Tema: O Amadurecimento do Senso Moral através das ... · Porque ele sabe que Deus é apenas...

Tema: O Amadurecimento do Senso Moral através das experiências materiais

Data: 6, 7 e 8 de março de 2011

27O Encontro Espírita Sobre “O Livro dos Espíritos” – 2011

O Amadurecimento do Senso Moral através das experiências materiais

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ÍNDICE

1 Programa do Encontro Pág. 01

2 Informações Gerais Pág. 02

3 Objetivo Geral e Objetivos Específicos Pág. 03

4 Tema 1 – O que é Senso Moral? Pág. 04

5 Tema 2 – Eu, construtor de mim mesmo Pág. 11

6 Tema 3 – Como se processa a Evolução? Pág. 15

7 Tema 4 – A Didática Divina Pág. 19

8 Tema 5 – Jesus: A Plenitude do Senso Moral para Humanidade Terrena

Pág. 24

9 Tema 6 – Etapas do Desenvolvimento do Senso Moral Pág. 31

10 Referencias Bibliográficas Pág. 34



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PROGRAMA DO ENCONTRO

27O Encontro Espírita Sobre “O Livro dos Espíritos”

01. TEMÁRIO:

TEMA CENTRAL


1O Dia: Domingo – 06/03/2011

Tema 01: O que é o senso moral?

Tema 02: Eu, construtor de mim mesmo

2O Dia: Segunda-feira - 07/03/2011

Tema 03: Como se processa a evolução?

Tema 04: A Didática Divina

3O Dia: Terça-feira - 08/03/2011

Tema 05: JESUS: A plenitude do senso moral para a humanidade terrena

Tema 06: Etapas do desenvolvimento do senso moral



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2. INFORMAÇÕES GERAIS:

Período: 6, 7 e 8 de março de 2011

Horário:

8h / 8h30 – Chegada / recepção

8h30 / 9h30 – Abertura

8h45 / 10h30 – Estudo

11h – Intervalo

11h / 12h55 – Estudo

13h – Encerramento

CENTROS PARTICIPANTES:

Além do Centro Espírita Léon Denis, outras instituições realizarão o Encontro:

Grupo Espírita Rita de Cássia de Estudos Espíritas

Grupo Boa Nova de Estudos Espíritas

Centro Espírita Abigail

Centro Espírita Antonio de Aquino

Núcleo Espírita Léon Denis

Centro Espírita Dr. Hermann (Campos)

Centro Espírita Léon Denis (Cabo Frio)

Centro Espírita Bom Jesus (Bom Jesus de Itabapoana)

Centro Espírita Gabriel Delanne (Vitória – ES)

O Encontro será apresentado também pela Internet



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Segundo a definição do Dicionário Aurélio:

1. SENSO- faculdade de apreciar, de julgar, entendimento;

2. MORAL- conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para o grupo ou pessoa determinada.

Questão 629 – Que definição se pode dar da moral?

“A moral é a regra para bem se conduzir, isto é, para a distinção entre o bem e o mal. Ela está fundamentada na observância da lei de Deus. O homem procede bem, quando faz tudo intencionalmente para o bem de todos, porque, então, cumpre a lei de Deus.”

(KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Léon Denis – Gráfica e Editora.)

� O termo intencionalmente remete-nos ao uso da VONTADE, que, segundo Leon Denis é a maior potência da alma.

Há diferença entre bem proceder (agir de acordo com a Lei de deus) e proceder bem (agir corretamente de acordo com algum padrão, preceito, opinião própria ou de outra pessoa).

Quando buscamos agir de acordo com a Lei de Deus, fazendo tudo intencionalmente para o bem de todos, encontramos um sentido de vida e ficamos com a consciência tranqüila, que segundo a questão 922 é um dos componentes da vida moral para a felicidade.



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Questão 922 - A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um; o que basta para a felicidade de um, constitui a infelicidade do outro. Há, entretanto, uma medida de felicidade comum a todos os homens?

“Com relação à vida material, é a posse do necessário; com relação à vida moral, a consciência tranqüila e a fé no futuro.”


A partir daí resta-nos meditar quanto a possibilidade de distinção entre o bem e o mal. Será um fato relativo?

Questão 630 - Como se pode distinguir o bem do mal?

“O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus e o mal, tudo o que dela se afasta. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus; fazer o mal, é infringir esta lei.”


Questão 631 - O homem tem meios de distinguir, por si mesmo, o que é bem do que é mal?

“Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu a inteligência para discernir um do outro.”


Questão 632 - O homem, estando sujeito ao erro, não pode enganar-se na apreciação do bem e do mal e acreditar que faz o bem quando, na realidade, faz o mal?

“Jesus vos disse: vede o que quereríeis que vos fizessem, ou não vos fizessem: tudo se resume nisso. Não vos enganareis.”


Logo , quando agimos de acordo com a Lei, somos sustentados pela felicidade legítima que o cumprimento dela (a lei) proporciona.



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Questão 614 - O que se deve entender por lei natural?

“A lei natural é a lei de Deus; é a única verdadeira para a felicidade do homem; indica-lhe o que deve fazer ou não fazer e ele só é infeliz, porque dela se afasta.”


O Caminho da Compreensão

Graças a Deus!

Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o Bem! Graças a Deus!

Meus irmãos,

Espiritismo, muitas vezes já se vos tem dito, Espiritismo é compreensão. E por quê? Porque nele haveis de encontrar, através da razão, a luz para aclarar todas as vossas dúvidas e a paz para as nossas vidas.

Compreender a vida é saber recebê-la tal qual ela se apresenta; é saber seguir os seus rumos, sem se deter, jamais, nos desvios, nas pequeninas encruzilhadas, nesse caminho que parece ser mais curto, mas que, no entanto, mais longe vos conserva da meta que é Deus. Esses atalhos, nas estradas da vida, são enganosos. Há um só caminho- o da compreensão!

Quando o caminho da compreensão é atingido, quando a alma pode através dele seguir o seu destino, cumprir com a missão que lhe cabe, a alma sente que a vida é bela, por maiores pedras, por mais acúleos e espinhos que encontre à sua passagem. É que a compreensão dá luzes e asas à alma e ela pode, através dessas asas diáfanas, transpor os obstáculos, alçar-se ao Infinito e chegar até Deus. Viver a vida, tal como esta se apresenta diante dos olhos da alma, viver a vida é compreendê-la, é, por assim dizer, vencer a vida.

Meus irmãos, todos vós sabeis que o Espiritismo vos instrui e vos inicia numa lei que se chama, para o espírito, a lei de causa e efeito. Esta lei que se chama, para o espírito, a lei de causa e efeito. Essa lei existe em todas as ciências; mas, para a ciência espiritualista, ela é a base, é o alicerce sobre o qual o Espiritismo se alevanta, se ergue e aponta ao homem o seu verdadeiro destino.

Para o verdadeiro espírita, para aquele que aprende a compreender a vida, tudo que ele sofre, tudo que ele sente, é um efeito que tem causas antigas, em vidas anteriores. Por isso, o espírita jamais pode revoltar-se contra as dores que lhe surgem no caminho; por isso, o espírita jamais pode esperar que o Espiritismo venha tirar de seu caminho as pedras que o ferem. Por isso, o espírita jamais se revoltará contra deus. Porque ele sabe que Deus é apenas justiça e que o seu destino foi traçado por si mesmo, por suas próprias mãos. Por isso, o espírita respeita e acata aqueles que venham tombar, que venham a cometer erros, e jamais ergue a sua voz contra eles; antes, estende-lhes



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mão fraterna e procura levantá-los, porque não sabe se amanhã ou depois, se mais adiante, em seu caminho, ele também cairá e necessitará receber auxílio de alguém para levantar-se.

As próprias pedras no caminho não se movem sem que para isso exista uma causa. Se há deslizes, estes têm também uma causa em vidas passadas e, quantas vezes, a mais profunda destas causas é a incompreensão do espírito, diante da beleza que se lhe pode apresentar: A compreensão de Deus!

Aquele que erra o faz porque não sabe; erra porque desconhece a verdade. Não merece, pois, acusação; precisa de perdão, precisa de compreensão.

O verdadeiro espírita recebe a vida como sendo uma emanação de Deus, um presente régio que deus lhe pôs nas mãos, para que pudesse transformar os seus passos, de passos incertos em passos seguros, através das grandes e longas etapas por que terá que passar até chegar a perfeição.

A vida é bela e deve ser vivida! Se achardes má e se, ao percorrerdes a estrada, não virdes o sol que ilumina não sentirdes o perfume das flores, nem o gorjeio dos pássaros escutardes, é porque a vossa alma ainda não chegou àquele ponto em que, para os olhos, tudo é belo e tudo é bom, tudo é magnífico e esplendoroso. A este estágio chegam àqueles que compreendem a vida através do Espiritismo. Ela é uma só.

Se vos faltar a luz, se vos faltar o encanto dos pássaros ou das flores, não é a vida que vos falta: sois vós que roubais algo a ela, pela vossa falta de compreensão; são os vossos ouvidos que estão cerrados; são os vossos olhos que estão tapados. É a vossa alma que está fechada, impossibilitada de crer na grandeza de Deus, para poder administrar a Sua obra.

Meus irmãos, não batem às portas do Espiritismo apenas os que querem, através dele, chegar à compreensão da vida e à compreensão de Deus. Muitas são as portas que deverá bater, até acertar com uma delas, e, por isso, porque há muitas portas, muitas vezes tereis que bater. Em quantas encarnações passadas já não batestes a diversas portas, já não seguistes duras veredas? Sim. No entanto, tereis encontrado aquilo que o vosso coração almeja?

Batestes, nesta encarnação, numa porta certa, que vos leva a caminho seguro e firme; mas há muitas portas com aparência desta. E é nessas que batem os cegos e surdos, de alma fechada para as belezas espirituais da vida, coração aberto, apenas para as sensações materiais. É de crer que estes ainda terão de bater em muitas outras, até encontrarem a verdadeira porta. Não os acuseis, porém; tudo, como disse, e como bem explica o Espiritismo, têm uma razão de ser. Não fossem as próprias trevas, jamais poderíeis sentir a grandeza da luz; não fosse a dor jamais poderíeis aquilatar a grandeza da felicidade que vos chega ao coração.



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Deixai-os! Suplicai para eles apenas a luz de Deus, que é a verdade suprema. Deixai-os! Eles estão experimentando os diversos caminhos e, por isto, não deveis julgar, porque todos estes caminhos já experimentastes.

Pela compreensão que vos traz o Espiritismo, puro em sua razão, em sua lógica, em seu raciocínio, buscai a estes pobres irmãos pelo conselho e pelas vossas preces, e deixai que, em catadupas, a luz das vossas almas recaia sobre eles, a fim de que, mais depressa talvez, do que vós, possam eles encontrar a verdadeira porta.

Meus irmãos, espiritismo é compreensão. Espiritismo é aquela luz que vem, justamente, na hora em que a alma se encontra, em que se encontra em trevas, e se vê em desespero, não recebem esta luz?

Sim, a receberão; mas quando os seus corações estiverem completamente abertos; quando as almas estiverem com as portas de par em par abertas para poderem compreender o que é o espiritismo. Pode um raio de sol penetrar num quarto de janelas fechadas?

Não! É preciso que se abram as janelas. As almas de que vos falei estão com as portas cerradas à compreensão do que seja espiritismo. Vós já abristes as portas do vosso coração e a luz penetra nele como uma verdadeira messe, com fartura, com esplendor, mas venho recordar-vos que as lições que aprendeis, que o exemplo que derdes são como brisas, mais fracas ou mais fortes, que poderão, de repente, cerrar esta porta. Cuidado, pois!

Livrai-nos dos maus exemplos, das más palavras e dos maus gestos. São como rajadas de vento, que poderão fechar as portas de vosso coração, roubando dele toda a luz que recebestes. O momento, irmãos, o momento que passas é destas rajadas fortes. E eis porque os templos ruem, a fé parece desaparecer dos corações e, no seu desmando, os homens desconhecem a própria palavra do cristo, esquecidos de que, apesar das trevas em que se encontram a luz continua a brilhar.

Meus irmãos, filhos diletos, para quem a alma dos guias, a palavra dos Guias é como uma brisa refrescando corações que, para nós, são como corolas abertas, onde a nossa palavra cai como um orvalho; corações diletos: não vos afasteis da luz! Não cerreis os vossos olhos; não fecheis as portas dos vossos corações! Estendei vossas mãos fraternas aos que vierem pedir migalhas de luz! Graças a deus!

Que o Amor Único de Deus inspire todas as almas para o Bem! Graças a deus!

Deixai que os lobos possam se desfazer sozinhos, se destruir sozinhos. Deixais que eles corram pelos caminhos dom mundo, porque um dia, por certo exaustos, voltarão ao caminho de Deus. É que eles procuram por demais a terra, esquecidos de que ela mesma gira em torno do sol suspenso no céu. É que eles se sentem demasiado grandes e sentem a vida demasiado pequena, quando, na verdade, eles são demasiadamente pequeninos para a vida que é tão grande. Deixai-os! Porque um dia, ao



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calor das vossas preces e sob o perfume dos vossos corações cheios de amor, eles tornarão ao caminho de deus! Nós, porém, vos advertimos: quando eles chegarem, ainda virão vos lançando pedras.

Que importa, no entanto, se, pela compreensão que vos traz o Espiritismo, vós podeis passar por sobre elas e vos sentir muito mais felizes, acima da pequenez daquelas pedras que vos atirarem!...

Mantende-se firmes! O Espiritismo é a luz que acompanha as vossas vidas, luz que jamais de vós se afastará, se procurardes sempre estar em contato com ela.

Sim, o sol é a vida, é força, é energia. O Espiritismo é compreensão, é luz, é paz para as vossas almas; mas se vos afastardes da luz do Espiritismo, também baqueareis.

Espírita, nós esperamos que a fonte de luz que é a Casa espírita, jamais vos possais afastar. Não por nós, que nada somos; mas por vós, que tudo podereis conquistar, através da fé que depositardes em Deus.

Não realizamos milagres. Milagres realizarão as vossas próprias almas, quando quiserem despojar-se do egoísmo, do ciúme, do rancor, da incompreensão. Os milagres serão realizados por vós mesmos, porque sereis vós que colhereis as flores que plantardes.

Não vos diremos, a vós que tendes uma dúvida no coração, não vos diremos: Este é o caminho! Dir-vos-emos, apenas o que falou Jesus; “ batei e abrir-se-vos-á; batei e achareis!” Ponde para funcionar o vosso raciocínio; racionai, uni a vossa alma com a luz da razão e a dúvida se dissipará.

Não diremos a vós que tendes o vosso lar, talvez, quase em ruínas: ele se reerguerá. Não. Dir-vos-emos, apenas: A sua construção está em vossas mãos.

Não diremos àquele que, ao passar junto de um amigo antigo, sente que o calor do ódio acompanha o seu olhar. Não lhe diremos: Nós faremos com que o teu amigo volte ao teu coração! Não o diremos, porque está em nossas mãos fazê-lo. Diremos, apenas: Volta para trás, passa por ele novamente. Sorri, quando passares e ele te sorrirá. Não é o nosso milagre: é o milagre do teu sorriso!

Não diremos às mães: vossos filhos serão homens honrados, honestos, porque nós trabalhamos o seu coração. Não o diremos! Diremos apenas: Ele voltará, sim, se tu tiveres fé e se puderes recebê-lo com o perdão no coração.

Não diremos às esposas: teu esposo voltará aos teus braços ... Não diremos. Diremos, apenas: Ele voltará, sim, se tu tiveres fé e se puderes recebê-lo com o perdão no coração.



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Não diremos ao pecador: Tu estas redimido, porque eu te redimi! Diremos apenas: Tu te redimirás, se quiseres volver teus passos e seguir a estrada apontada por Cristo.

Eis, meus irmãos, o que é, o que será sempre, dentro da humildade da casa espírita, o espiritismo, que é compreensão.

Que possamos, nós e vós, unidos pelo mesmo desejo de progresso da Humanidade, fazer com que todos os humildes templos em que um ou dois se reúnem em nome de Cristo de Deus possam espalhar esta luz que é a compreensão, única luz que poderá reconduzir os homens ao seu verdadeiro destino e guiá-los até que eles consigam atingir a perfeição.

Nosso desejo é que todos os homens de boa vontade tenham paz em seus corações e possam enaltecer o nome de Deus, não com palavras, mas com gestos e com exemplos. Que todos os homens possam não falar de paz, apenas, mas sentir e fazer a paz.

Que valem esses tratados, assinaturas que ficarão na História, se no momento de rancor os papéis podem se rasgar e as palavras podem ser desfeitas, podem desaparecer na voragem do egoísmo, da maldade e da ambição?

Que importa que os homens falem de uma paz eterna e duradoura entre eles, se no fundo dos seus corações não existe senão o desejo de mandar e, mais do que tudo, poder?! ...

Nós não queríamos que os homens se entendessem apenas por palavras. Antes fossem eles mudos, mas soubessem sentir!

Que ao estenderem a mão, o fizessem de forma sincera, vendo-se apenas no olhar e compreendendo-se a linguagem muda que fala, que só sabe falar o coração!

Que este, Senhor, que este nosso desejo de união e de paz entre os homens, através da compreensão da Tua Vontade, possa ser uma realização sobre a Terra e, então, Senhor, nós poderemos dizer como Cristo: “Nós e o Pai, somos um!”

Graças a Deus!

Antonio de Aquino

(Raios de Luz – vol. 2 – mensagem nº 22)



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15 – A origem e o modo de criação dos espíritos nos são desconhecidos; sabemos somente que foram criados simples e ignorantes, quer dizer, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, mas perfectíveis e com uma igual aptidão para tudo conquistar e tudo conhecer com o tempo. No princípio, estão numa espécie de infância, sem vontade própria e sem consciência perfeita de sua existência.”

(KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Cap. III - Léon Denis – Gráfica e Editora)

Questão 114 - Os Espíritos são bons ou maus por sua natureza, ou são os próprios espíritos que se melhoram?

“Os próprios Espíritos que se melhoram; melhorando-se, passam de uma ordem inferior para uma ordem superior.”


Questão 115 - Dentre os espíritos, uns foram criados bons e outros maus?

“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. Deu, a cada um deles uma missão, com o objetivo de esclarecê-los e de fazê-los chegar, progressivamente, à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para aproximá-los dele. A felicidade eterna e sem mescla está, para eles, nesta perfeição. Os

Espíritos adquirem esses conhecimentos passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam estas provas com submissão e chegam mais prontamente ao objetivo que lhes está destinado; outros só as suportam murmurando e, assim, permanecem, por sua culpa, afastados da perfeição e da felicidade prometida.”




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Questão 115 – a) Conforme dizeis, os Espíritos, em sua origem, se assemelhariam a crianças, ignorantes e sem experiência, adquirindo, porém, pouco a pouco, os conhecimentos que lhes faltam, ao percorrerem as diferentes fases da vida?

“Sim, a comparação é correta; a criança rebelde permanece ignorante e imperfeita; aproveita, mais ou menos, conforme sua docilidade; mas, a vida do homem tem um termo e a dos Espíritos estende-se ao infinito.”


Questão 117 - Depende dos Espíritos a aceleração de seus progressos para a perfeição?

“Certamente; eles o conseguem com maior ou menor rapidez, conforme seu desejo e sua submissão à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa do que outra teimosa?”


Questão 120 - Todos os espíritos passam pela fi eira do mal para chegar ao bem?

“Pela fi eira do mal, não; mas, pela da ignorância.”


Questão 122 - Como os Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm consciência de si mesmos, podem ter a liberdade da escolha entre o bem e o mal? Há neles um princípio, uma tendência qualquer, que os leve de preferência a um caminho do que a um outro?

“O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Não haveria mais liberdade, se a escolha fosse provocada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que ele cede, em virtude de sua vontade livre. É a grande

figura da queda do homem e do pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram.”




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Questão 127 - Os Espíritos são criados iguais quanto às faculdades intelectuais?

“São criados iguais, mas não sabendo de onde vêm, é preciso que o livre-arbítrio siga seu curso. Progridem mais ou menos rapidamente, tanto em inteligência como em moralidade.”


Questão 127 - NK - Os Espíritos que seguem, desde o princípio, o caminho do bem não são, por isso, Espíritos perfeitos; se não têm más tendências, não deixam de precisar adquirir a experiência e os conhecimentos necessários para alcançar a perfeição. Podemos compará-los a crianças que, apesar da bondade de seus instintos naturais, necessitam desenvolver-se, esclarecer-se e não chegam, sem transição, da infância à idade madura; simplesmente, assim como temos homens que são bons e outros que são maus, desde sua infância, assim também há Espíritos que são bons ou maus desde seu princípio, com a diferença capital de que a criança tem instintos inteiramente formados, enquanto que o Espírito, quando da sua formação, não é mau nem bom; tem todas as tendências e toma uma ou outra direção, por efeito do seu livre-arbítrio.


NOÇÃO DE DIREITO

Em razão do apego aos rebentos da própria carne, institui a propriedade da faixa de solo em que se lhe escrava a moradia e, atendendo a essa mesma raiz de afetividade, traça a si próprio determinadas regras de conduta, para que não imponha aos semelhantes ofensas e prejuízos que não deseja receber.

Acontece, assim, o inesperado.

O homem selvático que não pretende abandonar os apetites e prazeres da experiência animal, fabrica para si mesmo os freios que lhe controlarão a liberdade, a fim de que se enobreça o caráter iniciante.

Estabelecendo a posse tirânica em tudo o que julga seu, desiste de aproveitar o que pertence ao vizinho, sob pena de expor-se a penalidades cruéis.

Nasce, desse modo, para ele a noção de direito sobre o alicerce das obrigações respeitadas.

(LUIZ, André. Evolução em Dois Mundos. 1a Parte – Cap. XI)



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16 – À medida que o espírito se afasta do ponto de partida, as idéias nele se desenvolvem, como na criança, e com as idéias, o livre-arbítrio, quer dizer, a liberdade de fazer ou não fazer, de seguir tal ou qual caminho para o seu adiantamento, o que é um dos atributos essenciais do espírito.

(KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Cap. III - Léon Denis – Gráfica e Editora)

Questão 540 - Os Espíritos que exercem uma ação sobre os fenômenos da Natureza agem com conhecimento de causa, em virtude de seu livre-arbítrio, ou por um impulso instintivo e irrefletido?

“Uns, sim, outros, não. Faço uma comparação: imagina essas miríades de animais que, pouco a pouco, fazem emergir do mar ilhas e arquipélagos; julgas que não haja, aí, um fim providencial e que essa transformação da superfície do globo não seja necessária à harmonia geral? Entretanto, são apenas animais do último grau que executam essas coisas, provendo às suas necessidades e sem suspeitarem de que são os instrumentos de Deus. Pois bem! Do mesmo modo, os Espíritos mais atrasados são úteis ao conjunto; enquanto se ensaiam para a vida e antes de terem plena consciência de seus atos e de seu livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos de que são os agentes inconscientes; primeiramente, executam; mais tarde, quando sua inteligência estiver mais desenvolvida, comandarão e dirigirão as coisas do mundo material; mais tarde ainda, poderão dirigir as coisas do mundo moral. É assim que tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que começou, ele próprio, pelo átomo; admirável lei de harmonia de que vosso Espírito limitado ainda não pode apreender o conjunto.


“O desenvolvimento moral vai dando ao espírito aspectos que o adornam: serenidade, compaixão, amor, tolerância; são adornos de uma inteligência, conquistas de uma inteligência.”

(Balthazar em 23/02/1990.)



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Questão 192 - Pode-se, desde esta vida, através de uma conduta perfeita, transpor todos os degraus e tornar-se Espírito puro, sem passar por outros intermediários?

“Não, pois o que o homem julga perfeito está longe da perfeição; há qualidades que lhe são desconhecidas e que ele não pode compreender. Ele pode ser tão perfeito quanto o comporte sua natureza terrestre, mas isso não é a perfeição absoluta. Assim como uma criança, que por mais precoce que seja, deve passar pela juventude, antes de chegar à idade madura; assim, também como o enfermo, que passa pela convalescença, antes de recobrar toda a sua saúde. E, além disso, o Espírito deve progredir em ciência e em moralidade; se ele apenas progrediu num sentido, é preciso que progrida no outro, para atingir o topo da escala; porém,

quanto mais o homem se adianta na sua vida presente, tanto menos longas e penosas são as provas seguintes.”


Questão 166 - Como a alma, que não atingiu a perfeição durante a vida corporal, pode terminar de depurar-se?

“Experimentando a prova de uma nova existência.”


Questão 166 – a) - Como a alma realiza essa nova existência? Será por sua transformação como espírito?

“A alma, depurando-se, experimenta, certamente, uma transformação, mas, para isso, é-lhe necessária a prova da vida corporal.”




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Questão 132 - Qual é o objetivo da encarnação dos Espíritos?

“Deus impõe-lhes a encarnação com o objetivo de fazê-los chegar à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, é uma missão. Porém, para chegar a essa perfeição, devem suportar todas as vicissitudes da existência corporal: nisto é que está a expiação. A encarnação tem também um outro objetivo, que é o de

colocar o espírito em condições de suportar sua parte na obra da criação; é para executá-la que, em cada mundo, ele toma um instrumento em harmonia com a matéria essencial desse mundo para aí executar, daquele ponto de vista, as ordens de Deus; de tal forma que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”

NK - A ação dos seres corporais é necessária à marcha do Universo; Deus, porém, na sua sabedoria, quis que, nessa mesma ação, eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar dele. É assim que, por uma admirável lei de sua providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.


Questão 133 - Os Espíritos que, desde o princípio, seguiram o caminho do bem, têm necessidade da encarnação?

“Todos são criados simples e ignorantes; instruem-se nas lutas e nas tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer alguns felizes, sem atribulação e sem trabalho e, por conseguinte, sem mérito.”


Questão 169 - O número das encarnações é o mesmo para todos os Espíritos?

“Não; o que caminha rápido, poupa-se das provas. Todavia, essas encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, pois o progresso é quase infinito.”




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LEI DE CAUSA E EFEITO

Encetando, pois, a sua iniciação no plano espiritual, de consciência desperta e responsável, o homem começa a penetrar na essência da lei de causa e efeito, encontrando em si mesmo os resultados enobrecedores ou deprimentes das próprias ações.

Quando dilacerado e desditoso, grita a própria aflição, ao longo dos largos continentes do Espaço Cósmico, reunindo-se a outros culpados do mesmo jaez, com os quais permuta os quadros inquietante da imaginação em desvario, tecendo, com o plasma sutil do pensamento contínuo e atormentado, as telas infernais em que as conseqüências de suas faltas se desenvolvem, mediante as profundas e estranhas fecundações de loucura e sofrimento que antecedem as reencarnações reparadoras; contudo, é também aí que começa, sobrepairando o inferno e o purgatório do remorso e da crueldade, da rebelião e da delinqüência, o sublime apostolado dos seres que se colocam em harmonia com as Leis Divinas, almas elevadas e heróicas que, em se agrupando intimamente, tocadas de compaixão pelos laços que deixaram no mundo físico, iniciam, com a inspiração das Potências Angélicas, o serviço de abnegação e renúncia, com que a glória e a divindade do amor edificam o império do Sumo Bem, no chamado Céu, de onde vertem mais ampla luz sobre a noite dos homens.

(LUIZ, André. Evolução em Dois Mundos. 1a Parte – Cap. XII)



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Didática – Forma eficiente de ensinar bem, visando o sucesso do aluno (aprendizado). É um elemento facilitador do aprendizado.

O amor de DEUS nos ensina através da reencarnação.

LUTA EVOLUTIVA

Entre a alma que pergunta, a existência que se expande, a ansiedade que se agrava e o Espírito que responde ao Espírito, no campo da intuição pura, esboça-se imensa luta.

O homem que lascava a pedra e que se escondia na furna, escravizando os elementos com a violência da fera e matando indiscriminadamente para viver, instado pelos Instrutores Amigos que lhe amparam a senda, passou a indagar sobre a causa das coisas... Constrangido a aceitar os princípios de renovação e progresso, refugia-se no amor-egoísmo, na intimidade da prole, que lhe entretém o campo íntimo, ajudando-o a pensar.

Observa-se tocado por estranha metamorfose.

Vê, instintivamente, que não mais se poderia guiar pela excitabilidade dos seus tecidos orgânicos ou pelos apetites furiosos herdados dos animais...

Desligado lentamente dos laços mais fortes que o prendiam às Inteligências Divinas, a lhe tutelarem o desenvolvimento, para que se lhe afirmem as diretrizes próprias, sente-se sozinho, esmagado pela grandeza do Universo.

A idéia moral da vida começa a ocupar-lhe o crânio.

O Sol propicia-lhe a concepção de um Criador, oculto no seio invisível da Natureza, e a noite povoa-lhe a alma de Visões nebulosas e pesadelos imaginários, dando-lhe a idéia do combate incessante em que a treva e a luz se digladiam.



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Abraça os filhinhos com enternecimento feroz, buscando a solidariedade possível dos semelhantes na selva que o desafia.

Mentaliza a constituição da família e padece na defesa do lar.

Os porquês a lhe nascerem fragmentários, no íntimo, insuflam-lhe aflição e temor.

Percebe que não mais pode obedecer cegamente aos impulsos da Natureza, ao modo dos animais que lhe comungam a paisagem, mas sim que lhe cabe agora o dever de superar-lhes os mecanismos, como quem vê no mundo em que vive a própria moradia, cuja ordem lhe requisita apoio e cooperação.

(LUIZ, André. Evolução em Dois Mundos. 1a Parte – Cap. X)

NASCIMENTO DA RESPONSABILIDADE

A idéia de Deus iniciando a religião, a indagação prenunciando a Filosofia, a experimentação anunciando a Ciência, o instinto de solidariedade prefigurando o amor puro, e a sede de conforto e beleza inspirando o nascimento das indústrias e das artes, eram pensamentos nebulosos torturando-lhe a cabeça e inflamando-lhe o Sentimento.

Nesse concerto de forças, a morte passou a impor-lhe angustiosas perquirições e, enterrando os seus entes amados em sepulcros de pedra, o homem rude, a iniciar-se na evolução de natureza moral, perdido na desértica vastidão do paleolítico, aprendeu a chorar, amando e perguntando para ajustar-se às Leis Divinas a se lhe esculpirem na face imortal e invisível da própria consciência.

Foi, então, que, em se reconhecendo ínfimo e frágil diante da vida, compreendeu que, perante Deus, seu Criador e seu Pai, estava entregue a si mesmo.

O Princípio da responsabilidade havia nascido.

(LUIZ, André. Evolução em Dois Mundos. 1a Parte – Cap. X)

CONSCIÊNCIA DESPERTA

É assim que ele transformado interpreta, sob novo prisma, a importância de sua presença na Terra.

Não mais lhe seduzem a despreocupação e o nomadismo, assim como para o homem adulto é já passado o ciclo da infância.

Sabe agora que o berço carnal se reveste de significação mais profunda.



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Compreende, a pouco e pouco, que a vida lhe registra as contas pessoais, porquanto aprende que pode negar o braço ao companheiro necessitado de apoio, sabendo, porém, que o companheiro poderá recusar-lhe o seu, no momento em que o desequilíbrio lhe bata à porta.

Reconhece que dispõe de liberdade para matar o desafeto, mas não ignora que o desafeto, a seu turno, pode igualmente exterminar-lhe o corpo ou amargar-lhe o caminho.

Percebe que os seus gestos e atitudes, para com os outros, criam nos outros atitudes e gestos semelhantes para com ele.

Com esse novo cabedal de observação, revela-se-lhe a vida mental mais surpreendente e mais rica e, por essa mais intensa vida íntima, retrata com relativa segurança as idéias dos Espíritos Abnegados que lhe custodiam a rota.

Desde então, não guarda a existência circunscrita à romagem berço-túmulo, por alongá-la, do ponto de vista de causa e efeito, para além do sepulcro em que se lhe guarda o invólucro anulado ou imprestável.

Incorporando a responsabilidade, a consciência vibra desperta e, pela consciência desperta, os princípios de ação e reação funcionam, exatos, dentro do próprio ser, assegurando-se a liberdade de escolha e impondo-lhe, mecanicamente os resultados respectivos, tanto na esfera física quanto no Mundo Espiritual.

(LUIZ, André. Evolução em Dois Mundos. 1a Parte – Cap. XI)

“SEMENTES DE DESTINO”

Nesses lugares de retificadoras inquietações, alija o Espírito endividado a carga de superfície, exonerando-se dos elementos de mais envolvente degradação que o aviltam; contudo, tão logo revele os primeiros sinais de positiva renovação para o bem, registra o auxílio das Esferas Superiores, que, por agentes inúmeros, apoiam os serviços da Luz Divina onde a ignorância e a crueldade se transviam na sombra.

Qual doente, agora acolhido em outros setores pela encorajadora convalescença de que dá testemunho, o devedor desfruta suficiente serenidade para rever os compromissos assumidos na encarnação recentemente deixada, sopesando os males e sofrimentos de que se fez responsável, acusando ainda a si próprio, com a incapacidade evidente de perdoar-se, tanto maior quão maiores lhe foram no mundo as oportunidades de elevação e a luz do conhecimento.

Muita vez, ascendem a escolas beneméritas, nas quais recolhem mais altas noções da vida, aprimoram-se na instrução, aperfeiçoam impulsos e exercem preciosas atividades, melhorando os próprios créditos; todavia, as lembranças dos erros



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voluntários, ainda mesmo quando as suas vítimas tenham já superado todas as seqüelas dos golpes sofridos, entranham-se-lhes no espírito por “sementes de destino”, de vez que eles mesmos, em se reconhecendo necessitados de promoção a níveis mais nobres, pedem novas reencarnações com as provas de que carecem para se quitarem consciencialmente consigo próprios.

Nesses casos, a escolha da experiência é mais que legítima, porquanto, através da limpeza de limiar, efetuada nas regiões retificadoras, e pelos títulos adquiridos nos trabalhos que abraça, no plano extrafísico, merece a criatura os cuidados preparatórios da nova tarefa em vista, a fim de que haja a conjugação de todos os fatores para que reencontre os credores ou as circunstâncias imprescindíveis, junto aos quais se redima perante a Lei.

(LUIZ, André. Evolução em Dois Mundos. 1a Parte – Cap. XIX)

REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO

(...) Se soubermos, porém, suar no trabalho honesto, não precisaremos suar e chorar no resgate justo.

E não se diga que todos os infortúnios da marcha de hoje estejam debitados a compromissos de ontem, porque, com a prudência e a imprudência, com a preguiça e o trabalho, com o bem e o mal, melhoramos ou agravamos a nossa situação, reconhecendo-se que todo dia, no exercício de nossa vontade, formamos novas causas, refazendo o destino.

(LUIZ, André. Evolução em Dois Mundos. 1a Parte – Cap. XIX)

Se a criança precisa do ambiente escolar como referência para o aprendizado e

segurança emocional através das rotinas o ambiente, da convivência, nós espíritos

encontramos na oportunidade da reencarnação na Terra esta referência para nossa

evolução moral.

Portanto, temos várias oportunidades em nosso processo de crescimento moral.

Questão 172 - Nossas diversas existências corporais efetuam-se todas na Terra?

“Nem todas, mas em diversos mundos: a deste mundo não é a primeira, nem a última e é uma das mais materiais e das mais distantes da perfeição.”




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Questão 173 - A alma, a cada nova existência corporal, passa de um mundo a outro, ou pode efetuar várias delas no mesmo globo?

“Ela pode tornar a viver várias vezes no mesmo globo, se não se adiantou bastante para passar para um mundo superior.”


Questão 174 - Será uma necessidade tornar a viver na Terra?

“Não; mas, se não progredirdes, podereis ir para um outro mundo que não valha mais do que este e que pode ser pior.”


Questão 175 - Haverá uma vantagem em voltar a habitar a Terra?

“Nenhuma vantagem particular, a menos que aí se esteja em missão; neste caso, progride-se, aí, como em qualquer outro lugar.”


Questão 175 a) - Não se seria mais feliz permanecendo como Espírito?

“Não, não! Estacionar-se-ia e o que se quer é caminhar para Deus.”


Daí, concluímos que:

- Espaço Físico:

É determinado antes da reencarnação.

- Espaço Moral:

Construímos a cada momento através das nossas decisões (uso do livre-

arbítrio).



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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 1.ed. Rio de Janeiro: Léon Denis - Gráfica e Editora, 2007. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. 1.ed. Rio de Janeiro:Léon Denis – Gráfica e Editora, 2002. André Luiz. Evolução em Dois Mundos. Psicografia de Francisco C. Xavier. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB.2009. Espírito Balthazar. Mensagem Psicofônica recebida pelo médium Altivo Carissimi Pamphiro, em 23/02/90. Dr. Herman. Diretrizes para o 27º EELE. Mensagem Psicográfica recebida pelo médium Luiz Carlos Antônio de Aquino. Raios de Luz.Psicografia de Luadyr João Junqueira de Mattos.1.ed. Rio de Janeiro: Léon Denis – Gráfica e Editora, 1997.

Tema: O Amadurecimento do Senso Moral através das ... · Porque ele sabe que Deus é apenas...

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