Tecnologia de Prevenção e Combate a Sinistro

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  • 7/24/2019 Tecnologia de Preveno e Combate a Sinistro

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    Prof Osmar Marques de Oliveira Junior

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    INTRODUO

    Antes de entrarmos no estudo do fenmeno da combusto, faremos um breve relatosobre o fogo, sua origem e evoluo no tempo. A histria contempornea assegura queo fogo provavelmente foi descoberto pelo homem primitivo que o conhecia como fora

    misteriosa, servindo apenas como iluminao e meio de aquecimento da caverna. svezes o homem primitivo sentia pelo fogo verdadeiro pavor. Surgia ele da descargaeltrica, produzindo um relmpago e um raio.Posteriormente, vencendo esse medo, dele se aproximou e o conquistou, levando-o paradentro das cavernas, a fim de afugentar os animais ferozes que disputavam, com ohomem, um lugar na caverna; e a escurido era fator favorvel ao animal na luta contrao homem.O primeiro fogo utilizado pelo homem teria surgido de um fenmeno meteorolgico atque um dia o homem conseguiu produzi-lo atravs de prolongadas horas de operaoatritando um pedao de madeira com outro. A Segunda teoria antecedeu a Idade Mdia,por volta do Sculo XVII, denominada Fluogstico, de autoria de Stall, segundo a

    qual a matria possua um elemento extremamente leve, o Fluogstico, e que o fogo eraapenas a perda ou liberao desse elemento.A terceira teoria teve incio na Idade Mdia, quando os alquimistas, os curiosos daqumica, desenvolveram vrios estudos, entre eles o estudo do fogo. A concluso, a quechegaram na poca os pesquisadores, asseguravam que o fogo era um elemento bsico,

    juntamente com a terra, a gua e o ar. Esta concluso hoje no mais aceita, bvio, dequando ainda no se conhecia a estrutura da matria.Finalmente, no Sculo XVIII os franceses conseguem conquistar a Qumica moderna,quando Lavoisier, por volta de 1777, conclui suas experincias qumicas. A descobertade Lavoisier joga por terra todas as teorias anteriores sobre o fogo, ou melhor, dizendo,a combusto. Lavoisier desenvolveu vrias reaes qumicas, entre elas uma comcaractersticas especiais, isto , tendo como resultante o aparecimento de energiatrmica e energia luminosa. Segundo a teoria de Lavoisier, fogo o resultado de umcombustvel reagindo com o oxignio submetido ao de um agente gneo. ,portanto, a teoria do tringulo da combusto. Essa teoria , at hoje, de fundamentalimportncia, tanto para os estudos de preveno quanto para combate a incndio. Ofogo foi intensamente estudado por ocasio da descoberta dos motores de combustointerna, mas o objetivo a alcanar no era fogo nem calor e, sim, a fora propulsora.O calor apresentava-se como um fator adverso ao fenmeno. Voltou a ser estudado nadescoberta dos motores a jato, motores de combusto externa, com o objetivo deproduo do empuxo.

    O efetivo controle e extino de um incndio requerem um entendimento da naturezaqumica e fsica do fogo. Isso inclui informaes sobre calor, composio ecaractersticas dos combustveis e as condies necessrias para a combusto.Combusto uma reao qumica de oxidao, auto-sustentvel, com liberao de luz,calor, fumaa e gases.Fogo uma forma de combusto, caracterizada por uma reao qumica que combinamateriais combustveis ao oxignio do ar, com desprendimento de energia luminosa etrmica.

    Para efeito didtico, adota-se o tetraedro ou quadrado do fogo (quatro faces) paraexemplificar e explicar a combusto, atribuindo-se, a cada face, um dos elementos

    essenciais da combusto.

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    A figura abaixo representa a unio dos quatro elementos essenciais do fogo, que so:

    Calor Combustvel Comburente

    Reao em cadeia

    Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformao de outra energia,atravs de processo fsico nu qumico.Pode ser descrito como uma condio da matria em movimento, isto , movimentaoou vibrao das molculas que compem a matria. As molculas esto constantementeem movimento. Quando um corpo aquecido, a velocidade das molculas aumenta e ocalor (demonstrado pela variao da temperatura) tambm aumenta.O calor gerado pela transformao de outras formas de energia, quais sejam: Energia qumica (a quantidade de calor gerado pelo processo de combusto); Energia eltrica (calor gerado pela passagem de eletricidade atravs de umcondutor, como um fio eltrico, ou um aparelho eletrodomstico); Energia mecnica (calor gerado pelo atrito de dois corpos); Energia nuclear (calor gerado pela quebra ou fuso de tomos).

    PROPAGAO DO CALOR

    O calor pode se propagar de trs diferentes maneiras: conduo, conveco ouirradiao. Como tudo na natureza tende ao equilbrio, o calor transferido de objetoscom temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio dedois objetos absorver calor at que esteja com a mesma quantidade de energia dooutro.

    CONDUO

    Conduo a transferncia de calor atravs de um corpo slido de molcula a molcula.Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro prxima a uma fontede calor, as molculas desta extremidade absorvero calor; elas vibraro maisvigorosamente e se chocaro com as molculas vizinhas, transferindo-lhes calor. Essasmolculas vizinhas, por sua vez, passaro adiante a energia calorfica, de modo que ocalor ser conduzido ao longo da barra para a extremidade fria. Na conduo, o calorpassa de molcula a molcula, mas nenhuma molcula transportada com o calor.

    Quando dois ou mais corpos esto em contato, o calor conduzido atravs deles comose fossem um s corpo.

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    CONVECO

    a transferncia de calor pelo movimento ascendente de massas de gases ou de lquidosdentro de si prprios. Quando a gua aquecida num recipiente de vidro pode-seobservar um movimento, dentro do prprio liquido, de baixo para cima. medida que agua aquecida, ela se expande e fica menos densa (mais leve) provocando ummovimento para cima. Da mesma forma, o ar aquecido se expande e tende a subir paraas partes mais altas do ambiente, enquanto o ar frio toma lugar nos nveis mais baixos.Em incndio de edifcios, essa a principal forma de propagao de calor para andaressuperiores, quando os gases aquecidos encontram caminho atravs de escadas, poos deelevadores, etc.

    IRRADIAO

    a transmisso de calor por ondas de energia calorfica que se deslocam atravs doespao. As ondas de calor propagam-se em todas as direes, e a intensidade com que

    os corpos so atingidos aumenta ou diminui medida que esto mais prximos ou maisafastados da fonte de calor. Um corpo mais aquecido emite ondas de energia calorficapara outro mais frio at que ambos tenham a mesma temperatura. O bombeiro deveestar atento aos materiais ao redor de uma fonte que irradie calor para proteg-los, a fimde que no ocorram novos incndios. Para se proteger, o bombeiro deve utilizar roupasapropriadas e gua (como escudo).

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    COMBUSTVEL

    toda a substncia capaz de queimar e alimentar a combusto. E o elemento que servede campo de propagao ao fogo. Os combustveis podem ser slidos, lquidos ou

    gasosos, e a grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para, ento, combinarcom o oxignio. A velocidade da queima de um combustvel depende de sua capacidadede combinar com oxignio sob a ao do calor e da sua fragmentao (rea de contatocom o oxignio).

    COMBUSTVEIS SLIDOS

    A maioria dos combustveis slidos transforma-se em vapores e, ento, reagem com ooxignio. Outros slidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro transformam-se emlquidos, e posteriormente em gases, para ento se queimarem.Quanto maior a superfcie exposto, mais rpido ser o aquecimento do material e,conseqentemente, o processo de combusto. Como exemplo: uma barra de ao exigirmuito calor para queimar, mas, se transformada em palha de ao, queimar comfacilidade. Assim sendo, quanto maior a fragmentao do material, maior ser avelocidade da combusto.

    COMBUSTVEIS LQUIDOS

    Os lquidos inflamveis tm algumas propriedades fsicas que dificultam a extino docalor, aumentando o perigo para os bombeiros.Os lquidos assumem a forma do recipiente que os contem. Se derramados, os lquidos

    tomam a forma do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas. Tomando comobase o peso da gua, cujo litro pesa 1 Kg (quilograma), classificamos os demais lquidoscomo mais leves ou mais pesados. importante notar que a maioria dos lquidosinflamveis mais leve que gua e, portanto, flutuam sobre esta.Outra propriedade a ser considerada a solubilidade do lquido, ou seja, sua capacidadede misturar-se gua. Os lquidos derivados do petrleo (conhecidos comohidrocarbonetos) tm pouca solubilidade, ao passo que lquidos como lcool, acetona(conhecidos como solventes polares) tem grande solubilidade, isto , podem ser diludosat um ponto em que a mistura (solvente polar + gua) no seja inflamvel.A volatilidade, que a facilidade com que os lquidos liberam vapore, tambm degrande importncia, porque quanto mais voltil for o lquido, maior a possibilidade de

    haver fogo, ou mesmo exploso. Chamamos de volteis os lquidos que liberam vaporesa temperaturas menores que 20 C.

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    COMBUSTVEIS GASOSOS

    Os gases no tm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipienteem que esto contidos.Se o peso do gs menor que o do ar, o gs tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso

    do gs maior que o do ar, o gs permanece prximo ao solo e caminha na direo dovento, obedecendo aos contornos do terreno.Para o gs queimar, h necessidade de que esteja em uma mistura ideal com o aratmosfrico, e, portanto, se estiver numa concentrao fora de determinados limites, noqueimar. Cada gs, ou vapor tem seus limites prprios.Por exemplo, se num ambiente h menos de 1,4% ou mais de 7,6% de vapor degasolina, no haver combusto, pois a concentrao de vapor de gasolina nesse localest fora do que se chama de mistura ideal, ou limites de inflamabilidade, isto , ou aconcentrao deste vapor inferior ou superior aos limites de inflamabilidade.

    COMBURENTE

    o elemento que possibilita vida s chamas e intensifica a combusto. O mais comum que o oxignio desempenhe esse papel. A atmosfera composta por 21% de oxignio,78% de nitrognio e 1% de outros gases.Em ambientes com a composio normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidadee de maneira completa. Notam-se chamas, contudo, a combusto consome o oxigniodo ar num processo continuo. Quando a porcentagem do oxignio do ar do ambientepassa de 21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima torna-se mais lenta,notam-se brasas e no mais chamas. Quando o oxignio contido no ar do ambienteatinge concentrao menor que 8%, no h combusto.

    REAO EM CADEIA

    Embora no seja eminentemente um elemento, por no ser sensvel como os demais(calor, combustvel e comburente), a reao em cadeia um componente essencial paraa auto-sustentao do fogo, visto que promove a interao continuada entre os demaiselementos do fogo. A reao em cadeia torna a queima auto-sustentvel. O calorirradiado do fogo ao agir sobre o combustvel ir decomp-lo em partculas gasosasmenores, as quais iro se combinar com o oxignio ocasionando nova reao decombusto. Esta nova reao de combusto produzir mais calor, o qual voltar a agirsobre o combustvel, reiniciando um novo ciclo que por sua vez desencadear outro, atque algo provoque uma interrupo.

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    FASES DO FOGO

    1 Ecloso/Ignio: a ignio ou fase inicial do fogo descreve o perodo em que osquatro elementos do tetraedro do fogo se juntam e se inicia a combusto. Neste ponto, oincndio pequeno e geralmente se restringe ao material que se incendiou primeiro e o

    oxignio contido no ar no est significativamente reduzido e o fogo est produzindovapor dgua, dixido de carbono, monxido de carbono e outros gases. Grande partedo calor est sendo consumido no aquecimento dos combustveis, e a temperatura doambiente, neste estgio, est ainda pouco acima do normal. Todos os incndiosinteriores e exteriores so o resultado de algum tipo de ignio.

    2- Incubao ou queima Livre: Pouco depois da ignio, se inicia a formao de umacoluna de gs aquecido sobre o combustvel que queima. Enquanto essa coluna sedesenvolve e sobe, comea a atrair e arrastar o ar ambiente do espao em volta paradentro dela. Logo em seguida, essa coluna de ar e gases aquecidos se v afetada peloteto e pelas paredes do espao. Os gases aquecidos espalham-se preenchendo o

    ambiente de cima para baixo, foram o ar frio a permanecer junto ao solo.

    3Propagao/Desenvolvimento: durante o desenvolvimento as condies doambiente alteram-se rapidamente medida que o incndio atinge todas as superfcies decombusto expostas. Isso acontece porque a capa de gs aquecido que se cria no teto daedificao durante a fase de crescimento irradia calor para os materiais combustveissituados longe da origem do fogo.

    4- Desenvolvimento Completo: a fase do desenvolvimento completo do incndio temlugar quando todos os materiais combustveis de um determinado espao fsico soenvolvidos pelo fogo. Durante este perodo, os combustveis que ardem no ambienteliberam a mxima quantidade de calor possvel, calor este irradiado dos combustveispresentes, os quais produzem grandes volumes de gases e fumaa. Esse calor irradiadoproduz a pirlise dos materiais combustveis do ambiente. Os gases que se produzemdurante este perodo se aquecem at a temperatura de ignio e ocorre o fenmenodenominado de flash over ou exploso ambiental, ficando toda a rea envolvida pelaschamas.

    Flash over: na fase do desenvolvimento, o fogo aquece gradualmente todos oscombustveis do ambiente. Quando determinados combustveis atingem o ponto deignio, simultaneamente, haver uma queima instantnea e concomitantemente dessesprodutos, o que poder provocar uma exploso ambiental, ficando toda a rea envolvida

    pelas chamas.

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    5- Diminuio: o comburente (Oxignio) do ambiente vai extinguindo-se at se tornarinsuficiente para a combusto. Nessa fase as chamas podem deixar de existir, O abaixode 16%. O fogo normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-se completamenteocupado por fumaa densa e os gases se expandem aumentando a presso interna esaem por todas as fendas em forma de lufadas, que podem ser observadas em todos os

    pontos do ambiente. Esse calor intenso reduz os combustveis a seus componentesbsicos, liberando assim vapores combustveis.

    Blackdraft: As partculas de carbono produzidas pela combusto incompleta e outrosgases combustveis mais o calor armazenado durante a queima livre entram emcombusto no momento em que recebem uma quantidade suficiente de O provocandouma exploso. A essa exploso chamado Blackdraft.

    As condies a seguir podem indicar uma situao de BLACKDRAFT.

    Fumaa sob presso num ambiente fechado.

    Fumaa escura, tornando-se densa. Mudando de cor (cinza e amarelada) e saindo doambiente em forma de lufadas. Calor excessivo (nota-se pela temperatura da porta). Pequenas chamas ou inexistncia destas. Resduos de fumaa impregnando o vidro das janelas. Pouco rudo. Movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura feita.(em alguns casos ouve-se o ar assoviando ao passar pelas frestas).

    FORMAS DE COMBUSTO

    As combustes podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa,incompleta, espontnea e Instantnea/Exploso. Dois elementos so preponderantes navelocidade da combusto: o comburente e o combustvel, o calor entra no processo paradecompor o combustvel. A velocidade da combusto variar de acordo com aporcentagem do oxignio no ambiente e as caractersticas fsicas e qumicas docombustvel.Combusto Completa: aquela em que a queima produz calor e chamas e se processaem ambiente rico em oxignio.

    Combusto Incompleta: aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhum

    chama, e se processa em ambiente pobre em oxignio.Combusto Espontnea: o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento decertos vegetais que, pela ao de bactrias, fermentam. A fermentao produz calor elibera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram em combusto sem fonteexterna de calor (materiais com baixo ponto de ignio); outros entram em combusto temperatura ambiente (20C), como o fsforo branco. Ocorre tambm na mistura dedeterminadas substncias qumicas, quando a combinao gera calor e libera gases emquantidade suficiente para iniciar combusto. Por exemplo, gua + sdio.Instantnea/Exploso: a queima de gases (ou partculas slidas), em altssimavelocidade, em locais confinados, com grande liberao de energia e deslocamento de

    ar. Combustveis lquidos, acima da temperatura de fulgor, liberam gases que podemexplodir (num ambiente fechado) na presena de uma fonte de calor.

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    PONTOS DE TEMPERATURA

    Os combustveis so transformados pelo calor, e a partir desta transformao secombinam com o oxignio existente no ar atmosfrico, resultando a combusto.

    FORMAS DE COMBUSTO

    As combustes podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa,incompleta, espontnea e Instantnea/Exploso. Dois elementos so preponderantes navelocidade da combusto: o comburente e o combustvel, o calor entra no processo paradecompor o combustvel. A velocidade da combusto variar de acordo com aporcentagem do oxignio no ambiente e as caractersticas fsicas e qumicas docombustvel.

    Combusto Completa: aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa

    em ambiente rico em oxignio.

    Combusto Incompleta: aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhumachama, e se processa em ambiente pobre em oxignio.

    Combusto Espontnea: o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento decertos vegetais que, pela ao de bactrias, fermentam. A fermentao produz calor elibera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram em combusto sem fonteexterna de calor (materiais com baixo ponto de ignio); outros entram em combusto temperatura ambiente (20C), como o fsforo branco. Ocorre tambm na mistura dedeterminadas substncias qumicas, quando a combinao gera calor e libera gases emquantidade suficiente para iniciar combusto. Por exemplo, gua + sdio.

    Instantnea/Exploso: a queima de gases (ou partculas slidas), em altssimavelocidade, em locais confinados, com grande liberao de energia e deslocamento dear. Combustveis lquidos, acima da temperatura de fulgor, liberam gases que podemexplodir (num ambiente fechado) na presena de uma fonte de calor.

    PONTOS DE TEMPERATURA

    Os combustveis so transformados pelo calor, e a partir desta transformao se

    combina com o oxignio existente no ar atmosfrico, resultando a combusto.Ponto de Fulgor ou Flash Point: a temperatura mnima necessria para que umcombustvel desprenda vapores ou gases inflamveis, os quais, combinados com ooxignio do ar em contato com uma chama, comeam a se queimar, mas a chama no semantm porque os gases produzidos so ainda insuficientes.

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    Ponto de Combusto: a temperatura necessria para que um combustvel desprendavapores ou gases inflamveis que, combinados com o oxignio do ar e ao entrarem emcontato com uma chama, se inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo no se

    apaga, pois essa temperatura faz gerar vapores ou gases suficientes para manter o fogoou a transformao em cadeia.

    Ponto de Ignio: a temperatura em que o combustvel, exposto ao ar, entra emcombusto sem que haja fonte externa de calor.Ex.: gasolina - 42C (ponto de fulgor) + 257C (ponto de ignio).

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    EFEITOS DO CALOR SOBRE OS CORPOS

    O calor quando atua sobre os corpos provoca alteraes fsicas como a elevao datemperatura aumenta de volume (dilatao) e mudana de estado fsico.

    RISCOS DA VARIAO LINEAR

    A dilatao de corpos slidos como o ao, por exemplo, se dilata numa proporo de2:1 em relao ao concreto. Esta diferena poder ocasionar riscos de desabamentonuma edificao, visto que as barras de ao existentes em meio ao concreto das vigas desustentao das construes, ao serem submetidas a intenso calor, tendero a sedeslocarem no concreto, ocasionando a perda da sustentabilidade. Exemplo uma barrade ao de 10 m submetida a uma temperatura de 800 C sofre uma dilatao linear de9,6 cm.

    RISCOS DA VARIAO DE VOLUME

    A dilatao dos corpos gasosos acondicionados em recipientes (cilindros) podeprovocar a ruptura dos mesmos, caso no possuam sistema de segurana (vlvulas deescape ou de alivio de presso). O acionamento das vlvulas de alvio, por sua vez,ocasionar a liberao de gs inflamvel, contribuindo para a propagao do incndio.

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    RISCOS DA VARIAO DE TEMPERATURA

    Variaes bruscas de temperatura, os materiais sofrem danos em suas estruturas aoserem submetidos a variaes bruscas de temperatura, podendo inclusive ocorrer ocolapso generalizado. uma causa comum de desabamento de estruturas atingidas porincndios combatidos com o uso de gua.

    MTODOS DE EXTINO DO FOGO

    Os mtodos de extino do fogo baseiam-se na eliminao de um ou mais doselementos essenciais que provocam o fogo. ISOLAMENTO OU RETIRADA DOMATERIAL, a forma mais simples de se extinguir um incndio. Baseia-se na retirada

    do material combustvel, ainda no atingido, da rea de propagao do fogo,interrompendo a alimentao da combusto. Mtodo tambm denominado corte ouremoo do suprimento do combustvel.Ex.: fechamento de vlvula ou interrupo de vazamento de combustvel lquido ougasoso, retirada de materiais combustveis do ambiente em chamas, realizao deaceiro, etc

    RESFRIAMENTO

    o mtodo mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material combustvelque est queimando, diminuindo, conseqentemente, a liberao de gases ou vapores

    inflamveis.

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    A gua o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e serfacilmente encontrada na natureza.A reduo da temperatura est ligada quantidade e a forma de aplicao da gua, demodo que ela absorva mais calor que o incndio capaz de produzir. intil o emprego de gua onde queimam combustveis com baixo ponto de combusto

    (menos de 20 C), pois a gua resfria at a temperatura ambiente e o material continuarproduzindo gases combustveis.

    ABAFAMENTO

    Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxignio com o material combustvel.No havendo comburente para reagir com o combustvel, no haver fogo. Comoexceo esto os materiais que tm oxignio em sua composio e queimam semnecessidade do oxignio do ar, como os perxidos orgnicos e o fsforo branco.Conforme j vimos anteriormente, a diminuio do oxignio em contato com ocombustvel vai tomando a combusto mais lenta, at a concentrao de oxignio

    chegar prxima de 8%, onde no haver mais combusto. Colocar uma tampa sobre umrecipiente contendo lcool em chamas, ou colocar um copo voltado de boca para baixosobre uma vela acesa, so duas experincias prticas que mostram que o fogo seapagar, to logo se esgote o oxignio em contato com o combustvel. Pode-se abafar ofogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores, vapor d'gua,espumas, ps, gases especiais, etc.

    QUEBRA DA REAO EM CADEIA

    Certos agentes extintores, quando lanados sobre o fogo, sofrem ao do calor, reagindosobre a rea das chamas interrompendo assim a "reao em cadeia" (extino qumica).Isso ocorre porque o oxignio comburente deixa de reagir com os gases combustveis.Essa reao s ocorre quando h chamas visveis.

    CLASSIFICAO DOS INCNDIOS

    Os incndios so classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem comoa situao em que se encontram. Essa classificao feita para determinar o agenteextintor adequado para o tipo de incndio especfico. Entendemos como agentesextintores todas as substncias capazes de eliminar um ou mais dos elementosessenciais do fogo, cessando a combusto.

    Essa classificao foi elaborada pela NFPA (Associao Nacional de Proteo aIncndios/EUA), adotada pela IFSTA (Associao Internacional para o Treinamento deBombeiros/EUA) e pela maioria dos Corpos de Bombeiros e Brigadas de Incndio doBrasil..

    Incndio Classe A.

    Incndio envolvendo combustveis slidos comuns, como papel, madeira, pano,borracha, etc... caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resduos e porqueimar em razo do seu volume, isto , a queima se d na superfcie e emprofundidade.

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    Incndio Classe "B".

    Incndio envolvendo lquidos inflamveis, graxas e gases combustveis. caracterizadopor no deixar resduos e queimar apenas na superfcie exposta e no em profundidade.

    Incndio Classe "C"

    Incndio envolvendo equipamentos energizados. caracterizado pelo risco de vida queoferece ao bombeiro.

    Para a sua extino necessita de agente extintor que no conduza a corrente eltrica eutilize o principio de abafamento ou da interrupo (quebra) da reao em cadeia. Estaclasse de incndio pode ser mudada parra "A", se for interrompido o fluxo eltrico.Deve-se ter cuidado com equipamentos (televisores, por exemplo) que acumulamenergia eltrica, pois estes continuam energizados mesmo aps a interrupo dacomente eltrica.

    Incndio Classe "D".

    Incndio envolvendo metais combustveis pirofricos (magnsio, selnio, antimnio,litro, potssio, alumnio fragmentado, zinco, titnio, sdio, zircnio). caracterizado

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    pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns(principalmente os que contenham gua).

    PROPORES DE INCNDIOIncndio Incipiente (ou princpio de incndio):Evento de mnimas propores e parao qual suficiente a utilizao de um ou mais aparelhos extintores portteis. PequenoIncndio Evento cujas propores exigem emprego de pessoal e material especializado,sendo extinto com facilidade e sem apresentar perigo iminente de propagao.

    Mdio Incndio Evento em que a rea atingida e a sua intensidade exige a utilizaode meios e materiais equivalentes a um socorro bsico de incndio, apresentando perigoiminente de propagao.

    Grande Incndio Evento cujas propores apresentam uma propagao crescente,necessitando do emprego efetivo de mais de um socorro bsico para a sua extino.

    Extraordinrio Incndio oriundo de abalos ssmicos, vulces, bombardeios esimilares,abrangendo quarteires. Necessitando para a sua extino do emprego devrios socorros de bombeiro, mais apoio do Sistema de Defesa Civil.

    CAUSAS DE INCNDIO

    de enorme interesse para a Corporao saber a origem dos incndios quer para finslegais, quer para fins estatsticos e prevencionistas. Da a importncia de preservar-se o

    local do incndio, procurando no destruir possveis provas nas operaes de combate erescaldo. Dessa forma, os peritos podero determinar com maior facilidade a causa doincndio.

    Classificao das causas de incndiosNaturaisArtificiais: Acidentais e Propositais

    Causas Naturais

    Quando o incndio originado em razo dos fenmenos da natureza, que agem por si

    s, completamente Independentes da vontade humana.

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    Causas ArtificiaisQuando o incndio irrompe pela ao direta do homem, ou poderia ser por ele evitadotomando-se as devidas medidas de precauo. a) Acidental Quando o incndio proveniente do descuido do homem, muito embora ele no tenha inteno de provocar oacidente. Esta a causa da maioria dos incndios. b) Proposital Quando o incndio tem

    origem criminosa, ou seja, houve a inteno de algum em provocar o incndio.

    PRINCIPAIS CAUSAS DE INCNDIO

    Os incndios, a no ser quando causados pela ao das intempries, so decorrentes dafalha humana, material ou ambas; predominando segundo estatsticas a primeira, comoveremos a seguir:

    1. Brincadeira de criana: As crianas por no terem senso do risco que correm,costumam brincar com fsforos, fogueiras em terrenos baldios, imitando engolidores defogo, com frascos que contm ou continham lquidos inflamveis, etc..; em funo disto

    devemos orient-las mostrando os riscos e conseqncias e nunca amedrontando-as

    2. Exaustores, Chamin, Fogueira: Todos os meios condutores de calor para oexterior, podem ser causadores de incndio, desde que no sejam muito bem instalados,conservados e mantidos de acordo com as normas de segurana. Portanto, procurarsempre seguir as orientaes de profissionais capacitados. No caso de fogueiras, porexemplo, 99 % da perda de controle podem ser atribudo ao fator humano, causandograves acidentes com vtimas at fatais, alem de grandes danos a ecologia.

    3. Bales: Todos os anos, quando se realizam os festejos juninos, muitos incndios socausados por bales, que deixam cair centelhas ou mesmo a tocha acesa sobre materiaiscombustveis, portanto, nunca solte bales.

    4. Fogos de Artifcios: Tal como ocorrem com os bales, os fogos de artifcios tambmso causadores de incndio, alm de inmeros acidentes. Geralmente, as crianas so asprincipais vtimas, por no saberem utilizar tal material e mesmo alguns portaremdefeitos de fabricao, logo ao manipular, tome sempre medidas de segurana.

    5. Displicncia ao cozinhar: Algumas donas de casa, no conhecem os riscos deincndios e deixam alimentos fritando ou cozendo por tempo superior ao necessrio, oumesmo colocando-os com gua em leo fervente, fazendo com que os vapores do

    mesmo saiam do recipiente, indo at as chamas do fogo e incendiando o combustvelna panela; em vista disto, mantenha sempre sua ateno redobrada quando utilizar ofogo.

    6. Descuido com fsforo: No s as crianas, mas tambm os jovens e adultos no doa devida ateno correta utilizao dos fsforos, produzindo centelhas em locaisgasados, ou mesmo livrando-se do palito ainda em chamas, provocando com estaatitude muitos incndios. Quando utilizar-mos os mesmos, devemos apag-los e quebr-los antes de jog-los fora, e guardar a caixa longe do alcance das crianas.

    7. Velas, lamparinas, iluminao chama aberta sobre mveis: Muitas vezes so

    colocados diretamente sobre mveis ou tecidos, velas ou lamparinas. No caso daprimeira, esta poder queimar-se at atingir o material e incendi-lo; a outra, por conter

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    querosene ou outro liquido inflamvel a situao ainda mais grave, portanto,quandoforem utilizadas, coloca-las sobre um pires ou prato, evitando o contato como possvelcombustvel.

    8. Aparelhos Eletrodomsticos: Alm das instalaes eltricas inadequadas, os

    prprios aparelhos eltricos utilizados nas residncias podero causar incndios, quandoguardados ainda quentes, deixados ligados ou apresentarem defeitos, observe sempreseu funcionamento, fios, interruptores e siga as instrues do fabricante.

    9. Pontas de Cigarros: O hbito de fumar atinge a milhares de pessoas, que s vezes, ofazem em locais proibidos e quase sempre jogam as pontas destes, sem ter certeza queestejam apagados completamente. Outras vezes, deitam-se e adormecem deixando-oaceso. Portanto devemos sempre molhar ou amassar as pontas antes de serem jogadasno lixo, principalmente nos locais onde armazenam papis.

    10. Vazamento de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP): O GLP acelerador de

    incndio em potencial. O botijo que est em uso fica conectado ao fogo, por meio deum tubo plstico que incendeia com facilidade, em razo do material que constitudo,isto ocorrendo teremos acesso ao gs, pois o registro est em posio aberto, o reservaque est ao lado, poder receber calor suficiente para romper a vlvula de segurana,provocando a propagao do fogo por todo o prdio. Devemos colocar tais recipientesfora da residncia, conectando-o por uma mangueira resistente preconizada peloConselho Nacional de Petrleo que contm data de validade.

    11. Ignio ou Exploso de Produtos Qumicos: Alguns produtos qumicos ouinflamveis, em contato com o ar ou outros componentes, podero incendiar-se ouexplodir, em funo disto deve ser acondicionados em locais prprios e seguros,evitando-se assim qualquer acidente, ao manipul-los, procure sempre a orientaodeum tcnico especializado.

    12 - Instalaes Eltricas Inadequadas: A improvisao em instalaes eltricas naconstruo reforma ou ampliao so responsveis pela maioria dos incndios, portanto,devemos seguir as orientaes de pessoas capacitadas.

    13. Trabalhos de Soldagens: Nos aparelhos de solda, alimentados com acetileno eoxignio, havendo um vazamento, isto poder gerar um incndio, alm disso, a prpriachama do maarico atingindo materiais combustveis, provocar tal sinistro. Os

    profissionais devem estar conscientes dos perigos e atentos quanto a danos nasmangueiras e registros do aparelho, para sua prpria segurana.

    14. Ao Criminosa: Muito mais do que imaginamos, incndios so provocados porpessoas maldosas, principalmente no local de trabalho, pelo simples prazer de vingana.Tambm alguns proprietrios, visando obter lucros do seguro, usam da mesma atitude.Nestes casos as causas, normalmente so detectadas facilmente, e a pessoa envolvidatem respondido judicialmente pelo delito.

    MTODOS DE EXTINO

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    Conhecido o Tringulo do Fogo, este s existir quando estiverem em presentes os trselementos constituintes nas propores definidas. Portanto, para extinguir o fogo bastadesfazer o Tringulo, isto , retirar uma de suas pontas.

    Isolamento Mtodo de Extino de Incndio que consiste na retirada do Combustvel.

    Abafamento Mtodo de Extino de Incndio que consiste na reduo ou retirada doOxignio.

    Resfriamento Mtodo de Extino de Incndio que consiste na retirada parcial do calor(diminuio da temperatura).

    AGENTES EXTINTORES DE INCNDIO

    Existem vrios agentes extintores, que atuam de maneira especifica sobre a combusto,

    extinguindo o incndio atravs de um ou mais mtodos de extino j citados.Osagentes extintores devem ser utilizados de forma criteriosa,observando a sua corretautilizao e o tipo de classe de incndio, tentando sempre que possvel minimizar osefeitos danosos do prprio agente extintor sobre materiais e equipamentos no atingidospelo incndio. Dos vrios agentes extintores, os mais utilizados so os que possuembaixo custo e um bom rendimento operacional, os quais passaremos a estudar a seguir:

    gua

    o agente extintor "universal". A sua abundncia e as suas caractersticas de emprego,sob diversas formas, possibilitam a sua aplicao em diversas classes de incndio.Como agente extintor a gua age principalmente por resfriamento e por abafamento,podendo paralelamente a este processo agir por emulsificao e por diluio, segundo amaneira como empregada. Apesar de historicamente, por muitos anos, a gua ter sidoaplicada no combate a incndio sob a forma de jato pleno, hoje sabemos que a guaapresenta um resultado melhor quando aplicada sob a forma de jato chuveiro ou neblinado,pois absorve calor numa velocidade muito maior, diminuindo consideravelmente atemperatura do incndio conseqentemente extinguindo. Quando se adiciona guasubstncias umectantes na proporo de 1% de Gardinol, Maprofix, Duponal, Lissapolou Arestec, ela aumenta sua eficincia nos combates a incndios da Classe A. guaassim tratada damos o nome de "gua molhada". A sua maior eficincia advm do fato

    do agente umectante reduzir a sua tenso superficial, fazendo com que ela se espalhemais e adquira maior poder de penetrabilidade, alcanando o interior dos corpos emcombusto. extraordinria a eficincia em combate a incndios em fardos de algodo,

    juta, l, etc., fortemente prensados e outros materiais hidrfobos (materiais compostospor fibras prensados). O efeito de abafamento obtido em decorrncia da gua, quandotransformada de lquido para vapor, ter o seu volume, aumentado cerca de 1700vezes.Este grande volume de vapor desloca, ao se formar, igual volume de ar que envolve ofogo em suas proximidades, portanto reduz o volume de ar (oxignio) necessrio aosustento da combusto. O efeito de emulsificao obtido por meio de jato chuveiro ouneblinado de alta velocidade. Pode-se obter, por este mtodo, a extino de incndiosem lquidos inflamveis viscosos, pois o efeito de resfriamento que a gua

    proporcionar na superfcie de tais lquidos, impedir a liberao de seus vaporesinflamveis.

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    Normalmente na emulsificao gotas de inflamveis ficam envolvidas individualmentepor gotas de gua, dando no caso dos leos, aspecto leitoso; com alguns lquidosviscosos a emulsificao apresenta-se na forma de uma espuma que retarda a liberaodos vapores inflamveis. O efeito de diluio obtido quando usamos no combate acombustveis solveis em gua, tomando o cuidado para no derramar o combustvel do

    seu reservatrio antes da diluio adequada do mesmo, o que provocaria umapropagao do incndio. A aplicao de vapor, normalmente, utilizada quando ocombate ocorre sobre um equipamento que j trabalha super aquecido, evitando destaforma choque trmico sobre o equipamento.

    Formas de Aplicao da gua

    A gua apresenta excelente resultado no combate a incndios da Classe A, podendo serusado tambm na Classe B, no podendo ser utilizada na Classe C, pois conduz correnteeltrica.

    Espuma

    uma soluo aquosa de baixa densidade e de forma contnua, constituda por umaglomerado de bolhas de ar ou de um gs inerte. Podemos ter dois tipos clssicos deespuma: Espuma Qumica e Espuma Mecnica.

    Espuma Qumica - resultante de uma reao qumica entre uma soluo compostapor "gua, sulfato de alumnio e alcauz" ou composta por "gua e bicarbonato desdio" (est entrando em desuso, por vrios problemas tcnicos).

    Espuma Mecnica - formada por uma mistura de gua com uma pequenaporcentagem (1% a 6%) de concentrado gerador de espuma e entrada forada de ar.Essa mistura, ao ser submetida a uma turbulncia, produz um aumento de volume dasoluo (de 10 a 100 vezes) formando a Espuma. Como agente extintor a espuma ageprincipalmente por abafamento, tendo uma ao secundria de resfriamento, face aexistncia da gua na sua composio. Existem vrios tipos de espuma que atendem atipos diferentes de combustveis em chamas. Alguns tipos especiais podem atender umagrande variedade de combustveis. A Espuma apresenta excelente resultado no combate

    a incndios das Classes A e B, no podendo ser utilizado na Classe C, pois conduzcorrente eltrica.

    P qumico seco (PQS)

    um grupo de agentes extintores de finssimas partculas slidas, e tem comocaractersticas no serem abrasivas, no serem txicas, mas pode provocar asfixia seinalado em excesso, no conduzir corrente eltrica, mas tem o inconveniente deContamina o ambiente sujando-o, podendo danificar inclusive equipamentoseletrnicos, desta forma, deve-se evitar sua utilizao em ambiente que possua estesequipamentos no seu interior e ainda dificultando a visualizao do ambiente. Atua por

    abafamento e quebra da reao em cadeia (assunto no abordado nesse manual). Os

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    PQS so classificados conforme a sua correspondncia com as classes de incndios,conforme as seguintes categorias:

    P ABC composto a base de fosfato de amnio, sendo chamado de polivalente, poisatua nas classes A, B e C;

    P BC base de bicarbonato de sdio ou de potssio, indicados para incndios classesB e C;

    P D usado especificamente na classe D de incndio, sendo a sua composio variada,pois cada metal pirofrico ter um agente especifico, tendo por base a grafita misturadacom cloretos e carbonetos.

    Dixido de Carbono (CO2 - Gs Carbnico)

    um gs incombustvel, inodoro, incolor, mais pesado que o ar, no txico,mas sua

    ingesto provoca asfixia. Atua por abafamento, dissipa-se rapidamente quando aplicadoem locais abertos. No conduz corrente eltrica, nem suja o ambiente em que utilizado. O Dixido de Carbono apresenta melhor resultado no combate a incndios dasClasses B e C. Na Classe A apaga somente na superfcie.

    APARELHOS EXTINTORES

    So equipamentos fundamentais para o estgio inicial das aes de combate a incndio.A potencialidade dos extintores alcanada quando so utilizados com tcnicaadequada para os objetivos propostos. So transportados em todas as viaturasoperacionais, sendo encontrados tambm nas edificaes e estabelecimentos queestejam, de acordo com as normas contidas no Cdigo de Segurana Contra Incndio ePnico-COSCIP. O xito no emprego dos aparelhos extintores de incndio depende dosseguintes fatores basicamente: Aplicao correta do agente extintor para o tipo decombustvel (slido ou lquido) e sua composio qumica. Manuteno peridicaadequada e eficiente. O bombeiro-militar dever possuir conhecimentos especficos demaneabilidade do equipamento e tcnicas de combate a incndio. Normalmente, estesaparelhos extintores so chamados pelo nome do agente que contm, e apresentamcaractersticas para cada tipo, apesar de possurem detalhes de acordo com cadafabricante.

    APARELHO EXTINTOR TIPO GUAExtintor de Incndio Porttil de gua-gs (AG)

    Dados Tcnicos1) Mangueira

    2) Esguicho3) Ala para transporte4) Recipiente5) Tubo sifo

    6) Cilindro de gs propelente Capacidade: 10 litros Alcance mdio do jato: 10 m

    Tcnicas de Utilizao

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    Identifique o Extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao mesmo.Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.Transporte o Extintor at prximo do local sinistrado (10 m). Retire o lacre do volanteda ampola externa. Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa

    no sentido anti-horrio, pressurizado assim a carga extintora e aperte o gatilhorapidamente (caso exista), a fim de confirmar o agente extintor, neste momento afastequalquer parte do corpo da trajetria da tampa, caso esta seja projetada mediante oaumento da presso interior do aparelho. Direcione o jato para a base do fogo emovimente-o em forma de"ziguezague" horizontal

    Extintor De Incndio Porttil De gua-Pressurizada (Ap)

    O gs propelente est acondicionado junto com a carga extintora, mantendo o aparelhopressurizado permanentemente.

    Dados Tcnicos

    1) Mangueira c/ Esguicho2) Gatilho3) Ala para transporte4) Pino de Segurana5) Tubo Sifo6) Recipiente7) Manmetro Capacidade: 10 litros Alcance mdio do jato: 10 m

    Tcnicas de Utilizao

    Identifique o Extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao mesmo,observando no manmetro se est carregado. Retire o Extintor do suporte preso a paredeou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurana.Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente, a fim de confirmar oagente extintor.Transporte o Extintor at prximo do local sinistrado (10 m).Aperte ogatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague"horizontal.

    APARELHO EXTINTOR TIPO ESPUMA

    Extintor de Incndio Porttil de Espuma Qumica

    O gs propelente o prprio CO2 resultante da reao qumica dentro do aparelho nomomento de sua utilizao.

    Dados Tcnicos

    1) Tampa que serve como ala de transporte2) Esguicho

    3) Recipiente Interno (Sulfato de Alumnio)

    4) Recipiente Externo (Bicarbonato de sdio, gua e Alcaus) Capacidade: Produz 65 litros de Espuma Alcance mdio do jato: 10 metros

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    Tcnicas de Utilizao

    Identifique o Extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao mesmo.Retire o Extintor do suporte preso parede ou outro lugar em que esteja condicionado.

    Transporte o Extintor at prximo do local sinistrado (10 metros). Inverta o Extintor(vire-o de "cabea para baixo"), provocando assim a mistura das solues que produzirespuma. Direcione o jato para a base do fogo e procure formar uma camada de espumacobrindo toda a superfcie em chamas, caso a espuma no seja expelida,verificar se hobstruo no esguicho, persistindo o entupimento, afaste o aparelho,pois existir riscode exploso mecnica. Obs.: O aparelho porttil de espuma qumica bem como a carretade espuma qumica so equipamentos que comearam a ficar em desuso desde 1990.

    Extintor de Incndio Porttil de Espuma Mecnica

    Dados Tcnicos

    1) Mangueira2) Gatilho3) Ala para transporte4) Pino de Segurana

    5) Tubo Sifo6) Recipiente

    7) Manmetro8) Esguicho Aerador Capacidade: Produz 80 litros de espuma Alcance mdio do jato:5 m

    Tcnicas de Utilizao

    Identifique o Extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao mesmo,observando no manmetro se est carregado.Retire o Extintor do suporte preso parede ou outro lugar em que estejaacondicionado.

    Retire o lacre e o pino de segurana.

    Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmaro agente extintor.

    Transporte o Extintor at prximo do local sinistrado (10 m).Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e procure formar umacamada de espuma cobrindo a base das chamas.

    APARELHO EXTINTOR TIPO CO2

    Dados Tcnicos

    1) Mangueira2) Gatilho3) Ala para transporte4) Pino de Segurana5) Tubo Sifo

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    6) Recipiente7) Punho8) Difusor Capacidade: 4, 6 e 8 quilogramas Alcance mdio do jato: 3 m

    Tcnicas de Utilizao

    Identifique o Extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao

    mesmo.Retire o Extintor do suporte preso parede ou outro lugar em que estejaacondicionado.Retire o lacre e o pino de segurana.

    Empunhe o punho, aponte o difusor para baixo e aperte o gatilho rapidamente paraconfirmar o agente extintor.Transporte o Extintor at prximo do local sinistrado (4 m).

    Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de

    "ziguezague" horizontal, a favor do vento.

    APARELHO EXTINTOR TIPO P QUMICO SECO (PQS)

    Extintor de Incndio Porttil de PQS a Pressurizar

    Dados Tcnicos

    1) Mangueira2) Gatilho3) Ala para transporte4) Recipiente5) Tubo Sifo6) Tubo de pressurizao7) Cilindro de gs propelente (ampola externa) Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12

    quilogramas Alcance mdio do jato: 6 m

    Tcnicas de Utilizao

    Identifique o Extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao mesmo.Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que estejaacondicionado.Retire o lacre do volante da ampola externa.

    Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa nosentido anti-horrio, pressurizado assim a carga extintora e aperte o gatilho,rapidamente, a fim de confirmar o agente extintor, neste momento afaste qualquer partedo corpo da trajetria da tampa, caso esta seja projetada mediante o aumento da pressono interior do aparelho.Transporte o aparelho at prximo do local sinistrado (6 metros).

    Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de

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    "ziguezague" horizontal, a favor do vento.

    Extintor de Incndio Porttil de PQS Pressurizado

    O gs propelente est acondicionado junto com a carga extintora, mantendo o aparelho

    pressurizado permanentemente.Dados Tcnicos1) Mangueira com esguicho2) Gatilho3) Ala para transporte

    4) Pino de Segurana5) Tubo Sifo6) Recipiente7) Manmetro Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12 quilogramas Alcance mdio do jato: 6 m

    Tcnicas de Utilizao

    Identifique o Extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa aomesmo, observando no manmetro se est carregado.Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que estejaacondicionado.Retire o lacre e o pino de segurana.

    Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim deconfirmar o agente extintor.Transporte o Extintor at prximo do local sinistrado (10 metros).

    Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o emforma de "ziguezague" horizontal, a favor do vento.

    MANGUEIRAS DE INCNDIO

    A Norma NBR 11861 - Outubro/1998, da ABNT, define mangueira de incndiocomo: "Equipamento de combate a incndio, constitudo essencialmente por um duto

    flexvel dotado de unies, destinando-se a conduzir gua sob presso.O revestimento interno do duto um tubo de borracha que impermeabiliza a mangueira,evitando que a gua saia do interior. A capa do duto flexvel uma lona, confeccionadade fibras naturais ou sintticas, que permite a mangueira suportar alta presso de

    trabalho e trao e as difceis condies a que so submetidas.

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    A NBR 11861 define e especifica 05 tipos de mangueira conforme exemplosimplificado a seguir:

    Tipo 1: Destina-se a edifcios de ocupao residencial.

    Presso de trabalho mxima de 980 kPa (10 kgf/cm2 ou 142,14 PSI). A mangueira tipo 1 indicada para pisos lisos.

    Tipo 2: Destina-se a edifcios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros.

    Presso de trabalho mxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2 ou 198.71 PSI). A mangueira tipo 2 indicada para pisos de reas comerciais e industriais.

    Tipo 3: Destina-se s reas navais e industriais ou Corpo de Bombeiros. Presso de trabalho mxima de 1.470 kPa (15 kgf/cm2) ou 213,21 PSI. As mangueiras tipos 3 e 4 so indicadas para pisos nos quais desejvel umamaior resistncia abraso.

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    Tipo 4: Destina-se rea industrial, na qual desejvel uma maior resistncia abraso.

    Presso de trabalho mxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2) ou 213,21 PSI. As mangueiras tipos 3 e 4 so indicadas para pisos nos quais desejvel uma maior

    resistncia abraso.

    Tipo 5: Destina-se rea industrial, na qual desejvel uma alta resistncia abraso esuperfcies quentes.

    Presso de trabalho mxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2) ou 213,21 PSI.

    Destina-se rea industrial, na qual desejvel uma alta resistncia abraso esuperfcies quentes.

    JUNTAS DE UNIO

    So peas metlicas fixadas nas extremidades das mangueiras, que servem para unirlances de mangueira entre si ou lig-los a outros equipamentos hidrulicos, depois deapoiada nos encaixes.

    O Corpo de Bombeiros adota como padro s juntas de engate rpido tipo Storz.

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    EMPATAO DE MANGUEIRA o nome dado fixao, sob presso, da junta de unio de engate rpido no duto.LANCE DE MANGUEIRA. a frao de mangueira que vai de uma extremidade(junta de unio) a outra.

    LINHA DE MANGUEIRA ou ESTABELECIMENTO

    o conjunto de mangueiras acopladas, formando um sistema para conduzir a gua.

    CONSERVAO E MANUTENO DE MANGUEIRAS

    Antes do uso operacional:

    Armazenadas em locais arejados, livre de umidade e mofo, protegidas da exposiodireta de raios solares, Acondicionadas em espiral. Testar as juntas de engate rpido antes da distribuio para uso operacional. Nos perodos mais longos de estocagem devem ser manuseadas periodicamente paraevitar a formao de vincos nos pontos de dobras, que diminuem sensivelmente a

    resistncia das mangueiras.

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    Durante o uso operacional:

    As mangueiras de incndio no devem ser arrastadas sobre superfcies speras,entulhos, quinas de paredes, bordas de janelas, telhados ou muros, principalmentequando cheias de gua, pois o atrito ocasiona maior desgaste e cortes da lona namangueira;

    No devem ser colocadas em contato com superfcies excessivamente aquecidas, poiscom o calor, as fibras podem derreter e perder a resistncia;

    No devem entrar em contato com substncias corrosivas, tais como, derivadas depetrleo, cidos, etc..;

    As juntas de engate rpido no devem sofrer qualquer tipo de impacto, pois isso podeimpedir o seu perfeito acoplamento; Devem ser usadas passagens de nvel para impedir que veculos passem sobre a

    mangueira, ocasionando a interrupo momentnea do fluxo de gua e golpe de arete,

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    que podem danificar a mangueira e outros equipamentos hidrulicos, alm de dobrar,prejudicialmente o duto interno;

    Evitar mudanas bruscas de presso interna, provocadas pelo fechamento rpido doesguicho (golpe de arete).

    Aps o uso operacional:

    Ao serem recolhidas as mangueiras devem passar por uma inspeo rigorosa, e as queapresentarem algum tipo de dano devem ser separadas. As mangueiras aprovadas, se necessrio devem ser lavadas com gua pura e escova decerdas macias e sabo neutro; Aps a lavagem as mangueiras devem ser colocadas para secar em um plano inclinado

    ou suspensa por uma das juntas ou mesmo pelo meio, de maneira que se esgote toda agua contida em seu interior. Em local ventilado e de preferncia sombra.

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    Depois de secas devem ser acondicionadas de forma a possibilitar a sua prontautilizao.

    FORMAS DE ACONDICIONAR MANGUEIRAS

    Em espiral

    Prpria para armazenamento, devido ao fato de apresentar uma dobra suave queprovoca pouco desgaste no duto, Uso desaconselhvel em operaes de incndio, tendoem vista a demora em estend-la e prejudicar as juntas de unio.

    Aduchada de fcil manuseio, tanto no combate a incndio, como no transporte. O desgaste doduto pequeno por ter apenas uma dobra.

    Em zigue-zague

    Acondicionamento prprio para o uso de linhas prontas, na parte superior da VTR. Odesgaste maior devido ao nmero de dobras.

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    Linha adutora

    aquela destinada a conduzir gua de uma fonte de abastecimento. Por exemplo, de umhidrante para o tanque da VTR, e de uma expedio at o derivante, ou divisor, comdimetro mnimo de 63 mm ou 2 .

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    Linha de ataque

    o conjunto de mangueiras utilizado no combate direto ao fogo, isto , linha que temum esguicho numa das extremidades.Para facilitar a manobra utiliza-se geralmente a mangueira de 38 mm ou 1 .Linha direta. uma linha de ataque, composta por um ou mais lances de mangueira,que conduzdiretamente a gua de um hidrante ou expedio de bomba at o esguicho.

    Linha siamesa

    composta de duas ou mais linhas adutoras, destinadas a conduzir a gua da fonte deabastecimento para um coletor, e deste, em uma nica linha, at o esguicho. Destina-sea aumentar o volume de gua a ser utilizado.

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    JATOS DE GUA E DE ESPUMA

    Jato o nome dado gua ou outro agente extintor, do esguicho ao ponto desejado.Atravs da presso de operao do esguicho e de sua regulagem, o agente extintoradquire a desejada, que ainda influenciada pela sua velocidade e pelo seu volume, pelagravidade e pelo atrito com o ar.

    Atravs da correta aplicao dos jatos, obtm-se os seguintes resultados:

    Resfriamento pela aplicao de gua sobre o material em combusto; Reduo da temperatura atmosfrica no ambiente, pela absoro ou disperso dafumaa e gases aquecidos; Abafamento, quando se impede o fornecimento de oxignio ao fogo; Proteo aos Bombeiros ou materiais contra o calor, atravs do jato, em forma decortina de gua. Ventilao, atravs do arrastamento da fumaa.

    PROPRIEDADES EXTINTORAS DA GUA

    A gua capaz de absorver grandes quantidades de calor e quanto maior a suafragmentao mais rpida a absoro de calor.A transformao da gua em vapor outro fator que influencia na extino deincndios. Seu volume aumenta 1.700 vezes, na passagem do estado lquido paragasoso. Esse grande volume de vapor d gua desloca um volume igual de ar ao redordo fogo, reduzindo deste modo, a quantidade de oxignio disponvel para sustentar acombusto.

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    PRESSO

    a ao de uma fora sobre uma rea. Em termos prticos significa a fora aplicadapara fazer com que a gua flua pela mangueira. importante notar que o fluxo em sino caracteriza a presso, pois se a outra extremidade do tubo estiver fechada com uma

    tampa, a gua estar empurrando a tampa, apesar de no estar fluindo.

    Presso dinmica: a presso de descarga, medida na expedio, enquanto a gua estfluindo.

    Presso Esttica: a presso sobre um lquido dentro de uma tubulao que no estfluindo.

    Perda de Carga: A gua sob presso tende a se distribuir em todas as direes. Ex.bexiga de borracha cheia de ar. Contudo as paredes internas das mangueiras, tubulaes,esguichos, etc...impedem a expanso da gua em todas as direes, conduzindo-a numa

    nica direo. Ao evitar a expanso da gua, as paredes absorvem parte da foraaplicada na gua, roubando energia. Isto implica por que a fora aplicada diminui deintensidade medida que a gua vai caminhando pela tubulao.A fora da gravidade outro fator que acarreta perda de carga. Tambm pode serutilizada para aumentar a presso quando se utilizar gua de um manancial em nvelsuperior.

    Presso Residual: a presso da bomba de incndio menos a perda de carga com avariao de altura. Presso de esguicho

    Golpe de Ariete: Quando o fluxo de gua, atravs de uma tubulao ou mangueira, interrompido de sbito. A sbita interrupo do fluxo determina a mudana de sentidoda presso (da bomba ao esguicho, para do esguicho bomba), sendo estainstantaneamente multiplicada. Esse excesso de presso causa danos aos equipamentos

    hidrulicos e s bombas de incndio.Os esguichos, hidrantes, vlvulas devem ser fechadas lentamente, de forma a prevenir eevitar o Golpe de Ariete.

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    TIPOS DE JATOS

    Nos servios de Bombeiros, depara-se com situaes das mais diversas, cada qualexigindo a ferramenta adequada para se efetuar um combate apropriado. Sob este ponto

    de vista, os jatos so considerados ferramentas e como tal haver um jato cadapropsito que se queira atingir.

    Os seguintes tipos de jatos so utilizados nos servios de Bombeiros:

    Jato contnuo (compacto); Jato chuveiro; Jato neblina

    Jato Compacto

    Jato Chuveiro

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    Jato Neblina

    TCNICAS DE COMBATE A INCNDIO

    COMBATE A INCNDIOS CLASSE A

    Os incndios classe A, isto , incndios em combustveis comuns (brasa, carvo,cinza), em geral so extintos por resfriamento. A gua o agente extintor mais eficazapara o resfriamento. A aplicao da gua ser bem sucedida se a quantidade utilizadafor suficiente para resfriar o combustvel que esta queimando para temperaturas que oconduzem para abaixo do ponto de combusto.

    Ataque Direto

    O mais eficiente uso de gua em incndio em queima livre o ataque direto. O

    bombeiro deve estar prximo ao incndio, utilizando jato contnuo ou chuveiro, sempreconcentrando o ataque para a base do fogo, at extingui-lo. No jogar mais gua do quenecessrio para a extino, isto , quando no mais houver chamas. Em locais compouca ou nenhuma ventilao, o bombeiro deve utilizar jatos intermitentes e curtos at aextino. Os jatos no devem ser empregados por muito tempo, sob pena de perturbar obalano trmico.O balano trmico o movimento dos gases aquecidos em direo ao teto e a expansode vapor dgua em todas as reas, aps a aplicao dos jatos de gua. Se o jato foraplicado por muito tempo alm do necessrio, o vapor comear a se condensar,causando a precipitao da fumaa ao piso e, por sua vagarosa movimentao, haverperda de visibilidade, ou seja, os gases aquecidos que deveriam ficar ao nvel do teto

    tomaro o lugar do ar fresco que deveria ficar ao nvel do cho e vice-versa.

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    Ataque Indireto

    Este mtodo chamado de ataque indireto porque o bombeiro faz a estabilizao doambiente, usando a propriedade de vaporizao da gua, sem entrar no ambiente. Deveser executado quando o ambiente est confinado e com alta temperatura.

    preciso cuidado porque esta pode ser uma situao propcia para o surgimento de umaexploso ambiental (Backdraft ou Flashover). Este ataque no deve ser feito enquantono houver certeza da retirada de vitimas do local, porque a grande gerao de vapordgua poderia mat-las. Realiza-se dirigindo o jato dgua para o teto superaquecido,tendo como resultado a produo de aproximadamente 1.700 litros de vapor( 1/1700), presso normal e temperatura superior a 100 C. Aps a aplicao de gua, o bombeiroaguarda a estabilizao do ambiente, isto , que as labaredas baixem e se reduzam afocos isolados. Isso poder ser constatado atravs dos seguintes sinais:

    No se v a luminosidade das labaredas; No mais se houve o som caracterstico de matrias em combusto;

    O processo de estabilizao do ambiente ser muito rpido e o bombeiro perceber ossinais logo aps a aplicao de gua. O bombeiro, depois de estabilizado ambiente, deve entrar no local com o esguichofechado e extinguir os focos remanescentes atravs de jatos intermitentes de pequenadurao, dirigidos diretamente fase, o bombeiro deve fazer com que o volume de guautilizado seja o menor possvel. Quando da aplicao da gua por qualquer abertura daedificao, os homens devem se manter fora da linha de abertura par se protegerem daexpulso de gases quentes e vapor que sairo atravs dessas aberturas.

    Ataque Combinado

    Quando um bombeiro se depara com um incndio que est em local confinado, semrisco de exploso ambiental, mas com superaquecimento do ambiente, que permite aproduo do vapor para auxiliar a extino (abafamento e resfriamento), usa-se o ataquecombinado. O ataque combinado consiste na tcnica de gerao de vapor combinadacom ataque direto base dos materiais em chamas. O esguicho regulvel, regulado comuma abertura de 30 a 60 graus, deve ser movimentado de forma a descrever um crculoatingindo o teto, a parede, o piso, a parede oposta e novamente o teto, que facilitar amovimentao circular que caracteriza este ataque. Quando no houver mais a produo

    de vapor, utiliza-se o ataque direto para a extino de focos remanescentes.

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    A tcnica de aplicao de gua somente ser bem sucedida se a forma e a quantidadeutilizada for adequada e suficiente.

    Por isso, a seleo de linhas e jatos depender das necessidades da situao, taiscomo:

    Volume de gua disponvel e o necessrio para extino; Alcance do jato;

    Nmero de pessoas disponveis para manobrar as linhas; Mobilidade exigida; Ttica e tcnica escolhida.

    Obviamente, seria errado escolher uma linha direta de 38 mm, ou ainda um mangotinho,para atacar um incndio numa grande ocupao comercial totalmente envolvida pelofogo. O ataque no teria o volume nem o alcance necessrio. Tambm incorreto atacarum dormitrio de residncia familiar com uma linha de 63 mm, descarregando 940litros por minuto, ou armar essa mesma linha no havendo reserva dgua (hidratantepblico) disponvel.

    COMBATE A INCNDIO CLASSE B

    Incndios em lquidos e gases inflamveis que, por terem caractersticas prprias,possuem mtodos de extino distintos.

    Combate a Incndios em Lquidos Infamveis

    O melhor mtodo de extino para a maioria dos incndios em lquidos inflamveis oabafamento, podendo ser utilizado tambm o resfriamento, a quebra da reao emcadeia e a retiradas do material.O controle de incndios em lquidos inflamveis pode ser efetuado com gua queatuar por abafamento e resfriamento. Na extino por abafamento, a gua dever seraplicada

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    como neblina, de forma a ocupar o lugar do oxignio, que est suprindo a combustonos lquidos.A tcnica de resfriamento somente resultar em sucesso, se o combustvel tiver ponto decombusto acima da temperatura normal da gua (20 C). Ao se optar pelo uso da guadeve-se sempre usar jato chuveiro ou neblina. O jato contnuo ou compacto no deve ser

    utilizado, pois no permitir o abafamento e poder esparramar o lquido em chamas,aumento ainda mais o incndio.

    Para se combater esse tipo de incndio em segurana, deve-se conhecer as propriedadese caractersticas dos lquidos inflamveis, que, em sua maioria:

    Geram vapores inflamveis temperatura ambiente; Flutuam na gua; Geram eletricidade esttica quando esto fluindo; Queimam rapidamente sobre a superfcie exposta ao calor.

    BLEVE

    Um fenmeno que pode ocorrer em recipientes com lquidos inflamveis, trazendoconseqncias danosas, o Bleve (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion).Quando um recipiente contendo lquido sob presso tem suas paredes expostasdiretamente s chamas, a presso interna aumenta (em virtude do gs exposto a ao docalor), tendo como resultante perda de resistncia das paredes do recipiente. Isso podecausar um rompimento ou no surgimento de uma fissura, em ambos os casos, todo ocontedo ir vaporizar-se e sair instantaneamente. Essa sbita expanso uma exploso.

    Nos casos dos lquidos inflamveis ir formar uma bola de fogo com enorme irradiaode calor. O maior perigo da exploso so os estilhaos do recipiente em todas as

    direes, com grande deslocamento de ar. Para evitar o bleve, necessrio resfriarexaustivamente os recipientes que estejam sendo aquecidos pela exposio direta aofogo ou por calor irradiado, devendo ser este resfriamento preferencialmente com jatoneblinado.

    Resfriando com gua: A gua sem extrato de espuma pouco eficaz em lquidosvolteis (como gasolina), incndios em leos mais pesados (no volteis) podem serextintos pela aplicao de gua em forma de neblina, em quantidade suficiente paraabsorver o calor produzido.

    Varredura com gua: A gua pode ser utilizada para deslocar combustveis, queestejam queimando ou no, para locais onde podem queimar em segurana, ou onde as

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    causas da ignio possam ser mais facilmente controladas, evitando ralos de esgotos,drenos ou locais onde no seja possvel realizar a sua conteno.

    Atendimento a Vazamento de Gases Inflamveis: O nico mtodo seguro de sesolucionar a ocorrncia de vazamento de gs ou lquido sob presso, com ou sem fogo,

    a retirada do material.O gs liquefeito de petrleo (glp) ou gs engarrafado armazenado em recipientes sobpresso de 13, 20, 45e 90 kg. O glp cerca de 1,5 vezes mais pesado que o ar, de formaque normalmente ocupa os nveis mais baixos.os recipientes de glp esto sujeitos bleve quando expostos a chama direta.Ao se

    deparar com o fogo em gs inflamvel, e no podendo conter o fluxo, o bombeiro nodever extinguir as chamas. Um vazamento ser mais grave que a situao anterior, porreunir condies propicias para ocorrer a exploso.Nesse caso o bombeiro dever apenas controlar o incndio. O gs que vazou poder serdissipado por uma ventilao, ou por um jato de gua em neblina.

    COMBATE A INCNDIO CLASSE C

    A dificuldade na identificao de materiais energizados um dos grandes perigosenfrentados pela guarnio no atendimento de ocorrncia. Esse tipo de incndio podeser facilmente debelado aps o corte da energia eltrica, deixa de ser classe C, e passaa ser classe A ou B, podendo ainda extinguir-se.Para sua extino, deve-se utilizar agentes extintores no condutores de eletricidadecomo o PQS e CO.

    Emergncias em Eletricidade: Em emergncia envolvendo eletricidade, algunsprocedimentos devem ser seguidos para manter um ambiente seguro ao servio debombeiro:

    Quando forem encontrados fios cados, a rea ao redor dever ser isolada; Deve-se tratar todos os fios como sendo energizados e de alta voltagem; Quando existir o risco de choque eltrico, deve-se usar o EPI adequado e ferramentasisoladas; Deve-se tomar cuidado ao manusear escadas, mangueiras ou equipamentos prximos afios eltricos; No se deve tocar em qualquer veiculo ou viatura que esteja em contato com fioseltricos, podendo resultar em choque eltrico.

    COMBATE A INCNDIO CLASSE D

    Incndios em metais combustveis (magnsio, selnio, antimnio, ltio, cdmio,potssio, alumnio, zinco, titnio, sdio, zircnio) exigem, para a sua extino, agentesque se fundam em contato com o material ou que retirem o calor destes. Metaiscombustveis queimam em temperaturas extremamente altas e reagem com a gua,arremessando partculas. A reao ser tanto maior quanto mais fragmentado estiver ometal. Estes incndios podem ser reconhecidos pela cor branca das chamas. Umacamada cinza poder dar cobrir o material, dando a impresso de que no h fogo.Quando o material estiver sob forma de limalha (fragmentado), deve-se isolar a parte

    que est queimando do resto por processo mecnico (retirada do material) e utilizar oagente extintor prprio, cobrindo todo o material em chamas. Em uma emergncia

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    envolvendo metais combustveis, onde exista dificuldade em obteno do agenteextintor adequados para situao especifica, o bombeiro dever agir com extremacautela. O melhor mtodo de extino ser o abafamento. O incndio envolvendo metaiscombustveis ser extinto com emprego de agentes especiais, tais como grafite seco,cloreto de sdio, areia seca e nitrognio. Em agente extintor (nas situaes especificas

    de ligas de magnsio usadas em industrias). Nestes casos a gua dever ser usada emgrande quantidade, pois a temperatura deste tipo de fogo muito alta e a tcnica deextino utilizada o resfriamento, devendo ter a preocupao de manter-se em umadistncia segura.

    INCNDIOS EM LOCAIS CONFINADOS

    Operao de combate a incndios pode ocorrer em locais com pouca ou nenhumaventilao, tais como: subsolos, depsito, garagens, residncias, escritrios ou outrasdependncias.

    Riscos na Operao:

    Insuficincia de oxignio, excesso de vapores e gases txicos e/ou inflamveis. Paraevitar estes riscos, necessrio que se faa uso de equipamento autnomo de respirao,mantendo o controle da presso do equipamento em uso. Em uma atmosfera comvapores explosivos, no se deve utilizar equipamentos que produzam fascas ousuperaquecimento. Devendo para tal utilizar lanterna aprova de exploso, capa e calaanti-chama, bota, e capacete de bombeiro.

    Espao limitado para entrada e sada. Quando o bombeiro estiver equipado com oequipamento autnomo de respirao e, ao entrar ou sair por aberturas pequenas, tiverque retirar o suporte com o cilindro das costas dever ter o cuidado para que a mascarapanormica no saia da sua face.

    Colapso estrutural e instabilidade de estoque de material.

    Estruturas metlicas aquecidas pelo fogo, tais como vigas e colunas metlicasdevem ser resfriadas, pois cedem rapidamente quando superaquecidas.

    Presena de eletricidade. Antes de o bombeiro entrar em um ambiente confinado,deve-se cortar a energia eltrica da edificao.

    SEGURANA NA EXTINO

    Durante o servio, a prpria segurana e a dos companheiros deve ser uma preocupaoconstante do bombeiro. Uma vez que o bombeiro trabalha em situaes de risco, devetratar de super-las com atos seguros. Jogar gua em fumaa, entrar em locais emchamas, deixando o fogo atrs de si, trabalhar isoladamente e no utilizar o EPInecessrio so erros que podem trazer conseqncias gravssimas para o bombeiro epara a guarnio.Os bombeiros devem controlar todas as possveis fontes de ignio nas proximidadesdos vapores de lquidos inflamveis. O local da ocorrncia dever ser isolado e

    sinalizado adequadamente. Somente os bombeiros devem ter acesso ao local sinistrado.A entrada de quaisquer outras pessoas, inclusive policiais, somente ser permitida com

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    autorizao do comandante da operao. Mesmo aps ser dada a autorizao, taispessoas devero ser acompanhadas por um bombeiro, e o ingresso das mesmas ao localsinistrado, somente se far aps o trmino de todas as operaes e o local estiver emcompleta segurana. Quando trabalhando em vias pblicas, o bombeiro deve interditarsomente as faixas de rolagens necessrias para execuo do servio em segurana,

    mantendo se possvel o fluxo de veculos em outra faixa. A sinalizao noite deverser feita com objetos luminosos e/ou refletivos, devendo ser feita antes do localsinistrado. Existindo curvas ou declives nas proximidades, posicionar a sinalizaoantes deles, aproximadamente 100 200m.A guarnio dever trabalhar fora das faixas com trfego. Um bombeiro dever fazer asegurana, o isolamento, bem como a sinalizao at a chegada do policiamento nolocal. Quando em via pblica, se necessrio e vivel, para garantir a segurana dosbombeiros, as viaturas devero ser estacionadas de forma que protejam as equipes debombeiros do fluxo de veculos nas proximidades da ocorrncia.

    DIVISES BSICAS E TTICAS DE COMBATE A INCNDIO

    1 - Avaliar e analisar a situao;2 Salvamento;3 Isolamento;4 Confinamento;5 Rescaldo.A Ventilao;B Proteo.

    Avaliar e analisar a situao

    Fatores a serem considerados durante a avaliao:

    1 Localizao;2 - Proporo ou tamanho do sinistro;3 - Tipo de fogo;4 - Melhor maneira de combat-lo;5 - Tipo e quantidade de agente extintor necessrio para o combate;6 - Possibilidade de propagao e como fazer o isolamento;7 - Riscos de vida.

    Dos ocupantes;Dos prprios combatentes.

    COMPORTAMENTO EM AMBIENTE DE INCNDIO

    Todo o trabalho de combate a incndios, ou mesmo de salvamento, em locais de sinistropodem traduzir, na maioria das vezes, situaes de risco para com a integridade fsicapessoas encarregadas do trabalho (Bombeiro).Tirado da experincia prpria do dia ou do conhecimento adquirido de literaturasalheias podemos enumerar algumas das medidas bsicas e necessrias para que o

    trabalho se desenvolva da melhor forma possvel e no causar danos ao pessoalenvolvido, tais como:

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    Trabalho em equipe duplas; Monitorar e identificar situaes de risco; Usar EPIs (Equipamentos de Proteo Individual; Marcar tempo de entrada no equipamento da VTR, quando da entrada em lugares derisco;

    Usar cabos Guia para entradas; Evitar exposio em locais sujeitos a desabamentos; Utilizar equipamentos de forma adequada; No subir em pontos frgeis; Observar e orientar situaes de risco para os companheiros; Cortina de fumaa para proteger-se de altas temperaturas; Inibir a entrada de quaisquer outras pessoas em locais de risco; Sinalizao do local, principalmente prximo a rodovias, rua, etc..; Uso de equipamento adequado, isolado para corte de energia, peas dearrombamento; Comunicar o comandante da GU de qualquer mudana de posio ou atividade de

    risco; Portar rdios para comunicao;

    Adentrar em uma Estrutura

    Para a mxima segurana o Bombeiro deve estar alerta para a possibilidade deBlakdraft, Flashover, ou um colapso estrutural. Antes mesmo de adentrar em umaestrutura, o Bombeiro deve estar atento para o risco de colapso estrutural.

    So indcios de colapso estrutural:

    Rachaduras em vigas, colunas, paredes e tetos. Estalos (som) caractersticos de colapso estrutural. Grande quantidade de calor em prdio com estrutura metlica.

    Ao avanar com uma linha dentro de uma edificao, o bombeiro deve:

    Retirar todo o ar da linha antes de entrar na estrutura; Permanecer abaixado durante o combate ao fogo; Ficar longe de aberturas inexploradas, pois, por elas pode sair calor, alm de existir orisco acentuado de quedas acidentais;

    Sentir o calor das portas com as costas da mo sem as luvas, antes de realizar aabertura das mesmas; Manter-se abaixado e afastado do fogo, quando em ataque indireto, prximo e direto.

    EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL

    Os principais equipamentos de proteo individual usado no combate a incndio so osseguintes:

    Cala; Bota;

    Gandola; Capacete;

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    Bala-Clava; Luva; Lanterna; Mscara contra gases; Equipamento de Respirao Autnomo

    PROTEO RESPIRATRIA

    A falta de oxignio O processo de combusto consome oxignio (O) e, ao mesmotempo, produz gases txicos. Estes ocupam o lugar do O ou diminuem suaconcentrao. Quando as concentraes de O esto abaixo de 18%, o corpo humanoreage com aumento da freqncia respiratria, como se estivesse sendo submetido a umesforo fsico maior.

    PORCENTAGEM SINTOMAS DE O NO AR.

    EQUIPAMENTOS DE PROTEO

    Mscara autnoma

    um equipamento usado no servio do Corpo de Bombeiros. Ele d proteorespiratria e proteo ao rosto do usurio. Permite que o Bombeiro permanea em

    ambientes com baixa concentrao de oxignio. composto das seguintes peas:

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    Sela, Cilindro de ar respirvel, altamente comprimido, Vlvula de 1 estgio (reduo de presso), Vlvula de demanda que libera a quantidade necessria para os pulmes, Manmetro e

    Mscara facial.

    Autonomia do equipamento de respirao autnoma

    A autonomia do equipamento de respirao autnomo de ar comprimido condicionado presso que o ar estiver submetido, ao volume do cilindro, e a atividade que irexercer (consumo).Para efeito de clculo, um Bombeiro em atividade, consome 50 litros de ar por minuto.Os cilindros dos equipamentos normalmente possuem um volume de 07 (sete) e 09(nove) litros e so carregados a uma presso de 200 e 300 Bar.

    Clculo da autonomia: (Tempo de uso)Volume X PressoConsumo7 X 200 = 1.400 : 50 = 28 minutosOBS: Os equipamentos so dotados de alarme sonoro, quando a presso do cilindrochega a 50 Bar.