Teoria Da Personalidade

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Teoria da Personalidade – Geral A busca por explicações sobre a personalidade parece ter mobilizado as mais diversas áreas do conhecimento humano desde sempre e a tendência em classificar pessoas é tão antiga quanto a humanidade. Ninguém, absolutamente ninguém, deixa de classificara as pessoas que conhece, ainda que intimamente, involuntariamente e até inconscientemente. Todos nós temos uma espécie de arquivo subjetivo das pessoas que julgamos explosivas, simpáticas, sensíveis, desleais, preocupadas, ansiosas, mentirosas, amorosas e assim por diante. Na Grécia, Hipócrates (460-377 a.C.), considerado o pai da medicina, classificava a personalidade em quatro tipos, de acordo com a presença de determinadas substâncias no organismo. No século XVII, o filósofo John Locke foi um dos primeiros a teorizar que a mente humana nasce vazia, como um papel em branco, e que a personalidade seria fruto das experiências. Logo depois, o francês Jean Jacques Rousseau criou o conceito do bom selvagem inspirado nas descobertas de povos indígenas nas Américas. Para ele os humanos nasceriam inocentes e pacíficos. Males como ganância e violência seriam produto da civilização. Um dos aspectos da tendência universal de classificar os outros se baseia em traços da personalidade. Hipócrates começou com essa tendência classificatória através de sua teoria dos quatro humores corporais - sangue, fleuma, bile branca e bile negra – segundo a qual, a predominância de qualquer um desses quatro humores caracterizaria o temperamento das pessoas, bem como a inclinação para determinadas doenças. O primeiro cientista da era moderna a estudar seriamente a questão da natureza versus criação foi o inglês Francis Galton (1822-1911), no fim do século XIX. Pioneiro no estudo de irmãos gêmeos, Galton, primo de Charles Darwin, pretendia mostrar que a inteligência e os talentos da elite intelectual inglesa eram passados de pai para filho. No Renascimento e na era moderna, o debate se deu principalmente em torno do grau de participação que a natureza e o ambiente teriam na formação da personalidade. Por muito tempo os intelectuais insistiam na tese da personalidade humana ser produto exclusivo do ambiente. Talvez essa insistência tenha sido uma atitude inconsciente de reagir à série de discriminações e atrocidades cometida na Europa e Estados Unidos durante boa parte do século 20 com propósitos étnicos. Em episódios que espocavam aqui e ali, geralmente revelados apenas décadas mais tarde, judeus, ciganos, negros, deficientes físicos, homossexuais e outros grupos étnicos ou estigmatizados foram esterilizados ou mortos para evitar que transmitissem seus genes à posteridade. O apogeu trágico e brutal dessas atitudes pretensamente eugênicas ocorreu na Alemanha nazista. Baseado na teoria de Hipócrates, Cláudio Galeno(131-200 DC), em sua monografia "De Temperamentis" desenvolveu a primeira tipologia do temperamento. Descreveu quatro temperamentos básicos (que se desdobravam em nove e não vêm ao caso aqui): sanguíneo, bilioso ou colérico, melancólico e fleumático. Immanuel Kant (1724 – 1804), mil e quinhentos anos depois, aprimorou as características dos quatro tipos de temperamento citados por Galeno. O tipo sangüíneo é caracterizado pela força, rapidez e emoções superficiais. O tipo melancólico, designado pelas emoções intensas e vagarosidade das ações. O tipo colérico, rapidez e impetuosidade no agir e o fleumático, caracterizado pela ausência de reações emocionais e vagarosidade no agir. DNA E PERSONALIDADE Na metade do século XX até agora, a partir da descoberta da estrutura do DNA pelo americano James Watson e pelo inglês Francis Crick em 1953 até o mapeamento completo do genoma humano, em 2003, abriu-se um campo de exploração sem precedentes para entender as origens biológicas da personalidade. Hoje se sabe que os comportamentos dependem da interação entre fatores genéticos e ambientais. Além disso, as descobertas mais recentes nesse campo mostram que a influência dos hábitos e do estilo de vida de cada um na ação dos genes é maior do que se pensava. Pessoas com genes associados à depressão têm mais probabilidade de desenvolver a doença se forem expostas a eventos traumáticos durante a vida. Fala-se que questões vivenciais podem servir como gatilho para disparar certas predisposições geneticamente determinadas.

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Teoria da Personalidade GeralA busca por explicaes sobre a personalidade parece ter mobilizado as mais diversas reas do conhecimento humano desde sempre e a tendncia em classificar pessoas to antiga quanto a humanidade. ingum! absolutamente ningum! deixa de classificara as pessoas que conhece! ainda que intimamente! involuntariamente e at inconscientemente. "odos n#s temos uma espcie de arquivo sub$etivo das pessoas que $ulgamos explosivas! simpticas! sens%veis! desleais! preocupadas! ansiosas! mentirosas! amorosas e assim por diante.a &rcia! Hipcrates '()*+,-- a.../! considerado o pai da medicina! classificava a personalidade em quatro tipos! de acordo com a presena de determinadas subst0ncias no organismo. o sculo 1233! o fil#sofo John Locke foi um dos primeiros a teorizar que a mente humana nasce vazia! como um papel embranco! e que a personalidade seria fruto das experincias. 4ogo depois! o francs Jean Jacques Rousseau criou o conceito do bom selvagem inspirado nas descobertas de povos ind%genas nas Amricas.5ara ele os humanos nasceriam inocentes e pac%ficos. 6ales como gan0ncia e violncia seriam produto da civilizao.7m dos aspectos da tendncia universal de classificar os outros se baseia em traos da personalidade. Hipcrates comeou com essa tendncia classificat#ria atravs de sua teoria dos quatro humores corporais + sangue! fleuma! bile branca e bile negra 8 segundo a qual! a predomin0ncia de qualquer um desses quatro humores caracterizaria o temperamento das pessoas! bem como a inclinaopara determinadas doenas.9 primeiro cientista da era moderna a estudar seriamente a questo da natureza versus criao foi o ingls Francis Galton ':;e acordo com tal enfoque! havendo no mundo uma hipottica igualdade de oportunidades! ser%amos todos iguais quanto as nossas realizaes! $ que! potencialmente ser%amos iguais. Assim pensando! se atodos fossem dadas oportunidades iguais! como por exemplo! oportunidade musical ou art%stica! seria imposs%vel destacar+se um Chopin0 7o1art0 7onet0 Rem#randt! porque a potencialidade de todos seus colegas de classe seria a mesma. A Onica diferena entre 8instein e os demais teria sido uma simples questo de oportunidade e circunst0ncias ambientais. este caso a personalidade! a inteligncia! a vocao e a pr#pria doena mental seriam questes exclusivamente ambientais. A idia de buscar fora da pessoa os elementos que explicassem seu comportamento a sua desenvoltura vivencial teve nfase com as teorias de Rousseau! segundo o qual era a sociedade quem corrompia o homem. Mubestimou+se a possibilidade da sociedade refletir! exatamente! a totalidade das tendncias humanas. Mo seres humanos que trazem em si um potencial corruptor o qual! agindo sobre outros indiv%duos su$eito A corrupo! produzem um efeito corrupt%vel. 9u se$a! trata+se de um demrito tipicamente e exclusivamente humano. 9utra concepo acerca da personalidade foi baseada na constituio biotipol#gica! segundo a qual a gentica no estaria limitada exclusivamente A cor dos olhos! dos cabelos! da pele! A estatura! aos distOrbios metab#licos e! As vezes! As malformaes f%sicas! mas tambm! determinaria As peculiares maneiras do indiv%duo relacionar+se com o mundoE seu temperamento! seus traos afetivos! etc.As consideraes extremadas neste sentido descartam qualquer possibilidade de influncia do meio sobre o desenvolvimento e desempenho psico+emocionale e atribuem aos arran$os sinpticos e genticosa explicao de todas as caracter%sticas da personalidade. Bntretanto! uma das descobertas mais interessantes do pro$etoGenoma colocou em cheque essa hip#tese organicista. Ioi o fato de se verificar que os seres humanos compartilham entre si ==!==P de seus genes e! desta forma! as diferenas cromossQmicas entre duas pessoas seriam %nfimas.5elo lado da biologia! se a diferena dos cromossomos entre duas pessoas gira em torno de *!*:P! como se $ustificaria a enorme diferena de personalidade entre essas duas pessoas. 5elo lado do ambiente! se o meio onde se desenvolvem dois irmos basicamente o mesmo! o que $ustificaria tambm a enorme diferena entre as personalidades de ambos.Cuscando um meio termo! como apelo ao bom senso! pode+se considerar a totalidade do ser humano como sendo um balano entre! no m%nimo! duas pores que se con$ugam de forma a produzir a pessoa tal como E uma natureza biol#gica! tendo por base nossa natural submisso ao reino animal e As leis dabiologia! da gentica e dos instintos! e uma natureza existencial! suprabiol#gica e que transcende o animal que repousa em n#s. A pessoa! ser Onico e individual! distinto de todos outros indiv%duos de sua espcie! traduz a essncia de uma peculiar combinao bio+psico+social.5ensando assim! os genes herdados se apresentam como possibilidades variveis de desenvolvimento em contacto com o meio e no como certeza inexorvel de desenvolvimento. Mensatamente! o ser humano no deve ser considerado nem exclusivamente ambiente! nem exclusivamente herana! antes disso! uma combinao destes dois elementos em propores completamente insuspeitadas. 9 ser humano no deve ser considerado um produto exclusivo de seu meio! tal como um aglomerado dos reflexos condicionados pela cultura que o rodeia e despido de qualquer atributo mais nobre de sentimentos e vontade pr#pria. o pode! tampouco! ser considerado um punhado de genes! resultando numa mquina programada a agir desta ou daquela maneira! conforme teriam agido exatamente os seus ascendentes biol#gicos. Meguindo essa idia a definio de 5ersonalidade poderia ser esboada da seguinte maneiraE"PERSONALIDADE A ORGANIZAO DINMICA DOS TRAOS NO INTERIOR DO EU, FORMADOS A PARTIR DOS GENES PARTICULARES QUE HERDAMOS, DAS EXISTNCIAS SINGULARES QUE EXPERIMENTAMOS E DAS PERCEPES INDIVIDUAIS QUE TEMOS DO MUNDO, CAPAZES DE TORNAR CADA INDIVDUO NICO EM SUA MANEIRA DE SER, DE SENTIR E DE DESEMPENHAR O SEU PAPEL SOCIAL"! OS TRAOS DA PERSONALIDADE5ara a psiquiatria os tipos de personalidade! ou os tipos psicol#gicos! so classificados de acordo com o con$unto de traos que caracterizavam a maneira de ser da pessoa! o modo como a pessoa interage comseu mundo ob$ectual! ou se$a! como o su$eito se relacionava com o ob$eto.Carl Jun' ':;-G 8 :=):/ classificava as pessoas em dois tipos bsicos de atitude 'dos quais tambm derivam vrios subtipos/! a extroverso e a introverso! de origem biol#gica. A extroverso! segundo ele! era governada por expectativas e necessidades sociais! estando orientada para a adaptao e reaes exteriores! enquanto a introverso teria sua energia dirigida para os estados sub$etivos e processos ps%quicos. A extroverso! segundo Jung! era mobilizada por expectativas e necessidades sociais! estando orientada para reaes exteriores! enquanto a introverso teria sua energia dirigida para os estados sub$etivos e processos ps%quicos.!l*red !dler ':;-* 8 :=,-/ reconhecia quatro tipos de temperamento! os quais! de certa forma! foram ainda baseados em &aleno! porm! definidos de acordo com o interesse social e n%vel de energia manifestado pelas pessoas. Adler denominava tipo governante as pessoas com certo n%vel de agressividade! tirania e dominao! correspondendo ao tipo colrico de &aleno. Ialava do tipo dependente! para pessoas sens%veis! que se acomodam em uma concha existencial para se protegerem dos eventos externos. 9 tipo dependente possui baixos n%veis de energia! so cronicamente cansados! pouco dispostos e correspondem ao tipo fleumtico de &aleno.9 terceiro tipo de Adler chamado de evitao e representa pessoas que tendem a se afastar do contatodireto com os outros e com as circunst0ncias. Bssas pessoas tambm tm n%veis baixos de energia! so predominantemente tristes e correspondem ao tipo melanc#lico de &aleno. Iinalmente o tipo socialmente Otil! representando as pessoas saudveis! que apresentam interesse social e energia! atlticas e vigorosas! relacionadas ao tipo sangF%neo de &aleno.Alguns traos de personalidade! de fato! parecem ter uma potencialidade geneticamente determinada! faltando saber com que probabilidade esse potencial se desenvolver ou no na vida da pessoa. 9 seqFenciamento do genoma humano permitiu que cientistas identificassem uma srie de genes relacionados ao comportamento. Ioram mapeados genes relacionados A tendncia para adquirir certos traos de personalidade! ou a desenvolver hbitos ou v%cios 8 desde que tais genes se$am DdisparadosD por est%mulos ambientais durante a vida da pessoa.A mais recente pesquisa dos genes relacionados ao comportamento humano foi conduzida pela 7niversidade de Bssex! na 3nglaterra! e se refere ao gene responsvel pelo transporte da serotonina! umneurotransmissor associado A tonalidade afetiva! bem como ao bem+estar e felicidade! entre outros sentimentos e sensaes. Bsses genes estariam relacionados A maneira como cada um processa as informaes positivas ou negativas 8 ou se$a! A tendncia a ser otimista ou pessimista.9s trabalhos da geneticista brasileira 7a9ana :at1da 7niversidade de Mo 5aulo! em parceria com o geneticista Jo)o Ricardo de ;li%eira! da 7niversidade Iederal de 5ernambuco! em pesquisas para tentar descobrir a influncia gentica de doenas ps%quicas levaram A descoberta do gene do otimismo. 3sso pode nos fazer mais tolerantes com quem teima em ver apenas o lado negativo do mundo. 5ara a psiquiatria essas descobertas embasam o tratamento do mau humor 'distimia/ com medicamentos que aumentam o n%vel da serotonina! geralmente antidepressivos.5or conta desse gene do otimismo a revista e qualquer maneira! felizmente ou infelizmente! parece claro que o brasileiro mais propenso a olhar o mundo com certo otimismo.5asso a passo a cincia descobre que a gentica pode influir muito na formao das caracter%sticas e no comportamento das pessoas. "alvez as pessoas com %ndole calma ou explosiva tenham uma participaogentica importante em seu comportamento! muito alm do comportamento aprendido. .omo neste caso! a cincia se preocupar em ir a fundo ao caso da homossexualidade! da inteligncia! dos comportamentos obsessivos! histricos! f#bicos e assim por diante.9 que se pretende! ho$e em dia! que os pesquisadores no tenham de optar pelo sistema org0nico ou psicol#gico! como acontecia antes. o cabem mais! de um lado os defensores da tese de que nascemostodos iguais e a personalidade se forma pelo aprendizado e pelas experincias pessoais e! de outro lado!defensores de que os traos da personalidade so definidos pela herana gentica! assim como a cor dosolhos. A gentica do comportamento vem mostrando que no s# o ambiente e nem s# o >A formam a personalidade. Atualmente considera+se que os traos tenham um componente gentico! porm! sua manifestao depende de fatores ambientais. 9 gene carrega o trao! mas o ambiente que puxa o gatilho para ele se manifestar. >e qualquer forma! $ se tem certeza de que os genes so capazes de influenciar o comportamento humano. J foram encontrados genes que tornam as pessoas mais vulnerveis a comportamentos agressivos ou a sofrer transtornos ps%quicos. "ambm foram detectados genes relacionados A orientao sexual e a v%cios como alcoolismo e tabagismo.A presena desses genes! entretanto! no significa que a pessoa obrigatoriamente desenvolver o comportamento ligado a ele. 9 que existe uma predisposio! geralmente influenciada pelas experincias pessoais! familiares e pelo ambiente em que a pessoa vive. "er predisposio gentica A depresso! por exemplo! no basta para a pessoa ficar deprimida! pois os mesmos genes so encontrados tambm em pessoas no deprimidas.5ara os genes ligados aos traos se manifestarem outros fatores so necessrios! tais como as vivncias!o ambiente social! as condies de saOde geral e assim por diante. 9s traos de personalidade! porm! so produtos de muitos genes 8 e no de apenas um! como ocorre com a maioria das caracter%sticas f%sicas e das doenas.9s estudos com gmeos tm revelado a natureza hereditria do perfil emocional das pessoas. Bsses experimentos permitiram concluir que as principais caracter%sticas da personalidade 8 como introverso ou extroverso! vulnerabilidade A neurose ou estabilidade emocional! abertura ou no a experincias! ateno ou disperso 8 so em mdia G*P herdadas.6esmo em atitudes culturais como a religio! por exemplo! o impacto dos genes muito forte. 9 conservadorismo pol%tico! outro exemplo! um trao que! segundo estudos da 7niversidade de 6innesota! nos Bstados 7nidos! tem )*P de influncia gentica. 9s pesquisadores dessa universidade vem acompanhando ;.*** gmeos! trs centenas deles so gmeos idnticos e separados da fam%lia no nascimento h mais de eus depois de mortos. essas questes essenciais no houve grandes mudanas.>e acordo com Jung! nenhum bi#logo pensaria em admitir que os indiv%duos adquiram todo seu modo decomportamento apenas a partir do nascimento! a partir das coisas que aprender da% em diante. Cem mais provvel que o $ovem pardal tea seu ninho caracter%stico porque um pardal e no um coelho. Assim tambm! mais provvel que o ser humano nasa com sua maneira de comportar+se especificamente humana e no com a do hipop#tamo. Mo manifestaes comportamentais que S$ vm prontasT! que vm se repetindo em cada pessoa que nasce sabe+se l desde quando.R assim que percebemos elementos de notvel semelhana na essncia dos seres humanos! expresses e modos caracter%sticos pr#prios da espcie. 5odemos encontrar formas ps%quicas no indiv%duo que ocorrem no somente em seus ascendentes mais pr#ximos! mas em outras pocas distantes de n#s milhares de anos e As quais estamos ligados apenas pela arqueologia. Jung coloca estas Memelhanas Bssenciais do ser humano como certas formas t%picas de comportamento caracter%stico! os quais! ao se tornarem conscientes! assumem o aspecto de representaes do mundo! maneiras humanas de representar a realidade."ambm serve para ilustrar um pouco mais esta questo das Memelhanas Bssenciais a idia dos instintos. Bles aparecem como formas t%picas de comportamento da espcie! podendo estar ou no associados a um motivo consciente. Ireud chama ateno para estas caracter%sticas universais da pessoaE os Instintos >sicos. Bnfatiza notadamente o instinto para a preservao da vida! tanto da vida individual! sob a forma de afastamento da dor 'ou busca do prazer/! quanto da vida da espcie! atravs da sexualidade e vocao A reproduo. Ble cita ainda o instinto da morte! o qual! apesar de contestado por muitos autores! quando voltado para o exterior conduz A agresso. 5ela teoria dos instintos! sero inOteis as tentativas do ser humano livrar+se das inclinaes agressivas! $ que elas so indispensveis para a execuo dos instintos.>idaticamente poder%amos considerar os!rqu"tipos e os Instintos como duas faces de uma mesma moedaU enquanto os instintos trazem em seu bo$o uma conotao biol#gica e que nos remete As sombras de nosso passado animalesco! os arqutipos colocam o ser humano num patamar mais elevado e diferenciado! ou se$a! mais espiritualizado.a filosofia! a busca de uma caracter%stica humana marcante foi vislumbrada por 3chopenhauer como sendo a e qualquer forma! se$a a necessidade %ntima de um deus que conforta! se$a nossa perene tendncia empreservar a vida ou garantir a espcie! se$a nossa constante busca do prazer! se$a uma vontade que motiva ou um poder que estimula! podemos pensar sempre num elemento da personalidade que tenha se perpetuado ao longo de toda nossa hist#ria. "rata+se de determinadas atitudes existenciais diante da vida que acompanham nossa espcie atravs de infindveis geraes. Mo elas! as verdadeirasTend$ncias /aturais do ser humano.Bmbora a essncia destas "endncias aturais parea independer do tempo e do espao atuais pelo fato de terem existido! de existirem e de continuarem existindo em qualquer momento e qualquer civilizao de nossa hist#ria! suas manifestaes comportamentais e emocionais devem estar sempre adequadas aomodelo s#cio+cultural onde a pessoa se insere e As possibilidades de ao de cada um.Bm outras palavras! as "endncias aturais Humanas devem ser disciplinadas! domesticadas e adequadas As circunst0ncias e possibilidades de cada um.Assim sendo! as "endncias aturais nunca se manifestam de maneira pura e primitiva! mas sim! domesticadas e aculturadas. 7ma conduta instintiva pura praticamente imposs%vel manifestar+se em condies ps%quicas normais. "ais impulsos primitivos se diluem pelas presses das circunst0ncias e pelas peculiaridades afetivas de cada um e se mascaram de tal forma! que acabam ficando dissimuladas pelo carter da pessoa. 9 impulso sexual! por exemplo! na normalidade ps%quica! no surge de forma primitiva a ponto da em pessoa arrastar a outra a fora para a cama. ormalmente marca+se um $antar... 6uitas vezes a 0nsia de poder se dissimula em altru%smo! generosidade e outras Smscaras sociaisT.>urante toda sua existncia a pessoa compelida a atender as "endncias aturais! essencialmente as mesmas em todos n#s. As maneiras pelas quais tais tendncias sero atendidas mostraro as diferenasentre as pessoas! entre as geraes e entre os povos. A tendncia ao poder! por exemplo! como vimos! pode se manifestar de diversas maneiras nas diferentes pessoasU prazer em ter poder! em sentir+se superior aos demais nos mais variados aspectos existenciais. 7m monge poderia manifestar esta tendncia buscando o prazer de sentir+se o mais humilde entre seus pares! superior a todos os demais em termos de humildade e abnegao. Mentiria uma satisfao suprema! perante >eus! ao saber+se o mais humilde entre os mortais. 9 intelectual! atravs do o poder do saber! conquistaria seu prazer percebendo+se o mais erudito em sua rea. 9 amante! atravs do poder de cativar! ou o poder material do rico! a autoridade do pol%tico! a coragem do soldado! o qual teme mais a opinio de seus camaradas que a arma do inimigo! e assim por diante.Apesar da busca do prazer dever atender certos anseios pessoais! os meios de se conquistar esse prazerdevem estar em concord0ncia com as circunst0ncias s#cio+culturais. 6as! de qualquer modo! o universal fenQmeno da busca do prazer + com suas mais variadas apresentaes + observado entre todos os seres humanos conscientes.Ainda se estuda mais a fundo as razes pelas quais temos tendncia a nos irritarmos quando percebemos que o outro busca atender seus prazeres. "alvez porque o que d prazer ao outro no se$amas mesmas coisas que procuramos para nosso pr#prio prazer ou! pior! porque no permitimos no outro atitudes eficientes que no nos permitimos. 5ara a manuteno de uma situao de equil%brio entre a pessoa e seu meio ou entre ela e si pr#pria necessrio haver harmonia entre trs elementosU o peso ou fora de suas tendncias! as possibilidades de seu ego em atender essas exigncias e as condies de realizao oferecidas pelo ambiente. As situaes de emergncia podem determinar atitudes primitivas! mas eficientes! em direo A sobrevivncia! apesar de emancipadas da tica. H um ditado que dizE quando a misria entra pela portada frente a virtude sai pela $anela.H uma tendncia ao aparecimento de comportamentos primordiais ou primitivos sempre que houver uma flagrante ameaa aos instintos bsicos! como se houvesse uma regresso ao estado biol#gico natural 'predominantemente instintivo/! como um desempenho comandado por n%vel mais inferior de psiquismo! n%vel este onde as consideraes mais sublimes! dos tipos morais e ticas! ficassem suspensas em benef%cio de ob$etivos mais imediatos e pragmticos.9s instintos aparecem sempre idnticos entre os indiv%duos de uma mesma espcie! porm! apenas enquanto funcionam instintivamente! sem o polimento da domesticao. 9 aparelho ps%quico do ser humano tem por funo a transformao da pulso instintiva original de acordo com as exigncias de sua cultura e de suas emoes. Bmbora o instinto se$a! em si! comum a todos os indiv%duos de uma mesma espcie! no ser humano as manifestaes desses instintos so peculiares a cada pessoa! elas atendem As peculiaridades do padro emocional de cada um! enfim! atendem As caracter%sticas da personalidade de cada um. em por conta dessa domesticao pode+se anular o instinto bsico original! ele apenas transformado e adequado ao indiv%duo e As exigncias de seu meio.Diferenas !nci"nais xAo lado das "endncias aturais! as quais identificam todos n#s como pertencentes A mesma espcie! existem as peculiaridades pr#prias e particulares com as quais cada um se apresentar e se relacionar com o mundo. !llport ilustra as diferenas funcionais de cada um ao descrever os "raos 5essoaisU arran$os individuais e constitucionais determinados por fatores genticos! os quais! interagindo com o meio em maior ou menor intensidade! resultariam em uma caracter%stica ps%quica capaz de particularizaruma pessoa entre todas as demais.9s traos herdados so possibilidades de vir a ser e no a certeza de que ser. H uma quantidade enorme de traos poss%veis de transmisso hereditria! porm! apenas parte desses traos se manifestar no indiv%duo.A maneira singular e pr#pria da pessoa interagir com seu mundo! decorrente de seus traos pessoais! pode ser chamada de Disposi+)o ?essoal. Mendo esta a combinao dos traos que se manifestam na pessoa! ento a >isposio 5essoal se confunde com a pr#pria personalidade! ou se$a! a maneira particular da pessoa de lidar com a vida! com o mundo e com suas pr#prias emoes.R poss%vel! como mostraram inOmeros autores! agrupar indiv%duos de acordo com determinadas caracter%sticas ps%quicas mais ou menos comuns entre eles formando grupos. "emos assim as classificaes ou a tipologia da personalidade. R assim que se reconhecem os introvertidos! extrovertidos! sensitivos! pensativos! intuitivos! sentimentais ou! de outra forma! os explosivos! melanc#licos! obsessivos! e assim por diante. A classificao das personalidades baseada em traos busca reconhecer os traos predominantes naquela determinada personalidade ou na maneira de ser. 3sso no quer dizer! de forma alguma! que as personalidades globais das pessoas classificadas desta ou daquela maneira se$am idnticas em todos do mesmo grupoE entre todos introvertidos! por exemplo! cada qual dispe de uma personalidade peculiar eo fator 8 comum a todos do mesmo grupo 8 que permitiu serem classificados uma tonalidade afetiva depressiva e sua conseqFente apresentao social introvertida.5ara avaliar as diferenas funcionais dos indiv%duos! mais precisamente das personalidades peculiares decada um! podemos considerar trs critrios de observaoE1- Classificao baseada nos Traos;2- o "eu" como Personalidade e;3- os Papis Sociais como Personalidade. Classifica#" $asea%a n"s Tra"senhum ser humano mostrar algum trao de personalidade que $ no exista em todos outros indiv%duos! pois os traos do ser humano so uma espcie de patrimQnio de nossa espcie! ou se$a! A todos indiv%duos de uma mesma espcie so atribu%dos os traos caracter%sticos dessa espcie. 2imos isso no item anterior sobre as Memelhanas Bssenciais. Bntretanto! a combinao individual desses traos em propores variadas numa determinada pessoa caracterizar sua personalidade ou sua maneira de ser '>iferenas Iuncionais/.9 senso comum de um sistema s#cio+cultural costuma elaborar uma relao muito extensa de ad$etivos utilizados para a argFio dos indiv%duos deste sistemaE sincero! honesto! compreensivo! inteligente! clido! amigvel! ambiciosos! pontual! tolerante! irritvel! responsvel! calmo! art%stico! cient%fico! ordeiro! religiosos! falador! excitado! moderado! calado! cora$osos! cauteloso! impulsivo! oportunista! radical! pessimista! e por a% afora. 5odemos considerar como Tra+o ?redominante da pessoa em apreo acaracter%stica que melhor a define! como se! entre tantos traos tipicamente e caracteristicamente humanos! este trao espec%fico predominasse sobre os demais. 5ois bem. R exatamente a predomin0ncia de alguns traos e a atenuao de outros que acaba por constituir a personalidade de cada um. Bnfim! como se o artista conseguisse extrair uma cor Onica e muito pessoal misturando uma srie de cores bsicas encontradas em todas as lo$as de tintas..omo os traos bsicos do ser humano so infinitamente mais numerosos que as cores do exemplo acima! as combinaes entre esses traos ser praticamente infinita! vindo da% a infinita diversidade de personalidades. R dif%cil pensar nos traos de outra forma! seno como uma inclinao inata e submetidaA influncia agravante ou atenuante do meio.O &E'& c"m" (ers"nali%a%e9 DeuD o ser total! essencial e particular da pessoa. IreqFentemente usado como sinQnimo de personalidade! o SeuT diz respeito ao indiv%duo e sua conscincia do mundo e de si pr#prio! ou se$a! a conscincia da pr#pria identidade e da realidade.a abordagem do DeuD importa o aspecto din0mico da personalidade! portanto! as representaes internas que a pessoa tem sobre a realidade externa! ou se$a! as relaes entre o su$eito e o ob$eto ou! em outras palavras! entre a pessoa e o mundo. Bnquanto a anlise dos traos uma tarefa prtica! de observaes ob$etivas sobre como a pessoa! a avaliao sobre o DeuD mais sub$etiva! mais psicodin0mica.As caracter%sticas da personalidade baseadas no SeuT dizem respeito no apenas ao modo como a pessoa se apresenta no mundo! conforme se v em relao aos traos! mas A maneira como a pessoa sente o mundo e interage com ele. Bnquanto os traos refletem mais o lado biol#gico da personalidade! o SeuT representa mais o aspecto afetivo da pessoa.6uitos autores discorrem sobre esta forma de avaliao da personalidade. Bntre eles! Jung v dois tipos de >isposio 5essoal pelas quais os indiv%duos se caracterizaro no contacto com o mundo ob$ectualE1- a maneira introertida e;2- a maneira e!troertida! Alm destas duas disposies bsicas! Jung reconhece ainda quatro funes associadas a elasE funo pensamento! sentimento! sensao e intuio. >esta forma! o indiv%duo pode ser considerado do tipo introvertido pensativo! ou sensitivo extrovertido e assim por diante. 5ela tipologia psicol#gica de Jung oito tipos psicol#gicos puros so poss%veis! mas! normalmente! cada pessoa dispe de duas funes predominantes! como por exemplo! o tipo extrovertido intuitivo+sentimental. Bm sua obraTipos ?sicol'icos este assunto abordado detalhadamente e apresentado de maneira mais fcil do possa parecer nesse exemplo sumrio.9utros autores consideram a personalidade baseada no DeuD de maneira diferente. Bntendem os indiv%duos que contactuam a realidade de maneira introvertida atravs de uma descrio mais diversificada e atribuindo+lhes outros ad$etivosE tristes! inseguros! melanc#licos! de tonalidade afetiva depressiva! e assim por diante. a realidade! entendendo os conceitos bsicos das teorias da personalidade percebemos que as diferentes denominaes so diferenas mais sem0nticas que ideol#gicas. O Pa(el S"cial c"m" (ers"nali%a%eBste tipo de avaliao sobre a personalidade observa o papel das atitudes e comportamentos da pessoa inserida na estrutura social a qual pertence. As pessoas tendem adaptar+se aos papeis sociais a elas designados buscando satisfazer a expectativa que o sistema tem sobre tais SpersonagensT. As pessoas que encontram um padre pela frente tm expectativas comuns sobre como ele dever se comportar! da mesma forma que o doente tem expectativas diante de seu mdico e este diante de seus clientes e assim por diante."odos desempenham muitos papeis sociais! cada um a seu tempo. 5apel de criana pr+escolar! de criana escolar! de universitrio! de enamorado! de profissional! de tra%do! de cOmplice! etc. H papeis depai! de filho! de chefe! de subalterno! enfim! estamos sempre a desempenhar algum papel social. Vs vezes temos que desempenhar vrios papis sociais ao longo do dia. Jung chama de 5ersona esta nossa apresentao social.A palavra persona! de origem grega! significa mscara! ou se$a! caracteriza a maneira pela qual o indiv%duo vai se apresentar no palco da vida em sociedade.5ortanto! diante do palco existencial cada um de n#s ostenta sua persona! mas h! porm! uma respeitvel dist0ncia entre o papel social do indiv%duo e aquilo que ele realmente ! ou entre aquilo que ele pensa ou pensam que e aquilo que ele de fato.a realidade! considerar a personalidade atravs dos papeis sociais pode no refletir a verdadeira natureza da pessoa. A avaliao mais ob$etiva seria atravs dos traos! indicativos de como a pessoa . A avaliao mais sub$etiva se d atravs do SeuT! indicativo de quem a pessoa e os papeis sociais mostram a capacidade de adaptao da pessoa.PERSONALIDADE) " mei" "! "s *enes+H em biologia uma f#rmula muito significativa e de validade indiscut%velE IBW"359 X &BW"359 Y A6C3B"B. Bntende+se por Ien#tipo o estado atual no qual se encontra o indiv%duo aqui e agora! por &en#tipo entende+se seu patrimQnio gentico e! em nosso caso! por Ambiente entendemos as influncias do destino existencial sobre o desenvolvimento do ser.>e maneira geral! o estado em que se apresenta o indiv%duo num dado momento deve ser entendido como uma con$ugao entre seu patrimQnio gentico e a influncia ambiental a que se submeteu. Bm outras palavras! uma somat#ria daquilo que ele trouxe para a vida com aquilo que a vida lhe deu. 5odemos assim! considerar a personalidade como sendo composta de elementos constitucionais ou genot%picos e de elemento ambientais ou parat%picos. 9 resultado final do indiv%duo! tal como se encontra no momento atual! ser o seu fen#tipo.A discusso sobre a fora do ambiente ou da constituio na formao da personalidade antiga! acirrada! infindvel e inconclusiva. A tendncia moderna e politicamente correta entender o su$eito como resultado da influncia preponderante do meio! porm! como o politicamente correto tende A acentuada demagogia! melhor seria uma concepo mais sensata.A cincia mdica! acostumada que est a considerar relacionamentos causais para os fenQmenos que estuda! sente+se incomodada quando alguma tendncia sociognica atribui A delinqFncia! por exemplo! um reflexo direto da pobreza 'ambiental/. Iosse assim! pelo menos em nosso meio a delinqFncia seria! no m%nimo! milhares de vezes mais presente.R por causa de idias assim! as quais procuram estabelecer relaes diretas entre sentimentos e acontecimentos! que a sociedade no consegue entender a >epresso como um estado no necessariamente associado a alguma coisa m que tenha acontecido para a pessoa deprimida.5or outro lado! a medicina psiquitrica tambm se incomoda com as afirmaes exageradamente org0nicas! como por exemplo! sobre a hip#tese do comportamento agressivo ser conseqFncia exclusiva de um bracinho mais longo de determinado cromossomo. .ontribuindo para atenuar esta perptua discusso! podemos pensar em um modelo de quatro mecanismos de influncia para a formao da personalidade. Mo elesE, - Mecanism" C"ns.i.!ci"nal Dire."9 mecanismo gentico direto sugere uma influncia dos genes eZou da constituio de maneira direta naformao da personalidade. este caso! a influncia ambiental muito pequena e a participao biol#gical quase absoluta. Mo poucas as situaes que se enquadram neste mecanismo e a maioria delas refere+se aos casos de deficincia mental! como por exemplo! a "rissomia o?n! entre outras.>e um modo geral! so situaes onde o patrimQnio gentico determina solidamente a configurao do indiv%duo de modo decididamente irrevers%vel! praticamente imune As alternativas teraputicas atuais 'grife+se DatuaisD/. >iz+nos o bom senso que de acordo com os avanos da gentica! tais situaes tendem a rarear cada vez mais. A deteco precoce de genes anQmalos ou patognicos e o conhecimento acerca da penetr0ncia de tais genes prometem um futuro mais otimista na rea da concepo humana. Bntretanto! atualmente tais procedimentos corretivos da formao gentica desenvolvem+se! predominantemente! na esfera da preveno e no do tratamento.9 termo correto para os fatores biol#gicos atrelados A pessoa gentico+constitucional e no apenas gentico. H diferenas entre um elemento apenas gentico e outro constitucional. &entico significa! em tese! hereditrio! herdado. .onstitucional! por sua vez! significa que faz parte da constituio da pessoa! podendo ou no ser gentico. 7m fator gentico significa tambm ser constitucional! mas o contrrio no se d. As malformaes proporcionadas pela toxoplasmose ou pela rubola! por exemplo! so de natureza constitucional! embora no se$a gentica./ - Mecanism" C"ns.i.!ci"nal In%ire."este caso! muito embora os traos marcantes da personalidade possam ser determinados por fatores constitucionais! uma atuao decisiva do ambiente pode alterar o curso do desenvolvimento da pessoa. 7ma surdez congnita! por exemplo! capaz de determinar uma personalidade peculiar por conta das limitaes de desenvolvimento! essa alterao ser significativamente atenuada caso a pessoa possa se beneficiar de recursos especializados de treinamento e educao.As alteraes constitucionais proporcionam maior ou menor probabilidade de se tornarem caracter%sticasna personalidade dependendo da atuao ambiental. 7m indiv%duo que tenha em si probabilidade gentica de ser alto! por exemplo! poder ter o desenvolvimento da estatura pre$udicada se o meio no lhe fornecer condies adequadas de nutrio. 9 contrrio verdadeiroU probabilidades genticas de baixa estatura podem ser compensadas com nutrio! exerc%cios! etc.Bncontram+se nesta possibilidade os transtornos emocionais considerados end#genos. R o caso da esquizofrenia! por exemplo! que pode ou no se manifestar durante a vida do indiv%duo apesar da probabilidade constitucional+gentica. A ecloso franca da doena depender de um complexo con$unto de circunst0ncias psicossociais. "ambm a predisposio A depresso poderia ser entendida atravs deste mecanismo! assim como outras condies psicopatol#gicas de comprovada concord0ncia familiar.0 - Mecanism" Am$ien.al Geral9 ambiente ou o espao s#cio+cultural a que pertence o indiv%duo pode favorecer o desenvolvimento de alguns traos peculiares em sua personalidade! principalmente na forma de relacionamento para com o mundo. 9s est%mulos! as solicitaes! as oportunidades de treinamento! as normas de convivncia! enfim! todo o con$unto de recursos oferecido A pessoa atravs do sistema s#cio+cultural e ambiental poder determinar caracter%sticas da pessoa existir.9 ambiente desempenha ao modeladora sobre as potencialidades constitucionais da personalidade! ouse$a! o ambiente pode alterar os rumos do desenvolvimento geral da pessoa. Mituam+se aqui os estados emocionais e de formao psicol#gica resultantes das vivncias apesar da existncia de fatores constitucionais.A chamada negligncia parental 'abandono por parte dos pais/ pode exercer marcantes alteraes no desenvolvimento emocional da pessoa! assim como as profundas perdas sofridas! a vitimizao das guerras e coisas assim. Bssas alteraes seriam de maneira global sobre o desenvolvimento da personalidade.1 - Mecanism" Am$ien.al Es(ec2fic"Aqui a influncia dos elementos ambientais se d de forma especifica! ou se$a! em aspectos espec%ficos da 5ersonalidade. A desnutrio! o alcoolismo! certas infeces! intoxicaes! etc.! so intercorrncias ambientais que atuam na personalidade especificamente neste ou naquele aspecto! como por exemplo! retardo mental! paran#ia! epilepsia! etc. Bste tambm o caso de um traumatismo craniano! ap#s o qualo indiv%duo tenha passado a apresentar convulses ou demenciao. 3sso quer dizer que sem determinado fator ambiental espec%fico a personalidade tomaria outro rumo e o indiv%duo se apresentariana vida com outro desempenho existencial.Bmbora esta proposta dos quatro mecanismos de influncia possa facilitar uma reflexo acerca da formao da personalidade e dos transtornos da personalidade! isso no deve ser tomado como uma questo hermtica. "anto para o desenvolvimento da personalidade normal! quanto da no+normal! sempre haver uma condio multifatorial! uma con$uno de mais de um destes mecanismos de influncia. Atualmente o mais sensato admitir uma natureza bio+psico+social na origem da personalidade e o peso com que cada um desses elementos participam ser extremamente varivel e individual.Os quatro humores e seus equivalentes modernos so apresentados a seguir:Humor ElementoNomeantigoNomemodernoMBTI Caractersticas antigasSangue Ar Sanguneo Arteso SPAlegre, prestativo,amorosoBlisamarelaFogo Colrico Idealista NFIrritadio, agressivo, corajosoBlisnegraTerra Melanclico uardio S!Desanimado, inquieto, complexoFleuma "gua Fleum#tico $acional NTModerado, frio, diplomtico