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1. INTRODUÇÃO As pesquisas relacionadas aos hábitos alimentares e a prevenção de doenças aumentaram nas últimas décadas. Atualmente vários artigos científicos, publicações de livros e revistas populares descrevem o papel funcional dos alimentos e sua contribuição na qualidade de uma ótima saúde, boa forma física e expectativa de vida. Parece que, depois de 2500 anos, finalmente estamos prestando atenção ao que o grego Hipócrates, pai da medicina, pregava: “Faça do seu alimento seu remédio” (SPINACÉ & TALLES; 2012). No campo cientifico o balanço positivo desta repercussão deve-se ao fato da pluralidade das discussões e análise criticas do conhecimento da ciência da nutrição, biotecnologia, biomedicina acompanhada pelo grande avanço e novos progressos tecnológicos da relação indústria e ciência. Do ponto de vista da alimentação saudável os relatórios internacionais têm registrado evidências científicas sobre oefeito protetor da composição da dieta sobre a maioria das doenças crônicas enfatizando o auxílio da alimentação na prevenção do câncer e do diabetes tipo (02) e do risco de morbidade para as principaisdoenças crônicas: hipertensão, dislipidemia, diabetes, doença coronariana, obesidade e alguns tipos de câncer ( SICHIERI et al, 2009) Aenfermagem também é desafiada a inserir o enfoque nutricional em suas discussões, métodos, praticas e aprofundar sobre os problemas nutricionais considerando os diferentes grupos populacionais e em diferentes patologias. Nesse contexto, da mesma forma que uma alimentação deficiente e desequilibrada é suscetível de provocar doenças, a terapia nutricional funcional permite recobrar a saúde visando à prevenção e não apenas recuperação da saúde. (CARVALHO & RAMOS; 2005). Por essa razão, no processo saúde doença a atitude alimentar também permeia também as patologias associadas à ingestão de determinados alimentos e podem melhorar ou piorar estado geral de saúde dos indivíduos. E, ao aplicar os potenciais das propriedades funcionais dos compostos bioquímicos ou fotoquímicos encontrados nos alimentos aproxima o individuo a ser um agente no tratamento e prevenção de doenças não transmissíveiscom a finalidade de conseguir uma população mais sadia.

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1. INTRODUÇÃO

As pesquisas relacionadas aos hábitos alimentares e a prevenção de

doenças aumentaram nas últimas décadas. Atualmente vários artigos

científicos, publicações de livros e revistas populares descrevem o papel

funcional dos alimentos e sua contribuição na qualidade de uma ótima saúde,

boa forma física e expectativa de vida. Parece que, depois de 2500 anos,

finalmente estamos prestando atenção ao que o grego Hipócrates, pai da

medicina, pregava: “Faça do seu alimento seu remédio” (SPINACÉ & TALLES;

2012).

No campo cientifico o balanço positivo desta repercussão deve-se ao

fato da pluralidade das discussões e análise criticas do conhecimento da

ciência da nutrição, biotecnologia, biomedicina acompanhada pelo grande

avanço e novos progressos tecnológicos da relação indústria e ciência. Do

ponto de vista da alimentação saudável os relatórios internacionais têm

registrado evidências científicas sobre oefeito protetor da composição da dieta

sobre a maioria das doenças crônicas enfatizando o auxílio da alimentação na

prevenção do câncer e do diabetes tipo (02) e do risco de morbidade para as

principaisdoenças crônicas: hipertensão, dislipidemia, diabetes, doença

coronariana, obesidade e alguns tipos de câncer ( SICHIERI et al, 2009)

Aenfermagem também é desafiada a inserir o enfoque nutricional em

suas discussões, métodos, praticas e aprofundar sobre os problemas

nutricionais considerando os diferentes grupos populacionais e em diferentes

patologias. Nesse contexto, da mesma forma que uma alimentação deficiente e

desequilibrada é suscetível de provocar doenças, a terapia nutricional funcional

permite recobrar a saúde visando à prevenção e não apenas recuperação da

saúde. (CARVALHO & RAMOS; 2005).

Por essa razão, no processo saúde – doença a atitude alimentar

também permeia também as patologias associadas à ingestão de

determinados alimentos e podem melhorar ou piorar estado geral de saúde dos

indivíduos. E, ao aplicar os potenciais das propriedades funcionais dos

compostos bioquímicos ou fotoquímicos encontrados nos alimentos aproxima o

individuo a ser um agente no tratamento e prevenção de doenças não

transmissíveiscom a finalidade de conseguir uma população mais sadia.

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Nas ultimas décadas com as políticas e programas públicos de

combate à miséria e a pobreza, oBrasil vem passando por um processo de

transição nutricional ambivalente. De um lado, a alimentação adequada e

saudável é considerada sendorealização de um direito humano básico,

adequada aos aspectos biológicos e sociais dos indivíduos, de acordo

com o ciclo de vida e as necessidades alimentares especiais que atenda

aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação, prazer (sabor), de

produção ambientalmente sustentáveis, livre de contaminantes físicos,

químicos, biológicos e de organismos geneticamente modificado..

.

Dentre fatores que compõem oconjunto dos determinante sociais; a

alimentação e nutrição

em países em desenvolvimento. As populações pobres, ao contrário de

estarem protegidas da obesidade , sofrem maior risco de atingirem peso excessivo do que os

mais ricos. Além disto, se tiverem sofrido de desnutrição na infância, apresentam risco ainda

maoir de desenvolver formas graves de doenças cronicas não transmissivies (pressão alta,

diabetes, doenças cardiovasculares, displidemias).

Com essa preocupação O documento de Poliltica Nacional de

Alimentacao (PAN) ;assume que o país não dispõe de um conjunto de

representatividade nacional amplo e integrado de informaçõessobre carências

de micronutrientes

[...], estudos disponíveis de abrangência local, realizados por diferentes instituições em várias regiões geográficas, permitem inferir que a carência de vitaminaA e a anemia por carência de ferro são as principais deficiências nutricionais que acometem a população brasileira. [...]. Recentemente, a carência de ácido fólico tem sido evidenciada, o que fundamentou a decisão governamental da fortificação universal das farinhas de trigo e milho produzidas no País com ferro e ácido fólico. (GUIA alimentar para a população brasileira, 2005).

Nessa perspectiva o texto aponta para necessidade de traçar um quadro

epidemiológico das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) relacionado

quanto aos hábitos de consumo alimentar. E em linhas gerais sugestiona que o

alimento saudável; embora não pertencente a categoria de alimento funcional,

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pode conter propriedades funcionais que objetivam a redução das doenças

crônicas não transmissíveis.(Campos 2006 e Stringheta 2007).

Portanto é importante reconhecer que no processo saúde – doença é

interessante abordar a necessidade de despertar nos indivíduos o hábito

alimentar melhorado visando à prevenção e não apenas recuperação da

saúde. (CARVALHO & RAMOS; 200

O ALIMENTO ENQUANTO TERAPIA FUNCIONAL A SAUDE

Historicamente descrita no Egito antigo cerca de 1500 A.C, a primeira

deficiência nutricional foi à cegueira noturna; entretanto, não associada à

deficiência dietética. Porem, na metade do século XIX, certos sintomas era

admitido devido a carência de propriedadesdos alimentos (PENTEADO,2003).

Após observações clínicas de Osborne Mendell, Mac Collum e Davis em

1913; constataram que um sintoma marcante da deficiência nutricional era a

1xeroftamia. A simples observação de Steenbock em 1919 de que a vitamina A

contida nos vegetais variava sob o ponto de vista alimentar, com o grau de

coloração dos mesmos, foi o caminho aberto à natureza química da vitamina A

e, mais tarde, Euler e col e Moore,1929, demonstraram que o pigmento das

plantas, o caroteno já purificado, era uma potente fonte de vitamina A

(FRANCO, 2003).

Conforme a Resolução n° 18 de 30/04/99 emitida pela Agência

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde a

caracterização dos alimentos funcionais é entendida seguintes termos: “[o

alimentos funcional é]..alimento ou ingrediente que alegar propriedades

funcionais além de funções nutricionais básicas, quando se tratar de nutriente,

produzir efeitos metabólicos e ou fisiológicos à saúde, devendo ser seguro para

consumo sem supervisão médica” (BRASIL, 1999).O alimento funcional pode

ser considerado alimento saudável sob este aspecto (KWAK e JUKES, 2001

apudARABBI, 1990).

Nesse raciocínio, afirma GOMES (2003);

A nutrição funcional investiga os benefícios dos alimentos e a maneira como eles atuam na promoção da saúde , e no tratamento de doenças, [...] A nutrição defensiva enfatiza fazer escolhas de

1 O termo xeroftamia significa literalemente secura no olho, sendo que este termo é utilizado para

designar todas as manifestaçoes oculares devido a alteração do metabolismo de vitamina A. pg 65

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alimentos saudáveis para promover o bem-estar e prover os sistemas orgânicos de maneira que tenham um funcionamento ótimo durante o envelhecimento, dessa maneira a escolha por alimentos funcionais pode ser de grande importância(GOMES et al., 2003 )

Da mesma forma que uma alimentação deficiente e desequilibrada é

suscetível de provocar doenças, a terapia nutricional funcional permite recobrar

a saúde. Assim, as proposições levantadas por nutracêntricos, bioquímicos,

tem sido analisar e verificar se os alimentos considerados com alegações de

propriedade funcionais a saúde objetivam a redução das doenças crônicas

não-transmissíveis na população através da promoção da alimentação

saudável.

Neste sentido, (Campos 2006 e Stringheta 2007)comentam que

a legislação brasileira refere-se aos alimentos com alegações de propriedades

funcionais eressalta a convergência das diretrizes das diretrizes da política

Nacional de Alimentação e Nutrição que objetivam a redução das doenças

crônicas não-transmissíveis. Neste ponto o potencialde capacidade dos

alimentos funcionais no bem-estar incluem uma dieta equilibrada variada e

atividade física o estímulo à prática de atividade física, e o alerta para não se

mistificar os componentes funcionais dos alimentos (Brasil, 2005)

Segundo Campos (2006), o requisito de alegação de alimento funcional

é caracterizado por alguns requisitos : possuir efeitos fisiológicos comprovados

que melhoram a saúde ou diminuem o risco de uma determinada doença, além

de seus valores nutricionais básicos; ser consumido como parte de uma dieta

normal e ser seguro para o consumo sem a necessidade de supervisão

médica.