Terapia de Higiene Brônquica: ASPIRAÇÃO PROF a: Ms.Priscilla Indianara Di Paula Pinto.
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Transcript of Terapia de Higiene Brônquica: ASPIRAÇÃO PROF a: Ms.Priscilla Indianara Di Paula Pinto.
ASPIRAÇÃO Componente complementar da terapia de
higiene brônquica, sendo realizada via nasotraqueal (no caso de pacientes sem via aérea artificial) e via endotraqueal (no caso de pacientes intubados ou traqueostomizados);
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL INDICAÇÃO:
Está indicada no caso do paciente não conseguir eliminar a secreção ou, após o esforço máximo de tosse, permanecer evidência de presença de secreções na via aérea.
CONTRA-INDICAÇÃO: Sangramento nasal; Coagulopatia; Trauma agudo de face; Lesão cervical; Laringoespasmo e broncoespamo; Via aérea irritável.
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL
COMPLICAÇÕES: Trauma mecânico da via aérea; Hipóxia/hipoxemia; Arritmias cardíacas; Bradicardia; ↑ PA; Parada respiratória; Vômitos; Laringoespasmo e broncoespamo; ↑ PIC.
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL
É importante que os seguintes parâmetros sejam monitorizados: ECG; Oximetria de pulso; PIC; Sons pulmonares; Coloração da pele; Presença de sangramentos.
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL
TÉCNICA: Avisar e explicar o procedimento ao paciente,
caso ele tenha nível de compreensão; Preferencialmente, executar em leito elevado,
pois no caso de episódio de vômito, evita-se que ocorra aspiração do conteúdo gástrico para o pulmão;
Promover, quando possível, hiperextensão da coluna cervical;
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL
Escolher sonda traqueal de tamanho adequado. Dar preferência a menores calibres (nº 8 ou 10) para que não ocorram lesões da mucosa nasal;
Executar procedimento estéril (luvas, sonda e soro fisiológico). Pode-se utilizar xilocaína estéril na ponta da sonda, para diminuir a dor e facilitar o deslocamento da sonda na via aérea do paciente;
Introduzir a sonda em sentido anatômico, lentamente, sem aspirar (acotovelada);
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL
O acesso correto até a traquéia é detectado quando o indivíduo inicia a tosse;
Abrir a aspiração (pressão negativa – vácuo) quando o paciente iniciar a tosse, retirando a sonda aberta, cuidadosamente para evitar lesões e em movimentos circulares;
O paciente deve receber incremento de oxigênio antes do procedimento e após cada aspiração, para evitar ao máximo quedas na saturação de oxigênio;
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL
Nos intervalos entre as aspirações deve-se respeitar a recuperação da saturação, a freqüência cardíaca e o desconforto excessivo do paciente;
A técnica deve ser realizada até a limpeza ou o alívio do acúmulo de secreção traqueal;
Após realizada a técnica nasotraqueal, a aspiração da boca pode ser realizada (oral);
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL
OBSERVAÇÕES: A aspiração orotraqueal pode ser realizada no
caso de pacientes sem via de acesso artificial em traquéia e com a impossibilidade de acesso nasotraqueal, como nos seguintes casos:
Desvio de septo nasal; Cirurgias nasais; Lesão de mucosa nasal;
OBS: para facilitar esse tipo de acesso, pode-se utilizar uma cânula de Guedel.
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL
No caso de pacientes em uso de ventilação artificial, recomeda-se aumentar a FiO2 um minuto antes do procedimento e mantê-la durante a aspiração, prevenindo-se, desta maneira, redução significativa de oxigenação;
A aspiração da via aérea causa dano ao epitélio traqueal, que pode ser minimizado pela escolha apropriada do cateter (12 FG em adultos);
O cateter deve ser inserido durante a fase inspiratória, e quando passa para dentro da traquéia, estimula tosse vigorosa;
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL
Os adultos que se encontram na posição sentada podem ser aspirados nessa posição, mas pacientes comatosos ou imobilizados devem ser aspirados em decúbito lateral para evitar a possibilidade de aspiração se ocorrer vômito;
ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL
ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL Aspiração de secreções no interior da via aérea
artificial; A sonda de aspiração usada deve ter menos da
metade do diâmetro do tubo endotraqueal; A pressão do vácuo deverá ser tão baixa quanto
possível (60-150mmHg); A aspiração nunca deverá ser rotineira e sim
realizada somente quando houver indicação;
INDICAÇÕES: Inabilidade de tossir efetivamente; Rolhas de secreção; Avaliar a desobstrução do tubo.
CONTRA-INDICAÇÕES: Hemoptise evidente; Broncoespasmo grave; Pneumotórax não-drenado; Sistema cardiovascular comprometido.
ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL
RISCOS DA ASPIRAÇÃO: Trauma da mucosa (reduzido pelo uso de sonda
não traumática); Arritmias cardíacas; Hipóxia/hipoxemia (pela interrupção da
ventilação, broncoespasmo reflexo e remoção da oferta de oxigênio);
PIC ↑
ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL
TÉCNICA: Deverá ser tão estéril e limpa quanto for a política de
controle de infecção hospitalar; Antes da aspiração uma explanação do procedimento é
dada ao paciente e então providencia-se o material; A pré e pós oxigenação pode ser usada quando
necessária; Na maioria dos pacientes, a profundidade de inserção da
sonda é aquela que seja suficiente para provocar o reflexo da tosse;
ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL
No paciente paralisado, a inserção deve ser feita com grande cuidado;
Uma vez que a extremidade final seja alcançada (por exemplo, mucosa), a sonda deve ser retirada 1 cm antes de ser iniciada a aspiração para prevenir a invaginação da mucosa e trauma;
A duração, em adultos, deverá ser limitada a 10-15 segundos;
ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL
A aspiração deverá ser mantida enquanto se move a sonda;
Uma solução salina pode ser usada como uma ajuda na aspiração (5ml aproximadamente).
ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL
ASPIRAÇÃO DA VIA AÉREA EM LACTENTES E CRIANÇAS Nestes casos, alguns pontos particulares
devem ser observados: A pré-oxigenação geralmente é necessária, mas deve ser
tomados cuidados no lactente pré-termo para evitar hiperóxia (risco de retinopatia);
Os lactentes tem particular risco de infecção, dever redobrar os cuidados com higiene;
A pressão do vácuo não deve ser excessiva, mas suficientemente forte para puxar secreções nos cateteres de diâmetro muito estreito (75-150mmHg);
Os cateteres mais comumente usados são 6 e 8 FG (French gauge). Tamanhos inferiores são ineficazes na aspiração de secreções viscosas;
Os diluentes e mucolíticos (solução salina) de 0,5 (lactente pré-termo) a 5ml podem ser usados para intensificar a clearance das secreções, mas nunca devem ser usados rotineiramente;
ASPIRAÇÃO DA VIA AÉREA EM LACTENTES E CRIANÇAS
Os cateteres de aspiração não devem ser passados além de 1 cm abaixo da extremidade do tudo endotraqueal, para evitar risco de perfuração brônquica;
A criança não-intubada que requer aspiração, deve ser envolvida num cobertor ou segurada firmemente por um assistente para evitar que ela se debata desnecessariamente;
A criança deve estar posicionada em decúbito lateral para evitar risco de aspiração do conteúdo gástrico;
ASPIRAÇÃO DA VIA AÉREA EM LACTENTES E CRIANÇAS
A oxigenação suplementar deve estar disponível;
A aspiração nasofaríngea deve ser evitada se a criança tiver estridor ou tiver sido extubada recentemente, pois pode precipitar laringoespasmo.
ASPIRAÇÃO DA VIA AÉREA EM LACTENTES E CRIANÇAS
REFERÊNCIAS SUGERIDAS PARA ESTUDO:
GAMBAROTO, Gilberto. Fisioterapia Respiratória em Unidade de Terapia Intensiva. São Paulo: Atheneu, 2006.
PRYOR, Jennifer A.; WEBBER, Bárbara A. Fisioterapia para problemas respiratórios e cardíacos. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
SCALAN, Craig; WILKINS, Robert; e colaboradores. Fundamentos da Terapia Respiratória de EGAN. 7. ed. São Paulo: Manole, 2000.