Técnicas de estudo
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TÉCNICAS DE ESTUDO
LEITURA
Lakatos e Marconi (2001) ressaltam que a leitura proveitosa deve obedecer a alguns aspectos fundamentais, tais como:
a) atenção - dispor todos os sentidos na ação de realmente retirar as informações e os conhecimentos disponíveis na obra;
b) intenção - antes de ler é preciso ter claro para si mesmo o "por quê" ou "para quê" eu estou lendo, só assim posso selecionar o que é relevante para mim;
c) reflexão - ao ler uma obra é preciso também que eu possa pensar sobre o que eu estou lendo, observando todos os ângulos, novos pontos de vista, novas perspectivas, novas relações, auxiliando a aprofundar o conhecimento;
d) espírito crítico - este procedimento implica fazer uma avaliação da obra, não no sentido de dizer se é boa ou ruim. Avaliação de um texto implica em comparar com os conhecimentos anteriores, aceitar ou recusar colocações e pontos de vista' significa não admitir idéias sem analisar ou ponderar; consiste também em emitir juízo de valor, percebendo no texto o bom e o verdadeiro, da mesma forma que o fraco, o medíocre ou o falso;
e) análise - para que eu possa entender melhor o texto é necessário que eu faça um exercício de analisar cada parte do que eu estou lendo e descobrir as relações entre elas;
f) síntese - envolve a reconstituição das partes decompostas pela análise, obtendo assim uma melhor percepção do todo, podendo assim selecionar o que é realmente importante e o que ocupa um lugar secundário.
De acordo com Lakatos e Marconi (2001), uma leitura, em geral, envolve as seguintes fases:
1° - de reconhecimento ou prévia – leitura rápida, cuja finalidade é procurar um assunto de interesse ou verificar a existência de determinadas informações. Faz-se olhando o índice ou sumário, verificando os títulos dos capítulos e suas subdivisões;
2° - exploratória ou pré-leitura – leitura de sondagem, tendo em vista localizar as informações, uma vez que já se tem conhecimento da sua existência. Parte-se do princípio que um capítulo ou tópico trata de assunto que nos interessa, mas pode omitir o aspecto relacionado diretamente com o problema que nos preocupa.
3° - seletiva – visa à seleção das informações mais importantes relacionados com o
problema em questão. A seleção consiste na eliminação do supérfluo e concentração de informações verdadeiramente pertinentes ao nosso problema;
4° - reflexiva – mais profunda que as anteriores, refere-se ao reconhecimento e à avaliação das informações, das intenções e dos propósitos do autor.
5° - crítica – avalia as informações do autor. Implica saber escolher e diferenciar as idéias principais das secundárias, hierarquizando-as pela ordem de importância.
6° - interpretativa – relaciona as afirmações do autor com os problemas para os quais, através de leituras de textos, está-se buscando uma solução. Seleciona-se apenas o que é pertinente e útil, o que contribui para resolver os problemas propostos por quem efetua a leitura.
7° - explicativa – leitura com o intuito de verificar os fundamentos de verdade enfocados pelo autor (geralmente necessária para a redação de fichamentos, monografias, dissertações e teses).
Esta seção pretende orientar como o estudante deve proceder para melhor estudar e absorver os conteúdos e significados de textos. As fases da leitura são importantes, mas são complementadas por outras técnicas: saber como sublinhar e esquematizar é essencial para o aproveitamento da leitura.
De acordo com Ruíz (1993, p. 39) "Sublinhar é uma arte que ajuda a colocar em destaque as idéias mestras, as palavras-chave e pormenores importantes".
Ao sublinhar é preciso estar atento para:
→ A idéia principal (mensagens do autor) → As idéias secundárias (explicações e reforço de suas mensagens)
Para sublinhar adequadamente um texto, sugere-se:
→ Nunca assinalar nada na primeira leitura. → Localizar e sublinhar apenas as idéias principais. → Reconstituir os parágrafos - Cada parágrafo deve ser reconstituído a
partir das palavras sublinhadas e, sua leitura tem de apresentar continuidade, com sentido fluente.
→ As palavras não compreendidas devem ser motivo de consulta aos dicionáríos. Seu sentido deve ser anotado próximo da palavra, no texto.
ESQUEMATIZAR
Para Ruiz (1993, p. 43) "Esquema é o plano, a linha diretriz seguida pelo autor no desenvolvimento de seu escrito; esse plano delimita um tema e estabelece a trajetória básica de sua apresentação, subordinando idéias, selecionando fatos e argumentos".
Um esquema é aquele que representa a hierarquia das idéias contidas em um texto. É a representação gráfica de idéias. Essas idéias são divididas em: idéias principais e secundárias.
Para Barros e Lehfeld (2000) o esquema deve apresentar as seguintes
características:
1. Fidelidade ao original; 2. Estrutura lógica; 3. Flexibilidade e funcionalidade (numa só olhada pode-se ter a idéia clara do
conteúdo esquematizado).
Segundo Neves (2000) o esquema é uma técnica muito útil para fazer uma revisão rápida antes de provas ou de seminários, portanto:
1- Leia o texto todo uma vez e sem interrupções para ter uma compreensão de todo o conteúdo;
2- Leia o texto novamente por parágrafos, subtítulos ou capítulos (a divisão você escolhe de acordo com o tamanho do texto que você precisa estudar);
3- Anote as palavras chaves, as frases que contem os conceitos mais importantes, coisas que ao ler você se lembre do resto do conteúdo.
Os esquemas podem ser apresentados: em chave, numeração progressiva ou gráfico.
O esquema em chave - Como todo esquema, apresenta um título, que expressa a idéia central. A ordenação das idéias obedece à seguinte divisão: idéias principais e seus desdobramentos. As chaves são abertas à medida que as idéias vão sendo encontradas.
Capa Folha de rosto Folha de aprovação Dedicatória
Agradecimentos Epígrafe Resumo Lista de abreviaturas, siglas, figuras umário
O esquema em numeração progressiva - Como o nome sugere, apresenta números distribuídos, geralmente, da seguinte forma:
→ os números usados correspondem às idéias a serem esquematizadas; → as ideias principais (entre elas a central) recebem um número sozinho; → as ideias secundárias possuem um número referente à sua idéia
principal, acrescido de outro que indica a ordem em que aparecem.
1 CONCEITO DE MARKETING
1.1 A Evolução das Definições de Marketing
1.2 A Importância do Marketing para o Varejo
2 DEFINIÇÃO DE VAREJO
2.1 O Surgimento do Varejo no Brasil 2.2 Características Dinâmicas do Varejo 2.2.1 O Ciclo de Vida do Varejo
2.2.2 Principais Formatos de Varejo
3 O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
3.1 Principais Fatores que Influenciam o Comportamento de Compra
3.1.1 Fatores Sociais
3.1.2 Fatores Pessoais
3.1.3 Fatores Psicológicos
4 O SURGIMENTO DAS LOJAS DE CONVENIÊNCIA
4.1 Principais Caré'.cterísticas das Lojas de Conveniência
4.2 Estrutura das Lojas de Conveniência
4.3 Distribuição das Mercadorias nas Lojas de Conveniência
4.4 O Sucesso das Lojas de Conveniência
1 indica a idéia principal
1.1 indica a primeira idéia secundária da principal
1.1.2 indica a segunda idéia secundária da principal 1
2 indica a segunda idéia principal
2.1 indica a primeira idéia secundária da principal 2
2 2.2 indica a segunda idéia secundária da principal 1
2.2.1 indica a primeira subdivisão da idéia secundária 2.2
2.2.2 indica a segunda subdivisão da idéia secundária 2.2
... E assim por diante ...
O esquema em gráfico - Obedece ao mesmo princípio dos outros esquemas: as ideias reduzidas devem estar dispostas logicamente, segundo seus relaciona'mentos no texto,
A apresentação de um esquema em gráfico é de escolha inteiramente pes~oal.
Podemos usar setas, quadros, triângulos, círculos etc. É ne,cessário, no entanto, que tudo seja logicamente organizado e que se mantenha a fidelidade ao texto original. 1)
Em todos os esquemas apresentados, não foram utilizadas frases completas, mas apenas palavras ou expressões. A Norma NBR 6028, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, define resumo como "apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto". Uma apresentação sucinta e compacta, dos pontos mais importantes de um texto.
Para realizar um bom resumo devem-se obedecer as seguintes normas:
→ Selecionar as idéias principais. → Separar os dados essenciais dos secundários. → Não resumir antes de ler, de esclarecer todo o conteúdo, de sublinhar
e fazer anotações na margem do texto. → Desenvolver o assunto com as próprias palavras, de maneira
dissertativa, usando frases curtas. → Não apresentar juízo valorativo ou crítico (com exceção do resumo
crítico) → Não usar numeração como no esquema. → Deve-se usar o verbo na voz passiva e na terceira pessoa do singular.
Quem resume apresenta, com as próprias palavras, os pontos relevantes de um texto, procurando expressar suas idéias essenciais na progressão e no encadeamento em que aparecem.
Os seguintes passos podem ser recomendados:
1. Leia o texto inteiro e tente responder a seguinte pergunta: De que se trata o texto? É preciso compreender o texto e ter uma noção do conjunto antes de fazer o resumo.
2. Releia o texto e tente compreender melhor o significado das palavras difíceis.
Recorra ao dicionário se necessário. Tente identificar o sentido de frases mais complexas. Você pode fazer um glossário do texto para facilitar seu trabalho e agilizar sua leitura.
3. Tente fazer uma segmentação do texto, agrupando idéias que tenham alguma unidade de significação. Se o texto for pequeno, pode dividi-Io em parágrafos; com textos maiores é aconselhável adotar um critério de segmentação mais funcional, a partir de subtítulos.
4. Para finalizar, redija o resumo com suas palavras, procurando condensar e encadear os segmentos na progressão em que sucedem no texto e estabelecendo relações entre eles.
Quanto a sua extensão os resumos devem ter