TCC - COMPARAÇÃO VO2MAX

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ANHANGUERA EDUCACIONAL FACULDADE ANHANGUERA DE TAGUATINGA EDUCAÇÃO FÍSICA - BACHAREL MARK RUGEL BEZERRA PEREIRA COMPARAÇÃO DO VO2MÁX EM CICLISTAS DE MOUNTAIN BIKE E SPEED

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Transcript of TCC - COMPARAÇÃO VO2MAX

FACULDADE POLITCNICA DE JUNDIAI

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ANHANGUERA EDUCACIONALFACULDADE ANHANGUERA DE TAGUATINGA

EDUCAO FSICA - BACHAREL

MARK RUGEL BEZERRA PEREIRA

COMPARAO DO VO2MX EM CICLISTAS DE MOUNTAIN BIKE E SPEED

TAGUATINGA-DF

2 2015

14

MARK RUGEL BEZERRA PEREIRA

COMPARAO DO VO2MX EM CICLISTAS DE MOUNTAIN BIKE E SPEED

Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao curso de Educao Fsica - Bacharelado da Faculdade Anhanguera de Taguatinga requisito parcial obteno do ttulo de Bacharel em Educao Fsica.

Orientador(a): Prof. Msc. Rafael dos Reis Vieira Olher.

TAGUATINGA-DF

2015

14

MARK RUGEL BEZERRA PEREIRA

COMPARAO DO VO2MX EM CICLISTAS DE MOUNTAIN BIKE E SPEED

Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao curso de Educao Fsica - Bacharelado da Faculdade Anhanguera de Taguatinga como requisito parcial obteno do ttulo de Bacharel em Educao Fsica.

Taguatinga, ____ de ______________de 2015.

_________________________________Prof. Msc. Rafael dos Reis Vieira OlherFaculdade Anhanguera de Taguatinga

_________________________________Examinador (banca)Instituiotitulao

_________________________________Examinador (banca)Instituiotitulao

A dedicatria opcional, mas geralmente um momento especial de expressar o reconhecimento por alguma pessoa que, de forma especial, foi um auxlio para voc durante o processo de construo do trabalho.

AGRADECIMENTOS

A sequncia de agradecimentos fica a critrio do autor do trabalho;A sugesto que se inicie com a gratido a Deus, instituio, ao orientador e as demais pessoas que contriburam para que o trabalho fosse possvel.

Viver como andar de bicicleta. preciso estar em constante movimento para manter o equilbrio

Albert Einstein

RESUMO

O resumo redigido pelo prprio autor, composto de uma sequncia de frases concisas e afirmativas. Inicie com uma frase significativa descrevendo para o leitor a ideia do que trata o trabalho. Desta forma, o resumo deve fornecer informaes sobre o tema, o problema e o objetivo da pesquisa, a seguir apresente o mtodo, os resultados e as consideraes finais. O resumo completo deve estar em um nico pargrafo. importante ressaltar que o trabalho ser inicialmente conhecido pelo resumo aqui escrito, portanto, ele deve ser fidedigno ao trabalho desenvolvido. O espao entre as linhas simples (1,0 cm). Depois do trmino do resumo d dois espaos e escreva as palavras-chave, que devem ser representativas do contedo do trabalho. Escreva de trs a seis palavras chave, com a primeira letra em maiscula e separada por um ponto final. Aps o resumo segue sua traduo em lngua inglesa (Abstract). Uma dica importante a de que um texto inicial bem escrito pode influenciar, e muito, no interesse do leitor pela obra apresentada.

Palavras-Chave: Metodologia cientfica. Resumo. Pesquisa.

ABSTRACT

The summary is written by the author himself, composed of a sequence of concise sentences and statements. Start with a meaningful phrase describing to the reader the idea of what the job is. Thus, the abstract should provide information on the topic, the problem and the purpose of the research, then present the method, results and final considerations. The summary must be completed in a single paragraph. Importantly, the work will be initially known by the summary written here, so it should be trusted to work. The space between lines is simple (1.0 cm). After the end of the abstract give two spaces and type the keywords, which should be representative of the work content. Write three to six key words, with the first letter capitalized and separated by a period. After the summary follows its translation in English (Abstract). An important tip is that a text can influence initial well written, and very, reader interest in the work presented.

Keywords: Scientific methodology. Abstract. Search.

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Ttulo da tabela00TABELA 2 Ttulo da tabela00TABELA 3 Ttulo da tabela00

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BPM Batimentos por Minuto CE Ciclismo de Estrada (Speed)FC Frequncia CardacaKM QuilmetrosMTB Mountain BikeRPM Rotao por MinutoTCC Trabalho de Concluso de CursoVO2 Consumo de OxignioVO2max Consumo Mximo de Oxignio

SUMRIO1INTRODUO.......................................................................................12

2JUSTIFITICATIVA..................................................................................14

3OBJETIVOS...........................................................................................15

3.1 GERAL..............................................................................................15

3.2 ESPECFICO....................................................................................15

4METODOLOGIA....................................................................................16

4.1 Materiais...........................................................................................16

4.2 Procedimentos..................................................................................16

5REVISO DE LITERATURA..................................................................17

5.1 Histria e Caractersticas..................................................................17

5.2 Consumo Mximo de Oxignio - VO2max.........................................19

5.3 Conceito de VO2max.........................................................................19

5.4 A importncia do VO2max................................................................20

6ANLISE E DISCUSSO DOS DADOS................................................21

7CONSIDERAES FINAIS...................................................................

REFERNCIAS......................................................................................

1 INTRODUO

Durante quase dois sculos a evoluo da bicicleta permitiu avanos na locomoo humana, tornando-a mais rpida e econmica. A tecnologia que transformou a Hobby House, exemplar de bicicleta do incio do sculo XX, nos modelos utilizados atualmente, permitiu uma melhor relao entre a velocidade de deslocamento e a economia de energia (MINETTI, PINKERTON e ZAMPARO, 2001). Esta tecnologia vem sendo utilizada em prol da melhora no desempenho dos atletas, principalmente aqueles que disputam competies em nvel internacional.O ciclismo pode ser praticado como esporte ou simplesmente como uma forma de lazer (ASPLUND; ROSS, 2010). No entanto, o ciclismo como esporte tem um leque de modalidades como o speed (ciclismo de estrada), mountain bike, dowhill, Bike cross entre outras.A modalidade ciclismo de estrada (CL) ou speed fisiologicamente exigente. Os atletas especializam-se em eventos especficos com semelhantes exigncias de energia metablica. Na corrida o ciclista apresenta tipicamente baixa gordura corporal, alta absoro mximo de oxignio, boa capacidade anaerbica e forte musculatura de membro inferior. A corrida em estrada requer que o ciclista apresente uma capacidade anaerbica substancial para esforo prolongado, e o potencial anaerbico necessrio para corrida em pista requer uma variedade de capacidades desde poder de corrida at velocidade de enduro. (GARRET JR, KIRKENDALL, DONALD, 2003). No Tour de France uma das principais competies das de ciclismo de estrada, seus participantes tm sido foco de estudo por alguns pesquisadores (CLARSEN; KROSSHAUG; BAHR, 2010). Em mbito nacional e regional destacamos as Voltas de Santa Catarina e de So Paulo como competies de estgios.O Mountain Bike outra modalidade do ciclismo que vem se popularizando com competies de cross country as quais so realizadas em circuito irregular e no pavimentado (MACHADO et al., 2002). O MTB vem entrando em evidncia nos ltimos anos e vem sendo praticado como uma forma de lazer e no alto rendimento. Grandes competies de MTB vm acontecendo em Braslia como Desafio Internacional 70km de Braslia que vale pontos para o Campeonato Brasileiro e o Desafio dos Fortes que tambm vale pontos. Nessas competies ou etapas ciclsticas, os atletas pedalam durante horas, por trajetos diversos, variando do plano para aclives e declives, exigindo papel fundamental de componentes da aptido fsica como a fora (OKANO et al., 2006), resistncia aerbia e anaerbia (LEITE et al., 2004), para suportar frequentes mudanas de ritmo e intensidade das pedaladas, e flexibilidade (FARINATTI, 2000), para que o ciclista adote posies mais aerodinmicas, ajudando a minimizar a resistncia ao deslocamento.O conhecimento das caractersticas e valncias fsicas destes ciclistas e as possveis modificaes dessas, em funo das rotinas de treinos, so de fundamental importncia no planejamento e controle das etapas de treinamentos. Investigar e analisar as diversas variveis que envolvem o ciclismo extremamente importante na melhora do desempenho (BURKE, 2000; CLARSEN; KROSSHAUG; BAHR, 2010).

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo foi realizado com o proposito de buscar informaes, do ponto de vista fisiolgico, que permite estudar o limiar ventilatrio dos atletas dessas duas modalidades do ciclismo. A curiosidade dos atletas de ambas as modalidades trouxe em questo a necessidade da pesquisa. Outro fator que influenciou o estudo foi o fato do pesquisador ser praticante de Mountain Bike, e de sempre existir a pergunta, quem o ciclista mais rpido, resistente e forte no peloto, o atleta do Speed ou do Mountain Bike? , com isso veio ideia de pesquisar sobre a capacidade fsica desses atletas, e tambm para realizao do trabalho de concluso da graduao de bacharel em educao fsica. Segundo Fletcher (2001), O Vo2Max a quantidade mxima de oxignio que pode ser captado, transportado e consumido durante exerccio dinmico envolvendo grande massa muscular corporal. sabido que os ciclistas de elite possuem uma capacidade alta de consumo de oxignio. Durante a competio, os sistemas de transporte de oxignio do ciclista (produo cardaca) e de consumo (enzimas celulares) so frequentemente carregados no mximo ou quase no mximo (80 a 85% VO2 mx.). Devido esses e outros fatores faremos predio do Vo2Mx, para saber se o consumo mximo de oxignio desses atletas tem alguma diferena significativa.Nesse estudo foi escolhido duas modalidades do ciclismo que se diferem pelo tipo de bicicleta e terreno em que praticado. No mountain bike os ciclistas treinam e competem geralmente em terrenos acidentados com inmeras subidas, decidas de serras e montanhas, exigindo assim um pouco mais do atleta na hora de pedalar nessa variabilidade de terreno e isso exige um trabalho de muita fora e equilbrio. J no speed, os atletas treinam e competem geralmente em estradas pavimentadas e percorrem distncias longas, onde necessitam de uma maior resistncia.Do ponto de vista prtico, espera-se que o presente estudo contribua no sentido de ampliar os conhecimentos na rea de pesquisa da educao fsica, e sirva tambm de referncia para outros acadmicos e na otimizao e prescrio dos treinos de equipes de ciclismo.

3.1 OBJETIVO GERAL

Analisar e comparar a capacidade dos ciclistas das duas modalidades comparando o Vo2Max dos ciclistas treinados de Mountain Bike e Speed.

3.2 OBJETIVO ESPECFICO

Mostrar que atletas que praticam esportes parecidos utilizando vo2max diferentes, em termos gerais e no especficos a condio aerbica de um ciclista de mountain bike e um ciclista de speed podem ou no serem semelhantes. Analisar os dados dos estudos de ambas as modalidades comparando os resultados e verificar se tem ou no diferena significativa. Contribuir com novas pesquisas e para futuros pesquisadores interessados nesse assunto.

4 MTODOS

4.1 Material

Foram utilizados no presente estudo, o levantamento de 19 artigos de estudos realizados entre os anos de 1988 e 2015, composto por base de dados, Scielo, Google Acadmico, Bibliotecas Online de diversas faculdades e alguns livros disponveis no acervo da biblioteca da Faculdade Anhanguera de Taguatinga.Para pesquisa de literatura foram utilizadas as palavras chave: VO2max, mountain bike, speed, capacidade aerbia, bike, bycicle, cycling.

4.2 Procedimentos

Foi feita uma anlise dos estudos, por meio de leitura e interpretao das metodologias e resultados obtidos, no fim ser feita uma anlise comparativa dos resultados.

5 REVISO DE LITERATURA

5.1 Histria e Caractersticas

Ao longo de seus 213 anos de existncia, a bicicleta esteve presente em todos os momentos significativos da histria da humanidade, sejam na paz ou na guerra, nas atividades de transporte e de lazer, na medicina e cincia, alm de conduzir diariamente bilhes de pessoas espalhadas pelo mundo aos mais variados destinos (SIDWELLS, 2003).O princpio de sua proposta era permitir maior deslocamento possvel a cada pedalada. Acreditava-se que com rodas altas esse esforo seria facilitado. As bicicletas pareciam veculos de circo, e o exagero na altura das rodas dianteiras comeou a provocar acidentes, (FREITAS e VIEIRA, 2007). Hoje em dia, foram feitos novos aperfeioamentos no sentido de inovar cada tipo de bicicleta, tornando-as cada vez mais eficazes para os desportos de competio ou mais confortveis para o lazer. De acordo com Duarte (2003), as modernizaes nas bicicletas no paravam de acontecer, multiplicando-se quase na mesma proporo do nmero de entusiastas e usurios do equipamento.O ciclismo pode ser praticado como esporte ou simplesmente lazer. Surgiu como esporte no sculo XIX, na Inglaterra. Faz parte dos Jogos Olmpicos desde a primeira edio da era moderna (1896), realizada em Atenas. As competies de ciclismo se destacam as modalidades principais: estrada (Speed) e mountain bike. Cada um deles tem uma caracterstica bastante peculiar, que ficam mais interessantes quando as conhecemos em detalhes (VIEIRA e FREITAS, 2007).Ento, a modalidade ciclismo comea a se desenvolver no dia 20 de Abril de 1829, quando acontece a primeira competio realizada na cidade de Munique, Alemanha, envolvendo 26 draisianas (Bicicleta). A competio consistiu em percorrer uma distancia de 4,5 quilmetros e seu vencedor cumpriu o trajeto em 31,5 minutos, a uma media de 8,6 km/h, um feito histrico para a poca.O ciclismo de montanha ou mountain bike surgiu no final dos anos 70, quando um grupo de jovens ciclistas comeou a frequentar as trilhas das montanhas da Califrnia EUA. Os ciclistas pegavam suas speeds e iam busca de uma nova modalidade. Na poca as bicicletas no eram adequadas para as trilhas e descidas de montanhas, portanto, eles utilizam as Cruiser bikes, pois eram menores e mais resistentes (SIDWELLS, 2003).Como esporte, o mountain bike cada vez mais acumulou adeptos, sendo hoje encontrado em quase todas as regies do mundo. Nunca um esporte se espalhou to rpido. Isto seve ao fato de aproximar os praticantes cada vez mais da natureza, do prazer e da adrenalina propiciada ao praticante, e de contribuir fortemente no condicionamento fsico.Depois dessas transformaes, notamos a total consolidao do esporte e da indstria no mundo ciclstico, tendo um forte apoio, tanto das entidades pblicas como privadas, e tendo um pblico que prestigia e fortalece cada vez mais a pratica dessa modalidade.O ciclismo de estrada (speed) conhecido por cobrir longas distncias e podem ter vrias etapas, as bicicletas so leves com pneus finos e um guido curvado bem diferenciado. No Brasil conhecida como speed e bastante popular, mas os pases com o maior nmero de competidores se encontram na Europa, onde acontece a prova mais popular dessa modalidade que o Tour de France que rene atletas de todo o mundo. Os ciclistas de speed podem ser separados por especialidades, sendo eles o escalador que especialista em subidas, o velocista que conhecido por sprinter, onde capaz de atingir grandes velocidades, no entanto no conseguem mant-la por muito tempo, temos tambm o passista que capaz de manter seu ritmo de competio por um perodo prolongado, cadenciando por vrias horas. O objetivo da competio bastante simples: chegar em primeiro lugar na linha de chegada. Normalmente, as equipes dos bons sprinters tentam evitar as escapadas, de modo que sempre haja um sprint ao final da competio.No mountain bike as provas so disputadas numa pista de terra com vrias irregularidades naturais como buracos, elevaes e obstculos. A bicicleta usada nessa modalidade tem um quadro reforado com amortecedor e freios hidrulicos para suportar os obstculos e terrenos acidentados (VIEIRA e FREITAS, 2007). Uma caracterstica muito peculiar do mountain bike o respeito a natureza.Dentre os vrios tipos de terrenos onde acontecem as provas uma das favoritas dos atletas sigle track que no geral feita dentro de matas fechadas que precisam de muita habilidade e equilbrio.Uma das provas mais conhecida no meio do mountain bike o freeride que envolve atletas de todo o mundo e as olimpadas.

5.2 Consumo Mximo de Oxignio VO2max

A capacidade do ser humano de realizar atividades de longa e mdia durao, depende principalmente do metabolismo aerbio. Embora o consumo de oxignio (VO2), em repouso seja muito similar entre indivduos sedentrios e treinados, durante o esforo mximo os indivduos treinados possuem valores de VO2max que, em mdia so duas vezes maiores do que aqueles apresentados pelos indivduos sedentrios (DENADAI 1995).

5.3 Conceito de VO2max

Durante o exerccio, o requerimento de oxignio para os msculos ativos, pode aumentar at 20 vezes em relao ao repouso, enquanto que para musculatura inativa, o consumo permanece inalterado. Durante o exerccio, o requerimento de oxignio para os msculos ativos, pode aumentar at 20 vezes em relao ao repouso, enquanto que para musculatura inativa, o consumo permanece inalterado. Durante o exerccio, o requerimento de oxignio para os msculos ativos, pode aumentar at 20 vezes em relao ao repouso, enquanto que para musculatura inativa, o consumo permanece inalterado.Dessa forma, o aumento da intensidade do exerccio acompanhado pelo aumento do VO2. O SNC recruta em maior nmero, e com maior frequncia as unidades motoras, para produzir uma contrao muscular mais potente. A maior potncia muscular demanda mais energia e consequentemente mais oxignio. 5.4 A importncia do VO2max

Nos estudos voltados para o ciclismo, os atletas de ambas as modalidades precisam de alto ndice de condicionamento cardiorrespiratrio e fora muscular que dure toda a corrida. O ritmo das provas variado, unindo fora, velocidade e equilbrio de acordo com as estratgias das equipes, tipo de terreno etc. (VIEIRA e FREITAS, 2007).Na busca de melhores resultados, atletas buscam aperfeioar a tcnica do movimento e a capacidade de manter a mais alta frao do Vo2mx e despender a menor quantidade de energia durante uma prova. Os efeitos do exerccio sobre o sistema cardiorrespiratrio esto entre os mais interessantes tpicos da fisiologia do exerccio. Um dos componentes dessa resposta cardiorrespiratria mediante ao desafio do exerccio, o rpido e concomitante aumento no fluxo sanguneo e do Vo2mx, para atender ao aumento da demanda metablica (HILL et al., 2002).O nvel de Vo2Mx de um atleta de extrema importncia para seu rendimento. No ciclismo a habilidade de sustentar um trabalho prolongado depende de um suprimento adequado de oxignio para os msculos ativos.

6 ANLISE E DISCUSSO DOS DADOS

Dentre os estudos analisados, alguns resultados de VO2max se equiparam, porm, a maioria dos estudos apresentam uma diferena significativa nos resultados.

Tabela 1. VO2max mensurados com mtodos diretos rampado e escalonadoAUTORAMOSTRAMTODORESULTADO

Carit et al. 201313 indivduos, sendo 6 CE treinados (GT) e 7 no treinados (GNT). GT com idade mdia de 26,7 5,4 e GNT 28,1 3,8 e composio corporal GT 69 4 kg e GNT 78 13 kg.Incremental escalonado com carga inicial de 35W (GNT) ou 105W (GT) com incrementos de 35W a cada 3 min.VO2max = GT 63,0 5,3 ml.kg-1. Min-1e GNT 37,6 5,6 ml.kg-1 . Min-1

Costa et al. 2010 14 ciclistas de MTB, sendo 6 elite (N=6) e 8 amadores (N=8). (N=6) com idade mdia de 26,5 3,6 e (N=8) 25,6 7,7 anos e composio corporal (n=6) 69,1 2,1 kg e (n=8) 67,7 7,0 kgIncremental escalonado com incremento de carga a cada 3 minutos(N=6) VO2max = 69,8 3,5 ml.kg -1. Min -1 e (N=8) VO2max = 68,5 4,8 ml.kg -1. Min -1

Impellizzeri et al. 200512 ciclistas de MTB com idade mdia 25,5 3,8 anos e composio corporal 66,2 5,4 kg.Incremental rampado com carga inicial de 100 watts com incremento de 25 watts/min.VO2max = 75,9 5,3 ml.kg -1. Min -1

Machado et al. 200410 ciclistas de estrada com idade mdia de 20,6 3,7 anos e composio corporal 67,8 6,0 kg.Incremental escalonado com incremento de carga a cada 3 minutosVO2max = 64,5 5,9 ml.kg -1. Min -1

Mainardi et al. 201520 ciclistas de MTB com idade mdia 31,6 6,8 anos e composio corporal 68,1 6,5 kg.Incremental escalonado com carga inicial de 100 watts com incrementos de 30 watts a cada 5 min.VO2max = 64,9 4,4 ml.kg-1.min-1

Moro et al. 201312 ciclistas de estrada (N=12) e 11 triatletas (N=11). (N=12) com idade mdia 30.6 5.7 e (N=11) 32.3 6.6 e composio corporal (N=12) 78.6 5.8 e (N=11) 74.7 7.6 kg.Incremental escalonado com carga inicial de 100 watts com incremento 30 watts/min.VO2max = (N=12) 55.8 5.1 e (N=11) 56.8 3.8 ml.kg-1 Min-1

Neto et al. 201021 ciclistas, sendo 10 MTB com idade mdia 31,5 7,2 anos e composio corporal 75,8 9,9 kg e 11 CE com idade mdia 36,4 11,1 anos e composio corporal 72,8 8,8 kg.Incremental escalonado com incremento de carga a cada 3 minutosVO2max = (MTB) 54,7 8,9 ml.kg -1. min -1 e (CE) 55,1 5,5 ml.kg-1. min -1

Novak et al. 201424 ciclistas de MTB com idade mdia 27 7 anos e composio corporal 79,3 9,7 kg.Incremental rampado com carga inicial de 100 watts com incremento de 30 watts/min.VO2max = 61,4 9,9 ml.kg-1. Min-1

Pussieldi et al. 20059 ciclistas de MTB com idade mdia 21,55 3,12 anos e composio corporal 57,72 6,87 kg.Incremental escalonado com incremento de carga a cada 3 minutosVO2max = 71,91 6,87 ml.kg -1. Min -1

Sangali et al. 201214 ciclistas de estrada com idade mdia 28,5 4,7 anos e composio corporal 73,47 8,29 kg.Incremental rampado com carga inicial de 150 watts com incremento de 25 watts/min.VO2max = 62,2 8,2 ml.kg-1.min-1

Triana 200910 ciclistas de estrada com idade mdia 32,5 6,02 anos e composio corporal 78,48 10,40 kg.Incremental rampado com carga inicial de 100 watts com incremento de 20watts/min.VO2max = 51,90 10,37 ml.kg-1.min-1

Com os resultados encontrados nestes estudos, podemos notar o uso de apenas duas metodologias, o escalonado e o mtodo de rampa. Os resultados se aproximam de acordo com individualidade de cada voluntario.No estudo de Carit et al. (2013), a amostra foi composta por treze indivduos, sendo seis ciclistas treinados do gnero masculino (GT) (idade: 26,7 5,4 anos; composio corporal: 69 4 kg; estatura: 1,75 0,05 cm). Os ciclistas possuam pelo menos trs anos de experincia na modalidade e competiam regularmente em provas de nvel regional e estadual e sete indivduos do gnero masculino, no treinados e no engajados em qualquer tipo de treinamento regular especfico no ciclismo (GNT) (idade: 28,1 3,8 anos; composio corporal: 78 13 kg. Os sujeitos realizaram um teste incremental em um ciclo ergmetro para determinao do VO2max com intensidade inicial de 35W (GNT) ou 105W (GT) com incrementos de 35W a cada 3 min at a exausto voluntria, com frequncia de pedalada mantida entre 70 e 90 rpm (CAPUTO; DENADAI, 2008). Foram obtidos os seguintes resultados de Vo2max: (GT) 63,0 5,3 ml.kg-1.min-1 e o (GNT) 37,6 5,6 ml.kg-1.min-1J no estudo de Costa et al. (2010), a amostra foi composta por quatorze ciclistas de MTB do sexo masculino que foram separados em dois grupos: 1) (N=6) ciclistas que competem na categoria elite e 2) ciclistas que competem nas demais categorias, sendo denominados no presente estudo de amadores. Em relao ao treinamento, os atletas relataram estar em fase competitiva. A idade mdia do (N=6) 26,5 3,6 e (N=8) 25,6 7,7 anos, composio corporal (N=6) 69,1 21 e (N=8) 67,7 7,0 kg. Antes de iniciar o teste, os voluntrios realizaram o aquecimento com carga de 70 W e durao de 8 min, para posterior calibrao do ciclo ergmetro. Em seguida o teste foi iniciado com carga de 100 W e incremento de 30 W a cada 3 min, at a exausto. Os atletas mantiveram a frequncia do pedal entre 90 e 110 rpm. Foram obtidos os seguintes resultados de Vo2max: (N=6) 69,8 3,5 ml.kg-1.min-1 e o (N=8) 68,5 4,8 ml.kg-1.min-1.No estudo de Impellizzeri et al. (2005), a amostra foi composta por 12 ciclistas de MTB, com idade mdia 25,5 3,8 anos e composio corporal 66,2 5,4 kg. Pelo menos oito desses ciclistas, haviam sido classificados pelo menos uma vez nas 10 primeiras posies da Copa da Europa de MTB, Jogos Olmpicos e Campeonato Mundial. O teste foi iniciado com carga de 100 W com incremento de 25 W / min, at a exausto voluntria. Os indivduos foram instrudos a mster uma cadncia de pedalada entre 90 e 95 rpm. Foram obtidos os seguintes resultados de VO2max: 75,9 5,3 ml.kg -1.min -1.J no estudo de Machado et al. (2010), a amostra foi composta dez ciclistas CE, sendo todos do sexo masculino do com idade mdia de 20,6 3,7 anos e composio corporal 67,8 6,0 kg, aparentemente saudveis. Os atletas possuam pelo menos dois anos de treino especifico na modalidade, com participao regular em provas de nvel regional e nacional e todos os ciclistas treinavam seis vezes por semana. O teste foi iniciado com carga de 105 W, com incremento de 35 W a cada 3 min at a exausto voluntria, ou quando o sujeito, embora tenha sido estimulado verbalmente, no tenha sido capaz de manter uma cadncia de pedalada de 70 rpm. Os resultados de VO2max obtidos durante o teste incremental foi 64,5 5,9 ml.kg-1.min-1.No estudo de Mainardi et al. (2015), a amostra foi composta por 20 ciclistas de MTB do sexo masculino com idade mdia 31,6 6,8 anos e composio corporal 68,1 6,5 kg, classificados como de nvel regional e nacional. Todos os atletas treinavam seis dias por semana, h pelo menos cinco anos incluindo campees e vice-campees estaduais. Foi realizado um aquecimento de 10 min e potncia de 100 W. Os atletas puderam escolher a cadncia preferida desde que entre 70 a 90 rpm. O teste foi iniciado com potncia de 100 W e incrementos de 30 W a cada 5 min. A interrupo foi na exausto voluntria mxima ou quando a rotao mnima estipulada de 70 RPM no fosse mantida. Os resultados de Vo2max obtidos foi de 64,9 4,4 ml.kg-1.min-1.No estudo de Moro et al. (2013), a amostra foi composta por onze (N=12) ciclistas com idade mdia de 32.3 6.6 anos e composio corporal de 74.7 7.6 kg e doze (N=11) triatletas com idade mdia de 30.6 5.7 anos e composio corporal 78.6 5.8 kg. Todos os atletas tinham participado mais de um ano em competies regionais e nacionais. O teste incremental foi iniciado com carga de 100 W com incremento de 30 W a cada 3 min, os atletas pedalaram em sua cadncia preferida para determinar a cadncia que seria mantida durante o teste. Os critrios para interrupo do teste foi a incapacidade manter a cadncia necessria, os indivduos foram motivados verbalmente a manter seu esforo mximo. Os resultados de VO2max obtidos durante o teste incremental foi (N=12) 55.8 5.1 ml.kg-1.min-1 e (N=11) 56.8 3.8 ml.kg-1.min-1.J no estudo de Neto et al. (2010), a amostra foi composta por 21 ciclistas do sexo masculino, sendo 11 CE com idade mdia de 36,4 11,1 anos e composio corporal de 72,8 8,8 kg e 10 MTB com idade mdia de 31,5 7,2 anos e composio corporal de75,8 9,9. Todos os atletas de nvel amador. Os indivduos participam de competies regionais e estavam todos em perodo de treinamento. Os voluntrios iniciaram o teste com a carga de 50 W com incremento de carga a cada 3 min., estes incrementos se sucederam at a exausto com uma cadncia de 60 rpm durante todo teste. Os resultados de VO2max obtidos no teste dos CE 55,1 5,5 ml.kg-1.min.-1 e os MTB 54,7 8,9 ml.kg-1.min.-1.No estudo de Novak et al. (2014), a amostra foi composta por 24 ciclistas de MTB com idade mdia 27 7 anos e composio corporal 79,3 9,7 kg. Os voluntrios participaram de competies nacionais nos ltimos 12 meses. O teste rampado teve incio com carga de 100 W com incremento de 30 W min. o teste foi interrompido quando o participante j no podia manter a cadncia de 80 rpm. Os resultados de VO2max obtidos foi 69.6 11.5 ml.kg-1.min.-1.J no estudo de Pussield et al. (2005), foram selecionados para o teste nove atletas de MTB, tipo Cross Country, do sexo masculino, com experincia superior a dois anos em competies oficiais, com idade mdia de 21,55 3,12 anos e composio corporal 57,72 6,87 kg. Iniciou-se o teste com carga 70 W e os tiveram que manter a cadncia em 75 rpm, com incremento de 52 W a cada 3 min. O teste foi interrompido com o indivduo no conseguia manter a cadncia, ou por desistncia voluntria. Os resultados de VO2max obtidos foi de 71,91 6,87 ml.kg -1.min -1.No estudo de Sangali et al. (2012), a amostra foi composta por 14 ciclistas de estrada do sexo masculino da elite nacional com idade mdia 28,5 4,7 anos e composio corporal 73,47 8,29 kg. Todos com, no mnimo, cinco anos de treinamento e com resultados expressivos em competies nacionais e internacionais. O protocolo consistia em um aquecimento de 5min a 125 W de potncia e ao final do aquecimento, iniciava-se o teste progressivo com 150 W de potncia e incremento de carga de 25 W a cada minuto. O teste foi realizado at a exausto voluntria. Os resultados de VO2max obtidos foi de 62,2 8,2 ml.kg-1.min-1.J no estudo de Triana (2009), a amostra foi composta por 10 ciclistas do sexo masculinoque treinavam ciclismo pelo menos trs vezes por semana h mais de trs anos com idade mdia 32,5 6,02 anos e composio corporal 78,48 10,40 kg. O teste foi precedido de aquecimento de cinco minutos a 100 watts (W) com cadncia de 90 rpm, a mesma usada em todos os testes. O critrio para a suspenso dos testes foi no conseguir manter a cadncia estabelecida por mais de 5 segundos ou a exausto voluntria. Foi dado forte encorajamento verbal durante todos os testes. Teste do tipo rampa, com incio a 100 W e incremento de 20 W a cada minuto at exausto ou desistncia do avaliado. Os resultados de VO2max obtidos foi de 51,90 10,37 ml.kg-1.min-1.

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