TCC_Final_Elison.pdf

51
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Curso de Engenharia Civil SISTEMA CONSTRUTIVO DE PAREDE DE CONCRETO UTILIZANDO FORMA DE ALUMÍNIO EM EDIFICIOS VOLTADOS PARA HABITAÇÃO POPULAR ELISON ANDERSON LOPES LOIOLA SOBRAL CE, 2013

Transcript of TCC_Final_Elison.pdf

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARA

    Centro de Cincias Exatas e Tecnolgicas

    Curso de Engenharia Civil

    SISTEMA CONSTRUTIVO DE PAREDE DE CONCRETO UTILIZANDO

    FORMA DE ALUMNIO EM EDIFICIOS VOLTADOS PARA

    HABITAO POPULAR

    ELISON ANDERSON LOPES LOIOLA

    SOBRAL CE, 2013

  • Elison Anderson Lopes Loiola

    SISTEMA CONSTRUTIVO DE PAREDE DE CONCRETO UTILIZANDO

    FORMA DE ALUMNIO EM EDIFICIOS VOLTADOS PARA

    HABITAO POPULAR

    Monografia apresentada para obteno dos crditos

    da disciplina Trabalho de Concluso de Curso do

    Centro de Cincias Tecnolgicas da Universidade

    Estadual Vale do Acara, como parte das

    exigncias para graduao no curso de Engenharia

    Civil.

    Orientadora: Aldecira Gadelha Digenes, Mestra.

    SOBRAL CE, 2013

  • Elison Anderson Lopes Loiola

    SISTEMA CONSTRUTIVO DE PAREDE DE CONCRETO UTILIZANDO FORMA DE

    ALUMNIO EM EDIFICIOS VOLTADOS PARA HABITAO POPULAR

    Monografia apresentada Universidade Estadual Vale do Acara como requisito parcial para a

    obteno do ttulo de bacharel em Engenharia Civil sob a orientao da Profa. Aldecira

    Gadelha Digenes, Mestra.

    Monografia aprovada em: 18/12/2013 s 15h00mim.

    Banca Examinadora:

    ___________________________________________________

    Prof. Aldecira Gadelha Digenes, M. Orientadora

    Universidade Estadual Vale do Acara UVA

    ____________________________________________________

    Prof. Ricardo Jos Carvalho Silva, Dr. Examinador

    Universidade Estadual Vale do Acara UVA

    ____________________________________________________

    Prof. Juscelino Chaves Sales, M. Examinador

    Universidade Estadual Vale do Acara UVA

    ____________________________________________________

    Prof. Audelis de Oliveira Marcelo Junior, M. Examinador

    Universidade Estadual Vale do Acara UVA

  • Dedico este trabalho a minha me Joaquina Moreira

    Lopes, pea de grande importncia para o que sou

    hoje.

    E ao meu irmo Edson Aquino Lopes Loiola, pois

    ele me ajudou muito durante esse tempo de

    faculdade.

  • AGRADECIMENTOS

    Jesus Cristo, meu amigo, que sempre esteve ao meu lado, ensinando-me a cada dia ser

    perseverante e paciente nos momentos cruciais de minha vida.

    A minha me, Joaquina, pelo o amor, dedicao e confiana constante em meu carter. Alm

    da pacincia que sempre tiveram para comigo desde o primeiro dia de minha vida.

    Ao meu irmo, Edson Aquino, por ter sido um constante amigo nas horas em que mais

    precisava.

    A todos os colegas do curso pelos bons momentos compartilhados, companheirismos e pelas

    tenses dividas.

    A minha orientadora e professora Aldecira Gadelha Digenes pela pacincia, ateno e o tempo

    que se dedicou a mim para a realizao deste Trabalho de Concluso de Curso.

    Consegui apoio dos Engenheiros e amigos estagirios que trabalham na construo, sendo

    muito importante na confeco deste trabalho e na elaborao de um estudo de caso.

  • No se iluda, pois s atingir o pico da montanha se estiver decidido a enfrentar o esforo da caminhada.

    (William Douglas)

  • RESUMO

    O presente trabalho tem como objetivo analisar o sistema construtivo de formas de alumnio

    utilizado na execuo de paredes de concreto em edifcios voltados para o programa

    habitacional Minha Casa, Minha Vida. Esse sistema construtivo de parede de concreto

    muito vantajoso em termo de economia, qualidade do servio e evita desperdcio de materiais.

    Os primeiros pases que adotar foram Colmbia, Chile e Mxico, pois o sistema de parede de

    concreto apresenta vantagens no custo e na velocidade de execuo, tendo assim despertado

    nos construtores seu interesse em apostar nesse sistema que hoje vem predominando no

    mercado habitacional popular. A pesquisa tem como foco o estudo de caso a qual se analisou o

    sistema construtivo de parede de concreto utilizado pela construtora Direcional Engenharia

    S/A, na cidade de Sobral Ce, onde foram apresentados os elementos que fazem parte do

    sistema em estudo: os mtodos construtivos e as sequncias da montagem na obra. Ainda, se

    observou que o sistema mostrou vantagens em sua utilizao.

    Palavras-chave: Parede de concreto, formas de alumnio, habitao popular.

  • ABSTRACT

    This study aims to analyze the constructive system of aluminum forms used in the

    implementation of concrete walls in buildings facing the housing program "My House, My

    Life" . This structural system of concrete wall is very advantageous in terms of savings, service

    quality and avoids wastage of materials. The first countries to adopt were Colombia, Chile and

    Mexico, because the concrete wall system has advantages in cost and speed of execution, and

    thus aroused the builders interest in investing in this system that has prevailed in today's

    popular housing market. The research focuses on the case study which examined the

    constructive system used by the concrete wall construction Directional Engineering S / A, in

    the city of Sobral - Ce, where the elements that are part of the system under study were

    presented: the construction methods and sequences of assembly on-site. Still, it was observed

    that the system showed advantages in its use

    Keywords: concrete wall, formwork, aluminum housing.

  • SUMRIO

    1. INTRODUO .................................................................................................................. 13

    1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 14

    1.1.1 Geral .................................................................................................................... 14

    1.1.2 Objetivos Especficos .......................................................................................... 14

    1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 15

    1.3 METODOLOGIA ............................................................................................................ 15

    1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 15

    2 FUNDAMENTAO TERICA ..................................................................................... 17

    2.1 Histrico do concreto ....................................................................................................... 17

    2.2 Concreto pr-moldado .................................................................................................... 20

    2.3 Sistema construtivo de parede de concreto armado ...................................................... 20

    2.3.1 Caractersticas .................................................................................................... .20

    2.3.2 Projeto .............................................................................................................20

    2.3.3 Materiais ............................................................................................................. 22

    2.3.4 Transporte ........................................................................................................... 24

    2.3.5 Aplicao ............................................................................................................ 24

    2.3.6 Adensamento ...................................................................................................... 25

    2.3.7 Formas ................................................................................................................. 26

    2.3.7.1 Formas metlicas ................................................................................ 27

    2.3.7.2 Formas mistas ..................................................................................... 27

    2.3.7.3 Formas plsticas ................................................................................. 27

    2.3.8 Desempenho do sistema ...................................................................................... 28

    2.3.8.1 Desempenho trmico .......................................................................... 29

    2.3.8.2 Desempenho acstico ......................................................................... 29

    3 ESTUDO DE CASO ........................................................................................................... 30

    3.1 Processo construtivo ........................................................................................................ 30

    4 CONCLUSO ..................................................................................................................... 48

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................................ 49

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Joseph-Louis Lambot, e o prottipo original de seu barco, Frana (Ebah, 2013)......19

    Figura 2 - Parede de concreto armado.........................................................................................21

    Figura 3 - Empreendimento com alta repetitividade ..................................................................21

    Figura 4 - A montagem das formas.............................................................................................22

    Figura 5 - Bombeamento do concreto para execuo de paredes...............................................25

    Figura 6 - Lanamento do concreto na laje e nas paredes...........................................................25

    Figura 7 - Vibrador eltrico.........................................................................................................26

    Figura 8 - Formas metlicas (ABCP, 2007)................................................................................27

    Figura 9 - Formas mista (ABCP, 2007) ......................................................................................27

    Figura 10 - Formas plsticas (ABCP, 2007)...............................................................................28

    Figura 11 - Interatividade entre cobertura, fachada e piso para melhor desempenho acstico

    (Wedler, 2009).............................................................................................................................29

    Figura 12 - Espessura mnima das paredes (Wedler, 2009)........................................................29

    Figura 13 - Planta baixa do pavimento trreo (Direcional Engenharia S/A, 2013)....................31

    Figura 14 - Planta baixa tipo 2 ao 4 pavimento (Direcional Engenharia S/A, 2013)...............32

    Figura 15 - Localizao da obra (Direcional Engenharia S/A, 2013).........................................33

    Figura 16 - Placa da obra.............................................................................................................33

    Figura 17 - Tipo de forma utilizada na obra................................................................................34

    Figura 18 - Execuo de terraplenagem .....................................................................................35

    Figura 19 - Regio do plat.........................................................................................................35

    Figura 20 - Montagem da forma e das instalaes para o radier.................................................35

    Figura 21 - Montagem da armao do radier..............................................................................36

    Figura 22 - Concretagem do radier..............................................................................................37

    Figura 23 - Nivelamento da laje de piso com rgua vibratria...................................................37

    Figura 24 - Marcao das paredes...............................................................................................38

    Figura 25 - Armadura das paredes...............................................................................................38

    Figura 26 - Montagem dos eletrodutos das paredes....................................................................39

    Figura 27 - Montagem dos painis internos e externos...............................................................40

    Figura 28 - Painel utilizado na montagem da parede (Manual lumiform, 2013)........................40

    Figura 29 - Painel utilizado na montagem da laje (Manual lumiform SH, 2013).......................41

    Figura 30 - Canto laje (Manual lumiform SH, 2013)..................................................................41

  • Figura 31 - Fechamento vertical e horizontal (Manual lumiform SH, 2013)..............................41

    Figura 32 - Canto interno e externo (Manual Lumiform SH, 2013)...........................................42

    Figura 33 - Pino com a cunha e o espaador (Manual lummiform SH, 2013)............................42

    Figura 34 - Clips e alinhador (Manual lumiform SH, 2013).......................................................43

    Figura 35 - Console (Manual lumiform SH, 2013).....................................................................43

    Figura 36 - Tensor (Manual lumiform SH, 2013).......................................................................43

    Figura 37 - Aprumador (Manual lumiform SH, 2013)................................................................43

    Figura 38 - Suporte de guarda - corpo (Manual lumiform SH, 2013).........................................44

    Figura 39 - Forma de alumnio com a montagem em andamento...............................................44

    Figura 40 - Forma de alumnio com a montagem concluda (Soluo para cidades, 2013).......44

    Figura 41 - Execuo da laje.......................................................................................................45

    Figura 42 - Fibra de polipropileno (Ecopore, 2013)....................................................................46

    Figura 43 - Laje preparada para concretagem.............................................................................46

    Figura 44 - Desforma dos painis................................................................................................47

    Figura 45 - Edificao concluda................................................................................................47

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Classe de concreto para execuo das paredes de concreto (ABCP,

    2007)............................................................................................................................................24

    Tabela 2 - Instituies e laboratrios onde foram realizados os testes nos quatro tipos de

    concreto (Wendler, 2009)............................................................................................................28

  • 13

    1. INTRODUO

    Com a crise econmica que aconteceu no ano de 2008, iniciada nos Estados Unidos e

    espalhado pelo mundo, por conta da globalizao econmica e financeira fez com que os

    governos tomassem providncias para controlar esse grande problema, chamado de crise

    econmica mundial (Folha Online, 2009).

    Ainda segundo a Folha Online (2009), o Brasil no foi atingido inicialmente por essa

    crise porque os bancos no tinham papis ligados s hipotecas de alto risco que foi o que

    originou os problemas. Mas os vrios setores sofreram com a contratao de crditos e depois

    pela queda de exportaes e de demanda interna. O resultado de tudo isso foi o avano do

    desemprego e a reduo do crescimento econmico do pas.

    Uma das principais medidas para o governo brasileiro enfrentar a crise, foi o

    lanamento do Programa Minha, Casa Minha Vida, em maro de 2009. A principal ao do

    governo do presidente Lula para combater a crise econmica internacional foi de estimular e

    investir no setor da construo civil (Morado e Parrela, 2009).

    O Programa Minha Casa, Minha Vida foi lanado em maro de 2009, com a

    finalidade de criar mecanismos de incentivo produo e aquisio de 1 milho de novas

    unidades habitacionais. Atualmente essa meta de 2 milhes de novas moradias para as

    famlias com renda bruta mensal de at R$ 5.000,00. Este programa destinado para as

    famlias com renda mensal de at R$1.600,00, estabeleceu inicialmente a meta de contratao

    de 400 mil unidades habitacionais e, atualmente, com a sua continuidade a meta consiste na

    produo de 860.000 unidades habitacionais at o ano de 2014 (Programa Minha Casa Minha

    Vida, 2013).

    De acordo com Justos (2009), a partir da a construo civil foi se industrializando e

    fez com que os construtores do pas buscassem novas formas para produzir casas e edifcios

    em massa, levando o menor tempo e com preos reduzidos. Umas das formas encontradas

    foram utilizao de formas de alumnio, que usa forma e tamanho de casas, moldadas no

    local e depois preenchidas de concreto, j com todas as instalaes eltricas e hidrulicas

    embutidas. Com a utilizao do sistema de formas de alumnio, o tempo de execuo de uma

    casa caiu de aproximadamente 70 dias para em torno de 20 dias, pois apresenta grande

  • 14

    produtividade, qualidade e economia. Apesar de este sistema ser simples, necessita de

    padronizao.

    Os primeiros pases a adotarem o sistema de formas de alumnio foram Mxico,

    Chile e Colmbia. De acordo com Missureli e Massuda (2009, p. 74), o sistema construtivo de

    paredes de concreto um mtodo de construo racionalizado que oferece produtividade,

    qualidade e economia de escala quando o desafio a reduo do dficit habitacional. O

    mtodo inspirado em experincias consagradas e bem-sucedidas de construes

    industrializadas em concreto celular (sistema Gethal) e concreto convencional (sistema

    Outinord), que eram mundialmente conhecidas nas dcadas de 70 e 80. Porm, devido falta

    de escala de continuidade de obras nesses padres, principalmente com as limitaes

    financeiras da poca, essas tecnologias no se consolidaram no mercado brasileiro.

    Em 2007, ABCP (Associao Brasileira de Cimento Portland), ABESC (Associao

    Brasileira de Servios de Concretagem) e IBTS (Instituto Brasileiro de Telas soldadas)

    desenvolvem aes de pesquisa sobre edificaes feitas com paredes de concreto moldadas no

    local. A primeira iniciativa ocorreu em agosto daquele ano, quando as trs instituies

    lideraram a visita de um grupo de construtoras a obras na Colmbia (Bogot) e no Chile

    (Santiago), pases que adotam largamente o processo.

    2.1 Objetivos

    2.1.1 Geral

    Analisar o sistema construtivo de parede de concreto utilizando formas de alumnio

    em edifcios voltados para obras do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida utilizado

    pela Construtora Direcional Engenharia S/A.

    2.1.2 Objetivos Especficos

    Os objetivos especficos deste trabalho so:

    a) descrever o sistema de parede de concreto;

  • 15

    b) apresentar vantagens e desvantagens do uso deste sistema de formas de alumnio;

    c) descrever o sistema construtivo da parede de concreto utilizando forma de

    alumnio estudo de caso.

    2.2 Justificativa

    A realizao deste trabalho surgiu do interesse do autor pelo o estudo sobre formas

    de alumnio utilizadas na execuo de paredes de concreto na construo do Residencial

    Orgulho Tropical II, Localizado no Bairro Jos Euclides na cidade de Sobral, com 2084

    unidades habitacionais. Esse empreendimento, feito pela Construtora Direcional Engenharia

    S/A, beneficiar 832 famlias carentes onde sero garantidas moradia para cerca de 15 mil

    pessoa.

    2.3 Metodologia

    A metodologia deste trabalho consiste na realizao de uma pesquisa bibliogrfica

    proveniente de livros, artigos e normas brasileiras. Em seguida, estudos exploratrios sobre o

    sistema construtivo de parede de concreto utilizando forma de alumnio em edifcios voltados

    para habitao popular. E, por fim o acompanhado da execuo desse sistema atravs de visita

    na obra Orgulho Tropical I e II, localizada na cidade de Sobral.

    2.4 Estrutura do trabalho

    Esta monografia encontra-se dividida em captulos, conforme a descrio abaixo:

    Captulo 1 Introduo: inicia com o tema explorado e apresenta a justificativa, a

    metodologia, os objetivos e a estrutura do trabalho;

    Captulo 2 Sistema construtivo de parede de concreto utilizando formas de

    alumnio onde trata da reviso bibliogrfica e o processo construtivo desse sistema;

    Captulo 3 Estudo de caso: registro do acompanhamento obra, atravs de

    anotaes e fotos;

  • 16

    Captulo 4 Concluso;

    Referncias bibliogrficas.

  • 17

    2. FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 Histrico do concreto

    A alvenaria de pedras um dos mais antigos sistemas construtivos utilizados pelo o

    homem. Historicamente, o tijolo foi um produto de substituio, utilizado primeiramente em

    regies onde havia escassez da pedra natural. Atribui-se aos Caldeus o invento do tijolo

    cozido, ainda que o tijolo cru j fosse empregado na alvenaria em vrias regies do Oriente

    desde as primeiras experincias com a alvenaria de pedras, estas civilizaes, buscaram um

    material que unisse com uma argamassa, que a mistura homognea de agregados midos,

    aglomerantes inorgnicos e gua. Ento os assrios e babilnios usaram a argila como na

    argamassa, como material ligante e, posteriormente a cal na argamassa, pois deixava a massa

    mais resistente e durvel.

    O cimento foi muito usado pelos Romanos, como aglomerante para argamassas, e em

    muitos como aglomerante para concreto como, no caso da cpula do Pantheon (os alvolos) e

    nas estradas Romanas. Evidentemente, esse cimento desenvolvido pelos romanos pouco tem a

    ver com o atual, pois a sua grande utilizao foi como argamassa de assentamento nas

    alvenarias de pedras, em estradas e em algumas obras de coberturas, o tamanho dessas pedras

    foi sensivelmente reduzido tornando-as muito semelhantes argamassa de concreto atual.

    Mas, esse conhecimento romano perdeu-se e somente foi resgatado em meados do sculo

    XVIII.

    At o final do sculo XIX, as estruturas eram feitas de madeira e/ou em alvenaria. A

    madeira, embora abundante na poca, apresentava problemas de durabilidade e combusto.

    Muitas cidades sofreram sinistros de grandes propores. As alvenarias de pedras ou de

    tijolos eram mais empregadas nas obras de grande importncia.

    Em 1758, o Engenheiro Ingls John Smeaton investigando materiais aglomerantes

    para a construo de um farol prximo a cidade de Plymouth, localizada no estado americano

    de Michigan, concluiu que o cimento hidrulico obtido de uma mistura de calcrio e argila era

    muito superior ao calcrio puro.

  • 18

    No ano de 1791, James Parker descobriu um cimento e patenteou-o em 1796, com o

    nome de Cimento Romano. Onde teve uma grande aceitao por suas excelentes qualidades.

    Quando expirada a patente, na poca vlida por 14 anos, qumicos e engenheiros chegaram

    concluso de que com a mistura de pedras calcrias com aproximadamente um tero de argila

    e uma pequena quantidade de xido de ferro, se conseguia um cimento similar ao de Parker.

    O Engenheiro Francs, Louis Vicat (1786 - 1861), formado pela cole Polytechnique

    (1804) e pela cole des Ponts et Chausses (1806) considerado o inventor do cimento

    artificial. Em 1817, Louis Vicat publicou o trabalho Recherches Exprimentales Sur les

    Chaux de Construction, les Btons et les Mortiers Ordinaires onde mostrava que com a

    queima de uma mistura de calcrio e argila obtinha-se um cimento. Em 1818, Academia das

    Cincias de Paris aprovou sua descoberta e autorizou-o aplic-lo na construo da ponte de

    Souil-lac. Assim, este cimento se tornou muito popular, mas foi substitudo pelo cimento

    Portland, inventado e patenteado por Joseph Aspdin.

    Em 1824, o Engenheiro qumico Joseph Aspdin, solicitou e obteve a patente para

    produzir pedra artificial e deu-o nome de Cimento Portland por sua semelhana com a famosa

    pedra calcria branca prateada, que se extraa h mais de trs sculos de algumas pedreiras

    existentes na pequena pennsula de Portland no Condado de Dorset. Com esta patente,

    associou-se com William Beverly e montaram em 1828 uma fbrica na cidade de Wakefield.

    Em 1825, o sucesso imediato do cimento Portland produzido por Aspdin deveu-se

    em grande parte por um acidente em uma obra importante e complexa do Engenheiro Francs

    Marc Isambard Brunel, que iniciou a construo de um tnel sob o rio Tamisa, na cidade de

    Londres, com 406 m de comprimento. Esse foi o primeiro tnel construdo sob um rio

    navegvel e tambm a usar paredes com revestimento de proteo. Durante a construo

    houve um acidente quando parte do teto desabou, matando trabalhadores e inundando o tnel.

    Aps a drenagem do tnel, Engenheiro Brunel substituiu o cimento romano que estava usando

    pelo Cimento Portland produzido por Aspdin para refazer a parte danificada e vedar a entrada

    de gua, conseguindo concluir a obra com sucesso em 1843. Na poca foi saudada como a

    oitava maravilha do mundo e encontra-se em uso at hoje.

    Em 1849, o concreto armado descoberto pelo Agricultor Francs Joseph Louis

    Lambot (1814-1887) que construa tanques de cimento reforado com ferros, onde se baseou

    no sistema de barco e testou-os em lagoas de sua propriedade. Este sistema foi patenteado em

  • 19

    1855 e, no mesmo ano, apresentado na Feira Mundial em Paris (o prottipo original

    preservado no Museu de Brignoles, na Frana). Observa-se que esse barco no foi feito em

    concreto armado, mas em cimento armado, que no Brasil conhecemos como argamassa

    armada. A Figura 1 mostra o descobridor do concreto armado, Joseph-Louis Lambot, e o

    prottipo original de seu barco, preservado no Museu de Brignoles na Frana.

    Figura 1 - Joseph-Louis Lambot e o prottipo original de seu barco (Ebah, 2013).

    No sculo XIX, o sistema estrutural em alvenaria entrou em declnio. No ano de

    1850 foram inventados os elevadores de edifcios o que possibilitou a construo dos grandes

    prdios, tais como: Skyscrapers e Monadnock Building, construdo em Chicago entre 1889 e

    1891. Estes edifcios foi um marco na histria da alvenaria, com 16 pavimentos, de 65 m de

    altura e com paredes de 1,80 m de espessura ao nvel do solo. Mas, seu projeto e execuo

    delinearam os limites para a construo em alvenaria na poca.

    No trmino do sculo XIX, o ao foi usado na construo de edifcios e surgi o

    primeiro edifcio alto em concreto armado, cujo nome Home Insurance Building, construdo

    em 1885 com 10 pavimentos, em Chicago, adicionado dois novos pavimentos em 1890. Foi

    nesse ambiente que o concreto comeou a ser aplicado na construo civil e logo conquistou

    ampla aceitao no mercado.

    O desenvolvimento do concreto deve-se sua facilidade de conformao, pois

    apresenta boa resistncia compresso, porm baixa resistncia trao e o que motivou a

    adio de ao argamassa de concreto, originando o concreto armado.

  • 20

    2.2 Concreto pr-moldado

    As estruturas de concreto pr-moldado tendem a ser mais moduladas e padronizadas

    do que as moldadas no local, logo as tcnicas de otimizao podem produzir mais benefcios

    econmicos devido produo em escala (Albuquerque, 2007, p. 7).

    A garantia e a qualidade tcnica de pr-moldagem, a utilizao de parmetros

    desejveis das caractersticas estabelecidas naquela estrutura e o concreto que interfere

    diretamente na durabilidade devido ao baixo fator gua/cimento, nvel de adensamento

    satisfatrio para cada estrutura concretada, possibilidade de cura controlada dos fatores de

    produo que permitem alterar a realidade da construo civil no que diz respeito qualidade.

    As paredes de concreto vm se destacando com grande fora nos canteiros de obras.

    Com projetos padronizados, execuo simultnea de estrutura e vedao, os

    construtores obtm alta produtividade, produo em larga escala, reduo de custos com mo

    de obra e minimizao dos erros de execuo. As formas de moldagem existem vrios tipos

    no mercado alm dos sistemas tradicionais ofertados pelos fabricantes estabelecidos no Brasil,

    novos equipamentos desembarcaram por aqui, caso dos painis manoportveis de alumnio,

    outros j existiam no mercado e ganharam novo flego, como as formas de plstico.

    2.3 Sistemas construtivos de parede de concreto armado

    O sistema construtivo em paredes de concreto armado em que a estrutura e a vedao

    so de concreto armado moldado no local formando um nico elemento, ver Figura 2. Este

    sistema aplicado em casas trreas e assobradadas, como tambm em edifcios baixos,

    mdios e altos, at 30 pavimentos.

    2.3.1 Caractersticas

    O sistema de parede de concreto um mtodo que utiliza formas de alumnio, que

    so montadas no local e depois preenchidas com concreto, onde a vedao e a estrutura so

    compostas por esse nico elemento, que o concreto, tendo embutidas as instalaes eltricas

    e hidrulicas (Misurelli e Massuda, 2009, p. 74-80).

  • 21

    Figura 2 Parede de concreto armado (Autor, 2013).

    Este sistema recomendado para empreendimentos que tm alta repetitividade, ver

    Figura 3, e podem ser utilizadas em obras de pequeno, mdio e alto padro, devido a sua

    grande versatilidade. O que define a escolha do sistema construtivo uma criteriosa anlise de

    custos, que leve em considerao todos os fatores tais como: mo de obra e tempo de

    construo com seus encargos.

    Figura 3 - Empreendimento com alta repetitividade (Autor, 2013).

    No Brasil, o sistema de alvenaria convencional bastante utilizado na construo de

    conjuntos habitacionais e marcado pelo lento tempo de execuo, atividades artesanais que

    demandam ndices de mo de obra elevados e onde se predomina o desperdcio. J, o sistema

    de parede de concreto totalmente sistematizado, pois baseado inteiramente em conceitos

    de industrializao de materiais e equipamentos, mecanizao, modulao, controle

    tecnolgico e multifuncionalidade. Por esses fatos, a obra se transforma em uma linha de

    montagem, como na indstria automobilstica.

    Uma das principais caractersticas da parede de concreto a racionalizao dos

    servios, devido produtividade da mo de obra, que potencializada pelo treinamento

  • 22

    direcionado. Os operrios so multifuncionais e atuam como montadores especializados,

    executando todas as tarefas necessrias, tais como: armao, instalaes eltricas e

    hidrulicas, montagem das formas, concretagem e desformas. A Figura 4 mostra a montagem

    das formas para a concretagem das paredes.

    Figura 4 A montagem das formas (Autor, 2013).

    A rapidez da execuo, diminuio de custos, reduo de acidentes de trabalho,

    aumento de qualidade e produtividade, com alto ndice de valor agregado, so algumas das

    vantagens que as paredes de concreto oferecem.

    2.3.2 Projeto

    O projeto estrutural do sistema construtivo em paredes de concreto armado

    diferenciado, pois as paredes so estruturais, substituindo os pilares e vigas de uma estrutura

    convencional.

    2.3.3 Materiais

    Misurelli e Massuda (2009, p. 74-80), no Brasil recomenda-se quatro tipos de

    concreto para o sistema parede de concreto, que so:

    Concreto celular;

    Concreto com elevado teor de ar incorporado at 9%;

    Concreto com agregados leves ou com baixa massa especifica;

  • 23

    Concreto convencional ou concreto auto-adensavl.

    2.3.3.1 Concreto celular (Tipo L1)

    O concreto celular tem como principais caractersticas a baixa massa especfica e o

    bom desempenho trmico e acstico, pois inclui uma espuma que gera grande quantidade de

    bolhas. Devido sua baixa resistncia mecnica, indicado para compor paredes de casas de

    at dois pavimentos sem laje de cobertura.

    2.3.3.2 Concreto com elevado teor de ar incorporado at 9% (Tipo M)

    Com caractersticas mecnicas, trmicas e acsticas similares s do concreto celular,

    este concreto tambm recomendado para paredes de casas com at dois pavimentos ou

    paredes do ltimo andar de prdios sem laje de cobertura.

    2.3.3.3 Concreto com agregados leves ou com baixa massa especifica (Tipo L2)

    Preparado com agregados leves tem bom desempenho trmico e acstico, mas

    levemente inferior ao desempenho dos concretos tipos L1 e M. Pode ser usado em qualquer

    estrutura que necessite de resistncia de at 25 MPa.

    2.3.3.4 Concreto convencional ou concreto autoadensvel (Tipo N)

    O concreto auto-adensvel possui dois atributos relevantes: sua aplicao muito

    rpida, feita por bombeamento, e a mistura extremamente plstica, dispensando o uso de

    vibradores. Observadas essas caractersticas, podemos consider-lo uma tima alternativa

    para o sistema Parede de Concreto. Os elementos de concreto armado devem seguir as

    especificaes da ABNT NBR 6118 (2004), inclusive quanto ao concreto empregado,

    conforme mostrado na Tabela 1.

  • 24

    Tabela 1 Classe de concreto para execuo das paredes de concreto (ABCP, 2007).

    Tipo Descrio Massa especifica

    (Kg/m)

    Resistncia compresso mnima

    (MPa)

    L1 Concreto Celular 1500 a 1600 4

    L2 Concreto com agregado leve 1500 a 1800 20

    M Concreto com ar incorporado 1900 a 2000 6

    N Concreto normal 2000 a 2800 20

    Considerando as caractersticas particulares do sistema parede de concreto, incluindo

    a rpida desforma, o projetista de estrutura, ao especificar o concreto, deve atentar para:

    Resistncia de desforma depois de 14h ou conforme o ciclo;

    Resistncia caracterstica aos 28 dias;

    Classe de agressividade a que as estruturas estaro sujeitas, conforme a ABNT

    NBR 6118 (2004);

    Massa especfica no estado fresco para os concretos tipos L1, L2 e M;

    Teor de ar incorporado para o concreto tipo M.

    2.3.4 Transporte

    O tempo de transporte decorrido entre o incio da mistura, contado a partir da

    primeira adio de gua at a entrega do concreto na obra, muito importante para o

    desempenho da obra. As produes mais eficientes ocorrem a partir de concretos dosados em

    centrais e fornecidos ao canteiro em caminhes betoneira, o que resulta nos controles da

    qualidade dos agregados e do concreto, preciso da resistncia, do volume, etc.

    No caso de concreto auto-adensvel (tipo N), o bombeamento e lanamento devem

    ocorrer no mximo 40 minutos aps a colocao do aditivo hiperfluidificante, o que

    geralmente feito na obra. J, o concreto celular (tipo L1) deve ser lanado na forma em at

    30 minutos aps a concluso do processo de mistura da espuma (Misurelli e Massuda, 2009).

  • 25

    2.3.5 Aplicao

    Deve-se estudar e elaborar um plano de concretagem levando em considerao as

    caractersticas do concreto a ser utilizada, a geometria das formas, o layout do canteiro e de

    execuo do empreendimento A aplicao do concreto nas formas deve obedecer a este

    planejamento detalhado. O concreto pode ser lanamento nas formas diretamente com o

    auxlio da girica ou com bomba de concreto ou grua. A prtica mais recomendada o uso da

    bomba de concreto, conforme mostrado na Figura 5, por causa da velocidade da aplicao no

    canteiro, eliminao da perda da trabalhabilidade do material e diminuio do surgimento das

    falhas de concretagem.

    Figura 5 Bombeamento do concreto para execuo das paredes (Autor, 2013).

    A Figura 6 mostra o lanamento do concreto que deve ser iniciado por um dos cantos

    da edificao, at que uma significativa parcela das paredes prximas ao ponto esteja

    totalmente cheia. Em seguida, muda-se a posio em direo ao canto oposto, at que se

    complete o rodzio dos quatro cantos opostos da estrutura. Finaliza-se a concretagem fazendo

    o lanamento na laje.

    Figura 6 - Lanamento do concreto na laje e nas paredes (Autor, 2013).

  • 26

    Durante a concretagem das paredes no so admitidas interrupes com durao

    superior a 30 minutos. Caso seja ultrapassado esse tempo, fica caracterizada uma junta de

    concretagem. O lanamento de nova camada de concreto aps o incio de pega do concreto

    lanado dever seguir as recomendaes da ABNT NBR 6118 (2004) definidas para juntas.

    2.3.6 Adensamento

    O concreto deve ser vibrado com equipamento adequado para melhorar a

    trabalhabilidade e enchimento da forma. A Figura 7 mostra o adensamento feito com vibrador

    eltrico porttil tipo agulha. O adensamento deve ser feito com muito cuidado, para que a

    mistura preencha todos os espaos da forma, evitando a segregao dos materiais. Ainda,

    pode-se utilizar um martelo de borracha para auxiliar, dando leves batidas na forma. No

    concreto auto-adensvel (tipo N) e no concreto celular (tipo L) dispensa o uso de vibrador por

    ser um concreto muito fluido (ABCP, 2007).

    Figura 7 - Vibrador eltrico (Autor, 2013).

    2.3.7 Formas

    As formas so estruturas provisrias, cujo objetivo moldar o concreto fresco e

    devem resistir a todas as presses do lanamento do concreto at que este adquira resistncia

    suficiente para a desforma. Exige-se das formas que sejam estanques e mantenham

    rigorosamente a geometria das peas que esto sendo moldadas. A escolha da tipologia

    adequada, o desenvolvimento e detalhamento do projeto de formas so de extrema

    importncia para a viabilidade do sistema parede de concreto e a garantia da qualidade do

    produto final.

    Os projetos de formas devem abordar: o detalhamento e posicionamento dos painis,

    detalhamento dos equipamentos auxiliares, detalhamento de peas de travamento e aprumo,

  • 27

    detalhamento do escoramento e a seqncia executiva de montagem e desmontagem. De

    acordo com a ABCP (2007), as tipologias das formas mais utilizadas para parede de concreto

    so:

    2.3.7.1 Formas metlicas

    Utiliza quadros e chapas metlicas. O material predominante nesse tipo de forma o

    alumnio, por ser mais leve e resistente.

    Figura 8 Forma metlica (ABCP, 2007).

    2.3.7.2 Formas mistas

    So compostos por quadros em peas metlicas (ao ou alumnio) e utilizam chapas

    de madeira compensada. As chapas so a parte da forma que mantm contato com o concreto.

    Figura 9 Forma mista (ABCP, 2007).

  • 28

    2.3.7.3 Formas plsticas

    So formas que utilizam quadros e chapas feitas em plstico reciclvel, tanto para

    estruturao de seus painis como para dar acabamento pea concretada.

    Figura 10 Forma plstica (ABCP, 2007).

    2.3.8 Desempenho do sistema

    Os quatros tipos de concreto foram testados e aprovados nos mais renomados

    laboratrios e institutos de pesquisa. Todos os testes foram realizados sob o rigor de acordo

    com a ABNT NBR 15575 - Edificaes habitacionais Desempenho, que foi aprovada em

    2013. O sistema apresentou desempenho superior aos sistemas convencionais e os ensaios

    realizados com base nessa norma levam em considerao os seguintes aspectos: segurana

    estrutural, segurana contra incndio, uso e operao, estanqueidade, desempenho trmico,

    desempenho acstico, desempenho luminstico, durabilidade, manutenibilidade, sade,

    funcionalidade, conforto antropodinmico e adequao ambiental (Wendler, 2009), conforme

    a Tabela 2.

    Tabela 2 - Instituies onde foram realizados os testes nos quatro tipos de concreto (Wendler, 2009).

    O desempenho trmico e acstico s pode ser aprovado depois de algumas

    observaes.

  • 29

    2.3.8.1 Desempenho trmico

    A edificao habitacional deve reunir caractersticas, que atenda as exigncias da

    regio de implantao da obra e a respectiva zona bioclimtica e o desempenho interativo do

    edifcio entre fachada, cobertura e piso (Wendler, 2009). Ver figura 11.

    Figura 11 Interatividade entre cobertura, fachada e piso para melhor desempenho acstico (Wendler, 2009).

    O pas tem oito zonas bio-climticas definidas pela variao de temperatura e para

    cada zona so feitas recomendaes sobre tamanho e sombreamento das aberturas e condies

    gerais de ventilao, so elas: Caxias do Sul RS, Ponta Grossa PR, Florianpolis SC,

    Braslia DF, Santos SP, Goinia GO, Teresina PI e Belm PA (Wendler, 2009).

    2.3.8.2 Desempenho acstico

    Os nveis de rudos admitidos na habitao devem proporcionar isolamento acstico

    entre o meio externo e interno, bem como entre unidades distintas (mnimo de 45dB) e

    complementarmente entre cmodos de uma mesma unidade (mnimo de 30dB). O conforto

    acstico depende da massa das paredes que a relao entre a massa especifica e a espessura

    das paredes (Wendler, 2009). A Figura 12 apresenta recomendaes mnimas para espessura

    das paredes.

    Figura 12 Espessura mnima das paredes (Wendler, 2009).

  • 30

    3. ESTUDO DE CASO

    O estudo de caso ocorreu em uma obra que utiliza o sistema construtivo de parede de

    concreto utilizando frma de alumnio em edifcios de 3 e 4 pavimentos e participa do

    programa Minha Casa, Minha Vida. A obra em questo o Residencial Orgulho Tropical I e

    II que tem o projeto de 2084 edificaes residenciais multifamiliar, onde vai beneficiar 832

    famlias. A rea total da edificao de 103, 801m2 e uma rea til de 45,37m

    2 e esta

    localizado no zoneamento Zona Especial de Interesse Social (ZEIS).

    Hoje o maior complexo habitacional que esta sendo construdo no interior do

    estado do Cear. Fica localizado na Avenida Jonh Sanford - 4695, no bairro Cidade Jos

    Euclides na cidade de Sobral/Ce. A obra teve as atividades iniciadas em 15/11/2012 e tem

    prazo de entrega para 15/11/2014. A nica empresa que participa da construo das

    edificaes a Construtora Direcional Engenharia S/A que vai construir 2084 edificaes

    residenciais multifamiliares. A Figura 13 e a Figura 14 mostra a planta baixa do pavimento

    trreo e do pavimento tipo do 2 ao 4 pavimento, respectivamente. A Figura 15 e 16

    apresenta a localizao e a placa da obra.

  • 31

    Figura 13 - Planta baixa do pavimento trreo (Direcional Engenharia S/A, 2013).

  • 32

    Figura 14 - Planta baixa tipo 2 ao 4 pavimento (Direcional Engenharia S/A, 2013).

  • 33

    Figura 15 Localizao da obra (Direcional Engenharia S/A, 2013).

    Figura 16 Placa da obra (Autor, 2013).

    Sero construdas 2084 edificaes residenciais multifamiliares, sendo todas no

    sistema de parede de concreto utilizando formas de alumnio. A empresa pioneira em

    utilizar esse sistema no programa habitacional e tem o prazo de 2 anos para executar este

    empreendimento, onde um dos fatores para a escolha desse sistema foi velocidade de

    execuo. Diariamente a obra consume 169m3

    de concreto.

    A construtora possui trs formas metlicas e um jogo de platibanda. Os jogos de

    formas so montados para quatro apartamentos, dessa forma se consegue executar doze

    apartamentos por dia e uma platibanda, pois da montagem at a concretagem leva apenas duas

    horas.

  • 34

    O preo da forma metlica est em torno de R$1.500.000 e pode-se realizar com ela

    at 500 concretagens, se bem cuidada. O tipo de concreto usado nas formas o tipo auto

    adensvel. Para concretar a forma necessrio 53m3 de concreto e para a concretagem da

    platibanda utilizado 10m3 de concreto. A figura 17 mostra o tipo de forma utilizada na obra.

    Figura 17 Tipo de forma utilizada na obra (Autor, 2013).

    3.1 Processo construtivo

    O processo construtivo em paredes de concreto armado foi baseado em

    recomendaes de literaturas consagradas, tais como: ABNT, ABCP e outros. Os principais

    componentes deste sistema so: forma, armao (telas soldadas) e concreto.

    A montagem das formas segue uma sequncia executiva, veja abaixo, que pode

    variar de acordo com a tipologia escolhida.

    1 Passo: Execuo de terraplenagem

    Nesta etapa foi feita a movimentao de solo e rochas, onde o servio consiste em

    quatro etapas: escavao, carregamento, transporte e empilhamento de materiais. A Figura 18

    apresenta a execuo de terraplenagem.

  • 35

    Figura 18 Execuo de terraplenagem (Autor, 2013).

    2 Passo: Liberao de plat

    Depois de feito todo o procedimento de terraplenagem, o solo compactado a cada 20

    cm de altura com o rolo p de cabra, depois da passagem do rolo so feitos furos no solo para

    a sondagem do plat, em seguida feito avaliao das caractersticas e propriedades do solo

    para ento liberao do plat. A Figura 19 apresenta a localizao do plat.

    Figura 19 Regio do plat (Autor, 2013).

    3 Passo: Execuo da fundao

    O sistema de paredes de concreto armado opta por utilizar o radier como fundao.

    Agora, coloca-se a forma de madeira e os travamentos na fundao como pode ser vista na

    Figura 20.

  • 36

    Figura 20 Forma de madeira para o radier (Autor, 2013).

    Para execuo do radier deve se colocar uma lona plstica sobre solo preparado, pois

    evitar o contato da armao com o solo, perda de gua do concreto e percolao ascendente da

    gua existente no solo para as paredes e fundao. Em seguida feito as passagem de tubos

    hidrulicos e eletrodutos e a montagem das armaes: positiva com uma tela soldada Q196 e

    negativa com uma tela soldada Q138, ambas de ao CA60, conforme o projeto estrutural

    (Figura 21). A espessura entre as telas de 10 cm e com transpasse entre telas de 20 cm. A

    altura da laje de fundao (radier) de 18 cm. Devem-se colocar mestras para definir a altura

    da laje de fundao.

    Figura 21 Armao do radier (Autor, 2013).

    A concretagem do radier feita por bombeamento, onde a composio do concreto

    utilizado para a concretagem : areia de brita do tipo II, brita 1, brita 0 e cimento do tipo CP II

    F-32, onde a resistncia do concreto Fck de 25 MPa. A Figura 22 mostra a concretagem do

    radier, que executado como uma laje.

  • 37

    Figura 22 Concretagem do radier (Autor, 2013).

    O nivelamento do radier feito o sarrafeamento, que uma atividade realizada em

    lajes e feito logo aps o lanamento do concreto, onde a ferramenta utilizada o sarrafo. A

    Figura 23 apresenta o nivelamento feito com uma rgua vibratria utilizada em estruturas de

    concreto e deixa um excelente acabamento na superfcie.

    Figura 23 Nivelamento da laje de piso com rgua vibratria (Autor, 2013).

    4 Passo: Execuo das paredes

    Aps a concluso do radier, conforme o 3 Passo, o concreto ser curado por 3 dias e

    em seguida se faz a marcao das paredes do piso com o auxlio de p xadrez, pois os

    montadores pode se orientar quando forem fazer o processo de montagem dos painis de

    forma, ver Figura 24. E, posteriormente, comea a montagem dos painis.

  • 38

    Figura 24 - Marcao das paredes (Autor, 2013).

    A armao adotada no sistema paredes de concreto feito com a tela soldada Q92, de

    ao CA60, posicionada no eixo vertical da parede. As bordas, vos de portas e janelas

    recebem reforos de telas de ao A60 ou barras de armadura convencional de ao A50. Em

    edifcios mais altos, as paredes devem receber duas camadas desta tela, posicionadas

    verticalmente e reforos verticais nas extremidades das paredes. A Figura 25 mostra a

    armadura das paredes.

    De acordo com Misurelli e Massuda (2009, p. 74 - 80), as armaduras devem atender a

    trs requisitos bsicos:

    1. Resistir a esforos de flexotoro nas paredes;

    2. Controlar a retrao do concreto;

    3. Estruturar e fixar as tubulaes de eltrica e hidrulica.

    Figura 25 Armaduras das paredes (Autor, 2013).

    No caso da laje de fundao, os eletrodutos devem ser posicionados logo aps a

    montagem das formas de lajes e antes da concretagem, da a importncia de termos o menor

  • 39

    nmero possvel de eletrodutos, a fim de agilizar esta tarefa. Nas paredes, o posicionamento

    dos eletrodutos no interfere na montagem das paredes, pois feito por equipes independentes

    e antes do incio desta operao. Alm disto, ao evitarmos o cruzamento desses eletrodutos,

    estaremos reduzindo o risco de serem amassados durante a montagem e concretagem. Aps a

    montagem das armaduras posicionado os eletrodutos e das caixas de plstico 4x 2, de

    acordo o projeto eltrico como mostrado na Figura 26. Assim, se vale tambm para a

    passagem da tubulao hidrulica.

    Figura 26- Montagem dos eletrodutos das paredes (Autor, 2013).

    H duas maneiras para a montagem dos painis e acessrios para as paredes (Figura

    27):

    1. Os painis internos primeiro e depois os externos: neste caso, montamos de um

    dos lados das formas, procedemos montagem das armaduras, reforos, instalaes

    eltricas, hidrulicas, esquadrias e finalmente fechamos a forma com a montagem do

    outro lado dos painis (ABCP, 2007).

    2. Os painis internos e externos juntos (montagem pareada): nesta situao, todas as

    armaduras, reforos e instalaes so montados primeiros e posteriormente se

    executa a montagem das esquadrias e dos painis de formas internos e externos

    simultaneamente (ABCP, 2007).

  • 40

    Figura 27 - Montagem dos painis internos e externos (Autor, 2013).

    As componentes do sistema em paredes de concreto armado so:

    1. Painis:

    Os painis de alumnio utilizados para execuo das paredes possuem furos

    reforados com buchas especiais de ao galvanizado, rebitados nos painis, ver Figura 28.

    Figura 28 Painel utiliza na montagem das paredes (Manual lumiform SH, 2013).

    Os painis de alumnio utilizados para execuo laje, como forma, possuem furos

    reforados com buchas especiais de ao galvanizado, rebitados nos painis, mostrado na

    Figura 29.

  • 41

    Figura 29 Painel utilizado na montagem da laje (Manual lumiform SH, 2013)

    2. Acessrios:

    As cantoneiras de alumnio da laje so utilizadas para unir os painis da parede com

    os da laje e servem para a concretagem das paredes e da laje ao mesmo tempo, Figura 30.

    Figura 30 Canto de laje (Manual lumiform SH, 2013)

    Os fechamentos so utilizados nos vos das portas e das janelas so de dois tipos:

    verticais e horizontais, Figura 31.

    Figura 31 Fechamento vertical e horizontal (Manual lumiform SH, 2013).

  • 42

    As cantoneiras de alumnio para acabamento interno entre duas paredes, permitindo a

    execuo de cantos a 90 e so divididas em duas partes para facilitar a desforma. E, as do

    canto externo tem a funo de unir os painis externos garantindo um melhor acabamento na

    juno das paredes, Figura 32.

    Figura 32 Canto interno e externo (Manual lumiform SH, 2013

    Os pinos e as cunhas tm a funo de unir um painel ao outro e o espaador define a

    espessura das paredes e fixado com pinos e cunhas, mostrado na Figura 33.

    Figura 33 Pino com a cunha e o espaador (Manual lumiform SH, 2013).

    Os clips tem a funo de ligao entre os painis de laje independentemente da sua

    furao e o alinhador serve para o alinhamento com cantoneiras, ver Figura 34.

  • 43

    Figura 34 Clips e alinhador (Manual lumiform SH, 2013).

    O console fixado na parede com pino e cunha e tem funo de suporte para

    andaime, que serve para a movimentao de operrios durante a concretagem e para a

    montagem do pavimento superior, Figura 35.

    Figura 35 Console (Manual lumiform SH, 2013).

    O tensor garante o espao nos vos das portas e das janelas, Figura 36.

    Figura 36 Tensor (Manual lumiform SH, 2013).

    Os aprumadores ajudam a deixar as formas de parede no prumo desejado, como

    mostra na Figura 37.

    Figura 37 Aprumador (Manual lumiform SH, 2013).

  • 44

    O guarda-corpo alm de proteger o colaborador serve tambm para alinhar a parte

    superior da forma, ver Figura 38.

    Figura 38 Suporte de guarda -corpo (Manual lumiform SH, 2013).

    A Figura 39 e Figura 40 mostram o andamento da montagem do sistema de forma

    para concretagem das paredes.

    Figura 39 Forma de alumnio com montagem em andamento (Autor, 2013).

    Figura 40 Forma de alumnio com montagem concluda (Solues para cidades, 2013)

    Depois da montagem dos painis e dos acessrios, ento a sistema de forma est

    montada e pronta para ser concretada. A espessura das paredes de 10 cm. A composio do

    concreto utilizado para a concretagem : areia de brita do tipo II, brita 1, brita 0 e cimento do

    tipo CP II F-32, onde a resistncia do concreto Fck de 25 MPa. O concreto utilizado para

  • 45

    concretagem das paredes o mesmo utilizado na fundao e a resistncia do concreto Fck de

    25 MPa.

    5 Passo: Execuo da laje

    Agora, nesta etapa, para a execuo da laje foi utilizada as telas soldadas Q113 para

    armadura negativa e a Q159 para armadura positiva, onde o espaamento entre telas de 8 cm

    e com transpasse entre telas de 30 cm, ambas de ao CA 60, conforme o projeto estrutural.

    Aps a montagem da armao, dos eletrodutos e das passagens tubulaes hidrulicas,

    portanto a laje est pronta para ser concretada, ver Figura 41.

    Figura 41 Execuo da laje (Autor, 2013).

    Depois de concludo o procedimento de armao, eltrica e passagens hidrulicas

    para a execuo da laje, em seguida ser a concretagem da mesma, a espessura das lajes de

    10 cm. Os materiais usados para esta concretagem o cimento CP II F 32 a granel, brita do

    tipo 0, areia de brita tipo II, aditivo superplastificante, gua e fibra de polipropileno (se utiliza

    no mnimo 300 gramas/m de fibra, de acordo com o projeto) e resistncia do concreto Fck

    de 25 MPa. As fibras tem a funo de monitorar a retrao e evitar fissuras na estrutura

    (Figura 42). A Figura 43 pode-se ver a preparao da laje para receber o concreto.

  • 46

    Figura 42 Fibra de polipropileno (Ecopore, 2013).

    Figura 43 Laje preparada para concretagem (Autor, 2013).

    6 Passo: Desforma

    A desforma feita 14 horas depois da concretagem e a retirada das estruturas

    provisrias, deve ser feita aps 7 dias, assim que o concreto atingir a resistncia prevista no

    projeto sem impacto e evitando o aparecimento de fissuras. Aps a desmontagem, os painis

    devem limpos, aplicados um agente desmoldante e posicionados ao lado da prxima habitao

    a ser executada, ver Figura 44.

  • 47

    Figura 44 Desforma dos painis (Autor, 2013).

    Para a execuo do sistema parede de concreto pode ser usada diversas formas:

    metlicas, utilizadas na execuo das paredes; de madeira, para fazer a fundao, logo uma

    ateno especial deve ser dada ao desmoldante, que precisa ser adequado a cada superfcie,

    evitando-se que o concreto grude na forma e no pode deixar resduos na superfcie das

    paredes, o que compromete a aderncia do revestimento final (ABCP, 2007).

    7 Passo: Acabamento e finalizao da obra

    A fase de acabamento a etapa que a obra se aproxima do final, quando chega neste

    momento hora de colocar as massas de revestimento aplicadas nas paredes e tetos, forros,

    louas, metais sanitrios, pintura, esquadrias, etc. A Figura 45 mostra a edificao no 7

    passo.

    Figura 45 Edificao concluda (Autor, 2013).

  • 48

    4. CONCLUSO

    Este trabalho relevante devido grande demanda de construes que surgiram com

    a criao do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O sistema de parede de

    concreto armado favorvel, pois apresenta rapidez em sua execuo devido produo em

    escala e padronizao das peas, racionalizao da mo de obra, baixo desperdcio de

    materiais e consequentemente custos globais mais reduzidos. Alm de rentabilidade, pois o

    sistema bem aceito na comunidade da construo, e este sistema aproveitado por muitas

    vezes.

  • 49

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    Associao Brasileira de Cimento Portland ABCP. Paredes de Concreto: coletnea de ativos

    (2007/2008). Disponvel em: < http://www.absc.org.br/assets/files/coletania-aditivos_2007-

    2009.pdf> Acesso em 28 de setembro, 2013.

    Albuquerque, Augusto T. de. Otimizao de pavimentos de edifcios com estruturas de

    concreto pr-moldado utilizando algoritmos genticos. (Tese de Doutorado) Escola de

    Engenharia de So Carlos da Universidade de So Paulo, 2007. Acesso em 19 novembro de

    2013.

    Carvalho, Joo Dirceu N. Um pouco sobre a histria do concreto. (Monografia) UEM.

    2008. Disponvel em: .

    Acesso em 19 de outubro de 2013.

    ECOPORE Microfibra monofilamento de polipropileno anti-fissura. Disponvel em

    . Acesso em 24 de dezembro de 2013.

    Feitosa, Daniel Mauro; Carmo, Marcos Paulo S. Uso de paredes de concreto em casas

    populares. (Monografia) Centro Universitrio da Fundao Educacional Barretos, Barretos,

    2012, p. 24. Acesso em 19 de outubro de 2013.

    FOLHA ONLINE. Entenda como a crise financeira global afeta o Brasil, 2009. Disponvel

    em Acesso em 08 de

    setembro de 2013.

    Missurelli, H.; Massuda, C. Como construir Paredes de Concreto. Revista Tchne, vol. 17, e.

    147, p. 74-80, 2009. Acesso em 28 de setembro de 2013.

    Nascimento, Morato D. ; Tostes, Simone P. Programa minha casa minha vida: a (mesma)

    poltica habitacional no Brasil, 2012. Disponvel em:

    Acesso em 08 de

    setembro de 2013.

  • 50

    Pinho, D. de T. P. Sistema construtivo parede de concreto um estudo de caso.

    (Monografia) Universidade Federal do Cear, 2010. Acesso em 28/09/2013. Disponvel em

    Acesso em 16 de setembro de 2013.

    Parede de concreto Operrios multifuncionais em uma linha de montagem. Disponvel

    em Acesso em 28 de

    setembro de 2013.

    Parede de concreto Materiais. Disponvel em

    Acesso em 06 de outubro de 2013.

    Parede de concreto Concreto. Disponvel em

    Acesso em 19 de outubro de 2013.

    Programa Minha Casa Minha Vida. O que o programa. Disponvel em

    Acesso em 23 de novembro de 2013.

    Passo a passo Parede de concreto. Disponvel em

    Acesso em 25 de dezembro de 2013.

    Manual Lumiform SH. Disponvel em . Acesso em 23 de dezembro de 2013.

    Sistemas construtivos Projeto Arquitetnico. Disponvel em

    Acesso em 24 de dezembro de 2013.

  • 51

    Justos, P. Construo de casa entra na forma. O Estado de So Paulo. So Paulo, 15 ago.

    2009. Disponvel em:< http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,construcao-de-casa-

    entra-na-forma> Acesso em 08 de setembro de 2013.

    Wendler, A. Sistema Construtivo Parede de Concreto: Um sistema com bom desempenho.

    In: Concrete Show, 2009. So Paulo. Acesso em 20 de outubro de 2013.