TCC - A AÇÃO REFLEXIVA NO COTIDIANO DO DOCENTE DO ENSINO DE GRADUAÇÃO

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A AÇÃO REFLEXIVA NO COTIDIANO DO DOCENTE DO ENSINO DE GRADUAÇÃO 1 – TEMÁTICA: A docência reflexiva. 2 – TEMA: A ação reflexiva no cotidiano do docente do ensino de graduação. 3 – PROBLEMA: 3.1 – Questão Central: Qual a importância da ação reflexiva no labor docente? 3.2 – Questões norteadoras: Como o docente reflexivo contribui para a formação do cidadão ético? Como o docente reflexivo influencia na formação para autonomia? 4 – OBJETIVOS: 4.1 – Geral: Discutir a importância da ação reflexiva no labor docente. 4.2 – Específicos: Verificar de que maneira o docente reflexivo contribui para a formação do cidadão ético. Analisar como o docente reflexivo influencia na formação para autonomia. 3

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A AÇÃO REFLEXIVA NO COTIDIANO DO DOCENTE DO ENSINO DE

GRADUAÇÃO

1 – TEMÁTICA:

A docência reflexiva.

2 – TEMA:

A ação reflexiva no cotidiano do docente do ensino de graduação.

3 – PROBLEMA:

3.1 – Questão Central:

Qual a importância da ação reflexiva no labor docente?

3.2 – Questões norteadoras:

Como o docente reflexivo contribui para a formação do cidadão ético?

Como o docente reflexivo influencia na formação para autonomia?

4 – OBJETIVOS:

4.1 – Geral:

Discutir a importância da ação reflexiva no labor docente.

4.2 – Específicos:

Verificar de que maneira o docente reflexivo contribui para a formação do

cidadão ético.

Analisar como o docente reflexivo influencia na formação para autonomia.

5 – JUSTIFICATIVA:

O presente projeto focaliza a verificação e análise do cotidiano do docente

quanto ao ser labor diário, seja, antes (reflexão antes da ação), durante (reflexão

sobre a ação) e após a sua atuação na sala de aula (reflexão sobre a reflexão na

ação). Também pretende investigar a ação impactante da postura reflexiva do

docente no ensino de graduação, inerente à formação para a cidadania e a ética.

Bem como, desenvolver uma análise cuidadosa sobre a influência do docente

reflexivo sobre seu alunado, conduzindo-os, a identificarem sua capacidade e

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habilidade na busca autônoma de novos saberes e a tomada de decisões focada no

individuo. Compreendemos a prática docente do ensino de graduação composta de

sujeitos dispostos em um espaço e histórica e socialmente localizado portando é

imperativo compreender o dia a dia deste ofício como uma estância fundamental da

vida humana. Promovendo a transformação qualitativa do meio tanto em seus

aspectos objetivos como subjetivo. Apoiando os programas e a normatização das

instituições, pores, com a mais urgente e comprometida preocupação no sujeito. Os

programas, normas, regras, tradições, etc., são importantes, contudo, o sujeito

deverá ser o ponto central. A produção destas ações discursivas reorienta o

pensamento do docente do ensino de graduação para o exame das bases e limites

de suas próprias concepções sobre seu labor diário. Encorajando-os a buscaram a

dignidade e a visão necessárias para fazer diferença na vida daqueles que tiverem a

oportunidade de ser seus alunos. Pressupõe-se que adoção de atitude reflexiva

demandará em uma maior gama de cidadãos pensantes e comprometidos com a

humanização e a ética, voltados para o bem estar comum e desenvolvimento da

comunidade em que estão inseridos. Cidadãos que adquirem uma competência

política bem orientada e com clara visão de espaço, tempo e sociabilidade. A

proposta deste projeto é permear pelas diversas nuances da reflexibilidade,

considerando o sujeito ou sujeitos que compõem o ambiente de aprendizado e

compreender as variáveis contidas neste ambiente e analisar as variadas relações

entre os sujeitos, também as respostas e reações tanto do sujeito, enquanto aluno

ou docente e ainda, as relações como grupo social e político. E a partir desta

verificação e análise identificar as melhores estratégias e mais adequadas ao

ambiente de ensino aprendizagem tornando-o mais efetivo. Em que cada um dos

sujeitos participe ativamente na construção do saber. Que neste ambiente o

desenvolvimento adquira forma completa e abrangente. Com o crescimento do

docente, do aluno, da classe, da instituição e refletindo no macro ambiente de

ensino aprendizagem. Este projeto também almeja, esclarecer os pontos de maior

relevância ao docente do ensino superior para que se consiga um padrão de ensino

de nível mais elevado baseado nos princípios e discussões mais recente e mais

satisfatórios. Investigando o porque da necessidade do docente olhar para a

esquerda e para a direita e perscrutar todos os movimentos e manifestações e

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intenções dentro e fora do seu exercício diário. Atribui-se o rendimento insatisfatório

dos alunos de graduação e conseqüentemente o limitado alcance do docente, às

normas e outras variáveis, tais como, econômica, social, financeira. Ocultando um

capital bem mais precioso que é o capital intelectual o mesmo sendo encontrados

nos sujeitos da sala de aula, tanto no docente como no graduando. Na investigação

proposta neste projeto pretende-se ampliar a compreensão deste processo no

ambiente de ensino procurando identificar a maximização de uso de recursos,

tempo, estratégias e outros meios que poderão ser utilizados como instrumentos que

no dia a dia do labor docente.

6 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

6.1 – Reflexão antes da ação (planejamento)

O precioso momento que antecede a ação do docente de graduação é

imprescindível para um ensino mais efetivo. Denominamos precioso por não haver

possibilidade de mensurar a repercussão e alcance que um ensino bem talhado e

amplamente construído pode oferecer. Daí a importância da preparação, do

planejamento. É imperativo então que o docente de graduação se aproprie de um

modelo sistemático de auto preparação intelectual, psicológica, emocional e

sociológica.

Ribeiro (2003) defende que o docente deve exercitar e utilizar de “processos

metacognitivos os quais coordenam as aptidões cognitivas envolvidas na memória,

leitura compreensão de textos etc.”.

Não é suficiente o conhecimento de estratégias de ensino é necessário se

fazer um estudo cuidadoso da melhor maneira e o devido tempo de utilizá-las, se

serão eficazes, legitimas e adequadas.

Conforme Pressley (2003 apud Ribeiro), “realça que, em termos de realização escolar, para além da utilização de estratégias, é importante o conhecimento sobre quando e como utilizá-las, sobre a sua utilidade, eficácia e oportunidade. A este conhecimento, bem como a faculdade de planificar, de dirigir a compreensão e de avaliar o que foi aprendido, Flavell atribuir a designação de metacognição.

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A metacognição utilizada como ferramenta de preparação influencia outras

áreas fundamentas de aprendizagem escolar. Conforme declaração de Valente,

Salema, Morais & Cruz (2003 apud Ribeiro) a metacognição influencia na

“comunicação e compreensão oral e escrita e na resolução de problemas”.

Outra sua influência é sobre a motivação Jones (2003 apud Ribeiro) “pois o

fato dos alunos poderem controlar e gerir os próprios processos cognitivos lhes dá a

noção de responsabilidade pelo seu desempenho escolar e gera confiança nas sua

próprias capacidades (Morais e Valente, 1991).

Ainda nesta fase o docente precisa considerar com muito apreço o currículo,

o qual é permeado de fatores influentes que repercutem na ação futura na sala de

aula, Sacristán (2000, p.55) defende o seguinte:

“... o currículo costuma refletir um projeto educativo globalizador, que agrupa diversas facetas da cultura, do desenvolvimento pessoal, das necessidades vitais dos indivíduos para seu desempenho em sociedade, aptidões e habilidades consideradas fundamentais etc. Quer dizer, f por conteúdos neste caso se entende algo mais que uma seleção de conhecimentos pertencentes a diversos âmbitos do saber elaborado e formalizado”.

Referir-se ao currículo se faz necessário considerando que sobre as

instituições de ensino repousa na maioria das vezes a responsabilidade de formar o

cidadão que não foi exercida em outros momentos históricos, como a família, a

igreja e outros diferentes grupos sociais. De acordo com Sacristán (2000, p.55)

O currículo, então, apenas reflete o caráter da instituição total que a escola, de forma cada vez mais explicita, está assumindo, num contexto social no qual muitas das funções de socialização que outros agentes sociais desempenharam agora ela realiza com o consenso da família e outras instituições. Assumir esse caráter global supõe uma transformação importante de todas as relações pedagógicas, dos códigos do

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currículo, do profissionalismo dos professores e dos poderes de controle destes e da instituição sobre os alunos.

Ainda nesta fase é imprescindível a visualização do todo, isto é, o docente

precisa planejar todas as etapas futuras de sua atuação junto à classe e sua relação

com a instituição. Daí suscitar a relevância do planejamento. É neste momento que

o docente assenta as sólidas bases de sua atuação, como mediador no processo de

ensino. Fazendo uma refinada analise na escolha das melhores estratégias,

visualizando sua importância e repercussão no objeto de sua atuação. Edgar Morin

(2003, p.29) nos auxilia a entender a diferença entre estratégia e programa. O que

um amplia e o outro limita, o que um liberta enquanto o outro aprisiona, como

segue:

A oposição programa/estratégia salta aos olhos. O programa constitui uma organização predeterminada de ação. A estratégia encontra recursos, faz contornos, realiza investimentos e desvios O programa efetua a repetição do mesmo no mesmo, ou seja, necessita de condições estáveis para sua execução. A estratégia é aberta, evolutiva, enfrenta o imprevisto, o novo. O programa não improvisa nem inova, mas a estratégia sim. O programa só pode experimentar uma dose fraca e superficial de risco e de obstáculos em seu desenvolvimento. Par alcançar seus fins, a estratégia se desdobra em situações aleatórias, utiliza o risco, o obstáculo, a adversidade. O programa tolera apenas uma dose fraca e superficial de erros em seu funcionamento. A estratégia tira proveito de seus erros. O programa necessita de um controle e de uma vigilância. A estratégia não só necessita deles, a todo o momento, de concorrência, iniciativa, decisão e reflexão.

Na atuação docente do ensino de graduação planejar tem em mente uma

diversidade de sujeitos escolhendo as melhores estratégias é quase que uma

garantia de um resultado muito satisfatório.

6.2 – Reflexão sobre a ação (durante a execução)

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Após o planejamento e delineação de estratégias e atendendo as normas e

regulamentações dos órgãos que regem as instituições de ensino superior, e

chegado o momento de implementação do plano elaborado anteriormente.

Pela ocasião de sua implementação alguns fatores podem interferir, pois, o

ambiente de ensino é dinâmico.

Verifica-se que um dos grandes e principais desafios docente é a pedagogia

do gerenciamento. Que se resume em que ele excute procedimentos de conteúdo e

instrução predeterminados. Neste método pedagógico o docente tem sua autonomia

reduzida em relação ao planejamento curricular, julgamento e implementação de

instrução em sala de aula.

“O que fica claro nesta abordagem é que a mesma organiza a vida escolar em torno de especialistas em currículo, instrução e avaliação, aos quais se reserva a tarefa de concepção, ao passo que os professores são reduzidos á tarefa de implementação. O efeito não se reduz apenas a incapacitação dos professores para afastá-los do processo de deliberação e reflexão, mas também para tornar rotina a natureza da pedagogia de aprendizagem e de sala de aula. Não é preciso dizer que os princípios subjacentes às pedagogias de gerenciamento estão em desacordo com a premissa de que os professores deveriam estar ativamente envolvidos na produção de materiais curriculares adequados aos contextos culturais e sociais em quais ensinam.”. (GIROUX, 1997, p.160)

Também encontra-se a argumentação de que os docentes necessitam

urgentemente de ser encarados como intelectuais, formadores de opinião. Não

apenas que possam se expressar mais liberalmente, mas principalmente, serem

escutados e ver consideração genuína sobre o que fazem e produzem. Daí a

importância em colocar o docente nesta categoria.

“A categoria intelectual é útil de diversas maneiras. Primeiramente, ela oferece uma base teórica para examinar-se a atividade docente como forma de trabalho intelectual, em contraste com sua definição em termos puramente instrumentais ou técnicos. Em segundo lugar, ela esclarece os tipos de condições ideológicas e práticas necessárias pra que os professores funcionem como intelectuais. Em terceiro lugar, ela ajuda esclarecer o papel que os professores desempenham na produção e legitimação de interesses políticos, econômicos

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e sociais variados através das pedagogias por eles endossadas e utilizadas” (GIROUX, 1997, p.160).

Percebe-se que outro grande desafio do docente é orientar os alunos para

compreensão do conteúdo técnico, estimulando-os a se aprofundarem na inter-

relação dos conceitos. E além disso apresentando de maneira clara e inequívoca a

reconhecerem o valor dos conteúdos aprendidos a fim de que seu alunos se

envolvam,entusiasmem e procurem ser responsáveis pela sua própria

aprendizagem, aprimorando o espírito crítico e capacidade de pensar

autonomamente.

Alarcão (2001) referindo-se a estudos realizados nos Estados Unidos e outro

no Canadá nos quais foram selecionados ‘bons docentes’ os quais foram

entrevistados sobre sua opinião sobre o ensino e sua própria performance.

“Por isso nas palavras dos professores emergem dois objetivos como fundamentais, um de caráter imediato e outro de longo prazo. Para além da persuasão dos alunos relativamente à importância do assunto a ser aprendido, é referida uma preocupação de natureza moral que os professores consideram a verdadeira meta a atingir: a preparação dos alunos para uma vida melhor. É interessante verificar a emergência de um objetivo de natureza ética, social, a par de um outro, de natureza técnica. Estamos diante de uma concepção do professor não como técnico, mas como profissional de formação humana e social” (ALARCÃO, 2001, P. 111).

Assim chegamos ao entendimento de que o professor reflexivo na sua função

de refletir sobre a ação acrescenta um novo conceber de atuação docente. Como o

maestro de uma orquestra procura se utilizar do potencial de cada um dos

componente ou instrumento da tão diversificada orquestra. Como facilitador,

mediador no processo de ensino o docente pode muito se olhar para dentro de si

aos mesmo tempo olhar ao seu redor, o ambiente da sala de aula e vislumbrá-lo

como uma oficina e nunca perder a perspectiva do todo do macro ambiente em que

os sujeitos alunos e docentes estão inseridos.

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“Nesse enquadramento o bom professor aparece como alguém que valoriza os alunos, a matéria e o processo de ensino; porém, mais importante do que tudo isso, é alguém capaz de estabelecer relações entre três valores. O respeito por si próprios, como professores, pelos seus alunos, pela matéria que ensinam e pelos processos que utilizam quando ensinam aparecem ao lado d valorização de qualidades humanas como honestidade, integridade e autenticidade. A autenticidade é considerada a essência da sua atuação. Essa característica proporciona relações interpessoais saudáveis com os alunos na base do respeito e da clarificação dos papéis de cada um. É uma relação de natureza intelectual, mas proporciona também relações intrapessoais que envolvem o próprio professor em um processo de auto-reflexão e permanente atualização e monitoração” (ALARCÃO, 2001, P. 111).

6.3 – Reflexão sobre reflexão sobre a ação

7 – METODOLOGIA:

8 – CRONOGRAMA:

Início da Pesquisa: 04 de abril de 2012 - Término: 30 de setembro de 2012-05-04

AtividadesMeses

Abr Mai Jun Jul Ago Set

Início do Projeto x

Levantamento bibliográfico x x

Detalhamento da Metodologia x

Coleta de Dados e Redação para exame

de qualificação

x x

Sistematização de dados, análise e

interpretação; Redação para exame de

qualificação

x x

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Redação definitiva x x

Depósito x

9 – REFERÊNCIAS:

RIBEIRO, Célia. Metacognição: Um Apoio ao Processo de Aprendizagem

http://www.scielo.br/pdf/prc/v16n1/16802.pdf, acessado em 20/04/2012 às 20:30 h

LEITÃO, Selma. Argumentação e Desenvolvimento do Pensamento

Reflexivo.http://www.uems.br/na/discursividade/Arquivos/edicao04/pdf/

05.pdfSimilares, acessado em 18/04/2012 23:15 h

SACRISTÁN, J. Gimeno. O Currículo: uma reflexão sobre a prática. 3ª Edição. Porto

Alegre, Artimed, 2000

ALARCÃO, Isabel. Escola Reflexiva e Nova Racionalidade. Porto Alçegre: Artmed

Editora, 2001

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