TEORIAS BÁSICAS DA MEDICINA TRAD CHINESA

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    TEORIASBSICAS DA

    MEDICINATRADICIONAL

    CHINESA

    ACUPUNTURA BIOENERGTICAElaborado por: Analyce Claudino

    CIEPH

    Centro de Estudos e Pesquisas do Homem

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    I. INCIO E HISTRIA

    Acus = agulha

    Puntura = picada

    Moxa = artemsia vulgaris (fitoterpico) Busto = queima

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    A ARTE DASAGULHAS E DAS

    MOXASConhecida pelos Jesutas -

    China no incio do sculo XVII

    Comeou a ser ensinada noocidente no incio do sculoXX por Souli de Morant.

    geralmente utilizadaconjuntamente com a

    moxabusto, da o nome maisadequado ser: Acupuntura e

    Moxabusto.

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    Acupuntura e moxabustoso parte integrante daMedicina Tradicional

    Chinesa (MTC), Outras tcnicas detratamento incluem:

    - fitoterapia,

    - auriculoterapia,- dietas,- chi kung e tai chi chuan

    - massagens, etc.

    uma das racionalidadesmdicas mais antigas domundo.

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    Clssico de Medicina Interna doImperador Amarelo

    O Neijing , ou Tratado Interno, um dosprimeiros textos de medicina de todo o mundo(idade aprox. de 2500 anos).

    Nele aparecem as primeiras indicaes sobre aacupuntura, o funcionamento cosmolgico do

    corpo, a natureza das energias, etc.

    A tradio chinesa costuma informar que aautoria do livro pertence ao mtico ImperadorAmarelo (Huangdi), mas sabe-se que era umcostume da poca atribuir a autoria de textosimportantes figuras histricas igualmentefamosas.

    O texto atualmente conhecido data da pocaHan, porm com certeza os contedos tratadosno livro so bem mais antigos do que aconfeco do prprio tratado, como indicam

    vestgios arqueolgicos da poca Zhou.

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    O Imperador Amarelo foi dotado de talentos divinos,nos tempos antigos em que nasceu: na primeirainfncia j sabia falar, muito jovem ainda era rpidode entendimento e sagacidade, em adulto foi sinceroe compreensivo e quando atingiu a perfeioascendeu ao Cu.

    Captulo 1 - Tratado sobre a verdade naturalnos tempos antigos

    Uma vez, o Imperador Amarelo dirigiu-se a Tien Shih, o mestre divinamenteinspirado, nos seguintes termos:

    Ouvi dizer que nos tempos antigos as pessoas viviam mais de um sculo e

    mesmo assim permaneciam ativas e no se tornavam decrpitas nas suasatividades. Hoje em dia, porm, as pessoas s vivem metade desses anos emesmo assim tomam-se decrpitas e dbeis. por que o Mundo muda degerao para gerao? Ou ser por que a espcie humana negligencia as leis daNatureza?

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    E Chi Po respondeu:

    Antigamente, essas pessoas que compreendiam oTao [o caminho do autodesenvolvimento]moldavam-se de acordo com o Yin e o Yang [osdois princpios da Natureza] e viviam em harmoniacom as artes da adivinhao.

    Havia temperana no comer e no beber. As suashoras de levantar e recolher eram regulares e nodesordenadas e ao acaso. Graas a isso, osantigos conservavam os seus corpos unidos ssuas almas, a fim de cumprirem por completo operodo de vida que lhes estava destinado,contando cem anos antes do passamento.

    Hoje em dia, as pessoas no so assim; utilizam ovinho como bebida e adotam a temeridade e anegligncia como comportamento habitual. Entramna cmara do amor em estado de embriaguez; aspaixes exaurem-lhes as foras vitais; o ardor dosdesejos malbarata-lhes a verdadeira essncia; noso hbeis na regulao da sua vitalidade.Devotam toda a ateno ao divertimento dos seusespritos, desviando-se assim das alegrias da longavida. Levantam-se e deitam-se sem regularidade.Por tais razes s chegam metade de cem anos

    e degeneram.

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    Gro Mestre Van Nghi

    Conta-se que um dos exemplares mais completos do Nei Jing erade posse do Dr. Van Nghi.

    O Gro-Mestre Nguyen Van Nghi nasceu em 1909 em Hanoi(Vietnam) e realizou seus estudos de medicina em seu pas natal e

    na China, continuando-os na Universidade de Marsella (Frana)onde veio a residir posteriormente.

    Se aprofundando na linguagem ocidental para tentar transmitir seuconhecimento de medicina chinesa, Van Nghi comea a ensinar eum de seus alunos foi o Dr. Carlos Nogueira Perez.

    Van Nghi ficou muito conhecido por traduzir clssicos antigos deuma maneira acessvel ao ocidental. Ele faleceu em 1999, naFrana.

    A partir dos ensinamentos de Van Nghi e do Dr. Carlos NogueiraPerez foi sistematizada a Acupuntura Bioenergtica.

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    Enquanto isso, na China

    Reabilitada a partir de 1949 pelo governo da Repblica Popular daChina, porm sofrendo expurgos na sua cosmologia (viso demundo, de homem, de sade-doena) e em certas prticas por nose coadunarem com o pensamento cientfico pretendido pelo regimecomunista chins. = Tradicional Chinese Medicine (praticada eexportada atualmente, na qual certos ensinamentos da medicinaclssica chinesa foram omitidos por serem considerados msticos,metafsicos ou supersticiosos e na qual a mistura com conceitosmdicos ocidentais muitas vezes fez perder sua natureza essencial).

    Essas lacunas, e a reserva de mercado que existe atualmente na China paraproteger o que resta da medicina chinesa e sua rentvel exportao de produtos econhecimentos, so preenchidas pelo conhecimento de grandes mestres comoVan Nghi e seus alunos que, fora da China, continuaram de posse de

    conhecimentos e clssicos milenares, transmitindo e dando desenvolvimento aesta tradio.

    Perseguida pelo governo de Chang Kai-Shekno comeo do sculo XX.

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    II. FUNDAMENTOS DASMEDICINAS ENERGTICAS

    melhor atuar no ainda nomanifesto e controlar o ainda no

    bagunado,

    porque rvore de tronco grossonasce de uma raiz capilar,

    torre de nove andares se levantacom terra acumulada

    e jornada de dez mil lguas comeaembaixo dos ps.

    (Tao Te King)

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    A acupuntura uma tcnica teraputica aparentementemuito simples, mas atrs dela se oculta uma formidvelestrutura lgica e filosfica.

    A MTC possui sua prpria anatomia, fisiologia, suaprpria noo de sade-doena, procedimentosdiagnsticos e teraputica; alm de uma viso de mundo(ou uma filosofia) subjacente a todas essas dimenses.

    um sistema que privilegia o cuidado preventivo emsade, e onde o paciente assume juntamente com oterapeuta a responsabilidade no processo de cura.

    A MTC um mtodo teraputico baseado em um enfoquebiolgico distinto do ocidental, pois parte do princpio deque existe uma substncia imaterial, invisvel para ns,que se chama energia (TChi ou Qi) e que a responsvel

    em primeira instncia de toda e qualquer mudanabiolgica.

    O ser humano um ncleo de energia organizado, regidopor leis universais, formando um todo indissolvel e inter-relacionado (microcosmo no macrocosmo).

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    Duas diferentescorrentes existentes

    na Medicina:1) A corrente Mecanicista

    Contempla o ser humano como uma meramquina formada pela soma de vriosmecanismos.

    Aceita a necessidade de estudar a causada enfermidade como sendo um agenteexgeno, ou externo ao indivduo.

    Defende a implantao de um mtodoindutivo de pesquisa e conhecimento,mediante o qual se recolhem casos dediferentes tipos e a partir da se procuramfazer generalizaes globais.

    Estes princpios levaram chamadaatualmente Medicina Analtica (Ocidental).

    A medicina Analtica se aprofundou noestudo das causas externas, o quepossibilitou uma especializao cada vezmais diversificada, j que o conhecimento

    das partes se pode estender at o infinito.

    2) A corrente Vitalista

    Considera as doenas como tendo origeminterna, e entende que as causas externasem sua maioria no podem agir sem queexistam certas predisposies no indivduo.

    Trabalha sob o mtodo dedutivo, ou seja:parte do princpio de que existe umaenergia e uma organizao energtica, e apartir destas leis se efetuam dedues.

    Estes princpios do origem chamadaMedicina Sinttica (Por exemplo: Medicina

    Ayurvdica e MTC), em oposio Analtica

    Na medicina Sinttica se negam osparcelamentos, considerando o ser comoum todo integrado e no uma mquina feitade diferentes peas. E a partir desseentendimento que ela permite estabelecer

    relaes entre causas e sintomasaparentemente sem nenhuma conexo.

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    Por isso em MTC o diagnstico e o tratamento so baseados numa anlise global desinais e sintomas

    Essa anlise global envolve: observao, ausculta e olfao, interrogatrio, tomadade pulso e palpao.

    luz das teorias da MTC possvel ter uma boa idia de: causa, natureza,localizao de uma doena, relao entre os fatores patognicos e a energia vital;sumariando-as em uma sndrome (Zheng) de determinada natureza a partir da qualser possvel determinar o mtodo teraputico correspondente.

    Esta compreenso da MTC implica que:

    - Podemos tratar sintomas semelhantes com tratamentos diferentes - SNDROMESDIFERENTES TRATADAS DE MANEIRAS DIFERENTES

    - Podemos tratar diferentes sintomas (que tm a mesma sndrome em natureza) comum mesmo tratamento (mesmo mtodo) - SNDROMES IGUAIS TRATADAS DEMANEIRA SEMELHANTE.

    Tudo isso porque estaremos focados menos na DOENA e mais no DOENTE, ouseja, mais na pessoa do que nos sintomas, sendo que estes so como pistas paradesvendarmos o desequilbrio energtico global.

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    Crise x Oportunidade De acordo com a OMS (Organizao Mundial da Sade), a partir da segunda metade do sculo XX, a

    sade passou a ser definida como resultante de um bem-estar fsico, mental, social e espiritual, e noapenas a ausncia de doena.

    Este conceito mais amplo veio impulsionar novas prticas teraputicas, e tambm estimulou o interesseem conhecimentos e tcnicas de eficcia comprovada existentes na medicina oriental e na medicinapopular.

    Atualmente os recursos da medicina popular e tradicional, entre elas a Medicina Tradicional Chinesa,so formalmente recomendadas pela OMS.

    Os praticantes dessas medicinas so reconhecidos como importantes aliados na organizao eimplementao de medidas para aprimorar a sade da comunidade, tanto que progressivamenteesto sendo tomadas medidas legais que assegurem a insero mais ampla destes profissionais noSUS, principalmente na rea da Acupuntura.

    A medicina ocidental, baseada em alta tecnologia hospitalar e farmacutica, torna-se cada vez maisonerosa para a sociedade, o que impede sua oferta democrtica e contribui para uma falha crescenteno setor. Apesar de toda a alta tecnologia e especializao, a medicina ocidental atravessa uma crise

    profunda que se verifica na sua incapacidade de dar conta das necessidades de sade da populaoem geral.

    Os paradigmas e tcnicas da Acupuntura e da MTC compartilham da lgica da OMS que pretendebuscar cada vez mais um sistema de sade baseado em tecnologia simplificada, com resgate daresponsabilidade de cuidado da sade pelo prprio indivduo.

    Compartilham tambm do conceito que define o homem numa dimenso ampla, incluindo alm do meio

    fsico, tambm seu meio psicolgico-sociocultural e at sua dimenso espiritual. Neste sentido vem aoencontro das necessidades e demandas da populao e do momento atual.

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    III. GRANDES AXIOMAS DASTERAPIAS ENERGTICAS

    AXIOMA: proposio que se admite como verdadeira porque dela se podemdeduzir as proposies de uma teoria ou de um sistema lgico ou

    matemtico

    No h enfermidades, h enfermos A doena uma vez instaurada leva a um processo evolutivo que, por seguir

    leis pr-estabelecidas, se pode determinar ou prever A acupuntura se baseia na existncia da energia como fonte integradora e

    reguladora de toda forma fsico-qumica A doena no tem nome, um estado de desequilbrio energtico que pode

    se manifestar por uma carncia ou por um excesso (sndromes de plenitudee vazio ou Shi Xu)

    O desequilbrio energtico, que sempre a causa etiolgica primria dequalquer manifestao patolgica fsica, se manifesta atravs de umasintomatologia perfeitamente definida de cujo conhecimento depender emgrande parte o xito do tratamento e a preveno

    O homem um ser bipolar alternante, e como tudo no universo estaalternncia entre positivo e negativo, yang e yin, de uma maneiraharmnica permite a vibrao, o movimento, a mutao permanente econtnua, o que o mesmo que dizer: a vida.

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    IV. CONCEITO DE ENERGIA (TChi)

    Ideograma geralmente usado para simbolizar oTChi: tem o significado de respirar, ou ar.

    Outro significado seria o de um gro de arrozsendo cozido, com seu vapor subindo para ocu. O arroz simboliza o elemento material, Yin;e o vapor como algo intangvel, que sobe para ocu Yang.

    Este ideograma representa um recipiente sobre ofogo, como uma panela na qual est fervendo

    gua sobre uma chama. Este ideograma idealpara representar o TChi, j que assim como agua ele pode estar em vrios estados. umametfora da transformao poderosa que o TChipode sofrer.

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    Ou seja, o TChi um conceito queprocura descrever mltiplos

    processos de oscilao.

    Podemos dizer que tudo o que existe no universo,orgnico e inorgnico, composto e definido por seuTChi, que pode ser pensado como matria a ponto dese tornar energia ou como energia a ponto de se tornarmatria. S que para os chineses essa questoconceitual no se coloca; o TChi percebidofuncionalmente pelo que faz.

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    TChi no uma substncia, nem possui o significadopuramente quantitativo do nosso conceito cientfico deenergia. usado na medicina chinesa de maneira muitosutil, para descrever os diversos padres de fluxo e

    flutuao no organismo humano, bem como ascontnuas trocas entre o organismo e seu meioambiente. TChi no se refere ao fluxo de algumasubstncia em particular, mas parece representar o

    princpio do fluxo como tal, que, na concepo chinesa,

    sempre cclico.

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    Energia no uma substncia, no visvel ouinvisvel. A definio que eu considero mais adequada que energia uma medida de transformao, que pode

    ser aplicada ao movimento, luz, ao som, ao

    magnetismo, s reaes qumicas (como a digesto dealimentos ou a queima de gasolina), enfim, a qualquerprocesso natural que envolva alguma mudana ou apossibilidade de uma mudana. (...) Durante o sculoXIX ficou claro que a energia tem uma propriedade

    fundamental: a sua conservao. Energia no pode sercriada ou destruda, apenas transformada. Em qualquerprocesso natural a quantidade total de energia a

    mesma antes e depois, mesmo que ela tenha setransformado completamente. (...) Esta viso de

    perptua transformao na natureza , a meu ver,profundamente bela. Tudo o que observamos, e mesmoo que invisvel aos nossos olhos e sentidos, reflete, dealguma forma, uma transformao de energia. (Marcelo

    Gleiser)

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    O visvel e o invisvel, so diferentes aspectos de manifestao doTChi. A energia uma e mltipla, em funo de suasmanifestaes. A estes opostos os chineses chamaram Yin Yang. somente atravs deles que conseguimos apreender e conhecer omundo:

    S temos conscincia do beloQuando conhecemos o feio.S temos conscincia do bomQuando conhecemos o mau

    Porquanto o Ser e o ExistirSe engendram mutuamenteO fcil e o difcil se completamO grande e o pequeno so complementaresO alto e o baixo formam um todoO som e o silncio formam a harmonia

    O passado e o futuro geram o tempo (...)(Tao Te Ching)

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    V. YIN YANG

    Pequeno Yang;Yang dentro do Yin;Princpio dadestruio e damudana

    Pequeno Yin;Yin dentro doYang;Princpio dadestruio e damudana

    Yang

    Yin

    Uma vez yin, uma vez Yang, eis o Tao.

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    Estes termos significamliteralmente: o lado da

    montanha que fica nasombra (Yin) e o lado damontanha que fica viradapara o sol (Yang).

    A montanha a mesma,mas possui as duas

    qualidades: claridade esombra / figura e fundo /positivo e negativo.

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    Yang contm o Yin,Yin contm o Yang.Cada um tem o seuoposto dentro de si. O

    oposto crescerlentamente at destruiro seu hspede: Yinhaver se

    transformado em Yange vice-versa.

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    A teoria Yin Yang pressupe:

    Oposio e interdependncia:todas as coisas e fenmenos nomundo natural contm os doiscomponentes opostos (Exemplo:fora/dentro, claro/escuro).

    Crescimento e desvanecimentorelativos: apesar de oporem-seum ao outro e dependerem umdo outro para sua existncia, noesto estagnados, mas numestado dinmico (Ex: dia e noite,

    variaes climticas). Transformao: se transformaroum no outro sob certascondies (Ex: o frio excessivoqueima).

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    O Yin e o Yangso como os lados diferentes masinseparveis de uma moeda, os plos de um magneto

    ou a pulsao e o intervalo em qualquer vibrao.

    No existe a possibilidade final de um dos dois ladosvencer o outro, pois assemelham-se mais a amantes

    em embate corporal do que inimigos em luta.

    Contudo, difcil, com a nossa lgica, perceber que ser eno-ser so mutuamente geradores, pois o

    incomensurvel e ilusrio terror do homem ocidentalest em que o nada seja o fim permanente do universo.

    difcil para ns, perceber que o vazio criativo, e que oser provm do no ser, assim como o som provm do

    silncio e a luz do espao.

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    Tao Te ChingO que imperfeito ser perfeito;O que curvo ser reto;O que vazio ser cheio;Onde h falta haver abundncia;Onde h plenitude haver vacuidade.

    Quando algo se dissolve, algo nasce

    S temos conscincia do beloQuando conhecemos o feio.S temos conscincia do bomQuando conhecemos o mauPorquanto o Ser e o ExistirSe engendram mutuamenteO fcil e o difcil se completamO grande e o pequeno so

    complementaresO alto e o baixo formam um todoO som e o silncio formam a

    harmoniaO passado e o futuro geram o tempo

    (...)

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    Comparativo Yin Yang

    YIN YANGTerra Cu

    Estabilidade Movimento

    Entrar / receber Sair / doar Noite Dia

    Frio Calor

    Negativo Positivo

    Denso Etreo

    Direita Esquerda

    Feminino Masculino

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    YIN YANG

    Interior Exterior

    Abdomen CostasEscuro Claro

    Pesado Leve

    Sangue (Xue) Energia (Qi)rgos Vsceras

    Passivo Ativo

    Cair Subir Turvo Lmpido

    Debilidade Fora

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    Na prpria origem do pensamento e sentimento chinsreside o princpio da polaridade, que no deve ser

    confundido com as idias de oposio ou conflito. Nasmetforas de outras culturas, a luz est em luta com aescurido, a vida com a morte, o bem com o mal e o

    positivo com o negativo e, assim, o idealismo de cultivar oprimeiro e livrar-se do ltimo floresce em grande parte do

    mundo. Para a forma tradicional do pensamento chins,isso to incompreensvel quanto a corrente eltrica sem

    os plos positivo e negativo, pois a polaridade o princpiode que positivo e negativo, norte e sul, constituemdiferentes aspectos de um mesmo sistema, e

    o desaparecimento de um dos dois implicariao desaparecimento do sistema.

    O que bom ou mau no Yin ou Yang, mas o equilbrio oudesequilbrio que podem existir entre eles.

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    O Tao

    A mudana, no ocorre como conseqncia dealguma fora, mas uma tendncia natural,

    inata em todas as coisas e situaes. Ouniverso est empenhado em um movimento e

    uma atividade incessantes, num contnuoprocesso csmico a que os chineses chamaram

    Tao o caminho

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    VI. SISTEMA ZANG FU ECANAIS DE ENERGIA

    A teoria do Yin Yang estincorporada em cadaaspecto do sistema terico

    da MTC. usada para explicar ostecidos e estruturas,fisiologia e patologia do

    corpo humano, e a dirigir odiagnstico clnico e otratamento.

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    Zang Fu = Unidades Energticas

    O homem pode ser considerado umtransformador de energia.

    Essa transformao, elaborao e circulaode energia no homem executada atravs

    da atividade combinada e harmnica dergos e vsceras (sistema zang-fu), canais

    e colaterais.

    Os rgos e vsceras so unidades de processamento que desempenham

    vrias tarefas.O nome idntico ao dos rgos ocidentais pode dar a noo errada decorrespondncia entre a noo oriental e ocidental, mas isso no acontecede fato.

    Por isso precisamos estar atentos para o fato de estarmos falando de um

    conjunto de atributos e funes e no exatamente do rgo anatmico.

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    Zang - rgosNos rgos tesouro, tambm denominados armazns, onde a energia

    fornecida pelas vsceras recepcionada, administrada e metabolizadapara a funo que lhe prpria.

    Os Zang regem a estrutura psico-fsica atravs da sua energia especfica -(Qi).

    Em relao com as vsceras tem funo de natureza Yin.

    So eles:

    Fgado (Gan)

    Corao (Xin)Mestre do Corao (Xin Bao)

    Bao-Pncreas (Pi)Pulmo (Fei)Rim (Shn)

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    Fu - VscerasSo as oficinas, onde se fabrica e cria a energia a partir de aportes externos.

    As vsceras tem a funo de:

    manter a homeostase com o meio,proteger o rgo acoplado do elemento climatolgico correspondente,

    degradar alimento egerar energia que vai aos rgos (zang).

    So em geral ocas e muito ativas.E por todas essas caractersticas so consideradas Yang.

    So elas:Vescula Biliar (Dan)

    Intestino Delgado (Xiao Chang)Triplo Aquecedor (Sanjiao)

    Estmago (Wei)Intestino Grosso (Da Chang)

    Bexiga (Pang Guang)

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    Mas o movimento no possvel sem a unioyin-yang, portanto a todo yang lhecorresponde um yin para que possa

    acontecer o movimento e a mutao.

    Assim os rgos e vsceras se combinam empares yin-yang, tambm chamados deacoplados (esposo-esposa):

    O Fgado se complementa com a Vescula BiliarO Corao com o Intestino Delgado

    O Mestre do Corao com o Triplo AquecedorO Bao-pncreas com o EstmagoO Pulmo com Intestino Grosso

    O Rim com a Bexiga

    Cada Zang e Fu tem ao longo do corpo humano trajetosenergticos aos quais regem e levam seu nome, so os

    Canais (ou Meridianos de energia) e os Colaterais.

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    Atravs do acoplamento yin-yang surgem osCinco Movimentos.

    A circulao energtica seguir a ordem de um a outro, deum Yin a um Yang que o complementa, e daqui a outro

    movimento, cumprindo os princpios de alternnciaenergtica.

    Quandoconseguirmoscompreender e

    interpretar aalternncia yin-yang

    na circulao, ateremos os dadosnecessrios paratentar estabelecer

    um equilbrio bsicoe primrio que nos

    permita umharmonioso fluirentre rgos e

    vsceras.

    O Nei Jing nosespecifica como

    primeiro princpio detratamento:

    Se a enfermidadepertence ao yang,

    tratar o yin.Se a enfermidadepertence ao yin,

    tratar o yang.

    Todas as situaespodem ser

    resumidas a este

    sistema dual.

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    VII. O HOMEM ENQUANTOTRANSFORMADOR DE ENERGIA

    O Homem responde ao Cu e Terra

    ele est sujeito s leis doTao

    , podendo ser considerado como ummicrocosmo inserido no macrocosmo.

    O homem possui unidade enquanto microcosmo: todas as partes oucomponentes do corpo humano so inseparveis de cada uma das outrasestruturas; relacionadas, subsidirias e condicionais umas s outras emfisiologia, e de determinada influncia umas com relao s outras em

    patologia.

    O homem possui unidade com o macrocosmo (a natureza, o meio em quevive): o homem vive na natureza e a tem como condio indispensvelpara a prpria vida, portanto, ele influenciado diretamente ouindiretamente pelos movimentos e mudanas da natureza (perodo do dia,condies geogrficas, clima, estaes, etc.) qual ele obrigado a darrespostas fisiolgicas e patolgicas correspondentes.

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    Atuando sobre os campos energticos podemos prevenir asalteraes bioqumicas consequentes a um desequilbrio depolaridades. A verdadeira cura de qualquer processo patolgicopassar pela regulao e harmonizao da energia humana

    Este o fundamento da teraputica por acupuntura, e de todas asmedicinas que consideram a energia como princpio integrador egerador de toda estrutura fsico-qumica.

    Acupuntura, homeopatiae tcnicas energticas

    Farmacopia e fitoterapia

    Medicina funcional efisioterapia

    Cirurgia

    Energtica

    Bioqumica

    Funcional

    Orgnica

    Evoluo daenfermidade

    PROPOSTA TERAPUTICA

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    VIII. AS ENERGIAS HUMANAS

    1) Energias do Cu Anterior (energias congnitas):

    So as que o indviduo j possui antes do nascimento e quedeterminam sua espcie e raa.

    a) Yuan (espcie, sopro, criao)

    Princpio criador anterior ao homem, responsvel pela grandemutao de matria inerte em matria viva. No ser humano, o que odifere de outras espcies seu Thn, ou seja, sua conscincia daexistncia, sua capacidade para o conhecimento e a comunicao

    (palavra). Mediante este tipo especfico de energia o homem produzuma srie de reaes bioqumicas que lhe permitem desenvolver ointelecto, a comunicao oral e a capacidade reflexiva sobre suaexistncia.

    b) Zh ( i fl i d i )

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    b) Zhong (raa, influncia do meio)

    Vitalidade intrnseca de cada indivduo, energia herdada dos ancestrais.Depende dos antepassados e do perodo de gestao.

    Em cada mitose que ocorre desde a unio do vulo e do espermatozide(yin-yang) se desprende um quantum de energia.Essa enorme quantidade de energia que vai sendo liberada forma os

    tecidos do cu anterior (medulas, crebro, glndulas).Essa energia vai ser armazenada no Ming Men, ou Rim Yang.

    EspermatozideYang

    vuloYin

    + -

    O TCHI Origem(O um)

    Bipolarizao (O dois)

    Dinamizao(O trs)

    Transformao

    (Os 10.000 seres)

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    Caractersticas da energiaancestral:

    acumulao no Rim Yang ou Ming Men (Porta da energia, ou Portada Vida)

    no renovvel circula nos Vasos Reguladores (ou Vasos Maravilhosos) possui 5 ciclos de gasto energtico (7 em 7 anos para mulheres, 8

    em 8 anos para os homens)Plenitude, estabilidade

    Mnimo de 7 ou 8 anos

    0Infncia

    7 ou 8Puberdade

    14 ou 16Adolescncia

    21 ou 24Juventude

    35 ou 40Maturidade

    42 ou 48Olhos e msculos

    70 ou 80Ouvido, ossos

    63 ou 72Olfato, pele, cabelo

    56 ou 64Paladar e tec.subcutneo

    49 ou 56Tato e artrias

    Evoluo Involuo

    Imortalidade

    17,5 / 20 anos

    Shen

    (desenvolv. emocional)

    Qi

    (desenvolv. Fsico)

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    Os imortais Existem histrias mticas sobre os Imortais, sbios que dominavam as

    artes da alquimia e da meditao e conseguiam viver perodosinimaginveis.

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    2) Energias do Cu Posterior (energias adquiridas):

    a) Rong (Energia nutrcia)

    O2Alimento

    + -

    MC MC MeridianosRong

    CO2E

    ID

    BP P

    Insulina H2O

    -- -

    + + +

    + - + - + -

    FORMAO DE ENERGIA RONG

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    Caractersticas da energia Rong yin, densa, alimentar funo : nutrir todos os sistemas, circular pelos meridianos principais

    impulsionando o sangue a fim de alimentar todo o organismo. circulao: circula nos 12 Canais Principais com horrios de mxima

    atividade em cada meridiano a cada 2 horas, de acordo com o seguinteesquema

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    b) Wei (defensiva)

    FORMAO DE ENERGIA WEI

    E

    ID

    IG

    R

    B

    F

    VB

    MC (+)

    MC (+)

    MC (+)

    MC (+) MC (+)

    MC (+)MC (+)

    (-)

    (-)

    (-)

    (-)(-)

    (-)(-)

    (+ -)(+ -)

    (+ -)

    (+ -)

    (+ -)

    (+ -)

    1 Fase: Gastro-intestinalEtapas: 1-2-3Resduos: Slidos

    2 Fase: Nefro-vesicalEtapas: 4-5Resduos: Lquidos

    3 Fase: Hepto-biliarEtapas: 6-7Resduos: Gasosos

    Fezes Urina Bile

    WEI (Yin)

    WEI (Yang)

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    Caractersticas da energia Wei

    yang, leve, exterior, defensiva funo: proteo contra

    exopatgenos circulao: circula nos Canais

    tendino-musculares (wei yang) enos Meridianos distintos (wei yin).Ciclo dirio: 1 a cada 30 minutosaproximadamente. Ciclo anual:responde variao ambiental (4

    estaes).

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    Interdependncia Rong e wei

    VG20 TING

    HALO RADIOATIVO

    HALO INDUTIVO

    ++ + + + +

    Meridiano Principal Energia Rong (-)

    Energia Wei

    Pele

    Meridiano Tendino Muscular Energia Wei

    VG20 TING

    HALO RADIOATIVO

    HALO INDUTIVO

    ++ + + + +

    Meridiano Principal Energia Rong (-)

    Energia Wei

    Pele

    Meridiano Tendino Muscular Energia Wei

    IX PATOGNESE BSICA

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    IX. PATOGNESE BSICA1) Os 4 demnios (Xie) Xie zhong (ancestralidade, predisposio) como me constituo

    Xie shen (fator emocional) como me relaciono Xie gu (fator diettico) como me alimento Xie liu (fator climtico-ambiental) como e onde vivo

    2) O Zheng a Energia Verdadeira, ou seja, a soma de todas as energias (yuan,

    zhong, rong, wei, qi, thin). o que se ope continuamente aos quatro xie.

    3) Vazio-Plenitude/Xu-Shi

    Representa a dialtica zheng-xie, a dialtica entre o fator patognico e aenergia vital (luta entre as 4 energias e os 4 demnios).

    Da temos vrias situaes possveis: a) Zheng forte, Xie fraco = sade b) Zheng forte, Xie forte = Shi, plenitude (luta entre patgenos e

    antipatgenos = hiperatividade) c) Zheng fraco, Xie forte = Xu, vazio (predomnio de xie = hipoatividade)

    X LEI DOS CINCO MOVIMENTOS

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    X. LEI DOS CINCO MOVIMENTOS(OU A GRANDE REGRA)

    So smbolos tomados danatureza que representam oequilbrio e a interrelao queexiste em tudo que est entreo Cu e a Terra, relaoexistente tanto no microquanto no macrocsmico.

    No homem enquantomicrocosmo, proporciona umesquema para a compreensoda fisiologia, as relaesorgnicas, viscerais,

    psquicas, etc. E tambm assuas relaes com omacrocosmo, ou seja, ainfluncia das estaes, sons,cores, movimentos csmicos,etc.

    MADEIRA

    FOGO

    TERRA

    METALGUA

    ) C d i ( t

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    a) Correspondncias (aspectosregidos pelos 5 movimentos)

    CincoMovimentos

    Zang Furgos dos

    CincoSentidos

    CincoTecidos

    Emoes

    Madeira Fgado Vescula

    Biliar

    Olhos Tendes e

    msculos

    Raiva

    Fogo CoraoIntestinoDelgado Lngua Vasos Alegria

    Terra Bao Estmago Boca Tecidoconjuntivo

    Preocupao

    Metal PulmesIntestinoGrosso

    Nariz Pele Tristeza

    gua Rins Bexiga Orelhas Ossos Medo

    Por abstrao as cinco categorias foram e so at hoje ento utilizadas para

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    Cinco

    Movimentos

    EstaesFator

    Ambien

    Crescimento &

    Desenvolv.

    Cor SaborOrien-

    tao

    Madeira Primavera Vento Germinao Verde AzedoAcido

    Leste

    Fogo Vero Calor Crescimento Vermelho Amargo Sul

    TerraEstio

    (Fim dovero)

    Umidade Transformao Amarelo Doce Meio

    Metal Outono Secura Maturao Branco Picante Oeste

    gua Inverno Frio Armazenamento Preto Salgado Norte

    Por abstrao as cinco categorias foram e so at hoje ento utilizadas paraexplicar e sistematizar o universo todo e inserido a ele o Homem.

    b) Ci l fi i l i

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    b) Ciclos fisiolgicos(Sheng e Ke)

    So ciclos que garantem oequilbrio do sistema, ou seja,permitem que todos os

    movimentos vivamharmoniosamente. Para isso preciso que sejam alimentadospara que cresam e tambm que

    sejam controlados, para que nocresam em excessoprejudicando os outros.

    Ci l Sh

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    Ciclo Sheng(Gerao ou Me-filho)

    MADEIRA

    FOGO

    TERRA

    METALGUA

    Ci l K

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    Ciclo Ke(Controle ou Dominncia)

    MADEIRA

    FOGO

    TERRA

    METALGUA

    ) Ci l t l i i

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    c) Ciclos patolgicos maiores(T'cheng e Wu)

    Os Ciclos patolgicos maiores demonstram um desequilbrio nosistema que est relacionado a um problema no Ciclo de Controle(Ke), seja por excesso ou falta de energia de um elemento emrelao com os outros.

    Fg

    Te

    Ag

    Md

    Mt

    Fg

    Te

    Ag

    Md

    Mt

    Ciclo de Invaso (Tcheng)ou controle exagerado

    Ciclo de inverso (Wu)Ou contradomnio

    d) Ci l t l i

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    d) Ciclos patolgicos menores(Muzi e Zimu)

    Os Ciclos Patolgicos menores so menos porque seus efeitos somenos progressivos e mais temporrios do que nos ciclospatolgicos maiores. Eles se referem a distrbios na relao Me-Filho (ou seja, no Ciclo Sheng).

    Mu-Zi

    Alterao da me atinge o filho

    Zi-Mu

    Alterao do filho atinge a me

    Fg

    Te

    MtAg

    Md

    Fg

    Te

    MtAg

    Md

    e) Seis Possibilidades da

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    e) Seis Possibilidades daevoluo da enfermidade

    nos 5 movimentos1. a enfermidade prpria de uma unidade energtica de

    um movimento

    2. a enfermidade transmitida ao acoplado no mesmomovimento3. a enfermidade segue pelo ciclo de invaso (TCheng)

    a outro movimento4. a enfermidade transmitida pelo ciclo de inverso

    (Wu) a outro movimento5. a enfermidade transmitida de me a filho (Mu-Zi)6. a enfermidade transmitida do filho para a me (Zi-

    Mu)

    XI ENTES VITAIS

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    XI. ENTES VITAISO tao gera o um.

    O um gera o dois.O dois gera o trs.

    O trs gera todas as coisas.Atrs de todas as coisas h a

    escuridoe elas tendem para a luz,

    e o fluxo da fora d-lhes harmonia.

    (Tao Te King XLII)

    O Um: a singularidade inicial (TChi), princpio universal primrio.

    O Dois: o Um ou se manifesta, ouest em estado latente (energiacintica ou potencial, movimentoou repouso).

    O Trs: os opostos geram vento, ouseja dinamizao, movimento,transformao, mudana. Ventofrio gera umidade. Vento quentegera secura. Umidade e a securadaro origem aos 10.000 seres.

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    1Singularidade inicial

    CALOR (Yang)Energia

    Energia cintica

    FRIO (Yin)Matria

    Energia potencial

    VENTOAtrao + e gera movimento

    SECURA UMIDADE

    10.000 seres

    Etapa trmica(Bipolarizao)

    Etapa dinmica(Dinamizao)

    Etapa hdrica(Transformao)

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    Os 10.000 seres

    a) Entes vitais: aqueles capazes de absorver, transformare emitir energia (assimilao, absoro e drenagem), ouseja, animais, vegetais, o homem, etc.

    b) Entes no vitais: aqueles que no tem capacidade dehomeostase com o meio, tem energia potencial mas nomanifestam, por exemplo os minerais.

    c) Entes mistos: vrus, que no tem capacidade vital seno parasitam, ou seja, por si s no so entes vitais, setornam vivos quando absorvem energia da clula. Paraa MTC o vrus no um microorganismo, ele umasubstncia no vital que adquire caractersticas vitaisparasitando o organismo vivo.

    As 5 energias do cosmos

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    As 5 energias do cosmos Wai Qi - qualquer energia externa que incide sobre o organismo. Liu Qi 5 energias do cosmos: calor, umidade, frio, vento, secura.

    Liu Xie - nome que se d s energias climatolgicas (calor, umidade, frio,vento, secura) que penetram no interior, sendo uma energia estranha aocorpo e que dever ser metabolizada, aproveitada ou excretada.

    O equilbrio fisiolgico humano se realiza, em um primeiroestgio, atravs da funo termognica, isto , a regulaoentre o frio e o calor. Vento, umidade e secura so energiasderivadas da funo frio-calor, com as quais vo secombinar nos processos patolgicos.

    Assim os Movimentos Fogo e gua, responsveis pelo calor

    e frio, vo ser os eixos fundamentais do sistema energtico.O restante dos movimentos sero intermedirios destafuno.

    O homem vai manter sua homeostase graas a um sistemade planos energticos, encarregados de manter este