Tecnicas Manuais e Instrumentais

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Tcnicas Manuais e Instrumentais: Guia de Estudo!Prof. Fabola Ramos de AlmeidaReferncias:Maria Glria Rodrigues Machado. Bases da Fisioterapia Respiratria, 2008

A terapia de higiene brnquica utiliza-se de tcnicas que visam auxiliar a mobilizao e a eliminao de secrees, melhorando as trocas gasosas e evitando as complicaes de um quadro de pneumopatia previamente instalado. Pacientes com produo excessiva de secreo. IRpA. Sinais clnicos de acmulo de secreo (Alteraes Gasomtricas) Atelectasias Doenas neuro-musculares Pacientes acamados em geral Ps cirurgia

Classificao: Quanto ao emprego da ao da gravidade para drenar ou deslocar secrees. Quanto ao emprego de ondas de choque ou choque mecnico na parede torcica. Quanto ao emprego da compresso do gs ou variao do fluxo expiratrio.

Drenagem PosturalUsa a ao da gravidade

Tempo de uso: 15 a 30 minutos / posio Contra Indicaes: Ps operatrios imediatos ICC EAP TEP HIC Derrame pleural extenso Hemodinmica instvel IAM Intolerncia

Vibroterapia Emprego de ondas de choque ou choque mecnico na parede torcica. Tcnica: manualmente tetanizao dos msculos agonistas e antagonistas do antebrao; mecanicamente. Favorece o tixotropismo do muco brnquico. Movimentos rtmicos, rpidos, com uma intensidade em torno de 15 a 20 Hz (manual). Contra Indicaes: Trax Rgido Trax DolorosoPercusses Torcicas: Emprego de ondas de choque ou choque mecnico na parede torcica. Percusso Cubital e Tapotagem. Promove a deformao do muco (tixotropismo)Tapotagem:Mos em forma de concha ou ventosa Ondas de energia mecnica Deslocamento das secrees Brnquios de maior calibre at a traquia Tosse ou aspirao Percusso Cubital:Consiste em percutir o trax mediante um movimento de desvio rdio-ulnar com uma das mos semifechadas. Contra Indicaes: Osteoporose Aps refeies EAP e TB Dispneia Neoplasias Trax e Mediastino Fratura de costela Cardiopatias Hemoptise HIC Metstase Pulmonar Broncoespasmo Presso Expiratria: Quanto ao emprego da compresso do gs ou variao do fluxo expiratrio. Pode ser aplicada aps outras MHB para conduzir a secreo solta na luz brnquica. Pcte decbito dorsal (Fowler) ou lateral. Presso realizada em toda a expirao, acompanhando os movimentos das costelas (no comprimir na insp.). As 2 mos do fisio na regio superior e inferior do trax, movimentos sincronizados. Pcte com lbios semi-abertos para facilitar a desinsuflao. Contra-Indicao: Exagero na presso: fraturas e luxaes torcicas (trax senil ou raqutico) Pcte com histrico de pneumotrax espontneos e derrames pleurais, EAP e fraturas de costelas.Tosse Dirigida/Tcnica/Controlada Intencional, ensinada (tosse eficaz) Pcte fica incapaz de gerar fluxos expiratrios potentes; alm de dores e medos de tossir. Alt. das caractersticas viscoelsticas e hidratao do muco compromete a tosse eficaz. Oxigenoterapia: melhorar a saturao Tcnica: pcte sentado com leve inclinao anterior do tronco, ps apoiados (suporte abdominal e torcico) ou pacte DD, cabeceira elevada e ligeira flexo de joelho, ps apoiados no colcho. Fisio orienta o pcte fazer insp. profunda, fechar a glote, contrair os msculos abdominais e expulsar o ar com velocidade (evitar no broncoespasmo, expulso fraca) Tcnica de Expirao Forada (TEF) Presena do Huff: expulso forada do ar no violenta Variao da tosse dirigida Tcnica pode induzir broncoespasmos em asmticos, se no houver descanso. Aplicao da tcnica: combinao de um ou dois esforos expiratrios (huffs), com a glote aberta. Aps relaxa Induz a uma tosse normal Tosse Assistida/ Cintica ou TeraputicaConsiste na aplicao de uma presso externa sobre a caixa torcica ou sobre a regio epigstrica, fornecendo assim um auxlio ao ato de tossir Tcnica: final da inspirao, fisio aplica uma presso manual rpida, durante a fase expiratria (sentado ou DD) Compresso: costal lateral ou epigstrico; mo pstero- superior e outra anterior (colaborativo) Observar a abertura da vlvula inspiratria e exalatria do VM. No Invasiva: Indicao: PO imediato de cirurgias torcicas e abdominais altas; Comprometimento neuromusculares; Pcte pouco colaborativoAcelerao do Fluxo Expiratrio (AFE) Consiste em uma expirao ativa ou passiva associada a um movimento toracoabdominal sincronizada gerado pela compresso manual do fisioterapeuta. Esvaziando passivamente o ar dos pulmes, deslocando as secrees. Expirao passiva: criana ou paciente pouco colaborativo. Ativo-Assistido: glote aberta Tcnica: decbito ventral ou sentado, estimular a expirao, fisio com uma mo no trax e outra na regio abdominal, realiza compresso de baixo para cima, frente para trs (movimento oblquo).Tcnica de Expirao Lenta Total com a Glote Aberta em Decbito Infralateral (ETGOL) Tcnica: pcte decbito homolateral (lado que deseja remover a secreo e realizar a exp lenta e progressiva), com a glote aberta (usar bucal). Fisio exerce um presso abdominal em direo oblqua ao trax supralateral, durante a exalao, aps solicitar a tosse do pcte. Qdo o pcte no pode ficar em decbito lateral, a tcnica ETGO Tcnica de Expirao Lenta Prolongada (ELPr) Tcnica passiva utilizada em RN, realizando uma presso manual externa lenta iniciado ao final da expirao espontnea.Drenagem Autgena Tcnica utiliza inspiraes e expiraes lentas, de forma ativa, controlada pelo paciente. Pcte sentado ou semi-sentado uma modificao da tosse dirigida Inicia no volume de reserva expiratrio at o VRI, tentando a mobilizao de VA distais at proximais. No muito utilizada 10 a 20 horas de aprendizagem e sesses de 30 a 45 minutosFlutter e Shaker Facilita a remoo de secreo, garantindo a independncia aos pacientes. Combina a tcnica do EPAP com oscilaes de alta frenquncia.Aparelho porttil Componentes: pea bucal, esfera de inox, capuz removvel perfurado, cone de material autolubrificante. O aparelho gera um presso positiva oscilatria e mantm o dbito respiratrio.Qual a melhor tcnica de higiene brnquica? Observar condies clnicas do pcte; AP, colaborao do pcte; Eficcia da Tcnica; Indicaes e contra-indicaes; Custo; Habilidade do terapeuta; Objetivo do tratamento

Manobras de Reexpanso Pulmonar

Tcnicas destinadas a prevenir ou corrigir atelectasia; Pcte acamado; Doenas neuromusculares Hipoxemia; alteraes gasomtricas Pr e Ps operatrio de cirurgias cardaca, torcica e digestiva Shunt.

Espirometria de Incentivo ou Incentivadores respiratrios O paciente estimulado a realizar insp profundas e lentas e utiliza-se de dispositivos visuais mostram se foi ou no atingido o fluxo (respiron) ou volume (voldyne)desejado. Efetuar uma insp mx sustentada que consiste em uma inspirao profunda e lenta, at gerar um fluxo ou um volume pr-estabelecido. Sustentar a insp por 5 a 10 seg.Tcnicas com Presso Positiva Presso Positiva durante a inspirao como na respirao por presso positiva intermitente (RPPI). Presso Positiva durante a inspirao com fluxo contnuo e expirao(CPAP).Respirao por Presso Positiva Intermitente Refere-se aplicao de presso positiva a uma paciente respirando espontaneamente como modalidade teraputica intermitente ou de curto prazo. Durao 15 a 20 minutos. Efeitos: Causa o aumento da distribuio do gs inspirado para as reas pulmonares com baixa complacncia, principalmente em reas atelectasiadas. Avaliao e ausculta Orientaes gerais Adaptao da mscara Incio com baixos parmetros (IPAP e EPAP) Sries e Repeties Reavaliao e ausculta Graduar as presses conforme o VC. Um VC alvo deve ser estipulado, em torno de 10 a 15 ml/kg corpreo. A presso deve ser aumentada aos poucos at que seja atingido o volume pr-estabelecido. Pneumotrax hipertensivo; HIC; fstula traqueoesofgica Instabilidade hemodinmica; TB ativa no tratada; Aerofagia; Cirurgia de face.Presso Positiva Contnua nas Vias Areas (CPAP) O CPAP eleva e mantm as presses das vias areas e alveolar durante todo o ciclo respiratrio, aumentando o gradiente de presso transpulmonar durante a inspirao e expirao. O paciente sob CPAP respira por um circuito pressurizado contra um resistor de entrada com presses entre 5 e 20 cmH2O. Principais Problemas do CPAP: Vazamento da mscara Possibilidade de insuflao gstrica Aspirao do contedo gstrico EPAP: O paciente sob EPAP respira espontaneamente com mscara e vlvula de peep (resistor de limiar pressrico/ spring load) Presso Positiva Intermitente: Reanimador de MllerCaracteriza-se por ciclos ou perodos de aplicao de ventilao por presso positiva com intervalos de tempo variados. Vvula reguladora (manmetro de presso) Dispositivo manual que administra os gases para os pulmes. Micronebulizador e injetor Porttil e de fcil manuseio. Presso regulada pela vlvula de no mximo 30 cmH2O. O O2 injetado na fase inspiratria com o fluxo laminar, produzindo o aumento da presso intratorcica e melhora relao V/Q. Pode ser usado com mscara, tubo orotraqueal e cnula de traqueostomia. Pode acoplar vlvula de PEEP para aumentar tempo exp. Quando houver aumento do trabalho ventilatrio. Alt. Distensibilidade da caixa torcica. Alt. Gasomtrica. Preveno de fadiga muscular. Ps cirurgia cardaca. Inspirao Profunda Inspirao Fracionada ou em Tempos Tcnica usa vrias inspiraes em um nico ciclo ventilatrio. Inspirao nasal, suave e curta, sendo interrompidas por curto perodo de apneia. 1,2,3,4 ou 6 tempos repetitivos. Expirao oral (pode pedir at volume de reserva expiratria). Pode ser realizado aps NBZ Melhora a complacncia traco-pulmonar e d mobilidade torcica

Inspirao Profunda Padro Ventilatrio com Apneia Mx. Ps-Insp. Ou Inspirao Sustentada Inspirao nasal, leve, suave e uniforme at atingir a capacidade mxima, seguindo de apneia variando de 3 a 10 seg. Expirao oral lenta e contnua, at volume de reserva expiratrio. Melhor redistribuio de ar nos pulmes Contra-indicao: ASMA.

Compresso/Descompresso Consiste em o terapeuta comprimir o lado do trax, em que est o pulmo que se deseja reexpandir, sincronizado com o incio da expirao do paciente, o terapeuta faz uma descompresso brusca no incio da inspirao Maior negativao da presso intra-pleural Acelera o fluxo turbulento: desloca secreo. Aumento do volume de ar inspirado

Exerccio com Dbito Inspiratrio Controlado Refere-se as manobras inspiratrias lentas e profundas executadas em decbito lateral situando a regio que se quer tratar supralateral. Objetivo: aumentar a ventilao lateral Indicaes: atelectasias e pneumonias. Contra-indicaes: dor por afeces pleurais, ps-operatrio de pneumectomia e hiperreatividade brnquica Posicionamento: Pcte decbito lateral alinhado; MS infralateral em baixo da cabea em 90; MS supralateral anteriorizado ou acima da cabea. Tcnica: pcte insp lenta e profundamente at o VRI; fisio faz propriocepo de intercostais e alongamento Pode realizar vibrao, incentivadores. Ao final da insp pode fazer percusso para ver sonoridade.

Dissociao de CinturasConsiste em o terapeuta Realizar um movimento de dissociao de cinturas plvica e escapular, sincronizado com a expirao do paciente Alongamento dos pilares diafragmticos Alongamento dos msculos intercostais Aumento do volume de ar inspiradoContra Indicaes: Fraturas de costelas Trax Instvel Cirurgia abdominal Cirurgia em quadril e coluna Treinamento Muscular Ventilatrio: Threshold Produz uma resistncia ao inspirar (Threshold Inspiratrio) ou ao expirar (Threshold Expiratrio) por meio de um sistema de mola com uma vlvula unidirecional e utilizao de um clipe nasal. Parmetro para uso MANOVACUMETRO Iniciar com carga entre 40 e 60 % da Pimx: endurance Reduz carga e aumentar repetio: ganho de fora. 2 a 3x ao dia