Tabalho de Filosofia - Karl Marx

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PSICOLOGIA 2º PERÍODO KARL MARX – O CAPITAL CRASH – NO LIMITE 1

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O filme Crash não possui uma única história central. Várias histórias, ambientadas em Los Angeles, servem como um condutor para o desenvolvimento de um enredo dramático, que, ao articular essas diferentes histórias, expõe de forma verdadeira, as fragilidades e dificuldades das relações sociais. Unindo os fundamentos dos conteúdos “Cultura e Indústria Cultural” e “Direitos, cidadania e movimentos sociais”, permite discutir: etnocentrismo; construção da identidade social e da auto identidade; diversidade cultural; diversidade religiosa; diversidade racial e étnica; relações raciais; preconceito racial; preconceito religioso; preconceito de gênero; fundamentalismo religioso; conflitos urbanos; violência urbana; violação dos direitos humanos; construção da cidadania; migrações e história e cultura afro-americanas. O filme fala de preconceito em vários segmentos, trata-se de questões raciais e sociais em Los Angeles. Mostra vários personagens que acabam se aproximando por: acidentes de carro, tiroteio, roubo de carros; a maioria dos personagens retratados nesse filme são de alguma maneira, prejudicados por sua etnia e acabam envolvidos em conflitos, o filme retrata várias histórias paralelas que acabam se cruzando.

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PSICOLOGIA 2 PERODO

KARL MARX O CAPITALCRASH NO LIMITE

Manaus - AM201

PSICOLOGIA 2 PERODO

KARL MARX O CAPITALCRASH NO LIMITE

Trabalho apresentado como requisito parcial obteno de meno na disciplina de FILOSOFIA CONTEMPORNEA E PSICOLOGIA, sob a orientao do Prof, 2 perodo de Psicologia do Centro Universitrio do Norte, Uninorte.

Manaus - AM04 de Novembro de 2013SUMRIO

Introduo..........................................................................................................................4Karl Marx O Capital ......................................................................................................5CRASH NO LIMITE......................................................................................................6Anexos...............................................................................................................................9Concluso........................................................................................................................10Bibliografia......................................................................................................................11

INTRODUO

O filme Crash no possui uma nica histria central. Vrias histrias, ambientadas em Los Angeles, servem como um condutor para o desenvolvimento de um enredo dramtico, que, ao articular essas diferentes histrias, expe de forma verdadeira, as fragilidades e dificuldades das relaes sociais. Unindo os fundamentos dos contedos Cultura e Indstria Cultural e Direitos, cidadania e movimentos sociais, permite discutir: etnocentrismo; construo da identidade social e da auto identidade; diversidade cultural; diversidade religiosa; diversidade racial e tnica; relaes raciais; preconceito racial; preconceito religioso; preconceito de gnero; fundamentalismo religioso; conflitos urbanos; violncia urbana; violao dos direitos humanos; construo da cidadania; migraes e histria e cultura afro-americanas.O filme fala de preconceito emvrios segmentos, trata-se de questes raciais e sociais em Los Angeles. Mostra vrios personagens que acabam se aproximando por: acidentes de carro, tiroteio, roubo de carros; a maioria dos personagens retratados nesse filme so de alguma maneira, prejudicados por sua etnia e acabam envolvidos em conflitos, o filme retrata vrias histrias paralelas que acabam se cruzando.O filme Crash est inserido no contexto americano ps-atentado de 11 de setembro, contexto esse marcado pela insegurana e tambm pela perda da credibilidade no governo Bush. Esses ingredientes geram na populao uma enorme desconfiana, que se materializa sob a forma agressiva de preconceito, xenofobia (medo irracional, averso ou a profunda antipatia em relao aos estrangeiros) e segregacionismo (Poltica que consiste em dar tratamentos diferentes a indivduos pertencentes a outras origens, porm, que vivem em um mesmo pas.).No referido filme, o grupo tnico que define os padres de nobreza social continua sendo o branco; prottipo que, sem dvida alguma, ocasiona em alguns elementos - que no se enquadram aos padres genricos impostos, uma sensao de frustrao por se verem excludos desse modelo social.O sentimento de insegurana perfeitamente percebido nessa sociedade de excelncia branca, quando surge a necessidade de contratao de mo-de-obra e de servio de outros grupos tnicos, nesse momento que surgem as maiores expresses de tenso, medo, intolerncia e racismo.O filme mostra vrias demonstraes de agressividade e intransigncia em suas cenas. Trata-se de um filme forte, polmico, enrgico e, sobretudo, realista e reflexivo. Um filme que mostra como atitudes isoladas se entrelaam e tendem a se refletir, afetando, por conseguinte, a toda coletividade.

KARL MARX O CAPITAL

De acordo com Marx, capital e trabalho apresentam um movimento constitudo de trs momentos fundamentais:

1. Primeiro, a unidade imediata e mediata de ambos; significa que num primeiro momento esto unidos, separam-se depois e tornam-se estranhos um ao outro, mas sustentando-se reciprocamente e promovendo-se um ao outro como condies positivas;2. Em segundo lugar, a oposio de ambos, j que se excluem reciprocamente e o operrio conhece o capitalista como a negao da sua existncia e vice-versa;3. Em terceiro e ltimo lugar, a oposio de cada um contra si mesmo, j que o capital simultaneamente ele prprio e o seu oposto contraditrio, sendo trabalho (acumulado); e o trabalho, por sua vez, ele prprio e o seu oposto contraditrio, sendo mercadoria, isto , capital.

J aalienaoou estranhamento descrita por Marx sob quatro aspectos:

1. O trabalhador estranho ao produto de sua atividade, que pertence a outro. Isto tem como consequncia que o produto se consolida, perante o trabalhador, como um poder independente, e que, quanto mais o operrio se esgota no trabalho, tanto mais poderoso se torna o mundo estranho, objetivo, que ele cria perante si, mais ele se torna pobre e menos o mundo interior lhe pertence;2. A alienao do trabalhador relativamente ao produto da sua atividade surge, ao mesmo tempo, vista do lado da atividade do trabalhador, como alienao da atividade produtiva. Esta deixa de ser uma manifestao essencial do homem, para ser um trabalho forado, no voluntrio, mas determinado pela necessidade externa. Por isso, o trabalho deixa de ser a satisfao de uma necessidade, mas apenas um meio para satisfazer necessidades externas a ele. O trabalho no uma feliz confirmao de si e desenvolvimento de uma livre energia fsica e espiritual, mas antes sacrifcio de si e mortificao. A consequncia uma profunda degenerao dos modos do comportamento humano;3. 3. Com a alienao da atividade produtiva, o trabalhador aliena-se tambm do gnero humano. A perverso que separa as funes animais do resto da atividade humana e faz delas a finalidade da vida, implica a perda completa da humanidade. A livre atividade consciente o carter especfico do homem; a vida produtiva vida genrica. Mas a prpria vida surge no trabalho alienado apenas como meio de vida. Alm disso, a vantagem do homem sobre o animal isto , o fato de o homem poder fazer de toda natureza extra-humana o seu corpo inorgnico transforma-se, devido a esta alienao, numa desvantagem, uma vez que escapa cada vez mais ao homem, ao operrio, o seu corpo inorgnico, quer como alimento do trabalho, quer como alimento imediato, fsico;4. 4. A consequncia imediata desta alienao do trabalhador da vida genrica, da humanidade, a alienao do homem pelo homem. Em geral, a proposio de que o homem se tornou estranho ao seu ser, enquanto pertencente a um gnero, significa que um homem permaneceu estranho a outro homem e que, igualmente, cada um deles se tornou estranho ao ser do homem. Esta alienao recproca dos homens tem a manifestao mais tangvel na relao operrio-capitalista.

dessa forma, portanto, que se relacionam capital, trabalho e alienao, promovendo a coisificao ou reificao do mundo, isto , tornando-o objetivo, sendo que suas regras devem ser seguidas passivamente pelos seus componentes. A tomada de conscincia de classe e a revoluo so as nicas formas para a transformao social.

CRASH NO LIMITECrash subdividido em tramas independentes que se unem no desenrolar do filme como um quebra-cabea. Nesses termos, para melhor esclarecimento do que foi dito, imprescindvel a lembrana da cena em que um diretor, negro, de cinema e sua esposa - que tambm negra, so abordados por policiais brancos em uma operao de revista realizada em uma via pblica. Nessa operao, um dos agentes, agindo completamente fora dos padres ticos e morais exigidos para o cargo, molesta a esposa do diretor de cinema que acompanha furioso tal procedimento, mas nada pode fazer contra a atitude do policial. Aps a chegada do casal em sua casa, a mulher, muito nervosa, questiona o marido sobre sua apatia diante do ocorrido, pois ela queria que ele a defendesse dos abusos do agente de polcia.Aps algumas cenas, esse mesmo policial, que molestara a esposa do diretor, a salva de um acidente automobilstico acidente que fora ocasionado pelo abalo emocional que a mulher estava sofrendo.Indispensvel, ainda, o retorno cena da abordagem policial ao casal negro (diretor de cinema e sua esposa), para trazermos tona a perplexidade do parceiro de servio do policial agressor que condena a atitude do colega; mas que infelizmente, logo em seguida, comete um assassinato motivado por racismo.O filme Crash No Limite mostra a sociedade estadunidense dominada pelo racismo, de modo que a sua moral determina que todos devem se respeitar. Porm, sua tica coletiva dita que nem sempre isso precisar ser seguido e sujeito punio. A tica individual mostra como cada um age em relao a esse contexto.O filme mostra um pas em que as leis no oferecem mais segregao social e determinam igualdade. Porm, passado esse momento histrico, suas consequncias sociais se perpetuaram, seja no modo de agir, no preconceito, nas diferenas econmicas ou na cultura.A classe mdia tem preconceito contra os negros, associando-os automaticamente ao crime por estes em geral serem mais pobres. Os negros reagem ao preconceito e ao senso comum muitas vezes com revolta e com o prprio crime, acabando em confirmar o que sua etnia acusada por muitas vezes injustamente. O casal abordado pela polcia e o chefe policial, por sua vez, mostram a figura do negro que sobe de renda e se iguala ao branco, muitas vezes assimilando a cultura destes e esquecendo a sua de origem.O policial que aborda o casal demonstra outra face apresentada no filme: a relao entre o preconceito e a tica individual. Se essa tica particular pregava intolerncia aos negros, no foi preconceituosa o bastante para fazer com que o oficial no cumprisse seu papel no s de policial, como de cidado e salvar a vida de algum. J o oficial que discorda do modo como seus companheiros trata os negros, entretanto, mostra como as circunstncias de uma situao podem afetar a tica individual. Ao matar em legtima defesa o negro ao qual deu carona, livrou-se do corpo ao invs de assumir o crime, posicionamento moralmente condenvel e discordante das atitudes corretas do ponto de vista da tica coletiva que teve ao decorrer do longa-metragem.O filme gira em torno de uma grande generalizao, em que os personagens atribuem a grupos diferentes caractersticas que no so correspondentes a todos esses grupos, mas apenas parte destes. Um exemplo quando o dono de loja tem seu estabelecimento destrudo, sendo culpado pelo atentado de 11 de Setembro apenas por ser oriental. Uma sada para respeitar a moral e tica coletivas e evitar o preconceito utilizar o senso crtico no lugar do senso comum. Afinal, todos tm o direito de terem suas diferenas toleradas e respeitadas.EmCrash, no h claramente dominantes nem dominados. Um branco anglo-saxo, o promotor, pode at estar no topo da cadeia alimentar, mas precisa fazer concesses aos negros, precisa do apoio dos negros para se manter onde est. Em outro segmento social, mais abaixo, um policial branco (nesse caso irlands) perdeu por completo a hegemonia para os negros por conta da poltica oficial de cotas raciais. Revolta-se, tenta se rebelar, muda de estratgia e tenta se aliar em vo, massacrado e discriminado pela assistente social negra, que faz contra ele exatamente o que os brancos faziam com as geraes anteriores. A teoria marxista , na sua essncia, uma crtica radical ssociedades capitalistas.

ANEXO21

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CONCLUSO

Filme "Crash - No Limite" - O carro de uma mulher rica roubado. A partir desse momento, uma srie de incidentes aproxima personagens de diversas origens tnicas e sociais de Los Angeles.Apesar do enredo do filme ter se desenrolado em Los Angeles, nos EUA, os temas que por ele foram abordados podem ser claramente percebidos em nosso cotidiano, aqui no Brasil. A ausncia de tica, a intolerncia e a inalteridade tm aumentado o clima de tenso. Movimentos separatistas que difundem o racismo, a xenofobia e a discrdia; corrupo e/ou abuso de poder por parte da polcia que deveria servir sociedade; escndalos envolvendo nossos representantes que tm a obrigao de zelar pelo povo, acarretam perdas populao e proporcionam um engessamento em toda e qualquer poltica inclusiva, solidria, pluralista, tica e justa.Em nossa sociedade real, assim como no filme, a atitude de um componente pode influenciar a vida de outro, como por exemplo: se parte do dinheiro que desviado de nossos cofres pblicos, por polticos inescrupulosos, fosse empregado de forma correta em prol da sociedade, no teramos tantos analfabetos, desabrigados, assassinatos nas ruas e mortos nas filas dos hospitais. Igualmente, se todos aprendessem a lidar com o outro, com o diferente, viveramos em uma sociedade mais igualitria, justa, tica. O exerccio da alteridade, da tolerncia e do pluralismo proporciona o aprendizado entre os diferentes, consubstanciando as relaes interpessoais e tornando possvel, de forma pacfica e construtiva, o convvio com os dspares. Brancos e negros, homossexuais e heterossexuais; ricos e pobres; homens e mulheres, todos convivendo de forma pacfica e harmoniosa. Como imaginar um Estado Democrtico de Direito, sem o devido respeito s diferenas? Como idealizar um governo para o povo, sem que haja pluralismo poltico? Como cogitar tempos de paz, sem tica nas relaes polticas, particulares e sociais? Como sonhar com justia se no existe tolerncia? Portanto, pode-se concluir que a carncia de tica produz um vcuo no qual se propaga uma onda de intolerncia, corrupo, tenso social e desarmonia. um filme para pensar e repensar e principalmente,para motivar a revisode muitos de nossos conceitos e prticas.

BIBLIOGRAFIA

Filme: Crash No limiteEspecificaes Tcnicas: Mdia: DVD, Ano de produo: 2004, Durao: 113 min., Estdio: Bull's Eye Entertainment / DEJ Productions / Bob Yari Productions / Harris Company / Blackfriars Bridge / ApolloProScream GmbH & Co. Filmproduktion KG. 1