TARABALHO DE ANIMAÇÃO

“JOHANNA”

LETÍCIA CRUZ e GABRIEL BARBOSA

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INTERIOR DA CASA DE JOHANNA-NOITE

Johanna entra pela porta do quarto, coloca de qualquer jeito

seus pertences em uma cadeira e se dirige à cama, enquanto chove

do lado de fora. Ela deita na cama e fica de olhos abertos.

TUDO FICA ESCURO:

CLAREIRA DA FLORESTA-NOITE

Johanna olha ao redor e vê as árvores da floresta. Ela encara os

galhos, cujos formatos a lembram algo e sua expressão é de

estranheza. Com um solavanco, ela percebe que há relógios de

bolso pendurados nas árvores e o que os mesmos possuem olhos e

boca, que de imediato começam a gritar para ela.

RELóGIOS

'TÁ NA HORA! 'TÁ NA HORA! ANDA, VAI LOGO!

Ela se assusta com a esquizitice da situação, mas isso não

impede que a garota perceba um objeto brilhando no chão, coberto

por algumas folhas. Ela o pega e percebe que é uma espada, um

pouco maior que ela. No reflexo da lâmina, Johanna repara que

ela mesma estava diferente, sua aparência era a mesma de quando

era apenas uma criança. Os relógios pendurados nas árvores

começam a gritar cada vez mais alto, fazendo com que os ouvidos

de Johanna comecem a doer, então antes que comece a enlouquecer,

ela decide correr, desesperada pela floresta, afastando os

relógios com sua espada enquanto eles tentam agarrá-la. Ela

tropeça e cai, sujando o pijama.

ENQUANTO ELA LEVANTA O CENáRIO SE ALTERA:

PâNTANO-NOITE

Ela anda se arrastando, meio perdida com a repentina mudança de

cenário e logo vê um buraco a sua frente. Uma criatura gato a

olhava fixamente, com um sorriso amedrontador. Seus olhos

amarelos, acesos na escuridão do pântano, a atraíam direto para

o buraco, onde ele mesmo ia entrando cada vez que Johanna se

arrastava mais para perto.

A névoa se agita, atraindo-a ainda mais, pois a única coisa que

via agora, eram os olhos acesos da criatura gato.

Johanna repentinamente se irrita e se joga no buraco, com sua

espada apontada para a frente, como se tentasse atingir alguma

coisa.

ESCURO E EM MOVIMENTO:

FUNDO DO MAR-NOITE

Ao invés de cair no chão, ela suavemente cai na água, sem sentir

dor, como se ela própria fosse feita de água. Johanna vai

afundando e uma música começa a tocar. Ela ouve e vira a cabeça,

em direção do som.

Ela tenta nadar na direção em que a música vinha, mas é inútil

pois seu corpo não se move, então ela continua afundando.

BATE NO FUNDO DA SALA DE JANTAR:

SALA DE JANTAR-NOITE

Novamente o cenário muda enquanto Johanna se levanta, mas desta

vez a mesma já nem estranha a situação. Ela vê uma figura

sentada no chão, aparentemente uma criança, e arrasta os pé até

perto do local, deixando rastros de água atrás de si. Uma sombra

enorme sai da criança e toma a forma de uma mão esquelética.

Johanna corre em direção a sombra, com a intenção de apunhalá-

la, quando a criança vira e olha nos olhos dela.

LUZ BRANCA CEGANTE:

INTERIOR DA CASA DE JOHANNA-DIA

Johanna olha para o dia clareando pela sua janela e suspira

profundamente, já se levantando.