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DokNr 4750811 Kindernothilfe/ RLA Seite 1 von 5
Termos de Referência
Facilitador Nacional Proteção Infantil (Brasil)
1. Informações de fundo
1.1 A Kindernothilfe
A Kindernothilfe e.V. (KNH) é uma organização não-governamental (ONG) fundada em
1959. A Kindernothilfe coopera com ONGs locais e redes em 30 países na África, Ásia,
América Latina e Europa Oriental para contribuir para a proteção e realização dos direitos de
crianças e adolescentes.
A Kindernothilfe promove aproximadamente 780.000 crianças e adolescentes com programas
e projetos possibilitando as crianças e aos adolescentes em situações de vulnerabilidade
pessoal e social, negligenciados e/ou vitimas de violência oportunidades sustentáveis para
crescer e desenvolver suas potencialidades.
Na Alemanha, Áustria, Suíça e Luxemburgo, a Kindernothilfe implementa ações de
sensibilização, educação e articulação referente as políticas de desenvolvimento e
particularmente com o fim de contribuir para a realização da Convenção das Nações Unidas
sobre os Direitos da Criança.
A Kindernothilfe fundamenta seu trabalho nos valores cristãos. O objetivo de seu trabalho é
um mundo, onde crianças e adolescentes tenham a oportunidade de viver uma vida digna e
possam desfrutar de seus direitos não obstante seu pano de fundo social, econômico, político
ou religioso.
1.2 Reconhecendo o problema de abuso infantil e maus-tratos
O abuso e os maus-tratos1
de crianças, adolescentes e outras pessoas vulneráveis são
problemas no mundo inteiro, existindo tanto em países em desenvolvimento como também
em países industriais. São problemas com raízes profundas em práticas culturais, econômicas
e sociais. Dos 2.2 bilhões de crianças no mundo, 1.9 bilhões (86%) vivem em países em
desenvolvimento. Mais de 98% das crianças em condição de extrema pobreza vivem em tais
países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 10% dos meninos e 20% das
meninas no mundo todo são vítimas de violência sexual ou abuso. Crianças com deficiência
correm um risco duas vezes maior de serem afetados em comparação a crianças sem
deficiência. Além disso, crianças em acolhimento institucional ou em outros regimes
institucionalizados fazem parte do grupo de alto risco. Elas necessitam uma proteção especial.
Os sucessos e as discussões dos últimos anos também mostraram que crianças e adolescentes
em instituições - sejam estatais, privadas ou da igreja - como também crianças e adolescentes
em projetos têm sofrido maus-tratos ou abuso por parte de funcionários, voluntários, doadores,
etc.
A Kindernothilfe reconhece a sua responsabilidade de proteger crianças e adolescentes
apoiados por seus parceiros diante de possíveis riscos que possam surgir dentro de nossa
organização, dentro de organizações sociais e dentro de nossos programas de cooperação.
1.3 Estratégia da Kindernothilfe - Programa de capacitação para organizações sociais
1 Definição da Organização Mundial de Saúde (1999): “O abuso ou maus-tratos infantis consistem em todas as
formas de maus-tratos físico e/ou emocional, abuso sexual, negligência ou tratamento negligente ou exploração
comercial ou qualquer outro tipo de exploração que resultam em danos reais ou potenciais à saúde,
desenvolvimento, sobrevivência ou dignidade no contexto de uma relação de responsabilidade, poder ou
confiança.”
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Com o fim de aumentar nossos esforços para responder a casos de abuso infantil e preveni-lo
dentro de nosso trabalho, a Kindernothilfe associou-se à rede internacional “Keeping Children
Safe Coalition” e segundo os padrões implementados por KCS começou a elaborar uma
Política de Proteção Infantil. Estes padrões também deveriam ser válidos nas Políticas de
Proteção Infantil de nossos parceiros. Nosso propósito comum é fornecer a maior possível
prevenção para as crianças e aos adolescentes em nossos projetos e apoiar as crianças e
adolescentes que sofreram abuso ou maus-tratos.
Todos os nossos parceiros já foram informados sobre o atual processo em andamento. Para
identificar o status quo referente ao tema de proteção infantil em cada organização, os
parceiros foram perguntados mediante um questionário sobre o status quo de seu trabalho. As
respostas ajudaram a KNH a elaborar oficinas específicas de proteção infantil que são
sintonizadas com as necessidades de cada país. A partir do ano 2012 está sendo implementado
um extenso programa de capacitação para familiarizar nossos parceiros com os padrões de
proteção infantil. Eles poderão participar em diferentes oficinas especiais oferecidos ou pela
Kindernothilfe nos países respectivos ou por outras organizações que cooperam com a
“Keeping Children Safe Coalition”. As oficinas da Kindernothilfe serão facilitadas pela
equipe de Proteção Infantil da Kindernothilfe e consistirão em dois módulos.
O sistema de capacitação
O sistema de capacitação consistirá na implementação de duas oficinas de três a quatro dias,
ligadas entre si e baseadas em um processo de assessoria constante para as organizações
sociais.
As oficinas se baseiam no material didático de KCS e serão facilitados por um “facilitador
regional”, responsável pelas oficinas em todos os países da América Latina, e por um
“facilitador nacional” para cada Regional no Brasil (KNH-Brasil SUL, NE, SECO), sendo o
responsável pelo acompanhamento individual de todas as organizações sociais no devido
Regional durante o processo de elaboração e implementação de suas Políticas de Proteção
Infantil.
a) Módulo 1
Dentro da capacitação do Módulo 1 (duração: três dias), os participantes da oficina
conhecerão os elementos e instrumentos principais de um sistema de proteção infantil,
aprendendo mediante exercícios interativos e exemplos práticos. Os participantes começarão a
desenvolver uma Política de Proteção Infantil para sua organização.
Os seguintes conteúdos fazem parte do Módulo 1:
O marco cultural e legal para os direitos da criança e a proteção infantil
Abuso infantil e maus-tratos: Tipos de abuso e maus-tratos, atitudes e valores, definições
Identificação e manejo de riscos
Porque elaborar uma PPI?
Padrões da “Keeping Children Safe Coalition”
Elementos da PPI
Auto-avaliação de organizações (Ferramenta de avaliação auto-aplicada)
Estratégias preventivas (Recursos Humanos, Código de Conduta)
Estratégias preventivas (Padrões de Comunicação)
O sistema de manejo de casos (Atores, funções, processos, proteção de vítimas etc.)
Elaboração de um plano de ação/estratégia de implementação
b) Assessoria individual
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O “facilitador nacional” aconselhará às organizações sociais durante o processo de elaboração
das Políticas de Proteção Infantil. Por conseguinte, conta-se com duas visitas de meio dia de
duração à cada organização parceira. Além disso, os parceiros podem consultar o facilitador
por telefone ou por e-mail.
O objetivo do acompanhamento individual é apoiar e fortalecer os parceiros durante o
processo e esclarecer perguntas específicas ou individuais em relação à elaboração e
implementação da política.
c) Módulo 2
O Módulo 2 (duração: quatro dias), que se implementará aproximadamente seis a nove meses
depois do Módulo 1, analisará em detalhe o desenvolvimento dos diferentes elementos
principais do sistema de proteção infantil. Haverá um foco especial na participação de
crianças e adolescentes nos procedimentos de proteção infantil e outro na introdução de
mecanismos de proteção infantil que se baseiam na comunidade. A equipe de Proteção
Infantil da KNH ainda não terminou a elaboração do conteúdo detalhado do Módulo 2.
Grupo alvo da capacitação
Membros das diretorias/gerência das organizações e coordenadores de programa
1 pessoa por organização
No máximo 30 pessoas por oficina
2. Objetivos das capacitações
Os participantes
conhecem o marco legal dos direitos de crianças e adolescentes e sabem contextualizar a
proteção infantil neste marco e no contexto nacional e local
sabem definir as diferentes formas de abuso e maus-tratos
conhecem estratégias eficientes de prevenção e de manejo de casos
têm a capacidade de elaborar uma PPI para sua própria organização incluindo atores
relevantes
têm a capacidade de pôr em prática a PPI dentro do contexto de sua organização
sabem como fomentar a participação das crianças e adolescentes dentro do sistema de
manejo de casos
O “facilitador nacional”
co-facilita as oficinas de Módulo 1 e 2 em cooperação com o “facilitador regional” em um
país
aplicando a metodologia da Kindernothilfe que se baseia nos padrões de “Keeping
Children Safe”
dá conselhos específicos às organizações sociais (mediante visitas, ligações ou correios
eletrônicos) enquanto elaboram e implementam sua PPI.
3. Requisitos
Exigem-se as seguintes capacidades:
Nível Superior e/ou Mestrado em Pedagogia, Educação, Ciências Sociais, Estudos de
Desenvolvimento ou formação profissional similar
Experiência comprovada em facilitação de oficinas e aplicação de métodos interativos e
participativos
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Bons conhecimentos dos direitos da criança e do adolescente e da temática de proteção
infantil
Bons conhecimentos e experiência na elaboração de informes de monitoramento e
distribuição de informações estruturadas sobre o processo atual em andamento
Experiência no trabalho com crianças e adolescentes é uma vantagem
4. Metodologia e marco temporal
A estrutura e o programa das oficinas serão fornecidos pela Kindernothilfe. A KNH também
porá à disposição um amplo material de trabalho relacionado aos temas aprendidos nas
oficinas (apresentações de PowerPoint, exercícios para o trabalho em grupo, folhas
informativas, etc.).
Durante o ano 2013 são planejadas duas oficinas em cada Regional no Brasil .
País Número de
sócios
Número de
oficinas
Regiões 2013 2014
Brasil
30
participantes
por Oficina,
em cada
Regional.
Duas Oficinas em
cada Regional
(maio e
novembro)
KNH Brasil
Nordeste,
KNH Brasil
Sudeste e Centro
Oeste,
KNH Brasil Sul
I e II
Módulos
Maio e
Novembro
(Recife,
Belo
Horizonte
e Porto
Alegre
A Kindernothilfe colocará à disposição todas as informações sobre as organizações sociais e
seu status quo em relação à elaboração de uma Política de Proteção Infantil como base de um
plano detalhado de ação do “facilitador nacional”.
5. Resultados desejados
Um informe de cada oficina dando informações sobre a motivação, o conhecimento e
desafios de proteção infantil das organizações participantes.
Informações contínuas e informes sobre o status quo das organizações referente à
elaboração de uma Política de Proteção Infantil indicando claramente os êxitos, desafios e
restrições de cada organização parceira.
6. Modo de pagamento
Será acordado um honorário diário entre o “facilitador nacional” e o escritório de KNH-Brasil.
Paga-se por:
dias de oficina, um dia de preparação e um de conclusão para cada oficina;
visitas de monitoramento e consulta às organizações sociais;
dias de viagem, custos de viagem e alojamento.
O honorário será transferido antecipadamente por trimestre baseado no plano de trabalho
detalhando as datas das oficinas, o programa calculado de visitas (dependendo da demanda
das organizações sociais pode modificar) e uma declaração financeira.
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7. Contrato
O devido escritório de KNH Brasil contratará o consultor de forma independente. O contrato
se baseará no plano de trabalho anual e no pressuposto respectivo para o cargo.
Contato: Escritórios de KNH Brasil