Temperatura Extrema - Frio

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Temperatura Extrema - Frio Técnico em Segurança do Trabalho Turma TST 233/14

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Aula ministrada ao curso Tecnico em Segurança do Trabalho para o SENAC - ES.

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Temperatura Extrema - Frio

Técnico em Segurança do Trabalho – Turma TST 233/14

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• Qual os risco ambiental, referentes à baixas temperaturas, em uma empresa e quais medidas preventivas e corretivas podem ser propostas para eliminá-los, neutralizá-los ou reduzi-los visando a preservação da saúde do trabalhador?

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NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES - ANEXO N.º 9 - FRIO

• 1. As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

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Conceito

• A exposição ao frio pode ser observada em vários locais ocupacionais, principalmente em regiões de grandes altitudes e de climas frio.

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Ambientes de trabalho

• A exposição ocupacional ao frio é dividida em dois grupos, as atividades exercidas ao ar livre, como: construção civil, agricultura, pesca, exploração de petróleo, policiamento, resgate e salvamento, vigilância, operação portuária, nas quais se manuseiam as cargas congeladas e outros; e as atividades exercidas em ambientes fechados, como: câmaras frias, câmaras frigoríficas, fabricação de gelo, fabricação de sorvetes e outros.

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Conceito

• O mecanismo termorregulador, localizado no hipotálamo, ativa os mecanismos para o controle térmico, mantendo constante a temperatura interna.

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• Definimos como temperatura do núcleo do corpo, aquela a que estão submetidos os órgãos internos do corpo, medida com uso de termômetro retal, em hospitais, o termômetro esofageal é mais usado para monitorar a temperatura interna.

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• Para que as características funcionais orgânicas sejam preservadas esta temperatura deve ser mantida em torno de 37ºC, que corresponde à soma do calor produzido internamente, mais o ganho ou perda de calor do ambiente, sendo que no caso de perda de calor por um corpo deveremos chamá-la de taxa de resfriamento...

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• ... e que se dá geralmente com a imersão em água fria ou com a exposição a baixas temperaturas do ar com ventos fortes e usando vestimenta úmida, como a condutividade térmica da água é cerca de 20 vezes maior do que a do ar, ocorre mais rápido em água fria. Devemos considerar ainda a temperatura equivalente de resfriamento, que resulta da combinação da temperatura do ar e velocidade do vento.

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• Na exposição ao frio a manutenção da temperatura do núcleo do corpo ocorre através da diminuição da perda de calor (vasoconstrição periférica), aumento da produção de calor (tremores) ou aumento da atividade física; no caso de exposição prolongada ao frio, ocorre a vasodilatação induzida pelo frio para preservar as funções nas extremidades do corpo.

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Vasodilatação induzida pelo Frio

• Quando do resfriamento por períodos prolongados ou quando o tecido atinge menos de 10º C. Cameron, 2009.

• Exemplo

– Uma aplicação de gelo durante 20 min parece diminuir o fluxo sangüíneo para os tecidos em 26% e para o esqueleto 19%.

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• De acordo com a exposição ( tempo e temperatura ) podemos ter lesões congelantes e não-congelantes ( hipotermia ). Ver tabelas a seguir:

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Tempo de Sobrevivência na Água Fria

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Procedimentos e Monitoramento do Local de Trabalho

• Em locais onde a temperatura é inferior a 16ºC deve ser efetuada uma adequada Termometria.

• Sempre que a temperatura em um local de trabalho for inferior a –1ºC, a temperatura de bulbo seco deve ser medida e anotada a cada 4 horas.

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Procedimentos e Monitoramento de Local de Trabalho

• Em locais de trabalho ao ar livre, a velocidade do vento deve ser anotada a cada hora, sempre que exceder a 2 metros por segundo (5mph).

• Em atividades ao ar livre, a velocidade do ar deve ser medida e anotada juntamente com a temperatura do ar, sempre que a temperatura for inferior a –1ºC.

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Procedimentos e Monitoramento de Local de Trabalho

• Em todas as situações que forem necessárias, a medição de movimentação do ar e a temperatura equivalente de resfriamento (TER) devem ser obtidas por meio da Tabela 1, e registrada com outros dados sempre que a resultante for inferior a -7°C.

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• No caso de ambientes fechados devemos ter um laudo de inspeção afim de avaliarmos se a atividade será considerada insalubre (Portaria n.º 3214/78 do MTb – NR/15).

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• Considera-se artificialmente frio um ambiente de trabalho, medindo-se a temperatura do mesmo e consultando climática do mapa oficial do Ministério do Trabalho, onde o local de trabalho se encontra. A temperatura do ambiente deve ser medida com o uso de Termômetro de bulbo seco, com capacidade para leituras de pelo menos -40C.

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Efeitos do Frio

• Às baixas temperaturas o corpo perde calor, o que eventualmente conduz a um decréscimo na temperatura corporal, a menos que alguns fatores compensativos entrem em jogo, tais como, o aumento do calor metabolicamente produzido e a diminuição da circulação periférica, isto é, uma menor quantidade de sangue levada para os vasos localizados logo abaixo da epiderme.

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• Além desses fatores, o frio interfere decisivamente na eficiência do trabalho e na incidência de acidentes.

• A eficiência do trabalho é afetada pela tremedeira, evidentemente também pelo considerável volume de roupas, luvas grossas e pelas paradas frequentes para esfregar os membros gelados.

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• A ocorrência de acidentes é devida principalmente pela diminuição da sensibilidade dos dedos das mãos e da flexibilidade das juntas, o que ocorre a uma temperatura aproximada de 15 °C ou abaixo (temperatura das mãos).

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• O trabalho em ambientes extremamente frios se constitui num risco potencial à saúde dos trabalhadores, podendo causar desconforto, doenças ocupacionais, acidentes e até mesmo morte, quando o trabalhador fica preso acidentalmente em ambientes frios ou imerso em água gelada.

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Equilíbrio Térmico

• No aumento da temperatura corpórea há uma vasodilatação, mas no frio o mecanismo é a vasoconstrição, pois o objetivo é reduzir as perdas de calor e o fluxo sanguíneo é diminuido numa razão diretamente proporcional à queda da temperatura.

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• Os trabalhadores devem estar protegidos contra a exposição ao frio de modo que a temperatura central do corpo não caia abaixo de 36°C.

• Se a temperatura corpórea ficar abaixo de 35 °C, ocorrerá uma diminuição gradual de todas as atividades fisiológicas, caindo a pressão arterial, a frequência dos batimentos cardíacos e diminuindo o metabolismo interno.

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• Os tremores ocorrem como uma tentativa de geração de calor metabólico para compensar as perdas.

• Se as perdas de calor continuarem em função da baixa temperatura, ao atingir a temperatura interna de 29°C, o mecanismo termorregulador localizado no hipotálamo será reprimido, caminhando para um estado de sonolência e coma.

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• As lesões mais graves causadas pelo frio decorrem da perda excessiva de calor do corpo e diminuição da temperatura no centro do corpo, o que chamamos de hipotermia.

• Os fatores que mais contribuem para a hipotermia e as ulcerações causadas pelo frio é a exposição ao vento e à umidade. Condições de saúde podem piorar os efeitos do frio, como alergias, problemas vasculares, fumo, bebidas alcoólicas e utilização de certos medicamentos. A ocorrência de acidentes por queda tem maior probabilidade de acontecer em ambientes frios.

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Efeitos à saúde pela exposição ao frio

• O estresse é um conjunto de reações orgânicas a fatores de ordens diversas (físico, químico, emocional, infeccioso, etc.) capazes de perturbar o equilíbrio do organismo (homeostase). O frio é um dos agentes físicos capazes de causar estresse ao organismo humano.

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Efeitos a saúde pela exposição ao frio

• A umidade causa efeito prejudicial ao corpo em ambientes frios em razão da perda de calor. A água é 25 a 30 vezes mais condutiva de calor que o ar, significando que o trabalhador em tempo úmido pode perder de 25 a 30 vezes mais calor do corpo do que se tivesse seco.

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• O vento também é um fator importante, que aumenta a suscetibilidade do indivíduo à hipotermia devido à sua capacidade de causar perda de calor por convecção e evaporação. Este efeito é denominado de “Fator de Resfriamento pelo Vento”.

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Sintomas

• As doenças e ferimentos causados pelo frio ocorrem quando a perda de calor do corpo excede a produção do calor;

• As lesões produzidas pela ação do frio afetam principalmente as extremidades e áreas salientes do corpo, como pés, mãos, face e outras.

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Doenças Relacionadas ao Frio

• Geladura (Frostbite) Superficial: Eritema Pérnio

(T33) (Frio)

• Geladura (Frostbite) com Necrose de Tecidos (T34) (Frio)

• Síndrome de Raynaud

• Acrocianose

• Acroparestesia

• Urticária pelo frio

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Eritema Pérnio

• Prurido localizado recidivante, edema e eritema doloroso nos dedos das mãos e pés ou orelhas, produzidos pela exposição ao frio. É também chamada de eritema pérnio, perniose, congelamento e geladura.

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Geladura

-> Causada pela ação direta do frio

• Classificam-se em 3 estágios:

– ESTAGIO1: palidez/cianose

– ESTAGIO 2: flictenas / flictenas séro-hemáticas com anestesia completa ->

– ESTAGIO 3: Necrose

• FISIOPATOLOGIA:

• Fase primária: resfriamento e ação do gelo

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Geladura

• O organismo submetido ao frio reage com vasoconstrição periférica. Esta vasoconstrição induz uma diminuição no gradiente de perfusão capilar e aparecimento de fenômenos locais de estagnação, de hiperviscosidade, de hipóxia e de acidose. A formação de cristais de gelo provoca aí um aumento da osmolaridade, o que leva a uma desidratação.

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Fase secundária: reaquecimento e necrose progressiva • Durante o período de reaquecimento, a vasoconstricção

arterial dá lugar a uma hipertemia reacional que facilita a passagem de líquidos em direção ao interstício, o que provoca um aumento na viscosidade sanguínea seguido de uma diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo da microcirculação. A descamação de células endoteliais e a alteração da membrana basal geram uma ativação e adesão de leucócitos. A ativação da via do ácido araquidônico nas plaquetas induz a liberação de tromboxane. Esta síndrome de isquemi-reperfusão resulta em poucas horas numa parada completa da microcirculação.

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A fase tardia: lesão final

• Esta é a fase rica em manifestações clínicas devidas a necrose vascular progressiva (edema, flictenas e necrose), começa 48 horas após o reaquecimento.

As lesões são então irreversíveis e se o tratamento

não é iniciado até este momento, os resultados são

irreversiveis.

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Frosbite

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Ulcerações

• Ocorrem quando a temperatura do tecido cai abaixo do ponto de congelamento e resulta em danos ao tecido. Os sintomas incluem as mudanças de cor da pele para o branco ou amarelo acinzentado, surgimento de dores e, posteriormente, bolhas. Normalmente, as pessoas acometidas por estas lesões não sentem os efeitos, até que alguém as chame a atenção pela palidez de sua pele. Geralmente, estas ulcerações ocorrem quando o rosto ou as extremidades são expostos ao vento frio.

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Pé de Imersão

• Ocorre em trabalhadores com os pés expostos à água fria ou ambientes úmidos, sem a proteção adequada, por longos períodos. O pé torna-se pálido, úmido e frio, e a circulação diminui. Se o pé-de-imersão não for tratado, pode produzir-se uma infecção.

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HIPORTERMIA

• A vítima de hipotermia deve ser aquecida imediatamente, sendo removida para ambientes quentes ou por meio de cobertores. O reaquecimento em água a 40-42°C é recomendado em casos onde a hipotermia ocorre após o corpo ter sido imerso em água fria.

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Limites de Tolerância

• Os limites de tolerância são propostos pela ACGIH, Threshold Limit Values (TLVs), de 1999, com o sentido de proteger os trabalhadores dos efeitos da exposição ocupacional ao frio e definir parâmetros para esta exposição, sob os quais a maioria dos trabalhadores possa estar protegida dos efeitos adversos à saúde.

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Medidas de Controle

• Para trabalhos de precisão com as mãos descobertas por períodos superiores à faixa de 10 a 20 minutos em um ambiente com temperatura inferior a 16°C, devem ser adotadas medidas para manter as mãos dos trabalhadores aquecidas. Isto pode ser feito por meio de jatos de ar quente ou placas de contato aquecidas;

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Medidas de Controle

• Em temperaturas inferiores a -1°C, as partes metálicas e de controle manual devem ser cobertas com material isolante térmico;

• O uso de luvas se faz necessário sempre que a temperatura cair abaixo de 16°C para atividades sedentárias; 4°C para trabalho leve; -7°C para trabalho moderado, quando não for necessária destreza manual;

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Medidas de Controle

• Para temperaturas inferiores a 2°C, é necessário que os trabalhadores que entram em água ou tenham suas vestimentas molhadas por conta da atividade, troquem as mesmas de imediato, além de tomarem-se os cuidados necessários para a não ocorrência de hipotermia;

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Medidas de Controle

• Deve-se utilizar luvas anticontato quando as mãos estão ao alcance de superfícies frias (temperaturas inferiores a -7°C);

• Se a temperatura for inferior a -17,5°C, as mãos devem ser protegidas com mitenes. O controle de máquinas e ferramentas deve ser projetado para permitir sua manipulação sem necessidade de remover os mitenes;

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Medidas de Controle

• Quando o trabalho é realizado em ambientes com temperaturas abaixo de 4°C, deve ser fornecida proteção adicional de corpo inteiro. Os trabalhadores devem utilizar roupa protetora adequada para o nível de frio e atividade exercida;

• Não deve ser permitida a exposição continuada de qualquer parte da pele do trabalhador quando a velocidade e a temperatura resultarem em uma temperatura equivalente de -32°C

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Medidas de controle

• Se o trabalho é realizado a temperaturas abaixo de -7°C e o ambiente externo também apresenta baixas temperaturas, é necessária a disponibilização de microambientes aquecidos, como sala de repouso, cabines, barracas ou outros para a recuperação térmica destes trabalhadores.

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Medidas de Controle

• Os trabalhadores devem ser incentivados para a utilização destes locais a intervalos regulares, com a frequência variando conforme a temperatura de exposição ocupacional. O começo de tremores, congelamento ou queimaduras por frio, sensação de fadiga excessiva, irritabilidade ou euforia são indicadores que o trabalhador deva retornar ao abrigo.

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• Ao adentrar no abrigo, deve se remover a camada externa da roupa e afrouxar o restante da vestimenta para permitir a evaporação do suor, ou ainda oferecer vestimentas secas quando as mesmas apresentarem umidade. Desidratação ou perda de fluidos do corpo ocorrem sempre nos ambientes frios e podem aumentar a suscetibilidade do trabalhador a danos à saúde causados pelo frio;

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• Dotar os locais de repouso de salas especiais para secagem das vestimentas, sempre que a atividade resultar em encharcamento ou umedecimento das mesmas;

• Se as roupas disponíveis não forem suficientes para a proteção contra hipotermia ou enregelamento, o trabalho deve ser interrompido até que as roupas sejam providenciadas ou que o ambiente seja melhorado nas suas temperaturas.

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Recomendações Adicionais

• Evitar o trabalho solitário em ambientes frios. O trabalhador deve estar em constante observação ou trabalhar em duplas;

• Evitar sobrecarga de trabalho de forma a evitar sudorese intensa que possa causar umedecimento da vestimenta. Quando da realização de trabalho intenso, devem-se adotar períodos de descanso em abrigos aquecidos, com troca por vestimenta seca, sempre que necessário;

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• Devem ser oferecidas bebidas doces e sopas quentes no ambiente de trabalho para aumentar as calorias e o volume de líquidos. O café deve ser limitado devido ao seu efeito diurético e sobre a circulação sanguínea;

• Quando o trabalho a ser realizado for leve e a roupa ficar molhada com o trabalho realizado, a parte externa desta roupa deve ser de material impermeável;

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• Quando o trabalho é intenso, a parte externa da roupa deve ser de material repelente a água, devendo ser trocada sempre que se molhe. A parte externa da roupa deve permitir evaporação de forma a diminuir a umidificação causa da pela sudorese;

• Quando o trabalho é realizado em ambientes frios e com temperaturas normais ou quentes, antes de adentrar ao ambiente frio o trabalhador deve se certificar de que sua roupa não esteja molhada. Se estiver úmida ou molhada deverá ser trocada por uma seca;

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• As portas de câmaras frigorificadas ou outras dependências refrigeradas onde haja trabalhadores operando devem ser dotadas de sistema que permita a abertura das portas internamente, caso os trabalhadores ficarem involuntariamente presos;

• Deve sofrer redução dos limites de exposição ocupacional ao frio quando os trabalhadores estão expostos à vibração ou a substâncias tóxicas;

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• Os trabalhadores deverão trocar de meia ou palmilhas removíveis sempre que as mesmas estiverem umedecidas;

• Se as roupas oferecidas aos trabalhadores não forem suficientes para prevenir a hipotermia ou enregelamento, o trabalho deve ser modificado ou interrompido até que roupas adequadas sejam providenciadas;

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• Antes de assumir os seus postos de trabalho, todos devem ser treinados nos procedimentos de segurança e saúde no trabalho, incluindo o seguinte programa:

• 1. Procedimento adequado de reaquecimento e tratamento de • primeiros socorros; • 2. Uso adequado de vestimentas; • 3. Hábitos adequados de alimentação e ingestão de líquidos; • 4. Reconhecimento de iminente enregelamento; • 5. Reconhecimento e sinais de hipotermia iminente ou resfriamento

excessivo do corpo; • 6. Práticas de trabalho seguro

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Referencias

• FUNDACENTRO. Riscos Físicos. SP, Fundacentro, 1991. • COUTO, Hudson de A.; A ergonomia aplicada ao trabalho,

Manual Técnico da Máquina Humana - Belo Horizonte, Ergo Editora Ltda, 1996, Vol. 1 e 2.

• ACGIH- American Conference of Governmental Industrial Hygienists, Tradução ABHO, Limites de Exposição para Substâncias Químicas e Agentes Físicos e Índices Biológicos, Frio, p. 155-163, Cincinnati, OH, 1999.

• Revista Proteção. Agravantes: Frio, Motivo de Preocupações, p. 30-37, Novo Hamburgo, 2000.

• Segurança e Saúde no Trabalho Portuário, Fundacentro, 1998.