Termodinâmica

49
7/17/2019 Termodinâmica http://slidepdf.com/reader/full/termodinamica-5690fce8a0787 1/49 Ciclos  Motores  e de  Refrigeração  Algumas centrais de  potência,  como a central simples a vapor  d água, que já consideramos diversas vezes, operam segundo um ciclo. Isto é, o  fluido  de trabalho  sofre  uma série de  processos e  finalmente retorna  ao  estado  inicial.  Em  outras centrais  de  potência, tais como  o  motor  de  ?mbustão  interna  e a  turbina  a gás,  o  fluido  de  trabalho  não  passa  por um ciclo  termodinâmico, linda que o equipamento opere segundo um ciclo mecânico. Neste caso, o  fluido  de trabalho, no rim  do processo, apresenta uma composição química diferente ou está num estado termodinâmico diferente  do  inicial. Diz-se,  as  vezes, que tal equipamento opera segundo  um  ciclo aberto  (a  pala- vra ciclo, neste contexto, é realmente um termo incorreto), enquanto que a unidade motora a vapor : rera  segundo  um  ciclo fechado.  A mesma distinção entre ciclos abertos  e  fechados pode  ser  feita em  relação  aos aparelhos de refrigeração. Neste capítulo, veremos que é interessante analisar o desempenho do ciclo fechado ideal, semelhante ao  ciclo real,  para todos os tipos de equipamentos que operam com  ciclo  aberto ou fechado. Tal procedimento é particularmente  vantajoso  na determinação da  influência  de certas variáveis no desempenho dos equipamentos. Por exemplo, o motor  de combustão interna, com ignição  por centelha, é  usualmente  modelado  como  um  ciclo Jrto. Da análise deste ciclo (Otto) é  possível  concluir que: aumentando a relação de compressão obtemos  um  aumento  no  rendimento  do  ciclo. Isso também  é  verdadeiro para  o  motor real, embora os rendimentos dos ciclos Otto possam se  afastar  significativamente dos rendimentos dos motores reais. Este capítulo trata dos ciclos ideais de potência e de refrigeração. Além disso, nós comentaremos sobre  os  motivos  que  levam  os  ciclos  reais  a se  desviarem  dos  ideais e, no decorrer do  capítulo, serão feitas considerações acerca das modificações dos ciclos básicos que objetivam o aumento do rendimento do ciclo. Nós veremos que  estas  modificações são realizadas com a introdução  de certos equipamentos (tais como: os regeneradores, compressores e expansores de múltiplos  estágios  e  resfriadores intermediários)  no  ciclo original.  Ao  longo deste Capítulo nós :ambém analisaremos algumas aplicações especiais,  tais  como  os  ciclos  combinados,  os  ciclos  de topo, os  ciclos posteriores  e a  co-geração  de  energia  e  potência elétrica. 11 1  Introdução  aos  Ciclos  de  Potência Nós consideramos, no Cap. 7, as máquinas térmicas cíclicas que utilizavam quatro processos distintos.  Nós também vimos que é possível operar estas máquinas em regime permanente a partir de  processos que envolvem escoamentos em dispositivos e, assim, produzindo trabalho na forma de  rotação de um eixo (Fig.  7.16 ,  ou a partir de processos que ocorrem em sistemas. Neste último caso, a produção de trabalho é devida ao movimento de um pistão num cilindro (Fig. 7.17). No primeiro caso, o  fluido  de trabalho pode apresentar mudanças de fase durante a execução do ciclo ou  permanecer numa única  fase  (normalmente  na  fase  vapor). Já no segundo caso,  o  fluido  de trabalho  usualmente permanece na  fase  vapor em todos os estados percorridos  pelo  ciclo. Para  um  processo reversível,  em  regime permanente,  com uma  seção  de  entrada  e uma de saída e desprezando as variações de energia cinética e potencial, o trabalho por unidade de massa envolvido no processo é dado pela Eq. 9.19, ou seja: v  \  dp O trabalho de movimento da fronteira, por unidade de massa, num processo reversível para um  sistema que engloba uma substância simples compressível é dado pela Eq. 4.3. Assim, v  —  dv

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6 edição Este arquivo refere-se ao capitulo 11 do livro de termodinamica.

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7/17/2019 Termodinâmica

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Ciclos

 M otores

 e

de  R efrigeração

 

Algumas centrais de

  potência,

  como a central simples a vapor   d água, que já consideramos

diversas  vezes, operam segundo um ciclo. Isto é, o

  fluido

  de trabalho

  sofre

  uma série de

 processos

e   f inalmente retorna

  ao

  estado   inicial.

  Em

  outras centrais

  de

  potência, tais como

  o

  motor

  de

 ?mbustão   interna  e a  turbina  a gás,  o  fluido   de  trabalho  não passa  por um ciclo  termodinâmico,

linda  que o equipamento opere segundo um ciclo mecânico. Neste caso, o   fluido   de trabalho, no

rim  do processo, apresenta uma composição química diferente ou está num estado termodinâmico

diferente  do

  inicial. Diz-se,

  as

 vezes,

  que tal

  equipamento opera segundo

 u m

  ciclo aberto

  (a

 pala-

vra ciclo, neste contexto, é realmente um termo incorreto), enquanto que a un idad e motora a vapor

: rera   segundo  um  ciclo fechado.  A  mesma distinção entre ciclos abertos  e fechados pode  ser  feita

em   relação  aos aparelhos de refrigeração. Neste capítulo, veremos que é interessante analisar o

desempenho   do ciclo fechado ideal, semelhante ao  ciclo real, para todos os tipos de equipamentos

que operam com   ciclo  aberto ou fechado. Tal procedimento é particularmente

  vantajoso

  na

determinação da   influência   de certas variáveis no desempenho dos equipamentos. Por exemplo, o

motor  de combustão interna, com

 ignição

 por centelha, é

 usualmente

 modelado

 como

  um

 ciclo

Jrto.  Da análise deste ciclo (Otto) é  possível  concluir que: aumentando a relação de compressão

obtemos u m  aumento  n o  rendimento  do  ciclo. Isso também   é  verdadeiro para   o  motor real, embora

os rendim entos dos ciclos Otto possam se

 afastar

  significativamente dos rendimentos dos m otores

reais.

Este capítulo trata dos ciclos ideais de potência e de refrigeração. Além disso, nós

comentaremos sobre

  os

 motivos

  qu e

  levam

 os

 ciclos reais

  a se

 desviarem

  do s

  ideais

 e, no

  decorrer

do

  capítulo, serão feitas considerações acerca das modificações dos ciclos básicos que objetivam o

aumento do rendimento do ciclo. Nós veremos que   estas  modificações são realizadas com a

introdução   de certos equipamentos (tais como: os regeneradores, compressores e expansores de

múltiplos

  estágios

  e

  resfriadores intermediários)

  no

  ciclo original.

  Ao

  longo deste Capítulo nós

:ambém analisaremos algumas aplicações especiais,  tais  como

  os

 ciclos  combinados,

  os

 ciclos

 de

topo, os

 ciclos posteriores

 e a

 co-geração

 de

 energia

 e

  potência elétrica.

11 1

  Introdução

 aos

 Ciclos

 de

 Potência

Nós consideramos, no Cap. 7, as máquinas térmicas cíclicas que utilizavam quatro processos

distintos.

 Nós também v imos que é possível operar estas m áquinas em regime permanente a partir

de   processos que envolvem escoamentos em dispositivos e, assim, produzindo trabalho na forma

de   rotação de um eixo (Fig.  7.16 , ou a partir de processos que ocorrem em sistemas. Neste último

caso,  a produção de trabalho é devida ao movimento de um pistão num cilindro (Fig. 7.17). No

primeiro caso, o   fluido   de trabalho pode apresentar mudan ças de fase durante a execução do ciclo

ou   permanecer numa única

  fase

  (normalmente

  na   fase

  vapor).

  Já no

  segundo caso,

  o

  fluido

  de

trabalho

 usualmen te permanece na   fase   vapor em todos os estados percorridos  pelo  ciclo.

Para

  um

  processo reversível,

  em

  regime permanente,

  com uma   seção  de

  entrada

  e uma de

saída e desprezando as variações de energia cinética e potencial, o trabalho por unidad e de m assa

envolvido no processo é dado pela Eq. 9.19, ou seja:

v —  \  dp

O trabalho de movimento da fronteira, por unidade de massa, num processo reversível para

um   sistema que engloba uma sub stância simples compressível é dado pela Eq. 4.3. Assim ,

v

  — 

dv

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7/17/2019 Termodinâmica

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3 2

  undamentos

 da

 Termodinâmica

A s

  áreas relativas as

  duas

  integrais estão mostradas na Fig.  11.1. É interessante notar que o

trabalho representado  pela  primeira  integral

 não

  envolve  processos

  a

 pressão  constante

  e que o

trabalho

 representado pela seg und a integral não envolve processos a volu me constante.

Considere,  novamente,  o ciclo de  potência esquematizado  na  Fig. 7.16.  Este ciclo é baseado

em   quatro processos  qu e  ocorrem  em   regime permanente  e  todos  os  equipamentos envolvidos

apresentam uma única seção de alimentação e uma única de descarga. Nós vamos admitir que

todos os processos são internamente reversíveis e que estes não apresentem variações significa-

tivas

  de

  energia cinética

  e

  potencial. Assim,

  o

  trabalho

 po r

  unidade

 de

 massa,

  em

  cada processo,

pode  ser calculado com a Eq.

  9.19.

  Para

  facilitar

  a

  modelagem

  do

  ciclo, vamos

  admitir que os

processos  de transferência d e  calor ocorrem  a pressão constante sem realização  de trabalho) e que

tanto  a  turbina  quanto a bomba são adiabáticas. Como já havíamos  feito  a hipótese de que os

processos eram internamente reversíveis, temos que os processos na turbina e na bomba são

isoentrópicos.  A  representação

  gráfica

  deste  ciclo,  levando  em   conta todas estas considerações,

está mostrada  na Fig.

  11.2.

 Se

 todos

 os estados percorridos

 pelo

  fluido de trabalho durante o ciclo

pertencerem  a região  de  saturação líquido-vapor,  o  ciclo será  um de

 Carnot.

  Isto ocorre porque as

transferências

  de

  calor ocorrem

  a

  pressão constante

  e,

  nesta região,

  os

  processos

  a

  pressão

constante  também

  sã o

  processos isotérmicos.

  Se

  ocorrer variação

  de

  pressão

  na

  caldeira,

  ou no

condensador,  o ciclo  nã o  será mais  um  ciclo  de Carnot. Nestas duas situações,  o trabalho líquido,

por unidade de massa, realizado pelo ciclo é:

Figura 11.1

 —

 Comparação entre

 os

 trabalhos

realizados

 por

 eixo

 e por

 movimento

 de  fronteira.

liq

=  - J

  v dp

Q

\ dp

Q .= ~\ y  dp

  \ d p

Como

  p 2

  =

 p 3

 

p }

  =

 p 4

 

e  considerando  que os  volumes específicos  do s  fluidos  de  trabalho  no

processo de expansão estado 3 ao estado 4) são maiores dos que os referentes ao processo de

compressão estado

  l ao

 estado

  2), nós

 podemos  concluir

  que o

  trabalho

  realizado pelo ciclo é

positivo.  Esta conclusão também pode ser obtida analisando as áreas da Fig. 11.2. Concluímos, a

partir desta análise, que o trabalho líquido fornecido pelo ciclo é  função  da diferença entre os

volumes  específicos

  das

  fases. Assim,

  o

  fluido

  de

  trabalho deve apresentar

  a

  maior variação

  de

volume  específico possível entre as

 fases

  por exemplp: entre a fase vapor e a líquida ).

 

Figura  11.2

  — Ciclo d e  potência

baseado

  em

 quatro processos.

Se o

  cic

seria realizad

unidade de m

Analisando

  n

estado

  2 ao 3

estado   4 ao l

são  positivos.

p -v   Fig.  11 .

trabalho

  líqui

processos

 sim

Nas

  próx

por  quatro  p

Isto  é  feito  p

expansão  e c

utilizadas na  p

11.2

  O _ C i _ d

Consider

11.2).

  Admita

superaquecido

motora simple

compõe

 o

 cicl

1 2:

2-3:

3 4:

4-1:

O

  ciclo

 

vapor, como

 o

Se as va

e o trabalho

  lí

ferido

  ao

  fluid

trabalho pela 

área que repre

O rendimento 

Ca l

Figura  II

Page 3: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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Ciclos Motores e cê ?e ;5 2:á:  313

Se o ciclo mostrado na Fig.   11.2   fosse   realizado num   conjunto   cilindro-pistão . o trabalho

seria  realizado pelo movimento de fronteira. Neste caso, o trabalho realizado pelo   ciclo,   po r

anidade de massa, pode ser calculado pela relação

Z J  k

=  \pdv pdv pdv p

dv

Analisando novamente   a  Fig.   11.2,   notamos   que as  áreas

  relativas

 aos  processos  de  expansão  (do

estado

 2 ao 3 e do e stado 3 ao 4) são maiores que as áreas relativas aos processos de compressão

estado

 4 ao l e do

  estado

  l ao 2).

 Assim,

  a

  área líquida

 e o

 trabalho liquid o produzido pelo ciclo

são positivos. A   área delimitada pelas linhas  q ue  representam  o s   processos 1-2-3-4-1   no  diagrama

 

(Fig.

  11.2)

  representa   o

  trabalho líquido produzido

  nos  dois casos

  analisados.

  Note  que o

irabalho líquido fornecido

  pelos

  dois

  ciclos é o

  mesmo

  apesar dos

  trabalhos

  realizados nos

processos similares que compõe os dois ciclos serem diferentes.

Nas  próximas seções

  nó s

  consideraremos

  o

  ciclo

  de

 R ankine . Este ciclo

  é

 ideal,

 é

 constituído

por quatro processos que ocorrem em regime permanente e opera na região de saturação.

Isto  é

  feito para maximizar

  a

  diferença entre

  os

  volumes específicos relativos

  ao s

  processos

  de

expansão   e compressão. O

 ciclo

 de

  Rankine

  é o

  modelo ideal para

  as

  centrais térmicas

  a

  vapor

utilizadas

 na produção de potência.

11 2   O  Ciclo Rankine

Considere um ciclo baseado em quatro processo que ocorrem em regime permanente (Fig.

11.2).  Admita

  que o

  estado

  l

  seja líquido saturado

  e que o

  estado

  3

  seja vapor saturado

 o u

superaquecido.  Este

  ciclo

  recebe

  a

  denominação ciclo

  de

  Rankine

  e é o  ideal

  para

  uma

  unidade

motora simples   a  vapor.   A  Fig.   11.3 apresenta  o  diagrama   T s referente   ao

 ciclo

 e os processos  que

compõe

 o

 ciclo são:

1-2:  Processo  de  bombeamento adiabático   reversível, na   bomba.

2-3: Transfe rência de calor a pressão cons tante , na  caldeira.

3-4: Exp ansão adiabática reversível, na turb ina

 (ou noutra

  máquina motora tal como a

máquina

  a vapor).

4-1: Transferência

 de

 calor

  a

 pressão constante,

 no

 condensador.

O ciclo de R ankine, como já foi expo sto, também pode apresentar sup eraqu ecim ento do

vapor, como  o  ciclo l-2-3 -4 -l.

Se as variações de energia cinética e potencial forem desprezadas, as transferências de calor

e  o   trabalho líquido podem   ser

 representados pelas

  diversas

  áreas

 do   diagrama   T-s.  O

 calor

  trans-

ferido  ao fluido de trabalho é representado pela

 áiea

 a-2-2 -3-b-a   e o calor transferido do fluido de

trabalho

  pela área

 a l 4 b a.

 Utilizan do a primeira lei da termodinâmica, podemos concluir que a

área qu e representa o trabalho é igual a diferença fentre essas dua s áreas, isto é, a área l-2 -2 -3- 4-l.

  rendimento   térmico  é  definido pela  relação

\a

  >̂ ;<Õ

Figura  11 3

 —

 U nidade motora simples

  a

 vapor

 q ue

 opera segundo

 um

 ciclo

  de

 Rankine.

Page 4: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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da ermodinâmica

 térmico

área

  l-2-2 '-3-4-l

qH   área   a-2-2 -3-b-a

 11.1

X á   análise

  do

  ciclo

  de

  Rankine

  é

  úti l   considerar

  que o

  rendimento depende

  da

  temperatura

média   na   qual   o   calor   é   fornecido   e da   temperatura média   na   qual   o   calor   é   rejeitado. Qualquer

variação   que aumente a temperatura média na qual o calor é fornecido, ou que diminua a tempe-

ratura

 média

 na

 qual

 o

 calor

 é

  rejeitado, aumentará

  o

  rendimento

  do

 ciclo

 de

  Rankine.

Devemos ressaltar que,

 na

  análise

  do s

  ciclos ideais deste capítulo,

  as

 variações

  de

  energias

cinética  e   potencial,   de um   ponto   do   ciclo   a   outro, serão desprezadas.   Em   geral, isso   é uma

hipótese razoável para  o s   ciclos reais.

É   evidente   que o  rendimento térmico   do   ciclo   de  Rankine  é  menor  do que   aquele   do  ciclo  d e

Carnot  que

 opera

 com as  mesmas temperaturas máxima  e mínima do ciclo de  Rankine   porque a

temperatura média entre

  2 e   2 é

  menor

  do que o

  temperatura durante

  a

  vaporização. Podemos

então perguntar, porque escolher  o   ciclo   de   Rankine como   o   ciclo ideal? Porque   nã o   escolher   o

ciclo de Carnot

  l'-2'-3-4-l'

  como  o ciclo ideal?

 Podemos

 fornecer,  pelo menos,  duas  razões para  a

escolha   do  ciclo   de  Rankine .   A   primeira envolve  o  processo   de  bom beamento.   O  estado

  l'

 é uma

mistura

  de

  líquido

  e

  vapor

  e é

  muito difícil construir

  um a

  bomba

  qu e

  opere convenientemente

sendo alimentada

  com uma

 m istura

  de

 líquido

  e

 vapor   (l

1

)

 e que

  forneça líquido saturado

 n a

  seção

de   descarga   (2 ).   É   muito mais fácil condensar completamente   o   vapor   e   t rabalhar somente   co m

líquido na bomba (o ciclo de Rankine é baseado neste fato). A segunda razão envolve o

superaquecimento  do   vapor.   No   ciclo  de   Rankine   o   vapor   é   superaquecido   a   pressão constante,

processo 3-3 .   No   ciclo   de   Carnot toda   a   transferência   de   calor ocorre   a   temperatura constante   e

portanto o vapor é superaquecido no processo

 3-3 .

  Note que durante  esse processo a pressão cai.

Isto  significa   que calor dev e ser transferido ao vapor enquanto ele

  sofre

  um processo de expansão

(no qual

  é

  efetuado trabalho). Isso também

  é

  muito difícil

  de se

  conseguir

  na

  prática. Assim,

  o

ciclo Rankine   é o ciclo ideal que pode^ser aproximado na  prática. Consideraremos,  nas  próximas

seções, algumas v ariações

 do

 ciclo

  de

 Rankine

 que

 provocam

 o

 aumento

 do

  rendimento térmico

  do

ciclo   e  deste modo apresentando  u m   rendimento mais próximo   ao  rendimento   do  ciclo   de  Carnot.

Antes de discutirmos a influência de certas variáveis sobre o desempenho do ciclo de

Rankine,

 estudemos o seguinte exemplo:

Exemplo

 11 1

Determine  o   rendimento   de um   ciclo   de   Rankine   qu e   utiliza água como

  fluido

  de   trabalho.   A

pressão  no   condensador   do   ciclo   é   igual   a 10  k Pa   e a   caldeira opera   a 2

 MPa.

 O   vapor deixa   a

caldeira como vapor saturado.

Na resolução   do s   problemas sobre   os   ciclos   de   Rankine, indicaremos   po r   w b   o   trabalho   na

bomba  p or   quilograma  d e

 fluido

  qu e  escoa   no  equipamento  e por

 q

L o  calor rejeitad o pelo

  fluido

 de

trabalho por quilo de  fluido   que  escoa no equipamento.

Na solução desse problema consideramos, sucessivamente,

  um a

  superfície

  de

  controle

  que

envolve

  a

  bomba, caldeira, turbina

  e

  condensador.

 Em

  cada caso,

  o

 modelo termodinâmico adota-

do   é  aquele

  associado/às

  tabelas de  vapor d água  e consideraremos  que o

 processo

  ocorre  em

regime perm anente  (qOm  variações   de  energias cinética  e   potencial desprezíveis). Assim,

Volume

 de controle: Bom ba.

Estado  de   entrada:

  p

conhecida, líquido saturado; estado determinado.

Estado de saída:  p 2   conhecida.

Análise:

  Primeira

 lei da

  termodinâmica:

Segunda  Lei da   termodinâmica:

  s 2  =

 í,

Como   s2  =  s l 

= h. h.

z,

-   /z

= f v   dp

Page 5: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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Ciclos Motores e de Refrigeração

  3 5

Solução

Admitindo

 que o

 líquido seja

 incompressível,

h

2

=h

1

  \w

b

  =191 ,8+ 2,0 =

 193,8

 kJ/kg

Volume de controle: Caldeira.

Estado de entrada:

 p

2

,

  h2 conhecidas; estado determinado.

Estado de

 saída:

  p3

 conhecida, vapor saturado; estado determinado.

  nálise Primeira lei: qH h3 h2

Solução

qH =h3-h2

  =2799,5-193,8

 = 2605,7 kJ/kg

Volume de controle: Turbina.

Estado

 de entrada: Estado 3 conhecido (acima).

Estado de saída:

  p

4

  conhecida.

  nálise Primeira lei:  w

t

=h

3

-h

á

Segunda lei:

  s

3  =

 s

4

Solução Nós podemos determinar o título no estado 4 a partir da entropia neste estado. Assim,

s

3 =s4= 6,3409 = 0,6493+*

4

 7 ,5009=í>jc4  = 0,7588

XA

4  = 191,8 + 0,7588(2392,8)  = 2007,5 kJ/kg

w

= 2799,5

 -

 2007,5

 =

 792,0

 kJ/kg

Volume

 de controle: Condensador.

Estado

 de entrada: Estado 4, conhecido (acima).

Estado

 de

 saída:

  Estado

 l,

  conhecido.

  nálise

Primeira lei:

Solução

qL =h

4

-h

l

  =2007,5-191,8  =

 1815,7

  kJ/kg

Podemos a gora calcular o rendimento térmico.

V

líq  ÍH

792,0-2,0

2605,7

= 30,3

Podemos

  também escrever

 uma

 expressão

 para o  rendimento térmico  em função das  propriedades

no s

 vários pontos do ciclo. Assim,

 térmico

  A -Aj-fo-f t ,

h3-h2 h3-h2

2605,7-1815,7  792,0-2,0

2605,7

2605,7

=

  30,3

Page 6: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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  6

  undamentos

 d

Termodinâmica

Figura  11 4  — Efei to da pressão de  descarga da

turbina

 sobre o rendimento do ciclo de Rankine.

Figura  11 5

  — E f e i t o

 do superaquecimento

sobre o rendimento do ciclo de Rankine.

11 3

  Efeitos

 da

 Variação

 de Pressão e

 Temperatura

  no

 Ciclo

 de

 Rankine

Consideremos, primeiramente, o efeito da variação de pressão e temperatura  na seção de saída

da turbina no ciclo de R ankine. Esse efeito é mostrado no diagrama   T- s da Fig.  11.4. Façamos com

que

  a pressão de saída caia de p

4

  a p

4

. com a correspondente diminuição da temperatura na qual o

calor  é rejeitado.  O/aumento do  trabalho líquido está  representado pela  área

  l-4-4 -l -2 -2-l.

 O

aumento

 do calor transferido ao

 fluido

 é representado pe la área

 a -2 -2-a-a .

 Como essas duas áreas

são

 aproximadamente iguais,

 o

 resultado líquido

 é um

 aumento

 no

 rendimento

  do

 ciclo. Isso também

é

  evidente pelo

  fato

  de que a

  temperatura média,

  na

  qual

 o

 calor

  é

 rejeitado, diminui. Note, entre-

tanto, que a redução d a pressão na seção de descarga da turbina provoca uma redução no título do

fluido que deixa

  a

 turbina.  Isso

 é um

 fator significativo,

  pois ocorrerá

 uma

 diminuição

  na

  eficiên-

cia da  turbina  e a erosão das palhetas da turbina tornar-se-á um problema muito sério qu and o a

umidade do  fluido, no s  estágios  de baixa pressão  da  turbina, excede cerca de 10 por  cento.

Em   seguida, consideremos

  o

 efeito  do superaquecimento

  do

 vapor

  na

 caldeira  Fig.

  11.5). É

evidente   que o  trabalho aumenta  o  correspondente  a  área  3-3 -4 -4-3  e o  calor transferido  na

caldeira aumenta

  o

  correspondente

  a

  área  3-3 -b -b-3.  Como

  a

  relação entre estas duas áreas

  é

maior

 do que a

  relação entre

 o

 trabalho líquido

  e o

 calor fornecido

 n o

 restante

 do

 ciclo,

  é

 evidente

que,  para as pressões dadas, o superaquecimento do vapor aum enta o rendime nto do ciclo de

Rankine.  Isso pode ser explicado,  também,  pela ocorrência do  aumento  da  temperatura  média na

qual

 o calor é transferido ao vapor. Note também que, quando o vapor é superaquecido,

 aumenta

 o

título do vapor na saída da turbina. Finalmente, a influência da pressão m áxima do vapor deve ser

considerada e isto está m ostrado na Fig.

  11.6.

 Ne sta análise, a temperatura máx ima do vapor, bem

como

  a

  pressão

  de

  saída,

  sã o

  mantidas constantes.

  O

  calor rejeitado diminui

  o

  correspondente

  a

área b -4 -4-b-b .  O trabalho líquido aumenta  o correspondente a área  hachurada simples  e  diminui

o correspondente a área duplo hachurada. Portanto o trabalho líquido tende permanecer o mesmo,

mas

  o calor rejeitado dim inui e portanto, o rendimento do ciclo de Rank ine aume nta com o

aumento

 da

 pressão

 máxima.

 Note que, neste

 caso, a

  temperatura média

 na

 qual

 o

 calor

 é

  fornecido

também aume nta com o aumento da pressão. Observe qu e o t ítulo do vapor que deixa a  turbina

diminui quando

  a

 pressão máxima

 do

 ciclo  aumenta.

3 3

Resumi

pela redução

 

de calor e

 pe

superaquecim

aumento  d a p

Exemplo

  11

Num ciclo  de

pressão no co

Para dete

na   bomba e a

de  controle  e

termodinâmic

processos oco

potencial).

Volume  de co

Estado de entra

Estado  de

 saíd

Análise:

  Prim

Segunda lei:

 

Como sz~s1 

Solução:

Volume de contr

Estado de entrad

Estado

 de saída:

 

Análise:  Primeir

Segunda

  lei:

Solução:

b

b

Figura 11 6

 -  Efei to da  pressão na caldeira

sobre

 o

 rendimento

  do

 ciclo

 de

 Rankine.

Volume

 de

 contro

Estado de entrada:

Estado de saída: E

Análise:

  Primeira

 

Solução:

Page 7: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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  iclos  otores e de Refr igeração

  3 7

Resumindo,   podemos dizer  que o rendimento de um  ciclo  de  Rankine pode  ser

  aumentado

pela

 redução  da  pressão  na  seção  de descarga  da  turbina, pelo aumento  da  pressão  no

  fornecimento

de

  calor  e pelo superaquecimento do vapor.  O  título do vapor  que  deixa a

  turbina

 aumenta com o

superaquecimento  do  vapor  e  diminui pelo abaixamento  da  pressão  no  condensador  e  pelo

aumento da pressão  no  fornecimento de calor.

Exemplo 11 2

N um  ciclo

  de  Rankine, o vapor d água deixa  a  caldeira  e  entra  da

  turbina

  a 4 MPa e  400°C.  A

pressão

 no

 condensador

 é

 igual

 a 10

 kPa. Determine

 o

 rendimento

 do ciclo.

Para determinar o rendimento do ciclo nós devemos calcular o trabalho na turbina, o trabalho

na

 bomba

 e a

 transferência

 de calor ao

 fluido

  na

  caldeira. Para isto, consideraremos

 u ma

 superfície

de

  controle envolvendo sucessivamente cada  um  desses componentes.  Em  cada caso,  o  modelo

termodinâmico

  adotado  é  aquele associado  às  tabelas  de   vapor d água  e  admitiremos  que os

processos ocorrem

  em

  regime permanente (com variações desprezíveis

  de

  energias cinética

  e

potencial .

Volume

 de controle: Bomba.

Estado

 dê entrada:   p l  conhecida, líquido saturado; estado determinado.

Estado

  de

1

 saída:

  p

2

  conhecida.

Análise:  Primeira lei:  w

b

  =h2—hl

Segunda

 lei:

  s2

  =

 s t

Como   s\ s ,

Solução:

2

h2-hj  = j  v dp = v p2  -

  Pl

 

=

 v p

2

  -

  p,

  = 0,00101 4000 -10 = 4,0 kJ/kg

  z

= 191,8 kJ/kg

h

2

  =191,8 + 4,0 = 195,8

Volume de

  controle: Turbina

Estado

 de entrada:

  p3,  T3

 conhecidas; estado determinado.

Estado de

 saída:

  p

4

  conhecida.

Análise:

  Primeira

  lei:  wt  =

 h

3

~h

4

Segunda

 lei:

  s3

  =

 s4

Solução:

h}= 3213,6 kJ/kg  e

  s

3

 =6,7690

 kJ/kg K

s3  =

 s

4

  = 6,7690

  =  0,6493+A-

4

 7,5009  =»

  x

4  =

 0,8159

h4  =

 191,8

 + 0,8159 2392,8) = 2144,lkJ/kg

w = h

3

 -h4  = 3213,6-2144,1 = 1069,5kJ/kg

w liq =w,-wh  =1069,5-4,0 = 1065,5 k

 J/kg

Volume

 de controle: Caldeira.

Estado de entrada:  p2,

  h

2   conhecidas; estado determinado.

Estado

 de

 saída: Estado

 3

 determinado (dado).

Análise:  Primeira lei:  q

H

=h

3

—h

2

Solução:

1

  =

 h3-h2

  = 3213,6-195,8 = 3017,8 kJ/kg

Page 8: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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3 S

  -- lamentos

 da Termodinâmica

1065,5

O trabalho líquido também pode ser determinado calculando-se o calor rejeitado no con-

densador,  q

L

 

e

 observando que, pela primeira

  lei da

  termodinâmica,

 o

 trabalho líquido

  no

 ciclo

 é

igual

  à

  transferência líquida

  de

  calor

  no

  ciclo. Considerando

  um a

  superfície

  de

  controle envol-

vendo  o   condensador, temos   í

qL  =h

4

-h

{

  =2144 1-191 8

 =

 1952 3kJ/kg

Portanto,

  q

H

  =

3017, 8 1952,

 3=

  1065,5  kJ/

 kg

Volume

  de

Estado

  de e

Estado de s

Análise:  P

Segunda

 le

Solução:

11 4 O Ciclo com Reaquecimento

Na

  seção anterior notamos

  que o

  rendimento

  do

  ciclo

 /Rankine

  pode

  ser

  aumentado, pelo

aumento

 da pressão no processo de fornecim ento de calor. E ntretanto, isso também aumen ta o teor

de umidade do vapor nos estágios de baixa pressão da turbina. O ciclo com reaquecimento foi

desenvolvido para tirar vantagem do aumento de rendimento provocado pela utilização de pressões

mais altas e evitando que a umidade

  seja

  excessiva nos estágios de baixa pressão da turbina. Um

esquema deste ciclo e o diagrama  T-s   associado estão mostrados na Fig.

  11.7.

  A característica

singular  desse ciclo é que o vapor, primeiramente, expande até uma pressão intermediária na

turbina.

  Ele, então, é reaquecido na caldeira e novamente expande na turbina até a pressão de

saída. É   evidente,   a  partir   do   diagrama   T-s que há um   ganho m uito pequeno   de   rendimento pelo

reaquecimento do vapor (porque a temperatura média, na qual o calor é fornecido, não

  muda

muito).

  A

  principal vantagem deste reaquecimento está

  na

  diminuição

  do

  teor

  de

  umidade

  no s

estágios de baixa pressão da turbina. Observe também que, se houver metais que possibilitem um

superaquecimento do vapor até

  3 ,

  o ciclo Rankine simples seria mais eficiente que o ciclo com

reaquecimento e  este ciclo modificado  não  seria necessário.

Turbina

  o m b a @

Figura

  11 7 —

  Ciclo ideal  com reaquecimento.

Exemplo 11 3

Considere um

 ciclo

 com reaquecimento que  utiliza água  como  fluido  de trabalho. O  vapor deixa  a

caldeira e entra na turbina a 4 MPa e 400°C. O vapor expande até 400 kPa na turbina de alta

pressão, é reaquecido até 400 °C e então expande novamente na turbina de baixa pressão até

10

 kPa. D etermine o rendime nto do ciclo.

Para

  cada  volume   de  controle analisado,   o modelo termodinâmico é aquele associado  às

tabelas d e vapor d água e adm itiremos qu e os processos ocorrem em regime perm anente (com

variações desprezíveis  de energias cinética e  potencial).

Volume  de

Estado

 de

Estado de  

Análise:

 

Segunda

 le

Solução:

Para toda

  a

Volume  d

Estado

 de  

Estado

 de

 

Análise: 

Segunda

 l

Como

  s

Solução:

Volume  d

Estados

 d

Estados  d

Análise:

 

Solução:

Page 9: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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  iclos Motores e de Refrigeraçã o

  3 9

V o l u m e de

  controle: Turbina

 d e

 alta pressão.

Estado de

  entrada:  p

3

 ,

 T3

 co nhecidas; estado determinado.

Estado

 de saída:

  p

4  conhecida.

Análise

Primeira lei:  w

t

_

a

=h

í

-h

4

Segunda

 lei:  s3

 =  s4

Solução

h}= 3213,6

  e

  s3= 6,7690

s3=s4

 =6,7690

 = 1, 7766 +

 ̂ 5,1193

h

4

  = 604,7+0,9752 2133,8) = 2685,6

Volume  de controle: Turbina de baixa pressão.

Estado

 de entrada:  ps , T5 conhecidas; estado determinado.

Estado

 de  saída:

  p6

  conhecida.  /

Análise Primeira lei:  w:_b=h5-h6

Segunda

 lei:

  s

5

 =

 s

6

Solução

x4  =0 , 9 7 5 2

hs=

 3273,4

s

5

=7,8985

ss=s6=

 7,

 8985 = 0,6493 +

 *67,5009

h

6  = 191,8 + 0,9664 2392,8)  =  2504,3

x6=

 0,9664

Para toda

 a

 turbina,

 o

 trabalho total produzido ,

 wt,é  a

 soma

 de w

t  a

 e

  w t  b

 .

 Assim,

w,

  =

 

3

 -

  / ?4)

 +

  h

s -h

6

 =  3213,6 -  2685,6) +  3273,4 -  2504,3)  =  1297,1

  kJ/kg

Vo lume

  de controle: bomba

Estado de entrada:  /?, conhecida, líquido saturado; estado d eterminado.

Estado de saída:

  p

2

  conhecida.

Análise Primeira lei:

Segunda lei:  s

2

  =

 s,

Como  s  = s ,

= h ,

  -h.

z,

~ h  J  P i

 

Solução

\w b\ v p2

  -

  p,}=

 0,00101 4000 - 10) = 4,0 kJ/kg

h 2  =  191,8 + 4,0 = 195,8

Volume de controle:

  Caldeira.

Estados de entrada: Estados 2 e 4, estados conhecidos.

Estados de saída: Estados 3 e 5, estados conhecidos.

Análise Primeira

 lei:

  q

H  = h3  -  h

2) +  hs

  —

 h4 

Solução

q

H

  =  h

3

  -

  h

2

 

+

  h

s  -  h4  =  3213,6 -  195,8) +  3273,4 -  2685,6)  =  3605,6 kJ/kg

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7/17/2019 Termodinâmica

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320 -_-;a~entos da Termodinâmica

Figura 11 8

  — Diagrama

 T

s  que mostra

a

 relação entre

 os

 rendimentos

 dos

 ciclos

de Carnot e Rankme.

Portanto,

w .  =  —

hq

  f

= 1297,

 l

 4,0

 =

 1293,1

 k J / k g

'térmico

1293,1

q  3605,6

=

 35,9

Este resultado mostra que o aumento do rendimento provocado pelo reaquecimento é relativamen-

te

 pequeno

 (veja  os

 resultados

 do Ex.  11.2).

 Porém,

 a fração  de

 líquido

 do vapor na

 seção

 de

 saída

da turbina (baixa pressão) diminui

 em

 consequência

 do

 reaquecimento

  (de

 18,4

 

para

 3,4  ).

11 5  O Ciclo Regenerativo

Uma outra variação importante

  do ciclo de

  Rankine

  é o ciclo

 regenerativo. Esta variação

envolve a utilização de aquecedores da água de alimentação. As características básicas deste ciclo

podem

 ser

 mostrados considerando-se

  o

 ciclo

 de

 Rankine

 sem

 superaquecimento mostrado

 na

 Fig.

11.8.  O fluido de trabalho é aquecido, enquanto permanece na fase líquida, durante o processo

entre os estados 2 e 2'. A temperatura média do fluido de trabalho, durante este processo, é muito

inferior à do

 processo

  de

 vaporização 2'-3.

 Isto faz com que a

 temperatura média,

 na

 qual

 o

 calor

 é

transferido  ao ciclo de Rankine,

 seja

 menor do aquela do ciclo de Carnot l'-2'-3-4-l ' . Deste modo, o

rendimento

  do ciclo de

 Rankine

 é

 menor

 que o do

 ciclo

 de

 Carnot correspondente.

  No ciclo

 rege-

nerativo,

 o

 fluido

  de

 trabalho

 entra

 na

 caldeira

 em

 algum estado entre

 2 e

 2'

 e,

 conseqúentemente,

obtemos um aumento na temperatura média na qual o calor é fornecido ao fluido de trabalho.

Consideremos, primeiramente, um ciclo regenerativo ideal (Fig. 11.9). O aspecto singular

desse

 ciclo, quando comparado

 com o

 ciclo

  de

  Rankine,

 é que

  após deixar

  a

 bomba

  o

 líquido

circula ao redor da carcaça da turbina, em sentido contrário ao do vapor na turbina. Assim, é

possível

 transferir

 calor do

 vapor, enquanto

 este escoa na turbina, ao líquido que escoa na periferia

da turbina. Admitamos, por um momento, que esta seja uma transferência de calor reversível;

 isto

é:

 em cada ponto da superfície da turbina, a temperatura do vapor

 é

  apenas

 infinitesimalmente

 su-

Turbina

a

  b c d

Figura

 11 9 —

 Ciclo regenerativo ideal.

de s

Page 11: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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T u r b i n a

 

kg

C i c l o s  M o t o r e s e  c ê  í~ :í--=cã: 321

 igur

11.10

 —

  C ic l o r e g e n e ra t iv o

 com

 a q u e c e d o r

 de

 mis tu ra .

perior  a d o l íq u id o .  Neste  caso a l inha 4-5 (no diagrama  T s  da Fig. 11.9), que representa os

e s t a d o s

  do vapor e scoando a t ravés da tu rb ina , é exa tamente pa ra le la à l inha

  1-2-3

  q u e r e p re s e n ta o

p roce s s o d e b omb e a me n to ( 1- 2) e o s e s t a dos d o l íqu id o q u e e s co a n a p e r i fe r i a d a tu rb in a . Co n s e -

q u e n t e m e n t e ,

  as

  áreas  2-3-b-a-2

  e

 5 4 d c 5

  não são

  s ome n te ig u a i s ,

 mas

  t a mb é m con g ru e n te s ,

  e

r e p r e s e n t a m ,

  re s p e c t iv a me n te ,  o  ca l o r t r a n s f e r id o  ao  l íqu ido  e do  v a p or . Ca l o r  é  trans fe r ido  ao

f lu ido

  de

  t raba lho

a

  t e mp e ra tu ra con s t a n t e ,

  no

  proces so 3-4,

  e a

  área  3 4 d b 3  represen ta e s ta

t r a n s fe r ê n c i a

  d e ca l o r . Ca l o r é t r a n s f e r id o d o

 f lu ido

  d e t r a b a l h o n o p roce s s o 5-1 e a áre a

  \-5-c-a-l

r e p r e s e n t a   e s t a t r a n s f e rê n c i a . N o te

  que

  es sa á rea

  é

  e x a ta me n te ig u a l

  a

  área  l -5 -d-b-l\e é o

ca lor re je i tado

  n o

  c i c l o

  d e C a r n o t

  r e l a c i o n a d o ,  l -3-4-5 -1 .  A s s i m ,

  o

  c i c l o r e g e n e ra t iv o id e a l

a p r e s e n t a

  re n d ime n to té rmico e x a ta me n te ig u a l a o r e n d ime n to d o c i c l o d e Ca rn o t q u e op e ra e n t r e

as mesmas temperaturas  de  fornecimento  e rejeição de  calor.   ,

O b v ia me n te ,  não é  p os s ív e l imp l a n ta r es t e c i c l o r e g e n e ra t iv o id e a l . P r ime i ra me n te , não  se r ia

poss íve l

  e f e tu a r a t r a n s f e rê n c i a d e ca l o r n e ce s s á r i a d o v a p or n a t u rb in a p a ra a á g u a l íq u id a d e

a l ime n ta ção . A l é m d i s s o , o t e o r d e u mid a d e d o v a p or q u e d e ix a a t u rb in a a u me n ta con s id e ra -

v e l me n te , e m con s e q u ê n c ia d a t r a n s f e rên c i a d e ca l o r , e a d e s v a n ta g e m d i s to já f o i a n t e r i o rme n te

ob s e rv a d a . O

  c i c l o

  re g e n e ra t iv o r e a l , v e ja o e s q u e ma mos t r a d o n a F ig .

  11.10,

  e n v o l v e a e x t r a ção

de   u ma p a r t e d o v a p or q u e e s coa n a tu rb in a , a p ós t e r s id o p a rc i a l me n te e x p a n d id o , e a u t i li z a ção

de

 a q u e ce d ore s d a ág u a d e a l ime n ta ção .

O v a p or e n t r a n a t u rb in a n o e s t a d o 5 . A p ó s a e x p a n s ão a té o e s t a d o 6 , p a r t e d o v a p or é

e x t r a íd o e e n t r a n o a q u e ce d or d e á g u a d e a l ime n ta ção . O v a p or n ão e x t r a íd o e x p a n d e n a tu rb in a

a té

  o

  es tado

  7 e é,

  en tão, l evado

  a o

  c o n d e n s a do r .

  O

  l íqu ido  desca rregado

  do

  con d e n s a d or

  é

  b o m -

b e a d o   para  o  a q u e c e d o r  da  água  de  a l ime n ta ção on d e oco r re  a  mis tu ra  com o  vapor extra ído  da

t u r b i n a .

  A vazão de vapor extra ído da tu rb ina é a suf ic ien te pa ra

  fazer

  com q u e o l íq u id o , qu e d e ix a

o

  aquecedor de mis tu ra , e s te ja no e s tado sa tu rado (e s tado 3). Note  que o

  l íquido

  a in d a n ão f o i

b o m b e a d o

 até a

 pres são

  da

 ca l d e i r a

 mas

  apenas

 até a

 pressão  in t e rme d iá r i a co r r e s p on d e n te à q u e l a

no  estado  6.  Ass im, torna-se neces sá r ia  a  ins ta lação de uma  o u t r a b o m b a  que  t r a n s f e re o  l íq u id o ,

qu e   é d e s ca r r e g a d o d o a q u e ce d or d a á g u a d e a l ime n ta ção , p a ra a ca l d e i r a . O p on to s ig n i f i ca t iv o ,

d e s te c i c l o ,

 é o

 a u m e n t o

  da

 te mp e ra tu ra m é d ia

 n a

  qua l

  o

 c a l o r

  é

 fo r n e c i d o

  a o  f lu ido  de

  t r a b a l h o .

C o n s i d e r e

  u m

  v o l u m e

  de

  con t ro l e

  qu e

  e n g l ob a

  o

  a q u e ce d or

  da

  água

  de

  a l ime n ta ção in d ica d o

na F ig. 11.10. A equação de co nse rvação da massa n os indic a que

m2+m6 =

A

  fração

  de extração é defin ida  po r

A s s im,

  11.2)

m1  =

 (l

 — x)m5  =  m

1

  =

  m

2

A d mi t in d o

  q u e n ão

  exis te t rans fe rência

  de

  c a l o r

  do

  a q u e ce d or

  de

  água para

  o

  a m b i e n t e

  e

  o b s e r -

v a n d o q u e o t r a b a l ho n o v o l u me d e con t ro l e con s id e ra do é n u l o , te mos

Page 12: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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^damentos da Termodinâmica

L e m b r a n d o

 que  m

3

  =

 rh

s,  t emos

m ?   h -

+ m ,

 h, =

  m^

  h ?

(l -  x)ms

 h2+xm5h6  =

 m ^  h

3

 11.3)

 11.4)

Xós vamos  admitir

  que o fluido de

  trabalho

  se

  encontra como l íquido saturado

  no

  estado

  3.

 Esta

condição

  é l imi te po is a bomba 2 não ope ra convenien tem ente com um a m is tu ra

  bifásica.

  Nesta

condição,

  e considerando a pressão ond e é realizada a extração, a m áxima

  fração

  de extração que

pode ser ut i lizada é dada por

E

  um

  tanto

  difícil

  mostrar esse  ciclo

  no

  d iagrama

  T-s

  porque

  a

  massa

  de

  vapor

  qu e

  escoa

através dos vários componentes não é a mesma. Por este motivo o diagrama   T-s  da Fig.  11.10

m ostra , s implesm ente , o estado do fluido nos vários pontos.

A   área

  4-5-c-b-4,

  da Fig.  1.1.10,  representa o calor  transferido  por quilograma de fluido de

trabalho. O

 processo

 7-1 é o

 processo

 de rejeição de calor, mas

  como

 todo o

  vapor gerado

  não

passa a través do condensador, a área  1-7-c-a-l  representa o calor  transferido  por quilograma de

fluido que escoa no condensador. Assim, esta área não representa o calor t ransferido por quilo-

g rama

  de fluido de

  trabalho

  qu e

  entra

  na

  turbina. Note

  qu e

 entre

  os

  estados

  6 e 7,

  somente

  um a

parte

  do vapor gerado escoa através da turbina. Para ilustrar os cálculos envolvidos no ciclo

regenerat ivo apresentamos  o seguinte exem plo.

Exemplo 11 4

Considere um cic lo regenerat ivo que uti l iza água como fluido de t rabalho. O vapor deixa a

caldeira , e entra na turbina, a 4 MPa e 400°C. Após expansão até 400   kPa,  parte do vapor é

extraída da

 turbina

  com o

 propó sito

  d e

  aquecer

  a

 água

  de

 al imentação

  num

  aquecedor

 de

 m istura .

A

 pressão no aquecedor da água de a l im entação é igual a 400 kPa e a água na seção de saída deste

equipamento está no estado l íquido saturado a 400 kPa. O vapor não extra ído é expandido, na

turbina,

 até a

 pressão

  de

 10 kPa. Determipe

 o

 rendimento

  do

  ciclo.

O esquema e o d iagrama   T-s deste ciclo estão mostrados na Fig.

  11.10.

Do mesmo mo do uti l izado nos exem plos anteriores, para cada vo lume de controle anal isado, o

mode lo

 term odinâm ico é aquele associado às tabelas d e vapor d 'água e adm itiremo s que os proces-

sos ocorrem em regime perm anente (com variações desprezíveis de energias c inética e potencial) .

Dos exemplos  1 1.2 e

  1

 1.3, temo s as seguin tes propriedad es:

h   = 3 2 1 3 , 6 h,

 = 2 6 8 5 , 6

/

7

  = 2 1 4 4 , 1

Volume de

 controle: Bom ba

  de

 baixa pressão.

Estado

 d e

 entrada:

  p{

  conhecida, l íquido saturado; estado determ inado.

Estado de saída:  p

2

  conhecida.

Análise:  Primeira lei da  termodinâmica:

Segunda le i da term odinâm ica:

Portanto,

Á .

h

2

~h

l

  = J v

  dp

  =

 v p

2

  -

  Pl

 

Solução:

"ò i l

  =

  V  P2  ~ Pi}=

  0 ,00101(400

 - 10) = 0,4  kJ/kg

h.   =  h , +  w,, l  = 191,8 + 0,4 =  192,2

2  |

  o l j

Volume  d e

  co

Estado de  e nt

Estado

 de saí

Análise:

  Pri

Segunda

  lei:

Solução A

 p

calculados

  no

Volume

 de

  co

Estados de en

Estado de saí

Análise:

  Pri

Solução

Podemos ago

Volume de c

Estado de en

Estado

  de

 saí

Análise:

  Pr i

Segunda lei:

Solução

Portanto,

Volume

  de c

Estado d e  en t

Estado de   saí

  nálise Pri

Solução

Note que este

noEx.

 11.2.

Page 13: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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Cicios  Motores  e cê e~;e 5:.è:  32 3

Volume  de controle: Turbina

Estado  de entrada:

 ps,

  Ts  conhecidas; estado determinado.

Estado

 de

 saída: p6, p7

 conhecidas.

  nálise Primeira lei:  w t  =

  h

s  -  / z 6 ) + (l -

  m , )  h

6 -h,)

Segunda

 lei:

  s

s

  =

 s

6

  =

 s

7

Solução A partir da segu nda lei da termodinâmica, os valores de h

6

 e

  h7

 acima indicados já foram

calculados  nos exemplos  11.2 e 11.3.

Volume de controle: Aque cedor da água de alimentação.

Estados de entrada:  íO s estados 2 e 6 são conhecidos.

Estado de saída:

  p3

  conhecida, líquido saturado; estado determinado.

  nálise

Primeira lei:  m }

  h

6

)+

  l- mí)h2  =

  h3

Solução

m, (2685,6)

 + (l -  m , )  192,2) =  604,7  =>

  m,

  =  0,1654

Podemos agora calcular o trabalho pro duz ido pela turbina.

w ,

  =  h5-h6)+ l-mí) h6-h1)

=

  3213,6

 -

  2685,6 )

 + (l -

  0,1654)  2685,6

 -

  2144,1)

  =

 979,9

  kJ/kg

Volume

 d e

 controle: Bo mba

 d e

 alta pressão

Estado

  de entrada: Estado 3 conhecido.

Estado de saída:

  p

4  conhecida.

  nálise Primeira

 lei:

  w

b2  =  h

4

  -  h3)

Segunda lei:  s

4

  =

 s3

Solução

w fc 2 |  = v  p4  -  p3)=  0,001084(4000 -  400) = 3,9kJ/kg

  w

= 604,7 + 3,9 = 608,6

Portanto,

WKq

 

=   979,9 - (l -  0,1654) (0,4) - 3,9 = 975,7

  kJ/kg

Volum e de controle: Caldeira.

Estado

 de entrada: p

4

,

  h

4 conhecidas acima ); estado determinado.

Estado de  saída: Estado 5  conhecido.

  nálise Primeira

 lei:  qH=hs-h4

Solução

4H =/i

5

 -/i4 = 3213,6-608,6 = 2605,0 kJ/kg

w ,.

  975 7

  --^-fsr

3

 

Note

 que este rendimento térmico é m aior do que aquele calculado para o ciclo de Rankine descrito

no

 E x. 11.2.

UniFOA

Biblioteca Centrai

Page 14: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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324

  -Andamentos

  da Termodinâmica

  apor de

 extração

4 3

66-

 

6

B(

co r

 

~ Condensad

:>mbade

densado

  Pur

 

i  Agua de

alimentação

 

Y

-p

 6 a  Condensado para

o  aquecedor de

gador  Q

  para o

 condensador

Figura 11.11  — A r r a n jo

  esquemático

  de

um aquecedor de água de a l imentação do

tipo

  superfície.

/

Foi admit ido, na d iscussão e no exemplo, que o vapor de extração e a água de a l imentação

eram misturados num aquecedor de água de alimentação. Um outro tipo de aquecedor de água de

alimentação muito utilizado, conhecido como aquecedor   de   superfície,   é   aquele   no   qual   o

 vapor

 e

a água de a l imentação não se misturam, porém o ca lor é   t r ansfer ido   do vapor extra ído, enquanto

condensa na parte externa dos tubos, à água de alimentação

  que

 escoa através do s tubos). A

 Fig.

11.11

  mostra o esboço de um aquecedor de superfície. Note

  que,

 neste tipo de aquecedor, a

pressão

  d o   vapor pode   se r   diferente   da

 pressão

  da   água   de   alimentação.   O   condensado pode   se r

bombeado para a tubulação de água de alimentação, ou pode ser removido através de um purgador

(um aparelho que permite o líquido, e não o vapor, escoar para uma região de pressão

  inferior)

para  um  aquecedor   d e  baixa pressão   ou  para   o  condensado r principal .

Considere o

  funcionamento

  de um

  aquecedor

  d e

  superfície

  que

  opera

  sem a

  bomba

  d e

condensado indicada   na   Fig.  11.11.   N ós   podemos admitir   que as   temperaturas   d e

  descarga

  do

aquecedor

  (T^),

  do   condensado   T6a )   e de   descarga   do   conjunto (74)  sã o   iguais.

 Nestas condições,

 a

equação de conservação da massa apl icada a um volume de controle que engloba o aquecedor

indica   que

m

4

  =

  T M .

=

 m

2

  m

6  =

 xm

2  =

 m

6a   =

 m

6c

A   aplicação  d a  p r imeira   lei da   t e rm od inâm ica  a o  volume   d e  co ntrole escolhido fornece

T M

/z ,  xm  ̂ h f

=

  T M ,

  h - X T W h

11-6)

. 2.  Z t i Z J  Z f i í í  ^ 

Ass im ,

  a  f ração   de

 extração n este tipo

  de

  aquecedor

 é

 d a d a

  po r

«-i=£-

  ai*

8.7

 MP a 500

  C

  ^

Caldeira

0—«- VWAA

 •*

 -WWW

 -*i

Bomba

  de

alimentação

da

 caldeira

Purgador

Purgador

Figura 11.12

 —

  Disposição

  d os

 aquecedores numa insta lação rea l

  qu e

utiliza   aquecedores regenerativos

  d e

 água

  d e

  alimentação.

Os   aquec

com os

  aquec

transferência   d

trabalho de um

É   normal  

utilizados mais

económicas. E  

da

  água

  de

  al i

Fig.  11.9,  onde

Entretanto, na

cada

  com o

  a

adicionais

  (aqu

A  Fig.  1 1

que um dos

 aq

tacão deaerado

água   de

  aliment

caldeira. Note.

purgador) para

para o

  aquece

condensador.

Muitas  in

mento   co m  vári

11.6 Afasta

Antes   de  

relativos

  às f

importantes sã

Perdas

  na

  tu r

A s   p e rd a s

através   do s

  ca

também repres

perdas  na turb

diagrama

  T s

real

  e na

  ideal.

ponto

  4

  repres

podem  provo

es t rangulament

Perdas  na bo

A s

  perdas

sibilidades

  a ss

Page 15: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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  iclos Motores e de Re-

 ge 2;â:

  325

Figura 11 13

 —

 Diagrama

 temperatura-entropia

qu e  mostra o efeito da s ineficiências  da turbina

e da

 bomba sobre

 o

 desempenho

 do

 ciclo.

Os

 aquecedores

 de mistura para a água de alimentação  tem a  vantagem, quando comparados

co m  os

  aquecedores

  de

  superfície,

  de

  apresentar menor custo

  e

  melhores características

  na

transferência  de  calor.  Porém é

  necessário

  utilizar  uma  bomba para transportar  o  fluido  de

trabalho de um

 aquecedor

 de

 m istura para outro

 ou do

  aquecedor

  de

 mistura para

  a

 caldeira.

É normal

  utilizar

  vários estágios de extração nas centrais térmicas, porém raramente são

utilizados  mais do que cinco estágios. O número, naturalmente, é determinado por considerações

económicas.

 É evidente que, utilizando um grande número de estágios de extração e aque cedores

da

  água

 de

 alimentação,

  o rendimento do ciclo se

  aproxima

 daquele do ciclo

  regenerativo

  ideal da

Fig.

  11.9,

  onde  a  água d e alimentação entra  na caldeira como líquido saturado a pressão máxima.

Entretanto,

  na

  prática,

  isso não pode  ser

 justificado

  economicamente

porque

  a

  economia alcan-

çada com o aumento do rendimento não seria justificada pelo custo inicial do equipamentos

adicionais aquecedores  da água de  alimentação, tubulação etc.).

A

  Fig. 11.12 mostra um arranjo típico dos principais componentes de uma central real. Note

que

  um dos aquecedores da água de alimentação de mistura é um aquecedor da água de alimen-

tação deaerador. Este equipamento  tem duplo objetivo,  o de aquecimento e o de remoção de ar da

água

 de

 alimentação.

  A

 menos

 que o ar

 seja removido

 d a

  água, pode ocorrer corrosão excessiva

  na

caldeira. Note, também,  que o  condensado  dos  aquecedores  a alta

 pressão

 escoa  através  de um

purgador)  para um aquecedor intermediário; o condensado do aquecedor intermediário é drenado

para

  o

  aquecedor

  deaerador e que o

  condensado

  do aquecedor a baixa pressão

  drena para

  o

condensador.

Muitas  instalações reais de potência apresentam a combinação de um estágio de reaqueci-

mento

 com vários de extração. Os

  fundamentos

  já considerados se aplicam facilmente a tal ciclo.

11 6   Afastamento dos Ciclos Reais em Relação aos  Ciclos Ideais

Antes

  de

  deixarmos

  o

  assunto

  de ciclos

  motores

  a

  vapor, vamos

  tecer

  alguns comentários

relativos

  às  formas pelas quais  um  ciclo real  se

  afasta

  de um  ciclo ideal.  A s  perdas mais

importantes são:

  erdas

 na turbina

As perdas principais

  na

 turbina

  são

  aquelas associadas

  ao

 escoamento

  do

  fluido

 de

  trabalho

através

  do s

  canais

  e

  palhetas

  da

  turbina

  veja  a

  Sec. 9.5).

  A

  transferência

  de

  calor para

  o

  meio

também

 representa  uma perda mas,

  normalmente

não é significativa.  É  importante lembrar que as

perdas

  na

  turbina

  são

  muito importantes

  no

  afastamento

  do

  ciclo real

  em

  relação

  ao

  ideal.

  O

diagrama

  s

 indicado  na  Fig.  11.13  mostra  os

 processos

 de  expansão  que  ocorrem  na  turbina

real  e na  ideal.  O ponto

 4

s do diagrama representa o  estado após uma  expansão isoentrópica e o

ponto 4  representa o  estado real  do  vapor na  saída  da  turbina.  Os  sistemas  de  controle também

podem

  provocar

  uma

  perda

  na

  turbina, particularmente

  se for

  usado

  um

  processo

  de

estrangulamento para controlar  a turbina.

Perdas

 na

  bomba

As  perdas na bomba são análogas àquelas da turbina e decorrem principalmente das

  irrever-

sibilidades

  associadas

 a o

 escoamento

 d o fluido.  A

  transferência

 de

 calor

 é ,

  usualmente,

 um a

 perda

Page 16: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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326

  _ d a m e n t o s

 da Termodinâmica

Figura 11 14

  —

  Diagrama temperatura-entropia

qu e

 mostra

 o

 efeito

 d as

 perdas entre

 a

 caldeira

 e

a turbina.

secundária A

 eficiência

  das bombas

 também

  foi discutida na

 Sec.

  9 5 e o diagrama

 T s  indicado

na  Fig.

  11.13

  mostra

  os

 processos

  qu e

  ocorrem numa bomba ideal

  e

  noutra real. Observe

  que o

estado final  do processo  de bombeamento isoentrópico é  representado pelo ponto 2 s e que o estado

final

  do processo real é representado pelo ponto 2. É importante lembrar que as perdas na bomba

são muito menores do que aqu elas relativas a operação da turbina porque a potência utilizada no

acionamento das bombas é m uito menor do que a potência produzida nas turbinas.

  erdas

 nas tubulações

A

 perda  de carga, provocada pelo atrito,  e a transferência d e calor  ao ambiente  são as perdas

mais importantes nas tubulações. Consideremos, por exemplo, a tubulação que liga a caldeira a

turbina.  Se ocorrerem, somente, efeitos de atrito, os estados

  a e b na

  Fig. 11.14, representariam,

respectivamente,   os estados d o vapor que deixa  a caldeira  e entra n a turbina. Note q ue  isto provoca

um

  aumento

  de

 entropia.

  O

  calor transferido

  ao

  ambiente,

  a

 pressão con stante, pode

  se r

  represen-

tado

  pelo processo  bc .  Esse efeito provoca

  um a

  diminuição

  de

  entropia. Tanto

  a

  perda

  de

  carga

como

  a

 transferência

 d e

 calor provocam

 um a

  diminuição

 da

 disponibilidade

  do

 vapor

 qu e

  entra

 na

turbina

 e a irreversibilidade

 deste

 processo

 pode

  ser

 calculada pelos

 métodos

 vistos

 no Cap

10.

Uma perda análoga

  é a

 perda

  de

  carga

  na

  caldeira. Devido

  a

 esta perda,

  a

 água

 q ue

  entra

  na

caldeira deve ser bombeada até uma pressão mais elevada do que a pressão desejada para o vapor

que deixa

  a

  caldeira. Assim, será necessário

  um

  trabalho adicional

  no

 bom beamento

  do

  fluido

  de

trabalho.

  erdas no condensador

As perdas

  no

  condensador

  sã o

 relativamente pequenas.

  U m a

  dessas perdas

  é o

 resfriamento

abaixo

  da

  temperatura

  de

  saturação

  do

  líquido

  qu e

  deixa

  o

  condensador. Isso representa

  um a

perda, porque  é necessário  um a troca  de calor adicional para trazer a água até a sua temperatura d e

saturação.

O

  próximo exemplo ilustra

  a  influência

  destas perdas

  no

  ciclo.

  É

  interessante comparar

  os

resultados desse exemplo com os do Ex. 11 2

Exemplo 11 5

Uma

 central térmica  a vapor opera segundo o ciclo indicado n a Fig.

  11 15

Sabendo que a eficiência

da turbina

 é 86 e que a

 eficiência

  da

 bomba

  é

 80 , determine

  o

  rendimento térmico deste ciclo.

Caldeira

3,8

 MPa,

 380°C

4,8MPa

40

  C

Figura  11 15  — Diagrama esq ue-

mático

 para o Exemplo  11.5.

Assim,

Solução:

Page 17: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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Ciclos  Mot o res

  e

 c ê

 ==i oe = :̂  3 7

Figura 11 16   —

 Diagrama

 temperatura-

entropia

 para

 o  Exemplo

  11.5.

Do mesmo modo utilizado nos exemplos anteriores, para  cada volume de controle analisado,

o modelo termodinâm ico é aquele associado às tabelas de vapo r d água e admitiremos que o s

processos ocorrem

  em

  regime permanente (com variações desprezíveis

  de

  energias cinética

  e

potencial). O  diagrama  T- s deste ciclo está m ostrado  na   Fig. 11.16.

Volume  de controle: Turbina.

Estado d e

 entrada:

 p

s

,  T

5  conhecidas; estado determinado.

Estado

 de

  saída:

  p6

  conhecida.

Análise:

  Primeira

 lei da

 termodinâmica:

  w

t =

 h

s

 -

  h

6

Segunda

  lei da

  termodinâmica:   s6  =

  s

 

w h

  —

 h

Solução:

  Das tabelas de vapor d água,

h,  =  3169,1   e

  5 5  =   6,7235

s6  = s

s

  =

 6,7235

  =

  0,6493

  +

 

7,5009

h6

  =   191,8   +   0,8098(2392,8)   =   2129,5

x, =

  0,8098

t

  = n

t  h,

 -

 \} 0,86 (3169,1

 -

  2129,5)

  =

  894,1 kJ/kg

Volume

  de controle: B omba

Estado de  entrada:

  / ? , ,

 Tl  conhecidas; estado determinado.

Estado

  de

  saída:

  p

2

  conhecida.

Análise:

  Primeira lei:

Segunda   lei:

  s2

  =

 s

l

Como  s2

  =

Assim,

Solução:

=

 h

2

-h

l

h2

  — Ã h

2  -/;,

;\ 2-h l

-hi  = v p2-  Pi)

v  Pi 

f» 

0,001009

 (5000

 -

 10

Õ8Õ

Page 18: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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3 2 5   r

_ ~ : a ~ e n * o s

  da Termodinâmica

Portanto.

w.

=

 894 1-6 3 =

 887,8

  k J / k g

V o l u m e  de

  controle: Caldeira.

Estado de entrada:

  p

  , T  conhecidas; estado determinado.

Estado de saída: p4  7

4

 conhecidas;  estado determinado.

Análise:  P rime ira lei:  qH  = h4 -  h 

Solução:

qH  =h4-h3 =3213 6-171 8 =

 3041 8 kJ/k g

3041 8

O rend im ento obtido para o c ic lo de Rankine análogo, ca lculado no exem plo  11.2, é 35,3 .

11.7 Co geração

Existem unidades industriais

  que utilizam um

 ciclo

  de

  potência

  a

  vapor para

  gerar eletri-

cidade e o processo produtivo requer um a fonte de ene rgia (na fornia de vapor ou águ a que nte) .

Nestes casos  é  apropriado considerar  a utilização  do  vapor expandido  até uma  pressão interme-

diária,

  numa turbina de alta pressão do ciclo de potência, como fonte de energia do processo

produt ivo.  Assim, não será necessária a construção e util ização de uma segunda caldeira dedicada

unicamente   ao

 processo

 produtivo. Um arranjo desta situação pode ser

 visto

 na Fig.  11.17  onde o

vapor eflue nte da turbina de alta pressão é encam inhado ao processo. Este tipo de aplicação é

denominada co-geração

  e se a

  unidade industrial

  é

  projetada como

  u m

  conjunto, considerando

conjuntamente

  o ciclo de potência com o processo produtivo, é possível alcançar ganhos

  subs-

tanciais  tanto no investimento inicial (custo alocado aos equipamentos e implantação do empre-

endimento) como  nos  custos  operacionais.  Este estudo  deve  ser  feito através  da  consideração

cuidadosa de todos os requisitos de operação da unidade industrial (por exemplo: vazões de vapor

d'água

  necessárias no processo e a potência elétrica a ser gerada) e da otimização dos vários

parâmetros envolvidos na operação da unidade. Exemplos específicos de sistemas de co-geração

serão considerados nos problemas referentes a este capítulo.

11.8 Ciclos

 

Padrão

 a Ar

Nós  consideramos, na Seção 11.1, dois ciclos baseados em quatro processos. Um deles util i-

zava  processos

 que

 apresentavam escoamentos

  e que

  ocorriam

 e m

  regime permanente

  e

 outro

  em

que  o trabalho é  realizado através  do m ovim ento  de um pistão  num cilindro. Nós tam bém m encio-

namos  os aspectos relativos a presença, ou ausência, de mudança de fase do fluido de trabalho

no

 ciclo.

 Nas

  seções

 posteriores nós

  examinamos detalhadamente

  o

 ciclo

 de

 Rankine

 que é o ideal

Q

B2

Processo

 térmico

 consumo de vapor)

i

Condensador

  Líquido  — ~ Líqu

Misturador

 

y?

  \?Wbi

para

  os

  ci

muitos equ

trabalho. 

verdadeiro 

u m a  m u d a

combustíve

combustão 

combustão

 

Já foram c

(usua lmen t

porérn

  o 

extensivam

desenvolvi

O

 m

passa por u

Entretanto,

que se apro

a ar e é ba

1. O 

gá s

2. O

 

fo n

3. O

 

pro

4.  To

5. U

O  pr

influência

tais como 

ao

 m otor

 

na  análise 

O  te

como

  a

  p

realmente 

pressão

 mé

de

 duplo 

11.9  O

Figura

  11.17

  —

 Exemplo  de um

s is tema d e co-geração.

Page 19: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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  i l o s   V c : : - e s

  e

 :e  =e~ : - r -= :ã :  32 9

para  os

  ciclos

  de

  potência

  em que o

  fluido

  de

  trabalho apresenta mudança

  de

  fase.  Entretanto

muitos equipamentos dedicados a produção de trabalho (motores) utilizam um gás como fluido de

trabalho. O motor automotivo, com ignição por centelha, é um exemplo

  familiar

  e o mesmo é

verdadeiro para o motor Diesel e para a turbina a gás convencional. Em todos esses motores há

uma mudança na composição do  fluido  de trabalho porque, durante a combustão, ele varia de ar e

combust ível

  a produtos da combustão. Por esta razão, esses motores são chamados de motores de

combustão interna. Em contraste com isso, a instalação a vapor pode ser chamada de motor de

combustão externa porque o calor é transferido dos produtos de combustão ao

 fluido

  de trabalho.

Já foram construídos motores de combustão externa que utilizam um gás como fluido de trabalho

(usualmente  o gás utilizado é o ar). Até o momento, eles têm tido uma aplicação muito limitada,

porém

  o uso do

  ciclo

  de

  turbina

  a

  gás,

  e m

  associação

  com um

  reator nuclear,

  te m

  sido

extensivamente

  investigado. Atualmente, os motores de combustão externa tem sido analisados e

desenvolvidos

  c o m o

 objetivo

  de

  combater

  o

 problema

  da

 poluição

 do ar.

O motor de combustão interna opera segundo um

 ciclo

 aberto porque o fluido de trabalho não

passa por um ciclo termodinâmico completo (apesar do motor operar segundo um ciclo mecânico).

Entretanto, para analisar os motores de combustão interna, é vantajoso conce ber c iclos fechados

qu e

  se

  aproximam muito

 do s

 ciclos  abertos.

  Um

  destes ciclos fechados

  é

 denominado c ic lo-padrão

a ar e é baseado  na s  seguintes hipóteses:

1. O fluido d e  trabalho  é uma m as s a  fixa  de ar e  este  ar

 pode

  se r  sempre modelado como  um

gás perfeito. Assim,

 não há

 processo

  de

  alimentação

  nem o de

  descarga.

2. O processo de combustão é substi tuído por um processo de transferência de calor de uma

fonte   externa.

3 . O ciclo  é  completado pela transferência  de  calor  ao meio envolvente  (e m contraste  co m o

processo de

 exaustão

 e

 admissão

  nu m

 motor real).

4.   Todos  os processos  são  internamente reversíveis.

5 Usualmente  é feita a hipótese  adicional de que o ar  apresenta calor específico constante.

O principal mérito do ciclo-padrão a ar consiste e m nos per mitir examinar qualitativa me nte a

influência

  de várias variáveis no desempenho do ciclo. Os resultados obtidos no ciclo-padrão a ar,

tais como o rendimento e a pressão média efetiva, diferirão consideravelmente daqueles relativos

ao motor real. A ênfase, portanto, na nossa consideração do ciclo-padrão a ar está principalmente

na análise dos aspectos qualitativos.

O

 termo pressão média efetiva , utilizado

 e m

 associação

  ao s

  motores alternativos,

 é

 definido

como a pressão que, ao agir no pistão durante todo o curso motor, realiza um trabalho igual ao

realmente realizado sobre  o pistão.  O trabalho em u m

 ciclo

 é  determinado pela multiplicação dessa

pressão média efetiva pela área do pistão (menos a área da haste, no lado da manivela, em motores

de

 duplo e feito)  e  pelo curso.

11 9 O Ciclo Brayton

  ombust íve l

Produtos

de combustão

(a)

 6

igur

11 18  —

  Turbina

  a gás que

  opera segundo

  o

  ciclo

  de

 Brayton:

  a )  Ciclo aberto,  b)  Ciclo fechado.

Page 20: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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330  andamentos da Termodinâmica

Figura 11.19 Ciclo

padrão a ar de Brayton.

Nós consideramos, na Seção 11.1, um ciclo que era composto por quatro processos que apre-

sentavam escoamentos

  e que

 ocorriam

  em

  regime permanente. Dois, destes processos, eram

 iso-

báricos

 e

 dois isoentrópicos

 (o

 diagrama deste ciclo pode

 ser

 visto

 na

 Fig.  11.2). Denominamos  este

ciclo de Rankine quando o

  fluido

  de trabalho apresenta mudança de fase nos processos que

ocorrem a pressão constante ciclo e de Brayton quando o fluido de trabalho não apresenta mudança

de

  fase

  (o

  fluido sempre está

  na  fase

  vapor).

  O ciclo-padrão a ar

  Brayton

  é o ciclo  ideal

 para

 a

turbina

  a gás

 simples.

  A Fig. 11.18 mostra o

 diagrama

  esquemático de uma

 turbina

  a gás simples,

de

 ciclo aberto,

 que

 utiliza

 um

 processo

 de

 combustão interna

 e a de uma

 turbina

 a gás

 simples,

  de

ciclo fechado, que utiliza dois processos de transferência de calor. Os diagramas

 p-v

  e

  T- s

 para o

ciclo-padrão

 a ar

 Brayton estão mostrados

 na

 Fig. 11.19.

O rendimento do ciclo-padrão Brayton pode ser determinado do seguinte modo:

 

T3-T2)

 

T

2

 TJT

2

-1)

Observamos, entretanto,

  que

P

V * - 1  

T3  V* 1)

 

- l

M y v

T

  7

J3  _J4

r

  T

e  ±1 1 = 11 1

„  =  i _  =

/térmic°  T

(11.8)

Assim,

  o rendimento do

 ciclo-padrão

  a ar

 Brayton

  é

 função

  da relação de pressão

 isoentró-

pica.

  O

 fato

  do rendimento

  aumentar

  com a

 relação

  de

  pressão  torna-se

  evidente

  analisando

  o

diagrama T-s da Fig. 11.19. Aumentando-se a relação de pressão; o ciclo muda de 1-2-3-4-1 para

l-2'-3'-4-l.

 Esse último ciclo

  tem um

  fornecimento

  de

  calor maior

  e o

 mesmo calor rejeitado

 do

ciclo  original  e, portanto, apresenta um rendimento maior. Observe, além disso, que o último ciclo

opera

 com uma

 temperatura máxima

  maior (7 3) do que o

 ciclo

 original  T

3

).

  Numa turbina

 a gás

real, a temperatura máxima do gás que entra na turbina é

 f ixada

  por considerações metalúrgicas.

Portanto,  se  fixarmos a temperatura T3, e  aumentarmos a relação  de pressão, o  ciclo resultante é

l-2'-3 -4 -l.

  Esse ciclo teria

  um

  rendimento maior

  do que o

  ciclo original,

  mas há

 mudança

 do

trabalho por quilograma  de fluido que escoa no  equipamento.

Com o

 advento

  dos

 reatores nucleares,

  a

 turbina

 a gás de

 ciclo  fechado tornou-se mais impor-

tante. O

 calor

 é

 transferido, diretamente

 ou

 através

 de um

 segundo fluido,

 do

 combustível

 no

 reator

nuclear

 ao

 fluido

 de

 trabalho

 do

 ciclo

 e é

 rejeitado

 do

 fluido

 de

 trabalho

 no

 meio ambiente.

A

  turbina a gás real difere do ciclo ideal, principalmente, devido às irreversibilidades no

compressor  e na turbina, devido à perda de carga nas passagens do fluido e na câmara de

combustão

  (ou no

  trocador

  de calor de um

 ciclo  fechado).

  Assim os

 pontos

  representativos dos

estados de uma

 turb ina

 a gás real, simples e de ciclo aberto, podem ser mostrados

 na

 Fig.

  11.20.

As efic

picos.  As de

Fig.

  11.20, s

U m a  ou

quantidade  d

cia

  utilizada

Isso é partíc

requerer

 uma

na

  turbina.  A

compressor 

será

 necessá

sor e o rendi

necessário  so

rã um proces

trabalho é

 ig

fluido

  de

 tra

Exemplo

 11

Ar entra no

na

 seção

  de

Determine:

1.

 A  p r

2.

 O

 tr

Admiti

gá s  perfeito

ocorre em re

desprezíveis

Volume

 de c

Estado de e

Estado

 de  sa

Análise:

  r

Segunda lei

Page 21: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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C i c l o s  M c : ; -5 5 í  ié  -e-

331

Figura

 11.20

  Efeito das   inef i c iênc ias

sobre o comportamento das  turbinas  a  gás.

As

  eficiências

 do compressor e da  turbina  são  definidas  em relação aos  processos   isoentró-

picos.

 As definições  das  eficiências  para o compressor e  turbina, utilizando  os

 estados indicados

 na

Fig.  11.20,

 são as

 seguintes:

  -h

=-±  11.9)

 comp  v

  —

  turb

h -h

h

 

l

 11.10

Uma outra  característica

 importante

  do

 ciclo

 Brayton  é que o co mpressor

  utiliza

 um a  grande

quantidade de trabalho  na sua operação  (e m c omparação  ao  trabalho gerado  na  turbina). A potên-

c ia  util izada  no  compressor pode representar  de 40 a 80 da  potência desenvolvida  na turbina.

Isso

 é particularmente impo rtante quando  s e

 considera

 o ciclo

 real,

 porque  o efeito  das perdas  é d e

requerer um a quantidade maior de trabalho no co mpressor e realizar meno r quantidade de trabalho

na

  turbina. Assim,  o rendimento global diminui rapidamente  c o m a diminuição  das  eficiências  do

compressor e da turbina.  De  fato,  se  essas eficiências  caírem  abaixo  de  aproximadamente  60

  ,

será

 necessário  qu e todo  o trabalho realizado  na turbina seja uti l izado no acionamento d o co mpres-

so r

  e o

  rendimento global será zero. Isto está

  em

 nítido co ntraste

  c o m o

 cic lo

  de

 Rankine, onde

 é

necessário  somente  l ou 2 do trabalho  da turbina para acionar a bomba. A razão disso  é que, p a-

ra um proc esso em regime permanente co m variação desprezível de energias c inética e po tencial, o

trabalho   é igual  a

  \vdp.

  Isto demonstra  a v antagem inerente do cic lo  qu e uti l iza a condensação  do

fluido de trabalho, pois o vo lume específico da fase vapor é muito maior que o da fase  líquida.

Exemplo 11.6

Ar

 entra no c om pressor, de um cic lo-padrão a ar Brayton (fechado), a 0,1 M Pa e 15 °C . A pressão

na seção de descarga do compressor é de 1,0 MPa e a temperatura máxima no ciclo é 1100 °C.

Determine:

1.

 A

 pressão

  e a

 temperatura

 em

 cada ponto

 do

 cic l o .

2. O trabalho no c om pressor, o trabalho na turbina e o rendimento do ciclo.

Admitiremos, para cada  um dos volumes  de  controle analisado,  que o ar se com porta como

gá s   perfeito,

  que o ar

  apresenta calor específico co nstante (avaliado

  a 300 K), que

  cada processo

oc orre em regime permanente e que as variações de energia c inética e potencial nos pro cess os são

desprezíveis.

 O

 diagrama

  do s

 processos

 no ciclo

  analisado  está mo strado

  na

 Fig.  11.19.

Volume de contro le: C ompressor .

Estado de entrada:  p,,   T{  conhecidas; estado determinado

Estado de saída:  p2  conhecida.

Análise:  Primeira lei da termo dinâmica:

Segunda lei da termodinâmica:  s2 =  sí

=

 h2

 —  h

l  (Trabalho necessário

  no

  compressor)

Page 22: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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33

c

^rdamentos da

  ermodinâmica

Portanto.

Nós podemo

T ,

Solução:

T 2

  =

 556,8 K

= h2-hl=cp   T

2

 - r, ) = 1,004 (556,8 288,2) = 269,5 kJ/kg

Volume de controle: Turb ina.

Estado de entrada :  p 3   = p 2 ~ )  conhecida,

 T3

 conhecida; estado determinado.

Estado

 d e saída:

  p4

  ( = / > , )  conhecida.

Análise:  Primeira lei:  wt =

 h

3

 -

  h4

Segunda lei:

  s3

 = s4

Assim,

P

PA

Solução:

T;

  =7 1 0 , 8

 K

v

t

  =  h3 -h,

 =

 c

p

  T 3 -T4)= 1,004 1373,2-710,8) = 664,7kJ/kg

w

,

íq =

 wt-wc\ 664,7

 -

 269,5

 =

 395,2 kJ/kg

Volume de controle: Trocador de calor a  alta temperatura.

Estado de entrada: Estado 2 determinado .

Estado

 de saída:  Estado 3

  determinado.

Análise:  Primeira lei:

  q

H

  =

  h

3  -  h2  = c

p

  T 3  -T2)

Solução:

q

H

  =

 h3

  -  h

2

  = cp  (T , -T

2

 =

  1,0035

 (1373,2 -  556,8) = 819,3

  kJ/kg

Volume de  controle: Trocador de calor de baixa temperatura.

Estado d e

 entrada: Estado

 4

 determinado.

Estado de saída: Estad o l  determinado.

Análise:  Primeira lei:  qL  = h

4

  -  h}  = cp  (T4  -  7 j)

Solução:

Portanto,

qL  =

 h

4

-h

l =cp T4-T})

  =1,004

 (710,8

 -288,2)

 =

 424,1

 kJ/kg

  u*  395,2

819,3

= 4 8 , 2

Exemplo 11

Considere  u

e o  deixa 

 

eficiências 

perda

  de  c

trabalho no

Admiti

porta como

 

processo oc

cessos são d

Volume de

Estado

 de e

Estado d e sa

Análise:  P

Segunda le

Portanto

O rendimen

Solução:

Volume de

Estado de e

Estado de

 

Análise:  P

Segunda lei.

Page 23: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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  I S

  V : : ; - r í í

 ;í

333

Nós

  podemos utilizar

 a Eq.

  11.8 para verificar este resultado. Deste modo.

l . l

  térmico  A  /  ,  \ k-l)/k

  P 2 / P

i o u

= 48,2 

Exemplo

 11 7

Considere

  um a

 turbina

 a gás em que o ar

  entra

 no

 compressor

 na s

 mesmas condições

  do Ex. 11.6

e o

  deixa

  a

  pressão

  de 1,0 MPa. A

  temperatura máxima

  no

  ciclo

  é de  1100 °C .

  Admita

  que as

eficiências

  do

 compressor

 e da

 turbina são, respectivamente,  iguais

 a 80 % e 85

  . Sabendo

 que a

perda de carga no escoamento de ar entre o compressor e a

 turbina

  é igual a 15 kPa,  determine o

trabalho no

  compressor,

  o

 trabalho

 da turbina  e o

 rendimento

 do

  ciclo.

Admitiremos,  novamente, para cada  um dos volumes  de controle analisado, que o ar se com-

porta como gás perfeito, que o ar apresenta calor específico constante (avaliado a 300 K), que cada

processo ocorre

  em

 regime perm anente

 e que as

 variações

  de

  energia cinética

 e

 potencial

  no s pro-

cessos são desprezíveis. O diag rama dos processos do ciclo analisado está mostrado na Fig. 11.21.

Vo lu me de

 controle: Com pressor.

Estado

 de

 entrada:

  p{,  T {

  conhecidas; estado determinado.

Estado de

 saída:

  p

2

  conhecida.

  nálise Primeira lei da termo dinâmica, processo real:

  w c  =

  h

2  -

  h{

Segunda lei da termodinâmica, processo ideal:  s

2  -  s}

Portanto

r,

zs

 

O

 rendimento

 do compressor é dado por

' comp

h,  -h,  T -T,

h -h

T

2

  í.

Solução

_̂=

1()0,286

 =93

,.

  =

  556,8

 K

/comp

 

556,8

 -

  288,2

556,8 -  288,2

 

0 80

  -T ;

=

  335,8

  .-.

  r

=  624,0 K

\

 h2-hl =c(r2-T;)

 =1,004(624,0-288,2)

 =337,0  kJ/kg

Volume de controle: T urbina

Estado

 d e

  entrada:

  p3  = p2  —

 perda

  de

  carga, conhecida,

  T

3  conhecida; estado determinado.

Estado

  de

  saída:

  p4

 conhecida.

  nálise

Primeira lei, processo real:

  w

t

  =

  h3

  -

  h

4

Segunda lei, processo ideal:  s

4

  =   s3

Page 24: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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3 4

  =^camentos da Termodinâmica

Ponan to .

O rendimento

 da

 turbina

 é

 dado

 por

 

__ L

 

h.

P4

Solução:

 

turb

=

  p

2

 -

  perda

 de

 carga

 = 1,0 -

 0,015

  =

 0,985

 MPa

r

_

  turb 

3

  4

 

9,85° 286   = 1,9236

r ,  r .

_  _ 4^ —

 

=713,9 K

 

~ 4,

T

 

-

  T

4

  =

  0,85 (1373,2

 -

  713,9)

 =

 560,4

  .-.  T

4

  = 812,8

 K

w t

 =

 h

3

-h

4

 = Cp(r3-r4) =  1,004(1373,2-812,8)= 562,4

 kJ/kg

=

 562,4-337,0

 =  225,4 kJ/kg

Volume de controle: Trocador de  calor a  alta temperatura

Estado de entrada: Estado 2 determinado.

Estado

 de

 saída: Estado

 3

 determinado.

Análise:

  Primeira lei:  qH=h3 h2

Solução:

Assim,

q

u =

 h

3

-h

2 = c

p

  T 3 -T

2

)= 1,004(1373,2-624,0) = 751,8 kJ/kg

225,4

'térmico

q

H  751,8

 

= 30,0%

As seguintes comparações podem

 ser

 feitas entre

 os

 resultados

 dos

 Exemplos

  11.6 e 11.7.

w

w

w

líq

  H

  térmico

Ex.

 11.6

 (ideal) 269,5 664,7 395,2  819,3 48,2

Ex . 11.7 (real) 337,0 562,4 225,4  751,8 30,0

Como  mencionado anteriormente, o efeito das  irreversibilidades  é diminuir o trabalho

realizado na turbina e aumentar o trabalho consumido no compressor. Como o trabalho líquido é a

diferença

  entre

  esses dois,

  o seu

  valor diminui

  muito

  rapidamente quando

  as

  eficiências

  do

compressor e da turbina diminuem. O desenvolvimento de compressores e turbinas que apresen-

tem

 eficiências altas

 é,

 portanto,

 um

 aspecto importante

 no

 desenvolvimento

 das

 turbinas

 a

 gás.

Note ta

consumido

 n

do  trabalho re

é utilizado n

desejarmos  u

25.000 kW e

apresentam

 u

11.10  O C

O

  rendi

rador. A Fig

regenerador,

 

Note

 que no

 

é

 maior

 do qu

gases de

 des

feito

  num tr

temperatura

  d

que  é a

  temp

externa   é ape

é representad

A influê

ser  mostrada

turbina

  é

 ex

possibilidade

 

determinando

O

  rendi

os

 indicados

 

t érmic

Porém, para o

©

• +

Compresso

2

  x

  3

Page 25: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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  iclos Mc::. e; e

335

Note também que, n o  ciclo ideal (Ex.  1.6), cerca  de 41 do

  trabalho

  realizado na turbina é

consumido

  no

  compressor

  e,

  deste modo,

  o

  trabalho líquido fornecido pelo ciclo

 é

 cerca

  de  5 9 ~ r

do trabalho realizado  na turbina. Na turbina real (Ex.  11.7), 60 do trabalho  realizado  na

 turbina

é  utilizado

  no

  acionamento

  do

  compressor

  e 40 é

  fornecido como trabalho líquido.

  Assim,  se

desejarmos

  um a

  unidade

  co m

  potência líquida

  de

  10.000

  kW

  serão necessários

  um a

  turbina

  de

25.000 kW e um compressor de

  15.000

 kW . Isso dem onstra a afirmação de que as turbina a gás

apresentam uma relação de trabalho consumido bastante alta.

11 10  O  Ciclo Simples de  Turbina a G ás com Regenerador

O

 rendimento

  do

  ciclo

  de

 turbina

  a gás

  pode

  ser

 melhorado pela introdução

  de um

 regene-

rador.  A  Fig.  11.21  mostra o esquema do ciclo simples de turbina a gás, de ciclo aberto e com

regenerador,

 e os diagramas p-v   e  T-s  correspondentes ao ciclo padrão a ar ideal com regenerador.

Note

 que no

 ciclo  l-2-x-3-4-y-l

  a

 temperatura

 do gás de

 exaustão,

 q ue

 deixa

 a

 turbina

 no

 estado

 4 ,

é maior do que a temp eratura do gás que deixa o compressor. A ssim, calor pode ser transfe rido dos

gases

  de descarga da turbina para os gases a alta pressão que deixam o compressor. Se isso for

feito

  num trocador de calor de contracorrente, que é conhecido como um regenerador, a

temperatura

  do gás a

 alta pressão

  que

  deixa

  o

  regenerador,  Tx  pode

  no

  caso ideal

  ser

 igual

  a  T4

 

que é a

  temperatura

  do gás que

  deixa

  a

  turbina. Neste caso,

  a

  transferência

  de

  calor

  da

  fonte

externa  é apenas necessária para aumentar  a temperatura  de

  T

x para

  T

3 . Esta transferência de calor

é representada pela área  x-3-d-b-x e a área y-1-a-c-y repre senta o calor rejeitado.

A

  influência

  da relação de pressão no ciclo simples de turbina a gás com regenerador pode

ser mostrada analisando-se o ciclo

  l-2 -3 -4-l.

  Neste ciclo, a temperatura do gás que deixa a

turbina  é exatamente igual a temperatura do gás que deixa o compressor e portanto não há

possibilidade de se utilizar um regenerador. Isto pode ser mostrado, mais precisamente,

determinando-se o rendimento do ciclo ideal da

 turbina

 a gás com regenerador.

O rendimento desse ciclo com regeneração é obtido do seguinte modo (onde os estados são

os indicados

 n a

 Fig.

  11.21):

 tér

Porém, para

 o

 regenerador ideal,

  T

4

 =

 T

x

  e,

 portanto,

 q

H

 =

 w

t

.

 Conseqiientemente,

 

c d s  Figura

  11 21 — Ciclo regenerativo ideal.

Page 26: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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3 36  andamentos

  da

 Termodinâmica

Figura 11 22 — Diagrama  T — s para a definição de

 eficiência

  do regenerador.

  rJ  TA\-TJT

Assim, mostramos que, para

  o

  ciclo ideal

  com

  regeneração,

  o

  rendimento térmico depende

não somente da relação de pressão,  mas também da relação das temperaturas máximas e mínimas.

Note

  também que,

 em contraste com o ciclo

 Brayton,

 o

 rendimento

  diminui com um

 aumento

  da

relação de pressão.

A efetividade, ou desempenho, de um regenerador é dada pela expressão da eficiência do re-

generador e isto pode ser melhor visualizado se nos referirmos à Fig. 11.22. O ponto

 x

 representa o

estado

  do gás a

 alta pressão

  que

 deixa

  o

 regenerador.

  No

  regenerador ideal haveria apenas

 uma

diferença

  de

  temperatura infinitesimal

  entre as

 duas

 correntes e o gás a alta pressão deixaria o

regenerador,

  à

  temperatura

  T Ã   e   T x>   = T

4

.  Num

  regenerador real,

  qu e

  deve operar

  com uma

diferença finita de temperatura,  a temperatura  real do gás que deixa o regenerador, Tx, é, portanto,

menor do que

  T

x

 .

 A eficiência do regenerador é

 definida

 por:

  W ̂  ̂ <»•»>

hx

 ~

k

 

Se admitirmos  que o  calor específico  é  constante, a eficiência  do  regenerador  é  dada pela

relação

r , - r 2

Devemos mencionar

 que é

 possível alcançar rendimentos mais altos utilizando regeneradores

com maiores áreas de transferência de calor. Entretanto, isso também aumenta a perda de carga no

escoamento o que representa uma perda no ciclo). Assim, tanto a perda de carga como a

eficiência

  do regenerador devem ser

  consideradas

 na determinação do regenerador que

  fornece

rendimento térmico máximo para  o  ciclo.  Do ponto  de vista económico,  o  custo do regenerador

deve ser comparado com a economia que pode ser obtida com seu

 uso.

Exemplo 11 8

Considere que um regenerador ideal foi incorporado ao ciclo  descrito  no Ex. 11.6. Determine o

rendimento

 térmico do ciclo modificado.

O

  diagrama para

  este

  exemplo

  é o

  mostrado

  na

  Fig.

  11.23  e os

  valores

  das

 propriedades

podem

  ser

  encontrados

  no Ex. 11.6.

  Nesse  caso,

  a

  primeira

  lei da

  termodinâmica

  aplicada ao

trocador

 de

 calor

 a

 alta temperatura câmara

 de

 combustão)

 é:

1  = h3-h 

11 11

O

 

t

  t

O  ciclo

compressor

  e

o que acontec

e isotérmicam

Exemplo 11

Um  ciclo

  id e

ciclo,

  a

  turbi

consumido

  n

Exemplo

  11.6

Volumes de  c

Análise:  Co

Eq.

 9.18,

Solução:

 Par

O

 trabalho

 co

Para

 a

 turbina

O   trabalho  f o

Note  qu

processos  iso

ciclo

  ideal,

 c o

micos, é deno

dos ciclos de

no   compresso

dificuldades  p

de

  forma

  iso

como nas ope

Existe u

cão

  ao do  c

compressão, c

Page 27: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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C ic los Vc : c es

  e  e~

337

Assim

7;=r4=710,8K

qH =h3 hx =

  p  r

3

-7;)= 1,004(1373,2-710,8)

 = 664,7

 kJ/kg

w

líq  = 395,2

 kJ/kg

  (do Ex. 11.6)

395,2

/ térmico

66 7

 

=

 59,5

11 11

  O

 Ciclo Ideal

 da

 Turbina

 a

 Gás Utilizando Compressão

 em

 Vários

Estágios co m  Resfriamento Intermediário Expansão em  Vários

Estágios com  Reaquecimento e  Regenerador

O  ciclo Brayton  é o  ciclo  ideal  para  a  central  de  potência baseada  na  turbina  a gás.  O

compre ssor e a t u r b i n a  no

 ciclo ideal

  sã o

 adiabáticas

  e

 reversíveis. Veremos,

  no

 próximo exemplo,

o que

 acontece

 com o ciclo se

 trocamos estes dois equipamentos

 por

 outros

 que

 operam reversível

e

 isotérmicamente.

Exemplo

 11.9

U m

 ciclo

 ideal a ar Brayton opera com os estados fornecidos no Exemplo

  11.6.

 Entretanto,

 neste

ciclo, a  t u r b i n a  e o  compressor operam  de  modo reversível  e  isotérmico. Calcule  o  trabalho

consumido no compressor  e o fornecido

 pela

 turbina e compare estes resultados com aqueles  do

Exemplo

  11.6.

V o l u m e s de

 controle: Compressor, turbina.

Análise:

 Como

 os

 processos

 são

 isotérmicos

 e

 reversíveis,

 o

 trabalho pode

 ser

 calculado

 com a

Eq. 9.18,

 

w   = -J v  dp p

e

v

e

  In  — ^  =  —RTe  In

 

Solução:  Para o compressor,

w = -0,287

 x

 288,2

 x

 In  10 =-190,5 kJ/kg

O

 trabalho consumido

 no

 compressor adiabático, calculado

 no

 Exemplo

  11.6 é

 -269,5 kJ/kg.

Para

 a

 turbina,

w = -0,287x 1373,2xln 0,1 = 907,5 kJ/kg

O

 trabalho fornecido pela turbina adiabática, calculado

 no

 Exemplo

  11.6 é

 664,7

 kJ/kg.

Note que os resultados obtidos, tanto para o compressor quanto para a turbina, util izando

processos isotérmicos são mais favoráveis que os relativos aos processos adiabáticos. Este novo

ciclo ideal, composto por quatro processos reversíveis, dois deles isobáricos e os outros dois isotér-

micos,

 é

 denominado

 ciclo de Ericsson. Os motivos

 para

 que o

 ciclo

 de

 Brayton

 seja o referencial

do s

 ciclos

 de

 turbina

 a

 gás,

 e não o

 ciclo

 de

 Ericsson,

 são os

 processos

 que

 ocorrem

  na

 turbina

 e

no compressor. Como as vazões de  f luido que escoam nestes equipamentos são grandes, existem

dificuldades

  para

  se

 transferir

  as

 quantidades

  de

 calor necessárias para

  q ue os

 processos ocorram

de forma isotérmica. Assim, os processos nestes equipamentos

  são,

 essencialmente, adiabáticos

como nas operações de compressão e expansão do ciclo de Brayton.

Existe uma modificação no

 ciclo

 de Brayton que tende a mudar seu comportamento em dire-

ção ao do   ciclo  de  Ericsson. Esta modificação consiste  em  utilizar múltiplos estágios  de

compressão, com resfriamento intermediário entre os estágios, e expansão em vários estágios com

  »

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7/17/2019 Termodinâmica

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  ^ H o a m e n t o s

  da Termodinâmica

Figura 11 23—Ciclo  ideal da   turbina  a gás utilizando resfriamento

intermediário

reaquecimento

  e

 regenerador.

reaquecimento entre

 os

 estágios

  e um

 regenerador.

  A

 Fig.  11.23 mostra

  um  ciclo c om

 dois estágios

de   compressão  e   dois estágios  de   expansão  e  também   o  diagrama

  T s

  correspondente. Pode-se

mostrar que para esse ciclo se obtêm o máximo rendimento quando são mantidas iguais as

relações  de   pressão através  do s  dois compressores  e das  duas turbin as. Admite-se nesse

  ciclo

ideal que a temperatura do ar que deixa o

  resfriador

  intermediário

T

3

 

seja

  igual a  temperatura do

ar  que entra no primeiro estágio de compressão

Tl 

e que a temperatura após o reaquecimento T

8

 

seja

  igual à temperatura  do gás que  entra  na  primeira turbina

T

6

.

 Além disso admite-se no ciclo

ideal

que a

 temperatura

 do ar a

 alta pressão

  qu e

 deixa

  o

 regenerador

T

5

  seja

  igual

  à

 temperatura

do ar a  baixa pressão   qu e  deixa  a  turbina Tg.

Figura

 11 24

 —

 Diagrama temperatura

  -

 entropia

que mo stra corno o ciclo da turb ina a gás com

muitos estágios se aproxima do ciclo de Ericson.

Se utilizarmos

  um

  grande número

  de

 estágios

  de

 compressão

  e

  expansão

é

 evidente

 que nos

aproximamos

  do

 ciclo

 d e

 Ericsson

  e

  isto está mostrado

 n a

 Fig. 11.24.

 N as

  aplicações reais

o

 limite

económico para o número de estágios é usualmente dois ou três. Note que as perdas na turbin a

no   compressor  e as  perdas  de  carga que já  foram discutidas estão sempre presentes   em   qualquer

unidade real

 qu e

  empregue esse ciclo.

Figura 11 25  — A lgu n s arranjos dos componentes qu e podem ser

utilizados em

 turbinas

 a gás

  estacionárias.

Existem   v

11.25

  mostra 

procurada num

discussão detalr

11 12

  O

 Cie

Considera

ciclo o trabalhe

Assim os gase

exatamente   igu£

turbina será  su p

deste meio.  Co

quantidade

 d e n

Ó

  ciclo-padrão

Brayton  e a

 exp

Exemplo 11 10

Considere um c

A pressão de sã

expande na  turb

compressor.

  Sa i

Determine  a

 v el

O  modelo

300 K.

  Vamos

 a

energia potenci

diagrama

 do cie

A  análise c

A

  análise

 c

Assim

••

  •

Page 29: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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Ciclos

  Motc

r

6 e

  9

 

Figura 11.26 — Ciclo ideal da turbina a gás para um motor a jato.

Existem várias maneiras de compor um ciclo baseado em turbinas e compressores. A Fig.

11.25  mostra

  dois

  arranjos  possíveis para

  ciclos

  fechados.

  Uma

  vantagem frequentemente

procurada

  num

  dado  arranjo

  é a

  facilidade

  de

  controle

  da

  unidade

  sob

  diversas cargas.

  Uma

discussão

 detalhada desse tópico está entretanto fora do escopo deste texto.

11 12  O Ciclo 

Padrão

 a Ar

 para Propulsão

 a

 Jato

Consideraremos agora o ciclo-padrão motor a ar que é utilizado na propulsão a jato. Neste

ciclo o trabalho efetuado

 pela

 turbina é exatamente  igual ao

 necessário

 para acionar o

 compressor.

Assim

os gases são expandidos na turbina até uma pressão tal que o trabalho da turbina é

exatamente

 igual ao trabalho consumido no compressor. Então a pressão na seção de descarga da

turbina

  será superior a do meio envolvente e o gás pode ser expandido num bocal até a pressão

deste meio. Como os gases saem do bocal a alta velocidade estes apresentam uma variação de

quantidade de movimento e disto resulta um empuxo sobre o avião no qual o motor está instalado.

O ciclo-padrão  a

  ai

  é mostrado na Fig.

  11.26.

  Este ciclo opera de modo similar ao do ciclo de

Brayton

 e a

 expansão

 no bocal é

 modelada como adiabática

 e reversível.

Exemplo 11.10

Considere

 um

 ciclo ideal

 de

 propulsão

  a

 jato

 no

 qual

 o ar

 entra

 no

 compressor

  a

 0 1

 MPa e  15

 °C.

A

 pressão de saída do compressor é de 1 0 MPa e a temperatura máxima do ciclo é  1100  °C. O ar

expande na

 turbina

 até uma

 pressão

 tal que o

 trabalho

 da

 turbina

 é

 exatamente igual

 ao

 trabalho

 no

compressor. Saindo

 da

 turbina

o ar

 expande

 num

 bocal adiabática

 e

 reversivelmente

até

 O

l

  MPa.

Determine a velocidade do ar na seção de descarga do bocal.

O modelo utilizado para o ar é o de gás perfeito com calor específico constante e avaliado a

300 K. Vamos admitir que cada processo ocorre em regime permanente não apresenta variação de

energia

  potencial e que a única variação de energia cinética significativa ocorre no bocal. O

diagrama  do ciclo está mostrado  na Fig.  1

 1.26.

A  análise do compressor é a mesma do Ex. 1 1.6. Os resultados daquela solução são:

Pl  =0 1 MPa

  T ;

 =288 2 K

p2

  =1 0 MPa  r2=556 8K

w c

  = 269 5  kJ / kg

A  análise da turbina é também a mesma do Ex. 1 1.6. Entretanto nesse caso

p3=  1 0 MPa   T 3  =   1 373 2 K

w

c

  =

 w

=

 cp

  T

3  -T4 =  269 5  kJ/kg

T T4=

  1 004

= 268 6 T

4

  = 1 104 6 K

Assim

UniFOA

Biblioteca

 Central

Page 30: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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34 ^ ~ c a ~ e n t o s da Termodinâmica

 

1373,2

=  1,2432

 

=

 0,4668  MPa

Volume de controle: Bocal.

Estado de entrada:  Estado 4, determinado  acima).

Estado de saída:  ps  conhecida.

V 2

Análise:  Primeira lei da termodinâmica:

  h.=h -\

 

'  2

Segunda  lei da

  termodinâmica:

  s

 

=  s5

Solução:  Como  p}  é igual a 0,1 MPa; pela segunda lei, determinamos T5 = 710,8  K.

V52=2cp0  74-r5)= 2x1000x1,004 1104,6-710,8)

V5 = 889 m/s

11.13 Ciclos de Potência dos Motores com  Pistão

No s discutimos,

 na

  Sec.  11.1,

 os

 ciclos

 de

 potência baseados

 em

 processos

 que

 ocorrem

 em

regime permanente os processos que envolvem trabalho não ocorrem a pressão constante e, nos

ciclos fec hados, as transfe rências de calor ocorrem a pressão con stante) e os ciclos de potência que

realizam trabalho a partir do movimento  de um pistão num cilindro  os processos que  envolvem tra-

balho não ocorrem a volume constante). Nas próximas três seções nós apresentaremos ciclos ideais

de potência

 a ar

 para ciclos onde

 o

 trabalho

 é

 realizado pelo movimento

  de

 pistões

  em

 cilindros.

Escapamento

E

 inter

alguns  term

utilizados  n

apresenta

  d i

um a biela. A

combustão  

cilindro. O

 c

O  volume de

Note  que o v

internos máx

O  volume de

do motor. O

média  efetiv

O

  trabalho

 lí

Nó s podemos

onde RPM é

quando

  a

  eq u

porque  são n

ciclo.

11.14

 

C

O

  ciclo

 

ignição

 por ce

1-2   é uma

  co

manivela

  in f

para

  o ar, a

 

morto superi

pela

 centelha

4-1 é o de  reje

Figura 11.27 — Configuração c ilindro - pistão

utilizada nos motores de  combustão interna.

Page 31: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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Ciclos Motores e

 cê

 ^e-çe-s:

 :

  341

É

  interessante, antes

  de

 analisarmos

  os

  ciclos utilizados

  no s

 motores

  co m

  p i s t ã o

alguns

  termos e d efinições que são im portantes na análise desses ciclos. Os m otores mais

utilizados

  nos

  automóveis operam

  com 4, 6 ou 8

  cilindros

  e

  cada conjunto cilindro

  -

  pistão

apresenta diâmetro nominal B .

  O

 pistão  está conectado

  a uma

  virabrequim manivela) através

 d e

um a

 biela.

 A

 Fig.  1 1 .27 mostra

 

esboço

 da

 configuração cilindro  pistão utilizada

 nos

 motores

 de

combustão interna. Observe que o ângulo da manivela,

  0

varia

  com a

 posição

  do pistão no

cilindro. O  curso d o pistão é  dado p or

S = 2Rman  11.12)

O vo lume deslocado no motor pode ser calculado com a equação

í desí

 =JVcil Fmax -

  ^min

= ̂ cil Xál  11.13)

Note que o volume deslocado no motor caracteriza bem o seu tamanho. A

 razão

 entre os vo lumes

internos

 m áximo e mínimo da câmara de combustão é  denominada relação de compressão

r

v = £C=Fma x/Fmi n

  11.14)

O volum e deslocado no motor em conjunto com a relação de comp ressão caracterizam a geom etria

do   motor. O trabalho específico líquido num ciclo completo  é  utilizado  para  definir  a pressão

média efetiva

W

liq =

 

dv

 

Pmef

 

V

max

 ~

V

mfa

 

11.15)

O   trabalho líquido realizado por um cilindro é

Nós p odemos utilizar este resultado p ara determinar a potência do m otor, ou seja,

  „

  RPM ,, RPM

60

60

 11.17)

onde  RPM é o acrónimo de rotações por minuto. Este resultado precisa ser corrigido pelo fator  A

quando a equaçã o for utilizada no cálculo da potência dos motores de quatro tempos e isso

 ocorre

porque

  sã o

 necessárias  duas revoluções completas para

  que o

 motor

 de

  quatro tempos complete

  o

ciclo.

11.14  O Ciclo  Padrão a Ar Otto

O ciclo padrão a ar Otto é um ciclo ideal que se aproxima do motor de com bustão interna de

ignição  por centelha. Os diagramasp-v e T-s deste ciclo estão mostrados na Fig.  11.28. O processo

1-2   é uma compressão isoentrópica do ar quando o pistão se move, do ponto morto do lado da

manivela  inferior) para o ponto morto do lado do cabeçote superior). O calor é então transferido

para

  o ar, a volume constante, enquanto o pistão está momentaneamente em repouso no ponto

morto superior num motor  real, este processo corresponde

  à

  ignição

  da

  mistura combustível-ar

pela centelha,

  e à

 queima subsequente).

 O

 processo

 3-4 é uma

  expansão isoentrópica

  e o

 processo

4-1 é o de

  rejeição

 d e

 calor

 do ar,

 enquanto

 o

 pistão está

 no

 po nto morto inferior.

Figura

  11.28  —

  Ciclo-padrão

a ar

 Otto.

Page 32: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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 4

=

_ - a a m e n t o s

 da

 Termodinâmica

l

60

~  50

o

E 40

2

  30

 20

(V

  10

O  1

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Relação de

 compressão v

Figura 11 29

  —  Rendimento térmico  do   ciclo

Otto   em

 função

  da  relação   de  compressão.

Admitindo

 que o

  calor específico

 do ar é

 constante, determina-se

 o

 rendimento térmico deste

ciclo do   seguinte modo:

  térmico

Além disso, observamos que

Portanto,

QL

 

O

  T3 -T2 

T

2

  T JT

2

  -l

7 V 7

V ,

^3  _  T

 

r.  T

„ _ i_ZL 1 _ r Y-

=

 1 __J

 térmico

  T,

 

l  U-l

 11.18)

onde

/

  V. V,

/ r =

 relação

 de

 compressão

  =

 —

L

 =

 —

V V

V

2  V

3

Um   fato   importante a ser notado é que o rendimento do  ciclo-padrão   Otto é   função   apenas da

relação

 de

 compressão

 e que o

 rendimento   aumenta

 com o

  aumento  desta relação.

 A

  Fig.   11.29

mostra   o gráfico do rendimento térmico do ciclo-padrão de ar em   função   da relação de

compressão. Também   é   verdade, para  um   motor real  de   ignição   por   centelha,  que o   rendimento

térmico aumenta quando a relação de compressão é aumentada. À tendência para a utilização de

maiores relações de compressão é induzida pelo esforço de se obter maiores rendimentos térmicos.

Mas  quando  se  aumenta  a  relação  de  compressão,   num  motor

 real, ocorre

 um  aumento  na   tendên-

cia   para a detonação do combustível. Esta detonação é caracterizada por uma queima do combus-

tível extremamente rápida e pela presença de fortes ondas de pressão no cilindro do motor (que

originam

 as

 chamadas   batidas).  Portanto,

  a

 máxima  relação

 de

 compressão

 que

 pode

 ser

 u tilizada

 é

aquela  onde a detonação é evitada. O aumento das relações de compressão através dos anos, nos

motores  reais,

  fo i

  possível devido

  ao

  desenvolvimento

  de

  combustíveis

  co m

  melhores caracte-

rísticas

  antidetonantes, principalmente através

  da

  adição

  de

  chumbo tetraetil. Recentemente,

entretanto,

  foram   desenvolvidas gasolinas isentas

  de

  chumbo

  qu e

  apresentam boas características

antidetonantes  e isto foi   feito para reduzir  a  contaminação atmosférica.

Alguns   dos  pontos   mais importantes   nos   quais   o   motor   de   ignição   por  centelha   de  ciclo

aberto

  se

  afasta

  do

 ciclo-padrão

  são os

  seguintes:

1. Os  calores específicos  dos   gases reais aumentam  com o  aumento  de   temperatura.

2. O

 pr o

e a co

3.

  Cada

devid

quanti

comb

4.  Existe

5. Existe

Exemplo

 11.1

A  relação  de  

pressão é igua

ciclo,  é  igual  

1.

  A pres

2. O

 rend

3.

 A  pres

Sistema:

  Ar

  co

Diagrama: Fig

Informação do

Informação d

r

v

= 1 0 eqH 

Modelo: Gás

Análise:  Segu

Assim,

Primeira  lei da

Segunda

  lei da

Assim,

Também,

Solução:

Page 33: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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  iclos

 Moto res e

 cê ré

:e =:l:  4

2. O

 processo

  de

  combustão substitui

 o

 processo

  de

 transferência

 de

  calor

  a

 alta  temperatura

e a combustão pode ser incompleta.

3.

  Cada ciclo mecânico

  do

  motor envolve

  um

  processo

  de

  alimentação

  e de

  descarga

  e.

devido às perdas de carga dos escoamentos nas válvulas, são necessárias uma certa

quantidade

  de trabalho para alimentar o cilindro com ar e descarregar os produtos da

combustão

 n o

 coletor

 de

 escapamento.

4. Existe uma transferência de calor  significativa entre os gases e as paredes do cilindro.

5.

  Existem irreversibilidades associadas

 ao s

 gradientes

 d e

 pressão

 e

 temperatura.

Exemplo 11 11

A

  relação de compressão num ciclo-padrão a ar Otto é 10. No inicio do curso de compressão, a

pressão é igual  a

 0 1

 MPa e a temperatura é 15 °C. Sabendo que a transferência  de calor ao ar por

ciclo, é  igual 1800 kJ/kg de ar,  determine:

1. A pressão e a temperatura no estado final de cada processo do ciclo.

2.

 O

 rendimento térmico.

3.

 A

  pressão média efetiva.

Sistema: Ar contido no cilindro

Diagrama: Fig.

  11.28

Informação  do  estado  1:  p

}  = 0,1

 MPa,  T, = 288,2  K .

Informação   do  processo: Quatro processos conhecidos Fig. 11.28). T ambém sabemos  qu e

r v = 1 0  eqH  =  1800kJ/kg.

Modelo:

  Gás

 perfeito

 co m

 calor específico constante

  e

  avaliado

 a 300 K.

Análise:  Segunda

 lei da

 termodinâmica para

  o

 processo

 de

 comp ressão 1-2):

í2=í

Assim,

  V,  j  Pí  \V2/

Primeira

  lei da

 termodinâmica para

 o

 processo

  de

 fornecimento

 de

 calor 2-3:

/ \a

lei da

  termodinâmica para

 o

 processo

  de

  expansão 3-4:

í4 =s3

Assim,

Também,

  olução

t̂érmico

  r

pm e  =

0 287x288 2  3

 

=

  = 0,827 m /kg

1

  100

Page 34: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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3-S4

  .—a entos da

 Termodinâmica

v

=

  IO

0

'

4

  = 2 , 5 1

=  IO

1

'

4

  =25,12

T 7   =  723,9  K

2  = 2 , 5 1 2  M Pa

v,  =  —   =  0,0827  m3/k g

10

 q3

  =

 c

v

  T

3

  T2

 )=

 1800  kJ/kg

 zjiuiv

0,717

3234 -116-

723,9

 ]

= 1 0 ° ' 4 =2, 51

  — JZJt  IS.

n  l 1 77 9  MP a

L  =1287,5 K

 

=

 U±  = I O

1

'

4

  =25, 12

p

4  = 0 , 446 7 M P a

1

  = 0,602

 =  6 0 , 2%

(rj *

  i

 U

Esse valor pode

  se r

  verificado, determinando-se

  o

  calor rejeitado.

4

9, = cv

 (r,

 -r4 =

 0,717

 (288,2 -1287,5) =-716,5  kJ/kg

D 2

 =

 60,2%

1800

w

lr

  =  1800-716,5  = 1083,5 kJ/kg

1083,5

(v,-v

2

)

  (0,827-0,0827)

= 1 4 5 6 k P a

Note que este valo r de pressão média   efetiva é alto. Este  fato é provocado, basicamente, pelas

condições de transferência de calor ao ciclo (a volum e constante). Como a variação entre os volu-

mes é pequena, quando comparada com a variação apresentada para o ciclo de

 Brayton,

  a pressão

média  efetiva  deve  se r  grande. Assim,  o ciclo  Otto  é um bom  modelo para simular  um  motor  de

combustão

  interna com ignição por faísca. Se um motor real, que desenvolve uma certa potência,

apresenta pressão média efetiva pequena,

  el e

  deve operar

  com um

  g rande deslocamento volumé-

trico

 do pistão e este grande deslocam ento acaba provocando g randes perdas por atrito no

 motor.

11 15  O Ciclo  Padrão a Ar Diesel

A

  Fig.  11.30  mostra

  o

 ciclo-padrão

  de ar

  Diesel. Este

  é o

  ciclo ideal para

  o

 m otor Diesel

  qu e

também  é conhecido por  motor  de ignição  po r  compressão.

Neste ciclo, o calor é transferido ao

  fluido

  de trabalho a pressão constante. Este processo

corresponde à injeção e queima do com bustível no motor Diesel

 real

Como o gás expande durante

a  transferência de calor no ciclo-padrão a ar, a transferência de calor deve ser apenas o suficiente

para

  manter pressão constante. Quando se atinge o estado 3, a transferência de calor cessa e o gás

sofre

  um a

 expansão isoentrópica (processo

  3-4)  até que o  pistão  atinja  o

 ponto

  morto  inferior.

A

  rejeição

  de

  calor, como

  no

  ciclo-padrão Otto,

  ocorre  a

  volume constante

  e com o

  pistão

  no

ponto m orto inferior. Esta rejeição simula os processos de descarga e de adm issão do motor real.

O rendimento do ciclo-padrão Diesel é dado pela relação

E impor

a  relação  de

dada  relação

aumento da t

de

  pressão  co

para  3',  nece

realizado corr

Podemo

apenas

  duas. 

início do  curs

de   compressã

Entretanto,  n

no

  motor de

comprime-se  

for

  usada

  um

somente  o ar

Portanto

um a

  relação

 

considerando

máximas  são

de

  compressã

Diesel

  tem

  u

dois

 ciclos

 de

O   ciclo 

maneira

  que

Exemplo

  11

Um ciclo-pad

fluido

  de tra

pressão é i gu

1.  A

  p ré

2. O

  r e n

3. A  pr é

Page 35: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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C i c l o s  M o : : - e s  5 ;e  =

 e :•=•;:.;:

  345

Figura

  1 1 . 3 0 —

  C i c l o -

p a d r ã o a a r D i e s e l .

 T3-T2)  kT

2

 T

3

/T

2

-í)

  11 .19)

É

  importante notar

  que a

 relação

  de

 com p ressão i so en t róp ica

  no

  ciclo Diesel

  é

 maior

  do que

a

 relação

 de expansão isoentrópica. E,  também, para  um dado estado antes da compressão e uma

dada  relação de compressão ( is to é , dados os estados l e 2) , o rendimento do cic lo d iminui com o

aumento

  da

  temperatura máxima. Isto

  é

  evidente anal isando

  o

  diagrama  T-s

  do

  c i c l o .

  A s

  l inhas

de p ressão cons tan te e d e vo lume co ns tan te convergem. As s im, aumentand o- se a t emp era tura d e 3

para  3' ,  necess i t a - se

  de uma

  grande adição

  de

  calor (área  3-3'-o£>-3)

  e o

  aumento

  do

  t rabalho

realizado correspo ndente a a l teração do c ic lo é re lat ivamente pequeno (área 3-3 ' -4 ' -4-3).

Podemos fazer várias comparações entre o c ic los Otto e Diesel ; porém mencionaremos

apenas

  duas. Considere

  o

  ciclo Otto  l-2-3 -4- l

  e o

  Diesel 1-2-3-4-1,

 que têm o

 mesmo es tado

 no

in íc io d o curso d e co mp ressão , o mesm o d es locamento vo lumétr i co d o p i s tão e a mesma re laç ão

de   compressão.  É  evidente,  pelo  diagrama  T-s, que o

  ciclo

  Otto  tem um  rendimento maior.

Entre tanto,  na prá t ica, o motor Diesel pode operar com uma relação de compressão maior do que

no   motor de ignição por centelha. A razão d isso é  que,  num motor de ignição por centelha,

comprime-se uma mistura

  ar-combustível

  e a detonação (bat ida) torna-se um sério problema se

fo r

  usad a

  um a

  alta relação

  de

  compressão. Este problema

  nã o

  existe

  no

  motor Diese l p orque

somente

 o ar é

  comprimido durante

 o

 curso

 d e

  compressão.

Portanto, precisamos comparar  o  ciclo Otto  com um  c i c lo Diese l  e em  cada caso se lecionar

um a  relação de compressão que

 pode

  ser conseguida na prá t ica. Tal comparação pode ser  feita

con s ide ran do

  o

  ciclo  Otto  l-2 ' -3-4- l

  e o

  ciclo Diesel 1-2-3-4-1.

  A

  pressão

  e a

 temp era tura

máximas

  são as

  mesmas p ara ambos

  o s

  c i c los ,

  o que

  signif ica

  que o  ciclo

  Otto

  tem uma

  relação

de compressão menor do que o cic lo Diesel . É evidente, pelo d iagrama

  T-s

que nes te caso o c i c lo

Diesel tem um rendim ento maior. Ass im, as conclusõe s t i radas de uma com paração e ntre estes

dois c ic lo s devem ser sempre re lacionadas às bases em que a co mparação é  feita.

O ciclo  aberto  real de ignição por

 compressão

  difere do ciclo-padrão a ar Diesel da  mesma

maneira que o cic lo aberto de ignição por c entelha d ifere do cic lo -padrão a ar Otto.

Exemplo 11.12

U m c ic lo - p ad rão

  de ar

  Diesel apresenta relação

  de

 com p ressão igual

  a 20 e o

  calor t ransfer ido

 ao

fluido

  de trabalho, por ciclo, é 1800 kJ/kg. Sabendo que no início  d o p rocesso d e comp ressão , a

pressão é igual a 0 ,1 M Pa e a tem peratura é 15 °C, determine :

1. A pressão e a temperatura em cada ponto do c ic lo;

2.  O rend imento té rmico ;

3. A pressão média efet iva.

Page 36: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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346  jndamentos da Termodinâmica

Sis tema:   Ar contido no cilindro.

Diagrama:  Fig.

 11.3f).

Informação

  do

 estado   1:   p,

 = 0,1

 MPa; 7;

 =

 288,2

 K

Informação do  processo: Quatro processos conhecidos   (Fig.  11.30).   Também sabemos  q ue   r v  = 20 e

q

H

  =

  1800

 kJ/kg

Modelo:  Gás

 perfeito

  co m

 calor específico   constante

 e aval iado a 3 00 K.

Análise:

  Segunda lei da termodinâm ica para o processo de compressão  1-2:

52

 =Sl

Assim,

  X t

1

  e

 

Y L

T V2j

  e

  Pl  V2

Primeira lei da termodinâmica para o processo de transfe rência de calor

  2-3:

Segunda  lei para o processo de expan são  3-4:

Assim,

Também,

Solução:

T   IV

 

T

  V

í \

0 , 287x288 , 2   3

v . =

 =  0,827 m  /kg

100

_ X _ .2̂

=

 0,04135

20 20

T   V Y 1

Íl -1L

  = 2 0 °

4

=

  3,3145

T ,

  K

=66,29

1,004

V 2   T 2

  955,2

Z-ízT.

0,11896

T 2 = 9 5 5 , 2 K

p2   =  6,629   MPa

3

  =

 2748  K

=0,11896m 3 /k g

= 2 ) 1 7 1 9

11 16   O  

O

 últim

os  diagramas

a   volume co

do   fluido   de

processo de

processos ad

dois processo

pressão médi

Este é o

  mo

motor  al terna

Os

 m ot

externa com

 

transferência

igual  a   t ransf

ciclo ideal,  t

3-4 e toda a  

transferências

eficiência do

podem

  se r

 

adicionados 

11 17

  Intr

Nós   di s

ocorrem   em  

mento

 d e um

potência ond

como   um em

ciclo de

 potê

processos  era

mentação, po

P   3

q

L

=

4

q

}

=

  c v   (7; 

T;

 )=  0,717  (288,2-l  265)

 =-700,4

 kJ/kg

Page 37: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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Ciclos Motores e e

w,

  =

 1800-700,4

 = 1099,6  kJ/kg

/ térmico

1099,6

qH

  1800

=  61,1

Pmef  ~

 l q

1099,6

(vj-v2) (0,827-0,04135)

=

 1400

  kPa

11 16  Ciclo Stirling

O último ciclo de potência ideal a ar que discutiremos é o  ciclo  Stirling. A Fig.  11.31  mostra

os  diagramas p-v   e T-s  para este ciclo. Calor é transfe rido ao fluido  de trabalho du rante o processo

a

 volume constante

 2-3 e

 também durante processo

 d e

  expansão isotérmica 3-4. Calor

 é

 transferido

do   fluido

  de

  trabalho rejeitado

  do

  ciclo) durante

 o

  processo

  a

  volume constante

 4-1 e

  durante

 o

processo  de  compressão isotérmica 1-2. Assim, este ciclo  é  igual  a um  ciclo Otto onde  os

processos adiabáticos são  substituídos  por processos isotérmicos. Note que o ciclo  Stirling  inclui

dois processos de transferência de calor a volume constante e assim ele deve apresentar uma alta

pressão média efetiva  se a variação  de volume

  total

 durante  o

 ciclo

 é  mantida  num  valor mínimo.

Este é o modo utilizado para que este ciclo se torne um bom candidato para a aplicação em um

motor alternativo trabalho realizado pelo movimen to d e pistão nu m  cilindro).

Os motores baseados  no ciclo de Stirling  tem

 sido

 desenvolvidos como

 motores

 de  combustão

externa com regeneração. O significado da regeneração pode ser visto na Fig.  11.31.  Note que a

transferência

  de

 calor  para

 o gás no  processo

 2-3,  correspondente

 a

 área

  2-3>-b-a-2

é  exatamente

igual  a transferência de calor do gás no processo 4-1, correspondente a área l -4-d-c-1. Assim, no

ciclo ideal, todo

  o

  calor transferido

  ao

 ciclo,  Q

H

  é fornecido

  no

 processo

  de

  expansão isotérmica

3-4 e  toda  a  rejeição  de calor,  QL  ocorre  no processo  de  compressão isotérmica. Como todas  as

transferências

  de

  calor ocorrem

  em

  processos isotérmicos,

  a

  eficiência deste ciclo

  é

  igual

  a

eficiência  do  ciclo   de  Carnot  que opera  entre  as  mesmas temperaturas.  As  mesmas  conclusões

podem

  ser

  obtidas para

  o

  ciclo

  de

  Ericsson, discutido brevemente

  no

  Sec. 11.11,

  se

  forem

adicionados regeneradores   no ciclo básico.

11 17 Introdução aos Ciclos Frig oríficos

Nós discutimos,

  na

  seção

  11.1, os

  ciclos

  de

  potência baseados

  em

  quatro processos

  qu e

ocorrem

  em

 regime  permanente

  e os

  ciclos

  de

  potência

  qu e

  realizam trabalho

  a

  partir

  do

  movi-

mento de um pistão num cilindro. Nós também analisamos que é possível tanto operar um ciclo de

potência  onde o fluido de trabalho apresenta mudança de fase, nos processos  que compõem o ciclo,

como

  um em que o  fluido  de

  trabalho

  nã o

  apresenta esta mudança. Nós, então, consideramos

  um

ciclo  de potência composto  po r quatro processos  qu e  ocorrem  em   regime permanente. Dois destes

processos eram de transferência de calor a pressão constante estes processos são de  fácil  imple-

mentação, pois não envolv em realização de trabalho) e os outros dois processos env olve m trabalho.

  z

d s

Figura 11 31  Ciclo-

padrão

 a

 ar S tirling.

Page 38: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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348

  ^aamentos

 d a

  Termodinâmica

P

Figura 11 32   —

 Ciclo

  de

 refrigeração

baseado em qu atro processos.

Estes últimos processos,

  po r

  serem adiabáticos

  e

  reversíveis, foram modelados como isoentrópi-

cos. Então,  o  diagrama

 p v

 correspondente ao

 ciclo

 de potência

 resultante

 foi apresentado na   Fig.

11.2.

Agora  nó s

  consideraremos

  o

  ciclo ideal

  de

  refrigeração

  a

  vapor,

  que é

  similar

  ao

  ciclo

  de

potência descrito no  parágrafo anterior,   mas que  funciona   de modo reverso. O resultado  desta

inversão   no   ciclo está mostrado   na   Fig. 11.32. Note   que o   ciclo inteiro pode ocorrer dentro   do

domo

  que

  representa

  os

  estados

  líquido-vapor   e

  que, neste caso,

  o

  ciclo

  é

  composto

  por

  dois

processos

 isobáricos, e  também   isotérmicos, intercalados por dois adiabáticos. De   outro lado,   este

ciclo

  não é um

 ciclo

  d e Carnot.

 Note, também,

 que o

  trabalho líquido requerido pelo ciclo

  é

  igual

 a

área limitada pela linhas

  qu e

  correspondem

  ao s

  processos 1-2-3-4-1 independentemente

  do

processo ocorrer em regime permanente ou num conjun to cilindro-pistão.

Na próxima seção   nó s   faremos  u ma  m odificação neste ciclo básico   de  refrigeração ideal   e o

utilizaremos   como modelo para

 o s

 refrigeradores

 e

 bombas

  de

  calor.

  18   Ciclos Frigoríficos por Compressão  de  Vapor

Nesta seção   nó s   consideraremos   o   ciclo ideal   de   refrigeração   qu e   opera   co m   f luidos   de

trabalho que apresentam m udança de fase no ciclo e para isto nós utilizaremos um modo similar ao

utilizado na apresentação   do

 ciclo

 de   Rankine (Sec.   11.2).   Fazendo isto,   nós notamos   que o   estado

3 na

 Fig.

  11.32  é

  referente

  a

  líquido saturado

 a

  temperatura

 do

  condensador

  e o

  estado

  l é

 vapor

saturado

  a   temperatura   do   evaporador. Isto significa   que o   processo   de   expansão isoentrópica   do

estado 3-4 ocorrerá  na região   bifasica   com  título baixo. Como   consequência, o   trabalho   realizado

neste processo será pequeno

  e não

  valerá

  a

  pena incluir

  um

 d ispositivo

  no

 ciclo

  para

  a

  realização

deste  trabalho. Assim,   nó s   trocaremos   a   turbina   por um   dispositivo   de   estrangulamento   qu e   pode

ser uma válvula  ou um  tubo  de   pequeno diâmetro   com um  comprimento   pré-estabelecido.  Assim,   a

pressão

  do

 fluido

 d e

 trabalho

 é

 rebaixada

 d a

 pressão

 do

 condensador para

 a

 pressão

  do

  evaporador.

O

  ciclo   resultante torna-se

  o

  ideal para

  os

  ciclos

  de

  refrigeração

  por

  compressão

  de

  vapor. Este

ciclo pode

  se r

 visto

  na

 Fig.   11.33   onde vapor saturado

  a

 baixa pressão entra

 n o

  compressor

  e

  sofre

uma com pressão adiabática reversível  1-2.   Calor   é   então rejeitado   a  pressão co nstante  n o   processo

2-3 e o   fluido  de  trabalho   deixa o condensador  como   líquido   saturado.   O próximo processo é um

estrangulamento adiabático, processo 3-4,

  e o   fluido   de

  trabalho

  é

  então vaporizado

  a

  pressão

constante, processo 4-1, para completar  o  ciclo.

Válvu la de

expansão ou

tubo capi lar

4 4

Figura

 11 33

 —   Ciclo

 ideal

de

  refrigeração

 por

  compres-

são de vapor.

A semelh

mesmo ciclo ao

de estrangulam

reversível.

  O   a

diagrama  T s. 

apenas

  com vap

2 do ciclo de

 C

como   a represe

haver transferê

que se tenha u

expansão, do q

mistura   de  liqui

para a  refrigeraç

É importa

A

 primeira é  u ti

a

  tem peratura

 r

do   condensado

refrigerado  e   is

Assim, a   finalid

frigorífico

  é

 d a

de

  refrigeração,

A   segunda

deste ciclo

 é

 ma

referente

  a

  outr

transferido   no

expressão

  do co

É  óbvio  q

são diferentes, 

ciclos

  de   refrig

feitos  ao   ciclos  

Exemplo 11 13

Considere   um   ci

refrigerante no  

rante no  ciclo  é

máquina  frigorí

O diagram

analisado, o mo

cada processo   o

potencial.

Volume

  de

 cont

Estado

 de

  entra

Estado

  de

  saída:

Análise:

  Primei

Page 39: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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Ciclos

 M o t ores

  e cê e :e í:l;  3 Í9

A

  semelhança entre esse ciclo

  e o

  ciclo

  de

  Rankine

  é

  evidente, pois

  é

  essencialmente

  o

mesmo

 ciclo ao inv erso, com exceção da válvula de expansã o que

  substitui

 a bomb a. Esse

 processo

de

  estrangulamento  é   irreversível, enquanto  que o  processo   de  bombeamento  do  ciclo  d e

  Rankine

 e

reversível.

  O

  afastamento desse

  ciclo   ideal do  ciclo  de

  Carnot,

  l -2 -3-4 -r,   é

  evidente pelo

diagrama   T-s. A  razão do afastame nto consiste  na  conveniência   de se ter um  compressor   que opere

apenas  com vapor  e não com uma  m istura  de  líquido  e   vapor, como seria necessário   no processo

  1 -

2

do

 ciclo

  de

 Carnot.

 É

  virtualmente impossível comprimir (numa vazão  razoável

um a

 mistura

 ta l

como

  a

 representada

  pelo

  estado

  l

e

 manter

  o

  equilíbrio entre

  o

  líquido

  e o

  vapor, porque deve

haver transferência de calor e de massa através das fronteiras das

  fases.

  É também mais simples

que

  se

  tenha

  um

  processo

  de

  expansão

  qu e

  ocorra irreversivelmente, através

  de uma

  válvula

 d e

expansão,

 do que se ter um

 dispositivo

 de

  expansão

 que

 receba líquido saturado

 e

 descarregue

 um a

mistura  de  líquido   e   vapor, como seria necessário   no   processo  3 -4 . Por  estas razões,  o  ciclo ideal

para  a  refrigeração  po r   compressão  de   vapor,  é  aquele mostrado  na  Fig.   11.33  pelo ciclo   l  -2-3-4-1.

É importante ressaltar  que o  ciclo  mostrado  na Fig. 11.33  pode  ser  utilizado  em  duas situações.

A

 primeira é utiliza-lo como ciclo de refrigeração , onde o ob jetivo é manter um e spaço refrigerado

a  temperatura  Tl  mais baixa   do que a   temperatura  do   meio   T3  (em   aplicações reais,   a  temperatura

do   condensador

  é

  maior

  do que a do

  meio

  e a do

  evaporador

  é

  menor

  do que a do

  espaço

refrigerado e   isto   é   feito   para termos taxas   finitas   de   transferência  d e   calor nestes componentes).

Assim, a finalida de deste ciclo é a transferên cia de calor

 qL.

 A medida do desempenho de um ciclo

frigorífico

  é

 dada

 em

 função

 do

 coeficiente

  de

 eficácia. Este coeficiente

  fo i

 definido, para

  um  ciclo

de  refrigeração,

  no

 Cap.

 7

 como

 

dl-20)

A  segunda situação

  é

 utilizar

 o

 ciclo  descrito

  na

 Fig.   11.33  como bomb a

 de

 calor.

 O

 objetivo

deste

 ciclo

 é manter um espaço a temperatura

  T3

  que é maior que a temperatura do ambiente, ou a

referente  a outro reservatório térmico a  Tr  Nesta situação o que interessa é a q uantidade de calor

transferido  no   condensador,   qH  ,  e   então esta quantidade deve   se r   utilizada   no   numerador   da

expressão  d o  coeficiente  de  desempenho,  ou

  seja

 11.21

É

 óbvio

 que as

 variáveis

  de

  projeto para

 os ciclos de

  refrigeração

  e

 para

 as

 bombas

 de

  calor

são   diferentes,

  mas o

  modo

  de

  analisar

  os

  dois equipamentos

  é o

  mesmo.

  Nas

  discussões

  dos

ciclos

  de

  refrigeração, desta seção

 e das

  próximas, deve

  se r

  sempre lembrado

  que os

 comentários

feitos

  ao

 ciclos

 de

 refrigeração geralmente também

 se

 aplicam

 as

 bombas

 de

 calor.

Exemplo 11 13

Considere um   ciclo

  frigorífico

  ideal  q ue   utiliza  R-134a  como

  fluido

  de  trabalho.  A   temperatura  do

refrigerante  no

  evaporador

  é -20 °C e no

  condensador

 é 40 °C.

 Sabendo

  que a

 vazão

 d e

 refrige-

rante

 n o

 ciclo

 é

 0,03 kg/s, determine

 o

 coeficiente

 de

 eficácia

 e a

 capacidade

 de

 refrigeração desta

máquina frigorífica.

O

  diagrama desse exemplo

  é

  aquele mostrado

  na

 Fig.

  11.33.

  Para cada volume

 de

  controle

analisado,

  o

  modelo termodinâmico

  é

  aquele associado

  as

  tabelas

  de

 R-134a. V amos admitir

 qu e

cada  processo ocorre em regime permanente e que não apresentam variações de energia cinética e

potencial.

Volume   de controle: Compressor.

Estado de

 entrada:

  Tí

  conhecida, vapor saturado; estado determinado.

Estado

 de  saída:

  p

2

  conhecida   (pressão

 de

  saturação correspondente

  a

 T3 .

Análise:

  Primeira   lei da  termodinâmica:

  w

c  \  h2—hl

Page 40: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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35 0

  A n d a m e n t o s

  da Termodinâmica

Segunda le i da

 termodinâmica:  s2  = s 1  

Solução:

  Ar3

 =  40°C,

Das tabelas de

 R-134a,

Portanto,

Assim,

= 386,1

  kJ/kg e

  s 

=

 1,7395

  kJ/kg

 K

 

= s, =

 1,7395 kJ/kg

 K

r,  =47,7° C /z 2   =

 428,4   kJ/kg

= h

2

 h

l

=

 428,4-386,1 =

  42,3 kJ/kg

Volume

 de

 controle: Válvu la

 de

 expansão

Estado

  de entrada:

  T

3   conhecida, líquido saturado; estado determinado.

Estado de

 saída:

  T4

 conhecida.

Análise:  Primeira lei:   /i3  =   /z 4

Solução:

h^=h = 256,5 kJ/kg

Volume

 de

 controle:

 Evaporador.

Estado de entrada: Estado 4 conhecido (acima).

Estado de saída: Estado   l  conhecido (acima).

Análise:

  Primeira

 lei:  qL=h] h4

Solução:

qL

 =

 h{~h4 =386,1-256,5 =129,6  kJ/kg

Portanto,

  1̂296

w c\3

Capacidade de  Refrigeração  =  129,6x0,03   =  3,89  kW

11 19 Fluidos

 de

 Trabalho para Sistemas

  de

 Refrigeração

  po r

  Compressão

de

 Vapor

A

  diversidade   dos   f lu idos   d e   t rabalho (refrigerantes) uti l izados   nos   sistemas   frigoríficos

baseados na compressão de vapor é maior do que a dos uti l izados nos ciclos motores a vapor. A

amónia

 e dióxido de

 enxofre foram

 importantes no

 início

 da

 implantação

  das

  máquinas frigoríficas

mas estas duas substâncias são tóxicas e portanto perigosas. Atualmente, os principais

refrigerantes  são os

 hidrocarbonetos

  halogenados que são vendidos sob as marcas registradas

Freon e

  Genatron.

  Por

  exemplo,

  o diclorodifluormetano C

 C1

2

 F2)

 é

 conhecido  como  Freon-12

 e

Genatron-12

  e são tratados genericamente como   refrigerante-

 12

  ou R-12. Este grupo de substân-

cias, comumente conhecidas com clorofluorcarbonos ou   CFCs,  são quimicamente estáveis a

temperatura

  ambiente (especialmente aquelas substâncias que apresentam menos átomos de

hidrogénio na   molécula). Esta estabilidade   é  necessária para   que a   substância   seja   u m   f luido   de

trabalho   adequ ado mas pode provocar efeitos devastadores no meio ambiente se o gás

 escãpTãf

 para

a atmosfera.

  Devido

  a

  estabil idade,

  o gás

  gasta muitos anos difundindo

  na

  atmosfera

  a té

  at ingir

  a

estratosfera

  onde a molécula é dissociada e assim liberando o cloro, que por sua vez, destrói a

camada

 protetora de ozona presente na

 estratosfera.

  Por este

 motivo

 é de

  importância funda men tal

eliminar

  completamente

  a

  utilização

  d os

  refrigerantes

  R-  1 1 e

  R-12

  e

  d esenvolver

  um

  substituto

adequado.  

apresentam

trabalho ma

molécula.

Os   do i

se deseja a   r

Corno

 

a pressão d

rejeição de c

grandes  equ

projetados   p

qu e

 a

  press

sistema

  f lui

O tipo

refrigerante.

específicos

para

  operar

 

També

Outras carac

do

 compress

_evajjoração_

para  o

 ciclo

coeficiente   d

11 20

A f

Re

O ciclo

associadas 

envolvente.

 

O

  vapo

compressão  

temperatura

 

esse process

aumento

  de

entropia.

  E S S

pressão do

  lí

temperatura  

o calor é   tr a

temperatura

 

válvula

  de  

transferência

assim mais tr

 

r— —v

C o n c

  Eva

©

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7/17/2019 Termodinâmica

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Cic los

 Mo t o r es

  e

 ~ e =e~: í í:i:  õ~

adequado.

  s

  CFCs

  que

  contém hidrogénio (comumente chamados

  HCFCs .

  como

  o  R-22,

apresentam vida média mais curta

 na

 atmosfera

 e

 assim

 não

 alcançam

 a

 estratosfera. O s

 riu:;:

 -  t

trabalho  mais  desejáveis,  conhecidos por  HFCs  não apresentam  cloro  na  composição   de

molécula.

O s  dois aspectos mais importantes  na   escolha   de um   refrigerante   são a   temperatura  n a   qual

se

 deseja

 a refrigeração e o

 tipo

 d e

  equipamento

 a ser

 usado.

Como o refrigerante   sofre   uma mudança de  fase   durante o processo de transferência de

 calor,

a

  pressão

  do

  refrigerante será

  a

  pressão

  de

  saturação durante

  os

  processos

  de

  fornecimento

  e

rejeição

  de calor. Baixas pressões significam grandes volumes específicos e, correspondentemente,

grandes equipamentos. Altas pressões significam equipamentos menores, porém estes devem

  se r

projetados para suportar maiores pressões.  Em   particular,   as   pressões dev em   ser bem   menores   do

qu e

  a

  pressão crítica. Para aplicações

  a

  temperaturas extremamente baixas, pode

  se r

  usado

  um

sistema

  fluido

  binário, colocando-se em cascata dois sistemas distintos.

O   tipo   de   compressor   a ser   utilizado numa aplicação   tem uma   relação particular   com o

refrigerante.

  O s

  compressores alternativos

  são

  mais apropriados para operar

  co m

  volumes

específicos baixos

 e

  pressões altas enquanto

 que os

 compressores cen trífugos

 são

  mais apropriados

para operar c om   volumes específicos altos   e   pressões baixas.

Também, é importante que os refrigera ntes usados em aparelhos d omésticos sejam não-tóxicos.

Outras características importantes

 são a

 tendência

 de

  causar

 corrosão, a miscibilidade com o

  óleo

do compressor,  a   rigidez dielétrica,   a  estabilidade   e o   custo. Também,  para  dadas temperaturas   de

evaporação, e

  condensação,

  os

  refrigerantes

  nã o

  proporcionam

  o

  mesmo coeficiente

  de

  eficácia

para o ciclo ideal. É, naturalmente, desejável que se utilize o refrigerante que forneça o maior

rõéficiente  de  eficácia, desde  q ue  outros fatores   o  permitam.

11 2 fastamento

 do

 Ciclo Frigorífico Real

 de

 Compressão

 de

 Vapor

 em

Relação ao Ciclo Ideal

O

  ciclo real

  de

 refrigeração

  se   afasta   do  ciclo

 ideal principalmente devido

  às

 perdas

  de

  carga

associadas

  ao

  escoamento

  do

  f luido

  de

  trabalho

  e à

  transferência

  de

  calor para

  ou do

  meio

envolvente.

 O

 ciclo real pod e

  se r

 representado, aproximadamente,

 pelo

 mostrado

 na

 Fig.

  11.34.

O

 vapor

 qu e

 entra

 n o

 compressor estará provavelmente superaquecido. Duran te

 o

 processo

  de

compressão ocorrem

  irreversibilidades e

  transferência

  de

  calor para

  ou do

  meio, dependendo

  da

temperatura   do   refrigerante   e do   meio. Portanto,   a   entropia  pode  aumentar   ou   diminuir durante

esse processo,

 pois  a  irreversibilidade  e a

  transferência

 de

  calor para

  o

 refrigerante provocam

  um

aumento de entropia, e a transferência de calor do refrigerante provoca uma diminuição da

entropia.

  Essas possibilidades estão representadas pelas duas linhas tracejadas

  1-2 e 1-2 . A

pressão

  do

  líquido

  qu e

  deixa o\condensador será menor

  do que a

 pressão

  do

 vapor

  qu e

  entra,

  e a

temperatura  do  refrigerante,  no   condensador, estará   um   pouco acima daquela   do   meio para   o  qual

o

  calor

 

transferido. Usualmente,

  a

  temperatura

  do

  líquido

  qu e

  deixa

  o

  condensador

  é

  inferior

 à

temperatura  de   saturação   e   pode diminuir mais   um   tanto   na   tubulação entre   o   condensador   e a

válvula  de

  expansão. Isso, entretanto, representa

  um

  ganho porque,

  em

  consequência dessa

transferência   de calor, o refrigerante entra no evaporador com uma entalpia menor, permitindo

assim mais transferência de calor para o refrigerante no evaporador.

 

Figura 11.34 — Ciclo real de

refrigeração  por compressão de

vapor.

Page 42: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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352  F^aamentos da

  ermodinâmica

H á  um a  queda d e pressão quando o   refrigerante escoa através do  evaporador. O refrigerante

pode  estar levemente superaquecido quando deixa

 o

 evaporador

 e,

 devido

  à

 transferência

  de

  calor

do

  meio,

  a

  temperatura pode aumentar

  na

  tubulação entre

  o

  evaporador

  e o

  compressor. Essa

transferência

  de

  calor  representa

 uma

  perda porque

  ela

  aumenta

  o

  trabalho

  do

  compressor

  em

consequência

  do

 aumento

 do

 volume específico

  do

 fluido

 que

 entra

 no

  equipamento).

Exemplo 11 14

Um ciclo de

  refrigeração utiliza

 R-12

  como fluido

 de

 trabalho.

  As

 propriedades

 dos

  vários pontos

do ciclo, indicados

 na

 Fig. 11.34, estão apresentadas

  a

 seguir:

Pl = 125 kPa

/?z=l,2MPa

p

3 =

  l,19MPa

p4=  l,16MPa

ps =

 l,15MPa

p

6

=p

7

=140

p=  130kPa

T l  = -10 °C

T

2  =  100 °C

7

3

 = 80 °C

T  = 45

 °C

r5   =  40 °c

T = -20  °C

O calor transferido do

  R-12

 duran te o processo de com pressão é 4 kJ/kg. D etermine o

coeficiente

  de eficácia desse ciclo.

Para cada volume de controle analisado, o modelo termodinâmico é aquele associado as

tabelas

  de  R-12.

  Vamos admitir

  qu e

  cada processo ocorre

  em

  regime permanente

  e que não

apresentam variações de en ergia cinética e potencial.

Volume de controle: Com pressor.

Estado de entrada:  p},  T,  conhecidas, estado determinado.

Estado

  de

 saída:

  p2,  T

2 conhecidas, estado determinado.

Análise:  Primeira

  lei da

 termodinâmica:  q h

 -h w

Solução:

  Das

 tabelas

 de

 R-12

& = 185,16 kJ/kg  e

  h2

  =  245,52 kJ/kg K

Portanto,

w c  = 245,52-185,16- -4)

 =

 64,36

 kJ

 /kg

Volume

 de

 controle:  Válvula

 de

 estrangulamento mais tubulação.

Estado de entrada:

  ps,  T5

 conhecidas,

 estado

  determinado.

Estado

  de

 saída:

 p1  = p6

  conhecida,

  x1 = x6.

Análise:

  Primeira lei da termodinâm ica:  hs =  h6

Como

 x 1 =

 x6,

 temos

 qu e  /i? =  h 6

Solução:

h,=h

6

=

 h, =

 74,53

 kJ/kg

Volume

 de controle: Evaporador.

Estado de entrada: p

1

,  z

v

  conhecidas (acima).

Estado de saída: p,,

 T

s  conhecidas, estado determinado.

  o o

Análise: Primeira

 lei:

  qL-hí-h1

Solução:

Assim,

11.21

  O

O  cicl

  pela qua

absorvido  p

líquido. A  

O vap

absorvido p

daquela  do

amónia

 é  en

pressão

  e u

consequênci

condensado

a  vá lvula  d

através do

 t

A cara

pequeno  de

para

  um

  pr

cinéticas e

 

qu e

  o

  volu

temperatura

de absorção

o

 ciclo

  de

  r

disponível 

recentes,  te

energia,

 tai

Este  c

menor

 volu

regime

 per

Page 43: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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Ciclos Motores  e z

s™ce = :â:

Solução:

Assim,

qL =\ h

1

 =179 12-74 53 = 1 04 ,5 9 k J / k g

w ,

  64 36

  2 O  Ciclo Frigorífico  po r Absorção  de   Amónia

O ciclo

 frigorífico

  por absorção de amónia

  difere

 do ciclo por com pressão de vapor na manei-

ra

  pela qual

  a

 compressão

  é

 efetuada.

  N o

  ciclo

  de

 absorção,

  o

 vapor

  de

 amónia

  a

 baixa pressão

  é

absorvido  pela água e a solução líquida é bombeada a uma pressão superior por uma bomba de

l íquido. A Fig.  11.35 mostra um arranjo esquemático dos elementos essenciais deste ciclo.

O vapor de amónia a baixa pressão, que deixa o evaporador, entra no absorvedor onde é

absorvido pela solução   fraca  de amónia. Esse processo ocorre a uma temperatura levemente acima

daquela do meio e

 deve

  ser  transferido

  calor

  ao

 meio

 durante

  esse

 processo. A  solução forte  de

amónia é então bombeada através de um trocador de calor ao gerador onde são mantidas uma alta

pressão e uma alta temperatura). Sob essas condições, o vapor de amónia se separa da solução em

consequênc ia da transferência de calor da fonte de alta temperatura. O vapor de

  amónia

 vai para o

condensador,

 onde é condensado, como no sistema de compressão de vapor, e então se dirige para

a  válvula  de  expansão  e  para  o  evaporador.  A  solução  fraca  de amónia  retorna  ao  absorvedor

através do trocador de calor.

A característica particular do sistema de absorção consiste em requerer um consumo muito

pequeno

 de

 trabalho porque

  o

 processo

  de

  bombeamento envolve

 u m

  líquido. Isso resulta

  do  fato:

para um processo reversível, em regime permanente e com variações desprezíveis de energias

cinéticas  e potencial, o trabalho é igual a  — j v p  e o volume específico do líquido é muito menor

qu e

  o volume específico do vapor. Por outro lado, deve-se dispor de uma fonte térmica de

temperatura

  relativamente alta 100 a 200 °C). O número de equipamentos envolvidos num sistema

de

 absorção é maior do que  aqueles  de um sistema de compressão de  vapor convencional.  Assim

o ciclo  de refrigeração por  absorção pode  se r justificad o economicamente apenas n os casos onde é

disponível

  um a

  fonte térmica adequada

  e

  que.

  de

  outro modo, seria desperdiçada.

  Nos

  anos

recentes, tem-se dado maior atenção

  ao s

  ciclos

  de

  absorção devido

  às

  fontes alternativas

  de

energia,

  tais

 como, por exemplo, as

 fontes

  de energia solar ou

 geotérmica.

Este ciclo  mostra  que o

 processo

 de  compressão utilizado   nos  ciclos deve

 ocorrer

 com o

menor volume específico possível porque  o trabalho  num  processo  de escoamento reversível,  em

regime perm anente e com variações desprezíveis de energias cinética e potencial é   — v d p  ).

Vapor

  de amónia a alta pressão Q

 

para  o  meio)

 d a  fonte de alta

temperatura^

Vapor de

  móni

b ix pressão

Solução

forte  d e

  móni

i

da

  câmara fria)

Figura 11 35

 —

 Ciclo

 de

 refrigeração

 p or

  absorção

  de amónia.

Page 44: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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354  ^naamentos da Termodinâmica

 

v

 

.AAAAA

A

 

 »

 

h

  Temperatura

do  espaço

l

  refrigerado)

Figura 11 36

  —  Ciclo-

padrão

 d e refrigeração a ar.

11.22  O

 Ciclo

 

Padrão

 de

 R efrigeração

 a Ar

Se nós considerarmos o ciclo de refrigeração original, baseado  em  quatro processos e descrito

na Fig. 11.32, que opera com um fluido de trabalho que não apresenta mudança de

 fase,

  o trabalho

envolvido

 no

 processo

  de

  expansão  isoentrópica

 n ão

  será pequeno

  o

 contrário

 do que

  ocorre

  co m

os

  ciclos

  qu e

  operam

  co m

  processos

  qu e

  apresentam mudança

  de

  fase).  Portanto,

  no

  ciclo padrão

de

  refrigeração

  a ar, nós

  vamos realizar

  o

  processo

  de

  expansão numa turbina

  e

  este  ciclo está

esquematicamente mostrado na Fig.  11.36. Note  qu e  este ciclo  de  refrigeração  é  essencialmente o

inverso do  ciclo Brayton.

Após

  a

  compressão

 de l a 2, o ar é

  resfriado

 em

  consequência

 da

  transferência

 de

  calor

  ao

meio envolvente

  a

  temperatura

  T

0

).

 O ar é

  então expandido,

  no

  processo 3-4,

  até a

 pressão

  de

entrada do  compressor  e a temp eratura  cai para T4  na  turbina expansor). Calor pode, então, ser

transferido ao ar até que se

 atinja

 a

 temperatura TL.

 O

  trabalho, para esse ciclo,

  é

  representado pela

área 1-2-3-4-1 e o efeito  frigorífico  é  representado pela área 4-l-b-a-4. O  coeficiente de eficácia é

a

 relação

 entre estas  duas áreas.

Uma

  versão aberta deste ciclo

  tem

  sido utilizada para

 o

 resfriamento

  de

  aviões.

  A

 Fig.  11.37

mostra

  um

  esquema deste ciclo.

  O ar

  frio,  obtido

  na

  seção

  de

  descarga

  da

  turbina,

  é.

  soprado

diretamente na cabine e assim proporcionando o efeito de resfriamento.

É

  possível obter temperaturas muito baixas

  se

  incorporarmos trocadores

  de

  calor contra-

corrente no

  ciclo. Procedendo deste modo

  nó s

  obtemos

  o

  ciclo básico utilizado

  na s

  usinas

  de

liquefação  de ar a  baixa pressão  e em   outros dispositivos  de  liquefação  de  fluidos  tal como  o

aparelho  de  Collins utilizado para liquefação  de  hélio).  O  ciclo ideal, nesse caso,  é  mostrado  na

Fig.  11.38.  É evidente que a  turbina  opera a  temperaturas muito baixas  e isto cria

 problemas

significativos ao projetista destes equipamentos. Assim, a escolha do sistema de lubrificação e dos

materiais é

 fundamental para

 a operação

 segura

 destas

  turbinas.

Ar  para a

cabine

Ar  atmosférico

Figura 11.37  —  Ciclo de

refrigeração  a ar utilizado

no resfriamento  de  aviões.

Exemplo

 

Considere

 

0,lMPae

l . O c

2. A

 

Para 

calor  espec

permanent

exemplo é

Volume de

Estado de

Estado de

Análise:

 

Segunda le

Portanto,

Solução:

Volume  de

Estado

  de 

Estado

 de

Análise:

 

Segunda

  l

Assim,

Solução:

©

Figura 11 38  —

 Ciclo

de  refrigeração  a ar com

trocador de calor.

Volume d

Estado  de

 

Estado de

Análise:

 

Page 45: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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  iclos

 Motores

 e  ê

Exemplo 11 15

Considere o ciclo  - padrão  a ar de refrigeração simples  da Fig.

  11.36.

 O ar  entra no compressor a

0,1 MPa e -20 °C e o deixa a 0,5 MPa. Sabendo que o ar entra na turbina a 15 °C, determine:

1.  O

 coeficiente

 de

 eficác ia desse ciclo;

2. A descarga de ar no compressor para fornecer l kW de refrigeração.

Para cada volume de controle neste exemplo, o modelo para o ar é o de gás perfeito com

calor específico constante  e avaliado a 300 K.  Vamos admitir que cada  processo ocorre  em  regime

permane nte e que não apresentam variações de energia cinética ou potencial. O diagrama para esse

exemplo

 é o da

  Fig. 11.36.

Volume

 de

 controle:   Compressor.

Estado d e entrada:

 p{,

  }  conhecidas; estado determinado.

Estado de saída:

  p

  conhecido.

Análise:  Primeira lei da termodinâm ica: |i

Segunda

 lei da termodinâmica:

  s

t

  =

  s 

Portanto,

2  _

Solução:

 

F2=401,2K

=

 h

2

 h

} =

 c

  r

2

-Tj= 1,004(401,2-253,2)= 148,5 kJ/kg

Volume de  controle:  Turbina.

Estado d e entrada:  p3  = p2)  conhecida,  T3 conhecida; estado determinado.

Estado  de saída:  p4

  =p

t

)

 conhecida.

Análise:  Primeira lei:  wt  =  h3

  -

  A  

Segunda lei:

  J

3

  =

  s4

Assim,

  t-i)

Solução:

=° 2 8 6 = 1,5845

f 4 = 1 8 1 , 9 K

,

 =

 hí h4  =1,004(288,2-181,9)=  106,7 kJ/kg

Volume de

  controle: Trocador

  de

 calor

 a

 alta temperatura.

Estado de entrada: Estado 2 conhecido acima).

Estado  de  saída: Estado 3 conhecido acima).

Análise:  Primeira lei:  \qa  =h2-h3  calor rejeitado)

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7/17/2019 Termodinâmica

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35€  -- amemos

 da Termodinâmca

S o l u ç ã o :

q

H  =

 h2-h =

 c

  T

2

 -J

3

)=

 1,004(401,2-288,2) =  113,4 kJ/kg

Volume de controle: Trocador  de

 calor

 a baixa  temperatura.

Estado de entrada: Estado 4 conhecido.

Estado

 de

 saída: Estado

  l

  conhecido.

Análise:  Primeira lei:

  qL=hl—h4

Solução:

qL = h h^=cp (r, -T4)

 =

 1,004(253,2-l81,9) = 71,6 kJ/kg

por tanto ,

 líq

 

w

t

 =

 148,5-106,7

 =

 41,8

 kJ/kg

/?=

71,6

41,8

= 1,713

Para se obter uma capacid ade de refrigeraçã o de l kW,

m =

 Q-

 =  =

 0,014

  kg/s

q ,_

  71,6

11 23 Ciclos Combinados  de Potência  e de  Refrigeração

Existem

  muitas situações onde é desejável combinar dois ciclos, tanto os de potência como

o s

  de  refr igeração ,  em série. Por exemplo: estes ciclos são muito utilizados quando a diferença

entre as

 temperaturas máxima

  e

  mínima

  do

 ciclo

 é

  grande

  o u

  quando

  se

 deseja recuperar calor

nu m  processo

  (o

  objetivo desta operação

  é

  aumentar

  a

  eficiência térmica

  do

  processo).

  A

  Fig.

11.39

 mo stra um ciclo co mbinado de potência , conhecido como c iclo binár io , que opera com um

circuito  de  água  e  outro  de  mercúrio.  A  vantagem  desta

 associação

 é que o  mercúrio  apresenta

pressões

  de vapor menores do que as da água e ass im é poss íve l que o processo de mudança de

fase

 do  mercúrio ocorra numa temperatura alta, mais  alta que a  crítica  da  água,  e n u m a

 pressão

moderada.

  O

  condensador

  de

  mercúrio

  se

  comporta como

  u m

  reservatório térmico para

  o

  ciclo

d'água. Assim

 os

 dois

 ciclos são casados pela escolha correia das

 variáveis

  operacionais e o ciclo

combinado pode apresentar alta eficiência térmica. As pressões de saturação e as temperaturas

para  u m

 ciclo

  combinado  água-mercúrio  típico estão mostradas  no diagrama

  T-s

  apresentado  na

Fig. 11.39.

Um ou tro

 tipo

 de

 ciclo

 com binado,  que tem recebido muita atenção ultimamente,  é o  baseado

na

 uti l ização do ca lor perdido na exaustão da turbina a gás do c iclo Brayton (ou de outro mo tor ,

como   o Diesel)  como fonte térmica para  u m ciclo  de

 potência

 a vapor d'água  o u d e  outro f lu ido.

Assim,

 o

 cic lo

 a

  vapor opera

 com um

 ciclo

 de

  bottoming

do

 ciclo

 d e

 potência

 a gás e

 isto

 é  feito

Superaquecedor   de   vapor

d água   e  caldeira   de   mercúr io

1 0 k P a

Bomba

Figura  11 39 — Cic lo co mbinado águ a - mercúr io .

Figura 

combina

para aproveita

por uma

  tu rb i

combinação ,

 

processos

  de

vapor

  gerado.

seja: deve-se

 

sem que se ten

esteja  comple

Outro

 m

ciclo d e potên

desta aplicaç ã

ciclo

  de

 potên

altas

  pois

  as

projeto critério

Ciclos co

meio

 e a do es

chamada

 de c

o

  ambiente

 é o

refrigerante R

ut i l izado

  porq

baixa têrnpêrã

de

  f lu idos  dê ~

para o timizar

N ós

 desc

muitas outras 

tadas nos

 exer

Resumo

Nós   ap r

refrigeração.

 

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7/17/2019 Termodinâmica

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Ciclos Motores

  e

  ~e

  e~

  Sala

  P ?

Figura

 11 40

 — Ciclo de potência

combinado  Br ayton/ Rankine .

Líquido sa:_ =ic

de

  R 22

 a   4 C = C

Trocador  de  calo r isolado

Líquido saturado

de  R-23a-10°C

Válvula

Vapor saturado

de  R 23 a -80°C

Evaporador

A

  Câmara fr ia

Figura 11 41

  —Ciclo

 de refrigeração

combinado e m  cascata .

para aproveitar

  o

 alto rendim ento térmico

  do

 ciclo combinado.

  Um a

  destas combinações, composta

po r  uma turbina a gás e um ciclo a vapor do tipo Rankine, está mostrada na Fig. 11.40. Nesta

combinação, o resfriamento dos gases de exaustão da turbina a gás é a fonte de energia para o

processos

 de  transferência  de

 calor

 com  mudança  de  fase

  ebulição)

  e de

  superaquecimento

 do

vapor gerado. O projeto destas instalações deve ser  feito  de modo a evitar o ponto de pinça, ou

seja:

  deve-se evitar que a temperatura dos gases

  atinja

  a temperatura de mud ança de fase  do vapor

sem que se tenha tra nsferido a quantida de de energia necessária para que o processo de evaporação

esteja completo.

Outro  modo de utilizar o calor perdido na exaustão do ciclo Bra yton é a instalação de um

ciclo de potência que opera com uma m istura de substân cias como  fluido  de trabalho. Um exemplo

desta

 aplicação é o ciclo Kalina que

 utiliza

 uma mistura  água-amônia como fluido de  trabalho num

ciclo

  de

  potência

  do

  tipo Rankine. Esta combinação

  de

  ciclos pode apresentar

  eficiências

  muito

altas pois as diferenças de temperatura entre os dois

  fluidos

  podem ser controladas através do

projeto

 criterioso  do  ciclo combinado.

Ciclos combina dos de refrigeração são utilizado s quand o a diferença entre as tempera turas do

meio  e a do espaço refr igerado é grande. A  Fig.

  11.41

 mostra  um a  combinação  que  normalmente é

chamada de cascata. Neste caso apresentado, o refrigerante utilizado no ciclo que rejeita calor para

o

 ambiente

  é o

 R-22

 e a

 transferência

  de

 calor

 no

 evaporador deste ciclo

 é

 devida

 a

 condensação

 do

refrigerante  R-23 que escoa no ciclo de baixa temperatura.

  E s t es eJmi d j ^ j lu j i o _d e

  Jrabalho  é

uti lizado porque apresenta propriedades termodinâmicas adequadas para o funcionam ento em

baixa

  te m p e r a tu r a .

  Como no caso de combinação dos ciclos de potência, a determinação dos tipos

de fluidos dFtrabalho  e das características de projeto precisam ser considera das cuida dosa me nte

para otimizar

  o

  desempenho

  de

 cada ciclo.

Nós descrevemos somente uma pequeno número de ciclos combinados. Obviamente existem

muitas outras combinações

  de

  ciclos

  de

  potência

  e de

  refrigeração

  e

  algumas

 delas

  serão apresen-

tadas nos exercícios referentes a este capítulo.

Resumo

Nós apresentamos nesse Capítulo vários ciclos utilizados na geração de potência e de

refrigeração.

  Nós discu timos primeiro os ciclos de potência, ou m áquin as térmicas, estacion árias e

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7/17/2019 Termodinâmica

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  58  fundamentos da

  ermodinâmica

m ó v e i s .  O ciclo de

  Rankine,

  e

  suas

  variações, são muito uti lizados nas centrais termoelétricas a

vapor .  O calor fornecido ao ciclo pode ser obtido na combustão de um combustível  fóssil  , num

reator nuclear, num coletor solar ou em qualquer outra fonte de calor que ope re num a tem peratura

suficientemente   alta para evaporar a água a alta pressão. Quando a temperatura da fonte de calor é

baixa,  ou muito alta, outras substâncias podem ser uti lizadas como  fluido  de trabalho em vez da

água.

  Nós analisamos várias modificações do ciclo básico como a instalação de reaquecedores,

utilização

  de preaquecedores de mis tura ou de superf íc ie . Nós também mostramos algumas

instalações onde

 a

 e letricidade

 é

  cogerada

 com o

 vapor

 de

 processo.

As turbinas  a gás  operam   co m o ciclo Brayton. Esses equipam entos podem   se r uti lizados na

geração de eletricidade e tam bém são utilizados nos motores a jato. As turbi nas a gás são leves ,

apresentam potências altas e ocupam volum e relat ivam ente peque no. Ass im, são equipam entos

indicados para  as   aplicações onde  o  espaço  e o  pe so  são   restrições importantes.  O  trabalho

consumido

  no compressor uti lizado no ciclo é significativo. Deste modo, a eficiência do compres-

sor

  influi

  mui to no rendimento desse c iclo. Nós também mostramos os efe i tos das inclusões de

regeneradores e resfr iadores in termediár ios no com portamento do c iclo de Brayton.

Os ciclos Otto  e Diesel  são os  ciclos padrão  do s m otores  qu e operam  c om  conjuntos  cilindro

  pistão. Esses  ciclos  modelam   a  operação  dos  motores  a  gasolina  e diesel de dois  ou  quatro

tempos. Nós mostramos a influência da relação de compressão sobre a eficiência térmica. Nesta

demonstração

  nós adm itimos que as propr iedades dos gases que ocupam o inter ior do m otor são

iguais àquelas do ar frio. A pressão média efe t iva  fo i definida  e uti lizada para relacionar o tam anho

do motor com a potência

 produzida.

  Nós

  também

  apresentamos rapidamente o ciclo de Stirling

qu e

  é u m

 exemplo

 de

 m otor

  co m

 combus tão externa.

O ciclo de refrigeração por compressão de vapor foi analisado detalhadamente neste

Capítulo. Esse tipo

  de

 ciclo

 é

  utilizado

 nos

 refrigeradores, aparelhos

  de ar

 condicionado

  e

 bombas

de calor domésticas e comerciais . Nós também  apresentamos o ciclo de re frigeração  por absorção

de am ónia e o ciclo padrão de refrigeração a ar.

Nós terminamos

  a

  apresentação

  do

  material sobre ciclos

  de

  potência

  e de

  refrigeração

  co m

um a

  descrição curta do s  ciclos combinados. O s ciclos  em  cascata  são uti lizados quando a di ferença

entre as temperaturas das fontes quente e

  fria

  é significativa e a combinação de diferentes tipos de

ciclos pode

  ser

  interessante

  em

  várias si tuações.

  Po r

  exemplo, existem várias instalações

estacionárias,

  e de

 grande porte, onde

  um

 ciclo

  de

 Rankine

 é

 acionado

 co m a

 energia rejeitada

 p or

um ciclo de Brayton.

Após es tudar

 o

 material de ste capítulo você deve

  ser

 capaz

 d e :

•  Analisar o funcionam ento dos vár ios equipamentos , e di spos i t ivos , que compões os ciclos

de geração de p otência e de refrigeração com as leis da term odinâm ica.

  Conhecer

 os

 fundame ntos

 da

 operação

 dos

 equipamentos

 e

 dispositivos utilizados

 nos

 ciclos

de potência.

•  Entender como os refrigeradores  e bombas de calor s imples operam .

•  Reconhecer que a maioria dos  componentes dos ciclos não operam  de modo ideal.

  Reconhecer

  que os

 rendimentos

  e os

 coeficientes

 de

  eficácia

  dos

 ciclos  reais

  são

  menores

do que os equivalentes revers ívei s .

•  Conhecer quais são os parâmetros im portantes de cada ciclo.

  Conhecer qual

 é o

 imp acto

 da

 eficiência

 do

 com ponen te

 na

 e ficiência

 ou no

 coeficiente

 de

eficácia  do ciclo global.

 Reconhecer

 que o

 arranjo

 da

 maioria

 dos

 ciclos reais

 não é o

 básico.

  Saber como

 a

 operação

  dos

 ciclos

  afeta o

 m eio am biente .

  Identif icar  quais ciclos podem

 ser

 combinados p ara atingir

 um

 objetivo.

  onceito

  iclo de

Aqueced

Aqueced

Deareado

Cogeraçã

  iclo de 

Relação 

Regenera

Trocador

intercool

Motor  a j

Em pu x o

Potência 

iclos em M

Relação  d

Volume  

Curso

Pressão

  m

Potência 

  iclo

 de Ref

Coeficient

PRO L

Page 49: Termodinâmica

7/17/2019 Termodinâmica

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C i c l o s M o t o r e s

 e

 ;e

 -^;~

 :;•;

 i r :

Conceitos e Equações Principais

Ciclo de Rankine

Aquecedor de mistura

Aquecedor de   superfície

Deareador

Cogeração

Ciclo de rayton

Relação de compressão

Regener a do r

Trocador

 de

 calor  intermediário

  intercooler)

M o t o r a j ato

Empuxo

Potência

  de

  propulsão

Ciclos em M áquinas  com Pistão

Relação de compressão

Volume deslocado

C u r s o

Pressão média efetiva

Potência

 gerada num

 cilindro

Ciclo de Refrigeração

Coef ic ien te de

  eficácia

Promove a mistura de água l íquida comp rimida com vapor

extraído da turbina. A água deixa o aquecedor como

  l íquido

saturado.

Pré-aquece o   fluido  de t raba lho do ciclo co m vapor ext ra ído

da turbina.

Aquecedor de mistura que opera  a/ >

at m

 e é uti l izado para

promover a ret irada do ar presente no

  fluido

  de trabalho.

 

ciclo é

  utilizado para

 produzir, ao

 mesmo tempo,

 vapor

de processo e po tência.

rP  = . P a i i a  Maixa  re lação ent re pressões )

Trocador de ca lor ut i l izado para minimizar a energia

rejei tada

  no a mbi en te .

Utilizado no resfriamento entre estágios de compressão.

Diminui

  o

 t rabalho nec essár io para

  a

  compressão .

Não produz t raba lho  l íquido. O bocal de descarga é uti l izado

para maximizar a energia ciné tica do escoamento .

F

 = m

  Vj - Me

)

  equação da quantidade de mo vi men t o )

r

v  = RC = F

max

/F

mm  relação entre volumes)

A F =

 F

max -

  F

mm  = w vmax -

 v

m m

)

 = S

 4

ilmdro  um cilindro)

S = 2Rman

  curso do pistão na compressão e expansão.

  ~

l\v

—  v ) —  PF  / F  —  F )

jr  me f  l iq /  V   ma x  m m /

  li q

  V

  ma x

  min/

RPM

W

60

  x por 0,5 se o motor for de 4

 tempos)

  L ÍÍ .

 Ref ~

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