Ta Ludes
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNÓLOGICAS
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO ARQ 344- PROJETO IV
Grupo:
Núbia Ferreira-64133 Marcela Bianchetti- 64139
Henrique Franulovic- 64158 Marcelo Leite- 64127
Weberson Andrade- 64157 Lucas Paiva- 64130
Jansen Faria- 59444
Coletânea de Informações
Técnicas
Taludes
TALUDES
Quando se vai construir em terreno movimentado é necessário que se realizem cortes e/ou
aterros neste terreno, de forma que o platô onde se vai locar a construção seja estável, isto é,
que não haja possibilidade de ocorrer escorregamentos ou desmoronamentos .
Taludes: são as superfícies inclinadas resultantes de um corte ou aterro que servem de ligação
entre o platô que vai executar e a superfície original do terreno, ou seja, são as superfícies que
tem por finalidade servir como sustentação natural para os movimentos de terra.
Pontos de off set: Ponto de encontro do talude com a superfície original do terreno
Linha de off set: lugar geométrica dos pontos de off set.
TALUDES DE CORTE
Quando a construção que se quer executar tem cota menor do que a superfície natural do
terreno faz-se uma escavação que recebe o nome de CORTE. No corte o talude também é
chamado de rampa.
Os declives dos taludes de corte variam de acordo com a natureza do terreno:
Rocha: infinito (talude vertical)
Seixos: 1/1 (45)
Argila: 4/5 (39)
Areia: 3/5 (31)
Terra vegetal: ½ (26,5)
Talude de aterro: Quando a construção que se quer executar tem cota maior do que a
superfície natural do terreno faz-se um enchimento que recebe o nome de aterro. Em geral os
taludes de aterro devem ser menos inclinados do que os de corte, pois, em se tratando de solo
colocado, os aterros têm menos estabilidade do que os cortes, onde o terreno é natural.
Os declives dos taludes de aterro variam principalmente de acordo com a altura. Os valores
mais adotados são ¼, 1/3, ½ e 2/3. Entretanto quando sua inclinação for superior a 1/3 é
aconselhável o endentamento do terreno natural para uma melhor aderência, impedindo
assim a formação de uma superfície com tendência de escorregamento.
TALUDES DE SEÇÃO MISTA
Ocorre quando o movimento de terra conjuga corte e aterro
Determinação das linhas de off set: as linhas de off set podem ser determinadas como o auxilio
de seções transversais ou diretamente na planta baixa. Sua determinação é importante na
hora de se adotar medidas tais como: construção de muro de sustentação para um aterro,
aumento da área de domínio, modificações no projeto, etc.
EXEMPLO PRÁTICO
No terreno dado quer se construir um platô ABCD horizontal na cota 71 e na posição em
planta. Determinar as linhas de off set sabendo que declive do talude de corte= 1/1 e declive
do talude de aterro= 2/ 3
Procedimento
Sendo a plataforma um retângulo horizontal, as curvas de nível dos seus taludes são retas
paralelas aos seus lados. A distância entre essas retas paralelas é determinada pelos declives
dos taludes de corte e aterro.
No talude se corte, cujo declive é 1/1, cada curva de nível vencida pelo talude representará
uma distância de 1m em planta (ou seja, para cada 1m na vertical, desloca-se 1 m na
horizontal). Já no talude de aterro, como a inclinação é 2/3 (para cada 2m na vertical desloca-
se 3m na horizontal), deverá ser feita uma proporção adequando a inclinação no intervalo
vertical das curvas de nível (1m). Ao invés de 2/3 será utilizado 1/1,5(para cada 1m na vertical,
desloca-se 1,5 m na horizontal).
REPRESENTAÇÃO EM VISTA/CORTE SEGUNDO A NBR 6492- Representação de projetos de
Arquitetura
Exemplos de Projetos:
NBR-11682 - Estabilidade de Encostas
Norma que “prescreve as condições exigíveis no estudo e controle da estabilidade de
encostas naturais e de taludes resultantes de cortes e aterros realizados em encostas.
Abrange, também, as condições para projeto, execução, controle e observação de
obras de estabilização.”
Deve-se observar as características do terreno, do clima, da intervenção, do uso e da
segurança (risco a vidas humanas ou não). Depois de observadas essas características
tem-se a opção adequada para a solução do talude e para os elementos que o
compõe.
As Curvas de Nível de um lote
3.1 Entendendo as curvas de nível em um lote
Tomando-se por base o levantamento de níveis da gleba mostrada,
imaginemos o terreno a ser trabalhado uma parte dele:
fig - Desenho de uma gleba
fig - Desenho do terreno demarcado e ampliado
3.2. O desenho das Curvas de Nível
- Como já foi visto, as Curvas de Nível representam as diversas
alturas que um terreno possui com relação a um RN
(Referência de Nível);
- A representação das Curvas de Nível segue as seguintes
classificações:
a. Curvas Mestras:
.Todas as linhas das curvas de nível são múltiplas de 5 a 10
metros;
.São representadas com traços mais grossos e receberão as
Cotas (números/medidas).
b. Curvas Intermediárias:
.Todas as linhas que marcarão os intervalos das diferentes
alturas entre as linha mestras;
.São representados com traços mais fracos que as linhas mestras.
fig - Desenho do terreno com suas Curvas de Nível
4. Interpretação de desenhos de topografia
Ao se ler um desenho de topografia, deve-se ter a verdadeira
interpretação dos desníveis que ocorrem no terreno, entendendo-se
como eles ocorrem, se acentuados (como um barranco), se de forma
suave (quase planos), se em aclive (se sobem da frente para os
fundo), ou ainda em declives (se descem da frente para os fundos).
Exemplos 1 – Curvas de nível mais afastadas demonstram terrenos
mais planos:
Exemplos 2 – Curvas de nível desenhadas mais próximas significam
que em menor distância a altura do terreno é maior:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.rau-tu.unicamp.br/~luharris/DTarq/DTarq_M11.htm
ALVAREZ, Adriana; BRASILEIRO, Alice; MORGADO, Cláudio; TREVISAN,
Rosina. Topografia para Arquitetos. Rio de Janeiro: Booklink, UFRJ, 2003. Disponível
em http://www.4shared.com/document/MW602ULP/Topografia_para_Arquitetos.html.