TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE PRODUTOS...

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1 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS Prof. Msc. Sergio Tadeu Decaro Junior Currículo Sérgio Tadeu Decaro Júnior Formado Engenheiro Agrônomo (2011) e Mestre em Produção Vegetal (2013) pela Universidade Estadual Paulista - UNESP - câmpus de Jaboticabal - SP. Nessa mesma instituição, atualmente é aluno de doutorado pelo programa de Produção Vegetal, trabalhando na área de tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários. Foi Integrante fundador do Grupo Integração Empresa Universidade (GIEU) de 2008 a 2010. Em 2012 tornou-se membro do Núcleo de Estudo e Desenvolvimento em Tecnologia de Aplicação (NEDTA) - Departamento de Fitossanidade. Tem experiência nas áreas de proteção de plantas e tecnologia de aplicação. 2

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TECNOLOGIA DE

APLICAÇÃO DE

PRODUTOS

FITOSSANITÁRIOS

Prof. Msc. Sergio Tadeu Decaro Junior

Currículo

Sérgio Tadeu Decaro Júnior

Formado Engenheiro Agrônomo (2011) e Mestre em Produção Vegetal (2013) pela Universidade Estadual Paulista - UNESP - câmpus de Jaboticabal - SP. Nessa mesma instituição, atualmente é aluno de doutorado pelo programa de Produção Vegetal, trabalhando na área de tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários. Foi Integrante fundador do Grupo Integração Empresa Universidade (GIEU) de 2008 a 2010. Em 2012 tornou-se membro do Núcleo de Estudo e Desenvolvimento em Tecnologia de Aplicação (NEDTA) - Departamento de Fitossanidade. Tem experiência nas áreas de proteção de plantas e tecnologia de aplicação.

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Agenda

• Apresentação do assunto

• Histórico

• Definições

• O que avaliar

• O circuito hidráulico

• Cuidados e manutenções

• Resultados de avaliações

• Discussões e encerramento

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Wolfgang Amadeus Mozart (34) (27/01/1756 – 5/12/1791) 625 obras + 1 Requiem inacabado

Jesus de Nazaré (33) (4 a.C. - 30 d.C.)

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3

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o

pouco que posso.“

"O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem

ela, o oceano será menor.”

Madre Teresa de Calcutá

"We ourselves feel that what we are doing is

just a drop in the ocean. But if that drop was not in the ocean, I think the ocean would be less because of that missing drop. I do not agree with the big way of doing things.“

Mother Teresa

“UMA GOTA NO MEIO DE UM OCEANO”

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Roraima

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Sul do Pará

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TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO

PARA QUÊ?

Para manutenção do potencial

produtivo das culturas.

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Definição • Tecnologia

– Emprego de conhecimentos científicos

• Tecnologia de aplicação

– Correta colocação do produto no alvo

– Quantidade necessária (quando, se, ...)

– Forma econômica

– Mínimo de contaminação

• Aplicação hoje há 100 anos

– Desperdício de energia

– Desperdício de produto fitossanitário

Controle!!!

TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE PRODUTOS

FITOSSANITÁRIOS (MATUO, 1990)

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Eficiência da pulverização

eficiênciaempregadarealdose

requeridateóricadose%100

• Herbicida 30 a 60 % em plantas adultas 0,5 a 2% em plântulas

• Inseticidas •0,02% afídeos •0,000 001% insetos em geral

4 disparos/seg. x 29 dias = 1 acerto!!!

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Aspectos de pulverizadores nas

décadas de 1950, 60 e 70

Pulverizadores de barra

– Principalmente montados no trator

– Tanques entre 400 – 1000 litros

– Barras de 6 à 12 m de largura com sistemas rudimentares de suspensão

– Pontas de 65 ou 80o ou cone, montadas a 0,3 ou 0,5 m na barra

– Velocidade de pulverização baixa (< 8,0 km/h) para aplicar volumes relativamente altos (> 200 L/ha)

– Usando vários sistemas de pressurização

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Anos 2000

Máquinas maiores

– Padrão médio de barras de 24 m

– Pulverizadores auto-propelidos e de arrasto com tanques até maiores que 2000 de capacidade

– Bons sistemas passivos de estabilização para diminuir impactos e movimentos de rotação e de zigue-zague na barra

– Maiores velocidades (de 12 a 20 km/h)

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Pulverizadores de barra

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Avaliação de Pulverizadores

- Racionalização do uso de produtos fitossanitários com consequente redução de custos;

- Melhoria na eficiência das aplicações;

- Ação para reduzir o impacto ambiental, incentivo à qualidade;

- Uso correto dos equipamentos para diminuir riscos ao operador;

- Manutenção adequada dos pulverizadores e;

- Treinamento de operadores.

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- Proteção de partes móveis; - Vazamentos; - Mangueiras danificadas; - Localização e posicionamento de mangueiras; - Estado de conservação do filtro de sucção; (fissuras, rompimentos,

amassamento ou torção, etc.) - Presença e estado de conservação do filtro de linha; - Presença e estado de conservação de anti-gotejadores; - Espaçamento entre bicos; (10%) - Tipo de ponta de pulverização; - Estado das pontas de pulverização; (10%) - Presença e adequação do manômetro; - Precisão do manômetro; - Taxa de aplicação; (5%) - Dosagem do produto e; (5%) - Uniformidade de distribuição da pulverização. ( * )

Inspeção típica, avalia e/ou identifica

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Transmissão

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Exemplo de falta de proteção do cardan

Partes móveis sem proteção

Adaptação de acento

no pulverizador

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Constituição e Funcionamento

dos Pulverizadores

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Bomba

Tubulação de retorno

Registro Regulador de Pressão

Câmara de compressão

Registro

Agitador

Tanque

Filtro

Manômetro

Barra

Bicos

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Circuito Hidráulico

1. Tanque

2. Agitador

3. Registro

4. Filtro

5. Bomba

6. Regulador de Pressão

7. Manômetro

8. Registro

9. Tubulação de retorno

10. Barra

11. Bicos 12. (Câmara de compressão)

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Circuito Hidráulico

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Filtros

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Agitadores

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Agitadores

Saída

Deslocamento do pulverizador

Sobredosagem Sub-dosagem

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Objetivo

Avaliar a variação na concentração de fipronil em caldas preparadas a partir das formulações WG e SC ao longo de um dia de trabalho.

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• Preparo das caldas fitossanitárias

– Fipronil 800 WG (250 g/ha)

– Fipronil 600 SC (333 mL/ha)

• Aferição do volume de calda nos bicos (100 L/ha)

– Máquina sem agitador no tanque

• Amostragens de caldas (± 80 mL)

– Bicos (0, 2, 4 e 6 h)

• Análises (Cromatografia e Decantação)

Material e Métodos

200 g i.a./ha

40

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Santal PC P2

Amostragens

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Quantidade efetiva de inseticida aplicado na área (g i.a./ha)

165,0 179,0

124,0

149,0

112,0

136,0

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

WG SC

Formulações de fipronil

Inse

tici

da

aplic

ado

na

áre

a

(g i.

a./h

a)

2 h

4 h

6 h

Esperado 200 g i.a. /ha

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Conclusões

• A concentração de fipronil nas caldas coletadas os bicos reduz-se ao longo do tempo;

• A formulação SC foi mais estável quanto à separação ao longo do tempo;

• Para ambas as formulações é fundamental que exista um sistema de uniformização das caldas para manter a concentração desejada ao longo da jornada de trabalho.

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Filtros

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Exemplo de filtro de linha danificado.

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Bombas

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Bombas

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BOMBAS DE ROLETE Média pressão = 15 bar Baixa vazão = 100 L/min

BOMBAS CENTRÍFUGAS baixa pressão (8 bar) alta vazão

Bombas

50

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Regulador de Pressão

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Marcação de linhas por satélites:

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Comando Masterflow

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Esse comando mantém o volume de pulverização constante, mesmo com

variações de velocidade do trator na mesma marcha

Comando elétrico

Comando elétrico-eletrônico: tempo de pulverização, área tratada, volume (ha),dados

parciais e totais sobre a pulverização

Catálogo Teejet®

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Aplicação Localizada • colocação de produtos fitossanitários apenas onde há necessidade

on-line ou baseada em sensores em tempo real, o equipamento controlado

incorpora sensores, sendo os dados de tais sensores usados

imediatamente para o controle automático da

aplicação

off-line ou baseados em mapas de aplicação, os dados são coletados,

armazenados e processados em uma operação distinta e o equipamento utiliza essas informações para efetuar a

aplicação

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Sensores equipando pulverizadores

1) Ponta de Pulverização 2) Sensores de detecção 3) Sentido da operação 4) Cultura comercial a ser protegida

Sistemas Controladores para Detecção

Instantânea de Alvos

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Vídeo 1

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Barras

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Vídeo 2

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Vídeo 3

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Exemplo de mangueira danificada.

Posicionamento inadequado de mangueiras - interferindo na projeção do jato

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Altura da Barra

10o

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70

Distribuição Volumétrica de uma Ponta AVI

11003

Instalação dos Bicos na Barra

70

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CV = 4,35 72

Distribuição Volumétrica da Ponta AVI 11003 a

5cm

Deformação inicial no bordo da lâmina líquida, decorrente da atuação de uma força externa (gravidade, pressão, rotação, etc.)

Formação de Gotas

Formação de filetes prolongados no bordo da lâmina líquida.

Deformação dos filetes com início da formação de pontos de sensibilidade.

Rompimento do filete com a formação efetiva das gotas (é comum serem de baixa uniformidade).

Evolução da sensibilidade

Mais sujeitas à deriva e evaporação.

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Vídeo 4

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Processos de Captura de Gotas

Gotas grandes

Sedimentação

Gotas pequenas ?

Impacto

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Gota

300 µm

Praga

Praga

Praga

Praga

Praga

300 µm

Praga

0,9 x 1,2 (mm)

1,08 mm2

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Energia Tipo Utilização

Hidráulica

Gasosa

Centrífuga

Cinética

Térmica

Elétrica

Impacto

Leque

Cone

Pneumático

Disco ou gaiola

Vibratório

Eletrostático

Baixa pressão – gotas grandes

Superfícies planas

Folhagens

Folhagens

Volumes reduzidos – gotas uniformes

Gotas grandes e uniformes

Tratamento espacial (armazéns)

Objetos aterrados – gotas pequenas

Vários tipos de bicos

83

84

43

Partes constituintes:

1 – Corpo ou conector; 2 – Capa;

3 – Filtro; 4 – Ponta de pulverização.

– 2

– 1

3 –

– 4

Bicos de Energia Hidráulica

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ÂNGULO

VAZÃO (gal/min)

MODELOS

CLASSIFICAÇÃO POR CORES

???

1 gal = 3,785 L

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Bicos de Energia Hidráulica

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Gostas e Bicos

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Depende:

• Do material do bico:

– Bronze, aço inox, kematal, cerâmica;

• Da formulação aplicada:

– Soluções, suspensões, emulsões...;

• A pressão de trabalho;

• Da qualidade da água;

• Da manutenção (cerâmica quebra!)

Quando trocar?

Defeitos ou quando vazão > 10% do nominal.

Quanto dura uma ponta?

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Algumas falhas...

91

Algumas falhas...

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Algumas falhas...

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Algumas falhas...

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Resultados do Projeto IPP

% de pulverizadores com pelo menos 1 falha

Brasil Bélgica

Presença, funcionamento e precisão do manômetro 92,3 20,0

Pontas ruins 80,5 1,4

Erro na taxa de aplicação 76,8 0,1

Antigotejadores ruins ou ausentes 69,5 -

CV da barra acima de 15% 69,2 -

Falta de proteção de partes móveis 63,4 0,1

Mangueiras mal localizadas 59,8 0,8

Vazamentos 54,9 0,5

Mangueiras danificadas 50,0 -

Espaçamento incorreto entre bicos 43,9 2,0

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Calibração de Pulverizadores

OBJETIVO:

• Controle econômico de pragas, doenças e plantas daninhas através da distribuição uniforme da quantidade exata de produto fitossanitário sobre o alvo requerido.

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Qual é o volume adequado?

1. Qual é o tamanho da superfície a cobrir?

2. Quanto uma planta pode reter?

3. Quanto é necessário para o controle?

4. Como deve ser a distribuição do produto?

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O QUE CONSIDERAR?

50

51

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105

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CONSIDERAR AO MESMO TEMPO! 106

Devemos Considerar:

Bicos

São os responsáveis pela formação das gotas.

Pressão x Vazão Ø gota, ângulo, cobertura

DEVEM: Ter procedência e estar em bom estado (vazão < 10% >) Evitar perdas por escorrimento e deriva; Procurar o menor consumo de calda possível;

106

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Quantos litros por hectare?

Fase I – Regulagem do pulverizador

Bico (seleção)

Ajuste Altura X Espaçamento

Pressão

Velocidade ( 540 rpm – seleção de marchas)

Calibração de Pulverizadores

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Fase II – Determinação do Volume de

Aplicação

50 m

Tempo = t

Recolher o volume aplicado no Tempo t

0,50 m x 50 m = 25 m2

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Fase II – Determinação do Volume de

Aplicação

50 m

Tempo = t

Recolher o volume aplicado no Tempo t

0,50 m x 50 m = 25 m2

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Exemplo:

Tempo = 40 s

Volume (em 40 s) = 0,30 L

Área Tratada (em 40 s) = 25 m2

Assim:

25 m2 0,30 L

10.000 m2 (1 ha) x L

x = 120 L 110

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Fase III - Cálculo de Diluição (quanto no

tanque?)

Ex:

Volume de aplicação = 120 L/ha

Dosagem do Produto = 1 L/ha

Capacidade do tanque = 600 L

120 L .................... 1 L

600 L .......................... x

x = 5 L / tanque

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Cáculos

CALIBRAÇÃO

Q: Volume de aplicação (L/ha);

q: Volume coletado (L);

e: Espaçamento entre bicos (m);

D: Distância percorrida pelo trator.

EX.:

q = 0,5 L

e = 0,5 m L/ha

D = 50 m

eD

qQ

10000

2005,050

5,010000

Q

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Provérbio Chinês (400 a.c)

“Quando planejares para um ano, semeia o milho; se para uma década, planta árvores; se para toda a vida,

educa o homem!”

Três regras básicas para o sucesso: 1. Querer com veemência! 2. Planejar com paciência.

3. Realizar com competência.

(Prof. Dr. Marcelo C. Ferreira, Fev. 2010).

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Prof. Dr. Marcelo da Costa Ferreira

Depto. Fitossanidade – UNESP Campus de Jaboticabal

Fone: (16) 3209-2641

E-mail: [email protected]

Eng. Agr. Sergio Tadeu Decaro Jr. M.Sc., Doutorando

E-mail: [email protected]

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

Campus de Jaboticabal

Depto. Fitossanidade

Núcleo de Estudos e Desenvolvimento em Tecnologia de Aplicação

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58

Obrigado!

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