FUTURA EDUCAÇÃO PROFICIONALCURSO TÉCNICO EM MASSOTERAPUA

LENI DOS SANTOS CORDEIRO

AURICULOTERAPIA

NO AUXILIO NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO

GUARAPUAVA-PR

Ano 2015

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LENI DOS SANTOS CORDEIRO

Trabalho do CURSO TÉCNICO em MASSOTERAPIA – Futura Educação Profissional referente ao Trabalho de Conclusão de Curso.

Professores:

GUARAPUAVA-PR

2015

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................04

2 DESENVOLVIMENTO....................................................................................06

2.1 MANIFESTAÇÕES CLINICAS.....................................................................06

2.2 TRATAMENTO DA

HIPERTENSÃO. ..........................................................07

2.3 MEDICINA TRADICIONAL

CHINESA..........................................................08

2.4 CINCO

ELEMENTOS...................................................................................09

2.5 PRESSÃO ARTERIAL NA

MTC...................................................................10

2.6 A AURICULOTERAPIA................................................................................11

2.7 ANATOMIA DA

ORELHA.............................................................................11

2.8 OS TRÊS PONTOS

CIBERNÉTICOS..........................................................12

2.9 OS PRINCIPAIS PONTOS PARA

HIPERTENSÃO......................................12

3 ESTUDO DE CASO........................................................................................15

3.1 AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL........................................................15

3.2 MATERIAIS

UTILIZADOS............................................................................15

3.3 PONTOS UTILIZADOS NAS

SESSÕES......................................................16

3.3 PROTOCOLO

TERAPÊUTICO....................................................................16

4 CONCLUSÃO.................................................................................................18

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5 REFERENCIAS..............................................................................................19

INTRODUÇÃO

Cada vez mais as terapias alternativas ganham espaço como auxiliares

em tratamentos sintomáticos muitas vezes resultando numa diminuição da

posologia do medicamento e em outras ocasiões potencializando seus efeitos e

minimizando as possíveis reações adversas advindas das drogas.

Em um mundo totalmente competitivo, o ser humano correndo contra o

tempo, somados ao sedentarismo, o estresses, irritabilidade, maus hábitos

alimentares, fumo, bebidas alcoólicas e pré disposição genética, cada vez mais

cedo o aumento da pressão arterial é notado em nosso cotidiano. Segundo a

OMS um em cada três indivíduos adulto sofre de hipertensão (OMS, 2012).

No mundo modernos encontramos com grande facilidade alimentos

industrializados com alto teor de sódio. A presença de sódio na circulação

sanguínea produz aumento da volemia por aumentar a osmolalidade. O

aumento da osmolalidade estimula o centro da sede no hipotálamo e aumenta

a produção de hormônio anti-diurético(Guyton,2002). O estresse combinado

com sedentarismo também está associado a possíveis desequilíbrios da

pressão arterial. Segundo Guyton 2002, o sistema nervoso autônomo simpático

é fundamental no equilíbrio da pressão arterial enquanto o parassimpático

através do nervo vago influência na diminuição do ritmo cardíaco, ambos

sofrem influências direta as situações de estresse no dia dia.

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A pressão Arterial é a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos

vasos sanguíneos. Sofre variações contínuas de acordo com o ciclo cardíaco,

alcançando um pico sistólico e uma depressão diastólica, cujo níveis são

aferidos por esfigmomanometria(BATES,1998).

Considera-se a pressão sistólica normal no valor de 120 mmHg e a

diastólica no valor de 80 mmHg. A hipertensão é caracterizada por um valor

sistólico igual ou superior a 140 mmHg e uma pressão diastólica igual ou

superior a 90 mmHg(Guyton,2002).

Considerando que a pressão arterial elevada pode levar a diversos

problemas de saúde tanto relacionados ao coração como o sistema circulatório

num todo, vemos a importância não apenas de um tratamento sintomático

quando os níveis arteriais estão elevados, mas também em uma possível

prevenção, com atividades físicas, lazer, terapias alternativas, dieta equilibrada,

entre outros. Sendo que a medicina chinesa em suas inúmeras técnicas

comprovadas vem obtendo magníficos resultados em diversos tratamentos,

escolhemos a auriculoterapia, ou seja uma técnica que se baseia nos princípios

da medicina chinesa que se utiliza de pontos reflexos na orelha para eventuais

respostas neurológicas ao sistema como um todo.

Na medicina chinesa o foco não é a doença, mas o desequilíbrio

energético no indivíduo. Sendo assim um quadro de hipertensão pode conter

desequilibrios energéticos diferenciados a cada indivíduo, e harmonizar e

restaurar o equilíbrio é a função primordial das técnicas chinesas, muitas vezes

antes mesmo que esse desequilíbrio se manifeste fisicamente ou

fisiologicamente, possibilitando uma poderosa técnica preventiva.

Na visão da medicina chinesa, a hipertensão arterial está relacionada

com o desequilíbrio dos aspectos funcionais Yin e Yang dos Rins e do Fígado,

ou com a presença maciça de Fleuma e Umidade (Connor e Bensky,1993). Um

dos possíveis desequilíbrios que podem afetar a pressão arterial é a ascesão

do fogo do fígado que consequentemente eleva o fogo do coração.

Discutiremos os possíveis benefícios da auriculoterapia para restaurar o

equilíbrio energético e proteger o sistema como um todo, mediante os aspectos

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avaliativos advindos da medicina chinesa, bem como as possíveis causas

destes desequilíbrios e suas alterações no organismo humano.

DESENVOLVIMENTO

A pressão sanguínea é uma patologia frequente em nossa sociedade e a

causadora de muitos males, muitas vezes uma doença silenciosa quase sem

sintomas aparente e muitas vezes com resultados descastadores. A

hipertensão arterial constituem a um dos fatores de risco mais importante na

cardiopatia coronárias e nos acidentes vasculares cerebrais. Além disso pode

causar hipertrofia cardíaca com isuficiência cardíaca, dissecação da aorta e

insuficiência renal, bem como falência de órgãos diversos. A medida que a

pressão arterial sobe os riscos aumentam, até o momento não existe nenhum

paramento que diga com eficiência qual é a pressão arterial máxima que pode

causar problemas e qual a mínima que mantem dentro de um padrão de

segurança. Entretanto, considera-se a presença de hipertensão com pressão

diastólica persistente acima de 90 mmHg ou pressão sistólica persistente

superior a 140mmHg.

O nível de pressão arterial de qualquer indivíduo é um traço complexo,

que é determinado pela interação de múltiplos fatores genéticos, ambientais e

demográficos. Por conseguinte, não é surpreendente que múltiplos

mecanismos possam desempenhar um papel na hipertensão. Estes

mecanismos constituem aberrações dos processos de regulação fisiológica

normal da pressão arterial (COTRAN; KUMAR e COLLINS, 2000).

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Um aumento da pressão arterial mesmo que pouco acima do seu

normal, resulta numa diminuição de expectativa de vida, sendo assim o

monitoramento e as terapias para manter a pressão em um nível de

normalidade é indispensável, mesmo que estes níveis possam váriar de

indivíduo a indivíduo.

Excesso de trabalho, estresse, problemas genéticos, Má alimentação,

obesidade, medicação sem acompanhamento médico, sedentarismos,

tabagismo, ingestão álcool, são as mais possíveis causas do aumento da

pressão arterial.

MANIFESTAÇÕES CLINICAS

As manifestações clinicas variam de individuo, e muitas vezes são

confundidas com sintomas de outras doenças. Esses sintomas variam de

acordo com gravidade do quadro. Mas muitos hipertensão são assintomáticos

tornando a detecção da patologia difícil, a aqueles que não realizam exames

periódicos e não aferem a pressão arterial com frequência.

Dessa maneira, o único modo de diagnosticar a hipertensão é pela

medida da pressão arterial. Pode-se suspeitar de hipertensão quando o

paciente relata cefaleia – freqüentemente de localização occipital, podendo

predominar de madrugada ou pela manhã – zumbido no ouvido, fatigabilidade,

palpitações, tontura e sensação de peso ou pressão na cabeça (PORTO,

2001).

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO

O tratamento da pressão arterial baseia-se no controle, para haver

eficiência o tratamento deve ser constante, sem interrupções. A mudança dos

hábitos alimentares, principalmente a diminuição do sódio, exercícios com

frequência, eliminação de possíveis fatores de risco como tabagismo e bebidas

alcoólicas auxiliam em muito a manutenção da pressão arterial.

A forma mais utilizada no controle da pressão arterial são os

medicamentos combinados aos métodos sitados acima. São utilizadas tanto

medidas não-medicamentosas isoladas como associadas a fármacos anti-

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hipertensivos (CARVALHO, 2002). As doses variam e as substâncias

dependendo de cada individuo, cabendo ao médico decidir a melhor droga a

ser utilizada.

Como todas as drogas alopáticas, as da pressão arterial também

possuem contra indicações e reações adversas, mesmo que em raros,

colocando em grande potencial os tratamentos alternativos como a

auriculoterapia que além de um eficiente método para equilibrar a pressão

arterial quando elevada, auxilia na potencialização das drogas utilizadas e

diminuição dos efeitos colaterais e até mesmo uma diminuição das dosagens

prescritas, realizando um ótimo e eficiente tratamento auxiliar junto as drogas

convencionais.

MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

A Medicina Tradicional Chinesa(MTC) é um sistema desenvolvido e

praticado na china que visa o equilíbrio do ser humano como um todo. Esse

sistema intende que o universo é formado de energia em diveras formas e

densidade bem assim como as coisas visíveis e não visíveis. Desta forma vê o

ser humano como parte integral do universo. A MTC considera ainda de

extrema importância a integração do corpo humano com a natureza. O corpo

humano é considerado como parte da natureza e para mantê-lo saudável é

preciso conservar sua harmonia com a mesma.

A base da MTC é a Qi, que pode ser traduzido como energia. Qi é tudo

que se manifesta neste universo, o que se materializa é uma forma de Qi mais

densa e o que é invisível é Qi sem forma. Qi é considerado como matéria sem

forma (CONNOR E BENSKY, 1993).

A energia Qi encontra-se nas partículas mais minúsculas que dão forma

e substância ao universo que habitamos. Na verdade, essas tais partículas, os

"blocos de construção" de toda a matéria e forma, não passam de Qi em

vibração. Qi quer dizer, no seu sentido mais amplo, em todo o lado, em todas

as coisas, sempre sem princípio nem fim, ao compasso do tempo, espaço,

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matéria, forma, movimento. Tudo é Qi, e Qi é tudo. Tudo o que somos capazes

de imaginar é meramente uma manifestação da Qi numa forma diferente, indo

dos níveis mais sutis -- espírito, pensamento, aura, amor, luz, ar -- até às

substâncias mais densas e materiais -- terra, pedra, metal, seres animados.

(LIECHT, 1994)

Outro conceito utilizado é o da energia Yin e Yang, quando a Qi em

movimento adentra no universo se divide em duas energias antagônicas e

complementares chamadas de yin e yang.

A Qi do universo, no início dos tempos, diferenciou-se em duas forças,

Yin e Yang. A característica do Yang era mais rarefeita, imaterial e mais vasta,

e, portanto, flutuou ascendentemente para formar os Céus. O Yin era mais

condensado e material, afundou-se e originou a Terra. Assim explicavam os

antigos filósofos chineses a criação do mundo. (LIECHT, 1994)

Desta forma segundo a visão chinesa o corpo humano é formado por

duas energias opostas, mas que são complementares e que cada uma contém

a semente da outra em si. Sendo assim o equilíbrio destas energias Yin e Yang

é um dos fatores indispensáveis para a saúde humana na visão da MTC.

No oriente a manutenção preventiva deste equilíbrio é o fator primordial

de todas as técnicas, mas restaurar este equilíbrio quando o mesmo se perde

também é um dos parâmetros fundamentos das técnicas orientais.

OS CINCO ELEMENTOS

Os chineses sempre foram um povo que observava muito a natureza e o

universo e por base em suas teorias correlacionava a mesma formação e

manutenção do equilíbrio da saúde humana pelas fases que se passava em

meio ao ambiente que se vivia, desta forma surgiu após a teoria do yin e yang

a teoria dos Cinco Elemento como é mais conhecida no ocidente, mas que

pode ser traduzida como Cinco Movimentos.

Os Cinco Elementos são formados pela Água, Madeira, Fogo, Terra e

Metal, muito diferente dos conceitos gregos baseados na razão a visão chinesa

se baseia nos movimentos do Yin e Yang em relação as estações e

posteriormente foram correlacionados como os elementos dentro desta

perspectiva.

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Os chineses relacionaram os elementos da natureza com cada órgão

específico como: o elemento Água corresponde ao órgão Rim e a vícera

Bexiga, o elemento Madeira corresponde ao órgão Fígado e a víscera Vesícula

Biliar, o elemento Fogo correspone ao órgão Coração e a víscera Intestino

Delgado, o elemento Terra corresponde ao órgão Baço e a vícera Estômago e

o elemento Metal corresponde ao órgão Pulmão e a víscera Intestino Grosso.

Sendo assim os órgão corresponde aos sistemas Yin e as vísceras aos

sistemas Yang, dentro desta relação cada elemento gera o outro e cada

elemento controla o outro, sendo assim o elemento Água é a mãe do elemento

Madeira, a Madeira é mãe do Fogo, o Fogo é mãe da Terra, a Terra é mãe do

Meta e o Metal é mãe da Água, sendo assim formado o ciclo de geração. Já o

ciclo de controle é visto da seguinte forma: Água controla o Fogo, o Fogo

controla o Metal, o Metal controla a Madeira, a Madeira controla a Terra e a

Terra controla a Água.

Desta forma os cinco elemento torna-se um eficiente método de

avaliação dentro dos conceitos da MTC.

PRESSÃO ARTERIAL NA MTC

A Hipertensão em si não é considerada uma doença na MTC, mas o

resultado de um ou vários bloqueios no organismo. Basicamente essas

desordem causam desequilíbrio na harmonia do yin e yang, que por sua vez

refletem no aumento da pressão arterial. Geralmente esse desequilíbrio são

notados nos sistemas energético dos Rins e do Fígado, muitas vezes a fleuma

e a umidade também podem estar relacionadas com o desequilíbrio da pressão

arterial.

Na concepção da Medicina Tradicional Chinesa, a hipertensão arterial

está relacionada com um desequilíbrio dos aspectos do Yin e Yang dos Rins e

do Fígado ou com a presença maciça de Fleuma e Umidade. (CONNOR E

BENSKY, 1993).

Os principais desequilíbrios que levam a hipertensão segundo

(CONNOR E BENSKY, 1993) são: - Ascensão do Fogo do Fígado: em seus

sintomas são notados dores de cabeça, irritabilidade, rigidez no pescoço, olhos

vermelho, boca seca, constipação intestinal.

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- Deficiência de Yin e por consequência excesso do Yang: seus principais

sintomas são tontura, visão turva, zumbidos, irritabilidade no Coração, insônia,

sonhos excessivos, sensação de entorpecimento nos membros.

- Obstrução de Fleuma ou Umidade: seus principis sintomas são sensação de

congestão no peito, palpitações, tontura, náusea, vômitos, membros pesados.

- Movimento Interno do Vento do Fígado: seus principais sintomas são dor de

cabeça e tontura intensas, desmaio, afasia, convulsões, derrame cerebral.

- Vazio do Yin ou Yang do Rim: seus principais sintomas são hipertensão,

tonturas, zumbidos, cefaléia, lombalgia tipo que melhora com pressão,

alterações urinárias (micção noturna), fraqueza dos membros inferiores,

astenia física, palidez e maçãs do rosto vermelhas, membros frios, sede, pulso

lento e profundo

O objetivo é restaurar o equilíbrio energético com alguma das técnicas

da MTC, na qual a auriculoterapia é uma das técnicas mais difundidas nos

últimos anos e com resultados extremamente eficaz mesmo em momentos de

crises hipertensivas.

A AURICULOTERAPIA

Não se tem a noção correta de tempo na história da auriculoterapia, pois

ela já estava em uma das narrativas do Nei Ching - é o modo correto do o

indivíduo viver cem anos. Descrita no próprio Nei Ching datado, mais ou

menos, 5.000 anos a.C. (DAL MAS, 2004)

O povo chinês foi provavelmente, o primeiro a esboçar a estreita relação

existente entre o pavilhão auricular, os canais colaterais, os Zang Fu e o resto

do organismo, além de legar as bases teóricas para o diagnóstico e tratamento,

através do pavilhão auricular. (GARCIA, 1999)

A Auriculoterapia é a técnica que realiza tratamentos através do amplo e

rico sistema nervoso que a orelha dispõem. É a técnica da MTC mais difundida

e que nos últimos anos ganhou espaço pela sua eficacia tanto em tratamentos

como auxiliar em tratamento.

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Neste estimulo inicialmente como deriva-se da acupuntura eram

utilizadas agulhas sistêmicas, ou semi permanentes, mas diversos métodos

surgiram para realizarem estímulos de reflexo no pavilhão auricular, como:

semente de mostarda, metais, cristais, stiper entre outros.

Na visão chinesa alem do estímulo de reflexo que se tem através do uso

destes materiais, também a questão energética que varia de acordo com a cor,

e material a ser utilizado podem variar o efeito do tratamento.

ANATOMIA DA ORELHA

CHONGHUO (1993) descreve a anatomia do pavilhão auricular como:

- Hélix – é a parte mais externa do pavilhão auricular.

- Cruz da hélix – uma proeminência horizontal que penetra na cavidade da

aurícula.

- Tubérculo da hélix – é uma proeminência na região póstero-superior da hélix.

- Raiz da hélix – local onde o final da hélix se une com o lóbulo.

- Antélix – se encontra no interior e em frente à hélix, bifurcando-se por cima

em ramos superior e inferior.

- Fossa triangular – depressão que está localizada entre os ramos superior e

inferior da antélix.

- Cavidade escafoidea – é um sulco que se encontra entre a hélice e a antélice.

- Trago – curva proeminente próxima do canal auditivo externo.

- Incisura supratraginosa - é uma depressão formada pela borda superior do

trago e a cruz da hélix.

- Antitrago – pequena proeminência inferior da antélix e defronte ao trago.

- Incisura intertrago – depressão que se encontra entre o trago e o antitrago.

- Cavidade do intertrago – é uma depressão entre o antítrago e a antélix.

- Lóbulo – região mais baixa do pavilhão auricular, carnosa e não cartilaginosa.

- Concha cimba – fica na parte superior da orelha, acima da cruz da hélix.

- Concha cava – Fica na parte inferior da orelha, abaixo da cruz da hélix.

- Orifício do conduto auditivo externo – encontra-se no interior da concha cava;

essa parte é coberta pelo trago.

OS TRÊS PONTOS CIBERNÉTICOS

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Os antigos mestres da acupuntura mantinham sob hermetismo algumas

técnicas de Tratamento, que eram transmitidas a discípulos privilegiados, razão

porque não constam dos manuais da acupuntura e não sendo, por isso da

conhecimento da maioria dos profissionais desta área.

Na auriculoterapia, um desses segredos era o uso de três pontos,

iniciando qualquer tipo de programa de terapia auricular, esses três pontos

constituem um processo de tratamento que pode ser denominado de

Auriculocibernética. E consiste na aplicação dos seguintes pontos, nessa

ordem: Shenmen, Rim, Simpático (SOUZA, 2001).

OS PRINCIPAIS PONTOS PARA HIPERTENSÃO, SUAS FUNÇÕES E

LOCALIZAÇÕES SEGUNDO (SOUZA, 2001).

“SHENMEN - Situado no vértice do ângulo formado pela raiz inferior e a

raiz superior da anti – hélix. Inicia-se a terapia por este ponto, em aplicação

profunda. Antes de qualquer outro ponto, o shenmen deve ser estimulado

vigorosamente, mesmo que o paciente se queixe de incômodo local.

Efeitos da aplicação desse ponto:

- Predispõe o tronco e o córtex cerebral a receber e decodificar os reflexos dos

pontos que serão usados a seguir;

- Estimula a liberação de endorfinas no cérebro, aliviando dores e mal estar;

- Dá ao cérebro condições ideais para decodificar, modular e condicionar os

reflexos que as agulhas seguintes provocarão na aurícula, impedindo que

ocorram desequilíbrios que possam levar a novas enfermidades.

RIM - Situado na concha cimba, próximo à junção dessa com a raiz

inferior do anti – hélix, na mesma linha do ponto Shenmen. É o segundo ponto

a ser estimulado na auriculoterapia.

Efeitos da aplicação desse ponto:

- Estimula a filtragem do sangue pelos rins, libertando-o das toxinas e

propiciando melhores condições de circulação;

- Melhora a oxigenação dos tecidos por estimular as funções do sistema

respiratório;

- Estimula o aumento das funções das glândulas endócrinas;

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- Estimula as funções dos órgãos excretores, inclusive das glândulas sebáceas

e sudoríparas.

SIMPÁTICO - Situado no meio da raiz Inferior abaixo da membrana do

hélix. É o terceiro ponto a ser estimulado na auriculoterapia.

Efeitos da aplicação desse ponto:

- Equilibra as funções do sistema nervoso simpático e parassimpático;

- Provoca vasodilatação tornando mais ativa a circulação sanguínea, quando

recebe o estímulo de tonificação. Quando se aplica sedação, para analgesia,

ocorre hemostasia nos locais de intervenção cirúrgica.

- Equilibra a formação ou regeneração do tecido ósseo, por estimular o

metabolismo do cálcio e as funções da medula.

- Age sobre o sistema muscular com ação anti- inflamatória, relaxante e

tonificação da fibras músculo tendíneas.

PONTO DA PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA – Situado na borda do

vértice da fossa triangular, 1mm acima de shenmem.

Indicações terapêuticas desse ponto: hipertensão arterial, distúrbios

circulatórios, crises de angina pectoris, infarto do miocárdio.

PONTO DO CORAÇÃO - Situado no centro da concha cava, numa

mesma linha que liga o vértice da anti-trago com o shenmen.

Indicações terapêuticas desse ponto: pressão no peito, arritmia cardíaca,

hipotensão arterial, hipertensão arterial, epilepsia, leucopenia, insônia,

pesadelos, infarto do miocárdio, angina pectoris, cardiopatias congênitas,

bradicardia, taquicardia, dores anginosas, estado de coma, entre outros.

PONTO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA - Situado na conjunção

de uma linha vertical que desce do ponto Fome e uma horizontal que passa

pelo vértice do anti-trago.

Indicações terapêuticas desse ponto: distúrbios de pressão arterial - hipotensão

e hipertensão - convergência de pressão, choque, angina pectoris, infarto do

miocárdio, distúrbios circulatórios.

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PONTO DA HIPERTENSÃO 3 - Situado a 2mm do sulco dorso auricular,

a 1mm abaixo do nível do ponto região bucofacial.

Indicações terapêuticas desse ponto: hipertensão, eclâmpsia, pré-eclâmpsia,

alterações atípicas de pressão arterial.

PONTO DA HIPERTENSÃO 2 - Situado ao mesmo nível do ponto

abdômen superior, e a cerca de 5mm do sulco do dorso auricular.

Indicações terapêuticas desse ponto: as mesmas do ponto hipertensão 3.

PONTO DA HIPERTENSÃO 1 - Situado a cerca de 5mm acima do ponto

hipertensão, ao nível do ponto dorsalgia 1 e na mesma linha vertical ao ponto

coração.

Indicações terapêuticas desse ponto: as mesmas do ponto hipertensão 3.

ESTUDO DE CASO

Foi realizado o estudo da auriculoterapia em um paciente que

Chamamos de Paciente (A) do sexo masculino, com 52 anos de idade que

sofria de hipertensão a algum tempo. O Paciente (A) faz uso de medicação

prescrita por um médico especialista, cardiologista, a substância ministrada é

Losartana Potássica 50mg, sendo ingerida toda as manhãs. Segundo relato do

paciente a pressão vinha desregulando mesmo com o uso do medicamento,

principalmente mediante a estresse emocional, no qual sua pressão arterial

elevava muito acima do padrões normais.

Os aspectos de saúde estavam dentro dos padrões de normalidade

exceto a hipertensão crônica, o paciente encontrava-se em ótimo padrão

mental e não realizava uso de outros medicamentos além do prescrito pelo

médico para controle da pressão arterial.

AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

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Para realizar a aferição inicial o paciente era orientado a não realizar

atividades físicas e quando chegava ao atendimento posicionava-o em

decúbito dorsal por 10 minutos em repouso. Foram realizado aferições da

Pressão arterial no braço esquerdo, na artéria radial, com aparelho de pressão

de pulso marca Premium automático modelo BPLP200, sendo realizada 1

aferição para verificar o estado que se encontrava o paciente no momento

anterior da sessão e outra aferição posterior a colocação dos pontos.

MATERIAIS UTILIZADOS

- Ficha de anamnese com dados cadastrais e queixa do paciente;

- Aparelho de pressão de pulso marca Premium automático modelo BPLP200;

- Cotonetes, álcool 70 % para assepcia do pavilhão auricular;

- Pontos de mostarda preta para estímulo dos pontos auriculares;

- Micropore 3M cor da pele;

- Mapa do Professor Franco Joji Enomoto;

PONTOS UTILIZADOS NAS SESSÕES

Foram selecionados os seguintes pontos auriculares:

-Shenmen (alternado os lados em cada sessão)

-Rim (alternado os lados em cada sessão)

-Simpático (alternado os lados em cada sessão)

-Coração (lado esquerdo)

-Hipertensão (alternando os lados em cada sessão)

-Ansiedade

-Sulco hipotensor (posterior da aurícula – alternando a cada sessão)

PROTOCOLO TERAPÊUTICO

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Foram realiza 5 sessões e o Paciente(A) encontra-se ainda em

tratamento, os pontos foram trocados a cada 5 dias e o Paciente(A) foi

orientado a realizar estímulos 3 vezes ao dia, ou em todo momento que sentia

alterações emocionais.

A aplicação dos pontos selecionados eram realizadas da seguinte forma:

primeiramente era realizada a assepcia com álcool 70%, utilizando-se de

cotonetes, logo em seguida passando um cotonete seco para não comprometer

a fixação dos pontos. Os pontos eram localizados com palpador metálico, e os

pontos de mostarda eram fixados com micropore. Em seguida realizava-se o

estímulo nos pontos.

Após as 5 sessões o relato do Paciente(A) foi de que sentiu-se, mais

disposto para realizar suas atividades diárias, o estresse diminuiu e aos

primeiro sinais de estresse relatou que realizava os estímulos nos pontos

principalmente no Shenmen e no ansiedade como orientado sentido alívio após

os estímulo. Também relatou que sua Pressão Arterial encontrava-se mais

estável, sem picos como relatados anteriormente na ficha de anamnese da

primeira sessão.

Segue os dados da pressão aferida antes e após as sessões de

auriculoterapia:

DATA ANTES DA SESSÃO APÓS SESSÃO

16/09/2015 145/90 140/87

21/09/2015 137/85 133/85

26/09/2015 128/82 120/78

01/10/2015 130/80 128/82

06/10/2015 133/83 122/80

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CONCLUSÃO

Os resultados puderam demonstrar a eficácia da auriculoterapia no

tratamento coadjuvante na hipertensão, sendo que o paciente relatou que em

picos sua pressão havia chego a 190/110, essas crises persistiram durante

meses. Os resultado mostram que os valores aferidos antes das sessão, e os

após sessão tiveram uma diminuição significativa na pressão arteria. Além dos

benifícios coadjuvantes desta terapia na hipertensão houve grande melhora no

aspecto geral do Paciente(A) que relatou sentir grande alívio das tensões e do

estresse logo após iniciar o tratamento.

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O Paciente(A) sentiu-se motivado e continuará o tratamento com os

pontos auriculares que com certeza levarão a um estado ainda melhor de sua

saúde.

REFERENCIAS

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Hipertensão. V. 5, n.4. São Paulo: BG Cultural, 2002.

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de Janeiro, 2006

COTRAN, R.;KUMAR, V. e COLLINS, T. Robbins Patologia Estrutural e

Funcional. 6a.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

CHONGHUO, T. Tratado de Medicina Chinesa. São Paulo: Roca, 1993.

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1ª.ed.Roca, 2004.

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PORTO, C. Semiologia médica. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

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SOUZA, MARCELO. Tratado de auriculoterapia. 1ª.ed. Brasília, 2001.

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2525669&seccao=Sa

%FAde, 13 de outubra de 2015, as 20:15.