Tcc - Conceição Silva de La Casa

18
CONCEIÇÃO SILVA DE LA CASA 1082310 Licenciatura em Arte ENSINO DE ARTE: LEGISLAÇÃO, TEORIA, PRÁTICA E REALIDADE NOS DIAS ATUAIS – EXPECTATIVAS DO ENSINO DE ARTE NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Orientador: Professor Newton Gomes Ferreira Centro Universitário Claretiano.

description

arte educação infantil aprendizado sensibilidade desenvolvimento criticidade

Transcript of Tcc - Conceição Silva de La Casa

CONCEIO SILVA DE LA CASA 1082310

Licenciatura em Arte

ENSINO DE ARTE: LEGISLAO, TEORIA, PRTICA E REALIDADE NOS DIAS ATUAIS EXPECTATIVAS DO ENSINO DE ARTE NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANA NA EDUCAO INFANTIL.

Orientador: Professor Newton Gomes FerreiraCentro Universitrio Claretiano.SANTO ANDR

2014

ENSINO DE ARTE DA PR-ESCOLA TEORIA E PRATICA NOS DIAS ATUAIS.

Resumo:

Este trabalho visa refletir e analisar a dinmica que envolve o ensino de Arte na Educao Infantil, apresentando fatos relevantes que evidenciem marcas ao longo da histria dos possveis equvocos na interpretao do verdadeiro objetivo de se incluir o ensino de Arte na Educao Bsica.

Far-se- uma anlise das leis, das propostas desenvolvidas pelo MEC com intuito de nortear o trabalho do professor, bem como a compreenso que os mesmos apresentam na prtica de suas atividades dirias concernentes a este currculo. Observar-se a tambm a formao dos profissionais da educao quanto ao seu entendimento sobre o currculo de Arte, as novas leis de insero dos professores de rea para desempenharem este papel, e da realidade que abordada em sala de aula sobre este tema, que ao longo dos anos tempos no currculo de Arte.

Por fim, a relevncia desta pesquisa se faz com objetivo de encontrar respostas que possam esclarecer e verificar neste percurso as equivocadas interpretaes de carter ambguo deste currculo, que desenvolveu sentidos distintos dos estabelecidos para a disciplina de Arte. Bem como, este estudo visa buscar respostas a fim de sanar as deficincias possveis, de forma que possamos aplicar o ensino de arte com a devida eficcia buscando atingir os propsitos para o qual foi designada, atuando de forma a desenvolver o aluno em seus aspectos fsico, psicolgico intelectual, cultural e social.

Palavras chaves: Objetivos de Arte - Leis - Objetivo Prtica - Teoria Interpretao.No h clareza por parte de muitos professores, diretores e gestores de como se planeja e operacionaliza o currculo na rea de arte.

Rosa Iavelberg.INTRODUO:

O fruto de diversas reformas, estudos, concepes e propostas na rea da educao culminaram na criao da Lei de Diretrizes e Bases para a Educao Nacional - LDB n 9.394/96, tendo estabelecido enfim a obrigatoriedade do Ensino de Arte, que consta no Artigo 26, inciso 2, convertendo assim a Arte em rea Curricular. A lei deu origem a outro movimento que estabeleceria o desenvolvimento de uma proposta bsica para cada rea disciplinar. Criou-se ento, com a contribuio de diversos mestres, os Parmetros Curriculares Nacionais. Destes parmetros, o que articulava a respeito ao Ensino Fundamental, em seu volume 06, expe as propostas rea Curricular de Arte, a fim de apresentar aos educandos o desenvolvimento do pensamento artstico, propiciar a relao afetiva, prazerosa e de valor das diferentes formas de manifestaes culturais e artsticas do meio em que se vive, visando o desenvolvimento efetivo do indivduo. Sendo assim, pressupunha-se que as instituies deveriam estabelecer o ensino de Arte visando o avano escolar dos indivduos, de maneira que os mesmos pudessem observando, propiciar o desenvolvimento das diversas habilidades e competncias propostas. Por meio desta linha de pensamento, este trabalho tambm visa esclarecer dados expostos no Referencial Curricular Nacional para Educao Infantil, que tem por objetivo, orientar as prticas na Educao Infantil embasados nas bibliografias aqui apresentadas, com o intuito de estabelecer um paralelo entre a teoria, prtica e realidade do ensino de artes na educao bsica inicial atual. A problemtica e relevncia deste trabalho se fazem devido ainda hoje, apesar dos estudos e esclarecimentos pertinentes a rea do ensino de Artes, e tambm por parte das instituies e estudiosos que acreditam neste currculo buscando esclarecer o objetivo real de Artes na educao Bsica e sua real importncia no desenvolvimento do cognitivo da criana. Verificando barreiras, limitaes, clareza na interpretao e colocao das ideias apresentadas nestes documentos norteadores do ensino no pais. Serviram de fonte inicial de estudo algumas leis e autores como: fontes iniciais e referncias para a presente pesquisa, a Lei de Diretrizes de Bases da Educao Nacional, os Parmetros Curriculares Nacionais, em especial o volume 6 que trata do currculo de Arte, o Referencial Curricular Nacional da Educao Infantil, as ideias de educadores, pesquisadores, mestres e estudiosos como: Ana Mae Barbosa, Maria Fusari, Rosa Iavelberg, Lowenfeld, Brittain entre outros, e os documentos legais que se fizerem necessrios temtica da pesquisa, na busca de encontrar respostas fundamentais e claras, de modo a promover, esclarecer os possveis equvocos de interpretao da finalidade e aplicao deste currculo nos dias de hoje.

EXPECTATIVAS DO ENSINO DE ARTE NA EDUCAO INFANTIL FUNDAMENTAO TERCA, COMREENSO DA PRTICA, DO POSSVEL E DO REAL DESENVOLVIDO NA ATUALIDADE. O presente estudo se fez da analise da referida lei n 9.394, de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educao Nacional, bem como suas determinaes quanto ao ensino e seus objetivos. Do grande avano obtido para ampliao do conhecimento e desenvolvimento da criana, quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (Lei 9.394/96), estabelecendo pela primeira vez na histria do Brasil, que a Educao Infantil reconhecida a primeira etapa da educao bsica, e sobre estes novos paradigmas, reconhecer e indicar caminhos que contribuam para o desenvolvimento integral da criana, sendo eles: sua identidade, cidadania e ampliao social, propiciando no ambiente escolar o acesso dos conhecimentos da sua realidade scio-cultural, conhecendo, refletindo, respeitando, transformando e mudando seu meio. Logo, a educao infantil, estabeleceria a partir da, as bases da personalidade humana: a inteligncia, a vida emocional e a socializao. Os Parmetros Curriculares Nacionais destinados rea Curricular Arte (1997, p. 15) afirmam que a educao em Arte propicia o desenvolvimento do pensamento artstico, caracterizando um modo particular de dar sentido s experincias das pessoas: por meio dele, o aluno amplia a sensibilidade, a percepo, a reflexo e a imaginao. Este documento apresenta o estudo da rea Curricular de Arte dividida em: Msica, Artes Visuais, Teatro e Dana.

As cincias que se inclinaram sobre a criana nos ltimos anos investigando como se processa o seu desenvolvimento, coincidem em afirmar a importncia dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento e aprendizagem posteriores. Desta forma, propunha-se que as atividades desenvolvidas possibilitassem aos alunos, a percepo das diversas conexes e ligaes que se do em determinadas reas partindo de elementos comuns a elas. No que se refere aos contedos voltados rea de Arte, o Referencial Curricular para a Educao Infantil, organiza-se em dois blocos: o fazer artstico e a apreciao em artes. O fazer Artstico aqui representado pela criao de desenhos, colagens, pinturas, modelagens a partir de seu prprio repertrio e da utilizao das linguagens das artes visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espao, textura, entre outros. Explorao e utilizao de alguns procedimentos necessrios para desenhar, pintar, modelar, entre outros. Explorao e aprofundamento das possibilidades oferecidas pelos diversos materiais, instrumentos e suportes necessrios para o fazer artstico. Explorao dos espaos bidimensionais e tridimensionais na realizao de seus projetos artsticos. Organizao e cuidado com os materiais no espao fsico da sala. Respeito e cuidado com os objetos produzidos individualmente e em grupo. Valorizao da prpria produo, das outras crianas e da produo de arte em geral. (BRASIL, 1998, p. 99). Hoje, o fazer artstico dispe da maior parte do tempo na rotina da Educao Infantil, mas no tem uma conduo pertinente devido falta de conhecimentos especficos por parte dos profissionais em administrar e conduzir as aulas de forma a realmente favorecer o desenvolvimento da criana, muitas vezes tornando este momento sem contextualizao que d a produo sentido e significado, pois o desenho ainda que seja livre, precisa gerar na criana desejos, sensaes, ainda que se revele apenas em garatujas, mas muitas vezes no h condies para que a criana tenha liberdade de se expressar, conhecer, se apropriar e crescer no seu fazer artstico, pois conforme os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educao Infantil, o ponto de partida para o estmulo s prticas criativas o desenho, que pela prtica mesmo, pode dizer muito alm do que garatujas, pois por meio do desenho que ela vai expressar suas ideias, pensamentos e emoes. Desenhar natural e prazeroso tanto quanto brincar, e neste ato seria revelado em suas formas, seus avanos quanto ao conhecimento de mundo por ela elaborado, provocando mudanas significativas por idade, ordenando e organizando assim, sua coordenao e desenvolvimento visual motor, que nesta fase da infncia, representa uma grande conquista. A representao da realidade feita pelo desenho nos estgios iniciais da criana. Desenhar, pintar ou construir constitui um processo complexo em que a criana rene diversos elementos de sua experincia, para formar um novo e significativo todo (LOWENFELD, 1977, p. 13). Este processo de criao em que a criana faz a seleo, interpretao e reformulao dos elementos de extrema importncia, pois ela direciona para o trabalho artstico parte de si prpria expressando seus pensamentos, sentimentos e emoes. Para isso, nesta fase importante que a criana tenha a liberdade de se expressar sem que haja a interferncia do adulto, no sentido de influenciar e direcionar a criana a utilizar determinado esquema de cores ou mesmo a maneira de pintar formas prontas, pois sem perceber, o adulto interfere no processo criativo da criana, inibindo-a de utilizar a arte como meio de auto-expresso. Quanto apreciao na disciplina de Artes os Referenciais apontam o conhecimento da diversidade de produes artsticas, como desenhos, pinturas, esculturas, construes, fotografias, colagens, ilustraes, cinema entre outros. Apreciao das suas produes e das dos outros, por meio da observao e leitura de alguns dos elementos da linguagem plstica. Observao dos elementos constituintes da linguagem visual, ponto, linha, forma, cor, volume, contrastes, luz, texturas. Leitura de obras de arte a partir da observao, narrao, descrio e interpretao de imagens e objetos. Apreciao das Artes Visuais e estabelecimento de correlao com as experincias pessoais. (BRASIL, 1998, p. 103)

Conforme os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educao Infantil, o ponto de partida para o estmulo s prticas criativas o desenho, que pela prtica mesmo, pode dizer muito alm do que garatujas, pois pelo meio do desenho que ela vai expressar suas ideias, pensamentos e emoes. Desenhar natural e prazeroso tanto quanto brincar, e neste ato seria revelado em suas formas, seu desenvolvimento e crescimento quanto ao conhecimento de mundo por ela elaborado, provocando mudanas significativas por idade, ordenando e organizando assim sua coordenao e desenvolvimento visual motor, que nesta fase da infncia, representa uma grande conquista. A representao da realidade feita pelo desenho nos estgios iniciais da criana. Desenhar, pintar ou construir constitui um processo complexo em que a criana rene diversos elementos de sua experincia, para formar um novo e significativo todo (LOWENFELD, 1977, p. 13) Este processo de criao em que a criana faz a seleo, interpretao e reformulao dos elementos de extrema importncia, pois ela direciona para o trabalho artstico parte de si prpria expressando seus pensamentos, sentimentos e emoes. Portanto nesta fase importante que a criana tenha a liberdade de se expressar sem que haja a interferncia do adulto, no sentido de influenciar e direcionar a criana a utilizar determinado esquema de cores ou at mesmo na maneira de pintar formas prontas. Sem perceber, o adulto interfere no processo criativo e inibe a criana a utilizar a arte como meio de auto-expresso.

Nos volumes de mbito de experincia o eixo de trabalho favorece os processos de construo da Identidade e Autonomia das crianas, bem como no eixo Conhecimento de Mundo, h documentos relacionados aos eixos de trabalho orientando para a construo das diferentes linguagens: Movimento, Msica, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemtica. Podemos dadas as especificaes acima, nos questionar sobre o porqu, embora a rea de Artes contemple diversas especialidades, ainda hoje, se resume a momentos de pinturas com propsitos motores e estticos quando muitos estudos feitos confirmam que nessa idade, justamente, que os estmulos educativos corretos neste currculo, tm maior poder de ao sobre a formao da personalidade e o desenvolvimento da criana, e que estas novas experincias do individuo, quando positivas, tendem a reforar ao longo de sua vida, atitudes de autoconfiana, cooperao e responsabilidade.

As crianas tm ideias prprias, interpretaes, representaes ou teorias sobre a produo de arte e o fazer artstico, tais construes so edificadas a partir de experincias que tem ao longo de sua vida, tudo isso envolve relaes, mediada ou no por educadores e agentes educativos, vivenciando o contato com a produo de arte, com o mundo fsico e com seu prprio fazer (LOWENFELD e BRITTAIN, 1974).

Sendo assim, preciso educar o seu olhar, a sua audio, seu tato, paladar e olfato para perceberem de modo acurado a realidade em volta e aquelas outras no acessveis em seu cotidiano. O que se consegue de inmeras maneiras, incluindo a o contato com as obras de arte (DUARTE JR., 2003, p. 29)

Como ainda consideramos o fato deste currculo ainda ser mal conduzido ou negligenciado nos dias de hoje? Qual a realidade dos profissionais que atua nesta rea? O que os alunos estariam perdendo com esta limitao? So os questionamentos que buscamos compreender e desvendar a seguir. (...) a arte na educao infantil possua um perfil de recreao e de desenvolvimento emotivo e motor. Hoje, a arte na educao infantil est em processo de rupturas e transformaes, exigindo das polticas educacionais, dos cursos de Formao de Professores, especialmente das Licenciaturas em Arte, um comprometimento com os aspectos cognitivos, sensveis e culturais. Cabe ento, a todos os profissionais que atuam direta ou indiretamente com o ensino da arte, uma reflexo no somente dos processos de sala de aula, mas tambm do seu papel como cidados, protagonistas de uma histria. (Pillotto e Mognol;2006)

O ensino deste currculo, deve se desenvolver de maneira ativa e dinmica, instrutiva e formadora, e de fato, necessrio que que o professor se torne mediador deste processo. Para Vygotsky (2003), o ensino de tcnicas da Arte para a produo artstica seria uma ferramenta importante para a compreenso das obras de arte pelos alunos, pois seria impossvel conhecer uma obra sendo leigos s tais tcnicas e linguagens. Vygotsky (2003, p.238), afirmava que a humanidade mantm, por meio da Arte, todo seu registro da evoluo, experincia e histria, e a tarefa e os objetivos fundamentais do ensino so aproximar a criana da arte, e para que essa interpretao acontea, seria necessrio um aprendizado especial, incluindo observao e recriao de obras artsticas, devendo o ambiente social ser organizado de forma que, constantemente provocasse novas combinaes, imprevistos de comportamento, dos quais no houvesse hbitos ou respostas preparadas projetadas pela experincia, o que o autor chama de nvel cultural da apreenso esttica. O conhecimento percebido como algo til; sua serventia favorecer a interao social dos indivduos. Na proposta triangular de Ana Mae Barbosa se observa a importncia de se trabalhar a atividade criadora artstica, por meio de intervenes educativas em torno dos eixos do fazer artstico, da apreciao esttica e da contextualizao dos enunciados artstico-estticos. Tal prtica se revela como processo desafiador e eficaz, onde possvel estimular uma leitura crtica do ambiente social e cultural em que o individuo se encontra, podendo este interagir intensa e ativamente, movendo as dimenses prtica e terica dos conhecimentos de Arte. Segundo Ana Mae Barbosa preciso que os professores saibam que no qualquer mtodo de ensino da arte que corresponde ao objetivo de desenvolver a criatividade, da mesma maneira que preciso localizar a arte da criana no complexo mais totalizante da criatividade geral do indivduo. (1990, p. 89). Logo, percebemos a latente falta de esclarecimento por parte dos profissionais sobre como desenvolver um currculo eficiente e criativo, assim como falta capacitao e atualizao por parte dos profissionais em relao da clareza deste currculo. Com a lei 5692/71 multiplicou-se a oferta de cursos de especializao em Arte Educao, mas ainda h muitos profissionais desatualizados ou leigos com relao proposta arte educadora. Muitos ainda associam a prtica de Arte com a pintura e contorno de modelos acabados, manifestados ao ambiente escolar como momento de distrao, descanso e lazer, visto que os modelos estereotipados acabam por inibir a expresso da criana, tornando a atividade sem grande relevncia, imprescindvel apenas nas datas comemorativas com cunho apenas decorativo.

Em entrevista a revistapontocom, por e-mail, a professora Rosa Iavelberg, professora de arte da graduao e ps-graduao da Faculdade de Educao da Universidade de So Paulo (USP) e uma das autoras dos Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs) na rea de artes, afirma que no h clareza por parte de muitos professores, diretores e gestores de como se planeja e operacionaliza o currculo na rea de arte. Na prtica, com exceo feita, infelizmente h poucas experincias, mas que felizmente ocorrem em nmero crescente. Dadas as afirmaes acima, podemos concluir que fato o despreparo profissional e a falta de clareza e interpretao do documento, e at mesmo o Referencial Curricular Nacional da Educao Infantil, pressupe um professor altamente qualificado de forma a compreender as diferentes terminologias especficas do documento, e habilitado para adequar determinadas prticas pedaggicas sua realidade e realizar reflexes sobre tais prticas diariamente, e infelizmente ainda no podemos afirmar que este diferencial se aplica ao profissional presente no mercado atual.CONCLUSO: Em sntese, o contato com o ensino de Arte desenvolve a cognio e a afetividade do individuo de modo intenso e ativo, caindo por terra a suposio de que tal disciplina requeria esforo menor do que nas demais disciplinas dominantes do currculo, que ainda fortalecido por uma m formao e compreenso dos profissionais de Arte sobre sua verdadeira funcionalidade na formao do cidado. Como nesta fase as crianas precisam ser incentivadas a vivncias ldicas, significativas, que explorem a criao, a emoo e a sensibilidade, no ensino da arte que ela ter o contato com estes elementos fundamentais para a construo humana. Alm de oferecer oportunidade de auto-expresso, as artes visuais so consideradas um importante meio para o desenvolvimento social, pois atravs das aulas de artes que ocorrem importantes possibilidades de interaes sociais e trocas de experincias, dentre elas, desenvolvimento fsico, em que se manifesta a capacidade de coordenao visual e motora da criana, na maneira que domina seu corpo, orienta seu trao e d expresso a suas habilidades. Tal esforo fundamental para o desenvolvimento do pensamento e da reflexo e, portanto da autonomia.

Devido o tempo dedicado arte na educao infantil ser significante pela sua especificidade, a utilizao dos trabalhos manuais e a expresso criativa nos primeiros anos escolares sem dvida apresenta-se com uma contribuio significativa no somente para o desenvolvimento motor da criana, mas tambm para que estas possam transpor suas emoes e dar mais subsdios ao aluno para compreend-la. A concepo das diversas culturas deixadas pela humanidade ao longo da histria se constitui em um acervo riqussimo que deve ser explorado pela arte por meio de elementos objetivos, apurando o momento histrico, com cultura e preceitos peculiares. Por meio da apreciao dos dados analisou-se tambm, uma vinculao prxima entre ensino de artes e desenvolvimento da sensibilidade e criatividade, apesar de no serem constatadas quais as condies fidedignas para a concretizao da mesma durante a leitura dos documentos. Tambm se constatou durante a esta reviso bibliogrfica que as orientaes e diretrizes curriculares no proporcionam noes tericas claras para o entendimento e compreenso dos profissionais que recorrem ao material citado, mas exige-se que o mesmo afira suas prticas pedaggicas, atribuindo-lhe assim a responsabilidade pelo comprometimento para com a sua prtica e alegando que a interveno fundamental para o desenvolvimento da criana, mesmo sem esclarecer tais conceitos cobrados, tornando por conta da deficincia na interpretao, um documento pouco esclarecedor e sem significado engajar que ainda hoje vem comprometendo a eficincia neste processo.

Referncias Bibliogrficas:ALMEIDA, Neusa Dias. A importncia do desenho no ensino infantil e fundamental. Trabalho de concluso de curso. Faculdade de Cincias e Letras de Bragana Paulista-SP, 2007.

ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepo Visual: Uma Psicologia da Viso Criadora. So Paulo: Ed. Pioneira, 2000.

BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. Arte-educao no Brasil. So Paulo:

Perspectiva. 1978.

______. A imagem no ensino da arte. So Paulo: Perspectiva. 1999.

BRASIL. Lei. 5692/71, de 11 de agosto de 1971. Lei de Diretrizes e Bases da

Educao Nacional.

BRASIL. Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da

Educao Nacional.

BRASIL, CNE/CEB. Parecer n 022/98, de 17 de dezembro de 1998. Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educao Infantil. 1998.

BRASIL, MEC /SEF. Referencial Curricular Nacional para a Educao Infantil. 1998.

BRASIL, CNE/CEB. Resoluo n1, de 7 de abril de 1999. Institui as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educao Infantil. 1999.

COLL, Csar; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte: contedos essenciais para o ensino fundamental. So Paulo: tica, 2002.

DUARTE JR, Joo Francisco. Por que arte-educao? So Paulo: Papirus, 2003.

GARDNER. Howard. As artes e o desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

HORKHEIMER, Max e ADORNO, Theodor. Dialtica do esclarecimento. Rio de

Janeiro: Jorge Zahar. 1985.

LOWENFELD, V. e BRITTAIN, W.L. Desenvolvimento da capacidade criadora. Traduo: lvaro Cabral. So Paulo: Mestre Jou, 1970.

LOWENFELD, Viktor. A criana e sua arte. Traduo: Miguel Maillet. So Paulo: Mestre Jou, 1977.

LUQUET, G.H. O desenho infantil. Lisboa, Portugal: Ed. Ninho, 1969.

MOREIRA, A. A. A. O espao do desenho: a educao do educador. Edies Loyola, So Paulo, 1984.OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de (org). Educao infantil: muitos olhares. 4.ed. So Paulo: Cortez, 2000.

PIAGET, J. A psicologia da criana. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

PILLOTTO, Silvia Sell Duarte e MOGNOL, Letcia Coneglian. Propostas para a arte na educao infantil. VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Pensamento e linguagem. Traduo: Jefferson Luiz Camargo. So Paulo: Martins Fontes, 1993.

___________ A formao social da mente. So Paulo: Martins Fontes, 1989.

http://www.revistapontocom.org.br/edicoes-anteriores-entrevistas/o-ensino-da-arte-nas-escolas-do-seculo-xxi - Entrevista com Rosa Iavelberg..