galeria, flashes do lançamento.

Even

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Mercado Futuroferramenta de proteção à comercialização

Administrar riscos. Essa é a expressão mais recomendada para o as-sunto, pois os produtores estão expostos a diversos riscos do mercado que fogem de suas mãos, sejam eles climáticos ou sistêmi-cos, tendo, assim, que ficar atentos à comer-cialização.

O mercado a Termo é um forma bastante eficaz de otimizar riscos de pre-ços travando a produção integral ou parte dela, porém essa ferramenta não tem to-tal garantia, caso haja uma grande oscila-ção de mercado. Tratando-se de diminui-ção de riscos, precisa-se estar bem atento ao fechar um contrato a Termo.

Já no mercado futuro não se corre esse risco, pois se trata de um mercado regula-mentado e de responsabilidade da BVMF (Bolsa de Valores e Mercadorias Futuras), a qual se responsabiliza por esses mercados, que, no Brasil, são: Boi, Milho, Soja e Café.

Os preços praticados na BVMF refle-tem expectativas do mercado sobre ofer-ta e demanda de um produto, no venci-mento do contrato. No caso do Milho as cotações tem como referência a praça de Campinas/SP, como formadora de preço.

O contrato futuro negociado na Bolsa consiste em uma obrigação legal de rece-ber ou entregar o produto, pelo preço ajus-tado no pregão da Bolsa, para uma data futura de encerramento do contrato. Con-

tudo, pode ser encerrado antes do venci-mento através da reversão da posição ou liquidação financeira que é o caso do Mer-cado de Milho e Boi Gordo, que é feito pelo indicador financeiro elaborado pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Econo-mia Aplicada) da ESALQ-USP (Escola Supe-rior de Agricultura “Luiz de Queiroz”).

O objetivo do mercado futuro é a proteção contra oscilação de preços. Os produtores de Milho, por exemplo, po-dem utilizar o mercado para minimizar os riscos de oscilação e incertezas de preço. A maneira mais usual é a operação de “Hedge de Preços” (proteção). Uma pos-sibilidade é o produtor entrar vendendo na bolsa e encerrá-la, ou no vencimen-to pelo indicador CEPEA, ou antecipada-mente comprando a posição. Da mesma forma, a indústria entra na ponta oposta, comprando, e, posteriormente, vendendo para liquidar a operação.

Feito o Hedge, a indústria garante o preço para a aquisição de matéria-prima e o produtor garante o preço da sua safra. Significa que uma eventual perda no mer-cado físico será compensada pelo lucro ob-tido na bolsa, em ambas as partes. Desta forma o Hedge é a forma mais eficaz para se garantir o preço esperado na produção.

No processo de Bolsa, é preciso de-positar uma quantia que será utilizada

como garantia do contrato. Essa quan-tia é usada para o pagamento de even-tual ajuste; caso a posição seja revertida, deve-se arcar com o ajuste diário. Se hou-ver queda no mercado, haverá ajuste. Essa é uma desvantagem do contrato, pois o produtor ou indústria precisam de um pouco de reserva financeira para poder ter essa garantia de preço.

Há na bolsa também a alternativa do mercado de opções (seguro de safra), que tanto o produtor quanto a indústria podem utilizar. Funciona da seguinte ma-neira: um produtor de milho, por exem-plo, interessado em garantir determinado preço, compra uma PUT (Opção de Ven-da), no caso, a indústria pode comprar uma CALL (Opção de Compra).

Paga-se, então, uma quantia para garantia de determinado preço, se even-tualmente o mercado, no vencimen-to, estiver melhor que o nível da opção, o produtor ou a indústria perde apenas o prêmio que pagou antecipadamente e pode comercializar no mercado físico. Caso o mercado físico esteja pior que o ní-vel da opção, o produtor ou indústria re-cebe a diferença do nível da opção para o nível do mercado, garantindo, assim, re-sultado positivo.

Espero que nesse texto possa ter passado um pouco sobre o mercado, voltaremos nas próximas edições falan-do mais sobre o assunto. Enviem dúvidas para o email.

Breno O. S. Maiabroker de commodities

[email protected]

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Frigorífico Frigmar

Estrada Passos - Usina Açucareira Rio Grande, Km 2 - Passos/MG

35 4103-1490 | 4103-1390 | 9103-9086

[email protected]

FRIGMAR

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Case IH 2566Safrinha e Rotatividade

Adriano Lemos de Pádua, 48, é proprietário da Fazenda Mamono, em Pratápolis/MG, onde produz milho, feijão e girassol. É também proprietário do Armazém Paiol, que atende grande parte dos produtores da região na arma-zenagem de grãos.

Para atender a sua produção e a dos produtores da sua área de atuação, Pádua investiu em tecnologia e adqui-riu um novo maquinário no início desse ano, a Case IH Axial-Flow 2566. “Interes-sei-me pelo maquinário, pois pretendo aumentar a área de plantio, fazer a safri-nha e trabalhar a rotatividade de cultu-ra com o plantio do feijão. A colheitadei-ra facilitará o meu trabalho”, explicou o produtor.

A Case IH 2566 colhe em média três km/h, uma plataforma de cerca de 25 pés de feijão, o que resulta aproxi-madamente em 40 sacos por hectare. Além do feijão, a colheitadeira pode ser operada nas lavouras de milho, soja, trigo, sorgo, girassol e arroz, proporcio-nando maior vantagem na relação cus-to/benefício.

Dep

oim

ento

s

Pádua colheu na sua Fazenda, esse ano, cerca de 50 mil sacos de milho e 2 mil sacos de feijão, em área de plantio de 360 hectares de milho, 100 de girassol e 100 de feijão. Com a nova colheitadeira, na próxi-ma safra, ele aumentará a área de plantio para 500 hectares de milho, 300 de feijão e 100 de girassol. “Ao optar pelo investi-mento em maquinário, escolhi a Case IH por ser uma empresa bem recomendada e

que tem eficiência no pós-venda”, ressalta. “Esse ano tive condição de fazer a minha colheita e prestar serviços”, explica Pádua, que antes terceirizava máquinas para re-alizar a colheita. O produtor conta ainda que com a máquina Case IH 2566 a co-lheita desse ano foi mais rápida, permitin-do a realização da safrinha. “Ano passado terminei minha colheita em maio, este ano terminei em abril”, conta.

Textos: Gabriel Machiaveli

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Case IH Coffer Express 200Maior produtividade

Ano após ano, o setor agro-pecuário busca inovações para melhorar ainda mais a produção. Com o desen-volvimento tecnológico, as empresas do setor fornecem mais produtos e serviços para aumentar a produtividade.

Marcelo Pimenta, 54, é engenheiro agropecuário e proprietário das Fazen-das Santo Amaro, em São Sebastião do Paraíso, e Monte Alto, em São Tomás de Aquino. Na última safra, colheu 200 hec-tares de café que foram beneficiados nas fazendas e armazenados em São Sebas-tião do Paraíso.

Para melhorar os seus resultados, adquiriu uma Case IH Coffer Express 200 que permitiu mais rapidez e eficácia du-rante a colheita. Desde 2004, Marcelo trabalha com colhedoras Case. “Já tive duas máquinas da mesma marca em so-ciedade com outro fazendeiro. Resolvi comprar a colhedora porque conheço a

Case e sei dos seus benefícios”, conta o cafeicultor que utilizou o novo maquiná-rio na colheita da última safra.

Segundo ele, o custo-benefício da colhedora Case IH Coffer Express 200 é

grande, pois além de colher sem agredir a planta, a colheita é realizada com eficá-cia. “A eficiência da máquina faz com que a colheita seja feita rapidamente, deixan-do a lavoura livre para a etapa da colhei-ta seletiva, para a produção do café ce-reja descascado, que agrega maior valor ao produto”. O produtor ainda destaca outras vantagens da colhedora. “É uma máquina compacta, de fácil operação e de uma mobilidade muito grande, capaz de girar em um espaço pequeno”, conta Pimenta afirmando estar satisfeito com a compra.

Marcelo também destaca outros benefícios da concessionária. Segundo o cafeicultor, o pós-venda da Pimenta Agrosul, responsável pela venda e manu-tenção das máquinas Case IH, é eficien-te. “A assistência é imediata, mesmo a máquina não apresentando problemas”, conta o produtor.

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sobre o ALPRO

Encontro aprimora conhecimento

Nos dias 24 e 25 de abril vá-rios produtores de leite, veterinários e revendedores DeLaval, estiveram reunidos em Passos para discutir e aprimorar o conhecimento sobre o sistema de gerenciamento para a produção do leite desenvolvido pela empresa – o ‘ALPRO’. A multi-nacional, com filial no Brasil, é repre-sentada em Passos e região pela IC-MAC Rural, dirigida pelo empresário Cássio Roberto Melo Camargos.

Aproximadamente 25 pessoas estiveram presentes no evento e pu-deram aprimorar o conhecimento so-bre o ALPRO. Uma versão do softwa-re de demonstração do gerenciador foi instalada no local para que todos pudessem ter acesso ao programa. O treinamento, todo prático, permitiu que os usuários melhorassem o domí-nio sobre o sistema.

Segundo o gerente de soluções e instrutor do treinamento, Ricar-do Stopiglia, o ALPRO é uma ferra-menta de trabalho que possibilita um melhor controle da ordenha, ali-mentação, inseminação, separação, pesagem e análise de dados.

“Por meio do programa, o produ-tor consegue identificar cada animal, monitorar as pesagens de leite e seus desvios, balancear a alimentação do re-banho e reduzir a mão de obra através de separação automática, além de me-lhorar o desempenho de suas insemina-ções, entre tantas outras ferramentas de gerenciamento”, explica Stopiglia.

O diretor da revenda ICMAC Rural em Passos, Cássio Camargos, complementa que o produtor con-segue obter todas as informações da ordenha, como anotações de

Info

rme

saúde do animal, dados históricos individuais e de todo rebanho. “O gerenciamento ALPRO disponibiliza gráficos claros, relatórios de fácil lei-tura e outras listas de ações, capazes de customizar estes relatórios e tabe-las de comparação para que ajustem a necessidades particulares”, disse o empresário.

Para o produtor e veterinário, Marcelo Maldonado Cassoli, que ge-rencia a Fazenda Capetinga em São João Batista do Glória, o sistema de gerenciamento ALPRO trouxe mais informação e embasamento na ges-tão empresarial da fazenda. “Com as informações disponibilizadas hoje pelo sistema, consigo realizar com

mais clareza novas oportunidades de negócios. Portanto, a qualidade que tenho com a informatização de ma-neira mais exata e simplificada me oferece menos risco e perdas no con-trole geral do rebanho e da fazenda”, explica Cassoli.

Sérgio Brito, gerente de vendas da DeLaval, responsável pelas re-vendas no Estado de Minas Gerais, ressalta a importância da informati-zação nas fazendas leiteiras. “O siste-ma ALPRO é uma eficiente ferramenta que simplifica as operações diárias da fazenda leiteira, analisando a situa-ção atual e proporcionando informa-ções essenciais para planejamentos futuros”, finaliza o gerente.

O veterinário e produtor Marcelo Maldonado Cassoli que utiliza o sistema ALPRO

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Rua Cel. João de Barros, 1.538 - Centro - Passos/MGFone: (35) 3526 1080 Plantão: (35) 8451 4005

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R

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O casqueamento bovino garante

bom aprumo para os animais,

bem como previne e trata doenças

o ideal é previnirCasqueamento

Eles se encontraram na Universi-dade de Botucatu, no curso de Zootecnia. De amigos da faculdade se transforma-ram em sócios. Hoje são proprietários da empresa Estrela Guia Casqueamento Bo-vino e prestam assessoria para produtores rurais de Passos e região.

Cláudio Eduardo Costa Nader é na-tural de São Paulo, capital. Na faculdade conheceu a técnica do casqueamento

Saúd

e

de animais e se especializou na ativida-de. É jurado auxiliar da ABCZ (Associa-ção Brasileira dos Criadores de Zebu) e já trabalhou com certificação de fazen-das para a “lista trace”, que tem como foco a venda de bovinos e carne in natura para o mercado europeu. Gui-lherme Moreira Lemos de Morais é de Araçatuba/SP. Antes de trabalhar com casqueamento trabalhou com bovino-

cultura de corte e leite no Mato Grosso do Sul. Conhecedores da rica bacia lei-teira de Passos chegaram à cidade em outubro de 2010 e fincaram raízes. Hoje são dois dos 35 profissionais especiali-zados no Brasil que trabalham com esse sistema de casqueamento.

Desde que iniciaram a atividade em Passos, já vivenciaram muitas experiências e observaram que os produtores começam

CasqueamentoBovino

a Gle ur itas

E

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Infelizmente, o produtor espera algo acontecer para

nos chamar. O ideal é fazer o trabalho preventivo

a entender a importância do casqueamen-to, para manter os índices de produtivida-de do rebanho. A incidência de doenças nos cascos aumentou, significativamente, desde a década de 70, com a intensificação dos sistemas de produção.

O trabalho dos zootecnistas da Es-trela Guia começa com uma avaliação dos animais andando e estacionados. São observa-se a frente do animal, o lado, o perfil, os aprumos e doenças. Ao final da análise é gerado um histórico sobre as afecções podais e ou defeitos de aprumos para serem corrigidos.

A saúde dos animais está intima-mente ligada à integridade física dos cascos. Comprovado pela ciência, os animais que sofrem com problemas nos cascos perdem peso, diminuem a pro-dução de leite, podem ter problemas de fertilidade e, nos casos mais graves, são encaminhados para o abate. O descon-forto causado pelas doenças interfere no repouso dos animais, na locomoção e na ingestão da dieta, o que refletirá na pro-dução e evolução dos animais.

“Infelizmente, o produtor espera algo acontecer para nos chamar. O ideal é fazer o trabalho preventivo, para não per-der a produtividade do rebanho e, con-sequentemente, a lucratividade”, disse Cláudio.

O resultado do trabalho com cas-queamento pode ser comprovado na Fazenda Pérola, de Antônio José Frei-re. Segundo seu filho Matheus Reis Frei-re, administrador da Fazenda, há um ano eles fazem o trabalho preventivo de cas-queamento com a equipe da Estrela Guia. “Começamos a prevenção em 2010, com as novilhas de primeiro parto, e reduzi-ram-se bastante os problemas clínicos no pós-parto. Após a constatação dos resul-tados, em 2012 resolvemos ampliar a pre-venção para 100% dos animais que vão entrar em lactação”. Segundo Matheus o importante é trabalhar com a prevenção.

O casqueamento é um trabalho ar-tesanal e técnico que deve ser feito por profissionais especializados, uma vez que está relacionado aos aprumos dos animais

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e a saúde dos mesmos. “Nós da Estrela Guia casqueamos os animais e planeja-mos o tratamento. Animais com doenças mais graves levam até 60 dias para se re-cuperarem do tratamento”, disse Guilher-me. Para os sócios, o trabalho preventivo é o ideal, pois evita o surgimento de do-enças graves que sacrificam os animais e causam prejuízos ao produtor/criador.

Na pecuária de leite as doenças mais comuns são desencadeadas por vários fatores, entre eles estão problemas am-bientais (umidade, higiene, tipo de piso), concentração de animais em pequenas áreas, nutricionais e o stress do animal. Na região Sudoeste de Minas, as incidên-cias mais comuns são a dermatite e lesões provocadas pela bactéria Fusubacterium Necrophorum.

Aprumos

Além das doenças, o casqueamento bovino mantém os aprumos corretos dos animais corrigindo a posição dos mem-bros através dos cascos. A função do apa-relho locomotor é proporcionar a susten-tação e locomoção dos animais de forma confortável e correta.

O Escore de locomoção e as perdas ocasionadas por problemas podais

A avaliação dos animais é o primei-ro passo para se chegar ao diagnóstico de possíveis deformidades, que são diversas, em decorrência de fatores genéticos, ace-lerado ganho de peso, piso, massa corpó-rea, altura de cama, altura de cocho, en-tre outros, que são possíveis de correção através do casqueamento. Os animais são observados vistos de frente, de lado e por trás, estáticos e em movimento a passo, o que detectará os problemas de aprumo.

Não existem parâmetros métricos ou instrumentação para a avaliação do aprumo. O trabalho é realizado através da educação visual, aprimorada através do hábito de julgamento e avaliação da com-posição de pernas e pés dos animais.

No trabalho de casqueamento há casos específicos em que são necessários a utilização de tamanquinhos de madeira para a correção de aprumos. Esse recurso, usado da maneira correta, corrige a defor-midade apresentada.

Os criadores de animais de elite apostam no trabalho de casqueamen-to por reconhecerem a necessidade de manter o bom aprumo dos animais para a sua locomoção e para os julgamentos em exposições.

Principais lesões associadas às infecções

Dermatites Digitais e Interdigitais; Flegmão Interdigital ; Inflamação da Terceira Falange - lesão em forma de V de cor escura, Laminites Clí-nicas e Subclínicas; Úlcera da Sola ou Pododermatite Circunscrita, Sola Dupla,Desgaste da Sola, Erosão do Talão, Enfermidade da Linha Branca, Úlcerações do Dedo, Sulcos e Fissuras Horizontais.

A avaliação dos

animais é o primeiro

passo para se chegar

ao diagnóstico de

possíveis deformidades,

que são diversas, em

decorrência de fatores

genéticos, acelerado

ganho de peso, piso,

massa corpórea, altura

de cama, altura de

cocho, entre outros,

que são possíveis de

correção através do

casqueamento

1

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4

1. Postura normal com linha de dorso retilínea em estação e locomoção, passos firmes com distribuição correta do peso e apoios. 2. Postura normal em estação e ligeiramente arqueada em locomoção, apoios normais. 3. Postura arqueada em estação e locomoção, ligeira alteração dos passos. 4. Arqueamento do corpo em estação e locomoção, assimetria evidente do apoio poupando membros, com menor tempo de apoio do(s) membro(s) lesado(s). 5. Incapacidade de apoio ou de sustentação do peso do(s) membro(s) lesado(s), relutância ou recusa para locomover-se.

39% Descarte 22% Redução índices reprodutivos25% Perda na produção7% Morte5% Tratamento2% Mão de obra

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Sempre ao lado dos

produtores, acompanhando

suas necessidades e

investindo continuamente

em pesquisas e

desenvolvimento, a Salutti

Complexos Minerais, é

referência em tecnologia e

pioneirismo. Há 30 anos

no mercado, a Salutti tem

contribuído para a evolução

da pecuária brasileira com

produtos de qualidade

Salutti Complexos MineraisExcelência em Nutrição

Fundada pelo médico vete-rinário, com especialização em nutrição animal, Paulo Sérgio Calixto Lemos, o “Dr. Lot”, no ano de 1982, a Salutti é uma em-presa passense que tem como objetivo atender às necessidades dos produtores rurais sempre levando novas tecnologias. Após um período inicial, quando apenas produzia e comercializava sais minerais, a Salutti passou a prestar assistência técni-ca nutricional com o propósito de atender plenamente o pecuarista.

No início, a empresa era localizada à Rua João XXIII e contava apenas com qua-tro funcionários. Em pouco tempo, com os negócios crescendo, transferiu-se para a Rodovia MG 050. Hoje tem sede própria. Está situada desde o ano de 2007, no Dis-trito Industrial II em Passos MG, com uma equipe de 45 colaboradores.

Info

rme

A Salutti já implantou centenas de projetos agropecuários em todo o Bra-sil, nas áreas de gado de leite e de corte (confinamento e semiconfinamento). Para isso, produz suplementos específicos para cada tipo de exploração, cada categoria animal, cada época do ano e para cada região do Brasil.

A preocupação em garantir produ-tos de qualidade aos seus clientes visa a melhoria dos índices zootécnicos, isto é, a obtenção da expressão máxima do po-tencial genético dos animais, o que propi-cia maior produtividade.

Segundo o médico veterinário da empresa, Rodrigo Megda Prado - que co-meçou na firma como estagiário em 1992, com o Dr. Lot, e que após a morte do pro-prietário, assumiu toda a responsabilidade técnica -, a Salutti oferece hoje uma linha

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com mais de 30 produtos destinados às diferentes idades e aptidões de rebanhos.

“Mas não é só isso, fazemos produ-tos por encomenda, balanceamento de dietas e produtos específicos para cada região”, lembra Rodrigo, dizendo que a empresa atende clientes de cidades de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Acre, Bahia, Mato Grosso e Espírito Santo.

Para o gerente administrativo da Sa-lutti, Vanderlei Marques da Silva, qualida-de e eficácia são as marcas registradas dos produtos da empresa. Tanto é que, hoje, há mais de cinco mil clientes cadastrados, um número expressivo para uma firma com 30 anos de história.

“Com toda essa trajetória e com os mais modernos programas para formu-lação de dietas, a Salutti se orgulha em poder oferecer a seus clientes, suplemen-tos minerais, vitamínicos e proteinados com qualidade superior. Temos hoje uma completa assessoria técnica nutricional disponibilizando gratuitamente aos nos-sos clientes, análises bromatológicas de todos os alimentos utilizados na fazenda”, explica Vanderlei.

Um dos diferenciais da empresa é a assessoria completamente gratuita. “Comprando um produto nosso, o clien-te-produtor recebe toda a assistência ne-cessária, por isso nosso slogan é este: USE os nossos produtos e ABUSE de nossos serviços”, informa Vanderlei.

De acordo com o médico veteriná-rio, Rodrigo Megda, a assistência consiste também em formular dietas para incre-mentar a produção de leite ou de car-ne, auxiliar na compra de matéria-prima, além de analisar as pastagens e silagens, entre outras necessidades.

A empresa, continuamente atenta ao que há de mais moderno na suplementa-ção mineral, sempre está presente em pa-

lestras e no trabalho de reciclagem com seus funcionários. Além disso,conta com parcerias relevantes, como a firmada com a Fesp (Fundação de Ensino Superior de Pas-sos). Conforme Rodrigo, a FESP faz todas as análises dos suplementos acabados e tam-bém das matérias-primas. “Nossa matéria- prima só vai para a produção após o resul-tado desta análise”, disse o veterinário.

A Salutti lança no mês de maio, a 1ª linha de Produtos Super Premium para Suplementação no Brasil. É uma linha com produtos de alto valor biológico que maximizará a produção de carne e leite.

A empresa também está em proces-so de implantação do Programa Boas Prá-ticas de Fabricação (BPF) do SindRações. O BPF apresenta normas que são audita-das pelo MAPA (Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento). Com to-dos esses investimentos, a empresa, que é filiada a ASBRAM (Associação Brasileira de Indústria de Suplementos Minerais), pretende oferecer a seus clientes produ-tos com qualidade garantida por órgãos competentes.

Investindo em qualidade e tecno-logia, a Salutti Complexos Minerais sem-pre esteve ao lado dos pecuaristas nesses 30 anos de história. Fiel à sua vocação de empresa pioneira, ela desenvolve produ-tos de alta tecnologia, buscando atender às necessidades de um mercado cada vez mais exigente, com soluções seguras e confiáveis, contribuindo, assim, para que o Brasil possa firmar-se como o maior ex-portador de carne do mundo; carne esta produzida com segurança e respeito ao meio ambiente.

O gerente de faturamento da empresa, Gileno Isaías de Souza, o médico veterinário, Rodrigo Megda, um dos sóciosda empresa, João José Stockler e o gerente administrativo, Vanderlei Marques da Silva.

A Linha Branca é uma linha de novos suplementos minerais cujas formulações contêm apenas sais minerais, macro e microelementos. Esses suplementos não contêm qualquer tipo de farelo. São suplementos prontos para o consu-mo, devendo ser fornecidos sem mistura, à von-tade em cocho saleiro. A expectativa de consu-mo pode variar de 70 a 150 gramas dependendo da pastagem, idade, raça e época do ano.

A Linha Nucleada é composta por pro-dutos cujas formulações contêm macro e micro-minerais, farelos proteicos e energéticos e, even-tualmente, ureia, além de aditivos. São produtos que não se encontram prontos para uso, deven-do antes ser misturados conforme indicação.

A Linha Proteinada é a linha de suple-mentos proteicos energéticos cujas formulações contêm macro e microminerais, ureia ou amireia, farelos proteicos energéticos, além de aditivos. São produtos prontos para o uso, devendo ser forneci-dos à vontade em cocho saleiro. O consumo pode variar dependendo da época do ano, idade dos animais, condições de pasto e clima.

Produtos da Salutti

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aqui nascem as estrelas

Haras Raphaela

Em 2009, Rose e Dirley inaugu-raram em grande estilo o Haras Raphaela, juntamente com o 1º Grand Prix Haras Ra-phaela 3 Tambores, que hoje, em sua 4ª edição, é considerado a maior prova de 3 Tambores da América Latina. Oferecendo premiação jamais vista e uma infraestru-tura de primeiro mundo aos competi-dores, proprietários, público e patrocina-dores, a competição quebrou todos os recordes de inscrições, animais em pista, baias locadas e público presente, tornan-do-se um divisor de águas para o esporte e para as raças envolvidas.

No início da criação, o casal Rugolo contava apenas com alguns animais, dos quais já se destacava o garanhão Appaloo-sa Cutter Exocet Lee, fiel companheiro de Carol. Já Louise formava um belo conjun-to com as éguas Quarto de Milha Kit Doc G e Vivid Apollo, juntos trouxeram muitas alegrias para a família Rugolo, vencendo as principais provas e rodeios do Brasil, entre eles Rodeio de Barretos, Americana e Ja-guariúna, além do Campeonato Nacional ABQM, Campeonato Nacional Appaloosa, Grand Prix Haras Raphaela, entre outros. Participantes ativos estão sempre unidos nos principais Eventos da modalidade, tor-

Equi

nocu

ltura O Haras Raphaela,

situado na divisa

entre Porto Feliz

e Tietê, interior

de São Paulo,

foi adquirido em

2007 por Rose

e Dirley Rugolo

como um local de

treinamento para

as filhas.

O casal,

incentivado pelo

desempenho e

dedicação de

Carol e Louise

ao rodeio, não

mediu esforços

para oferecer a

elas a melhor

estrutura possível

para os treinos na

modalidade dos

3 Tambores, que

praticam desde

2002

cendo, prestigiando e fomentando o es-porte nestes 9 anos de amor aos 3 Tam-bores. Atualmente Louise compete com o Garanhão Sarambu Chicks RT e Carol conti-nua acumulando prêmios com Cutter Exo-cet Lee, entre outros animais do Haras que despontam nas pistas.

Em 2010, a família abriu novos ho-rizontes e objetivos com a aquisição dos animais Etna a Fit VM, em condomínio com Stud EM e Royal Dash Tooll Car, es-treando com vitórias e recordes nas pistas de corrida.

Motivado pelos excelentes resulta-dos alcançados, além de montar uma re-nomada equipe de competição, na qual seus animais são considerados verdadei-ros atletas, o Haras Raphaela traçou seus objetivos investindo na formação de um plantel que busca a excelência na base genética, focando nas principais linha-gens nacionais e internacionais, selecio-nando e adquirindo ao longo destes 4 anos de existência, as melhores matrizes e coberturas dos mais destacados gara-nhões da atualidade, fazendo jus ao seu Slogan “Aqui nascem as Estrelas”, forman-do uma verdadeira constelação de cam-peões com 140 animais.

A família Haras Raphaela: Dirley, Rose, Louise e Carol

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arço

| abr

il 201

2

Hoje com 35

alqueires, o

Haras conta com

2 pavilhões no

total de 38 baias,

redondel e rodador

elétrico cobertos,

laboratório

completo, equipe

veterinária e todos

os requisitos

necessários para

o desenvolvimento

de suas Estrelas

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Após estes anos de criação, o ha-ras lançou seus 2 garanhões comprova-dos em pista, sendo Royal Dash Toll Car AAAT – 103 “O Campeão dos Campeões”, recordista nas pistas de corrida e líder das estatísticas de 2011 no Jockey Club de So-rocaba, acumulando em seu currículo 10 vitórias, e Sarambu Chicks RT “O Fenô-meno dos 3 Tambores”, um dos melhores cavalos em atividade, sendo Tricampeão do Grand Prix Haras Raphaela, prova mais disputada da modalidade e Reservado--Campeão Nacional ABQM, possui Regis-tro de Mérito Classes Amador e Aberta e Registro Superior de Mérito 3 Tambores Amador e Aberta, acumulando 146.50 pontos.

Com todo este investimento para gerar um Plantel da melhor qualidade, deu-se o maior passo que um criatório pode almejar, realizando em 2012 o 1º Leilão Haras Raphaela Show de Estrelas & Convidados, durante o 4º Grand Prix Ha-ras Raphaela. Uma noite emocionante na qual a família Rugolo compartilhou com os presentes um pedaço desta história, construída com muito amor, dedicação e respeito aos animais. O resultado não po-deria ser mais satisfatório, o Leilão atingiu a média de R$ 54.600,00.

Hoje com 35 alqueires, o Haras con-ta com 2 pavilhões no total de 38 baias, redondel e rodador elétrico cobertos, la-boratório completo, equipe veterinária e todos os requisitos necessários para o de-senvolvimento de suas Estrelas.

Seu Recinto possui área coberta de 8.840 m², contendo pista oficial iluminada de 90m x 40m, paddock de 30m x 40m, arquibancada com cadeiras individuais para mais de 600 pessoas, secretaria e juria ligadas em rede, praça de alimen-tação completa com cozinha industrial,

banheiros e vestiários, sala de TV, acesso para cadeirantes, e na parte externa pavi-lhões com 202 baias de alvenaria, espaço para montagem de mais de 1.200 baias pré-montadas, 2 pistas de aquecimento iluminadas, conveniência e o novo espa-ço para eventos sociais, o Raphaela’s Hall, medindo 1.690 m² é ideal para Shows, Leilões, entre outros.

O Haras Raphaela, que em tão pou-co tempo se tornou referência mundial, pode ser definido como a mistura de em-preendedorismo e amor aos cavalos.

Louise Rugolo montando Vived Apollo

Carol montando Cutter Exocet Lee

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O 22º Congresso Brasilei-ro da Raça Quarto de Milha, ocorrido de 16 a 22 de abril, em Avaré/SP, além de registrar 4,6 mil inscrições (4,2 mil pela ABQM e mais de 400 na AQHA), supe-rando em 18% o evento de 2011 (3,9 mil inscritos), foi representado por aproxi-madamente 1,8 mil animais somente destinados às provas. Segundo o De-partamento de Esportes, esse núme-ro representou a participação de cerca de 1,2 mil competidores, que vieram de quase todo o Brasil.

“A satisfação é grande, pois o Con-gresso foi elogiado pela maioria dos participantes brasileiros e por todas as

Fotos: Fábio Cabrera, Gerson Verga, Leandro Nascimento e Miguel Oliveira/ABQM

Artig

o

delegações estrangeiras, atingindo to-talmente nossas expectativas, pois vem ao encontro das ações que estão sendo implantadas por nossa diretoria”, enalte-ceu o presidente Paulo Farha. Segundo ele, uma das ações foi a inauguração de mais uma pista coberta, com estrutura metálica construída totalmente com re-cursos da ABQM, o que proporcionou mais conforto e segurança a todos os quartistas presentes ao evento. “E apro-veito para informar que a terceira arena - a segunda construída integralmen-te com recursos da Associação -, esta-rá pronta em julho para o Campeonato Nacional”, informou orgulhoso Farha.

Latin American reuniu competidores de

oito países

Paulo Farha enalteceu também a participação de várias delegações es-trangeiras: “Para satisfação de nossa di-retoria e de todos os quartistas, entre as atrações do evento tivemos 1º Latin American Quarter Horse Championship, oficializado pela AQHA. Foi mais um marco para a história da raça, recebendo delegações de oito países, que disputa-ram provas em várias modalidades”.

Esse evento internacional, orga-nizado pela ABQM e promovido pela

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Além da programação do Congresso, a

ABQM realizou o 1º Latin American Quarter

Horse Championship, com a oficialização da

AQHA, e inaugurou mais uma pista coberta

projeção internacional

Congresso ABQM

por Abdalla Jorge Abib

American Quarter Horse Association (AQHA), contou novamente com a pre-sença do Diretor Internacional da AQHA, David Avery, que desta feita veio acom-panhado de outros dirigentes da Asso-ciação norte-americana como Johanas Orgeldinger (ex-presidente) e a esposa Astrid, Tom Persechino (diretor Executi-vo de Competições – responsável pela integridade dos animais), Bette Berge (gerente Sênior do Departamento In-ternacional) e Heberto Gutierrez, todos assessorados pelo diretor Internacional, Kenny Knowlton. Incluindo os compe-tidores brasileiros, o evento passou das 250 inscrições, com 60 delas feitas pe-

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Incluindo os competidores brasileiros, o evento passou das 250

inscrições, com 60 delas feitas pelos participantes das seguintes

delegações internacionais: Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica,

Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que disputaram o título

inédito nas modalidades de Apartação, Ranch Sorting, Rédeas,

Seis Balizas, Team Penning e Três Tambores.

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los participantes das seguintes delega-ções internacionais: Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que disputaram o título inédito nas modalidades de Apar-tação, Ranch Sorting, Rédeas, Seis Bali-zas, Team Penning e Três Tambores.

Trabalhando em conjunto com os profissionais brasileiros, o evento contou com a participação de três juízes norte--americanos, enviados pela AQHA: Joe Carter, Mike Jennings e Don Topliff.

Os eventos foram vistos em 346 cidades

brasileiras e 19 países

Além da Revista Quarto de Milha e o Site da ABQM, a festa quartista foi transmitida diariamente, ao vivo, por im-portantes órgãos de imprensa. Segun-do informações do servidor onde está hospedado o site do Horse Brasil, foram computados acessos em 346 cidades, com 14.301 visitantes em vários estados, além de 19 países representados por 634 visitas. Outro meio de divulgação, o Fa-cebook da ABQM, fechou a semana do evento computando 16.385 acessos. O Canal Rural, também proporcionou am-pla cobertura jornalística exibindo em sua grade de programação inúmeras gravações das provas. Estiveram ainda presentes outros veículos, como a Band Rural (Presidente Prudente/SP), TV Tem (Afiliada Rede Globo - Itapetininga/SP), o Agro Canal/Canal do Boi, que fez ampla

cobertura dos leilões durante o Congres-so. O evento também teve grande reper-cursão nos órgãos de imprensa locais, da cidade de Avaré/SP, estiveram pre-sentes as rádios Interativa FM e Paulista FM; os jornais Sudoeste do Estado, Oes-te Notícias, A Comarca e Folha de Avaré; além dos jornais eletrônicos A Bigorna e o Jornal do Ogunhe. De outras regiões fizeram-se presentes o Jornal Cidade de Bauru, Diário de Sorocaba, Cavaleiro News, Agrovalor, além das revistas Horse, Tambor e Baliza, Western Magazine, Terra Boa Agronegócios entre outros.

Leilões totalizaram R$ 9,6 milhões

O mercado da raça esteve tam-bém aquecido durante a programação do evento, com a tradicional realização dos leilões. Neste ano, os cinco leilões realizados, todos apoiados pela ABQM, apuraram a receita geral de R$ 9,6 mi-lhões, sendo que desse valor, R$ 8 mi-lhões foi referente aos 218 animais lici-tados e mais R$ 1,6 milhão com a venda de cotas de coberturas ou coberturas individuais nos seguintes pregões: Four Friends; Atalla; Haras Fanton; Select Sale; e ZD & EK.

Acompanhe os resultados completosacessando o site: www.abqm.com.br ouentre em contato pelo tel.: (11) 3864-0800

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alternativa de produção na Zona da Mata Mineira

MorangoEm Lima Duarte, a Unidade

Demonstrativa foi implantada em agosto de 2011. A colheita foi iniciada dois meses depois. Até abril de 2012, a lavoura produ-ziu duas toneladas de morango, resultado excelente segundo análise da Emater. De acordo com o extensionista da empre-sa Abmael de Lélis Saraiva, o município oferece boas condições para o desenvol-vimento da cultura. “O clima é bom para o plantio de morango, pois temos regiões mais frias de até 1,686 metros de altitude, o que favorece o cultivo da fruta”, diz.

Com um ciclo de produção rápido, cerca de 70 dias, o plantio de morangos

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Buscando diversificar a produção em Lima Duarte, Zona da Mata Mineira, a EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais) em parceria com a prefeitura e a Cooperativa União da Mata, implantou uma Unidade Demonstrativa de fruticultura para estimular a produção de morangos. Em menos de um ano, a atividade atraiu outros produtores que já apostam no cultivo da fruta e acreditam nos bons resultados econômicos da nova atividade.

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traz resultados quase que imediatos para os produtores. Na Unidade Demonstra-tiva, implantada na fazenda do produtor Jadelbo Júnior, foram plantados três mil pés de morango da variedade Sant’Andreas. Apesar de recente, a lavou-ra se tornou uma opção de renda para Jadelbo. O morango cultivado por ele é vendido a escolas do município. Com os bons resultados, o produtor já pensa em ampliar a lavoura. “Eu pretendo comerciali-zar a produção de morango da minha pro-priedade em outras localidades como Rio de Janeiro e Juiz de Fora”, afirma. Segundo Abmael, as mudas são importadas do Chile para garantir a sanidade da lavoura. Além da Sant’Andreas a variedade Cami-no Real também é utilizada pelos produ-tores, com bons resultados na região.

A experiência com a Unidade De-monstrativa estimulou outros produto-res a investirem na cultura do morango.

Entre eles, três são da agricultura familiar. O pecuarista José de Oliveira, até pou-co tempo, não pensava em trabalhar na atividade. Mas, hoje, pensa diferente. “Eu optei pelo morango, porque acredi-to que seja uma forma de agregar valor à minha propriedade e que me dê um retorno rápido. Espero que, daqui a um tempo, seja o carro-chefe da proprieda-de”, afirma João de Oliveira.

Para o técnico da Emater-MG, Abmael Saraiva, o cultivo do morango ajuda também na diversificação das pro-priedades do município, que têm a pe-cuária leiteira como principal atividade. “A cultura do morango é mais uma op-ção de renda e possibilita aos produtores entrarem em novos mercados”, afirma o extensionista. Próximo a Lima Duar-te, em Alfredo Vasconcelos, a cultura do morango é o carro-chefe da economia do município.

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para o produtor Rural

Tecnologia e Informação

A empresa Porto Mineiro de Grãos, especializada na armazenagem e be-neficiamento de grãos, promoveu o II Show Tecnológico, na Fazenda Santa Rita, muni-cípio de Formiga/MG, no dia 30 de março. Com área de abrangência de 30 municípios, a empresa mineira investe na capacitação dos produtores rurais com foco no fortale-cimento da cadeia produtiva.

Durante o evento, palestras, visitas a campos demonstrativos, exposições de máquinas e implementos agrícolas, venda de insumos e sementes foram algumas das atividades que movimentaram a Fazenda Santa Rita.

Para o especialista em plantio de soja e consultor da Porto Mineiro de Grãos, Edi-vandro Corte, o grande desafio dos produ-tores é a alta produtividade. Ele também implanta na região tecnologia já desen-volvida no Mato Grosso, com o plantio da safrinha, para valorizar a área. Segundo Edivandro, a expectativa é a de atingir 80 sacos de soja por hectare. Para isso, a irri-gação é um fator primordial para alcançar esses índices.

Com as novas tecnologias e com va-riedades cada vez mais precoces é possível

Even

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aproveitar melhor a área com a produção de milho em até 110 dias. Para o produ-tor paulista, Levy Suppioni, que tem terras em Formiga, a parceria com a Porto Mi-neiro de Grãos facilita muito o trabalho do produtor. Presente no evento para conhe-cer as novidades do setor, o produtor in-formou que planta sempre o que há de melhor no mercado. Esse ano em 1.400 hectares ele colheu 200 mil sacas de mi-

lho, para atingir essa meta, usa alta tecno-logia. No Show Tecnológico destacou a automação dos maquinários, o que faci-lita o plantio e a colheita.

Para mostrar todas essas novidades para os produtores, a Porto Mineiro de Grãos firmou parceria com 11 empresas. A movimentação, ao longo do evento, deixou os vendedores realizados. O even-to foi encerrado com palestra do ex-mi-nistro da agricultura Roberto Rodrigues, que mostrou as tendências do mercado de grãos.

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