Técnicas Projetivas - Resumo

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    Projeco um mecanismo de defesa muito arcaico e patolgico. Mas existe em

    toda a gente. Existe por oposio ao mecanismo perceptivo.

    H sempre olhares diferentes sobre a realidade externa, dado que tm a vercom a vivncia individual de cada um. H sempre uma apreenso individual

    da realidade. Um olhar puramente perceptivo no existe, A individualidade

    prima sempre.

    Nas tcnicas projectivas lidamos sempre com estes dois aspectos. O externo e o

    interno, o real e o imaginrio, o perceptivo e o projectivo.

    Ex. Rorschach na realidade so manchas de tinta, mas pede-se ao indivduo

    que parta da realidade para a fantasia. Ao dizer o que est na mancha o

    indivduo articula a projeco com a percepo, atribuindo um significado,

    interpretando. A interpretao sempre pessoal.

    As tcnicas projectivas so um instrumento de avaliao psicolgica,

    essencialmente ao servio da clnica psicolgica.

    Avaliao Psicolgica um exame feito na tentativa de compreender, perceber

    o funcionamneto mental do outro.

    O funcionamento mental tem a ver com as caractersticas inerentes quela

    pessoa, que a tornam diferente das outras, aquilo que individualiza. Todos

    ns utilizamos estratgias de adaptao diferentes, temos olhares diferentes

    sobre a realidade. isso que nos diferencia, nos caracteriza.

    O funcionamento mental tem, ento, a ver como o indivduo reage aos

    acontecimentos internos e aos acontecimentos externos; como se relaciona

    consigo e como se relaciona com os outros; como se representa; com os

    mecanismos de defesa que utiliza; com a angstia de culpabilidade, com a

    capacidade de diferenciar o eu do no eu, o interno do externo, ou seja, como

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    lida com a projeco; com a identidade e com a identificao (a identidade; que

    sou eu? a identidade sexual; identificao;. Quem sou eu?)

    So todas estas caractersticas que vo definir o funcionamento mental, quernormal, quer patolgico.

    Atravs das tcnicas projectivas apreendemos o mundo interno dos indivduos.

    Mas trata-se duma apreenso apenas por aproximao. O teste Rch serve para

    conhecer o outro na sua essncia, mas tendo sempre conscincia de que se trata

    de um conhecimento por aproximao. O psiquismos nunca pode ser

    apreendido na sua totalidade.

    As avaliaes psicolgicas podem acontecer em variadissimos contextos:

    clnico, escolar, judicial, de emprego, etc. Estando as tcnicas projectivas sujeitas

    aos contextos, estes acabam por formar estilos.

    Existem, grosso modo, dois estilos comunicacionais.

    Aquele que aparece de uma forma desmunida, so pessoas submissas

    - fazem renas cer em ns as figuras autoritrias do seu passado

    aquele que nos desafia

    - pode por exemplo ser um stilo depressivo, maniaco. uma forma

    de regar a mal estar e a dependncia que sente

    Ns no somos aquilo que somos mas aquilo que os sujeitos querenm que ns

    sejamos Transferncia transferir para o presente coisas do passado

    E o psiclogo? O psiclogo est numa posio contra transferencial. Mas

    suposto que este identifique e controle os seus sentimentos.

    H uma relao que se estabelece entre 2 pessoas. uma relao dual,

    mediatilazida por um instrumento, por uma prova projectiva, em que as

    respostas resultam no s da relao com as manchas (no caso da prova do Rch)

    mas tambm da relao com o psiclogo.

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    As Tcnicas Projectivas tm por finalidade aceder ao funcionamento mental do

    sujeito, apreender a realidade do outro, a subjectividade, para proceder a um

    diagnstico psicolgico e a um diagnstico diferencial:

    Diagnstico Psicolgico aquele que permite conhecer as modalidades defensivas, as angstias, etc., do

    sujeito. No arrumar as pessoas em quadros nesogrficos. O psiclogo no

    trabalha com diagnsticos, mas sim com pessoa. No entanto, isto no significa

    que no cheguemos a quadros patolgicos.

    Diagnstico Diferencial

    aquele que perante duas hipteses permite optar pela mais adequada. Serve

    para iluminar um pouco o diagnstico, ajuda a tomar uma deciso. Pode ser

    importante em termos de interveno.

    O Rch obedece, ento, a critrios, objectivando a subjectividade. a realidade

    do outro que importa e no a nossa. Temos de ter a hulmidade de ter

    conscincia de que nem tudo sabemos.

    Rch Objectividade: apresentao do estmulo

    Subjectividade: como o sujeito investe essa realidade objectiva

    O teste nunca serve para testar pessoas, mas sim hipteses, e isso que a

    clinica psicolgica. aqui que verificamos se a nossa intuio faz ou no

    sentido.

    A verdadeira objectividade no existe s por si. O que existe so sinais que so

    analisadores e indicadores.

    A objectividade na interpretao corre o risco de arrastar consigo movimentos

    psrojectivos por parte do analisado. Quanto menos percebe, mais interpretada.

    Quanto mais espaos vazios houver, maior a tendncia para preenchermos

    esses espaos.

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    No movimento projectivo as pessoas distorcem a realidade, introduzindo

    crenas, valores, pensamentos prprias. A realidade s por si no existe. O

    testemunho tem uma validade discutivel.

    As tcnicas projectivas tambm esto referenciadas psicopatologia, mas oobjectivo das tcnicas projectivas no catalogar os sujeitos e sim descobrir,

    perceber o modo de funcionamento, quer seja normal, quer seja patolgico.

    A posio mais adequada do psiclogo face ao outro a posio de escuta:

    perceber a pessoa atravs da leitura do seu modo de expreso. Deve ser uma

    escuat despida de preconceitos. No devemos partir para a escuta do outro nem

    com teorias implicitas. Quando isso acontece vemos no outro o que queremos

    ver, o que o quadro terico prediz, e isto no conhecer o sujeito.

    Ento a perspectiva mais eficaz nosaber (Bion) , que predispe o psiclogo

    para uma maior recptividade. uma atitude que no visa confirmar uma ideia

    pr estabelecida, no visa fazer uma verificao (isso s se faz no plano da

    verificao). Quando isto no acontece o que sobressai o desejo de possuir os

    outros, de os colonizar e at mesmo de obter o prazer da omnipotncia

    narcsica.

    A situao de teste uma situao mediatizada por um terceiro elemento que

    o material. O resultado que aparece no material Rch resulta do confronto ou da

    implicao entre as dinmicas interpessoais, do tipo de relao que se estabelece

    entre dua pessoas, o sujeito e o Psiclogo. Surgem interpretaes mtuas, das

    problemticas mtuas. Deste modo, a presena do examinador no inocente,

    no neutra. Os aspectos trasferenciais e contratransfernciais acabam porreflectir-se na forma como o sujeito s relaciona com o prprio material.

    O que a projeco e como se exprime nas tcnicas projectivas:

    A projeco como conceito aparece em vrias teorias psicolgicas, mas aparece

    sempre associada percepo. No h projeco sem percepo. De igual

    modo, nas tcnicas projectivas no podemos falar de projeco sem se evocar a

    percepo. Quando apresentado um estmulo ao sujeito, o que h de imediato

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    uma ligao das duas coisas, uma juno do movimento perceptivo e do

    movimento projectivo.

    Nas tcnicas projectivas, o estmulo externo a mancha, mncha essa que tem

    caractersticas perceptivas bem definidas (ex. vermelha e cinzenta, compacta, aberta ao branco...). Mas embora do ponto de visto perceptivo as

    manchas possuam caractersticas bem definidas, elas prestam-se tambm

    interpretao, so ambiguas, permitem vrias leituras. esta ambiguidade que

    vai obrigar o sujeito a utilizar estratgicas onde a projeco tem um papel

    fundamental. O sujeito atravs da projeco retira s manchas o seu estatuto de

    imagens ambiguas e atribui-lhes o estatuto de imagens bem definidas.

    No se deve confundir a projeco das tcnicas projectivas com os mecanismos

    de evacuao daquilo que insuportvel ao sujeito e que aparece nos psicticos

    (parania). A projeco das tcnicas projectivas a projeco enquanto

    mecanismo de adptao realidade.

    Trs parmetros da situao projectiva

    O material (10 cartes)

    A instruo

    A relao Psiclogo Sujeito

    Instruo. O que isto lhe faz lembrar?; O que que isto poderia ser?

    A situao projectiva pode ser mesmo assimilada a uma situao de conflito,

    pois as caractersticas ambiguas do Rch obrigam o sujeito a mobilizar-se

    activamente, i.e, obrigam o sujeito a imaginar. Ao imaginar, o sujeito vai ter queconciliar numa s resposta os movimentos conscientes e inconscientes, a

    realidade e a fantasia.

    O que que isto... : remete para oaqui e o agora

    ...Poderia ser? : remete para o imaginrio. As respostas devero, assim,

    conter os elementos propostos pela situao (pelo carto) mas coloridos pelo

    afecto, i.e, pela ressonncia fantasmtica, afectiva. O que o sujeito faz conciliar

    estes dois imperativos, consciente e inconsciente.

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    Existe uma percepo pura? No. E a representao, existe s por si? No, pois

    associamos sempre os afectos s representaes.

    As caractersticas dos cartes so susceptiveis de uma compreenso simblicaem dois eixos:

    O eixo da representao de si (como me vejo a mim prpria)

    - ex. carto III normal ver duas figuras humanas pois remete

    para a prpria realidade

    O eixo da representao da relao (como me vejo na relao com os

    outros)

    Muito importante:

    No existem dois movimentos, um de percepo e outro de projeco. Existe

    sim um nico movimento que integra a percepo e a projeco.

    Ligao entre percepo e projeco:

    Algum que est a observar a figura atribui-lhe um significado.

    A projeco e a percepo esto em constante equilbrio e isto est presente em

    tudo na vida. Ver (percepo) diferente de olhar (projeco) .

    Estas 2 faces da mesma moeda aparecem sempre relacionadas. No h

    percepo sem projeco. Tanto a percepo como a projeco participam na

    limitao entre o mundo externo e o mundo interno. A percepo tem a ver como mundo externo e a projeco com o mundo interno, mas h uma proximidade

    entre os 2 mundos: a percepo que tem em conta a realidade externa que deve

    ser colorida com aspectos do mundo inteiro.; a projeco e a separao ajudam

    a separar o eu do no-eu. A percepo e a projeco participam tambm na

    representao do mundo interno e do mundo externo.

    Ns no vemos o que queremos, mas sim o que podemos, por isso vemos coisas

    das outras pessoas os aspectos comuns prendem-se com aquilo que partilhado

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    em cada cultura (no RCH so as respostas ban banalidades - como por ex.

    uma borboleta no carto V). Os outros aspectos tem a ver com a especificidade,

    a singularidade do sujeito.

    O processo projectivo vai levar a que s sejam acolhidas, investidas pelo sujeito,as percepes ou excitaes que reactivam traos mnsticos, s vemos aquilo

    que podemos, com os olhos que temos, ou seja, ns partimos de um

    determinado estimulo e esse estimulo que vai reactivar em ns memrias

    subjectivas e individualizadas. Ns temos coisas em comum, mas temos

    memrias individuais.

    H em cada um de ns um processo projectivo e perceptivo , uma seleco logo

    partida dos estmulos. Somos mais sensveis a um estimulo do que outras

    pessoas e vamos reparar nesse estimulo em funo da nossa problemtica

    individual, em funo de ns prprios. Entregamos os estmulos num esquema

    pessoal por isso no h respostas certas nem respostas erradas.

    O que se passa na situao projectiva que o sujeito vai ter que se mobilizar

    psicologicamente para ligar, ordenar o interno e o externo. Por isso mesmo

    vamos assistir a oscilaes mais ou menos subtis entre a realidade externa e

    interna( respostas mais do campo perceptivo e respostas mais do campo

    projectivo). A projeco acaba por colorir a realidade externa.

    A boa distncia aquela que permite ao sujeito que as respostas expressas,

    tendo presente a realidade externa, mostrem a ressonncia fantasmtica.

    importante que se mantenha presente a realidade, no se perca de vista arealidade(forma, cor...).

    Quando h um investimento massivo das representaes, reactivado pelo

    contedo latente dos cartes, quando a projeco domina sobre a percepo, o

    que pode acontecer desaparecer o principio da realidade.

    Mas h tambm casos em que h um dfice imaginrio, uma dificuldade em

    colorir a realidade, o que d conta de um funcionamento mental empobrecido .

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    2 personalidades doentes do imaginrio:

    Psicossomticos: Nas suas respostas no h verbos, no h adjectivos, apenas

    substantivos; o imaginrio no existe. Ora o imaginrio que permite s

    pessoas defenderem-se da realidade exterior, logo os psicossomticos vivem aosabor do exterior no conseguem criar um mundo mais agradvel(quando

    chove, chove na alma).

    Delinquentes: No do respostas K ( interpretao do movimento ou aco das

    personagens- Ex.: uma borboleta, oval . quanto mais fcil eu imaginar o acto,

    mais facilmente eu posso evitar concretiz-lo. Nos delinquentes no h

    capacidade de prever o acto.

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    Rorschah enquanto espao de relao e de interpretao, comunicao e ainda

    enquanto espao de simbolizao.

    O rch foi criado e desenvolvido no modelo da psicopatologia (em vigor na

    poca). Foi desenvolvido e muito orientado para o psicodiagnstico. O objectivoera fornecer um diagnstico psicolgico.

    O conhecimento tambm estabelecido a partir da descrio, compreenso,

    ordenamento, interpretao. Quando estou a interpretar estou a produzir um

    novo facto. Interpretar criar novos sentidos, i.e, dar novos sentidos ao

    sentido.

    O Rch no serve para medir, para criar critrios de objectividade ou de rigor. O

    que ns fazemos conhecer aquilo que o uso do Rch provoca quele sujeito.

    O Rch um instrumento que nos vai permitir revelar os processos

    fundamentais que fundam a relao com o objecto. Permite-nos saber a que

    nivel de evoluo o sujeito chegou. Permite-nos conhecer as suas capacidades

    criativas, que tem a ver com a recriao e a reconstruo dos objectos: a resposta

    sobre a mancha j no tm a ver s com a mancha (nem s a ver com o sujeito).

    A tcnica Rch comporta e obriga a principios metodolgicos muito importantes,

    que comportam a coerncia e a convergncia entre teoria, mtodos e tcnicas.

    O diagnstico psicolgico aparece atravs de uma convergncia de dados. O

    diagnstico no se faz atravs de uma resposta isolada.

    Se o Rch permite aceder ao conhecimento psicolgico do sujeito, este

    conhecimento s pode ser rigoroso se se apoiar num corpo terico e num

    instrumento que permita perceber o sentido das coisas.

    O Rch permite-nos ter acesso aos processos mentais do sujeito, s relaes que o

    sujeito estabelece entre o interno e o externo, relaes essas que dependem de

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    cada sujeito entra a individualidade, a singularidade. esta a grande

    vantagem desta tcnica. O rigor aqui est na ligaa entre teoria e instrumento.

    As respostas Rch so interpretadas como resultado de um trabalho de ligaoentre o que est dentro e o que est fora, entre o interno e o externo, entre o

    sujeito e o objecto. Cada resposta tem em si coisas do mundo externo e coisas

    do mundo interno, resulta duma relao entre aquilo que subjectivo e aquilo

    que objectivo.

    Vemos, assim, revelado, a partir da relao entre sujeito e objecto, um novo

    objecto, que no faz parte nem do mundo interno nem do mundo externo.

    Estas conceptualizaes tm raz na teoria psicanaltica. a partir deste corpo

    terico que surge o conceito de Processo Resposta Rch, sendo este processo

    entendido como um trabalho de ligao, transformao, criao e recriao

    entre o interno e o externo, e subordinado pela relao, i.e, pela

    intersubjectividade (psicolgo e sujeito).

    Assim, a resposta Rch ser um novo objecto que resulta da confrontao entre o

    objecto externo e o objecto interno, confronto esse que impe um trabalho de

    construo, transformao e comunicao de um mesmo sentido.

    Este trabalho mental vai-nos revelar a natureza dos objectos internos atravs

    dos objectos externos. O sujeito acaba, assim, por nos revelar a sua prprianatureza e ao faz-lo, f-lo de acordo com os seus procedimentos habituais, de

    acordo com a sua relao habitual com o mundo. Naquele exame o sujeito

    revela-nos o seu modo de funcionamento habitual, o que no acontece nas

    provas standartizadas.

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    O Organizador Simbolizao

    atravs do organizador simbolizao que se vai poder explicitar o Processo

    Resposta Rch.

    Este organizador, a simbolizao, fundamental uma vez que o material com quelidamos aqui um material verbal, so respostas, respostas essas que veiculam uma

    imagem, um conceito e postanto um simbolo. E se um simbolo pode ser

    submetido interpretao.

    atravs do Processo Resposta Rch que o Organizador Simbolizao vai ter

    grande utilidade, porque ele que nos permite perceber, compreender a

    actividade do pensamento. De que forma? Atravs do processo de ligao,

    transformao, criao e recriao (Processo - Resposta Rch).

    o Processo Resposta Rch que nos permite aceder ao crescimento do sujeito.

    Ns chegamos actividade do pensamento atravs da sucesso de respostas, de

    modo como um smbolo se anexou ao outro, quer dentro do carto, quer entre

    os vrios cartesprodutividade intra pranchas e inter pranchas.

    Ns transformamos e ao transformarmos introduzimos coisas novas, se

    introduzimos movos atributos recriamos e se recriamos criamos um novo

    objecto, um simbolo que forosamente s pode ter a ver conosco.

    A situao Rch pode ser, ento, vista como um espao virtual, em que o espao

    finito onde nos permite partir para um espao infinito, ou seja, partimos de umobjecto finito para uma infinitude de respostas. esse espao infinito que

    permite ao sujeito revelar as foras criativas que possui dentro de si.

    A noo de simbolizao permite-nos saber como a situao Rch, enquanto

    situao intersubjectiva, impe a formao de simbolos e pode ser ela mesmo

    considerada como um simbolo em si. So esses simbolos que so objecto de

    interpretao, simbolos esses que emanam da prpria conceptualizao do

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    sujeito, impondo assim o recurso projeco e identificao projectiva.

    atravs destes simbolos que se pode compreender o processo de atribuio de

    sentido, de um significado a uma mancha e que pressupe um processo de

    comunicao entre sujeito e objecto.O Rch permite-nos saber o tipo de angstia, o tipo de mecanismos de defesa, se

    h uma delemitao (uma espcie de pele psiquica) entre o dentro e o fora.

    O Rch permite-nos ver o processo de ligao, transformao, criao e recriao

    entre o interno e o externo, atravs da fuso e da separao. Vai ento emergir

    um novo objecto, com elementos da objectividade e com elementos da

    subjectividade. O novo objecto tem que ter o dentro e o fora no clivados, mas

    ligados numa s resposta, resposta essa que recriada.