Técnica de Construção de Textos para o Vestibular · 2020. 6. 13. · Curso Avançado de Temas...
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Técnica de Construção de Textos para o Vestibular
Mini E-book de orientação dos alunos da Academia do Vestibular para a estruturação da forma e do conteúdo da redação.
2020
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
1
Curso Avançado de Temas de Redação
TÉCNICA DE CONSTRUÇÃO DE TEXTOS
Olá, pessoal. Neste e-book vamos aprender uma
técnica segura e confiável de construção de textos.
Vamos falar sobre forma e conteúdo da redação,
que pode ser treinada e desenvolvida por você
para obter resultados muito satisfatórios no
vestibular.
Este e-book não pretende substituir um curso
completo de redação. Nosso objetivo é trazer aos
alunos uma técnica de composição de textos para
que eles possam melhorar seu desempenho, ou
para que pelo menos tenham uma orientação
básica sobre como proceder na composição de sua
redação.
A importância de se ter uma técnica de confecção
de textos evidencia-se na organização do conteúdo
apresentado, na progressão dos argumentos e na
coerência na exposição das ideias, resultantes da
aplicação da técnica. Uma redação com essas
características acaba recebendo pontuações
maiores do que outra que, mesmo apresentando as
mesmas ideias e/ou argumentos, prescindiu da
aplicação de métodos de produção textual.
Ter um método de produção textual também pode
auxiliar na ocasião de ter de escrever sobre um
tema que não se tem muito conhecimento. Muitas
vezes pode-se obter uma pontuação acima do
esperado simplesmente pelo fato de apresentar
uma redação bem estruturada, mesmo que
insatisfatória sob o ponto de vista dos argumentos
expostos.
É importante dar-se conta de como o examinador
avalia sua redação. Ele não busca uma ideia
espetacular ou totalmente inovadora sobre o tema
proposto, mas apenas um texto organizado, dentro
do tema, com ideias coerentes. Veremos como
fazer isso a seguir.
Então aproveite e bons estudos.
Sumário 1. Brainstorm .......................................................... 2
2. Montagem da estrutura, o “esqueleto”
da redação............................................................2-4
2.1 Parágrafos ...................................................... 3-4
3. Escrita da redação ............................................ 5-7
3.1 Introdução ..................................................... 5-6
3.2 Desenvolvimento ........................................... 6-7
3.3 Conclusão.......................................................7
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
2
“Brainstorm”
O primeiro ponto que abordaremos em nossa
técnica é o chamado brainstorm.
O brainstorm é o primeiro processo mental que
você deve realizar, imediatamente após ter aberto
o caderno de provas e ter lido pela primeira vez o
tema da redação e os textos de apoio.
Ele consiste em anotar, no espaço de rascunho do
caderno, tudo que vem em sua cabeça sobre o
tema proposto. Nesta etapa você não precisa se
preocupar com organização de ideias ou de
argumentos, simplesmente escreva tudo o que
você lembrar sobre o tema, mesmo que de forma
desordenada.
Exemplo de "brainstorm"
Escreva dados, informações, ideias, argumentos
de autoridade, etc., qualquer coisa que surgiu em
sua cabeça e que esteja relacionada ao tema da
redação que você está prestes a fazer. Novamente,
não se preocupe em estabelecer conexões ou
relações entre tudo isso que aparecer.
O brainstorm é isto, é colocar no papel toda
aquela quantidade de informações que seu cérebro
disponibiliza a você naqueles primeiros minutos
de prova.
Ele também é útil para fazer que aqueles primeiros
momentos de prova sejam produtivos. A maioria
de nós fica ansioso(a) e um pouco tenso(a) nesse
período inicial. Nossa cabeça tende a trabalhar de
forma mais desordenada que de costume, e as
ideias surgem de forma mais desorganizada. Com
essa técnica de braimstorm, porém, você terá uma
forma de canalizar esse processo mental de
maneira proveitosa.
O brainstorm não pode durar mais do que os
primeiros 5 minutos de prova, caso contrário você
terá menos tempo nas etapas seguintes de
construção de seu texto.
Montagem da estrutura, o
“esqueleto” da redação
Após o brainstorm, é hora de organizar o
conteúdo para montar a estrutura da redação que
você irá seguir depois, quando começar a
escrever.
Nesta etapa você dará inteligibilidade a esse
emaranhado de informações que acabou de sair de
sua cabeça nesses primeiros 5 minutos.
Você vai analisar tudo que acabou de ser escrito e
iniciará a escolha daquilo que pode servir de
argumentos para sua redação, ao mesmo tempo
em que estabelece relações entre eles, a fim de
poder dar coerência a suas ideias.
Você terá de achar um argumento central, que
responda ao tema proposto, e outros argumentos
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que o corroborem ou estabeleçam com ele
relações coerentes, como causa/consequência por
exemplo. Esse argumento central será a tese de
sua redação. Já os outros argumentos serão o
tópico frasal de cada parágrafo (iremos falar
sobre esses conceitos nos tópicos seguintes).
Nesse processo, busque “encaixar” os outros
elementos de seu brainstorm a esses argumentos.
Por exemplo, um dado ou um conceito pode
complementar certo argumento; uma ideia de
determinado autor serve de exemplo para
fortalecer outro argumento, e assim
sucessivamente. Dessa forma, você vai
“garimpando” todas as informações de seu
brainstorm e dando coerência a elas assim que as
organiza.
Não se preocupe se nesse processo você não
utilizar algumas informações do brainstorm, pois,
dependendo dos argumentos que surgem, é normal
descartar ou deixar de lado algumas informações
durante a composição da estrutura da redação.
Uma boa maneira de organizar a montagem da
estrutura da redação é dividir o espaço de uma das
folhas de rascunho em três partes. A primeira
parte será a introdução; a segunda, o
desenvolvimento; a terceira, a conclusão da
redação. Dentro de cada uma, você pode organizar
as ideias por meio de tópicos, em que estarão os
argumentos, seus complementos e tudo o que você
pretende escrever em cada parágrafo.
Exemplo de estrutura da redação
Parágrafos
Na fase de estrutura da redação, você determinará
a quantidade de parágrafos de seu texto. Um
parágrafo é uma unidade de sentido coerente
dentro de uma estrutura argumentativa. Isso quer
dizer que ele é um componente que contribui para
o entendimento de uma ideia mais geral
estabelecida.
Aqui devemos apresentar três tipos de parágrafo
que devem estar presentes em sua redação:
parágrafo de introdução; parágrafos de
desenvolvimento; parágrafo de conclusão. Em
nosso curso, iremos abordar somente a estrutura
de um texto dissertativo-argumentativo – por
ser tipo de texto mais exigido nos vestibulares.
O parágrafo de introdução tem a função de
(1)apresentar o tema para o leitor e (2)adotar um
determinado posicionamento sobre ele. Assim, a
introdução deve ser dividida em duas partes:
1- Contextualização;
2- Tese.
Na contextualização, você deve introduzir o
assunto e depois abordar o tema proposto de
forma a não tomar partido sobre ele. Aqui você
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ainda está somente apresentando o tema para o
leitor de seu texto.
Na tese, você deve, necessariamente, expor seu
posicionamento pessoal sobre o tema proposto.
O parágrafo de desenvolvimento tem a função
de apresentar um argumento que suporte a tese
contida no parágrafo de introdução (ou que pelo
menos estabeleça relações com a tese, a depender
do tipo de argumentação que você propor em sua
redação).
Um parágrafo de desenvolvimento pode ser
dividido em três partes:
1- Tópico frasal;
2- Desenvolvimento;
3- Exemplo.
O “tópico frasal” nada mais é que a frase em que
conterá o argumento que você selecionou para
falar naquele parágrafo.
O argumento contido no tópico frasal deverá ser
desenvolvido nas frases seguintes, no que
chamamos de “desenvolvimento”.
Por fim, na parte de “exemplo” você pode utilizar
dados, conceitos, autores, ou informações e fatos
pertinentes relacionados à argumentação
desenvolvida no parágrafo, para reforçá-la. O
exemplo não é necessariamente imprescindível,
mas o seu uso é muito recomendável para
fortalecer e reforçar a argumentação do parágrafo.
O parágrafo de conclusão tem a função de
encerrar o seu texto. Por conta disso, deve ser
único, devendo obviamente ser o último parágrafo
de sua redação.
Geralmente, na conclusão retomam-se as ideias
gerais do texto, por meio do uso de outras
expressões, com atenção especial à tese e aos
tópicos frasais dos parágrafos de
desenvolvimento. Falaremos mais sobre o
parágrafo de conclusão na próxima seção.
Ao final do processo de montagem da estrutura da
redação, você terá todo o roteiro de sua redação
pronto. Revise-o para conferir o encadeamento
das ideias e a relevância e a coerência dos
argumentos. Desse modo, você vai dispor de uma
redação organizada e não vai se perder quando
iniciar de fato a confecção do texto.
Atente-se para o tempo gasto nesta tarefa. Ele não
deve passar de 10 minutos, após os 5 minutos do
brainstorm, caso contrário você terá menos tempo
para a etapa seguinte de escrita da redação.
Antes de passarmos para a próxima seção,
gostaríamos de alertar você para a questão do
tempo dispendido nestas etapas iniciais. Em suas
primeiras redações, você certamente irá gastar
mais de 15 minutos. Porém saiba que isso será
normal nas primeiras vezes. Com a prática e o
costume, esse tempo diminuirá, e você conseguirá
fazer tudo em um tempo razoável.
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Fase de Escrita da Redação
Agora que você já fez o brainstorm e terminou a
montagem da estrutura da redação, pode começar
a escrever o rascunho de seu texto. Dizemos
rascunho, pois a maioria dos alunos se sente mais
confortável em iniciar a escrita nas folhas de
rascunho para depois passar o texto final para a
folha oficial de resposta. Nós aconselhamos que
seja feito dessa forma; porém, se você estiver à
vontade e confiante em escrever diretamente na
folha oficial, faça-o. Somente tome cuidado com a
quantidade de rasuras – algumas bancas podem
ser mais rigorosas e tirar pontos por conta da
apresentação do texto, legibilidade, etc.
Nesta seção, vamos ver mais detalhadamente a
construção da introdução, do desenvolvimento e
da conclusão.
Introdução
Como dissemos anteriormente, a introdução deve
conter uma contextualização e uma tese sobre o
tema proposto.
Uma boa forma de estruturar a introdução é iniciar
com frases de contextualização e somente
mencionar a tese na última frase do parágrafo.
Inicie a primeira frase de abertura de sua redação
com uma afirmação geral sobre o assunto
proposto – de preferência uma assertiva com a
qual todos concordam, ou de conhecimento geral.
Aqui você está somente introduzindo o leitor no
assunto ou tema proposto (lembre-se da diferença
entre assunto e tema: o assunto é mais
amplo[meio ambiente, por exemplo]; já o tema é
uma delimitação do assunto[proteção da
Amazônia]).
Por exemplo, suponha que o tema de redação
proposto seja “A importância da proteção da
floresta amazônica”. Sua frase de abertura pode
ser como o exemplo a seguir:
“A Amazônia é um dos biomas com maior
biodiversidade no mundo”.
Após a primeira frase de cunho geral, tente
desenvolver o conteúdo dela para construir a frase
seguinte. Isso pode ser feito para a terceira frase
também. Lembre-se que com isso você estará
introduzindo o leitor de seu texto no tema
proposto, contextualizando o tema. Exemplo:
“De fato, a floresta amazônica detém um conjunto
vastíssimo de espécies de fauna e flora, muitas das
quais nem sequer catalogadas. Nesse contexto, a
proteção da Amazônia tem sido preocupação frequente
tanto dos governos quanto das sociedades da região”.
Nesse processo de contextualização, a partir da
segunda frase você pode tentar direcionar a
informação para o seu viés pessoal sobre ele
(porém lembrando que ainda não é hora de expô-
lo abertamente). Essa é uma tática de “preparar o
terreno” para a exposição de sua tese.
Após as frases de contextualização, mencione sua
tese na frase seguinte. Nesta frase, faça uma
afirmação sobre o tema. Seja claro, direto e
conciso na mensagem. Evite períodos compostos
por subordinação; prefira períodos simples.
Posicione-se claramente sobre o tema proposto,
evitando assim a chamada “fuga do tema”.
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6
Exemplo:
“O Brasil deve fortalecer os mecanismos de proteção
da floresta amazônica por meio da promoção do
desenvolvimento sustentável e da defesa da
biodiversidade”.
Uma boa introdução tem presente essas
características. Com a leitura do parágrafo de
introdução, o examinador de sua redação deve
saber localizar claramente em que frase está sua
tese:
“A Amazônia é um dos biomas com maior
biodiversidade no mundo. De fato, a floresta
amazônica detém um conjunto vastíssimo de espécies
de fauna e flora, muitas das quais nem sequer
catalogadas. Nesse contexto, a proteção da Amazônia
tem sido preocupação frequente tanto dos governos
quanto das sociedades da região. O Brasil deve
fortalecer os mecanismos de proteção da floresta
amazônica por meio da promoção do desenvolvimento
sustentável e da defesa da biodiversidade”.
Por fim, é importante que você use somente uma
frase para a tese, não a desmembre em duas
frases – pois, a depender do examinador, ele pode
ficar confuso e julgar que sua redação apresenta
uma tese fragmentada, e você perderá pontos com
isso.
Desenvolvimento
Agora vamos abordar os parágrafos de
desenvolvimento.
Vimos que esse tipo de parágrafo pode apresentar
três partes:
1-Tópico frasal;
2-Desenvolvimento;
3-Exemplo.
À semelhança da tese na introdução, o tópico
frasal também deve ser apresentado em uma
única frase. Geralmente ela é a primeira frase do
parágrafo, porém há ocasiões em que ela pode
estar na última oração, dependendo da
argumentação adotada.
O tópico frasal em si não encerra a argumentação
do parágrafo. Esta é o conjunto do tópico frasal e
das frases seguintes, as quais têm a função de
desenvolver a ideia contida no tópico frasal. Pode
haver uma, duas ou mais sentenças que
desenvolvam o argumento, além da frase utilizada
para o exemplo, que, como vimos, pode ser a
citação de um dado, a ideia de um
autor(argumento de autoridade), um conceito, etc.
O elemento mais importante do parágrafo é o
tópico frasal, que sempre deve estar presente,
caracterizando seu texto como dissertativo-
argumentativo. Basicamente, um bom parágrafo é
aquele em que o examinador sabe identificar em
qual frase está contida o tópico frasal.
Assim, da mesma forma que a tese na introdução,
o tópico frasal deve ser uma afirmação pessoal
sobre algo. O erro mais comum dos vestibulandos
é fazer um tópico frasal descritivo, que não
apresenta um argumento a ser desenvolvido –
como consequência o parágrafo inteiro passa a ser
descritivo, fazendo que a redação perca a
característica dissertativo-argumentativa, além de
ter prejudicada a capacidade de argumentação.
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
7
Por fim, dissemos que os parágrafos de
desenvolvimento têm a função de apresentar os
argumentos que corroboram e reforçam
determinada tese. Dito isso, podemos depreender
que, se temos dois argumentos para apresentar, a
redação será composta de dois parágrafos de
desenvolvimento; se temos três, de três
parágrafos, e assim por diante. O importante a
entender é que deve existir somente um
argumento por parágrafo. Não deve haver mais
de um argumento no mesmo parágrafo, se isso
ocorrer, você incorrerá em um erro de estrutura e
perderá pontos por isso. Portanto, cuidado ao
desenvolver os argumentos dentro do parágrafo –
pois outro dos erros mais comuns dos
vestibulandos, no processo de argumentação, é
acabar apresentando outro argumento sem querer,
enquanto está tentando desenvolver a ideia
exposta do tópico frasal (por isso a importância do
Brainstorm e da montagem da estrutura da
redação nos primeiros minutos de prova).
Conclusão
Vimos que, na conclusão, as ideias gerais do texto
são retomadas, tendo atenção especial à tese e aos
tópicos frasais dos parágrafos de
desenvolvimento. Isso é feito como se a conclusão
fosse um “resumo” dos pontos mais importantes
de sua redação.
Contudo, uma boa conclusão deve ir além disso.
Ela precisa ser o fechamento dos argumentos do
texto, acrescentando algo a ele.
Esse algo a mais pode ser uma lição a ser tirada
sobre as ideias que já foram expostas. Porém,
lembre-se que, na conclusão, não pode haver
apresentação de novo argumento. Assim cuidado
com a apresentação das ideias na conclusão, pois
algo como uma ressalva que você julga pertinente
apontar, pode ser entendida como novo
argumento, por não ter sido mencionada nos
parágrafos anteriores. Em suma, uma conclusão
não pode ter surpresas para o examinador.
Na conclusão pode-se também fazer advertências
ou uma análise crítica sobre o tema proposto.
Contudo, aqui certos cuidados também devem ser
observados no momento de composição da
conclusão. No caso de fazer advertências, tenha
redobrada atenção para não fazer inferências que
não existiam nos seus argumentos; no caso de
análise crítica, cuidado ao dizer algo que pode ir
contra algum de seus argumentos, além da cautela
em não transformar essa análise em outro
argumento.
[Texto atualizado para o 1º e 2º Semestres 2020]
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
8
SUGESTÕES DE TEMAS
Nesta seção vamos disponibilizar sugestões de
temas de redação para os assuntos abordados em
nosso Curso Avançado de Temas de Redação
[acesse nosso website e saiba mais]. O objetivo é
dar oportunidade aos vestibulandos para praticar
tanto a técnica de construção de textos quanto a
citação dos conteúdos de cada assunto tratado no
curso.
Estes temas foram produzidos de acordo com o
formato exigido pelo Enem. Buscamos priorizar
esse formato por ele ser o único de alcance
nacional.
Aproveitem e bons estudos.
MEIO AMBIENTE
TEMA 1
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
PERSPECTIVAS DE CONSERVAÇÃO
AMBIENTAL NO SÉCULO XXI, apresentando
proposta de conscientização social que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
Estadão(27/11/14)- As temperaturas no Brasil devem
subir, na média, entre 2 e 8 graus até o fim do século,
com elevações mais intensas, primeiramente, no
Centro-Oeste do País, e posteriormente no Norte,
Nordeste e Sudeste. A conclusão é parte de estudos da
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da
República (SAE/PR) e do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI), documentos que foram
divulgados nesta terça-feira, 25.
Brasil responde por mais de 50% da redução global
de emissão de carbono entre 2001 e 2015, diz FAO -
ONU Brasil
A Organização da Nações Unidas para a Alimentação
e a Agricultura (FAO) publicou estimativas que
apontam que o Brasil representa mais de 50% da
redução global de emissões de carbono entre 2001 e
2015. As emissões diminuíram em toda América Latina
e África nos últimos 25 anos, mas ambas as regiões
ainda emitem mais carbono do que absorvem. As
emissões de carbono devido ao desmatamento caíram
25% entre 2001 e 2015, passando de 3,9 para 2,9
gigatoneladas (Gt) por ano.
Folha de São Paulo - Brasil pensa que já fez muito
pelo clima, diz líder de rede de ONGs
Falta orientar nossa economia para um crescimento
de baixo carbono. Desde que se criou a Convenção da
ONU sobre o Clima, em 1992, nossas emissões per
capita são sistematicamente maiores que a média
mundial. A gente se esconde debaixo desse discurso de
que nossa economia é de baixo carbono, quando de
fato não é. Por conta do desmatamento,
historicamente, mas, embora as emissões de
desmatamento estejam caindo, as do setor de energia e
agropecuária vêm subindo. As de energia não pelo
consumo, mas por causa de fontes térmicas usadas nos
últimos anos e pelo aumento do uso de diesel e de
gasolina.
E com relação ao uso de combustíveis fósseis?
É possível reverter a tendência de aumento. Muito
provavelmente em 2015 nós chegaremos a menos de
40% de participação das fontes renováveis. Em
eletricidade, não estamos mais naquele índice de 80%,
mas talvez em 66%, 67% de renováveis, ou seja, um
terço de nossa eletricidade já vem de fontes fósseis,
não renováveis. Estamos colocando hoje 70% do
investimento em fontes fósseis, como se essa fosse a
solução para os nossos problemas de desenvolvimento.
Em 2014 tivemos a queda de 18%, mas no anterior
houve crescimento de 29%.Talvez o mais importante
seja olhar como o desmatamento se comportou nos
últimos anos. Estamos celebrando pequenas reduções
numa taxa que está em torno de 500 mil hectares
[5.000 km²] por ano. Ainda temos mais 7.000 km² de
cerrado sendo destruídos todos os anos. Não dá para
conviver com isso.
Esse desmatamento sequer está associado com
desenvolvimento. É simplesmente uma péssima gestão
de território. E a gente continua celebrando essas
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
9
taxas como as menores da história. Antes, em todas as
conferências, o Brasil ia lá, apresentava a redução das
taxas de desmatamento, e era aquele grande aplauso.
Parecia que o Brasil tinha cumprido o seu papel, nós
tínhamos a boa notícia para o clima. Agora tem de
olhar para a frente, mas continuamos olhando no
retrovisor.
O Brasil sempre deu, do ponto de vista da diplomacia,
muita contribuição, com a proposta de novos
instrumentos, levando ideias inovadoras para a mesa.
Nos últimos anos, não levamos para a mesa nenhuma
novidade naquilo que o governo pretende fazer.
Estamos ainda achando que já fizemos muito. A nossa
matriz energética é muito limpa: 'Já fizemos mais do
que vocês, países desenvolvidos, não venham nos
cobrar." Como se a gente tivesse alguma vantagem
em, a partir de agora, crescer como todo mundo,
aumentando emissões.
TEMA 2
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes
e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
ATIVIDADE EMPRESARIAL NO MEIO RURAL
BRASILEIRO, apresentando proposta de
conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.
O Brasil é o segundo país com a maior cobertura
vegetal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia.
Entretanto, o desmatamento está reduzindo de forma
significativa a cobertura vegetal no território
brasileiro. São aproximadamente 20 mil quilômetros
quadrados de vegetação nativa desmatada por ano em
consequência de derrubadas e incêndios. Esse
processo acarreta vários fatores negativos ao meio
ambiente, entre eles se destacam: perda da
biodiversidade, empobrecimento do solo, emissão de
gás carbônico na atmosfera, alterações climáticas,
erosões, entre outros.
O desmatamento no Brasil ocorre principalmente para
a prática da atividade agropecuária. Porém, a
construção de estradas, hidrelétricas, mineração e o
processo intensivo de urbanização contribuem
significativamente na redução das matas. Conforme
cálculos do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, a
área desmatada na Amazônia até o ano de 2002 era
superior ao tamanho do território francês. Isso se deve
principalmente à extração de madeira e atividade
agropecuária. De acordo com pesquisas do Ministério
do Meio Ambiente, foi constatado que 80% da
extração da madeira na Amazônia ocorrem de forma
ilegal. A Mata Atlântica perdeu aproximadamente
93% da sua cobertura vegetal, restando apenas 7%.
Do território brasileiro, 15% era ocupado pela a Mata
Atlântica. Hoje é considerada a quinta área mais
ameaçada do planeta. O Cerrado, a partir da década
de 1950 intensificou-se o desmatamento em sua área.
Isso ocorreu principalmente pela expansão das
fronteiras agrícolas e políticas públicas para a
ocupação do centro-oeste brasileiro. A intensa
urbanização e as atividades agropecuárias são os
principais responsáveis pelo desmatamento do
Cerrado. Conforme estudos do Ministério do Meio
Ambiente, 67% do bioma sofreu modificação. A
Caatinga teve sua vegetação reduzida pela metade
devido ao desmatamento. São aproximadamente 500
mil hectares devastados por ano.
A busca por um desenvolvimento econômico
imediatista é o principal responsável pelos
desmatamentos no Brasil, desprezando um possível
desenvolvimento social e ecológico. O que futuramente
acarretará problemas em grandes proporções.
http://www.mundoeducacao.com/geografia/desmatame
nto-no-brasil.htm
Desmatamento na Amazônia Legal cai 82% em 10
anos, diz governo. A taxa anual de desmatamento na
área da Amazônia Legal – que abrange os estados do
Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso,
Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins – caiu 82% nos
últimos 10 anos.
Dentro da série histórica de mapeamento, realizada
desde 1988, o ano de 2004 registrou a segunda maior
alta nas taxas de desmatamento da Amazônia Legal,
só menor que em 1995, quando foi desmatada área de
29.059 km².
Impactos sobre a Biodiversidade. Tanto a comunidade
científica internacional quanto governos e entidades
não-governamentais ambientalistas vêm alertando
para a perda da diversidade biológica em todo o
mundo, particularmente nas regiões tropicais. A
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
10
degradação biótica que está afetando o planeta
encontra raízes na condição humana contemporânea,
agravada pelo crescimento explosivo da população
humana e pela distribuição desigual da riqueza. A
perda da diversidade biológica envolve aspectos
sociais, econômicos, culturais e científicos. Em anos
recentes, a intervenção humana em habitats que eram
estáveis aumentou significativamente, gerando perdas
maiores de biodiversidade. Biomas estão sendo
ocupados em diferentes escalas e velocidades:
extensas áreas de vegetação nativa foram devastadas
no Cerrado do Brasil Central, na Caatinga e na Mata
Atlântica.
http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade
-global/impactos
TEMA 3
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
IMPACTOS DA ATUAL ATIVIDADE
ECONÔMICA SOBRE OS RECURSOS
NATURAIS NO SÉCULO XXI, apresentando
proposta de conscientização social que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
Estadão(27/11/14)- As temperaturas no Brasil devem
subir, na média, entre 2 e 8 graus até o fim do século,
com elevações mais intensas, primeiramente, no
Centro-Oeste do País, e posteriormente no Norte,
Nordeste e Sudeste. A conclusão é parte de estudos da
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da
República (SAE/PR) e do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI), documentos que foram
divulgados nesta terça-feira, 25.
Brasil responde por mais de 50% da redução global
de emissão de carbono entre 2001 e 2015, diz FAO -
ONU Brasil
A Organização da Nações Unidas para a Alimentação
e a Agricultura (FAO) publicou estimativas que
apontam que o Brasil representa mais de 50% da
redução global de emissões de carbono entre 2001 e
2015. As emissões diminuíram em toda América Latina
e África nos últimos 25 anos, mas ambas as regiões
ainda emitem mais carbono do que absorvem. As
emissões de carbono devido ao desmatamento caíram
25% entre 2001 e 2015, passando de 3,9 para 2,9
gigatoneladas (Gt) por ano.
Folha de São Paulo - Brasil pensa que já fez muito
pelo clima, diz líder de rede de ONGs
Falta orientar nossa economia para um crescimento
de baixo carbono. Desde que se criou a Convenção da
ONU sobre o Clima, em 1992, nossas emissões per
capita são sistematicamente maiores que a média
mundial. A gente se esconde debaixo desse discurso de
que nossa economia é de baixo carbono, quando de
fato não é. Por conta do desmatamento,
historicamente, mas, embora as emissões de
desmatamento estejam caindo, as do setor de energia e
agropecuária vêm subindo. As de energia não pelo
consumo, mas por causa de fontes térmicas usadas nos
últimos anos e pelo aumento do uso de diesel e de
gasolina.
E com relação ao uso de combustíveis fósseis?
É possível reverter a tendência de aumento. Muito
provavelmente em 2015 nós chegaremos a menos de
40% de participação das fontes renováveis. Em
eletricidade, não estamos mais naquele índice de 80%,
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mas talvez em 66%, 67% de renováveis, ou seja, um
terço de nossa eletricidade já vem de fontes fósseis,
não renováveis. Estamos colocando hoje 70% do
investimento em fontes fósseis, como se essa fosse a
solução para os nossos problemas de desenvolvimento.
Em 2014 tivemos a queda de 18%, mas no anterior
houve crescimento de 29%.Talvez o mais importante
seja olhar como o desmatamento se comportou nos
últimos anos. Estamos celebrando pequenas reduções
numa taxa que está em torno de 500 mil hectares
[5.000 km²] por ano. Ainda temos mais 7.000 km² de
cerrado sendo destruídos todos os anos. Não dá para
conviver com isso.
Esse desmatamento sequer está associado com
desenvolvimento. É simplesmente uma péssima gestão
de território. E a gente continua celebrando essas
taxas como as menores da história. Antes, em todas as
conferências, o Brasil ia lá, apresentava a redução das
taxas de desmatamento, e era aquele grande aplauso.
Parecia que o Brasil tinha cumprido o seu papel, nós
tínhamos a boa notícia para o clima. Agora tem de
olhar para a frente, mas continuamos olhando no
retrovisor.
O Brasil sempre deu, do ponto de vista da diplomacia,
muita contribuição, com a proposta de novos
instrumentos, levando ideias inovadoras para a mesa.
Nos últimos anos, não levamos para a mesa nenhuma
novidade naquilo que o governo pretende fazer.
Estamos ainda achando que já fizemos muito. A nossa
matriz energética é muito limpa: 'Já fizemos mais do
que vocês, países desenvolvidos, não venham nos
cobrar." Como se a gente tivesse alguma vantagem
em, a partir de agora, crescer como todo mundo,
aumentando emissões.
DEMOCRACIA NO BRASIL
TEMA
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A
CRISE POLÍTICA NO BRASIL E A
CORRUPÇÃO NACIONAL, apresentando proposta
de conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
O bom das democracias ocidentais é que elas possuem
garantias institucionais destinadas a renovar o
Governo dentro de prazos definidos pela via
constitucional. Se um presidente ou um primeiro-
ministro fracassam em sua gestão, ele ou seu partido
pagarão o preço nas eleições seguintes. Enquanto
isso, têm o direito e o dever de governar. Mais do que
isso: um país não pode viver em um estado
permanente de campanha eleitoral. E não deve se
pautar conforme as oscilações das pesquisas sobre
popularidade.
Há hoje 61% de brasileiros para os quais a presidenta
deve ser destituída? De fato. Mas certamente em 1978
era muito maior o percentual de norte-americanos que
gostariam de ver o então presidente Jimmy Carter
pelas costas, no contexto de uma crise econômica e
energética não muito diferente da que vive hoje o
Brasil. E esperaram. Foram às urnas em 1980, quando
cabia, tiraram-no e escolheram Ronald Reagan por
uma esmagadora maioria.
...Naquele fatídico ano(1964), um destacado jornal do
Rio exigia em sua capa um “governo definitivo,
apartidário e democrata”. “Não podem ser adiadas as
medidas excepcionais reclamadas pela
excepcionalidade da situação”, proclamava. Logo
veio o golpe militar. O Brasil entrou em uma das
etapas mais sombrias da sua história. As massas que
apoiavam o golpe se atribuíam a representação do
sentimento majoritário.
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/11/opinion
Vivemos uma crise política no Brasil? Talvez sim,
dependendo do que entendemos por crise. Mas isto
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
12
que reincidentemente nomeamos por “crise”, por
vezes é apenas a manifestação de nossa incapacidade
de definirmos o espaço político no qual habitamos,
que rapidamente passou a ser múltiplo, contingente e
não-universal. E nestes deslocamentos
contemporâneos de significação, como escreveu
Ernesto Laclau, os tensionamentos em torno da
corrupção são a expressão de um dos tantos
antagonismos deste campo político e, muito menos,
indicativo de uma patologização da política ou da
democracia. Pois, de fato, apologias à corrupção em
nossa cultura política podem revelar um certo
saudosismo daqueles tempos que a Política era “boa”
e para poucos.
http://www.espacoacademico.com.br
“voto não muda nada... se voto mudasse alguma coisa,
seria proibido, certeza” – Renan Baldi, 16 anos,
estudante, em manifestação contra a realização da
Copa do Mundo no Brasil.
RACISMO NO BRASIL
TEMA 1
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
RACISMO NO BRASIL: ATUALIDADE OU
COISA DO PASSADO, apresentando proposta de
conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
“ Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de
sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem
aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” -
Nelson Mandela
“O médico baiano Nina Rodrigues (1862-1906), por
seu turno, segundo Carlos Alberto Medeiros,
representa uma corrente racista mais radical,... Sua
visão pessimista sobre a composição racial brasileira
era apoiada no conceito de degeneração de Agassiz e
Gobineau, considerando o mestiço como um
degenerado físico e o negro como um dos fatores de
nossa inferioridade como povo. Opunha-se à ideia de
branqueamento, segundo a qual a miscigenação
levaria naturalmente a uma raça branca, pois achava
que a mistura racial apenas ajudaria na eliminação do
sangue branco na sociedade brasileira. Acreditava
que a responsabilidade penal das raças inferiores não
podia ser tratada como igual ou equivalente a das
raças brancas civilizadas, isto porque, segundo ele, as
características raciais inatas afetavam o
comportamento social e deveriam ser levadas em
conta por legisladores e autoridades policiais” -
Racismo e teorias raciais no século XIX: Principais
noções e balanço historiográfico, Flávio Raimundo
Giarola.
“Constituição de 1824: Dos Cidadãos Brazileiros. Art.
6. São Cidadãos Brazileiros
I.Os que no Brazil tiverem nascido, quer sejam
ingenuos, ou libertos, ainda que o pai seja
estrangeiro,”
TEMA 2
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O
LEGADO DA ESCRAVIDÃO E O
PRECONCEITO CONTRA NEGROS NO
BRASIL, apresentando proposta de conscientização
social que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
(UNESP 2015)
O Brasil era o último país do mundo ocidental a
eliminar a escravidão! Para a maioria dos
parlamentares, que se tinham empenhado pela
abolição, a questão estava encerrada. Os ex-escravos
foram abandonados à sua própria sorte. Caberia a
eles, daí por diante, converter sua emancipação em
realidade. Se a lei lhes garantia o status jurídico de
homens livres, ela não lhes fornecia meios para tornar
sua liberdade efetiva. A igualdade jurídica não era
suficiente para eliminar as enormes distâncias sociais
e os preconceitos que mais de trezentos anos de
cativeiro haviam criado. A Lei Áurea abolia a
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
13
escravidão mas não seu legado. Trezentos anos de
opressão não se eliminam com uma penada. A
abolição foi apenas o primeiro passo na direção da
emancipação do negro. Nem por isso deixou de ser
uma conquista, se bem que de efeito limitado.
(Emília Viotti da Costa. A abolição, 2008.)
O Instituto Ethos, em parceria com outras entidades,
divulgou um estudo sobre a participação do negro nas
500 maiores empresas do país. E lamentou, com os
jornais, o fato de que 27% delas não souberam
responder quantos negros havia em cada nível
funcional. Esse dado foi divulgado como indício de
que, no Brasil, existe racismo. Um paradoxo. Quase
um terço das empresas demonstra a entidades
seriíssimas que “cor” ou “raça” não são filtros em
seus departamentos de RH e, exatamente por essa
razão, as empresas passam a ser suspeitas de racismo.
Elas são acusadas por aquilo que as absolve. Tempos
perigosos, em que pessoas, com ótimas intenções, não
percebem que talvez estejam jogando no lixo o nosso
maior patrimônio: a ausência de ódio racial.
Há toda uma gama de historiadores sérios, dedicados
e igualmente bem-intencionados, que estudam a
escravidão e se deparam com esta mesma
constatação: nossa riqueza é esta, a tolerância. Nada
escamoteiam: bem documentados, mostram os
horrores da escravidão, mas atestam que, não a cor,
mas a condição econômica é que explica a
manutenção de um indivíduo na pobreza. […]. Hoje,
se a maior parte dos pobres é de negros, isso não se
deve à cor da pele. Com uma melhor distribuição de
renda, a condição do negro vai melhorar
acentuadamente. Porque, aqui, cor não é uma questão.
(Ali Kamel. “Não somos racistas”.
www.oglobo.com.br, 09.12.2003.)
Qualquer estudo sobre o racismo no Brasil deve
começar por notar que, aqui, o racismo é um tabu. De
fato, os brasileiros imaginam que vivem numa
sociedade onde não há discriminação racial. Essa é
uma fonte de orgulho nacional, e serve, no nosso
confronto e comparação com outras nações, como
prova inconteste de nosso status de povo civilizado.
(Antonio Sérgio Alfredo Guimarães. Racismo e anti-
racismo no Brasil, 1999. Adaptado.)
Na ausência de uma política discriminatória oficial,
estamos envoltos no país de uma “boa consciência”,
que nega o preconceito ou o reconhece como mais
brando. Afirma-se de modo genérico e sem
questionamento uma certa harmonia racial e joga-se
para o plano pessoal os possíveis conflitos. Essa é sem
dúvida uma maneira problemática
de lidar com o tema: ora ele se torna inexistente, ora
aparece na roupa de alguém outro.
É só dessa maneira que podemos explicar os
resultados de uma pesquisa realizada em 1988, em
São Paulo, na qual 97% dos entrevistados afirmaram
não ter preconceito e 98% dos mesmos entrevistados
disseram conhecer outras pessoas que tinham, sim,
preconceito. Ao mesmo tempo, quando inquiridos
sobre o grau de relação com aqueles que
consideravam racistas, os entrevistados apontavam
com frequência parentes próximos, namorados e
amigos íntimos. Todo brasileiro parece se sentir,
portanto, como uma ilha de democracia racial,
cercado de racistas por todos os lados. (Lilia Moritz
Schwarcz. Nem preto nem branco, muito pelo
contrário,)
TEMA 3
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A
PERMANÊNCIA DA EXCLUSÃO SOCIAL DA
POPULAÇÃO AFRODESCENDENTE NO
BRASIL, apresentando proposta de conscientização
social que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
O Brasil era o último país do mundo ocidental a
eliminar a escravidão! Para a maioria dos
parlamentares, que se tinham empenhado pela
abolição, a questão estava encerrada. Os ex-escravos
foram abandonados à sua própria sorte. Caberia a
eles, daí por diante, converter sua emancipação em
realidade. Se a lei lhes garantia o status jurídico de
homens livres, ela não lhes fornecia meios para tornar
sua liberdade efetiva. A igualdade jurídica não era
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
14
suficiente para eliminar as enormes distâncias sociais
e os preconceitos que mais de trezentos anos de
cativeiro haviam criado. A Lei Áurea abolia a
escravidão mas não seu legado. Trezentos anos de
opressão não se eliminam com uma penada. A
abolição foi apenas o primeiro passo na direção da
emancipação do negro. Nem por isso deixou de ser
uma conquista, se bem que de efeito limitado.
(Emília Viotti da Costa. A abolição, 2008.)
É só dessa maneira que podemos explicar os
resultados de uma pesquisa realizada em 1988, em
São Paulo, na qual 97% dos entrevistados afirmaram
não ter preconceito e 98% dos mesmos entrevistados
disseram conhecer outras pessoas que tinham, sim,
preconceito. Ao mesmo tempo, quando inquiridos
sobre o grau de relação com aqueles que
consideravam racistas, os entrevistados apontavam
com frequência parentes próximos, namorados e
amigos íntimos. Todo brasileiro parece se sentir,
portanto, como uma ilha de democracia racial,
cercado de racistas por todos os lados. (Lilia Moritz
Schwarcz. Nem preto nem branco, muito pelo
contrário,
“ Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de
sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem
aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” -
Nelson Mandela
“O médico baiano Nina Rodrigues (1862-1906), por
seu turno, segundo Carlos Alberto Medeiros,
representa uma corrente racista mais radical,... Sua
visão pessimista sobre a composição racial brasileira
era apoiada no conceito de degeneração de Agassiz e
Gobineau, considerando o mestiço como um
degenerado físico e o negro como um dos fatores de
nossa inferioridade como povo. Opunha-se à ideia de
branqueamento, segundo a qual a miscigenação
levaria naturalmente a uma raça branca, pois achava
que a mistura racial apenas ajudaria na eliminação do
sangue branco na sociedade brasileira. Acreditava
que a responsabilidade penal das raças inferiores não
podia ser tratada como igual ou equivalente a das
raças brancas civilizadas, isto porque, segundo ele, as
características raciais inatas afetavam o
comportamento social e deveriam ser levadas em
conta por legisladores e autoridades policiais” -
Racismo e teorias raciais no século XIX: Principais
noções e balanço historiográfico, Flávio Raimundo
Giarola.
“Constituição de 1824: Dos Cidadãos Brazileiros. Art.
6. São Cidadãos Brazileiros
I. Os que no Brazil tiverem nascido, quer sejam
ingenuos, ou libertos, ainda que o pai seja
estrangeiro,”
Em relatório publicado em março de 2016,
especialistas da ONU concluíram que cerca de 23 mil
jovens negros morrem por ano no Brasil, muitos dos
quais são vítimas de violência pelo Estado. O cenário
evidencia ‘dimensão racial da violência’, que
movimentos sociais descrevem como ‘genocídio da
juventude negra’. No Brasil, os negros respondem por
75% da população carcerária e por 70,8% dos 16,2
milhões de brasileiros vivendo na extrema pobreza.
Mesmo após 20 anos de políticas públicas e ações
específicas voltadas para os afrodescendentes, o
Brasil ainda “fracassa” em combater a discriminação,
a exclusão e a miséria historicamente enraizadas –
que acometem, particularmente, os moradores de
favelas, periferias e em comunidades quilombolas.
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
15
ECONOMIA E
DESENVOLVIMENTO
TEMA1
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A
INDÚSTRIA NO BRASIL E O
DESENVOLVIMENTO NACIONAL NO
SÉCULO XXI, apresentando proposta de
conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Recuo da participação da indústria do país no PIB só
é menor que na Polônia. Valor Econômico
No terceiro trimestre a contribuição da indústria de
transformação foi positiva para o Produto Interno
Bruto (PIB), com alta de 0,7% em relação ao trimestre
anterior. No acumulado dos três trimestres do ano,
porém, esse setor ainda apresenta queda, de 3,3% em
relação aos mesmos trimestres de 2013. O recuo da
indústria de transformação, na verdade, vem se
agravando. Nas últimas três décadas, as principais
economias do mundo sofreram um processo de queda
de participação da indústria de transformação no
Produto Interno Bruto (PIB). O Brasil, porém, teve
perda maior que a média.
Um levantamento das 22 economias mais importantes
mostra que de 1982 a 2012 a fatia da indústria de
transformação brasileira no PIB recuou 12,7 pontos
percentuais. Entre os 22 países, a perda do Brasil só
não foi maior que a da Polônia, cuja indústria de
transformação recuou 13,6 pontos percentuais em
igual período. As informações são de levantamento do
departamento de competitividade da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na década
mais recente abarcada pelo estudo, de 2002 a 2012, o
recuo da indústria de transformação brasileira foi de
3,9 pontos percentuais. Dentro do universo dos 22
países analisados no estudo da Fiesp, a perda foi de 2
pontos percentuais. Na média dos nove países
desenvolvidos que fazem parte da amostra, a queda foi
de 1,8 ponto percentual. Nos 13 países em
desenvolvimento, o recuo foi de 2,1 pontos
percentuais, sempre no mesmo período.
José Ricardo Roriz Coelho, diretor de competitividade
da Fiesp, destaca que o levantamento mostra como o
desenvolvimento da indústria de transformação é
crucial para o crescimento econômico dos países no
longo prazo. Segundo o estudo, entre 1992 e 2002 os
países em desenvolvimento contemplados tiveram
crescimento de PIB médio de 3,64% ao ano. Os países
que superaram essa taxa tiveram crescimento
industrial médio de 7,4% ao ano. Os países que
cresceram abaixo tiveram expansão industrial de
2,04% ao ano, em média.
Participação da indústria no PIB recua aos anos JK
Fatia caiu para 14,6%, pouco acima do nível
observado em 1956, primeiro ano do governo
Juscelino Kubitschek. Ministério aponta
"desintegração de elos da cadeia industrial" e diz que
câmbio mina medidas de apoio
A participação da indústria no PIB (Produto Interno
Bruto) brasileiro recuou aos níveis de 1956, ano em
que o presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976)
deu impulso à industrialização do país ao lançar seu
Plano de Metas, que prometia fazer o Brasil avançar
"50 anos em 5".
Desde então, jamais a fatia da indústria manufatureira
do país na formação do PIB havia alcançado nível tão
baixo quanto o apurado em 2011. No ano passado, a
indústria de transformação -que compreende a longa
cadeia industrial que transforma matéria-prima em
bens de consumo ou em itens usados por outras
indústrias- representou apenas 14,6% do PIB.
Patamar menor só em 1956, quando a indústria
respondeu por 13,8% do PIB. De lá para cá, a
indústria se diversificou, mas seu peso relativo
diminuiu. O auge da contribuição da indústria para a
geração de riquezas no país ocorreu em 1985: 27,2%
do PIB. Desde então, tem caído.
TEMA 2
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
16
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O
PARADOXO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO
COM A PERSISTÊNCIA DA DESIGUALDADE
NO BRASIL, apresentando proposta de
conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Se considerarmos os dados históricos para o Índice de
Gini do Brasil, podemos ver que, a partir da década de
1990, sobretudo na entrada dos anos 2000, iniciou-se
um acentuado processo de melhoria de seus números,
que se encontram cada vez mais reduzidos.
No entanto, essa melhoria é relativa, pois, se
considerarmos a divisão territorial do trabalho entre o
campo e a cidade, a diferença dos valores é gritante.
No ano de 2010, segundo dados do Instituto de
Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), o Índice de
Gini no meio rural brasileiro era de 0,727, ao passo
que o mesmo dado geral para o país era de 0,533, o
que evidencia, também, a questão da concentração
fundiária.
Também convém analisar os valores do índice de Gini
no mundo, bem como a inserção do Brasil nesse
panorama. Todavia, é complicada a realização de uma
comparação global desse dado, pois não há
informações sobre ele em muitos países existentes. De
toda forma, apesar dos recentes avanços, o Índice de
Gini do Brasil é um dos piores do mundo, muito
distante dos primeiros colocados, como Hungria
(0,244), Dinamarca (0,247) e Japão (0,249). Entre os
127 países analisados, o Brasil encontra-se na
incômoda 120ª posição conforme dados do Banco
Mundial, embora apresente perspectivas de evolução.
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/indice-
gini.htm
Recuo da participação da indústria do país no PIB só
é menor que na Polônia. Valor Econômico
Um levantamento das 22 economias mais importantes
mostra que de 1982 a 2012 a fatia da indústria de
transformação brasileira no PIB recuou 12,7 pontos
percentuais. Entre os 22 países, a perda do Brasil só
não foi maior que a da Polônia, cuja indústria de
transformação recuou 13,6 pontos percentuais em
igual período. As informações são de levantamento do
departamento de competitividade da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na década
mais recente abarcada pelo estudo, de 2002 a 2012, o
recuo da indústria de transformação brasileira foi de
3,9 pontos percentuais. Dentro do universo dos 22
países analisados no estudo da Fiesp, a perda foi de 2
pontos percentuais. Na média dos nove países
desenvolvidos que fazem parte da amostra, a queda foi
de 1,8 ponto percentual. Nos 13 países em
desenvolvimento, o recuo foi de 2,1 pontos
percentuais, sempre no mesmo período.
LITERATURA E NACIONALIDADE
TEMA1
Mas adiante você fala em “apertado dilema:
nacionalismo ou universalismo. O nacionalismo
convém às massas, o universalismo convém às elites”.
Tudo errado. Primeiro: não existe essa oposição. O
que há é mau nacionalismo: o Brasil pros brasileiros
— ou regionalismo exótico. Nacionalismo quer
simplesmente dizer: ser nacional. O que mais
simplesmente ainda significa: Ser. Ninguém que seja
verdadeiramente, isto é, viva, se relacione com seu
passado, com suas necessidades imediatas práticas e
espirituais, se relacione com o meio e com a terra,
com a família etc., ninguém que seja verdadeiramente,
deixará de ser nacional.
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
17
(...)
E agora reflita bem no que eu cantei no final do
“Noturno” e você compreenderá a grandeza desse
nacionalismo universalista que eu prego. De que
maneira nós podemos concorrer pra grandeza da
humanidade?
É sendo franceses ou alemães? Não, porque isto já
está na civilização. O nosso contingente tem de ser
brasileiro.
O dia em que formos inteiramente brasileiros e só
brasileiros a humanidade estará rica de mais uma
raça, rica duma nova combinação de qualidades
humanas. As raças são acordes musicais. Um é
elegante, discreto, cético.
Outro é lírico, sentimental, místico e desordenado.
Outro é áspero, sensual, cheio de lembranças. Outro é
tímido, humorista e hipócrita. Quando realizarmos o
nosso acorde, então seremos usados na harmonia da
civilização. Nós só seremos civilizados em relação às
civilizações o dia em que criarmos o ideal, a
orientação brasileira. Então passaremos da fase do
mimetismo pra fase da criação. Então seremos
universais, porque nacionais.
Mário de Andrade. Carta a Carlos Drummond de
Andrade, 1924.
[...] À época da colonização, é bem provável que o
brasileiro comece a surgir e a reconhecer-se a si
próprio mais pela percepção de estranheza que
provoca no lusitano, do que por sua identificação
como membro das comunidades socioculturais novas,
porventura também porque desejoso de remarcar sua
diferença e superioridade frente aos indígenas. [...]
O primeiro brasileiro consciente de si foi, talvez, o
mameluco, esse brasilíndio mestiço na carne e no
espírito, que, não podendo identificar-se com os que
foram seus ancestrais americanos — que ele
desprezava —, nem com os europeus — que o
desprezavam —, e sendo objeto de mofa dos reinóis e
dos luso-nativos, via-se condenado à pretensão de ser
o que não era nem existia: o brasileiro.
Através dessas oposições e de um persistente esforço
de elaboração de sua própria imagem e consciência
como correspondentes a uma entidade étnico-cultural
nova, é que surge, pouco a pouco, e ganha corpo a
brasilianidade. [...]
Darcy Ribeiro. O povo brasileiro: a formação e o
sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
1995, p. 127-128.
[...] Quando se fez a propaganda republicana, julgou-
se, é certo, introduzir, com o novo regime, um sistema
mais acorde com as supostas aspirações da
nacionalidade: o país ia viver finalmente por si, sem
precisar exibir, só na América, formas políticas
caprichosas e antiquadas; na realidade, porém, foi
ainda um incitamento negador o que animou os
propagandistas: o Brasil devia entrar em novo rumo,
porque "se envergonhava" de si mesmo, de sua
realidade biológica. Aqueles que pugnaram por uma
vida nova representavam, talvez, ainda mais do que
seus antecessores, a ideia de que o país não pode
crescer pelas suas próprias forças naturais: deve
formar-se de fora para dentro, deve merecer a
aprovação dos outros. [...]
Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. Rio de
Janeiro: José Olympio Editora, 1984. 18.ª ed., p. 125.
Nenhuma sociedade, acredito, pode se compreender,
sem levar em conta seu passado. – Maria Lúcia
Pallares-Burke (em entrevista concedida ao jornal O
Globo, caderno Prosa e Verso)
A partir das ideias dos textos mencionados e dos
conhecimentos adquiridos durante sua formação, redija
um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:
“A importância do patriotismo: o sentimento de
pertencimento a uma nação pode ajudar ou
atrapalhar o tratamento dos problemas e o
desenvolvimento da sociedade brasileira?”
Curso Avançado de Temas de Redação – Técnica de Construção de Textos 2020
18
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