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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA _________________________________________________________________________________ SISTEMA DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS DA FARMÁCIA INSERIDA NO AMBIENTE HOSPITALAR CAROLINE ECKSTEIN MAKARUK Sinop-MT 2017/2

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

_________________________________________________________________________________

SISTEMA DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS DA FARMÁCIA

INSERIDA NO AMBIENTE HOSPITALAR

CAROLINE ECKSTEIN MAKARUK

Sinop-MT

2017/2

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

_________________________________________________________________________________

SISTEMA DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS DA FARMÁCIA

INSERIDA NO AMBIENTE HOSPITALAR

CAROLINE ECKSTEIN MAKARUK

Trabalho de Conclusão de curso

apresentado ao programa de graduação em

Farmácia da Universidade Federal de Mato

Grosso- Campus de Sinop, como requisito parcial

para a obtenção do título de Bacharel em

Farmácia, sob a orientação da Professora Drª

Maria de Almeida Rocha Rissato.

Sinop-MT

2017/2

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

_________________________________________________________________________________

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

_________________________________________________________________________________

Dedico esse trabalho a Deus, que é a

minha base e meu caminho, pois como disse Jesus,

“eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem

ao pai se não por mim”.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me concedido vida, saúde e sabedoria, e por

iluminar meu caminho nesta jornada em busca de crescimento e conhecimento, e assim, cumprir

mais uma etapa da minha vida com sucesso.

Ao meu marido, Ricardo Makaruk, que esteve ao meu lado durante todos os dias da

minha graduação, me ajudando as superar as dificuldades, compartilhando minhas alegrias e

tristezas e me dando suporte para concluir esta etapa da minha vida, da nossa vida, seu apoio

me fortaleceu dia após dia, e essa vitória eu devo muito a você. Te amo.

Aos meus pais, Carlito e Anita Eckstein que em todo momento me apoiaram, e me

incentivaram a continuar apesar das falhas e tropeços, que se mantiveram firmes na certeza de

que criaram uma filha com princípios e que ela era capaz de tudo o que quisesse se corresse

atrás.

A minha irmã e grande amiga, Camila Eckstein, por estar sempre ao meu lado e por

ser meu pilar de sanidade, por ser tão prestativa e por me incentivar, me ajudando, ou até

mesmo só me ouvindo! Sei que você sempre estará na primeira fileira torcendo por mim! Te amo

muito!

À querida amiga e Profª Drª Maria de Almeida Rocha Rissato, obrigada pela

confiança e paciência, pelos conhecimentos transmitidos, pelas orientações e conselhos para o

meu crescimento pessoal e profissional. Muito Obrigada!

À minha segunda família, que me aceitaram em suas vidas com muito amor e

carinho, em especial a sogra Solange Cristina Kovalski Makaruk por ter acreditado em mim, e

ter me dado tanta força para seguir em frente, me mostrando que meus sonhos eram possíveis,

mesmo quando as circunstâncias demonstravam o contrário.

Aos meus grandes e eternos amigos, das “Gatas da Farmácia” por terem

compartilhado comigo as dificuldades diárias da graduação, por alegrar os meus dias e pela

fidelidade da amizade de vocês.

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As professoras Rafaela Grassi Zampieron e Regiane Leitzke por terem aceito tão

gentilmente meu convite para comporem a banca avaliadora, dispondo de seu tempo e de sua

atenção.

A Fundação de Saúde Comunitária de Sinop – Hospital Santo Antônio, e seus

profissionais que me auxiliaram na realização deste estudo.

Agradeço em especial às farmacêuticas Barbara Antonia Marcos, Hanay Fátima

Constantini, e a todos os meus parceiros de equipe, pela amizade, incentivo e apoio oferecidos

no decorrer da pesquisa.

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MAKARUK, CE. Sistema de dispensação de medicamentos da farmácia inserida no

ambiente hospitalar. 2017. 37 Pág. Trabalho de Curso de Farmácia – Universidade Federal de

Mato Grosso, Campus de Sinop.

Palavras-chaves: farmácia hospitalar, sistemas de dispensação, segurança do paciente.

RESUMO

A farmácia inserida no ambiente hospitalar tem diversas atribuições extremamente

relevantes, entre elas, a função de dispensar materiais e medicamentos. Esta pesquisa teve como

objetivo analisar o sistema de dispensação dos produtos em um hospital geral de médio porte no

norte de Mato Grosso no ano de 2017. Para a realização deste trabalho, foi utilizado o método de

observação, no qual as informações foram coletadas sem promover interferência no ambiente. O

sistema de dispensação individualizado, que é utilizado pelo hospital, é um dos mais eficientes e

mais utilizados nos hospitais brasileiros. Os dados coletados demonstraram que existe um foco

muito grande na melhoria do sistema para promoção da segurança do paciente, com intuito de

diminuir cada vez mais os riscos do paciente no hospital. Os procedimentos adotados pela

farmácia foram desde pequenas alterações nas etiquetas dos medicamentos que não tiveram

grande influência na rotina de trabalho até a implantação do sistema de código de barras, que

mudou completamente os procedimentos seguidos pela farmácia. Os resultados obtidos na

pesquisa permitiram concluir que existe uma preocupação do hospital em garantir a qualidade do

atendimento ao paciente com foco na segurança e que a farmácia tem papel crucial neste

processo.

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LISTA DE ABREVIATURAS

ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária

CC – Centro Cirúrgico

CEC – Centro de Educação Continuada

OPAS – Organização Pan Americana de Saúde

POP – Procedimento Operacional Padrão

PS – Pronto Socorro

SBRAFH – Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar

SUS – Sistema Único de Saúde

UTI – Unidade de Tratamento Intensivo

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 10

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................... 12

2.1 Contexto histórico da farmácia hospitalar ........................................................................... 12

2.2 A farmácia hospitalar ........................................................................................................... 12

2.3 Os sistemas de dispensação de medicamentos ..................................................................... 16

2.3.1 Sistema de dispensação coletivo ...................................................................................... 17

2.3.2 Sistema de dispensação individualizado .......................................................................... 17

2.3.3 Sistema de dispensação por dose unitária ........................................................................ 18

2.4 Especificidades da dispensação de medicamentos para unidades de internação ................ 19

3 OBJETIVOS .................................................................................................................................. 20

3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................ 20

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................. 20

4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................................ 21

4.1 Campo de Observação .......................................................................................................... 21

4.2 INSTRUMENTOS PARA COLETAS DE DADOS ............................................................ 22

5 RESULTADOS.............................................................................................................................. 23

5.1 Estrutura física ..................................................................................................................... 24

5.2 Entrada e admissão do paciente ........................................................................................... 27

5.3 Prontuário hospitalar e prescrição médica .......................................................................... 29

5.4 Farmácias satélites ................................................................................................................ 33

5.5 Centro de Educação Continuada (CEC) .............................................................................. 34

5.6 Alta hospitalar ...................................................................................................................... 37

6 CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................... 40

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1 INTRODUÇÃO

A farmácia inserida no ambiente hospitalar destaca-se pela variedade de atribuições que

incluem desde a logística de medicamentos e materiais médicos até o cuidado direto ao paciente.

Na farmácia hospitalar, o conhecimento multidisciplinar é indispensável, e de acordo com a

Portaria nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010 do Ministério da Saúde, é conceituada como

unidade de assistência técnica, administrativa e contábil, dirigida por profissional farmacêutico

habilitado, promovendo auxílio farmacêutico aos pacientes e profissionais de saúde.

As atividades desempenhadas na farmácia hospitalar tem se mostrado indispensáveis ao

longo dos anos, além de promover a melhoria do sistema organizacional da instituição como um

todo, considerando o elo entre o médico e a enfermagem, as atribuições deste setor requerem alta

confiança do hospital (GOMES, 2006).

Uma das atividades de maior impacto na farmácia é a dispensação de medicamentos.

Quanto maior a eficiência do sistema de dispensação de medicamentos e outros produtos de

interesse à saúde, maior será a garantia de sucesso das medidas terapêuticas e profiláticas

instauradas. Os aspectos importantes para a racionalidade e eficácia do sistema são: controle de

estoque, padronização de medicamentos e produtos de interesse à saúde na instituição,

envolvimento de recursos humanos capacitados para o exercício das funções e controle da

qualidade dos processos adotados (CAVALLINI & BISSON, 2002).

A dispensação de medicamentos na farmácia hospitalar é citada como um dos meios de

aproximar o serviço de farmácia á segurança do paciente, quanto mais eficiente o sistema de

dispensação, menor será a incidência de erros e consequentemente, melhor será o serviço

oferecido ao paciente (NETO, 2005).

Existem três sistemas de dispensação, que são: o sistema de dispensação coletivo, o

sistema de dispensação individualizado e o sistema de dispensação por dose unitária, todos

possuem vantagens e desvantagens, e cabe à instituição determinar qual o sistema que melhor

atende suas necessidades (XAVIER, 2007).

Para um melhor funcionamento dos sistemas, foram implantadas, em diferentes períodos,

as chamadas farmácias satélites, que são pequenos estoques de materiais e medicamentos,

localizados em alguns setores do hospital com a finalidade de proporcionar melhor atendimento

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ao paciente, estas farmácias satélites se localizam normalmente em setores de grande fluxo de

pacientes e setores de atendimento emergencial e intensivo (CAVALLINI & BISSON, 2010).

Dentro do contexto hospitalar, um tema que tem ganhado cada vez mais espaço é a

segurança do paciente, e para isto, foram implantadas a maioria das medidas citadas neste

trabalho, tendo em vista que a saúde e o bem estar do paciente são preocupações cada vez

maiores, e é de responsabilidade de todo o hospital trabalhar para que o paciente tenha um

atendimento cada vez melhor e mais seguro.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CONTEXTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR

A origem das atividades relacionadas à farmácia ocorreram no início do século X,

quando ficaram conhecidas as boticas ou apotecas. Neste período a medicina e a farmácia eram

atividades designadas a um profissional comum às duas áreas. Somente por volta do século XVIII

as profissões farmacêutica e médica foram separadas, proibindo o médico de ser proprietário de

uma botica, e separando as responsabilidades de diagnosticar e de produzir as poções que levam a

cura (SILVA, 2013).

Apenas no começo do século XX as farmácias hospitalares passaram a ser

reconhecidas em seu potencial de atuação, sendo ativas na participação do processo de cura do

paciente produzindo preparações magistrais e oficinais. No Brasil, as indústrias de medicamentos

foram instaladas por volta de 1940, alterando o status da farmácia de participante ativa, para uma

coadjuvante, que realizara somente a dispensação de medicamentos. Este fato forçou as farmácias

hospitalares a se modernizarem, adequando-se ao novo modelo de medicamentos agora

disponíveis no mercado, que eram os medicamentos alopáticos, padronizados e vendidos em

escala industrial, e que em pouco tempo já haviam se tornado primordiais na profissão

farmacêutica (GOMES; REIS, 2006).

2.2 A FARMÁCIA HOSPITALAR

A unidade hospitalar é composta por setores administrativos e técnicos, que por vezes

compartilham atividades (CAVALLINI & BISSON, 2002). Espera-se que a farmácia hospitalar

desenvolva atividades clínicas e relacionadas à gestão, que devem ser organizadas de acordo com

as características do hospital onde se insere o serviço, isto é, manter coerência com o tipo e o

nível de complexidade do hospital (TORRES et al., 2007).

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De acordo com Gomes & Reis (2006) a farmácia hospitalar “É a unidade

tecnicamente aparelhada para prover clínicas e demais serviços dos medicamentos e produtos

afins de que necessitam para o normal funcionamento”. Esta abordagem deixa claro que a

intenção da farmácia inserida no ambiente hospitalar diferentemente da indústria, não é produzir

medicamentos, e sim atender as necessidades assistenciais do estabelecimento de saúde onde está

inserida, em relação a medicamentos e produtos farmacêuticos.

Pode-se dizer que a farmácia hospitalar tem diversas funções que são fundamentais

para a assistência hospitalar, dada a importância de determinar as funções que deveria exercer a

farmácia inserida no ambiente hospitalar, a Organização Pan-americana de Saúde – OPAS (1992)

e o Ministério da Saúde do Brasil (1994) listaram as funções fundamentais da farmácia

hospitalar:

Seleção de medicamentos, germicidas e correlatos necessários ao hospital

realizado pela comissão de farmácia e terapêutica ou correspondente e associada a

outras comissões quando necessário;

Aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados estabelecendo

níveis adequados para aquisição por meio de um gerenciamento apropriado dos

estoques. O armazenamento de medicamentos deve seguir as normas técnicas para

preservar a qualidade dos medicamentos;

Manipulação, produção de medicamentos e germicidas, seja pela indisponibilidade

de produtos no mercado, para atender prescrições especiais ou por motivos de

viabilidade econômica;

Estabelecimento de um sistema racional de distribuição de medicamentos para

assegurar que eles cheguem ao paciente com segurança, no horário certo e na dose

adequada;

Implantação de um sistema de informação sobre medicamentos para obtenção de

dados objetivos que possibilitem à equipe de saúde aperfeiçoar a prescrição

médica e a administração dos medicamentos. O sistema deve ser útil na orientação

ao paciente no momento da alta ou nos tratamentos ambulatoriais.

Estas funções são essenciais em uma farmácia hospitalar, estabelecidas pelo Conselho

Federal de Farmácia por meio da Resolução 308/97.

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Ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH,

2007), as principais funções da farmácia hospitalar foram divididas em seis principais grupos:

Gestão – a parte que prioriza a assistência hospitalar, e que deve possuir uma

estrutura organizacional que comporte as necessidades das tarefas relacionadas, as quais missão,

valores e visão de futuros devem ser muito bem estabelecidos. Participar de forma ativa no

planejamento estratégico, como um integrante da comissão multiprofissional que define os

critérios de avaliação do desempenho, tal como elaborar e participar da elaboração de

procedimentos operacionais padrões (POP) que determinam a rotina de trabalho no ambiente da

farmácia hospitalar, deve também ser incluída na participação e organização financeira da

instituição, podendo então estipular os custos e benefícios na hora da aquisição de materiais e

medicamentos Participar das comissões de formulação de políticas e procedimentos relacionados

à assistência farmacêutica como: Comissão de Farmácia e Terapêutica, Comissão de Controle de

Infecção Hospitalar, Comissão de Ética, Comissão de Suporte Nutricional e Comissão de

Gerenciamento de Resíduos de Saúde, Comissão de Avaliação de Tecnologias, Comissão de

Riscos Hospitalares, dentre outros (SBRAFH, 2007).

Desenvolvimento de infraestrutura – deve garantir a base material necessária à

atuação eficiente do farmacêutico na farmácia hospitalar, e isso inclui a disponibilidade de

equipamentos e instalações adequadas ao gerenciamento de medicamentos, saneantes e produtos

para a saúde, manipulação de produtos estéreis e não estéreis. É necessária ainda a implantação

de um sistema de gestão informatizado, a disponibilidade de recursos para informação e

comunicação, salas para a prática de atividades farmacêuticas. (SBRAFH, 2007)

Preparo distribuição, dispensação e controle de medicamentos e produtos para a

saúde – a implantação de um sistema racional de distribuição deverá ser priorizada pelo

farmacêutico e pela instituição, de forma a buscar processos que promovam maior segurança ao

paciente. A definição de normas e procedimentos relacionados ao sistema de distribuição deve

ser realizada com a participação de representantes da equipe de enfermagem, dos médicos e da

comissão de farmácia e terapêutica. As prescrições de medicamentos devem ser analisadas pelo

farmacêutico antes de serem dispensadas, as dúvidas devem ser resolvidas com o prescritor e as

decisões tomadas serem registradas (GOMES & REIS, 2000; SBRAFH, 2007).

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Otimização da terapia medicamentosa – visa aumentar a efetividade da intervenção

terapêutica, promovendo o uso racional e garantido a qualidade da farmacoterapia, devendo ser

realizado com o apoio da diretoria clínica e a colaboração da comissão de farmácia terapêutica. O

uso racional de medicamentos consiste em obter o efeito terapêutico adequado à situação clínica

do paciente utilizando o menor número de fármacos, durante o período mais curto e com o menor

custo possível. O farmacêutico deve selecionar os pacientes que necessitam de monitoramento,

como os que têm baixa adesão ao tratamento, em uso de medicamentos potencialmente perigosos,

em uso de medicamentos com maior potencial de produzir efeitos adversos, de alto custo,

crianças e idosos (GOMES & REIS, 2000; SBRAFH, 2007).

Informação sobre medicamentos e produtos para saúde – A farmácia é responsável

por prover à equipe de saúde e pacientes de informações técnico-científicas sobre eficácia,

segurança, qualidade e custos dos medicamentos e produtos para a saúde. Para elaboração de

informações seguras e atualizadas, a farmácia hospitalar deve dispor de fonte de informações

primárias, secundárias, terciárias, isentas e atualizadas. É de relevância a participação do

farmacêutico no suporte de informações às comissões de farmácia e terapêuticas, licitações,

controle de infecção hospitalar, terapia nutricional, gerenciamento de riscos e de resíduos e

avaliação de tecnologias, devendo primar pela utilização de informações baseadas em evidências.

Além das informações demandadas (informações passivas), a farmácia hospitalar deve elaborar e

divulgar guias, boletins informativos sobre o uso de medicamentos (GOMES & REIS, 2000;

SBRAFH, 2007).

Ensino, educação permanente e pesquisa – a farmácia hospitalar deverá promover

participar e apoiar ações de educação permanente, ensino e pesquisa nas suas atividades

administrativas, técnicas e clínicas, com a participação de farmacêuticos, demais profissionais e

estudantes. A formação, capacitação e qualificação dos recursos humanos deverão ser contínuas,

em quantidade e qualidade suficientes para o correto desenvolvimento da assistência

farmacêutica. Estas atividades deverão basear-se nas recomendações elencadas pelas diretrizes

curriculares para o ensino de graduação em farmácia, e as recomendações dos Conselhos

Profissionais, da SBRAFH e demais associações de classe. A Farmácia pode, ainda, promover,

participar e apoiar pesquisas inseridas em seu âmbito de atuação, visando à produção de

informações que subsidiem o aprimoramento das práticas, o uso racional de medicamentos e

demais produtos para a saúde, contribuindo com a melhoria da qualidade da assistência

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farmacêutica. As atividades de ensino, educação continuada e pesquisa devem buscar atender as

necessidades da sociedade por ela assistida e da população em geral, favorecendo a harmonização

entre as políticas das áreas da educação e de saúde, levando a formação de profissionais com

perfil e competência compatíveis com estas necessidades (SBRAFH, 2007).

O nível de complexidade dos serviços ofertados pelo hospital influencia a natureza e

a complexidade das atividades realizadas pelo serviço de farmácia hospitalar (MESSEDER et al.,

2007).

2.3 OS SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

A dispensação de medicamentos é o ato farmacêutico associado à entrega e

dispensação dos mesmos, mediante prescrição médica, no qual o profissional farmacêutico

analisa a prescrição, repassa informações necessárias para o bom uso dos medicamentos e em

alguns casos prepara as doses a serem administradas (GOMES & REIS, 2006).

O farmacêutico deve buscar estabelecer um sistema de dispensação eficiente, eficaz e

seguro para os pacientes ambulatoriais e internados, de acordo com recursos técnicos e

financeiros do hospital. A dispensação de medicamentos é um aspecto estratégico dentro da

instituição, seja do ponto de vista da segurança ao paciente, ou do aspecto financeiro do hospital

(XAVIER, 2007).

O sistema de dispensação de medicamentos da farmácia é um dos mais importantes

pontos entre as atividades realizadas pela mesma. Dependendo do método de dispensação

utilizado, podemos antecipar com alguma margem de segurança o funcionamento adequado ou

não da farmácia e se o paciente está recebendo os seus medicamentos dentro dos critérios que

possam assegurar a sua qualidade e segurança (WILKEN & BERMUDEZ, 1999).

Os sistemas de dispensação entram no contexto hospitalar como um meio de adequar

as necessidades da instituição com as possibilidades da mesma, dando uma maior abertura para a

inserção da farmacovigilância no ambiente hospitalar, aumentado a eficácia do processo e dando

maior segurança para o paciente na utilizaçãodo medicamento.

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Existem três sistemas de dispensação de medicamentos conhecidos atualmente: o

sistema de dispensação coletiva, o sistema de dispensação individualizado e o sistema de

dispensação por dose unitária. Cada sistema apresenta vantagens e desvantagens, e cabe à equipe

multidisciplinar escolher o método que mais se adéqua as características do estabelecimento e dos

profissionais, considerando o atendimento das necessidades de demanda do hospital e a

disponibilidade de recursos para execução (XAVIER, 2007).

2.3.1 Sistema de dispensação coletivo

O sistema de dispensação coletiva é de fato o mais simples e primitivo, pois consiste

na solicitação dos medicamentos por unidade de internação, ou seja, é feito um balanço geral dos

medicamentos que serão utilizados durante determinado período, e a unidade de internação faz

um pedido total que é entregue em nome do setor que está requisitando, a farmácia não tem

acesso á prescrição do paciente, portanto constata se que a assistência ao paciente fica

prejudicada pela não participação do farmacêutico na revisão e análise da prescrição médica

(GOMES & REIS, 2006). Também pode ser efetuado através de estoque por unidade assistencial,

onde são estabelecidos quais produtos podem ser dispensados a cada unidade e suas quantidades

máxima e mínima, porém neste sistema acontece muito o acumulo de matérias e medicamentos

nas várias unidades assistenciais, implicando em grande numero de perdas e prejuízo à

instituição.

O sistema de dispensação coletivo apresenta mais desvantagens do que vantagens já

que a farmácia possui pequena participação ao longo do processo, o que gera consequências que

oneram, tanto o hospital como o paciente (CAVALLINI & BISSON, 2002).

2.3.2 Sistema de dispensação individualizado

O sistema de dose individualizado trata o paciente de forma individual e única, ou

seja, os medicamentos nele administrados são especialmente prescritos para um determinado

problema para um determinado paciente em um período de tempo pré-estabelecido, que

normalmente é em torno de 12 á 24 horas. Neste tipo de sistema, as necessidades

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medicamentosas dos pacientes internados na instituição hospitalar serão atendidas por meio da

prescrição médica, enviada á farmácia através de uma segunda via desta prescrição, seja ela

digitada (forma direta) ou transcrita (forma indireta), redigida de forma individual, e que deverá

contemplar todos os medicamentos que o paciente necessitará por um período de tempo

(PEDROSO, 2013). Apesar de ser mais eficiente em relação ao sistema de dispensação coletiva,

este sistema ainda apresenta riscos de erros na dispensação e consequentemente na administração

dos medicamentos. Outra desvantagem considerável deste tipo de sistema, esta na demanda de

tempo que os profissionais da enfermagem precisam dedicar às atividades relacionadas aos

medicamentos, que em muitos casos, superam o tempo usado nos cuidados ao paciente

(RAGAZZI, 2008).

2.3.3 Sistema de dispensação por dose unitária

O sistema de dispensação por dose unitária surgiu no final da década de 1950, com o

objetivo de corrigir algumas falhas do sistema de dispensação por dose individualizada,

(PEDROSO, 2013). Este sistema consiste em distribuir os medicamentos de forma específica, já

diluídos e preparados para a administração no paciente. Neste método cabe a enfermagem apenas

o ato de administrar na via correta. Na dispensação por dose individualizada o farmacêutico

recebe a prescrição médica do paciente ou sua cópia direta, elabora o registro farmacoterapêutico

do paciente, analisa as informações da prescrição e quando necessário, faz intervenções

terapêuticas e dispensa os medicamentos em embalagens de dose unitária (STORPIRTIS, 2008).

De todos os sistemas descritos na literatura, a dispensação por dose unitária é sem

dúvidas o que oferece melhores condições para o tratamento medicamentoso adequado do

paciente, sendo portanto, a forma mais segura, com menor probabilidade de ocorrência de erros,

permitindo ao farmacêutico uma participação mais eficiente nos processos (GOMES & REIS,

2006). Há muita relutância em implantar o sistema de distribuição de medicamentos por dose

unitária, na maioria das vezes, com a justificativa pautada no elevado investimento necessário

para implantação de uma infraestrutura física e de recursos humanos exigidos para o

desenvolvimento seguro das atividades necessárias para execução da unitarização das doses que

serão dispensadas (STORPIRTIS, 2008).

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2.4 Especificidades da dispensação de medicamentos para unidades de internação

Em alguns setores, são implantados mais de um sistema, e este recebe o nome de

sistema misto, neste sistema, parte do sistema é coletivo e parte individualizado. Assim como os

outros sistemas, o sistema misto tem suas vantagens e desvantagens, porém sua explicação está

no fato da junção de dois dos sistemas anteriormente descritos, com a intenção de minimizar as

desvantagens contidas em cada um deles. Geralmente, as unidades de internação, de forma

parcial ou integral, são atendidas pelo sistema individualizado e os serviços (radiologia,

endoscopia, ambulatórios, serviços de urgências e outros) são atendidos pelo sistema coletivo

(XAVIER, 2007). É indicado que, nesse sistema, as solicitações encaminhadas pelas unidades

assistenciais sejam embasadas em relação de estoque, previamente estabelecida entre farmácia e

enfermagem. Estes estoques deverão ser controlados e repostos pela farmácia, mediante

documento justificando o uso do medicamento (GOMES & REIS, 2003).

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

- Analisar a dispensação de medicamentos em um hospital geral de Sinop-MT.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Descrever a estrutura física da farmácia hospitalar.

- Descrever os recursos humanos.

- Descrever o sistema tecnológico utilizado pela farmácia hospitalar.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado no período de janeiro a julho de 2017, e teve caráter de relato de

caso, o objetivo foi avaliar o serviço oferecido na farmácia do hospital, considerando os

parâmetros de boas práticas farmacêuticas de dispensação de medicamentos.

Para a avaliação foi adotada a abordagem proposta por DONABEDIAM citados por

WESTPHAL & ALMEIDA (2001) e PEDROSO (2013), analisando as seguintes variáveis:

Estrutura (propriedades físicas e organizacionais do ambiente na qual o

cuidado é provido);

Processo (o que é feito para os pacientes);

Resultado (o que é finalizado para os pacientes).

4.1 CAMPO DE OBSERVAÇÃO

A farmácia hospitalar do Hospital Santo Antonio onde foi realizado o estudo, fica na

cidade de Sinop, região norte de Mato Grosso, um dos maiores hospitais da região e atende

diversas ocorrências de baixa a alta complexidade, conta também com a presença da clínica

oncológica, que atende pacientes da região.

Atualmente a farmácia conta com quatro farmacêuticas, e vinte e cinco auxiliares de

farmácia, distribuídos em plantões, de acordo com a necessidade de cada horário.

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4.2 INSTRUMENTOS PARA COLETAS DE DADOS

A coleta de dados foi realizada através de observação: análise da rotina dos profissionais

da farmácia central e das farmácias satélites, analisando o contexto como um todo, e pontuando

as principais ações de cada profissional que participa da dispensação, sem intervir no processo.

O pesquisador aplicou a técnica de observação em todas as áreas assistenciais do hospital,

e principalmente na unidade de Farmácia Hospitalar Central. A coleta de dados teve inicio em

janeiro de 2017 e se estendeu até julho de 2017. Este setor foi minuciosamente observado pelo

pesquisador sendo escolhido por abrigar os profissionais da instituição responsáveis por

desenvolver a maior parte das atividades relacionadas a dispensação de medicamentos, sendo

também o local destinado a armazenamento e distribuição dos insumos de maior valor.

Durante a análise dos dados obtidos através da observação, para melhor entendimento os

temas foram subdivididos desde a entrada do paciente até a sua alta hospitalar, onde praticamente

em todos os aspectos houve mudanças, mudanças estas proporcionadas pela equipe

multidisciplinar e direcionadas para todos os setores do hospital, estas mudanças foram ocorrendo

no decorrer dos anos de acordo com as necessidades do hospital de se adequar ao melhor modelo

possível de dispensação, visando atender os pacientes de maneira mais correta e segura.

Muitas destas mudanças foram bastante significativas, e outras tiveram menos

interferência no processo, porém cada uma com uma finalidade e todas com o mesmo propósito,

melhorar o atendimento ao paciente em todos os aspectos relacionados ao hospital.

O estudo em questão teve como foco a farmácia hospitalar, porém algumas mudanças

realizadas em outros setores tem relação direta com a farmácia e com o processo como um todo e

não puderam ser negligenciadas, portanto também foram avaliadas.

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5 RESULTADOS

A dispensação de medicamentos ocorre através do sistema de dose individualizada,

proporcionando que o responsável técnico tenha maior controle sobre os medicamentos,

diminuindo os estoques nas unidades e consequentemente favorecendo o controle de desvios e

perdas.

Uma pequena parcela dos medicamentos é dispensada pelo sistema coletivo de dose, ou

seja, buscando atender as necessidades dos pacientes de uma maneira economicamente viável

para a instituição, aqueles medicamentos que são prescritos na forma farmacêutica líquida, para

uso oral, como por exemplo, os xaropes, soluções e suspensões orais, não são dispensados de

forma individualizada ao paciente, visto que o fracionamento dessas doses requer um

investimento financeiro em infraestrutura, além de exigir um maior número de recursos humanos.

Sendo assim, o farmacêutico, juntamente com o enfermeiro responsável pelo setor, desenvolveu

com base no histórico de consumo, um arsenal de medicamentos que ficam armazenados no

posto de enfermagem.

A responsabilidade destes medicamentos é atribuída aos funcionários da enfermagem, que

devem assegurar, entre outras coisas, o bom uso, conservação e reposição dos mesmos. O setor

de farmácia somente é autorizado a dispensar um novo frasco de um determinado medicamento

mediante a apresentação da embalagem vazia, ou passados 30 dias da abertura da embalagem

primária do medicamento, visando minimizar o risco de contaminação microbiana.

Logo que ingressa no hospital o paciente precisa seguir uma ordem de processos para que

o atendimento seja eficiente, isto inclui uma série de burocracias, como apresentação de

documentos pessoais, convênio utilizado, exames laboratoriais pré-existentes, forma de

pagamento, informações pessoais como endereço e filiação, entre outras informações que

precisam ser consideradas, já que tanto o paciente em si quando seu nome e patologia são

considerados de extrema importância para a realização de qualquer procedimento.

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5.1 Estrutura física

A ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio da Resolução – RDC nº

50 de 21 de fevereiro de 2002, define as normas para implantação de projetos físicos destinados

aos estabelecimentos assistenciais de saúde, instituindo os ambientes e as dimensões que devem

constar a planta física de uma farmácia hospitalar (BRASIL, 1995).

A FIGURA 1 mostra a planta baixa da farmácia hospitalar, que de acordo com a

legislação deve conter: área para atendimento (1), área de recepção e inspeção de mercadorias

(2), área para armazenamento de medicamentos sujeitos a controle especial de temperatura e

materiais de uso hospitalar (6), área para fracionamento de medicamentos (8), área de

dispensação (4), área administrativa (5), copa (3) e sanitário (7).

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FIGURA 1 – Planta baixa da unidade central da farmácia hospitalar de um hospital geral

no município de Sinop-MT (2017).

Fonte: Pedroso, 2013.

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O detalhamento das áreas que compõe a unidade principal da farmácia hospitalar

analisada foram descritas por PEDROSO (2013) no texto a seguir:

Atendimento: Consiste na área de acesso a unidade principal da Farmácia Hospitalar,

permitindo oatendimento aos funcionários da instituição. Está área permite o contato dos

auxiliares de farmácia com os técnicos de enfermagem e/ou enfermeiros durante á

solicitação de medicamentos e materiais de uso médico- hospitalar. Este espaço é

estrategicamente reservado para a conferência por parte dos técnicos de enfermagem

Área de recepção e inspeção de mercadorias: Dá área total que compreende a farmácia

hospitalar, 12,3m2 é destinada a recepção de mercadorias, garantindo que o produto

entregue esteja correto e em perfeita condições de uso. Além disso, o estoque de

medicamentos injetáveis acontece nesta mesma área.

Armazenamento de Medicamento sujeitos a controle especial de temperatura e

materiais de uso hospitalar: área de 9,0m2 que possui duas geladeiras destinadas ao

armazenamento de medicamentos que necessitam de refrigeração, soluções para irrigação

e testes rápidos para HIV. O armazenamento de soluções anti-sépticas e produtos usados

na esterilização de materiais hospitalares também acontecem nesta área.

Fracionamento de medicamentos: sala de 9,0m2, composta por bancadas, seladora e

materiais destinados ao fracionamento de formulas farmacêuticas sólido de uso oral,

como comprimidos e cápsulas. A Resolução da ANVISA nº 50 de 21 de fevereiro de

2002, estabelece uma área de no mínimo de 6m2 para realização das atividades

relacionadas ao fracionamento de fórmulas farmacêuticas (BRASIL, 2002).

Área de dispensação: Composta por aproximadamente 80m2 de área destinada as

atividades de dispensação de medicamentos. Possuem armários projetados com intuito de

atender a organização interna adotada pela instituição e possibilitar acesso facilitado a

medicamentos e correlatos, agilizando o processo de separação dos itens que serão

distribuídos.

Área administrativa: Está área é destinada ao desenvolvimento das atividades

administrativas que envolvem atuação de profissionais farmacêuticos. Atualmente está

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sala é ocupada por duas farmacêuticas, sendo á área total de 12,2m2, atendendo a

exigência da resolução da Anvisa, RDC nº50/2002 que estabelece a necessidade de

5,5m2/pessoa (BRASIL,2002).

Sanitário e Copa: Estes dois ambientes não fazem parte das áreas mínimas exigidas pela

Anvisa, na RDC nº 50/2002 para farmácias hospitalares, sendo, portanto, considerados

ambientes de apoio que oferecem comodidade e conforto aos funcionários da farmácia.

5.2 Entrada e admissão do paciente

Os pacientes atendidos no hospital possuem diferentes origens: SUS, encaminhamento

por clínicas especializadas e outros hospitais particulares. Alguns dos pacientes podem ter origem

interna do hospital sendo admitidos após passarem pelo setor de pronto socorro (PS). O sistema

de admissão passou então por alterações que foram determinantes para a entrada dos internados e

influenciaram diretamente o atendimento na farmácia hospitalar. Para os pacientes oriundos do

SUS, clínicas e hospitais particulares, o paciente chegava na instituição com seu pedido de

internação, passava pelo setor de faturamento/admissão e era diretamente encaminhado ao leito

em que ficaria internado.

Uma das unidades assistenciais do hospital em questão é o pronto socorro, por onde

passam muitos pacientes em atendimento ambulatorial, ou seja, aqueles que não chegam a ser

internados, os mesmos são recebidos na instituição, atendidos pelo médico plantonista, que pode

ou não prescrever algum medicamento a ser administrado ali mesmo, no PS, ou pode também ser

encaminhado para internação, caso este não melhore após a terapia medicamentosa ambulatorial

e necessite de tratamento mais intenso e acompanhamento.

Em relação à farmácia, no setor do PS, assim como na sala de parto e na UTI Infantil,

mantém-se um pequeno estoque de materiais e medicamentos mais utilizados e emergenciais, que

é chamado de arsenal. O arsenal é composto de quantidades especificas e controladas de cada

material e medicamento, como por exemplo, sondas de aspiração, equipo macro, cateter

intravenoso, cateter nasal e ampolas e comprimidos, como dipirona, tramadol, bromoprida e

nifedipino, após os materiais e medicamentos serem utilizados no paciente, é emitida uma ficha

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com os itens utilizados e a ela é anexada uma ficha de terapia emitida pelo sistema de informação

utilizado no hospital, esta ficha contém os principais dados do paciente, como nome, idade,

convênio, e seu numero de atendimento, que é único e especifico daquele paciente daquele dia.

De todas as fichas que são encaminhadas à farmácia para a reposição dos itens do arsenal,

algumas são de convênios, como UNIMED e CASSI e outras são particulares, as fichas de

convênios não são repostas de imediato, durante o dia existem dois horários em que a farmácia

separa e envia as reposições aos setores como o PS, isto porque é necessário priorizar as

prescrições de pacientes internados, que ainda não foram medicados, porém as fichas de

pacientes particulares possuem preferência no preparo e lançamento frente às outras atividades

realizadas na farmácia, devido ao fato da urgência na questão do pagamento quando comparada

as fichas de convênios.

A ficha de um paciente só é encaminhada a farmácia quando o paciente já foi medicado e

está liberado para ir embora ou para a internação, portanto quando o paciente é particular, sua

ficha é encaminhada a farmácia imediatamente após a liberação médica para alta ou internação,

neste ponto o paciente possui pressa para ir embora ou para ir para o seu leito no caso de

internação, sendo assim, o funcionário da farmácia recebe a ficha no balcão de um técnico ou

enfermeiro, e assina em um protocolo a hora e quem esta recebendo, isto para agilizar o processo

e ter controle dos responsáveis pela realização do procedimento, o funcionário da farmácia que a

recebe, imediatamente separa os itens, e lança na conta do paciente, em seguida, a recepção é

avisada que os materiais e medicamentos já estão lançados na conta do paciente, a recepção então

recebe o valor respectivo do atendimento e libera o paciente, ou autoriza a internação.

Este procedimento foi estabelecido devido ao fato de que muitos pacientes particulares

internados e ambulatoriais, devido à urgência de atendimento, acabavam não pagando os gastos

provenientes do PS, acarretando em prejuízo para a instituição.

A presença do sistema de informação hospitalar melhora a qualidade do serviço geral e da

farmácia dentro do hospital, este foi implantado concomitantemente na fundação da instituição, e

vem sendo aprimorado desde então, o atendimento ao paciente se torna mais específico, tornando

cada atendimento único e de maneira mais organizada.

A implantação deste novo sistema reduziu também os riscos de erros humanos em relação

a dispensação de medicamentos e permitiu maior rastreabilidade das falhas ocorridas na

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dispensação e administração de medicamentos, facilitando a identificação e reparação do ponto

que estava gerando margem para a ocorrência dos erros.

5.3 Prontuário hospitalar e prescrição médica

Uma vez internado, o paciente deve possuir um prontuário, que é sua identidade

hospitalar, é um conjunto de documentos que devem relatar tudo o que ocorreu com aquele

paciente durante sua internação, cada prontuário deve conter todos os documentos referentes ao

período em que este paciente permanecer internado. Os itens que compõe um prontuário

dependem dos procedimentos que forem realizados, mas de forma geral todo prontuário deve

conter um ficha de internação com os principais dados do paciente. Como os relatórios de

enfermagem, as prescrições médicas e requisições de farmácia e a ficha cirúrgica, com relatório

do anestesista e cirurgião, caso haja intervenção cirúrgica.

Depois de feita a internação do paciente, o próximo passo é a realização da prescrição

médica do mesmo, e para melhorar o atendimento ao paciente e diminuir o tempo que a

enfermagem leva para medicar este paciente foi implantada uma regra que diz que após chegada

da segunda via da prescrição médica na farmácia, a mesma tem o período de meia hora para ser,

analisada, separada, lançada e levada até o posto de enfermagem de onde o paciente provém, esta

regra também se aplica a prescrições de pacientes provenientes do CC (Centro Cirúrgico).

Ao realizar a internação de um paciente, o médico prescreve as medicações e passa as

instruções necessárias à equipe de enfermagem. Muitas das prescrições que chegam até a

farmácia já são digitadas, outras são escritas manualmente. Quando o médico faz uma prescrição

escrita a mão, este utiliza se de um carbono e faz esta em duas vias, a primeira, escrita a caneta

fica no prontuário do paciente e recebe todos os carimbos e assinaturas da enfermagem e médico

prescritor, e a segunda via, a carbonada, vai para a farmácia para ser preparada, quando a

prescrição é digitada o médico imprimi duas vias da mesma e da mesma maneira, uma via fica no

prontuário e a outra é encaminhada para a farmácia.

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A equipe de enfermagem é responsável por adicionar os horários na prescrição, horários

diurnos com caneta azul e horários noturnos com caneta vermelha, para diferenciar os plantões

que irão administrar as medicações, para que os horários de administração de medicamentos seja

padronizado, foi determinado que a enfermagem deve abrir somente horários pares, e que as

medicações administradas neste intervalo devem ser somente quando necessário.

Ao ser entregue na farmácia a prescrição é notificada com o horário de chegada e o

funcionário que a trouxe até o setor, o tempo de meia hora é contado a partir da hora que é escrita

em cima da segunda via da prescrição.

Já na farmácia, a prescrição médica passa por uma análise realizada pelo farmacêutico

que estiver presente no setor no momento, nos finais de semana e feriados as prescrições não são

analisadas, pois é um ato que deve ser realizado pelo farmacêutico e este trabalha em regime de

oito horas diurnas com folga nos sábados e domingos. A análise das prescrições reduziu

consideravelmente o nível de erros de dispensação, provando que esta etapa de analise é de

grande importância para a melhoria nos processos de atendimento ao paciente.

No ano de 2015 foi implantada na farmácia o sistema de lançamento por código de barras,

antes da implantação as medicações eram enviadas aos setores em apenas um pacote, identificado

com o nome do paciente, o quarto e leito, a data e nome do funcionário que separou a medicação,

esta prescrição após dispensada para o setor, passava a ser de única e exclusiva responsabilidade

da enfermagem, e a segunda via que foi utilizada para a separação dos medicamentos e materiais

na farmácia era separada e durante o restante do plantão, um funcionário era designado para

digitar as informações da quantidade e descrição dos itens na conta de cada paciente.

Devido ao fato da digitação ser posterior ao ato da dispensação, nem sempre o que era

digitado na conta de um paciente, tinha de fato sido dispensado para o mesmo. Tornando ainda

mais difícil a identificação dos erros de dispensação, por este motivo foram implantadas duas

mudanças determinantes na qualidade da dispensação, que foram a fragmentação da prescrição e

o meio de adicionar os itens dispensados na conta do paciente.

A fragmentação da prescrição consiste no fato de que, a medicação que antes era separada

e mandada para a enfermagem em apenas um pacote, agora é fragmentada em três pacotes, o

primeiro pacote é enviado com os medicamentos a serem administrados entre as 14h até as 18h, o

segundo com horário das 20h as 06h e o terceiro com horário das 08h até as 12h do dia seguinte.

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Esta mudança além de melhorar a qualidade da dispensação, promoveu também a

minimização dos problemas oriundos da passagem de plantão da enfermagem, já que os horários

em que são dispensados os pacotes de medicação condizem exatamente com os horários de

passagem de plantão, assim, não fica mais nenhum medicamento nos caseiros dos pacientes,

evitando a troca e o acumulo de medicações entre caseiros, e também o sumiço de medicações,

que acontecia muito, devido ao empréstimo de medicamentos entre um paciente e outro.

Ao realizar a separação das medicações, o funcionário que estiver separando a prescrição

deve também mandar as seringas e agulhas para diluir as medicações do horário correspondente,

para isto foi criada uma padronização de seringas e agulhas, tal como as seringas e agulhas são

mandados também os respectivos diluentes de cada medicação.

Durante o dia a realização da separação dos medicamentos segue constante, o dia todo

chegam prescrições novas, estas são então preparadas de acordo com os horários estipulados, e o

pacote com o primeiro horário é enviado ao setor correspondente, enquanto que o pacote com as

medicações do segundo e terceiro horário são armazenados em containers identificados de cada

setor, são dois containers para cada setor, um contendo o pacote com as medicações do plantão

noturno e o outro contendo o pacote com as medicações do plantão do dia seguinte, no final de

cada plantão os pacotes são protocolados e enviados ao setor pela próxima escala de funcionários

que inicia o plantão.

Em relação à conta de cada paciente, as medicações e os materiais utilizados, antes eram

digitados no nome do paciente de acordo com a prescrição e com os pedidos em requisições, após

a implantação do sistema de código de barras, que permite uma análise muito mais correta do que

é mandado para cada paciente, o sistema funciona da seguinte maneira: os materiais e

medicamentos necessários são requisitados pela enfermagem e antes de serem dispensados para o

paciente eles são lançados individualmente, e a saída é confirmada de acordo com a quantidade

de itens pedidos.

Este método possibilitou a identificação de erros de dispensação com uma precisão muito

maior do que no modelo anterior, isto porque ao lançar o item na conta do paciente com o código

de barras, mesmo que este tenha sido anotado corretamente, quando dispensado um material

incorreto, o mesmo ficará gravado na conta, tornando o erro mais fácil de identificar,

possibilitando então a notificação destes erros para o setor encarregado da segurança do paciente.

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No início do ano de 2017 também houve alteração no sistema de entrega de prescrições e

fichas de gasto, a farmácia designou um funcionário por plantão que fosse responsável por passar

nos setores do hospital de hora em hora a fim de buscar novas prescrições e fichas de gasto. No

caso dos setores que contem arsenal, esta alteração foi determinada a fim de evitar a vinda da

enfermagem na farmácia, pois ao interromper o ato da separação dos medicamentos de uma

prescrição para atender ao balcão ou para atender o telefone, aumentava muito o risco de

ocorrência de erros, portanto se a enfermagem não precisasse mais vir até a farmácia para

entregar as segundas vias de prescrições, reduziriam os casos de interrupção e consequentemente

os riscos.

Além de buscar as prescrições, a farmácia agora também leva os pacotes de medicações

nos setores, os horários são padronizados, as 07h são levadas as prescrições do horário das 08h as

12h e também as prescrições da UTI-Infantil, que diferentemente das prescrições de setores

abertos são preparadas e enviadas em um único pacote, sendo feitas para um período de 24h, às

09:30h são levadas as medicações das 10h, as 11:30h são levadas as medicações do meio dia e

assim sucessivamente até o término do plantão. Para padronizar os horários, é adotado pela

enfermagem o método de abertura apenas em horários pares, assim, os horários de administração,

indiferente do paciente, sempre serão os mesmos.

Devido ao motivo de o período da manha ser um dos momentos do dia em que a rotina

demanda de mais atenção, o horário de entrada dos funcionários passou a ser às 06hr e a saída as

18h de dia e a noite a entrada é as 18h e a saída é as 06h, isto pois no período das 06hr até as 08h

são muitas as rotinas que devem ser executadas, e que não podem ser feitas em outro momento,

por isso o horário melhora o atendimento já que os funcionários tem mais tempo para executar as

rotinas obrigatórias.

Existe atualmente uma proposta de implantação da prescrição eletrônica, que se relaciona

a prevenção do erro, sabe-se que o erro pode ter muitas fontes, sendo ela desde o ato de

prescrever até o ato de administrar. A prescrição eletrônica seria mais um recurso tecnológico

para promover a segurança do paciente, de modo que o próprio sistema notificaria os prováveis

equívocos nas prescrições médicas e faria uma sugestão de correção (CAVALLINI & BISSON,

2010).

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Outro recurso que poderia ser utilizado e que reduz consideravelmente os erros de

dispensação e administração de medicamentos é a utilização do sistema de dispensação por dose

unitária, é o sistema mais adequado, pois permite que a medicação chegue a enfermagem já

diluída e pronta para ser administrada. Porém é um recurso que necessita de um alto investimento

monetário, pois sua execução demanda de uma cabine de fluxo laminar, funcionários treinados e

toda uma área a ser adequada e ambiente preparado para realizar as diluições, tornando o sistema

mais oneroso para a instituição (NETO, 2005).

5.4 Farmácias satélites

Dentro do hospital existem duas farmácias satélites instaladas, uma delas é a farmácia do

centro cirúrgico, onde são dispensados os materiais e medicamentos para as cirurgias agendadas e

de emergência. Essa farmácia satélite no centro cirúrgico demanda um funcionário presente o

tempo todo, pois exige uma dispensação rápida e com maior urgência do que nos outros setores.

Existe também uma farmácia satélite na UTI-Adulto, que anteriormente era de

responsabilidade da chefia da UTI e que agora passou a ser de responsabilidade da farmácia

central, a farmácia satélite da UTI é aberta 24h, tem funcionários plantonistas durante todo o

período de funcionamento, e possui um arsenal muito maior que inclui medicamentos e matérias

de custo mais elevado.

As farmácias satélites são ramificações importantes no sistema como um todo, pois

reduzem a demanda da farmácia central, porém ramificações sempre oferecem um risco, quanto

mais gente está envolvida no processo, maiores as chances de ocorrência de erros. Por este

motivo é feito um controle rigoroso de estoque nas farmácias satélites, o controle permite rastrear

as sobras e faltas diárias, e cruzando as informações com os pacientes que utilizaram do serviço

naquele dia é possível identificar a origem dos furos e direcionar para a correção dos mesmos.

O procedimento adotado pelas farmácias satélites consiste na dispensação de materiais e

medicamentos á um solicitante, normalmente um membro da enfermagem, que requisita os itens

ao auxiliar de farmácia mediante comprovação de prescrição médica, o auxiliar então separa os

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itens pedidos, lança na conta do paciente alterando no sistema o setor que está dispensando, que

pode ser a Farmácia UTI Adulto ou o Centro Cirúrgico, anota em uma requisição de controle que

é emitida para um período de 24h, e dispensa os itens para enfermagem. Após finalizar o período

de 24h, os materiais e medicamentos dispensados pela farmácia da UTI e Centro Cirúrgico são

repostos a farmácia satélite através de um relatório de consumo por setor, que é possível devido

ao fato de o auxiliar de farmácia alterar o setor no sistema durante o lançamento, a partir do

relatório, os matérias utilizados são repostos pela farmácia central e o ciclo recomeça.

5.5 CENTRO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA (CEC)

Com a implantação do setor CEC, que dentre muitas atribuições, é responsável pela

segurança do paciente, veio também a responsabilidade de notificação de todos os erros

ocorridos, e também da realização das reuniões semanais realizadas pelo comitê de segurança do

paciente, que visam determinar propostas que melhorem os resultados e facilitem o processo.

Algumas mudanças acompanharam a presença do CEC no ambiente hospitalar, dentro da

farmácia, uma das mudanças implantadas foram as etiquetas dos medicamentos contidas nas

gavetas. A identificação dos medicamentos de alta vigilância, e a identificação dos possíveis

diluentes para cada medicação, identificados através de etiquetas coloridas coladas nas gavetas,

as etiquetas amarelas identificam diluição em SF 0,9%, as etiquetas azuis identificam diluição em

SG 5%, as etiquetas verdes identificam o medicamento como antimicrobiano e as etiquetas

vermelhas vem como um adendo na identificação dos medicamentos de alta vigilância, como

mostra a FIGURA 2.

A segurança do paciente é um tema que tem cada vez mais ganhado espaço no ambiente

hospitalar, todas as medidas novas que são implantadas, são direcionadas para a melhoria do

atendimento e para garantia da segurança e qualidade do tratamento dos pacientes.

Porem o CEC traz uma proposta maior do que somente implantar medidas tecnológicas,

seu maior desafio no hospital é promover ações para educação dos colaboradores, e para isso os

enfermeiros do CEC tem cada vez mais se esforçado em promover palestras e treinamentos de

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conteúdos de procedimentos de rotina, treinando a equipe para realizar de maneira mais segura

desde a ação mais simples até a mais complexa.

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FIGURA 2 – Esquema de cores para diferenciação de diluentes, antimicrobianos

e medicamentos de alta vigilância.

Fonte: Makaruk, 2017.

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5.6 ALTA HOSPITALAR

Quando o paciente recebe alta hospitalar o prontuário é encaminhado para a farmácia,

para que todo o seu histórico de materiais e medicamentos seja conferido com as anotações da

enfermagem, ou seja, o que a enfermagem checou tem que condizer com os itens que saíram da

farmácia em nome daquele determinado paciente, isso para que nenhum paciente tenha prejuízo

ou pague por um material ou medicamento que não foi utilizado durante sua internação.

É importante pontuar que apenas os prontuários de pacientes particulares são

submetidos a conferência, os pacientes de convênios e SUS são conferidos pelas enfermeiras do

setor de auditoria do hospital, após o paciente já ter recebido alta hospitalar.

Em relação às altas particulares, além do fato de serem conferidas no ato da alta

hospitalar, estas passaram a serem conferidas diariamente, ou seja, a cada dia que o paciente do

convênio particular fica internado, este é conferido pela farmácia imediatamente no dia seguinte,

este sistema foi implantado para reduzir o tempo de espera do paciente na instituição após receber

alta hospitalar, e a elas também foi acrescentada a auditoria, efetuada por uma enfermeira

auditora do setor de faturamento, tudo para garantir a eficácia do serviço de dispensação de

medicamentos dos pacientes, e para evitar que nem eles nem a instituição sofram prejuízo.

O momento da alta hospitalar é um momento crucial e que não deve ser

negligenciado. Sendo assim, tal como é tomado todo o cuidado com o paciente no momento de

sua internação, sua alta não deve ser diferente, todas as ações que envolvem a alta hospitalar

devem ser executadas para promover maior segurança e satisfação do paciente, pois até o

momento em que ele estiver dentro do hospital ele ainda é um paciente e corre todos os riscos de

um paciente em permanência, e os cuidados para com sua segurança devem ser mantidos.

Com base nos resultados descritos acima e na observação direta da dispensação de

medicamentos, foi possível a construção de um fluxograma que representa a ordem sequencial e

cronológica das etapas que compõe o sistema de dispensação de medicamentos da Unidade

Hospitalar pesquisada.

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Figura 3- Sistema de dispensação da farmácia hospitalar do hospital Santo Antonio.

Fonte: Makaruk, 2017.

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6 CONCLUSÃO

Os procedimentos utilizados pelo hospital durante todo o período de permanência dos

pacientes promovem um meio organizado, funcional e justo. Para que o hospital cumpra estes

requisitos, mudanças são implantadas o tempo todo, com a finalidade de melhorar o atendimento

e aperfeiçoar os processos, trazendo vantagens tanto para o estabelecimento quanto para o

paciente.

Todas as mudanças que ocorreram na farmácia e em outros setores, mas que também

afetaram a farmácia, se mostraram muito efetivas e capazes de atender as necessidades da

instituição e dos pacientes, garantindo adequado faturamento dos itens dispensados pela farmácia

e maior segurança pelo paciente na utilização dos medicamentos e materiais, além da cobrança

justa dos produtos utilizados durante a estadia hospitalar.

As mudanças trouxeram também uma maior facilidade no controle de estoque,

possibilitando o rastreamento dos erros de dispensação e administração de medicamentos, tal

como o controle falhas e melhorias no sistema de compras, evitando atraso na administração,

devido as faltas, e de substituição de medicamentos nas farmacoterapias.

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