Teoria Construtivista Piaget

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TEORIA CONSTRUTIVISTA COGNITIVISMO PIAGETIANO JEAN PIAGET

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TEORIA CONSTRUTIVISTACOGNITIVISMO PIAGETIANO

JEAN PIAGET

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COGNITIVISMO PIAGETIANO

• O Cognitivismo piagetiano vincula a linguagem à cognição, isto é, a aquisição e o desenvolvimento da linguagem são processos derivados do desenvolvimento do raciocínio na criança.

A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM DEPENDE DO DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA NA CRIANÇA.

•O sujeito constrói estruturas (conhecimento) com base na experiência com o mundo físico, ao interagir e ao reagir biologicamente a ele.

• A criança, além de estar exposta às situações cotidianas, deve também estar “pronta”, no que se refere à maturação: TEORIA DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL DA CRIANÇA

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EPISTEMOLOGIA GENÉTICA

É uma teoria que se ocupa, como seu próprio nome revela, da gênese do conhecimento científico. Porém, o ser humano não chega ao conhecimento científico sem passar pela linguagem natural, que é a base para a posterior construção da linguagem científica (formalizada).

Piaget ocupou-se, sobretudo, das condições necessárias para que o ser humano possa falar, possa construir a linguagem, falada e escrita.

A linguagem depende da função semiótica, ou seja, da capacidade que a criança adquire por volta de um ano meio e dois anos, de distinguir o significado do significante.

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FUNÇÃO SEMIÓTICA OU SIMBÓLICA

Distinguir o significado do significante (permite a evocação e a representação do significado) nada mais é do que ser capaz de representar algo por algo:

UMA PEDRA COM VÁRIAS PEDRINHAS REPRESENTA UMA GALINHA COM VÁRIOS PINTINHOS

A criança torna-se capaz de se referir ao passado através de imagens, poderá criar fantasias, imaginar, prever, antecipar.

A construção do discurso não depende somente desta capacidade, mas também de toda a organização espaço-temporal e causal do real e de suas representações, construídas pela criança por intermédio de suas ações, para depois revelar as organizações dos eventos, dos objetos e das pessoas.

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ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO

Para Piaget os estágios e períodos do desenvolvimento caracterizam as diferentes maneiras do indivíduo interagir com a realidade, ou seja, de organizar seus conhecimentos visando sua adaptação, constituindo-se na modificação progressiva dos esquemas de assimilação.

Os estágios evoluem como uma espiral, de modo que cada estágio engloba o anterior e o amplia. Piaget não define idades rígidas para os estágios, mas sim que estes se apresentam em uma seqüência constante.

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Jean Piaget, para explicar o desenvolvimento intelectual, partiu da idéia que os atos biológicos são atos de adaptação ao meio físico e organizações do meio ambiente, sempre procurando manter um equilíbrio. Assim, Piaget entende que o desenvolvimento intelectual age do mesmo modo que o desenvolvimento biológico.

A atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento "total" do organismo.

DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL

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PROCESSOS DE APRENDIZAGEM Esquemas

Processo de assimilação:

Assimilação é a incorporação de um novo objeto ou idéia ao que já é conhecido, ou seja, ao esquema que o aprendiz já construiu.

A assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra (classifica) um novo dado perceptual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias (WADSWORTH, 1996). Ou seja, quando a criança tem novas experiências (vendo coisas novas, ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui.

O próprio Piaget define a assimilação como (PIAGET, 1996, p. 13) :

... uma integração à estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação.

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A criança tenta continuamente adaptar os novos estímulos aos esquemas que ela possui até aquele momento:

Por exemplo, imaginemos que uma criança está aprendendo a reconhecer animais, e até o momento, o único animal que ela conhece e tem organizado esquematicamente é o cachorro. Assim, podemos dizer que a criança possui, em sua estrutura cognitiva, um esquema de cachorro.Então, quando for apresentado um outro animal que possua alguma semelhança, como um cavalo a esta criança, ela o terá também como cachorro (marrom, quadrúpede, um rabo, pescoço, nariz molhado, etc.).

Assimilação por similaridade entre cavalo e cachorro.

ASSIMILAÇÃO

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Processo de acomodação:

Acomodação é a transformação ocorrida diante do que foi apresentado pelo ambiente. Isto significa dizer que diante de um novo objeto ou idéia o indivíduo modifica o esquema já adquirido e tenta adaptar-se ao novo.

Chamaremos acomodação (por analogia com os "acomodatos" biológicos) toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores (meio) aos quais se aplicam.

No caso do exemplo anterior:

A diferenciação do cavalo para o cachorro deverá ocorrer por um processo chamado de acomodação.

ACOMODAÇÃO

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Processo de equilibração:

É o equilíbrio dos dois processos anteriormente descritos. Quando o aluno recebe uma informação, se desequilibra psicologicamente e passa a fazer um balanceamento para acomodar e assimilar, reestabelecendo o equilíbrio e produzindo uma adaptação cada vez mais adequada ao mundo e uma conseqüente organização mental.

Primeiro Postulado : Todo esquema de assimilação tende a alimentar-se, isto é, a incorporar elementos que lhe são exteriores e compatíveis com a sua natureza.

Segundo Postulado : Todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar aos elementos que assimila, isto é, a se modificar em função de suas particularidades, mas, sem com isso, perder sua continuidade (portanto, seu fechamento enquanto ciclo de processos interdependentes), nem seus poderes anteriores de assimilação.

EQUILIBRAÇÃO

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De acordo com a teoria construtivista, a maior parte dos esquemas, em lugar de corresponder a uma montagem hereditária acabada, constroem-se pouco a pouco, e dão lugar a diferenciações, por acomodação às situações modificadas, ou por combinações (assimilações recíprocas com ou sem acomodações novas) múltiplas ou variadas.

TEORIA CONSTRUTIVISTA

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ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR

Estágio sensório-motor, mais ou menos de 0 a 2 anos: a atividade intelectual da criança é de natureza sensorial e motora. A principal característica desse período é a ausência da função semiótica, isto é, a criança não representa mentalmente os objetos. Sua ação é direta sobre eles. Essas atividades serão o fundamento da atividade intelectual futura. A estimulação ambiental interferirá na passagem de um estágio para o outro – Período que precede a linguagem.

O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.

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ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL

Estágio pré-operacional, mais ou menos de 2 a 6 anos: a criança desenvolve a capacidade simbólica; "já não depende unicamente de suas sensações, de seus movimentos, mas já distingue um significador (imagem, palavra ou símbolo) daquilo que ele significa (o objeto ausente), o significado". Para a educação é importante ressaltar o caráter lúdico do pensamento simbólico.

A criança deste estágio:

É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").Já pode agir por simulação, "como se". Possui percepção global sem discriminar detalhes.Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.

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É nesta fase que surge, na criança, a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação (PIAGET e INHELDER, 1982), e esta substituição é possível, conforme PIAGET, graças à função simbólica. Assim este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica.

O aparecimento da linguagem se dá na superação do estágio sensório-motor, quando há o desenvolvimento da função simbólica da linguagem - A LINGUAGEM É ENTENDIDA COMO UM SISTEMA SIMBÓLICO DE REPRESENTAÇÕES

ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL

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ESTÁGIOS DAS OPERAÇÕES CONCRETAS

Estágio das operações concretas, mais ou menos dos 7 aos 11 anos: a criança já possui uma organização mental integrada, os sistemas de ação reúnem-se em todos integrados. Piaget fala em operações de pensamento ao invés de ações. É capaz de ver a totalidade de diferentes ângulos. Conclui e consolida as conservações do número, da substância e do peso. Apesar de ainda trabalhar com objetos, agora representados, sua flexibilidade de pensamento permite um sem número de aprendizagens.

A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, ..., sendo então capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade.

Um importante conceito desta fase é o desenvolvimento da reversibilidade, ou seja, a capacidade da representação de uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada.

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ESTÁGIO OPERATÓRIO-FORMAL

Estágio das operações formais, mais ou menos dos 12 anos em diante: ocorre o desenvolvimento das operações de raciocínio abstrato. A criança se liberta inteiramente do objeto, inclusive o representado, operando agora com a forma (em contraposição a conteúdo), situando o real em um conjunto de transformações. A grande novidade do nível das operações formais é que o sujeito torna-se capaz de raciocinar corretamente sobre proposições. Tem início os processos de pensamento hipotético-dedutivos. É capaz de inferir as consequências.

Agora a criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade.

Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.

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CATEGORIAS DE LINGUAGEM

• São duas as categorias de linguagem: egocêntrica e a socializada.

EGOCÊNTRICA:

As conversações das crianças são egocêntricas ou centralizadas (fala consigo mesma), não têm o objetivo de comunicar nem levam em consideração um interlocutor – não há função social.

SOCIALIZADA:

A criança, realmente, passa a interagir por meio de perguntas, respostas, ameaças, etc.

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CRÍTICAS A PIAGET

• Piaget avaliou mal e subestimou o papel do social e das outras pessoas no desenvolvimento da criança.

* Indivíduo autônomo - maturação cognitiva

• Necessidade de um modelo interativo social para explicar o desenvolvimento nos primeiros dois anos.