“Tenho saudades da GaiaMostra” · Menezes, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia...

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notícias de gaia | 28.abr.11 Ano XXVI | n.º 497 | Quinzenal | 18 Abril 2011 | Director: Paulo Jorge Sousa | 0,25 euros Centro Cultural de Gaia em risco SUPLEMENTO PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Francisco Claro de Oliveira Presidente ACIGAIA pág. 3 “Tenho saudades da GaiaMostra” págs. 8 a 12 Conheça o projecto Passo a Passo Associação Abraço e Instituto da Droga e Toxicodependência patrocinam um projecto instalado em Gaia. Objectivo é potenciar uma nova oportunidade de vida a consumidores de substâncias psicoactivas, ilegais ou legais, em tratamento ou abstinentes págs. 16/17

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notícias de gaia | 28.abr.11

Ano XXVI | n.º 497 | Quinzenal | 18 Abril 2011 | Director: Paulo Jorge Sousa | 0,25 euros

Centro Cultural de Gaia em risco

SUPLEMENTO PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Francisco Claro de OliveiraPresidente ACIGAIA

pág. 3

“Tenhosaudades daGaiaMostra”

págs. 8 a 12

Conheça oprojecto

Passo a Passo

Associação Abraço e Instituto da Droga eToxicodependência patrocinam umprojecto instalado em Gaia. Objectivo épotenciar uma nova oportunidade de vidaa consumidores de substânciaspsicoactivas, ilegais ou legais, emtratamento ou abstinentes págs. 16/17

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SchoolHouseGaia organiza

jantar desolidariedade

No próximo dia 30 de Abril a EducaçãoTotal/SchoolHouse Gaia organiza o jantar desolidariedade para ajudar o projeto “Ajuda-me aSorrir Mãe”.

Este evento, que terá lugar às 20 horas naQuinta da Boucinha, visa a angariação de apoiopara as crianças desfavorecidas de Moçambique, aomesmo tempo que celebra o 6.º aniversário daEducaçãoTotal – Escola de Apoio Pedagógico e ainauguração da SchoolHouse Gaia – Escola deFormação Profissional e Escola de Línguas.

O projeto “Ajuda-me a Sorrir Mãe”, iniciado pelaEmbaixatriz de Moçambique em Portugal, Dra.Glória Mkaima, é apoiado pela SchoolHouse (SH)desde o seu início e o contributo para esta causatem sido notório graças às iniciativas das diversasunidades SH do País.

Uma vez mais o objetivo é a angariação devários tipos de apoio para Moçambique reunindodonativos monetários, roupa e material escolarque possa ser entregue a instituições e escolasmoçambicanas, de forma a proporcionar uma vidamelhor a inúmeras crianças.

Para esta iniciativa a EducaçãoTotal/SchoolHouse Gaia conta com o envolvimento detoda a comunidade, por isso, o jantar é aberto atodos quantos quiserem contribuir para esta causanobre, devendo, para tal, inscrever-se na secretariada EducaçãoTotal/SH Gaia até dia 21 de Abril.

Para além da contribuição dada no jantar,decorrerá a campanha “Um Sorriso paraMoçambique” para angariação de livros escolarese infantis, brinquedos e roupa de criança. A entregadestes bens poderá ser feita nas instalações daEducaçãoTotal/SH Gaia ou em qualquer escola de1º ciclo de Gaia, graças ao apoio de Rui Canêdo,diretor do Departamento M.A.I. Pedagógico.

Para além da presença dos colaboradores,formadores, formandos da SchoolHouse Gaia eseus familiares, esta causa conta já com aparticipação confirmada de diversas entidadesoficiais como o representante do Consolado daEmbaixada de Moçambique no Porto, FilipeMenezes, presidente da Câmara Municipal de VilaNova de Gaia e o seu adjunto, António Barbosa, RuiCanêdo, diretor do departamento M.A.I. Pedagógico,Dário Silva, presidente da Junta de Freguesia deOliveira do Douro, Manuel Monteiro, presidente daJunta de Freguesia de Vilar Andorinho, Pedro Santiagoe Luís Ferreira da SchoolHouse Master,representantes locais das autoridades policiais ebombeiros, da Gaianima e GaiaSocial, presidentesdas associações de pais e dos agrupamentos deescolas, entre outros.

Esta é a fórmula encontrada pela direção daEducaçãoTotal/SchoolHouse Gaia para celebrarduas ocasiões marcantes, contribuindo ativamente parauma causa social justa para a qual convida acomunidade de Vila Nova de Gaia, contando,igualmente, com o seu contributo e participaçãoativa. Mais informações e inscrições: nasinstalações da EducaçãoTotal/SchoolHouse Gaiana Av. Vasco da Gama, 2247, pelo telefone227848134 ou telemóvel 913404480 ou pelo [email protected]

A secretária de Estado Idália Serrão deslocou-se ao Parque Biológico para assistir à certificação de ExcelênciaEQUASS da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de VilaNova de Gaia. Este prémio foi entregue pela terceira vez no nosso país, no âmbito programa Arquimedes(Medida 6.4 do POPH - Programa Operacional Potencial Humano).

Este prémio atribuído à APPACDM fundamenta-se na avaliação de desempenho organizacional da instituição,à luz de nove princípios: Liderança, Direitos, Ética, Parcerias, Participação, Orientação para o Cliente, Abrangência,Orientação para os resultados e Melhoria Contínua.

"Somos a terceira organização em Portugal, num grupo de 12 na Europa, a obter esta qualificação" afirmouorgulhosamente o presidente da direcção da instituição. Mário Dias reconhece que a "certificação de qualidadeteve impacto nos resultados e no grau de satisfação das famílias e dos colaboradores. Passamos a ter um graude satisfação superior a 85%." E assegura que "traz mais responsabilidades para a instituição, que é servida poruma equipa muito profissional e muito dedicada, onde o humanismo e a solidariedade estão sempre presentes."

A secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação evidenciou o trabalho realizado. "É com instituições comoa APPACDM que nós acreditamos que o nosso Portugal se pode construir com mais consistência, com maisqualidade, com mais primor, sem deixar de lado aquilo quer é tão caro a muitos de nós, que são as questõesdos direitos de pessoas com deficiência, as questão de equidade e da justiça social. Esta certificação é mais umpasso naquilo que tem sido o vosso percurso."

A APPACDM está em Gaia desde 1973. Promove a integração da pessoa com deficiência mental,sensibiliza e co-responsabiliza a comunidade e o Estado na resolução dos problemas desta população. Contacom 318 clientes e 87 trabalhadores e atende várias faixas etárias e diferentes níveis de deficiência mental.

A construção de um novo Lar Residencial, no Cedro, e remodelação e ampliação do actual Centro deActividades Ocupacionais, em Canidelo, são projectos que pretendem desenvolver a médio prazo.

O European Quality in Social Services (EQUASS) é um sistema de reconhecimento, garantia e certificaçãoda qualidade dirigido às organizações que actuam no âmbito dos serviços sociais, tais como a reabilitação, aformação profissional, a assistência e cuidados às pessoas em situação de fragilidade social. De referir que emPortugal, todas as organizações com este nível de certificação são da área da reabilitação, sendo duas de apoioa pessoas com deficiência mental.

Certificação de Excelênciapara a APPACDM

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Editorial* Artur Villares

MemóriaFace à tremenda crise que desabou

sobre nós, por políticas de despesismoestatista desenfreado nos últimos anos,muitas têm sido as vozes que têmapelado à criação de um governo deunidade nacional, ou de união nacional(salvo seja!), patriótico e por aí fora.Quer dizer, uma salgalhada ideológica,que seria na prática, meter num sacouma ninhada de gatos e fechar bem. Atépoderá acontecer que após as eleiçõesse tenha de avançar para qualquer tipode coligação, mais ou menos alargada.De fora já se puseram os marxistas davelha guarda, mais ou menosesquerdistas, não só das negociaçõescom os que nos vão emprestar dinheirocomo de qualquer hipotético futurogoverno. Restam os partidos dochamado arco da governação. Mas oque lá tem estado alapado nos últimosanos, particular responsável pelodesastre, dificilmente ajudará a resolverseja lá o que for, porque da economiacontinua a ter as mesmas ideiasestatistas, parolamente keynesianas,que ajudaram à situação que vivemos.Esperemos que os eleitores não tenhammemória curta no dia das eleições!

A Novopca assinou com a câmara de Gaia, no finalde Janeiro de 2007, a escritura pública do CentroCultural de Gaia.

Esta assinatura dizia respeito ao concursointernacional para a concepção, construção eexploração deste equipamento municipal, envolvendoum investimento privado para o Centro Histórico su-perior a 25 milhões de euros.

Na cerimónia, o presidente da câmara de Gaiareferiu-se ao projecto como um meio dinamizador“muito agressivo no Centro Histórico, o que por si sóvai atrair mais investimento e mais potencialidadeseconómicas”. Uma espécie de “rive gauch” da ÁreaMetropolitana do Porto, segundo Filipe Menezes.

Porém, quase dois anos após a data prevista deconclusão, o equipamento não está ainda pronto.Visivelmente atrasado até com muito poucamovimentação.

Para piorar, no dia 19 deste mês, a Novopca –Construtores Associados, S.A terá dado entrada noTribunal de Vila Nova de Famalicão com um pedidoabertura de processo de insolvência com pedido derecuperação da empresa. A confirmar-se esta situação,

Centro Cultural deGaia estará em causa?

Empresa responsável pelo projecto entrou com processo de insolvência.Equipamento deveria estar concluído em Agosto de 2009

Assinatura entre câmara de Gaia e Novopca, Janeiro 2007

Ministra doTrabalho visitaempresas de

GaiaA ministra e secretário de Estado do Trabalho,

Helena André e Valter Lemos visitaramrecentemente algumas empresas de sucesso domunicipio.

Acompanhados pelo vereador da câmara deGaia, Mário Fontemanha, e o administradorexecutivo da Amigaia, EEM, Miguel Santos, osgovernantes passaram pela Salvador Caetano ea TEGOPI.

Na última edição, na reportagem sobre a empresa ‘asua secretária’, trocamos o nome da mentora doprojecto. Chamámos-lhe Tânia Pinho quando na

verdade é Tânia Pinto.Por este facto pedimos as nossas mais sinceras

desculpas.

possivelmente, o projecto do Centro Cultural deverásofrer alterações.

A empresa previa que a obra que iria reconstruirnos antigos armazéns da Real Companhia Velhaestaria concluída em Agosto de 2009. Questionadosobre esta obra, o vereador do pelouro da Cultura,Mário Dorminsky, diz que “desconhece por completo”a evolução do projecto.

O Centro Cultural de Gaia – pelo menos a fachadaque existe hoje – está localizado no coração da beira-rio, um local privilegiado do município e com umpotencial turístico imenso.

O projecto envolve uma intervenção em cerca deoito mil metros quadrados, de solo, ascendendo umaárea de construção final aos 16 mil metros quadradosde área bruta acima do solo. Inclui um auditório e salasde cinema, espaços de ensino, como escolas de arte,como pintura, dança, canto, moda e design, espaçoscomerciais temáticos, uma praça coberta e espaçosmusicais temáticos.

Com esta paragem, o municipio continuará semum equipamento cultural digno que consiga albergarum evento de maiores dimensões.

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Colégio de Gaiavence EGG

PARADE 2011

foram eleitos por unanimidade.O 1º Prémio foi atribuído, então, ao

ovo do Colégio de Gaia, com o título“Netovo”. Para esta decisão terácontribuído a informação pertinente eactual, dirigida à faixa etária abrangidapor este concurso e não só, associadaa um trabalho plástico bem conseguidono seu todo, com uma grande harmoniaentre os diversos elementos queconstituem este ovo.

O júri notou uma evolução criativaface aos resultados apresentadosnos últimos dois anos, salientandoa grande diversidade de materiaisutilizados o que, em alguns casosserviu para valorizar os produtosapresentados a concurso. Outro dosaspectos destacados pelo júri foi aabrangência dos temas abordadospelos jovens artistas, que permitiu obter

O Colégio de Gaia foi o grandevencedor do concurso Egg Parade2011. O júri, composto pelos artistasplásticos Helena Leão, Raúl Ferreira eRicardo da Silva, estes últimos tambémdocentes, reuniu no Gaiashoppingpelas 11:00 horas do dia 15 de Abrilde 2011, para analisar os trabalhos aconcurso no projecto. Os vencedores

composições diferenciadoras naglobalidade dos ovos apresentados.

Ovos vencedores, assim comotodos os ovos apresentados a con-curso estão patentes na praça cen-tral do Gaiashopping até ao dia 2 deMaio de 2011, numa verdadeira EggParade.

1º Prémio“Netovo”Colégio de Gaia- 2º ciclo

2º Prémio“La Mariée”E B 2, 3 Soares dos Reis

3º PrémioE B2,3 de Oliveira do Douro

1ª Menção Honrosa“Ideia, Projecto, Criação” – E.V.T -TecnológicaE B 2, 3 de Valadares

2ª Menção HonrosaEscola Básica e Secundária deCanelasCEF- Empregados de mesa

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TEP e PrimeirosSintomas apresentam

'Os Assassinos'Na sequência de um convite do Teatro Experimental do Porto a Bruno

Bravo, director do grupo teatral de Lisboa Primeiros Sintomas, para encenarum espectáculo na companhia, foi decidido fazer uma co-produção entre osdois organismos. Trata-se da primeira que o Teatro Experimental do Porto fazem quase 58 anos de actividade regular, que se completam em Junho.

Do encontro destas sinergias surgirá o 223º espectáculo do TEP - 'OsAssassinos' - de Miguel Castro Caldas. Esta é uma ocupação de um conto deErnest Hemingway, com encenação de Bruno Bravo. Estreia, no AuditórioMunicipal de Gaia, no dia 5 de Maio, pelas 21h30. A cenografia é de StéphaneAlberto, os figurinos de Susana Sá, o desenho de luz de André Calado, estandoa interpretação a cargo de Dinis Gomes, Miguel Loureiro, Paulo Pinto, RicardoNeves-Neves e Susana Sá.

O espectáculo fará representações no Auditório Municipal de Gaia, entre 5 e29 de Maio, de quarta-feira a sábado, às 21h30, e, ao domingo, às 16h, estandopor agendar o local e datas da apresentação em Lisboa.

O conto The Killers, de Ernest Hemingway, foi fonte de inspiração para váriosfilmes, sobretudo americanos, mas também para Andrei Tarkovsky, o únicorealizador que respeitou o final do autor, deixando-o em aberto. Agora serve debase ao texto de Miguel Castro Caldas.

"Dois gangsters entram num restaurante meia hora antes deste começara servir as refeições. Dirigem-se ao balcão e dizem que estão à espera doSueco. Rapidamente percebemos que vêm para o matar. O Sueco costuma iràquele restaurante todos os dias. Eles ficam à espera dele. Mas ele não vem.No fim, o criado do restaurante vai ao quarto de hotel onde o Sueco estáinstalado. Avisa-o de que andam uns tipos à procura dele para o matar, que omelhor é ele fugir. Mas ele diz que não foge, que está farto de fugir, não sairádo sítio onde está…" (Miguel Castro Caldas)

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Chama-se ARQ2525 e está localizado a apenas unsmetros da mais conhecida rotunda de Gaia: Santo Ovídio.Apesar de existirem já alguns anos enquanto liberais, ogabinete de arquitectura liderado por Valentim e MiguelMiranda existe formalmente há oito anos.

Uma das linhas de pensamento destes arquitectosassenta na máxima: 'a qualidade é um direito a que todosassiste e a que aos técnicos obriga'. Miguel Mirandaexplica-a: "Acho que é uma frase muito bem conseguidada nossa parte. Achamos que toda a gente merece amelhor qualidade possível, em tudo. No nosso caso, naarquitectura, naquilo que de melhor se possa fazer nanossa área. Como profissionais que somos, o mínimo quenos exigimos a nós próprios é o melhor".

Esta linha mestra poderá ser uma característica quedestaca o ARQ2525 dos outros gabinetes. "Há quem diganão sou o melhor do mundo, mas não há melhor do queeu", brincou o arquitecto, porém, admite que poderá sercaracterística que reflete a "nossa dedicação". MiguelMiranda salienta ainda que na "nossa política de qualidadehá ainda uma frase que respeitamos muito que é 'umcliente, um amigo'. De facto, todos os clientes que temosvão-se tornando amigos e fiéis ao nosso trabalho".

Este é um gabinete que se dedica a várias vertentes,nomeadamente, arquitectura, design e projectos. Mas oque prefere o arquitecto? "Tudo, mas essencialmente aarquitectura". Aliás, esta é a área em que o gabinete maistrabalha.

Há cerca de três anos enveredaram pelo design deinteriores porque "são complementos". Os arquitectos nãotêm necessariamente de fazer tudo, embora possam'encaixar' harmoniosamente todas as valências no mesmoprojecto, desde que sejam "bem pensadas ecoordenadas". Podem oferecer mais este serviço aosclientes que tem funcionado bem.

Em 2010, a ARQ2525 venceu o segundo prémio CorianDesign. Em duas vezes que se submeteram a concursos

'Um cliente, um amigo'Pai e filho são os rostos do gabinete dearquitectura. Venceram recentemente umprémio de design de interiores e preparam-seagora para ver projectos seus à aprovação ecríticas dos gaienses: o centro multimédia doGran-Cruz e um dos hotéis que vai nascer nabeira-rio. Preparam a médio prazo novasaventuras noutros países ainda por explorar.Miguel Miranda aposta ainda numa novapolitica de recuperação de património parapotenciar uma nova politica de arrendamento erevitalizar os centros históricos

conseguiram vencer oprimeiro e arrecadar osegundo lugar, perdendopara uma das arquitectasmais conceituadas a nívelmundial. "Só nos honra!Foi uma aposta ganhaeste prémio de design".

Actualmente, todosprojectos pertencem aclientes particulares.Pequenas ou grandesprojectos, mas deprivados. Não trabalhamcom entidades públicaspor opção, mas confessaque é uma consequência"pelo volume de trabalhoque temos".

Ainda assim, MiguelMiranda reconhece que é"nos concursos que seganha que se consolida onome em termos nacionaise internacionais,naturalmente também dámuito mais liberdade deconcepção um concursodo que com um projectocom um cliente particularonde temos, à partida, de

de outros hotéis que o grupo quer espalhar por todo opaís.

Quanto ao futuro, o arquitecto assegura que estão apensar "seriamente em expandir. O mercado nacional estácomo toda a gente sabe e começamos a sentirnecessidade de dar um salto e procurar novas terraspara construir", mas apenas depois de concretizar algunsprojectos de relevo que têm 'nas mãos'.

Miguel Miranda acredita que uma das formas decombater a crise imobiliária será uma nova politica derecuperação, nomeadamente na revitalização dos centroshistóricos. "Devia haver um maior incentivo narecuperação do património", explica.

Uma redução das taxas aplicadas sobre estes imóveispoderiam servir de incentivo aos agentes imobiliários eatrair novos pessoas para estas áreas que estão cadavez mais desertas. "Mercado para isso há, o mercadojovem gosta desse tipo de vivência. Teria de havervantagens para quem constrói e vantagens para quemvai para lá morar".

obedecer a próprias regras e ao gosto do cliente. Quandotemos um cliente em abstracto que nos pede um projecto,obviamente, temos de cumprir toda a legislação, mas emtermos conceptual podemos dar asas a toda a imaginação.No final estará um júri para decidir que a imaginação foidemais ou não".

O gabinete tem neste momento dois projectos dedestaque na beira-rio. O centro multimédia da Gran-Cruz,em parceria com um gabinete francês, e o hotel do grupoCS que está localizado atrás do Centro Cultural de Gaia.

No que diz respeito ao centro da Gran-Cruz, oarquitecto destaca a "experiencia gratificante" devido àsdiferentes formas de pensar resultantes às culturas ementalidades distintas. É uma parceria interessante du-rante o projecto, "vamos ver agora com a execução daobra se se mantém interessante ou se melhora".

Quanto ao CS Oporto Vintage, vai ser um hotel decinco estrelas e, seguramente, mais uma referência dazona histórica, com 50 quartos. Desta vez, este é umprojecto exclusivamente do ARQ2525, inserido numa rede

ARQ2525

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

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Av. Beira Mar, 1143Praia de Salgueiros4400-382 Vila Nova de GaiaTelf. 227 811 363Email: [email protected]

Como surge o projecto Mar à Vista?O projecto Mar à Vista já existe há cerca de dez

anos. Com o POOC de então que previa umarequalificação de toda a costa portuguesa. Decidimosentão investir aqui. Mudámos de ramo. Deixámos a áreada grande distribuição e decidimos investir aqui.Comprámos o antigo Mar à Vista e depois de demolidoconstruímos este espaço. Faz este ano oito anos.

Foi um grande investimento que fizeram, já quetiveram de adquirir o Mar à Vista primeiro para depoisreconstrui-lo….

Foi assustador, de início! Aquisição do espaço, dalicença [um custo elevado que se paga anualmente aoMinistério do Ambiente]… avançámos! As dificuldadesmaiores foram os patrocínios dos bancos, porque elesainda não reconheciam este investimento. Foi difícilcomeçar, mas tínhamos fé e avançámos.

Este foi um dos primeiros equipamentosconstruídos na orla?

Completo foi. A câmara constituiu mais dois ou três…mas privado este foi o primeiro.

Valeu a pena?Valeu e está a valer. Foi um objectivo que queríamos

concretizar. Que funciona e que não estamosarrependidos.

Esta requalificação da orla marítima terminoucomo imaginava?

Sim. Já estava definido no programa da câmara. Maistarde ou mais cedo ela ia acontecer. Demorou dois anos,apesar de tudo, e durante esse tempo foi muitocomplicado. As obras andaram muito devagar, asestradas estavam cortadas… os clientes nãoconseguiam sequer aceder ao Mar à Vista. Mas quandoterminou tivemos o seu retorno.

Estas praias são consideradas de excelência. Oque provoca uma grande afluência a esteestabelecimento durante o verão. Não deveria haver

uma política de dinamização da orla costeira noresto do ano?

Isto é uma zona de praia e como tal está sujeito aotempo e às intempéries. No Inverno ter mais pessoas?Não para a praia…

Refiro-me a atrair para estes equipamentos…Sim… mas aí acredito que será pela qualidade do

próprio serviço dos estabelecimentos. Quando o temponão está tão agressivo as pessoas vem até ao pé dabeira-mar. Seria já entrar por outra via. Seria entrar umpouco nas festarolas e eu não sei se as pessoasquererão isso. As pessoas querem mesmo estar nestessítios a passear e a descansar.

Na orla costeira há espaços de restauraçãoseparados apenas por meia dúzia de metros. O quediferencia o Mar à Vista dos restantes espaçossemelhantes?

O serviço. É uma das nossas filosofias. Sempreapostamos no serviço. Na restauração, o serviço éextremamente caro. Um café servido por um funcionáriocusta muito dinheiro. 100 cafés servidos por doisfuncionários já custa menos. Mas este serviço é funda-mental. Nós apostamos numa equipa permanente. Nãotemos só funcionários quando está bom tempo. O tempoé bastante imprevisível. Temos um quadro de pessoalelevado, que lhes proporcionamos estabilidadeprofissional. A nós, temos garantia de quando há clientestambém temos um serviço rápido e profissional. É certoque o serviço que temos não é o mesmo de verão e deInverno, mas apostamos num quadro de pessoalpermanente.

Tem algum objectivo para o Mar à Vista a médio-longo prazo?

Não temos ideia de expansão. O fundamental é amanutenção do serviço e continuar um espaço agradávelpara os clientes. Os meus clientes não sãoexclusivamente de Gaia. Grande parte deles vem deoutros locais, de longe inclusive. Vêm receber um poucode energia à beira-mar! Um trabalho constante!

Quais são as maiores dificuldades deste sector?Falo por mim… mas acho que a grande preocupação

é a manutenção de clientes.

Os clientes são de Gaia?Temos uma boa parte de clientes assíduos, mas a

grande parte deles vem de fora. Das nove da manhã àsduas da manhã… fechamos apenas dois dias do ano.

Também é o responsável pela concessão da praiadurante a época balnear.

Sim. E isto representa mais trabalho, mais dinheirogasto, porque as praias podem ser muito interessantesde ver, mas com a lei actual das Bandeiras Azuis queexige ter dois nadadores salvadores permanentes e maisum para as folgas é um custo imenso. É mais um custo.Acho que se podia reduzir este custo apenas baixandoo número de nadadores exigido. Temos praias, como é ocaso da nossa, em que o nosso posto do nadadorsalvador está a dois metros do outro posto. Ou seja,seis nadadores para um espaço tão reduzido.

Tal como Fénix, foi na reconstrução que oMar à Vista ganhou a fama do que é hoje. DeVerão ou de Inverno, as pessoas procuram oespaço para almoçar, jantar, conversar,conviver ou apenas para recuperar energias àbeira-mar. A aposta no serviço deatendimento ao público permanente já ganhoufama. E não é à toa. Esta é uma fama queimplica um grande investimento, mas umretorno por parte dos clientes muito positivo.No meio de tantos espaços de restauração, oMar à Vista continua a conseguir superar acrise. Procurados por pessoas de Gaia e/ouarredores. A grande vantagem é que o clienteque volta sabe que a qualidade continua a sero ex-líbris do espaço.

Serviço de eleição no Mar à VistaPEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

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Na mente do cidadão comum ainda pairam muitasdúvidas quanto a este sector. Esta é mais umaoportunidade para desmistificar ideias pré-concebidas. Por exemplo: quais são as vantagensque um cliente tem ao aderir às energias solares?

Vamos ver: no que se refere ao fotovoltáico, que é oque dá a electricidade… normalmente representa uminvestimento que se paga em seis anos e tem a vantagemda pessoa ter a luz gratuitamente e ainda poder venderpara a EDP. O painel deverá durar pelo menos duasdécadas. O que quer dizer que é um investimento deseis anos e os restantes são lucro.

O cliente adquire o quê?O cliente tem de adquirir um kit fotovoltáico, ou seja,

para se conseguir uma central em casa é obrigatória ainstalação de vários painéis. Este investimento - quepermitirá ter luz em casa e poder rentabilizar a excedente- implica um valor de 20 mil euros, no mínimo!

E não poderá ter uma central exclusivamente paraconsumo próprio?

O intuito é rentabilizar. Porquê? Esta central vaiacumular bastante energia que a casa não consome.Então para quê desperdiçar o excedente de energia?Imagine… precisa 10% de energia para casa… o quevai fazer aos restantes 90%? Vai desperdiçar? E parater os painéis fotovoltáicos, por lei, tem de ter tambémos térmicos.

O que são painéis térmicos?Os térmicos são para aquecimento de águas

sanitárias. Tem vantagens porquê? Por exemplo, umapessoa que tenha uma casa com dois/três pisos quandoabre a torneira da água quente demora muito tempo atéchegar aos pisos de cima. Com os painéis, como a água

Fonte solar mal aproveitada pela populaçãoJéssica Silva e Anabela Sousa são o rosto daMES - Energias Solares. Esta empresa deLever aposta essencialmente nas energiasalternativas: fotovoltáicas e térmicas. Umaaposta num mundo mais sustentável, maisecológico, mas também numa redução decustos no dia a dia das pessoas. Se agora secompra energia, com uma mini central ocliente poderá não só ter a sua própria energiagratuita e ainda rentabilizar o equipamentovendendo o excedente à EDP. Mas poucossabem. Porquê? Por interesses? O importanteé que este é um investimento inicial quepossivelmente compensará a curto prazo!

já está quente, vamos poupar não só energia como água.

E as pessoas têm aderido?Sim. Cada vez mais. Porém, têm um pouco de medo.

Cada painel destes custa o mesmo que uma televisãode mil e poucos euros ou dois mil. Há preços para tudo,claro! Mas as pessoas pensam que ás vezes têm de tercinco ou seis mil euros. Nem se apercebem. Mas pensoque têm aderido. Ainda assim a nossa actividade princi-pal é painéis solares no estrangeiro.

Porque motivo ainda não estamos receptivos?É estranho! Repare, nós temos o melhor clima de

todos esses países. No entanto, eles aderem porquetêm outra visão da realidade. Têm mais cuidados, sãomais organizados, são mais ecológicos. Mais, aocontrário de nós que só pensamos a curto prazo, nosoutros países eles pensam nestes investimentos tendoem conta o que vão poupar no futuro.

Não caberia ao governos e às autarquias locaissensibilizar a população para as vantagens dautilização da energia solar? Ou até eles própriosdarem o exemplo?

Eu penso que sim. O que eles fizeram de bom foique as novas construções tivessem os painéis térmicos.Mas para fotovoltáicas não há lei. Só as águas sanitáriastêm legislação, o que não interessa a muitas pessoas.Não tem rentabilidade.

Há alguns meses a empresa praticamente nãotinha clientes da freguesia. E agora?

Continuamos a não ter…. se calhar também estamosmuito focados nas centrais das obras do exterior. Não

podemos dar-nos ao luxo de perder uma obra doestrangeiro para assegurar uma obra individual de umacasa que irá ser construída dentro de um ou dois anos.Isto aconteceu-nos. Pessoas aqui de Lever que nosprocuram, mas que as casas ainda estão em projecto…as pessoas de Lever, não é nada contra nós, mas nãoestão muito sensibilizadas para este sector.

Não pensa que as pessoas também nãopercebem ainda o que são painéis solares ou centraisfotovoltáicas?

Pois. Não sabem mesmo!

Quais são as dificuldades deste sector?A informação. Se fizessem uns spots como fizeram

para os Censos a explicar o que é, para que serve equais são as vantagens… mas de uma forma simples…acho que a realidade seria outra. Também penso que asautarquias deveriam fazer sessões de esclarecimento.Acções de sensibilização junto da população para queperceba como tudo funciona. Por exemplo, há muitagente que acha que de Inverno é impossível captarenergia… é errado!

Ainda ponderam a deslocalização da empresa?Sim. Ainda está a ser ponderada. Já tentamos para o

InovaGaia mas ainda não obtivemos resposta. Masmesmo assim o que procuramos é um sítio maismovimentado. Que desse mais nas vistas. Que aspessoas passassem e tivessem mais curiosidade paraentrar e perguntar. Aqui tiveram curiosidade, mas só noinício. Como ainda nos estamos a mostrar ao mercado,precisamos de um sítio que nos desse a conhecer. Quemsabe a Avenida da República…

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PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Page 8: “Tenho saudades da GaiaMostra” · Menezes, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e o seu adjunto, António Barbosa, Rui Canêdo, diretor do departamento M.A.I.

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A 12 de Setembro de 1897 nasceo Grémio Commercial de Gaya. Oobjectivo foi constituir uma entidadeque protegesse os interesses doscomerciantes e dos pequenosindustriais. Este propósito ainda semantém?

Sim. Mas uma pequenarectificação. Esta casa nasceu comoAssociação Comercial de Gaia. Anosmais tarde passou a AssociaçãoComercial e Industrial. No tempo deSalazar, com o corporativismo, veio

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"Não há um cadastrocomercial em Gaia"

Francisco Claro de Oliveira é o rosto mais conhecido daACIGAIA. Há décadas. Uma imagem austera que lidera umaparte dos comerciantes e industriais de Vila Nova de Gaia.

Gostava de ver funcionar a parceria entre a câmara munici-pal e a associação. Mas não consegue. Ainda que nãoencontre explicação para tal. Com excepção da entrega delivros gratuitos que o município faz a todas as crianças quesurge com o apoio dos livreiros de Gaia, pouco ou nada temjuntado as duas entidades. E haveria tanto que a ACIGAIApoderia fazer como elo de ligação entre a autarquia e osempresários…

Luta pelos interesses dos associados, mas mostra-setambém muito assertivo quanto aos deveres que têm para como município.

Espera ver no terreno o novo pólo industrial em Sandim, noqual deverá estar um aeroporto de cidade. Uma ideia há muitoimplementada em projectos semelhantes estrangeiros.

Está na direcção a prestar um serviço apenas porque gostado associativismo. Por carolice. Dedica uma grande parte doseu dia a tentar potenciar as pequenas e médias empresas dacidade. Recebeu agora - finalmente - da mãos da autarquia umedifício para a sede da ACIGAIA. Dentro de dois anos, segundo"a promessa que fizeram", o Palácio da Fervença vai servircom dignidade todos os associados… como há muito odesejavam! o Grémio do Comércio. O propósito é

esse, proteger todo aquele que sequisesse estabelecer e desenvolvera sua actividade comercial e indus-trial no concelho. Mas também, semdúvida, hoje ainda se justifica mais anossa existência, porque asexigências feitas a quem seestabelece, quer no comércio querna industria são tantas, tantas, quese não houver uma instituição comoa nossa a dar este tipo de apoio, semquererem muitas vezes entram nas

ilegalidades, por desconhecimento.Há dias disse que 40% dosestabelecimentos em Gaia estariamilegais. As pessoas quase quelevaram a mal eu ter dito isso. Estãoilegais de uma forma inconsciente.Basta não ter um extintor colocadono lugar certo para estar ilegal e lhepoderem aplicar uma coima. Asexigências são tantas, tantas, quedificilmente sem uma associaçãoque os proteja as pessoas que estãoinstaladas conseguirão estar de uma

forma legal.

Qual é a vantagem de serassociado da ACIGAIA?

Primeiro… a união faz a força! Enaturalmente, reivindicação que sequeira fazer! No nosso concelho, aexemplo de outros, as necessidadessão imensas e se os empresáriosnão estiverem agrupados numaassociação que os proteja,dificilmente se farão ouvir. Já aprópria associação não tem tanta

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facilidade em se fazer ao nívelgovernamental, por exemplo. Mas porisso estamos também agrupados emfederações e confederação. Asassociações levam problemas aosnúcleos federativos, que por sua vezfazem chegar a quem decide. Se umassociado não estiver na suaassociação, terá os mesmosproblemas que de uma associaçãoque não está na federação. Não sefaz ouvir.

Qual é a quota actual de umassociado.

É a mesma de há 20 anos: 7,5euros por mês.

A ACIGAIA tem um papel maispreponderante para as empresas nomomento da sua instalação ou noposterior acompanhamento?

É muito importante nas duassituações. Primeiro, para o que sequer estabelecer porque… é naturalque as pessoas não saibam de tudo.E em termos legislativos não sabemmesmo. Segundo, oacompanhamento também é muitoimportante. Porque hoje para a abriruma empresa basta simplesmenteum projecto. Apresenta um projecto…abra a porta! Só que depois ficaresponsável por tudo o que acontecernaquele estabelecimento. E como asalterações e as novas leis e as novasregras são inconstantes, se a pessoanão está devidamenteacompanhada, naturalmente, três ouquatro meses depois está ilegal,pensando que está dentro da lei.

Recentemente a autarquia doouà ACIGAIA o Palácio da Fervença,na Rua do Pilar, para a futura sede.Ficou satisfeito com este opçãopara a associação?

Bem. É sempre um bem imóvelque a ACIGAIA vai passar a ter. Oedifício tem dignidade para receberqualquer instituição. Eu sou um dos

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directores e a maioria decidiu que issoseria bom para a ACIGAIA. Temosde aceitar.

Quando esperam instalar-sedefinitivamente?

Segundo nos foi prometido, noespaço máximo de dois anos. Vaientrar em obras.

Mas mudaram de instalações…porquê?

Os espaço que nós utilizámos nãooferecia o mínimo de condições edignidade para receber ou atenderos empresários de Gaia. Não davapara ficarmos nem mais um mês noantigo local. Uma inspecção feita aolocal pelas entidades competentes,informou-nos que aquele local nãoreunia as condições mínimas para aactividade de uma associaçãoprestadora de serviços. Tivemosmesmo de sair daqui. Encontrámoseste espaço, que é a 'cereja em cimado bolo'. É formidável porque reúnetodas as condições paracomeçarmos a colocar em práticaprojectos que ainda não tínhamostido hipótese de pôr em prática.

No site diz que a ACIGAIA seencontra envolvida no projectorelativo à construção de um parqueindustrial de raiz em Vila Nova deGaia. Continuam com esteobjectivo?

Sem dúvida que sim. Quanto maisnão seja por afinidade. Somos umainstituição representativa dosempresários de Gaia e, naturalmente,fomos chamados ao processo.Segundo, porque o parqueempresarial que vejo com mais fu-turo - em termos de área e localização- e que vai ser um grande ex-librisdos parques empresariais é o deSandim. E o seu proprietário é nossocolega de direcção. Inclusivé,estamos a pensar num aeroporto decidade para aquele parque

empresarial. A via marítima é emLeixões, a férrea é nas Devesas e hátipos de mercadorias e de empresasque necessitam de um momentopara o outro ter a sua mercadoria nodestino. Não é novo. Na América jáexiste há alguns anos e servemfundamentalmente para as empresasinstaladas.

O que falta para concluir?Sobretudo licenciamentos. Está

tudo pronto para arrancar. Acreditoque mais depressa do que se possapensar ele vai nascer.

Prefere conceito do parqueEmpresarial de São Félix da Marinhaou, por exemplo, o NúcleoEmpresarial de Serzedo (NES)?

O NES posso considerar comoninho de empresas. Não querochamar-lhe ninho, porque não sãoempresas que estão a nascer. Sãoempresas conceituadas e nomercado há muito tempo. A formacomo está instalado deve ser oprincípio do que devem ser osparques empresariais. De uma formamuito directa, sem atropelos, semconsumo de muito espaço,conseguem uma dinâmica a todos os

níveis: sociais, económicos,financeiros…

É um bom exemplo?É isso mesmo. O exemplo do que

se poderá querer para o nossoconcelho.

Há uma frase feita que o povodiz: 'o comércio tradicional estámoribundo'. É verdade?

É verdade… e não é por culpa doscomerciantes. Isto é por culpa dequase todos os envolvidos. Se calhartambém a associação. Primeiro foiessa invasão das grandessuperfícies… eu não compreendocomo foi possível alargar o horáriode domingo das grandes superfícies,dizendo que é para servir aspopulações. É mentira! Dizem quevão criar milhares de postos detrabalho. Uma aberração! Quem éque pensa assim? Só quem está àdistância e não sabe o que é isso, ouestá a pagar um favor ou uma factura.Depois desses grandes gruposeconómicos terem os seus satélitesjunto das populações, abertos aodomingo todo o dia - que nós nãocontestámos por entender quepoderá fazer falta -, há alguma

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necessidade de abrirem as superfícies com maisde dois mil metros quadrados ao domingo todo odia? Mas porquê? Para servir quem? Naturalmenteque é para servir alguns interesses, mas não osdas populações.

Nem para os novos postos de trabalho?Não. Houve uma reconversão dos espaços

mortos do pessoal, utilizando-os para abrir aodomingo todo o dia. E depois há as 'armas' comque lutam. Veja: o contrato de trabalho sãodeficitários, são a prazo. Quando o comércio ditotradicional, eu prefiro comércio de proximidade,para começar a trabalhar tem de ter um contratode trabalho permanente. O funcionário sabe quepassa logo a ter um emprego certo. A pagar osmínimos que todos sabemos. As grandessuperfícies não fazem assim. Rodamconstantemente. Fazem contratos a prazo. unsatrás dos outros. Atropelam tudo e todos. Nãocumprem horários. Brincam com os recibos verdes,com os part-times. Brincam com as pessoas. Estalegislação é para alguns, não para todos e ocomércio de proximidade poderá estar moribundo.Porquê? Com todos estes atropelos de quem nosgoverna é difícil resistir…

Quantos comerciantes existem nestemomento?

Cerca de nove mil, salvo erro.

“A relação com a câmara nãofunciona”

E as superfícies comerciais são demais?Muitas. Este é o EL Dourado das grandes

superfícies. Tudo vem cá cair. E segundo temosconhecimento pela comunicação social, aindavirão mais. Só espero que haja bom senso de travarde uma vez por todas a instalação das grandessuperfícies em Vila Nova de Gaia. Então será odescalabro. A ruína total! Eu pergunto: quem animaas ruas das cidades, se não o comércio instalado.Quem paga impostos, IMI's, taxas, licenças de isto?O comercio de rua… para quê tantos shoppings???É a livre concorrência? Não! Também não é a livreconcorrência. Se as 'armas' fossem iguais… aí simera salutar! Mas não são. E é impossível…. Ocomércio de proximidade, se não tiver umaautarquia que olhe para eles com olhos de ver,acaba por morrer. E depois? O que acontece auma Rua Marquês Sá da Bandeira, por exemplo?Desertificam ruas, vilas… as pessoas vivem nasimediações e o centro fica desertificado. É isso quequerem? É enfiar-nos todos num buraco de umcentro comercial? Desertificar cidades, é isso que

se pretende? Então para que servem os arranjosnos jardins? Se não vão haver pessoas na rua,para que querem isso? Chegou a hora depensarmos e dizer basta! Em Gaia mais não!

Vamos atender quem cá está. Sou até apologistade que a câmara municipal desça as taxas quecobra (reclames, desde toldes, e isto e aquilo), masque ponha todos a pagar! E se não conseguem

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fazer isso, pelo menos peçam-nos! Nós estamoscá! Não somos apologistas do não pagamento detaxas. Antes pelo contrário. Entendemos que todosdevem pagar! Todos! Mais baixas. Se todospagarem bem menos, a câmara vai arrecadar bemmais do que o que está a arrecadar. Se não oconseguem é porque algo não está a funcionar.Que nos inclua nessa tarefa, por exemplo. Que nosinclua na tarefa de sinalizar todas as empresascomerciais e industriais do concelho. Iam ter muitomais receita com toda a gente a pagar.

Posso deduzir que não tem havido grandediálogo entre a ACIGAIA e a câmara?

É verdade! Pode depreender isso. Temos umaexcelente relação com o senhor presidente dacâmara, com o senhor vice-presidente, comvereadores…

Mas não funcionam como parceiros?Sinto que tenho a amizade pessoal com o

senhor presidente, o senhor vice-presidente,podem ter a certeza que têm a minha amizadetambém… mas como parceiros não está afuncionar. Existe a amizade, a vontade de quererfazer, mas não sei porquê não funciona! Num pontoou outro - como ocaso dos livros distribuídos àsfamílias através dos livreiros de Gaia - à parte dissonão sinto que exista essa inter-actividade que deviaexistir.

A atribuição de competências poderia servircomo elo de maior proximidade. Em queexemplos?

Uma das atribuições que a câmara municipalpoderia dar à associação é por exemplo a emissãodos horários de funcionamento. Todos osestabelecimentos comerciais têm de ter umcolocado na porta, emitido pela câmara. Há coimaspesadas para quem não tiver. A maior parte dosestabelecimentos não tem e desconhecem quetêm de ter. Não estão ilegais, mas também nãoestão 100% na legalidade. Se forem visitados porum fiscal, se este lhe quiser aplicar uma coima,pode fazê-lo. São abrigados a ter um horáriopassado pela câmara.

E se a câmara delegasse na ACIGAIA aemissão de horários qual era o benefício?

Primeiro sensibilizávamos os comerciantes.Nós não queremos ficar com as taxas! Não! Eraum serviço que prestávamos à câmara. Em vez doindivíduo ir à câmara tratar do horário, era

encaminhado para aqui. Nos tratávamos de todo oprocesso, recebíamos os valores e entregávamosà câmara. Pagávamos a taxa. Não podemoslevantar o documento [o horário] sem pagar a taxa.Portanto, aí a câmara estava salvaguardada.Tratávamos de todo o processo. Tirávamos trabalhoà câmara e tínhamos oportunidade de fazer oregisto do cadastro comercial. Ficávamos a saberquem é quem em Gaia. O registo completo queactualmente não temos. Passávamos a ter umcadastro comercial semelhante ao que houve atéà altura em que era obrigatório levar o parecer daACIGAIA para a abertura da empresa. Tínhamostambém a oportunidade para nos dar a conheceràs empresas. Dizer-lhes que existimos para isto edarmos apoio a empresários a quem podemrecorrer para tratar de algumas situações. E erabom para a câmara porque implícito estava oregisto de qualquer reclame, qualquer tolde,

Se nós não lhes dermos oportunidade, não têm apossibilidade de se mostrarem no mercado. Aquem de direito já coloquei essa questão…edisseram-me que sim, que iam pensar nisso…

Não há vontade?Eu penso que há um pouco de falta de vontade!

E se houvesse aquele relacionamento que hápouco falávamos, isso estaria em movimento.Como não há, não há a oportunidade de colocaressas e outras tantas questões. As questões sãotantas que, enfim, o tempo vai passando e nada sevai fazendo! Mas tenho saudades do projecto'GaiaMostra'.

Fale-me do Projecto 'Compre em Gaia Ganheprémios'...

Tentámos dinamizar o comércio deproximidade. Fomos junto de alguns industriais

qualquer esplanada.Tudo isso… não haviasequer necessidade dafiscalização, quase.Nós próprios podíamoscriar uma equipa de rua- a equipa que temos afazer a angariação deassociado - tambémfiscalizava. Sehouvesse a tal parceriacom a câmara… e estaera muito importantepara nós. A emissão dohorário defuncionamento. Tãosimples quanto isto! Acâmara mantinha a suareceita. Nós para istonão queríamos qualquer percentagem. Nada.Trabalhávamos gratuitamente porque sabemosque estamos a prestar um serviço a um associado.

“Tenho saudades da GaiaMostra”

Tem saudades de uma 'GaiaMostra'?Tenho. Sem dúvida que tenho! Temos centenas

de empresas no nosso concelho que fabricam domelhor que há e que não têm visibilidade porquenem sequer têm a oportunidade de expor os seusprodutos. Podem dizer que há a Exponor aqui emMatosinhos… pois têm, mas os preços sãoproibitivos para este tipo de empresa. A presençanuma Exponor é quase impossível. Não podem!

solicitando-lhes alguns prémios e depois fomosjunto de outros.. e tentamos vender umas senhas.Vender umas senhas porquê? Porque ainda nãotivemos coragem de 'cravar' as senhas e os cartazesà tipografia. Se não oferecíamos os bilhetes,naturalmente. Mas temos então a necessidade decustear esses cartazes. Por isto temos de venderestas senhas aos nossos comerciantes. Aosnossos associados, naturalmente! Depoisdistribuem pelo seu cliente e posteriormentesorteados. Os prémios oferecidos são distribuídospelos sorteados. Há uma dinâmica entre bilhetesaos nossos associados. E vamos oferecer muitosprémios. Foi uma boa rampa de lançamento.Correu bem. A adesão foi boa.

Horário deFuncionamento

Sexta a DomingoFeriados eVésperas

das 22h às 03h

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A câmara de Gaia oferece osmanuais escolares às famílias deGaia. Na altura de por em práticaesta acção, a ACIGAIA sensibilizoua autarquia a fazê-lo através doslivreiros de Gaia, nomeadamente osque são associados. Foi uma boaaposta? Não em termos sociais…apenas na questão dos pequenoscomerciantes…

Poderia ser melhor! É umsucesso! Se pensarmos que foram oslivreiros de Gaia que forneceram oslivros à câmara municipal evitandoassim que os mesmos fossemdistribuídos por uma editora. O

sucesso… naturalmente que se opagamento for atempado essesucesso será completo. Se não for,não deixa de ser um sucesso commenos vantagens das que seriam deesperar para os livreiros. Oscomerciantes também abdicaram deuma parte dos lucros porquecompreenderam que a câmara fezum esforço! Porque podia ter essedesconto directo da editora. Agoraserá bom para todos seefectivamente se cumprirem prazos.Se os prazos não se cumprem, aí jánão será tão bom! Tudo depende

destes prazos…

Esse é o item que tem de serajustado?

É porque os nossos livreirosrecorreram à banca para comprar oslivros, porque a editora só vende apronto pagamento. Ora, comprar apronto e vender a 90 ou 120 dias nãoé fácil. Dessa percentagem de lucro,que já não é grande - sairá uma partepara o pagamento da livrança e opagamento dos juros do empréstimo.Se demorarem muito tempo… nãotêm lucro, sequer. Esvai-se em jurose passa a não ser um sucesso. Passaa ser um pesadelo!

Que medida gostaria de verdesbloqueada pela administraçãocentral para potenciar as pequenase médias empresas?

Um dos factores impeditivos é alegislação laboral. Enquanto alegislação laboral não for igual à dosgrandes agentes económicos damesma área é impossível trabalhar.E o Governo tem de ter essapercepção, tem de estar sensível aisso… porque se não perceber não éum Governo… é um desgoverno! Emvez de criar riqueza cria créditomalparado, desemprego, falências…

enfim! O Governo tem de perceberisso. Enquanto as pessoas que nosgovernam não deixarem de pagarfavores e olhar para a realidade dopaís… enquanto isso não acontecer,é o descalabro total! O que via combons olhos… nós não queríamosnada de especial para o comércio deproximidade, não somos oscoitadinhos, os 'pobretanas'pequenos que estão sempre a fazerbarulho! Não! Nós queremos asmesmas armas para podermostrabalhar. As mesmas regras. A partirdo momento em que isso sejapossível, não temos medo dequalquer tipo de cadeia por mais forteque ela seja. Costumo dizer oseguinte… há um tipo de mosquitoque hoje ainda existe e já existia notempo dos dinossauros. Osdinossauros já desapareceram há

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milhões de anos. O mosquito aindaexiste! Essa raça danada de mosquitoainda existe hoje. Portanto, nós nãotemos medo desse tipo de comércio.

Gostavam de ser consideradoso braço direito das pequenas emédias empresas de Gaia?

Em termos institucionais,naturalmente, é essa a nossa função!E nós somos, mas não nos podemosesquecer que em Gaia existemassociações de classe. Associaçõesdos metalúrgicos e outras. Nóssomos uma associação concelhia.Não somos muitas das vezes obraço direito, porque eles têm as suaspróprias associações de classe. Háproblemas que só uma associaçãoconcelhia estará mais bemposicionada para o resolver.

Tânia Tavares

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Em 2001, com atransição do euro,Manuel Costa aposta noseu próprio negócio naMaia. Arriscou quandotodos temiam arealidade do país.Nasce assim o TalhoNovo Prado. Oempresário começou ater uma boa carteira declientes e a expansão donegócio ficou mais fácil.

Como é filho daterra, instalou o novotalho bem no coraçãodos Carvalhos. Umaterra falada em todo opaís quando serviu deimportante acesso entreo Norte e o Sul. EmNovembro de 2005 abreo segundo negócio domesmo ramo.

Atendimento personalizado é aaposta do Novo Prado

Espaço dedicado à comercialização de carne está nos Carvalhos e por lá deverá ficar. Com uma nova loja, mais ampla e melhor,para servir com toda a qualidade que os clientes merecem. Manuel Costa aproveitou a oportunidade que a vida lhe proporcionou ehoje é o líder de três talhos. Vontade e determinação não lhe faltam e não vai ser a crise que o vai travar…

diferença". No caso dos talhos Novo Prado a qualidadeda carne, os espaços e, por exemplo, o atendimentopersonalizado. Toda a equipa que faz mover aempresa é um motivo positivo de diferenciação nacomparação com as congéneres.

Uma das iniciativas dos talhos Novo Prado é odia em que oferecem à população um porcoassado no espeto. Esta acção, para além de ser muitopensada em termos de marketing, serve tambémcomo forma de agradecimento com os clientes actuaise os potenciais clientes. "Acho que fica marcado. Nósdamos uma sandes e o cliente, mesmo que não levenada, fica com aquilo marcado. É diferente", asseguraManuel Costa.

O importante é dinamizar o espaço e proporuma oferta variada de produtos. Aproveitar asépocas festivas para animar e diversificar osconceitos das próprias lojas. Actualmente, "temosaqui um leque de clientes que já são parte da família",resultado de um trabalho cuidado mas muito sólido eprofissional dos funcionários.

A nova aposta dos talhos Novo Prado é a pré-preparação de algumas carnes, servindo a faltade tempo das pessoas. Assim, já não têm de panarou temperar. Basta fazer um acompanhamento e acomida fica pronta muito mais rapidamente.

O Saco Cheio também tem servido os clientes.

"O cliente sabe que por apenas 20 euros vão levarbifes, fêveras, carne picada, moelas… tem umpouco de tudo e sabe que não vai dar mais do que20 euros. Isto também ajuda a poupar, de certaforma. Um grande leque de clientes aderiu a estanossa nova acção", explica Manuel Costa.

No futuro pensa mudar de instalações. "A nossaideia é ter um espaço maior, para breve. Aindaestamos em negociação para ter uma loja maioraqui nos Carvalhos mesmo". É uma forma de"contornar a crise" em vez de ficar a lamentar-se eà espera que a recessão passe ao lado. "Temosde ser inovadores, não podemos cruzar os braçose, acima de tudo, temos de dar solução à própriacrise", assegura o gaiense.

Manuel Costa gostaria de ver as entidadesgovernamentais apoiar as pequenas e médiasempresas. De que forma? Apoiando o consumidor."Se apoiar mais o cidadão, este vai ter um maiorpoder de compra e gastar dinheiro, por exemplo,no comércio tradicional".

Há cerca de três anos, Manuel Costa adquiriuum terceiro espaço em Santa Maria da Feira,concretamente em Lobão.

Garantido está o porco do espeto, no dia 23 deJunho. "Servirá para abrir o apetite das pessoaspara a noitada de S. João"…

A sua filosofia de trabalho é simples: "cadacliente é uma pessoa e cada pessoa um ser únicoe é necessário satisfazer o seu pedido". Ecompreende-se, "se não houver este cuidado, aspessoas fogem para os hipermercados". Eentende-se porquê! Com o pouco tempo que aspessoas hoje têm procuram rentabilizar o temponas compras, procurando adquirir tudo no mesmolocal, de uma forma mais cómoda. Porém, tem ooutro lado desta realidade. A frieza e o atendimentodesprovido de qualquer ligação contrasta com afamiliaridade e atenção personalizada do comérciolocal.

Apesar de reconhecer que a possibilidade docomércio local desaparecer o assusta, ManuelCosta admite que "só ficará de portas abertas quemmarcar pela diferença". E, por isso, aposta tantona qualidade do atendimento que oferece aosclientes.

O poder de compra dos clientes tambémpreocupa o gaiense. "O cliente compra menos ecom menor qualidade porque não tem qualidadepara comprar carne de qualidade superior. Compraprodutos de qualidade mais baixa, com maisgorduras, por exemplo”.

"Há vários factores para uma empresa ser lídere se destacar das outras. Não basta uma só

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Rua do Emissor - Retail Parque | Pão de Açucar de Canidelo | 4400-432 Vila Nova de GaiaTelf. / Fax: 220 935 972 | Email: [email protected]

Dê saúde aos seus dias com FARMADIASOs melhores dias são com a FARMADIASO melhor amigo é aquele que está consigo: FARMADIAS

Iniciaram a actividade em 2008 numa das ruas maisimportantes de Canidelo. Porém, em Junho de 2009,a Farmadias aceitou o convite do grupo Pão de Açúcare mudou-se de armas e bagagens para o novo RetailPark, que existe na freguesia.

Porquê foi a questão colocada a José Dias, orosto da empresa. "Porque temos uns 'bonsreguladores' nacionais que controlam distânciasentre farmácias, mas não controlam distânciasentre farmácias e parafarmácias", ironizou ogaiense. Apesar de não ser igual, o negócio temalgumas vertentes idênticas, os potenciais clientestambém. Como inicialmente estavam paredesmeias com uma farmácia, o convite foi uma mais-valiapara a Farmadias.

"Foi uma boa aposta", enalteceu José Dias. "Aspessoas vêm às compras e pelo menos sabem queestamos aqui", uma vantagem já que foi autorizada aabertura de mais uma farmácia a poucos metros doRetail Park. "É com estas regras que temos de viver.Não é possível fazer programação de crescimento. Éapenas possível fazer tudo para ter as portas abertas.Nesta crise o crescer ou o vender bem já não sãofactores que existam. O grande factor é o dasobrevivência actualmente".

A Farmadias faz contactos com grupos escolarespara potenciar algumas regras básicas de saúde ehigiene oral diária. "Temos um protocolo, que aindanão sei se vai ser renovado, nas escolas". A Farmadiasfez uma acção de formação numa escola do Candal,de pouco mais de 45 minutos, para sensibilizar osmiúdos nos cuidados a ter e criar pequenos hábitos.

Procuram fazer uma abordagem com a populaçãoe os clientes que visitam. Com um horário bastantealargado, promovem um acompanhamento nocontrolo do colesterol, glicemia e ácido úrico. "A grandemais-valia é este acompanhamento", já que asensibilização junto das pessoas acaba por ser maisvantajoso no contacto directo", afirmou José Dias.

A questão que se coloca neste momento é adiferença entre as farmácias e as parafarmácias.Será que as pessoas conseguem ver a diferença?O empresário é claro na resposta: "As pessoas vêma diferença pela negativa". Porquê? "Porque entram eperguntam - e vou falar numa situação mais básica -têm Benuron? Nós respondemos que não, temossim o genérico! E então respondem que não queremgenéricos, que 'não se dão' com genéricos ou então'este é um espaço deles", conotado de uma formanegativa.

José Dias reconhece que houve muitosnegócios destes que foram mal criados. Alguns

Farmadias investe na atençãoque dedica ao cliente

Espaços Saúde foram criados e acabaram por fecharas portas. Para além de 'trair' a fidelidade do clientehabitual, abriu um precedente que colocava em caudaa qualidade destes serviços. José Dias assegura aosclientes: "Temos obrigatoriedade idênticas àsfarmácias, ou se calhar mais ainda. As farmácias nãotêm livro de procedimentos e nós somos obrigados ater, somos obrigados a ter recolha de produtoscontaminados, temos de cumprir regras de espaços,cumprir o gabinete… obvio que não temos laboratóriode manuseamento de produtos, mas também nãovendemos esses produtos, os tais produtosmanufacturados. Mas muitas farmácias não o faz.Mandam vir o manipulado, requisitando-o a outrasfarmácias e no dia seguinte entregam ao cliente. Nestesentido ainda temos muitas mentalidades para mudar".

Já comparar apenas pelo preço não parece seruma boa solução para este empresário. A soluçãopassa muitas vezes por as pessoas gostarem dequem as atende, a formação e a preocupação dofuncionário pelo cliente são apostas para potenciar ocrescimento da empresa e mudar a opinião destesegmento. A população de Canidelo já vai

conhecendo a Farmadias. "Ao princípio nem entravam.Agora já entram e perguntam… o que é bom!"

Este Espaço Saúde é um exemplo de umapequena / média empresa portuguesa e sente osmesmos problemas que as congéneres. "Não voufalar de impostos, da tributação de impostos porqueé elevadíssima e cada vez mais. Em termos de apoiosnão se pode falar apenas em financiamentos. É precisoum apoio no caminho/trajectos a seguir. Isto é: eu criouma empresa, fico a saber ao fim de um ano quetenho necessidade de criar direitos de autor para nãocorrer risco de um plágio, necessidade de consultarfinanças, necessidade de um apoio na área deadvocacia a quem é que recorro?". José Dias reclamaa falta de alguma entidade que apoie e acompanhe asempresas do município de uma forma permanente,gratuito ou não. Não basta a prontidão de criar umaempresa. É preciso também ajudá-la durante oseu percurso.

Em Fevereiro, a Farmadias abriu um novoespaço também num Retail Park, em Santo Tirso.Uma forma de "remar contra a maré" nesta crise epessimismo em que o país está mergulhado.

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

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TEMOS UM DOS RECURSOS MAISESCASSOS DE PORTUGAL:

CARREIRAS PROFISSIONAISDE SUCESSO!

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'Negócio mediado, negócio acertado' é uma dasregras que Sérgio Carmo gosta de ver implantadasna sua empresa. Instalado na mui nobre Granja, aRemax best2 orgulha-se por ser uma equipapequena de mediação imobiliária, mas comgrandes profissionais cujo mérito é reconhecidoem termos nacionais. Instalou-se em Julho de2008 e tem já uma carreira de sucessoconsolidada.

E que regra é esta? "Comprar e vender umacasa não pode ser visto apenas como eu tenhoum valor. Isso pode ser praticável a quem podepagar a pronto. Mas isso raramente acontece epara quem paga através do financiamentobancário, na realidade, paga uma renda. O quetenho de aferir é a minha capacidade derendimento, a minha idade e traduzir isto numaprestação. Essa prestação tem de ser comportávelpara o meu orçamento familiar e para a análise dobanco em termos de taxa de esforço. Este é umaspecto. O outro são os cuidados que devem sertidos para comprar uma casa, nomeadamente, a análisedocumental - se pode ser vendida, tem penhoras,está regularizada em termos de finanças e registo pre-dial -, tudo isto é avaliado por um mediador com a suaequipa de advogados", explica o responsável pelaempresa.

Actualmente o arrendamento é mais caro quea aquisição. Apesar de algumas pessoas tentaremcontradizer este facto. Por exemplo, "nesta áreaque tão bem conheço, um apartamento T2 que sevende aqui com facilidade por 100 mil euros, temuma prestação que ronda os 300 e pouco euros.Todos os arrendamentos que fizemos aqui nazona, alguns de imóveis com mais de 20 anos,alguns estiveram a cima desse valor… 500 euros,450 euros…".

Se assim é por que motivo as pessoas preferemo arrendamento? O mediador explica: "Há casosem que o arrendamento é a melhor solução. Seestamos numa situação profissional precária, nomercado paralelo, naturalmente a banca nãopoderá dar crédito, vou ter de optar pela soluçãodo arrendamento. Traduz-se no facto de eu ter depagar mais por um bem pior. Esta é a realidade.Só posso conceber o arrendamento quando, emimóveis comparáveis, eu consigo uma prestaçãoinferior. O que acho mais grave é a pouca ofertaque condiciona a escolha. A pouca oferta traduz-senuma opção entre imóveis muito velhos e muito

O negócio de sucesso sópara profissionais

maus". Este dequalquer formaé um negócio'marginal' quenão atingesequer 1% dovalor defacturação destaRemax.

E em relaçãoà crise. Este éum sector emcrise? Om e r c a d oimobiliário estáa sofrer ajustes.Não está emcrise. SergioCarmo revelaque "há umafaixa demercado muitodifícil de sevender. Dos 110mil imóveis quese venderam em

do mercado. Nesses dois meses não é vendido.Tornámos a abordar o proprietário no sentido decorrigir o preço. Às vezes aceita, outras vezes nãoaceita. No final de meio ano não é vendido,rescinde!" O mediador tem de mostrar o que estáà venda e que é comparável. A opinião do mediadorconta pouco ou nada. Os dados é que potenciamas vendas.

Sérgio Carmo finaliza salientando que "a Remaxfoi considerada a melhor empresa para trabalharem Portugal. Gostava de ressalvar uma situaçãoengraçada. Quem trabalha connosco não temcontrato de trabalho. Não tem ordenado fixo. Nãotem ordenado. A figura mais próxima que conheçoé a figura do comissionista. O que nós potenciamosàs pessoas é a criação de uma carreira própria.Eles são empresários. Suportam os seus custosde trabalho. Quando fazem vendas recebem a suacomissão. O escritório proporciona-lhes formação,numa fase inicial, acompanhamento nos negóciose fornece um conjunto de serviços para que nãotenham de perder tempo com áreas fora do seutrabalho. No fundo, estas pessoas utilizam umamarca famosa com 37 anos para trabalharem.", concluiu.

2010, apenas 40% foi transaccionada pormediadoras. Temos mais de 50% na mão dosparticulares. Como é que os particularesconhecem o valor real do imóvel para que sejacompetitivo no mercado? Como o promove paraque chegue ao conhecimento dos consumidores.Que muitas pessoas não conseguem vender, porquequerem fazê-lo de uma forma particular parece-mebastante óbvio. E não quer dizer que seja por culpadelas. Há zonas em que a mediação imobiliária nãoestá muito activa para este tipo de trabalho", porquenão é tão apetecível.

Muitas vezes as pessoas não procuram ummediador imobiliário para não terem de pagar estecusto extra. O empresário confirma esta situação:"Nós somos caros! Temos um profissionalismoque acho fora de série. A nossa média nesteescritório de venda são dois meses. Qualquerimóvel que entre, sem reservas, é vendido muitodepressa. Muitas vezes o proprietário diz-nos queconcorda com tudo menos com o valor porque édemasiado baixo. Propomos outro valor, massalientamos que com este novo valor o imóvel nãoserá vendido. Aceito dois meses para ver a reacção

REMAX Best2PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

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notícias de gaia | 28.abr.11 pág. 16PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Celebra-se este ano os 139 anos do nascimentodo benemérito de Oliveira do Douro: Padre Luís.Espera-se a tradicional missa, uma exposiçãoevocativa e uma palestra que terá como tema fulcral afamília, dividindo-se entre parentalidade e problemasque afectam as crianças. Valores que se incutem,diariamente, nas cerca de 325 crianças que frequentama Fundação Obra do Padre Luís. Dos quatro mesesde idade até ao terceiro ciclo. Na instituição há a creche,pré-escolar e ATL (com sala de estudos e ateliêslúdicos no primeiro ciclo).

O carismático director da fundação dá a cara porestas crianças há algum tempo. E explica a filosofia daentidade: "A nossa pretensão não é só dar-lhesexplicações. De facto, é levar cada aluno totalprotagonismo na sua aprendizagem, promovendo aapropriação de métodos, a organização de trabalhose estudo, assim como o desenvolvimento de atitude,capacidade de organização e metodologia dascapacidades do trabalho e aprendizagem". ManuelMenezes Figueiredo reitera "de facto aprender aaprender é difícil ainda mais quando os próprios paistêm muita dificuldade em saber como os podemajudar."

Todas as técnicas são licenciadas em ciências daeducação e, apesar das dificuldades do momento,desde há dois anos que "temos em permanência umapsicóloga que também tem intervenções nas outrasvalências, mas sobretudo na questão pedagógica".Esta é uma mais-valia que nem todas as escolas. "Anossa psicóloga e a directora pedagógica estão agoracom um projecto muito curioso. Uma vez por semana,estão a orientar um curso para associação de pais(dividido por duas turmas) que tem sido um sucesso.Assisti a algumas sessões. Não há dúvida que é maispara colher experiências e partilhar problemas quetêm", explica o director. É aqui onde também seresolvem alguns problemas, até porque "são todosseres humanos e não há um método que resulte paratodos", lembra Meneses Figueiredo.

O Padre Luís foi um homem que não se limitava apregar doutrina, fazia-a na sua prática diária. Dava tudoo que tinha e, no final da vida dele, se não fossem aspessoas do Sardão, ele teria 'morrido à fome'. Umasdas coisas que mais lhe dava desgosto era apossibilidade que esta fundação não vingasse. Naaltura, a instituição limitava-se a apenas uma salinhaonde dava aulas, o quarto onde actualmente estáinstalada a sala-museu e uma cozinha. Ele foicomprando ou recebendo enquanto dádivas osterrenos que albergam actualmente instituição.

Altruísmo permanece naFundação Obra do Padre Luís

Se o padre Luíspudesse ver em que setransformou a fundação,será que ficava satisfeito?Menezes Figueiredo nãotem dúvidas: "Acho quesim. Acho mesmo quesim!"

O padre Luís davalições à noite aos adultose aos miúdos durante odia. E pedia a amigospara lhe cederem umasala. "Quando ele faleceu,os oliveirenses tiveramconsciência da grandezamoral e espiritual que erao padre Luís", explicou odirector. "Este momentoem que vivemos… nãodigo crise… agora

"compromisso de perpetuar o legado de amor quenos deixou o padre Luís como sacerdote, comoeducador e como humanista".

Recentemente, o presidente da câmara estevena instituição e prometeu tentar procurar uma solução

estamos convencidos que somos pobres quando naverdade vivemos sempre acima das nossaspossibilidades! Todos queríamos ser ricos… nós nãosomos o padre Luís… ele era único!" MenesesFigueiredo salienta que a fundação tem o

orçamental, juntamente com afundação, para concretizar a obra navalência de apoio à 1ª Infância."Estamos a tentar aumentar a creche,através do PARES III. A autarquiaofereceu-se para preparar osprojectos". No entanto, o valor doprojecto ascende largamente o queestava idealizado. Mais, estava jáfeito o protocolo acordado com aSegurança Social, para uma verbamuito inferior. "Não estamos numaépoca que nos permita dar a maiscerca de 150 mil euros. Para já,temos uma creche, cumprimossempre as nossas obrigação".

Com a oferta que vai agorasurgir com os Campus Escolares, afundação vai ter de enfrentar uma'concorrência desleal' já quenaqueles estabelecimentos oensino é totalmente gratuito. Resta-lhes o 'bom nome' e as qualidadeseducativas para superar estes'contratempos'.

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EDITALNOTIFICAÇÃO

(ao abrigo do n.º 3 do artigo 70.º doRegulamento Municipal de Taxas e

Compensações Urbanísticas) Maria Mercês Ferreira, Vereadora da

Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, nouso das competências delegadas pordespacho n.º 71/PCM/2009 do SenhorPresidente da Câmara Municipal, de 6 deNovembro de 2009, com competênciaconferida pela Câmara na ReuniãoExtraordinária realizada em 6 de Novembro de2009.

FAZ SABER através do presente Edital, emcumprimento do seu despacho proferido em9 de Março de 2011, e nos termos do dispostono artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16de Dezembro, com a redacção conferida peloD.L. n.º 26/2010, de 30 de Março, que no âmbitoProjectos de Reabilitação dos Edifícios de VilaD` Este foi promovida uma proposta dealteração da licença de loteamento n.º 102/81,que tem como objectivo a alteração da cérceados lotes 8 a 19 para rés-do-chão e oitoandares, sendo o último recuado.

Para efeito do disposto no n.º 3 do citadoartigo 27.º, ficam os proprietários dos lotesconstantes do referido alvará de loteamentonotificados para se pronunciarem sobre aalteração indicada, no prazo de 10 dias.

O processo n.º 238/10 estará disponívelpara consulta, no Serviço de Atendimento daGAIURB, E.E.M., nos dias úteis, das 9.00h às16.30h.

A VEREADORA DO URBANISMO(MERCÊS FERREIRA)

Notícias de Gaia n.º 497 de 28 de Abril de 2011

ficha técnica Nº de Registo: I.C.S. 111060

sede, redacção,administração

av. república, 1711 s/l esq. tras.4430-206 vn gaia

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entidade proprietária e editor: pressing -empresa jornalística comunicação e imagem,

unipessoal lda. nif 506 583 [email protected]

fotocomposição: pressing impressão: paço print, artes gráficas, lda.

departamento comercial: Lídia Oliveiradirector: Paulo Jorge Sousa nif 210048913

[email protected] honorários: Fernando Sousa e

Prof. Artur Villareschefe redacção: Tânia Tavares CP [email protected]

redacção: Jorge Freitas (CE 202); Luís MoraisFerreira (CP 7349); Olga Pintocolaboradores: Ademar Costa; Carlos FilipeRodrigues (CR 362); Cláudia Oliveira; CristinaSilva; Danyel Guerra (CP 803); EliseteMarques; Ermelinda Mendes; Humberto Pinhoda Silva; Isabel Andrade Monteiro; JorgeAmaral; José Barreto; José Duarte Amaral;Leonardo Júnior; Lúcia Pereira (CP 6958);Manuel Carvalho; Manuel Barbedo; MariaGraça Almeida; Mário Frota; Marta Pereira;Miguel Ângelo Luis; Nilce Costa; Nuno Filipe;Patrícia Correia; Paulo Tavares; Raul Martins;Vasco Silva Paulo.

nota: os conteúdos dos artigos de opinião sãoresponsabilidade de quem os assina

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12 Anos a dar coloO Centro de

A c o l h i m e n t oTemporário N.ª Sr.ª daMisericórdia (CAT)festejou, no passado dia8 de Abril de 2011, 12anos de existência. A'família' da Misericórdiade Gaia ficou alargadacom a entrada dosnovos Padrinhos doCAT.

As criançasreceberam a visita es-pecial do provedor, damesa administrativa, deórgãos sociais, decolaboradores, devoluntários, dospadrinhos e de novosamigos, que foram brindados com uma ternurosaactuação musical.

O provedor Joaquim Vaz partilhou com osconvidados a história do centro, bem como as váriasdificuldades para continuar a garantir a sustentabilidade.

O presidente da Academia do Bacalhau do Portofoi um dos convidados presentes que ficou rendidoaos encantos das crianças e sensibilizado com osproblemas do CAT. César Pina anunciou que vaiorganizar uma recolha de fundos junto dos 'compadres'da Academia do Bacalhau do Porto em favor das

crianças deste centro de acolhimento.

Novos PadrinhosNo dia do aniversário, o provedor e a mesária do

CAT descerraram uma placa com o nome dosprimeiros padrinhos das crianças do centro, que ficarãopara a história da instituição. Inácia Leão distribuiu osdiplomas aos padrinhos e agradeceu o importantecontributo que dão à instituição, mas sobretudo, àscrianças que precisam de continuar a ter o apoio dacomunidade.

(In)Forma 2011 em Vila d'EsteFeira de Emprego, Formação e Empreendedorismo no dia 5 de Maio

A Gaiurb - Urbanismo e Habitação, o Gabinetede Inserção Profissional da Junta Freguesia de Vilarde Andorinho, o Agrupamento de Escolas de Vilad'Este e a Associação de Proprietários de Vila d'Estereplicam, este ano, a organização da (In)Forma - Feirade Emprego, Formação e Empreendedorismo.

O evento decorre no dia 5 de Maio, no PavilhãoMunicipal Prof. Miranda de Carvalho, e conta com aparticipação de várias entidades de formação, de apoioao emprego e de incentivo ao empreendedorismo.Durante todo o dia, serão dinamizadas algumasexibições e demonstrações protagonizadas poralgumas das entidades participantes.

Escola Profissional de Gaia, Colégio de Gaia, Dual,Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, EscolaProfissional de Espinho, Instituto das Artes e Imagem,Escola Profissional Árvore, Escola ProfissionalComércio do Porto, Escola Profissional de ComércioExterno, Escola Secundária António Sérgio, Escola

Profissional do Infante, Escola Profissional CentroJuvenil de Campanhã, Escola Secundária JoaquimGomes Ferreira Alves, PSP, Centro Novas Oportu-nidades - CESAE, Centro Novas Oportunidades -ESOD, Centro Novas Oportunidades - CINFU,Centro Novas Oportunidades - Colégio dosCarvalhos, Inovinter, Centro de Formação - ClínicaDourival, Competir - Formação Profissional e InstitutoPortuguês de Fotografia são as entidades jáconfirmadas na área de Formação.

Na área do Emprego, a (In)Forma vai contar com aparticipação das seguintes instituições: Multipessoal,Talenter, CLAII - Centro Local de Apoio à Integraçãode Imigrantes, MAS, Exército, Força Aérea e GNR.

Os incentivos ao Empreendedorismo serãoprotagonizados por entidades como Millennium bcp,Thinking Bi'z, Acigaia - Associação Comercial e Indus-trial de Gaia, IPJ - Instituto Português da Juventude eHUB Porto.

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notícias de gaia | 28.abr.11

Há estradas da vida que são íngremes pornatureza. De difícil acesso. Buracos, paralelos,inclinação… na subida a realidade pode serparadoxal. Cruzam-se desistentes e sobreviventes.E há projectos que reflectem a estrada da vida. Damais cruel que o ser humano pode passar. Porcoincidência, o Projecto Passo a Passo está bemno coração do velhinho Centro Histórico. Uma trans-versal da famosa Rua Cândido dos Reis.Coincidências inexplicáveis, travessuras da vida. Paralá chegar não é fácil. Buracos, paralelos, inclinação! Mas'passo a passo' a força de vontade vai ganhandoterreno ao cansaço. Os desistentes jamais imaginamo que se passa por trás do imponente porta vermelha.Os sobreviventes abrem-na com uma satisfaçãocomparável ao regresso a casa depois das férias.

É lá que se avista a luz ao fundo do túnel. É lá queos direitos de cidadãos são recuperados. E osdeveres re-aprendidos. À porta receberam-nos, mascom um olhar de soslaio. E um aperto de mão!Naturalmente, a discriminação faz parte do dia a diadestes gaienses. O rótulo de toxicodependentes jánão os descreve, mas ainda assim o preconceitomuitas vezes se mantém. Acabam por criar resistênciaà integração normal. E, depois de se sentiremexcluídos, muitas vezes são eles mesmo que se auto-

Passo a Passo a luz ao fimdo túnel fica mais próxima

Associação Abraço e Instituto da Droga eToxicodependência patrocinam umprojecto instalado em Gaia. Objectivo épotenciar uma nova oportunidade de vidaa consumidores de substânciaspsicoactivas, ilegais ou legais, emtratamento ou abstinentes

relação ao poder! E curiosos!Actualmente o projecto 'Passo a Passo' está

garantido até ao final de 2012, mas esta 'data devalidade' já os atormenta.

Jorge Ramos, Fernando Pereira, Jorge Brás eHenrique Mateus não se escondem. Enfrentam aobjectiva e mostram uma infinita parte do que lhesvai na alma.

O possível encerramento do projecto é logo oprimeiro tema. "Há uma certa insegurança doprojecto", explica Fernando Pereira. Foi aqui queencontraram o abrigo e é aqui que vão aprendendoe reaprendendo a viver o dia a dia, adquirindo, porexemplo, novas competências que os ajudam aprocurar o tão desejado emprego... "O que é quevai acontecer?", questiona-se.

Fernando salienta ainda que este projecto temuma mais-valia que não encontra no Centro de Apoioa Toxicodependência. Como exerce influência sobreum número reduzido de utentes, a taxa de sucessopoderá ser muito maior. Mas não só: "No Passo aPasso a assistente social dá apoio a 20 ou 30. É maisfácil ter intimidade… por exemplo, aqui já aconteceuque a assistente social já se deslocou a minha casa nocarro dela, à segurança social pessoalmente para tratarde problemas meus, enquanto que a assistente so-cial do CAT não consegue fazer isso. Não é por mávontade, mas não há hipótese" porque são milharesde utentes.

Jorge Brás diz que o Passo a Passo o ajudamuito especialmente agora que está a tirar umcurso de informática. "Antes não fazia nada, agorapara além do curso ajuda-me a ocupar o tempo ea conviver com outras pessoas que gosto", contou.

"Aquilo que eu era… aquilo que eu sou… ajudou-

excluem.Um quarteirão de utentes utiliza o espaço em

múltiplas vertentes. Maioritariamente homens!Magros, com tez escura do sol. Depois da tensãoinicial, a protecção natural vai-se esvaindo.Lentamente… passo a passo… e partilha-seopiniões, emoções, pensamentos e desejos!Vontades tão primárias e tão semelhantes às deum grande número de portugueses. Um trabalho,respeito… um lar!

À falta de retaguarda familiar é aqui quecomeçam a sentir-se em família… lentamente…ainda está muito presente a máxima 'cada um porsi', resultado da própria sobrevivência!

Falta apenas um pequeno 'passo' para atingira meta e todos possam afirmar que têm, pelomenos, um tecto. A rua deixa de ser a companheirada noite e a escuridão passa a ser combatida no'conforto' das quatro paredes.

Mas desengane-se quem pensa que ali setratam apenas das 'feridas'! Mentira! Dentro dasimponentes paredes responsabilizam-se osutentes. Trabalha-se direitos, deveres e obrigaçõesno mesmo patamar. E liberdades individuais. A decada um deles que é igual à de cada um de nós.

Quem nunca participou numa 'reunião de grupo'possivelmente não poderá o 'passo' para permitira perfeita integração destes homens e mulheresque caíram em alguns buracos - bem fundos - dassuas vidas! É aqui que se desnudam. Despemtodas as protecções e partilham preocupações.Os temas são os mesmos que se debatem emfamília. Crise, desporto, emprego, politica. Tudo!Não lhes escapa nada…e são críticos quanto àfalta de carácter ou à sobreposição dos valores em

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me muito!", revelou HenriqueMateus.

Jorge Ramos está muitocentrado na questão do emprego:"tenho dois cursos", revela, eagora está envolvido também nocurso de informática.

Gratidão é o sentimento quemais se 'sente' no seio destegrupo. Um sentimento que setransforma em esperança "numavida nova". Restam apenas asoportunidades. A inserção nomundo profissional é um passopequeno na inserção social nestaestrada da vida.

A vontade e a alegria já estãodo lado destes sobreviventes…falta só um pouquinho assim paraserem o espelho do sucesso deum pequeno projecto que faz todaa diferença numa grandecomunidade. Não é fácil, masnada que não se faça 'passo apasso'.

"PASSO A PASSO"O Projecto Passo a Passo é

um projecto de reinserção,promovido pela associaçãoAbraço, no âmbito do ProgramaOperacional de RespostasIntegradas do território de Vila Novade Gaia, tendo como principal parceiro o Instituto daDroga e Toxicodependência. Teve início emNovembro de 2008 e depois de uma paragem parareavaliação está novamente no activo, pelo menosaté Novembro de 2012.

Os potenciais utentes podem chegar atravésde vários parceiros, nomeadamente, câmara deGaia, juntas de freguesia, centros de saúde, AMI,Cruz Vermelha, entre outros. Destina-se aconsumidores de substâncias psicoactivas,ilegais ou legais, em tratamento ou abstinentes.Inicialmente o projecto estava direccionado paraos residentes nas freguesias de Santa Marinha eS. Pedro da Afurada. No entanto, devido aos casosprementes de outras freguesias, hoje estendeu-se atodo o município. Para além da maioridade, um dosúnicos requisitos é mesmo a vontade que precisampara ser ajudados. Aqui potencia-se a mudança devida, para homens e mulheres, desde que essa sejaa sua grande vontade.

Neste momento há dois rostos que localmentelideram o projecto: o psicólogo Pedro Morais e aeducadora social Daniela Couceiro. Aqui, 'passo apasso, pretendem promover o aumento do períodode abstinência dos consumos, assim como aumentara adesão terapêutica; promover a re-aquisição dascompetências pessoais, sociais e pré-profissionais; efacilitar a integração formativa/profissional. Tarefas bemdefinidas, mas cuja dificuldade de pôr em prática não

se questiona.Os utentes - dependendo da realidade de cada

um deles - usufruem de várias actividades. Frequentamos grupos de ajuda mútua:Grupo de Ajuda Mútua 1que pretende trabalhar as recaídas, a motivação paraa abstinência e a adesão terapêutica; Grupo de ajudamútua 2 - pretende trabalhar o conhecimento dasdoenças infecciosas (prevenção, não re-infecção,alterações causadas pelas doenças, efeitos colateraisda medicação).

Desenvolvem competências sociais e cidadania,integrando um ateliê que pretende trabalhar o aumentoda capacidade de comunicação, a criação emanutenção de relações interpessoais, a assertividade,o papel activo do cidadão na sua sociedade.

A questão da formação e empregabilidade queque se fomenta as competências pré-profissionais, explora as vocações, aspossibilidades reais de progressão educativo/profissional e o mercado de trabalho/ofertaformativa.

O apoio psicossocial é também uma actividadede grande importância, com atendimentos de serviçosocial e consultas individuais de psicologia.

Finalmente, a organização de festas temáticas,passeios e actividades no exterior da associação,informática, biblioteca.

Patrícia CorreiaTânia Tavares

junta defreguesia de

serzedo

Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, nº 154410-065 Serzedo VNGTelefone: 227 620 007Fax: 227 533 435Email: [email protected]

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HenriqueMateus

Jorge Brás

FernandoPereira

JorgeRamos

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Medalha de Honra do Município:Alcino SoutinhoMedalha de Mérito Cívico (grauouro): Nelson Cardoso (a título póstumo)e Fernando Sardoeira PintoMedalha de Mérito Cívico (grauprata): Mário GomesMérito Desportivo (grau ouro):Associação de Ténis de Mesa do PortoMérito Desportivo (grau prata): PedroFraga e Nuno Mendes (Vice-Campeõesda Europa de Remo)Medalha de Valor e Altruísmo (grauouro): Maria dos Prazeres CardosoMedalha de Valor e Altruísmo (grauprata): Rui Aguiar (B.V.Coimbrões),Manuel Guedes (B.V.Aguda) e AntónioFaria (médico-dentista)Medalha de Valor e Altruísmo (graubronze): Vítor Soares e Jorge Barbosa(C.B.Sapadores de Gaia)Medalha de Mérito Cultural eCientífico (grau ouro): Maria FernandaCosta CorreiaMedalha de Mérito Cultural eCientífico (grau bronze): José DuarteAmaralMedalha de Mérito Profissional (grauouro): Mário Ferreira

Tal como acontece um pouco por todo o país, acâmara de Gaia também assinalou o 37.º aniversáriodo 25 de Abril. A sessão solene teve lugar nos Paçosdo Concelho, altura e local aproveitado pela autarquiapara homenagear vários personalidades.

A cerimónia contou com as habituais intervençõesdo presidente da Assembleia Municipal, CésarOliveira, bem como dos representantes dos partidos

Câmara assinala 25 de Abril

Autarquia aproveita o 37.º aniversário daRevolução dos Cravos para homenagearvárias personalidades, entre elas JoséDuarte Amaral, colaborador do Notíciasde Gaia. Praça de Nossa Senhora daNazaré inaugurada na Aguda

com assento parlamentar neste órgão - PSD, PS,CDS, CDU e BE -, em que se sublinhou a passagemde mais um ano desde que ocorreu a Revolução dosCravos. Enquanto que do lado da maioria que as-sume o executivo se abordou o "bom" trabalho feitono concelho e que serve de exemplo para um "paísem crise", do lado da oposição nota de destaque paraalgumas críticas do muito que ainda há a melhorar, querseja ao nível municipal e mesmo em termos nacionais.

Voltando às personalidades agraciadas, refiram-se (entre outras em anexo) as atribuições das Medalhade Honra do Município ao arquitecto Alcino Soutinho(que fez uso da palavra em nome de todos aspessoas distinguidas), Mérito Cívico (grau prata) aMário Gomes (ex-presidente da Junta de Freguesia

de Avintes), Mérito Cívico (grau ouro) a NelsonCardoso (a título póstumo) e Fernando Sardoeira Pinto,presidente da Assembleia Geral do FC Porto, tal comoMérito Cultural e Científico (grau bronze) a José DuarteAmaral, colaborador do Notícias de Gaia.

Praça na Aguda inauguradaAproveitando esta data festiva, durante a tarde foi

inaugurada a Praça de Nossa Senhora da Nazaré,situada junto à Praia da Aguda, na freguesia deArcozelo, a que não faltaram os testemunhos demuitos habitantes locais, muitos deles ligados àcomunidade piscatória.

Trata-se de uma obra que representa a quarta eúltima fase da requalificação da Avenida de GomesGuerra, com um valor total de investimento centradonos 2,2 milhões de euros.

Visivelmente satisfeito, o presidente da junta deArcozelo esteve ao lado de Luís Filipe Menezes naocasião e expressou verbalmente o que sentia nomomento: "Penso que devemos estar orgulhosospelas condições de desenvolvimento que se criou noconcelho, premiado com o pleno das Bandeiras Azuis.Estamos gratos pelo aumento da atractividade danossa freguesia e, para proporcionar mais qualidadede vida às pessoas, gostaria de terminar o mandatocom a obra de requalificação do circuito demanutenção", registou Castro Chaves.

A concluir, o presidente da câmara deixou algumaspromessas: "Vila Nova de Gaia vai continuar a terinaugurações e a dar a volta à crise,independentemente do que se estiver a passar emPortugal. Agora, vamos começar a recuperar o interiordas freguesias do litoral", terminou Menezes.