Tema 001 CA300

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financiamento habitacional

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ÍNDICE

OBJETIVOS DA AULA | INTRODUÇÃO........................................................

SISTEMA MONETÁRIO | SISTEMA FINANCEIRO ..................................

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................

INSTRUMENTOS FINANCEIROS ..................................................................

SEGMENTAÇÃO DOS MERCADOS FINANCEIROS ..............................

ESTRUTURA ATUAL DO SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO ......

POLÍTICA FINANCEIRA .....................................................................................

CAPTAÇÃO DE RECURSOS ...........................................................................

APLICAÇÃO DE RECURSOS ..........................................................................

POLÍTICA MONETÁRIA ....................................................................................

EXERCÍCIOS ..........................................................................................................

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................

2  

03

04

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10

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1

TEMA

APOSTILA SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

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OBJETIVOS DA AULA

Ao final desta aula, o aluno terá desenvolvido habilidades e

competências para conhecer o Funcionamento do Sistema

Financeiro Nacional.

INTRODUÇÃO

Todas as economias, nos dias de hoje, possuem complexos

sistemas financeiros em que a moeda representa,

juntamente com muitos outros, o papel de um ativo

financeiro.

A operacionalização do sistema é feita pelo conjunto de

instruções financeiras voltadas para a gestão política

monetária do governo, por meio de mercados específicos,

como de crédito, capitais, monetário e cambial.

3  

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4  

SISTEMA MONETÁRIO

O sistema monetário abrange o numerário da nação, isto é, as

moedas metálicas, os papéis moeda que nele tenham curso legal, e

a moeda escritural.

No que diz respeito ao papel moeda de uma economia, ele se

constitui de uma moeda fundamental, ou moeda padrão que serve

de unidade de valor e unidade de moedas subsidiárias, cujos valores

são múltiplos ou submúltiplos daquela.

SISTEMA FINANCEIRO

O Sistema financeiro é composto de um conjunto de instituições

financeiras (bancos, cooperativas de crédito, empresas financeiras,

consórcios, etc), que através de produtos e serviços financeiros,

operacionalizam as atividades do sistema, inclusive a intermediação

financeira, que é a transferência de recursos dos aplicadores (ou

poupadores) para aqueles que necessitam de recursos.

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5  

As instituições financeiras são responsáveis, ainda, por criar

condições para que diferentes títulos financeiros tenham liquidez.

Os aplicadores (ou poupadores) são também definidos como

ofertadores últimos ou, ainda, ofertadores finais de recursos.

Esses indivíduos são aqueles que se encontram em uma posição

privilegiada, na qual o volume de recursos que ele despende em

consumo é menor que a sua renda disponível.

São os indivíduos que estão, de acordo com o jargão financeiro, com

superávit financeiro (possuem reservas em dinheiro).

Exemplo disso são as aplicações em poupança ou outra aplicação

qualquer daquele dinheiro que sobra dos salários das pessoas no

final do mês.

Os indivíduos que necessitam de recursos, também denominados

tomadores últimos ou tomadores finais, são os que se encontram

em uma situação de déficit financeiro (não possuem reservas de

dinheiro).

Neste último caso o perfil de consumo desses indivíduos

normalmente, e/ou eventualmente, é maior que sua renda

disponível, e necessitam, portanto, da poupança dos outros para

atender suas necessidades ou para executar seus planos.

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6  

Via de regra os ofertadores e tomadores necessitam de um

intermediador para que cada um possa atingir seus objetivos.

Assim, surgem instituições que são tomadoras e ofertadoras de

recursos, papel este desempenhado pelos chamados

intermediários financeiros.

É importante salientar que os intermediários financeiros nunca

trabalham com recursos próprios, ou seja, quando eles repassam

recursos para os tomadores finais, não estão repassando recursos

da instituição, e sim, dos ofertadores últimos, em resumo apenas

repassam o dinheiro entre quem tem sobra para quem tem

necessidade, recebendo uma parte através de juros por ser o

intermediário desta negociação .

O desenvolvimento do mercado financeiro nos dias de hoje,

juntamente com o surgimento de instituições especializadas em

determinados tipos de operações ou produtos, mais bem

elaborados e com toques de sofisticação, tem trazido uma série de

vantagens à economia como um todo.

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7  

ESSA EVOLUÇÃO É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA QUE:

•  As captações das empresas tenham um custo reduzido;

•  Instituições financeiras, especializadas em determinados

setores, possam atender de forma mais eficiente a

determinados e complexos setores da atividade

econômica;

•  Haja diversificação das alternativas de aplicação de

poupanças;

•  Se verifique uma diminuição dos riscos e dos custos das

transações com recursos financeiros;

•  Se aumente a liquidez dos títulos de crédito existentes no

mercado.

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8  

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

As instituições financeiras que operam no sistema financeiro são classificadas em dois grupos distintos:

•  INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS; •  INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO BANCÁRIAS.

As instituições financeiras bancárias (ou instituições financeiras monetárias), como o próprio nome diz, têm a faculdade de criar moedas ou meios de pagamento. Como vimos anteriormente, os meios de pagamento são compostos pelo papel moeda e pelos depósitos à vista nos bancos.

De forma simplificada, podemos afirmar que a criação dos meios de pagamento é realizada pelo Banco Central, que controla a emissão do papel-moeda, e pelos bancos comerciais pode ser exemplificado da seguinte forma:

Suponhamos que um indivíduo deposite, em papel-moeda, um determinado valor em sua conta corrente.

Para que isso fosse possível, naturalmente o Banco Central foi responsável por essa emissão de papel-moeda.

O banco comercial, ao acolher esse depósito, por uma questão de probabilidade, sabe que pode emprestar parte desse dinheiro a um tomador final.

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9  

O sujeito, por sua vez, ao receber o dinheiro, irá depositá-lo no

mesmo banco ou em qualquer outro banco comercial.

O banco que receber esse depósito, da mesma forma que o

primeiro, pode emprestar uma parte do montante para outro

tomador, e assim sucessivamente.

Ao final desse processo iremos verificar que o montante inicial

depositado em papel-moeda se multiplicou dentro da estrutura das

instituições financeiras bancárias.

É o que chamamos de efeito multiplicador, pois o primeiro depósito

se transformou em vários outros de menor porte.

Esse é, em essência, o mecanismo básico de criação da moeda

escritural.

É por esse meio que os bancos comerciais tornam os meios de

pagamento várias vezes superior ao saldo de papel moeda emitido.

As instituições financeiras não-bancárias, ou não-monetárias, por

sua vez, não possuem a faculdade de criar moeda, pois não têm

autorização para acolher depósitos à vista.

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INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros são classificados em:

•  ATIVOS FINANCEIROS MONETÁRIOS;

•  ATIVOS FINANCEIROS NÃO-MONETÁRIOS.

No caso brasileiro, fazem parte dos ativos financeiros monetários o

papel moeda em poder do público e os depósitos à vista nos bancos

comerciais, tanto públicos como privados, e nas caixas econômicas.

Compreendem os ativos financeiros não-monetários todos os

demais ativos como depósitos de poupança, letras de câmbio,

certificados de depósitos bancários, etc.

Ao contrário do que ocorre com as instituições monetárias, ou seja,

o Banco Central e os bancos comerciais, que emitem instrumentos

monetários, os ativos financeiros não-monetários são, via de regra,

emitidos por instituições financeiras não-monetárias.

Um Certificado de Depósito Bancário (CDB), por exemplo, que

classificamos como um ativo financeiro não monetário, tanto pode

ser emitido por um banco comercial como por um banco de

investimento, que é uma instituição financeira não monetária, como

veremos adiante.

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11  

Portanto, quando falamos em ativos financeiros, estamos falando

em todos os instrumentos financeiros emitidos diretamente pelos

tomadores de recursos ou pelas instituições financeiras que

exercem a conexão entre esses tomadores e os ofertadores finais.

SEGMENTAÇÃO DOS MERCADOS FINANCEIROS

As operações do mercado financeiro, de acordo com suas

características, podem ser classificadas em um dos quatro

mercados relacionados abaixo:

•  MERCADO DE CRÉDITO – Classificamos nesse mercado

todas as operações de financiamento e empréstimo de

curto e médio prazo, para a aquisição de bens de consumo

corrente e de bens duráveis, bem como para o capital de

giro das empresas. As instituições financeiras que atuam

nesse segmento são os bancos comerciais, os bancos de

investimentos e financeiras, que são instituições

especializadas no fornecimento de crédito ao consumidor e

no financiamento de bens duráveis.

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12  

•  MERCADO DE CAPITAIS – É onde está concentrada toda a

rede de bolsa de valores e instituições financeiras que

operam com a compra e venda de ações e títulos de

dívidas em geral, sempre no longo prazo. Esse mercado

atua no financiamento do capital de giro e do capital fixo

das sociedades anônimas de capital aberto. A maior parte

das operações das instituições financeiras não monetárias

está centrada neste mercado. O mercado de capitais tem

a função de canalizar as poupanças da sociedade para a

indústria, o comércio e outras atividades econômicas, e até

mesmo para o governo.

•  MERCADO MONETÁRIO – É neste mercado que são

realizadas as operações financeiras de curto e curtíssimo

prazo. Dele fazem parte órgãos financeiros que negociam

títulos e valores, concedendo empréstimos a empresas ou

particulares a curto e curtíssimo prazo, contra o

pagamento de juros. Nele são financiados, também os

desencaixes momentâneos de caixa dos bancos

comerciais e do Tesouro Nacional. É nesse mercado que

são realizadas as operações de mercado aberto, inclusive

as operações de um dia, conhecidas como overnight.

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13  

Esse mercado serve também como instrumento de política

monetária, sobre a qual o Banco Central atua para controlar o

nível de liquidez da economia. Quando o governo pretende

reduzir a liquidez, ou seja, retirar o dinheiro de circulação, ele

vende Títulos Públicos, e quando deseja aumentar a liquidez,

compra esses títulos, injetando de volta o dinheiro no sistema

econômico.

•  MERCADO CAMBIAL – Nesse mercado realizam-se as

operações de compra e venda de moedas estrangeiras,

cujas transações determinam as cotações diárias dessas

moedas. As operações normalmente são de curto prazo e

as instituições que nele atuam são os bancos comerciais e

as empresas em geral, com a intermediação das

corretoras de câmbio ou de bancos múltiplos com esse

tipo de carteira

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14  

ESTRUTURA ATUAL

DO SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO

A estrutura atual do Sistema Financeiro Nacional resultou da

reforma bancária levada a efeito no biênio 1964-65. Esse sistema

engloba dois subsistemas: o normativo e o de intermediação.

Sistema Financeiro Nacional

Subsistema Normativo

Subsistema de Intermediação

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15  

O subsistema normativo engloba o Conselho Monetário Nacional, o

Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, CMV.

Sistema  Financeiro  Nacional  

Subsistema  Norma<vo  

Conselho  Monetário    Nacional  

Banco  Central  Comissão  de  

Valores  Mobiliários  

Subsistema  de  Intermediação  

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16  

Do subsistema de intermediação fazem parte os chamados agentes

especiais (Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social) e as demais instituições bancárias, não-

bancárias e auxiliares

Sistema  Financeiro  Nacional  

Subsistema  Norma<vo  

Subsistema  de  Intermediação  

Agentes  Especiais  

BNDES   Banco  do  Brasil  

Demais  Ins<tuições  

Bancárias  e  Não  Bancárias  

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17  

Demais Instituições Bancárias e

Não Bancárias Bancos

Comerciais

Financeiras

Caixas Econômicas

Associações De

Poupança e Empréstimo

Banco de Investimento

Sociedades de Crédito Imobiliário

Bancos de Desenvolvi-

mento

Bancos Múltiplos

Sociedades de Arrendamento

Mercantil

Distribuidores de Títulos e

Valores Mobiliários

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18  

POLÍTICA FINANCEIRA

A POLÍTICA FINANCEIRA é a área de maior dinamismo do cenário

mundial, onde são realizados todos os negócios envolvendo a

mercadoria mais cobiçada por todos nós e, sem sombra de dúvidas,

o que todas as pessoas no mundo também o estão: o dinheiro;

sendo ela no país ou na forma de negócio que for.

E, como ter parcelas cada vez maiores desta tão cobiçada

mercadoria?

A resposta passa por um tripé fundamental, e que nos imobiliza e/

ou freia nossos ímpetos para esta corrida desenfreada.

Retorno  

Liquidez  

Risco  

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19  

O RISCO navega por vários caminhos típicos de mercado, entre eles:

•  RISCOS DE MERCADO - Pelas taxas de juros que variam de

país para país, como as taxas de câmbio, o que vem a

dificultar as transações comerciais, sejam elas de maior ou

de menor porte;

•  RISCOS DE CRÉDITO - Começando a análise deste item pelo

que chamamos de 6 Cs, pelo CARÁTER do cliente,

analisando todo o decorrer do seu histórico de vida; pela

CAPACIDADE do tomador em administrar, analisando o seu

desempenho administrativo e progressão do seu negócio;

CAPITAL, analisando a sua estrutura de capital para saber

qual é a sua solvência e de como estão distribuídas as

dívidas, como também as contas mais solventes que a

constituem; CONDIÇÕES, ou seja, o ambiente de atuação do

negócio ou empresa, se está em atividades de maior

alavancagem de negócios ou não; COLATERAIS, se o

tomador tem garantias adicionais, que não estão fazendo

parte da empresa; CONGLOMERADO, seriam as

participações que o tomador ou a empresa em demais

negócios que integram o grupo, empresa ou tomador.

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20  

•  RISCOS OPERACIONAIS - Verificando a legalidade de suas

operações como um todo, situações off-balance, e se a

empresa corre riscos de sucessão gerencial, o que

acarreta atrasos e paralisia administrativa.

Além do risco, outro item que faz parte deste tripé é o RETORNO,

sendo que para todo e qualquer investimento, esperamos sempre o

retorno do capital investido, acrescido de parcelas de juros ou de

participações em empresas ou conglomerados, que venham a

satisfazer o investidor (investidores).

Retorno  

Liquidez  

Risco  

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21  

Sem o retorno do capital dos emprestadores de dinheiro não

haveria investimentos pois, para se efetuar uma obra de um projeto

de médio e ou de grande porte, não haveria recursos de poupança

interna suficientes, sejam eles da própria empresa ou como

também às vezes de vários governos para fazer frente ao tamanho

dos gastos.

Como exemplo, podemos citar as hidroelétricas do governo

brasileiro, ou então as fábricas que abrigam as montadoras em

nosso território. Todas precisaram de empréstimos para realizar

seus projetos de crescimento ou de infra-estrutura.

O terceiro e último ponto do tripé é a LIQUIDEZ. O que vemos no

mercado ou no nosso dia-a-dia normalmente ilustra bem este item.

Retorno  

Liquidez  

Risco  

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22  

Quando emprestamos algum dinheiro para alguém, esperamos que

nos seja devolvido o valor emprestado, ou seja, o próprio dinheiro

em espécie que emprestamos.

No momento que esta realização da devolução não é da mesma

maneira, ou seja, em dinheiro, será muito difícil emprestarmos

novamente.

E é desta maneira que é realizada a operação, não só por nós, como

também para todos os investidores.

CAPTAÇÃO DE RECURSOS

A CAPTAÇÃO DE RECURSOS começa nas instituições financeiras

conhecidas por todos nós, que são os bancos, cadernetas de

poupança, entre outros, cujas características vemos pelos anúncios

de televisão, sendo oferecidas vantagens na abertura de contas ou

de segurança na instituição apresentada.

Esta captação por parte das instituições financeiras em geral é

chamada de “operação passiva”, o que predomina propriamente a

captação de recursos financeiros, com a finalidade de fazer uma

carteira de recursos maior possível para conseguir melhores

aplicações dessa massa de dinheiro.

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23  

Veremos alguns produtos que são oferecidos a nós, como forma de captação de recursos financeiros:

•  CDB – CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO – Emitido por bancos múltiplos, bancos comerciais e de investimento, com prazo mínimo de 30 dias;

•  RDB – RECIBO DE DEPÓSITO BANCÁRIO – Obedece a mesma característica do CDB, porém, este não pode ser transferido de titularidade;

•  CÉDULAS DE DEBÊNTURES – São títulos emitidos por empresas, negociados pelos bancos, com prazo mínimo de 60 dias. Tem como vantagem a dedução das receitas operacionais no PIS e FINSOCIAL;

•  LETRAS DE CÂMBIO – Instrumento de captação específico das financeiras, com base em transação comercial, com prazo mínimo de 60 dias;

•  LETRAS HIPOTECÁRIAS – Emitidas pelos bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, seu vencimento não poderá ser inferior a 12 meses;

•  LETRAS IMOBILIÁRIAS – Emitidas pelos bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, com prazo não inferior a 180 dias;

•  OPERAÇÕES COMPROMISSADAS – Venda de títulos públicos em carteira a pessoas físicas ou jurídicas não financeiras e não tem prazo mínimo.

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APLICAÇÃO DE RECURSOS

Ora formado capital dos emprestadores de dinheiro, as instituições financeiras passam a oferecer os produtos de aplicação. Abaixo apresentaremos alguns:

•  HOT MONEY – Empréstimo de curtíssimo prazo, normalmente por 1 dia, prazo máximo de 10 dias;

•  CONTAS GARANTIDAS / CHEQUES ESPECIAIS – É a conta de crédito com um valor limite para o cliente e o IOF é cobrado sobre o saldo devedor diário;

•  DESCONTOS DE TÍTULOS (NOTAS PROMISSÓRIAS / DUPLICATAS ) – Adiantamento de recursos ao cliente, feito pela instituição financeira, sobre valores referenciados em duplicatas ou notas promissórias, normalmente com prazos de 30 dias;

•  EMPRÉSTIMOS PARA CAPITAL DE GIRO – Adiantamento de recursos ao cliente com garantia de 120% a 150% em duplicatas do principal emprestado e são operações com até 180 dias;

•  CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR – Financiamento concedido por um banco ou uma financeira para a aquisição de bens e serviços, com alienação fiduciária, o prazo varia de 3 a 24 meses, sendo muito usado em eletrodomésticos e veículos

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POLÍTICA MONETÁRIA

A política monetária pode ser definida como um conjunto de

medidas adotadas pelo governo com objetivo de controlar a oferta

de moeda e as taxas de juros, de forma a assegurar a liquidez ideal

da economia do país.

Para que as Autoridades Monetárias possam executar a Política

Monetária, elas se utilizam de alguns instrumentos para influenciar

a oferta de moeda e regular a taxa de juros.

Essas Autoridades Monetárias não têm condições de interferir

diretamente no cotidiano dos agentes econômicos, como, por

exemplo, para aumentar ou reduzir o nível de consumo.

Dessa forma, por meio da ação sobre as reservas bancárias e das

taxas de juros, indiretamente induzem o público a alterar o perfil

dos seus gastos.

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OS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS SÃO:

•  CONTROLE DO DINHEIRO EM CIRCULAÇÃO - Relaciona-se

diretamente com a questão da emissão de dinheiro e sua

circulação por intermédio das Autoridades Monetárias.

Normalmente, a emissão de moeda se destina a

financiamento de déficits orçamentários do governo

(dividas governamentais), à concessão de empréstimos de

liquidez às instituições bancárias e à realização de

operações de compra e venda de moeda estrangeira;

•  OPERAÇÕES NO MERCADO ABERTO - As operações

no mercado aberto consistem na compra e venda de

títulos públicos por parte do Banco Central, objetivando

regular os fluxos gerais de liquidez da economia. Quando

há excesso de oferta monetária, o Banco Central realiza

operações de venda de Títulos Públicos. Reduz-se, dessa

forma, a quantidade de dinheiro em poder do público e dos

bancos, contraindo-se, portando os meios de pagamento.

Caso a oferta monetária seja insulficiente, o Banco Central

entra no mercado de títulos da Dívida Pública, realizando

operações de compra desses títulos. Ao comprar títulos

ele injeta dinheiro no sistema, provocando, então, uma

expansão dos meios de pagamento;

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•  FIXAÇÃO DA TAXA DE RESERVA - Este é o outro

instrumento utilizado pelo governo para controlar a oferta

de dinheiro, atuando diretamente sobre os bancos. Essas

reservas, também conhecidas como depósitos

compulsórios, são mantidas pelas instituições bancárias

junto ao Banco Central, em uma proporção dos depósitos à

vista mantidos pelos bancos. De forma simplificada

podemos dizer que o Banco Central retém para ele parte

do dinheiro depositado nas instituições bancárias . Esse

instrumento atua diretamente sobre o nível de reservas

dos bancos comerciais; sendo, portanto, bastante

eficiente, já que mudanças nesse variável influem no

multiplicador bancário, com reflexos diretos no nível de

expansão ou contração dos meios de pagamento. A

elevação na taxa de reserva provocará diminuição dos

meios de pagamento, uma vez que reduz as

disponibi l idades dos bancos para empréstimos.

Inversamente, se o Banco Central reduz a taxa de reserva,

as disponibilidades para empréstimo aumentam,

provocando uma elevação dos meios de pagamento.

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•  FIXAÇÃO DA TAXA DE REDESCONTO - O redesconto é um

empréstimo que os bancos comerciais recebem do Banco

Central para cobrir eventuais problemas de liquidez. A taxa

de juros cobrada sobre esses empréstimos é chamada de

taxa de Redesconto. Uma elevação na taxa de redesconto

induzirá os bancos comerciais a aumentar suas reservas

voluntárias. Assim, eles evitam incorrer em altos custos

financeiros decorrentes de dificuldades momentâneas de

caixa,. simplificando são empréstimos que as Instituições

bancárias, com necessidade de aumentar suas reservas,

pedem ao Banco Central. Um aumento nas reservas

bancárias faz com que o montante de empréstimos

concedidos pelos bancos diminua, reduzindo os meios de

pagamento. Evidentemente que uma redução na taxa de

redesconto induzirá à redução das reservas bancárias e à

expansão dos meios de pagamento.

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29  

•  CONTROLES SELETIVOS DE CRÉDITO - As Autoridades

Monetárias possuem poderes para controlar, de forma

direta, o nível ativo ou em termos em que os bancos

emprestam. As Autoridades Monetárias têm condições de

controlar o volume e a distribuição das linhas de crédito,

impor certo teto às taxas de juros e orientar a finalidade

na concessão dos mesmos, determinando prazos, limites e

condições.

•  POLÍTICA FISCAL - A política fiscal diz respeito aos impostos

que o governo cria para fazer frente às suas necessidades,

cumprindo a sua responsabilidade perante seu país..

Assim, suas necessidades vêm ao encontro de o seu

compromisso de atuar nas áreas de estruturação básica

da economia, como também no seu âmbito social. A soma

de todas as suas arrecadações formam um volume para

fazer frente a todos os anseios da população.

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30  

APOSTILA SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

CADERNO DE

EXERCÍCIOS SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1

TEMA

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31  

01) A regulação das atividades das instituições financeiras públicas federais compete à (ao):

A.  Secretaria do Tesouro Nacional; B.  Conselho Monetário Nacional; C.  Ministério da Fazenda; D.  Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

02) Disciplinar e fiscalizar a organização e funcionamento e as operações das bolsas de valores é uma das principais atribuições da (o):

A.  Conselho Monetário Nacional; B.  Banco Central do Brasil; C.  Comissão de Valores Mobiliários; D.  Caixa Econômica Federal.

03) Dentre as citações abaixo, indique aquela que é de competência do Conselho Monetário Nacional:

A.  Estabelecer o valor interno da moeda, visando o controle da inflação;

B.  Emitir moeda; C.  Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços

bancários; D.  Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e

outros papéis.

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32  

04) Conjuntos de instituições dedicadas a manter o fluxo de recursos entre poupadores e investidores, como também a ordem no Mercado Financeiro. Estas características referem-se:

A.  Ao sistema bancário nacional; B.  Ao conglomerado financeiro brasileiro; C.  Aos esforços das entidades do Mercado de Capitais; D.  Ao Sistema Financeiro Nacional.

05) Dentre os instrumentos clássicos de Política Monetária, assinale aquele que se destaca como o mais ágil, para os objetivos do Banco Central, de permanente regulagem da oferta monetária e do custo primário do dinheiro:

A.  Operações no Mercado Aberto; B.  Depósito Compulsório; C.  Controle de Crédito; D.  Empréstimo de Liquidez.

06) As afirmações a seguir referem-se à estrutura do Sistema Financeiro Nacional e seus órgão componentes. Indique a alternativa INCORRETA:

A.  Apartar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento, constitui política do Conselho Monetário Nacional;

B.  Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas é competência do Banco do Brasil;

C.  As instituições financeiras privadas fazem parte do Sistema Financeiro Nacional;

D.  A operação por meio da qual um banco obtém um financiamento e o transfere aos seus clientes denomina-se repasse.

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07) O Conselho Monetário Nacional é órgão normativo responsável pela fixação de diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial do Brasil e, como entidade superior do sistema financeiro nacional, tem por competência:

I- orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas, de modo a garantir condições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia; II- adaptar as necessidades da economia nacional ao volume dos meios de pagamentos existentes; III- zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras; IV- determinar os valores interno e externo da moeda nacional; V- receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais. Estão certos apenas os itens:

A.  I e III; B.  I e IV; C.  II e IV; D.  II e V;

08) Dentre os instrumentos clássicos de Política Monetária, assinale aquele que se destaca como o mais ágil, para os objetivos do Banco Central, de permanente regulagem da oferta monetária e do custo primário do dinheiro:

A.  Operações no Mercado Aberto; B.  Depósito Compulsório; C.  Controle de Crédito; D.  Empréstimo de Liquidez.

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09) Analise as seguintes afirmações, todas relativas ao sistema financeiro

nacional:

I. Uma das atribuições do Banco Central do Brasil é estabelecer as

diretrizes gerais da política monetária, cambial e creditícia do Brasil.

II. Os bancos de investimento estão autorizados a receber depósitos a

vista e a prazo do público e utilizá-los para o financiamento do capital de

giro das empresas.

III. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem por objetivo, entre

outros, a regulamentação, a orientação e a fiscalização dos fundos de

investimento.

IV. O Acordo de Basiléia foi assinado em 1998 e seu principal objetivo

era o de regular a solvência das instituições financeiras por meio do

aumento dos limites mínimos de capital próprio em função do total de

aplicações de ativos de risco.

Estão corretas:

A.  I e IV, apenas;

B.  III e IV, apenas;

C.  I, II, e III, apenas;

D.  II, III, IV apenas.

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35  

10) Indique a alternativa incorreta:

A.  O Conselho Monetário Nacional é um órgão normativo;

B.  Cabe ao Conselho Monetário Nacional, regular a execução dos

serviços de compensação de cheques e outros papeis;

C.  Compete exclusivamente ao Banco Central do Brasil, a emissão de

moeda;

D.  A Comissão de Valores Mobiliários tem como objetivo principal o

fortalecimento do Mercado de Ações;

 

GABARITO

01) B

02) C

03) C

04) D

05) A

06) B

07) A

08) A

09) B

10) B

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36  

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA •  Assaf Neto, Alexandre. Finanças Corporativas E Valor – São Paulo:

Atlas, 2003. •  Assaf Neto, Alexandre E Lima, Fabiano Guasti. Curso De

Administração Financeira- São Paulo: Atlas, 2009 •  Braga, Hugo Rocha E Almeida, Marcelo Cavalcanti. Mudanças

Contábeis Na Lei Societária: Lei 11.638 De 28/12/2007- São Paulo: Atlas, 2008

•  Braga, Roberto.Fundamentos E Técnicas De Administração Financeira - São Paulo: Atlas, 1981.

•  Brigham, Eugene F. Ehrhardt Michael C. Administração Financeira: Teoria E Prática – São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.

•  Fortuna, Eduardo. Mercado Financeiro. Rio De Janeiro: Qualitymark Editora Ltda,2002.

•  Passos, Carlos R.M. & Nogami, Otto. Economia. São Paulo: Iob Thomson, 4ª Ed.

•  Samuelson, Paul Anthony; Nordhaus, William D. Economia. 12ed. Portugal, 12 Ed., 1988.

•  Stonier, Alfred W.; Hague, Douglas C. Teoria Econômica. Rio De Janeiro: Zahar,1971.

•  Umbreit, Myron H.; Hunt, Elgin F.; Kinter, Charles V. Economics: An Introduction To Principles And Problems. Nova York: Mcgraw-Hill,1957.

•  Blanchard, Oliver, Macroeconomia, 3.Ed. São Paulo: Prenticehall, 2004.

•  Lopes, João Do Carmo E Rossetti, José Pascoal. Economia Monetária. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 1992.

 

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 WEBGRAFIA

•  Banco Central, Disponível Em: http://Www.Bcb.Gov.Br/?Sfncomp

•  Faculdade On Line Uvb:

http://Arquivos.Unama.Br/Nead/Gol/Gol_Adm_2mod/

Economia_De_Emp/Pdf/Ee_Impresso_Aula05.Pdf

•  Banco Central Do Brasil, Disponível Em:

https://Www.Bcb.Gov.Br/Pre/Bcuniversidade/Palestras/Bc

%20e%20universidade%2011-11-2005.Pdf

•  Portal Do Investidor, Disponível Em:

http://Www.Portaldoinvestidor.Gov.Br/Menu/Primeiros_Passos/

Entendendo_Mercado_Valores.Html

COLABORADORES

•  Nobre, José Adalberto Barbosa. Analista De Risco De Crédito Do

Banco Do Brasil S.A. E Professor De Contabillidade E Finanças No

Senac Sp.