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30-04-2018 1 TEMA 3 - A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE OCIDENTAL E A EXPANSÃO ISLÂMICA SUBTEMA 3.1 - A EUROPA DO SÉCULO VI AO XII Fim do Império Romano - causas Os romanos chamavam Bárbaros aos povos que não tinham a sua cultura; Esses povos dedicavam-se sobretudo à agricultura e pastorícia; A partir do séc. III foram fazendo negócios com os romanos e alguns foram autorizados a entrar e viver no império romano; Do séc. IV ao séc. V ocorreram várias invasões O mundo romano estava mais fraco e foi incapaz de resistir à entrada violenta e em simultâneo de vários povos; Esses povos são atraídos pelas riquezas do Império romano mas também pressionados pelos Hunos, que vinham do Leste. Em 476 Roma foi conquistada. Razões para a fraqueza do império romano: Dificuldades económicas – menor produção; Mau funcionamento do exército, indisciplinado; Mau funcionamento da administração pública. NOVAS INVASÕES ENTRE OS SÉCULOS VIII E X Os Muçulmanos invadem e ocupam a Península Ibérica em 711; Os Viquingues atacam as zonas costeiras da Europa do Norte e do Ocidente; Os Húngaros (ou Magiares) atacam o centro da Europa.

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TEMA 3 - A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE OCIDENTAL E A

EXPANSÃO ISLÂMICA

SUBTEMA 3.1 - A EUROPA DO SÉCULO VI AO XII

Fim do Império Romano - causas

• Os romanos chamavam Bárbaros aos povos que não tinham a sua cultura;

• Esses povos dedicavam-se sobretudo à agricultura e pastorícia;

• A partir do séc. III foram fazendo negócios com os romanos e alguns foram autorizados a entrar e viver no império romano;

• Do séc. IV ao séc. V ocorreram várias invasões

• O mundo romano estava mais fraco e foi incapaz de resistir à entrada violenta e em simultâneo de vários povos;

• Esses povos são atraídos pelas riquezas do Império romano mas também pressionados pelos Hunos, que vinham do Leste.

• Em 476 Roma foi conquistada.

• Razões para a fraqueza do império romano: – Dificuldades económicas – menor produção;

– Mau funcionamento do exército, indisciplinado;

– Mau funcionamento da administração pública.

NOVAS INVASÕES ENTRE OS SÉCULOS VIII E X

• Os Muçulmanos invadem e ocupam a

Península Ibérica em 711;

• Os Viquingues atacam as zonas costeiras da Europa do Norte e do Ocidente;

• Os Húngaros (ou Magiares) atacam o centro da Europa.

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Consequências e Transformações

• POLÍTICAS – Surge uma nova Europa

– Onde antes havia unidade política, agora há vários reinos;

– Poder frágil por parte dos reis;

– A única instituição que resiste é a Igreja Católica, que ganha importância pelo conforto e segurança que dá às populações.

• ECONÓMICAS – economia de subsistência

– Ruralização da economia

– Grande diminuição do comércio e do uso da moeda

– Quebra na passagem de conhecimentos

– Quebra demográfica

Consequências e Transformações

• SOCIAIS – dependências

– Clima de insegurança

– Fuga das cidades para os campos

– Nova organização social – dependência entre os grupos sociais

Consequências e Transformações AS RELAÇÕES FEUDO-VASSÁLICAS • A vida social e política assentava em relações de

dependência, que se chamavam relações feudo-vassálicas.

• O rei dava territórios (feudos) aos grandes senhores do Clero e da Nobreza;

• Nesses territórios estes senhores eram a autoridade – tinham o seu exército, administravam a justiça (menos a pena de morte ou corte de membros), cobravam rendas e impostos, podiam cunhar moeda.

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• Em troca, deviam ao rei fidelidade, obediência e ajuda militar;

• Estes senhores podiam estabelecer relações com outros menos importantes e assim sucessivamente;

• Os contratos que estabeleciam estas relações chamavam-se contratos de vassalagem e eram um juramento com características religiosas.

A SOCIEDADE MEDIEVAL

– Sociedade tripartida

dividida em três grupos (Clero, Nobreza e Povo);

– Sociedade hierarquizada

cada grupo tem um lugar próprio e funções específicas a desempenhar.

• A pertença aos grupos é determinada:

– Pelo nascimento;

– Pelos cargos que se desempenham.

Privilegiados

Não privilegiados

O CLERO

• Principal(ais) função(ões) do Grupo: rezar

• Classe privilegiada: Sim

• Motivos para a sua posição na sociedade: função religiosa, funções políticas, riqueza, cultura, ensino, assistência social e médica

• Benefícios: possui grandes propriedades, não paga impostos, recebe o dízimo de toda a gente, recebe muitas doações, tribunais próprios, aplica a justiça

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O CLERO

• Diferenças internas:

A NOBREZA

• Principal(ais) função(ões) do Grupo: combater

• Classe privilegiada: Sim ou Não? Sim

• Motivos para a sua posição na sociedade:

função militar, funções políticas, riqueza, possui grandes propriedades

• Benefícios: possui grandes propriedades, não paga impostos, aplica a justiça, tribunais próprios

• Diferenças internas: alta nobreza e baixa nobreza

• Reserva: terras que o senhor guardava para si,

mas que eram trabalhadas pelos servos;

• Mansos: terras arrendadas aos camponeses, para eles explorarem diretamente. Parte do que eles produziam era usado para pagar a renda ao senhor.

• Corveias: pagamento feito em dias de trabalho.

• Banalidades: pagamento pelo uso do lagar, do moinho ou do forno.

A vida nos senhorios

O POVO

• Principal(ais) função(ões) do Grupo: trabalhar

• Classe privilegiada: Não

• Motivos para a sua posição na sociedade: baixos rendimentos, excesso de trabalho, excesso de impostos e obrigações, falta de liberdade

• Benefícios: os que vivem nos concelhos conseguem ser livres

• Diferenças internas: homens livres e servos; baseadas na riqueza e nas profissões; grupo muito heterogéneo

POVO

• Obrigações para com os senhores:

– Rendas;

– Corveias: dias de serviço aos senhores;

– Banalidades: pagamento pelo uso do moinho, lagar ou forno.

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• A Igreja Católica é o único fator de unidade numa Europa dividida;

• É uma instituição que inspira confiança;

• Os povos bárbaros vão-se convertendo ao cristianismo:

– Por uma ação muito insistente e organizada da Igreja;

– Porque lhes interessa estarem mais próximos e serem mais aceites pelos povos dominados.

AFIRMAÇÃO DO CRISTIANISMO • A criação das ordens religiosas foi muito

importante para a Igreja:

– Permitiu o surgimento de um clero muito obediente e bem preparado;

– Os mosteiros e conventos foram centros de desenvolvimento da cultura;

– Estes mosteiros funcionaram também como escolas e centros de cópia de livros.

AFIRMAÇÃO DO CRISTIANISMO

• As primeiras ordens religiosas foram:

– Os beneditinos, fundados por S. Bento de Núrsia (séc. VI);

– As ordens de Cluny (clunicenses) e de Cister (cistercienses), surgidas dentro da ordem beneditina;

• A vida nos mosteiros buscava a autosuficiência, pelo que os monges tinham que praticar muitas atividades:

– Rezar, ensinar, trabalhar nos campos, artesanato, copiar livros, …

AFIRMAÇÃO DO CRISTIANISMO

• Os mosteiros também acolhiam doentes nas suas enfermarias e davam pousada a viajantes e peregrinos.

AFIRMAÇÃO DO CRISTIANISMO

Vairão

ROMÂNICO Estilo artístico surgido nos finais do

século X e inícios do século XI, e que se prolonga até ao século XIII, nalgumas regiões da Europa Ocidental.

O seu nome foi-lhe atribuído pelos historiadores de arte devido às influências romanas.

De carácter essencialmente religioso (conventos e igrejas) e militar (castelos), mas também civil.

ROMÂNICO

As construções reflectem um clima de insegurança e de instabilidade política e as igrejas serviam de casa de Deus e de local de abrigo e de refúgio.

Do ponto de vista económico vivia-se uma crescente prosperidade económica o que ajuda a explicar a proliferação destas construções.

As populações, extremamente religiosas, tudo investem na edificação de pequenas igrejas rurais ou nas grandes sés.

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ARQUITECTURA/CARACTERÍSTICAS

Planta de cruz latina. Arco de volta perfeita e

quebrado. Abóbada de berço e de

arestas. Grossos pilares interiores. Contrafortes exteriores. Paredes baixas e grossas. Pequenas aberturas:

frestas ou seteiras e rosáceas.

Monumentos escuros, austeros e pesados.