Teoria_IV_II_Programa_2012_1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC Centro de Comunicação e Expressão Departamento de Língua e Literatura Vernáculas Código da disciplina: LLV7404 Nome da disciplina: Teoria da Literatura IV Horas/Aula semanal: 04 Total de horas/aula: 60 Terça-feira, 18h30 Quinta-feira, 20:20 PCC: 8h Ementa Correntes críticas (séc. XX) ― abordagens intrínsecas do texto literário: explicação de texto e estilística; formalismo russo, estruturalismo tcheco, new criticism; estruturalismo e pós- estruturalismo. Reflexões sobre a prática pedagógica no ensino fundamental e médio. Conteúdo programático/Cronograma: 06/03: Apresentação da disciplina, bibliografia e formas de avaliação (participação em sala de aula e prova escrita). 1 Todas as aulas pressupõem a leitura dos textos indicados. Pode haver variações no cronograma e nas leituras previamente combinadas, conforme o andamento das aulas. 08/03: R. Wellek e A. Warren, “Teoria literária, criticismo literário e história literária”, Teoria da Literatura, pp. 43- 51. Distinções básicas: Teoria literária, Crítica literária e História literária. 1 15 textos: definir comentadores [“O comentador não é fiel quando reproduz fielmente; o que ele cita, as palavras, as frases, pelo fato de serem citadas mudam de sentido e se imobilizam ou, ao contrário, adquirem um valor demasiado grande” (Blanchot, “A conversa infinita”, p. 184)]. Nota: avaliação 1 + avaliação 2 = média (entre 3,5 e 5,5: recuperação); o comentário sobre o texto em sala de aula pode acrescer até 1,0 na média final. Média + Recuperação = Nota final.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSCCentro de Comunicação e ExpressãoDepartamento de Língua e Literatura Vernáculas

Código da disciplina: LLV7404Nome da disciplina: Teoria da Literatura IVHoras/Aula semanal: 04Total de horas/aula: 60Terça-feira, 18h30Quinta-feira, 20:20PCC: 8h

EmentaCorrentes críticas (séc. XX) ― abordagens intrínsecas do texto literário: explicação de texto e estilística; formalismo russo, estruturalismo tcheco, new criticism; estruturalismo e pós-estruturalismo. Reflexões sobre a prática pedagógica no ensino fundamental e médio.

Conteúdo programático/Cronograma:

06/03: Apresentação da disciplina, bibliografia e formas de avaliação (participação em sala de aula e prova escrita).1

Todas as aulas pressupõem a leitura dos textos indicados. Pode haver variações no cronograma e nas leituras previamente combinadas, conforme o andamento das aulas.

08/03: R. Wellek e A. Warren, “Teoria literária, criticismo literário e história literária”, Teoria da Literatura, pp. 43-51.Distinções básicas: Teoria literária, Crítica literária e História literária.

13/03: Distinções básicas: Teoria literária, Crítica literária e História literária. Leitura: A. Compagnon, “Introdução: O que restou de nossos amores?”, O Demônio da teoria, pp. 11-28.

15/03: Distinções básicas: estudos intrínsecos e extrínsecos da literatura. Leitura: R. Wellek e A. Warren, Introdução à Parte III e à Parte IV da Teoria da Literatura, pp. 85-86 e 169-172. (Bruna)

20/03: A estilística. Leitura: R. Wellek e A. Warren, “Estilo e estilística”, Teoria da Literatura, pp. 213-227. (Thais)

22/03: Estilo e maneira. Leitura: Giorgio Agamben, “Desapropriada maneira”, A coisa perdida. Agamben comenta Caproni, pp. 25-40. (Marcela)

27/03: Análise estilística. Leitura: Davi Arrigucci Jr., “Ensaio sobre a maçã”, Humildade, paixão e morte: a poesia de M. Bandeira, pp. 21-44. (Silvana)

1 15 textos: definir comentadores [“O comentador não é fiel quando reproduz fielmente; o que ele cita, as palavras, as frases, pelo fato de serem citadas mudam de sentido e se imobilizam ou, ao contrário, adquirem um valor demasiado grande” (Blanchot, “A conversa infinita”, p. 184)].

Nota: avaliação 1 + avaliação 2 = média (entre 3,5 e 5,5: recuperação); o comentário sobre o texto em sala de aula pode acrescer até 1,0 na média final. Média + Recuperação = Nota final.

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29/03: Análise Estilística. Leitura: E. Auerbach, “Na mansão de La Mole”, Mimesis, pp. 405-441. (Carlota)

03/04: A estilística do romance em M. Bakhtin. Leitura: “O discurso no romance”, Questões de literatura e de estética, pp. 71-210. (Daniela)

05/04: A estilística do romance em M. Bakhtin. Leitura: “O discurso no romance”, Questões de literatura e de estética, pp. 71-210.

10/04: O formalismo russo. Leitura: B. Eikhenbaum, “A teoria do ‘Método Formal’”; V. Chklovski, “A arte como procedimento”, Teoria da literatura, formalistas russos, pp. 3-56. (Ana Claudia)

12/04: O formalismo russo. Leitura. J. Tynianov, “A noção de construção” e “Da evolução literária”, Teoria da literatura, formalistas russos, pp. 99-118. O estruturalismo tcheco. Leitura: R, Jakobson, “O dominante”, em: Luiz C. Lima, Teoria da literatura em suas fontes, pp. 485-491. (Margareth)

17/04: Revisão

19/04: Avaliação 1

24/04: Entrega das notas e conversa sobre a prova

26/04: O estruturalismo. Leitura: R. Barthes, “Introdução à análise estrutural da narrativa”, Análise estrutural da narrativa, pp. 19-62.(Douglas)

01/05: Feriado

03/05: O estruturalismo. Leitura: R. Barthes, “Introdução à análise estrutural da narrativa”, Análise estrutural da narrativa, pp. 19-62.

08/05: O estruturalismo. Leitura: R. Barthes, “A atividade estruturalista”, “As duas críticas”, “O que é a crítica” e “Literatura e significação”, Crítica e verdade, pp. 49-56, 149-184. (Vanessa, Paula)

10/05: “A atividade estruturalista”, “As duas críticas”, “O que é a crítica” e “Literatura e significação”, Crítica e verdade, pp. 49-56, 149-184.

15/05: “A atividade estruturalista”, “As duas críticas”, “O que é a crítica” e “Literatura e significação”, Crítica e verdade, pp. 49-56, 149-184.

17/05: A análise estruturalista. Leitura: Affonso Romano de Sant’Ana, “Vidas secas”, Análise estrutural de romances brasileiros, pp. 153-179. (Maycon)

22 e 24/05: Semana Acadêmica de Letras

29/05: O pós-estruturalismo. J. Derrida, “A estrutura, o signo e o jogo no discurso das ciências humanas”, A escritura e a diferença, pp. 227-248. (Felipe)

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31/05: O pós-estruturalismo. Leitura: J. Derrida, “O fora é o dentro”, Gramatologia, pp. 53-80.

05/06: A análise pós-estruturalista. Leitura: Abel Barros Baptista, “O episódio Brás Cubas”, A formação do nome, pp. 115-260. (Evandro, Gabriela)

07/06: Feriado

12/06: A análise pós-estruturalista. Leitura: Abel Barros Baptista, “O episódio Brás Cubas”, A formação do nome, pp. 115-260.

14/06: Revisão

19/06: Avaliação 2

21/06: Entrega de provas

26/06: Prova de recuperação

28/06: Entrega de provas e notas finais

Leituras obrigatórias

AGAMBEN, G. Desapropriada maneira, em A coisa perdida (Agamben comenta Caproni), org. e trad. Aurora F. Bernardini, Florianópolis: UFSC, 2011.ARRIGUCCI Jr., Davi. Ensaio sobre a maçã, em Humildade, paixão e morte (A poesia de Manuel Bandeira), SP: Cia das Letras, 1990.AUERBACH, E. Na mansão de La Mole, em Mimesis (A representação da realidade na literatura ocidental), 2ª ed., SP: Perspectiva, 1976.BAKHTIN, M. O discurso no romance, em Questões de literatura e de estética (A teoria do romance); trad. Aurora F. Bernardini et al., SP: UNESP/Hucitec, 1988.BAPTISTA, Abel Barros. A formação do nome (Duas interrogações sobre Machado de Assis), Campinas: UNICAMP, 2003 (O episódio Brás Cubas).BARTHES, R. et al. Análise estrutural da narrativa, 4ª ed., Petrópolis: Vozes, 1976 (Introdução à análise estrutural da narrativa).BARTHES, R. Crítica e verdade, trad. Leyla Perrone-Moisés, SP: Perspectiva, 1970 (A atividade estruturalista, As duas críticas, O que é a crítica, Literatura e significação).COMPAGNON, A. O demônio da teoria (Literatura e senso comum); trad. Cleonice P. B. Mourão e Consuelo F. Santiago, BH: UFMG, 1999 (Introdução - O que restou de nossos amores?).DERRIDA, J. A escritura e a diferença, trad. Maria B. M. N. da Silva, 2ª ed., SP: Perspectiva, 1995 (A estrutura, o signo e o jogo no discurso das ciências humanas). . A farmácia de Platão, trad. Rogério Costa, 2ª ed., SP: Iluminuras, 1997.EIKHENBAUM, B. et al. Teoria da Literatura (Formalistas russos), trad. Ana M. Ribeiro et al., PA: Globo, 1971 (B. Eikhenbaum, A teoria do “Método Formal”; V. Chklovski, A arte como procedimento; J. Tynianov, A noção de construção e Da evolução literária).

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LIMA, L. C (org.). Teoria da literatura em suas fontes, 2ª ed., v. I, RJ: Francisco Alves, 1983 (R. Jakobson, A dominante).SANT’ANA. A. R. Análise estrutural de romances brasileiros, 2ª ed., Petrópolis: Vozes, 1974 (Vidas secas).WELLEK, R. e WARREN, A. Teoria da Literatura, 4ª ed., trad. José Palla e Carmo; Lisboa: Europa-América, s/d (Parte I - Cap. IV: Teoria Literária, criticismo literário e história literária; Introdução à Parte III; Introdução à Parte IV; Parte IV,Cap. XIV: Estilo e estilística).

Bibliografia complementar

ALLIEZ, Éric. Da impossibilidade da fenomenologia: sobre a filosofia francesa contemporânea; trad. Raquel de Almeida Prado e Bento Prado Jr., SP: Ed. 34, 1996.ALONSO, Damaso. Poesia española: ensayos de métodos y límites estilísticos; Madrid:

Gredos, 1950.BARTHES, Roland. S/Z, trad. M. de Santa Cruz e Ana M. Leite. Lisboa, Ed. 70, 1980.____________ . Novos ensaios críticos seguidos de O grau zero da escritura, trad. Heloysa de L. Dantas et al. SP: Cultrix, 1974.____________ . O rumor da língua, trad. António G. Lisboa: Ed. 70, 1987.___________. Oeuvres complètes.Paris: Seuil, 1993, 3 vol.BELLEI, Sérgio Luiz Prado. O cristal em chamas: uma introdução à leitura do texto literário, Florianópolis: UFSC, 1986.COUTINHO, Afrânio. Crítica & críticos, RJ: Organização Simões, 1969.CULLER, Jonathan. Sobre la deconstrucción, trad. Luís Cremades, Madrid: Cátedra, 1992.DERRIDA, Jacques. Gramatologia, trad. Miriam Schnaiderman e Renato J. Ribeiro, SP: Perspectiva/EDUSP, 1973.____________. Posições: semiologia e materialismo. Trad.Maria Margarida C.C. Barahona, Lisboa: Plátano Editora, 1975.__________ et al. Teoría literaria y deconstrucción, org. Manuel Aseni, Madrid: Arco/Libros, 1990.DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido, trad. Luiz R. S. Forte. SP: Perspectiva, 1974.DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Kafka: por uma literatura menor, trad. Júlio C. Guimarães. RJ: Imago, 1977.DOSSE, François. História do estruturalismo, v.1: o campo do signo – de 1945-1966, trad. Álvaro Cabral. SP: Ensaio; Campinas: Editora da UNICAMP, 1993._________. História do estruturalismo, v.2: o canto do cisne – de 1967 aos nossos dias, trad. Álvaro Cabral, . SP: Ensaio; Campinas: Editora da UNICAMP, 1994.EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução, trad. Waltensir Dutra, SP: Martins Fontes, 1983.ELIOT, T.S. Ensaios, SP: Art Editora, 1989.FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso, trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio, SP:

Loyola, 1996.____________. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas, trad. Salma Tannus Muchail, 3ª ed, SP: Martins Fontes, 1985. ____________ . O que é um autor?, trad. António F. Cascais e Edmundo Cordeiro, Lisboa: Vega, 1992.GENETTE, Gerard. Figuras, trad. Ivonne F. Mantoanelli, SP: Perspectiva, 1972.

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MAN, Paul de. La resistencia a la teoria, trad. Elena Elorriaga y Oriol Francés, Madrid: Visor, 1990.__________. Alegorias da leitura, trad. Lenita R. Esteves, RJ: Imago, 1996.MILLER, J.Hillis. A ética da leitura. Trad. Eliane Fittipaldi e Kátia Orberg, RJ:Imago, 1995.MUKAROVSKÝ, Jan. Escritos sobre estética e semiótica da arte, trad. Manuel Ruas, Lisboa: Estampa, 1979. POMORSKA, Krystyna. Formalismo e futurismo: a teoria formalista russa e seu ambiente poético, trad. Sebastião U. Leite, SP: Perspectiva, 1972.SPITZER, Leo. Lingüística e historia literaria, Madri: Gredos, 1955.TOLEDO, Dionísio (org.). Círculo Lingüístico de Praga: estruturalismo e semiologia, trad. Zênia de Faria et al, PA: Globo, 1978.